Você está na página 1de 10

SENAI Cimatec

Curso de Aprendizagem Industrial Técnico em Logística

Solução logística para o Pré-sal


Alane Marques, Erivan Barboza, Jéssica Oliveira, Jéssica Ribeiro, Larissa de Andrade e
Maria Eduarda.

Salvador
2009
SENAI Cimatec
Curso de Aprendizagem Industrial Técnico em Logística

Solução logística para o Pré-sal


Alane Marques, Erivan Barboza, Jéssica Oliveira, Jéssica Ribeiro, Larissa de Andrade e
Maria Eduarda.

Trabalho apresentado para a disciplina


de Logística Verde, sob orientação do
professor Vitório Donato, do curso
técnico em logística, turma 23120, do
SENAI Cimatec.

Salvador
2009
ÍNDICE
O QUE É O PRÉ-SAL?

O pré-sal é um conjunto de rochas, localizada nas proporções marinhas de


grande parte do litoral brasileiro, entre os estados de Santa Catarina e Espírito Santo,
com potencial para geração e acúmulo de petróleo. “Convencionou-se chamar de pré-
sal porque forma um intervalo de rochas que se estende por baixo de uma extensa
camada de sal, que em certas áreas da costa atinge espessuras de até 2.000m.”
Segundo a Petrobrás, o termo “pré” é utilizado porque, com o passar do tempo, as
rochas foram sendo depositadas antes da camada de sal. A distância total entre a
superfície do mar e o petróleo é de aproximadamente 7.000m.

“Os primeiros resultados apontam para volumes muito expressivos. Para se ter uma
idéia, só a acumulação de Tupi, na Bacia de Santos, tem volumes recuperáveis
estimados entre 5 e 8 bilhões de barris de óleo equivalente (óleo mais gás). Já o poço
de Guará, também na Bacia de Santos, tem volumes de 1,1 a 2 bilhões de barris de
petróleo leve e gás natural, com densidade em torno de 30º API.”

O petróleo encontrado na camada do pré-sal é de baixa acidez e baixo teor de


enxofre, características de um petróleo de alta qualidade e de maior valor de mercado.
Quanto ao volume estimado de petróleo para o pré-sal, os primeiros resultados apontam
volumes bastante expressivos. Só na acumulação de Tupi, na bacia de Santos, estima-se
entre 5 e 8 bilhões de barris de óleo equivalente (óleo mais gás). Já o poço de Guará,
também na Bacia de Santos, tem volumes de 1,1 a 2 bilhões de barris de petróleo leve e
gás natural.

PROBLEMAS NO PRÉ-SAL

Dentre todos os problemas enfrentados pelo pré-sal, como a falta de mão-de-


obra qualificada, falta de tecnologia, distância, impactos ambientais e o alto custo, são
dois os maiores, a distância da costa e a tecnologia necessária para atingir os 7.000m de
profundidade da perfuração.

3
Tecnologia:
“Quando o assunto é tecnologia, a questão fica um pouco mais complexa, pois
teremos que levar em conta, um alto custo de investimento, e acessibilidade a tais
tecnologias, mas para resolver tais problemas, utilizaremos conhecimento árabe para
realizar a exploração da camada do Pré Sal, pois eles são portadores de experiência
com esse tipo de trabalho de uma forma rentável é Omã, localizado da Península
Arábica e um dos seis membros do Conselho de Cooperação do Golfo (GCC).”.
Segundo Estrella, representantes da estatal brasileira e das empresas que atuam em
consórcio com ela na exploração da Bacia de Santos estiveram no sultanato árabe em
busca de informações para o Pré-sal.
Os problemas tecnológicos serão superados rapidamente, segundo informações
disponibilizadas pela Petrobrás, a empresa está direcionando grande parte de seus
esforços para a pesquisa e desenvolvimento de tecnologias que tornarão possível a
produção dessa nova fronteira exploratória. E novas tecnologias estão sendo importadas
para suprir essa demanda a curto prazo e melhorar a qualidade tanto da perfuração
quanto da qualidade do petróleo.
Segundo o geólogo Wagner Freire, presidente da Associação Brasileira dos
Produtores Independentes de Petróleo, o que realmente preocupa é a falta de
equipamentos tecnológicos que ficam no fundo do mar para fazer testes.

