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Vazamento de óleo na Baía de

Guanabara - Rio de Janeiro - RJ.


Maurício Gasparini de Lucca
Cássio Krüger de Freitas
Matheus Rodrigues
Descrição
Operações iniciadas em 1961.

Responsável pela produção de 80% dos lubrificantes do Brasil e pelo maior processamento
de gás natural no cenário nacional.

Responsável pela produção de 55 produtos derivados do petróleo, com capacidade


instalada para o processamento 38.000 metros cúbicos por dia de petróleo cru.

Atende aos mercados dos estados RJ, SP, ES, MG, BA, CE, PR e RS.
Localização
Localização
Localização
Introdução
No dia 18 de janeiro de 2000 ocorreu um vazamento de óleo de uma das tubulações (PE-II)
da Refinaria Duque de Caxias (REDUC) na Baía de Guanabara na cidade do Rio de Janeiro. A
última inspeção da tubulação foi em 1998 devido a um outro acidente em 1997.

O vazamento teve início na madrugada e só foi identificado na manhã do respectivo dia, o


evento teve duração próxima de quatro horas. Mecanismos de controle de fluxo de
bombeamento falharam (citam-se problemas relativos à transição nos sistemas de controle
e erro de cálculo do nível dos tanques, cometido por um operador).

Constatou-se que a modificação no leito do Rio Iguaçu foi um fator contribuinte para o
vazamento.

O vazamento lançou aproximadamente 1,3 milhão de litros de óleo,


ocasionando uma mancha com área de 40 km2.
Acidente
Acidente
Acidente
Técnica de Avaliação de Risco
Técnica de análise - Série de Riscos (SR) aplicada a posteriori.

Risco inicial - Falta de inspeção, assoreamento do Rio Iguaçu;

Risco contribuinte - Flambagens, movimentação, expansão, contração térmica e


fraturas;

Risco principal - Rompimento do oleoduto;


Série de Riscos - Eventos Catastróficos
Contaminação do espelho d'água, com consequências na fauna nectônica e
planctônica, contaminação das areias, costões rochosos, muros de contenção,
pedras, lajes e muretas da Ilha do Governador e a de Paquetá;

Prejuízo à vegetação de mangue existente no entorno da Ilha do Governador;

Prejuízos a avifauna e à comunidade bentônica, prejuízos às atividades


pesqueiras ;

Redução drástica nas atividades turísticas.


Série de Riscos - Inibidores

Risco Inicial - Realizar análises periódicas no duto, verificando a integridade do


material e assim aplicar manutenções quando necessárias.

Manter controle da movimentação de sedimentos do Rio Iguaçu.

Definir as possíveis causas que possam induzir fratura ou flambagem.


Série de Riscos - Inibidores

Riscos Contribuintes - Revestir o duto com material capaz de isolá-lo


termicamente, dessa forma a evitar dilatações ou contrações do material em
virtude da alteração das condições ambientais.

Utilizar, também, material com baixo coeficiente de dilatação térmica.

Realizar testes, pesquisas da estrutura dos dutos, permitindo assim o maior


entendimento das suas características.
Série de Riscos - Inibidores

Risco Principal - Fiscalizações externas ao duto, facilitando a identificação de um


vazamento.

Alteração do horário de bombeamento do óleo, aproveitando um maior número de


funcionários na refinaria.

Treinamento adequado para a rápida identificação quando ocorrer vazamento.


Série de Riscos - Inibidores
Eventos Catastróficos:

Interromper a expansão da mancha de óleo com bóias de contenção;

Aplicar técnicas de remediação ambiental visando atenuar o impacto causado ao


ecossistema local;

Estudar maneiras de reestruturar a fauna atingida.


Série de Riscos - Inibidores
Eventos Catastróficos:

Criar áreas de proteção permanente (APP) nos locais que sofreram impactos
diretos e indiretos.

Indenizar as famílias prejudicadas pelo fim da atividade pesqueira.

Produzir atrações turísticas que visem contribuir nos processos de recuperação


da área atingida.
Após derrame de 2000
300 homens designados para conter a dispersão do vazamento.

Alocação de 300 metros de barreira de contenção no terceiro dia após o


vazamento.

Plano de ação para 60 dias, contando com a utilização de absorventes, lanchas,


rodos.

Criação de 9 centros de defesa ambiental pelo país após este acidente.


Após derrame de 2000
“Houve uma redução de aproximadamente
90% na atividade pesqueira de 2000 para
cá. Dez anos depois foi feita uma perícia
técnica. A equipe rodou a Baía de
Guanabara e encontrou grande quantidade
de óleo nas áreas de manguezais, que são
os berçários da natureza. É dali que sai
todo o alimento para a cadeia produtiva da
pesca. Então, os efeitos do vazamento se
mostram presentes ainda hoje.”
Obrigado pela Atenção.
Referências
Análise de riscos industriais e ambientais - Técnicas de avaliação de riscos. Lee, C. Universidade Federal do Rio Grande do
Sul - UFRGS.

Após 16 ano, pescadores ainda não foram compensados por vazamento da REDUC. Disponível em
<http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2016-01/apos-16-anos-pescadores-ainda-nao-foram-compensados-por-vaz
amento-da-reduc>.

Baía de Guanabara: vazamento da Petrobras completa 14 anos. Disponível em


<http://www.oeco.org.br/reportagens/28021-baia-de-guanabara-vazamento-da-petrobras-completa-14-anos/>.

Conflito social e risco ambiental: o caso de um vazamento de óleo na Baía de Guanabara. Acselrad, H., Mello, C.C.A.

Relatório sobre o impacto ambiental causado pelo derramamento de óleo na Baía de Guanabara. Conselho Nacional do
Meio Ambiente (CONAMA)

Vazamento de óleo na Baía de Guanabara, 2000. Disponível em


<https://acidenteambientalreflexoesecriticastecbio.wordpress.com/2011/11/06/vazamento-de-oleo-na-baia-de-guanabara-
2000/>.

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