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Universidade Federal de Pernambuco

Centro Acadêmico do Agreste


Núcleo de Tecnologia

Aluno: Vinícius de Almeida Silva


Disciplina: Engenharia de Segurança do Trabalho
Professor: Edvaldo Pereira Santos Júnior
Data: 10/02/2022

Explosão da plataforma P-36, no Brasil

Com duas explosões a plataforma P-36 começa a afundar, no campo do Roncador, na Bacia de Campos (RJ).

Considerada a maior plataforma de produção de petróleo em alto mar do mundo antes


de seu naufrágio em 2001, a P-36 tinha papel importante para exploração de petróleo
brasileiro e era símbolo da relevância e robustez da Petrobras. A megaestrutura custou à
empresa 350 milhões de dólares.
A obra necessitou de técnicas inéditas de engenharia e foi executada por etapas em
diferentes locais. A construção teve início pelo casco, na Itália, no ano de 1995, e foi
finalizada no Canadá, em 2000. A estrutura começou a operar ainda no ano de 2000, no
campo de Roncador, na Bacia de Campos. Situava-se a 130 quilômetros da costa do Rio de
Janeiro e tinha produção estimada de 84 mil barris por dia.
Pouco tempo depois, em 15 de março de 2001, ocorreram duas explosões à noite,
comprometendo uma das colunas de sustentação da plataforma. Durante o acidente, estavam
presentes 175 pessoas, sendo que 11 morreram. As pessoas mortas faziam parte da equipe de
emergência. O alagamento parcial da plataforma provocou uma inclinação de 16 graus.
Após tentativas fracassadas de aprumar a plataforma e impedir o afundamento da
instalação. A P-36 naufragou em 20 de março de 2001, a uma profundidade aproximada de
1200 metros e possuindo um tanque de 1.500 toneladas de óleo. A investigação realizada pela
Agência Nacional de Petróleo e Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), apontou que o
acidente ocorreu por erros de manutenção e projeto.
De acordo com a ANP, o motivo que mais contribuiu para a explosão foi um problema
no fechamento de uma válvula. Algumas falhas importantes do projeto, foram: a área de
localização do tanque que explodiu não havia sido considerada de risco, ausência de
dispositivos de detecção e contenção de gás, utilização de equipamentos não resistentes a
explosões e existência de uma única válvula isolando o tanque de emergência dos
combustíveis.
Nesse período, o Sindicato dos Petroleiros (Sindipetro-RJ) denunciou irregularidades
nas operações e nos contratos executados por ex-funcionários que prestavam serviço de
manutenção à estatal.
Com relação à poluição causada, a Petrobras foi multada pelo Ibama pelo vazamento
de óleo bruto e diesel em alto mar, e pela dispersão química realizada, considerada prejudicial
ao ecossistema marinho. Por fim, os componentes químicos do óleo são capazes de matar
espécies marinhas, impossibilitar pesca e turismo e causar graves doenças, como câncer, nos
seres humanos.
No ano de 2007, a P-36 foi substituída pela P-52, cuja capacidade máxima é de 180
mil barris de petróleo por dia. Sua construção ocorreu inicialmente em Singapura e teve seu
encerramento no Brasil.

Referências

Em 2001, explosão da plataforma P-36 deixou 11 mortos na Bacia de Campos. O Globo, Rio
de Janeiro, 12 ago. 2013.
GAUDARDE G. Após 17 anos, Petrobras disputa R$ 1,5 bilhão pelo naufrágio da P-36.
Agência epbr, 16 mar. 2018.
GRABOIS, A. P. Explosão na P-36 foi causada por erros de manutenção e projeto, diz ANP.
Folha Online, Rio de Janeiro.
Plataforma P-52 começa a produzir no Campo de Roncador. Agência Petrobras, Rio de
Janeiro, 28 nov. 2007.

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