Distância:
Quanto à distância da costa “Não há, no mundo, paralelo com o pré-sal em
termos de movimentação de pessoas e cargas a distâncias tão grandes”, diz o gerente
executivo de logística de exploração e produção da Petrobras, Erardo Gomes Barbosa.
Para o transporte de alimentos e outros insumos, que podem ser planejados a longo e
médio prazo não há problemas, eles serão enviados de navio, como ocorre com outras
plataformas.
O problema está no transporte de pessoas, a viagem deve ser o mais agradável
possível para que estas mantenham sua capacidade de trabalho ao chegar no destino
final, e até o momento elas não poderão ser deslocadas de helicóptero, pois estes não
possuem autonomia de vôo suficiente para alcançar as plataformas de perfuração.
Diversas soluções estão sendo cogitadas para a distância, que segundo a ABIN (Agência
Brasileira de Inteligência) irá variar entre 200 e 300 quilômetros. Para o deslocamento
de pessoas “A estratégia é a criação de unidades marítimas que servirão como estações
intermediárias. Será um meio de caminho onde os passageiros chegam por meio de
uma lancha ultrarrápida para, de lá, pegar helicópteros de médio porte rumo ao seu

4
destino final.” Disse o Gerente-geral da unidade de serviços de transporte e
armazenagem do setor de Exploração e Produção da Petrobras, Ricardo Albuquerque
em entrevista para a ABIN.

Mão de obra:

Um dos problemas que o Pré Sal estava enfrentando era a mão de obra
qualificada, porém a Petrobrás está investindo em qualificação técnica capaz de utilizar
as mais diversas tecnologias usadas no Pré Sal - “Esses investimentos estimularão
também o desenvolvimento de toda uma cadeia produtiva de alta tecnologia, já que a
exploração das jazidas do pré-sal exigirá sofisticadas soluções tecnológicas e em
diversos segmentos da atividade de Exploração e Produção, abre oportunidades
inéditas de cooperação financeira e tecnológica com parceiros tanto no Brasil quanto
no exterior. Se as cifras volumosas do portfólio definido pela Petrobrás para os
próximos anos abrem novas oportunidades de negócios, a demanda crescente e a
sofisticação tecnológica dos projetos que serão desenvolvidos até 2013 exigir da
indústria brasileira um salto significativo de competitividade e na qualificação
profissional. Serão necessários investimentos maciços em capacitação de mão de obra,
um dos principais gargalos do setor. Além disso, alguns estaleiros terão de ser
recuperados e outros, construídos.”, apontou o presidente da companhia José Sérgio
Gabrielli.

IMPACTOS AMBIENTAIS

Com o Pré Sal o Brasil pode se tornar uma potência no que se diz respeito ao
aquecimento global.
Segundo o Ministério do Meio Ambiente, no Brasil, parcela representativa da
demanda energética é atendida pelos combustíveis derivados de petróleo e gás natural,
sendo que o petróleo responde por quase 90% do consumo no setor de transportes. O
país possui cerca de 30 bacias sedimentares onde, das reservas de petróleo identificadas,
90% estão no mar. A conciliação da exploração e produção de petróleo com a
conservação ambiental requer instrumentos de controle ambiental específico de modo a
prevenir e/ou mitigar os danos ambientais decorrentes da atividade.

5
Os problemas causados pela atividade petrolífera podem variar, indo de
contaminação da água, até a morte de vários animais marinhos, tudo isso caudado
muitas vezes pela contaminação das águas por derramamento de óleo no mar.
A avaliação do presidente do Conselho Consultivo do Centro Nacional de
Referência em Biomassa, José Goldemberg, durante o fórum "O Novo Cenário
Energético Mundial e as Oportunidades para o Brasil". “O Brasil tem hoje 44% de sua
energia proveniente de fontes renováveis. Essas novas reservas de petróleo não vão
durar para sempre, além de contribuir para elevar as emissões de carbono que deverão
ser taxadas. Portanto, o Brasil vai entrar em uma situação hoje enfrentada pelos
grandes produtores de petróleo", afirma Goldemberg. Com isso podemos enxergar que
os grandes pesquisadores, e responsáveis por questões ambientais estão com certo medo
de que essa novidade que promete render bons frutos no presente se torne uma grande
armadilha no futuro para o meio ambiente.
O Greenpeace cobra maior discussão sobre os impactos ambientais decorrentes
dessa medida. “Nosso questionamento é que o governo brasileiro esqueceu, na festa do
pré-sal, um convidado importante: o meio ambiente”, disse à Agência Brasil o diretor
de campanhas do Greenpeace no Brasil, Sérgio Leitão.
Para Sérgio Leitão mais de 30% do mar, tem que se tornar área protegida, para
que se diminuam os impactos.
“Criar áreas de proteção no mar é uma tarefa que o governo precisa assumir
para que a gente tenha esse impacto minimizado. Essa decisão está na mesa do
presidente da república e não significa gasto extra”, alega Leitão. Os mares são
responsáveis por 50% da absorção de gás carbônico provocada pela queima de
combustíveis fósseis, como o petróleo.
Criar tecnologias para minimizar os impactos seria muito caro e demandaria de
muito tempo e dinheiro com pesquisas, por isso a criação de áreas de preservação é a
alternativa mais viável, até porque é mais barato e será mais eficaz.

6
7
8
http://www.abin.gov.br/modules/articles/article.php?id=5014

http://www.energiahoje.com/brasilenergia/noticiario/2009/06/05/385378/o-
estrategista-do-pre-sal.html

www.webpesados.com.br/.../33-pre-sal-impactos-na-industria

Você também pode gostar