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GESTÃO DE EFLUENTES E RESÍDUOS NA INDÚSTRIA DE

PETRÓLEO E GÁS

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SUMÁRIO
1. NOSSA HISTÓRIA ........................................................................................................................ 2
2. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................. 3
3. NORMATIZAÇÃO ........................................................................................................................ 5
4. SUSTENTABILIDADE .................................................................................................................... 7
5. RESÍDUOS................................................................................................................................... 9
6. RESÍDUOS SÓLIDOS ...................................................................................................................10
7. RESÍDUOS LÍQUIDOS..................................................................................................................11
8. IDENTIFICAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS .....................................................................12
9. CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO TIPO.............................................................................................13
10. CLASSIFICAÇÃO POR UNIDADE GERADORA ................................................................................14
11. NOMENCLATURA PRÉ-ESTABELECIDA ........................................................................................15
12. CLASSIFICAÇÃO NBR 10004/2004 ..............................................................................................16
13. QUANTITATIVOS DESCRITOS EM KG ..........................................................................................17
14. A DESTINAÇÃO ..........................................................................................................................18
15. O PROBLEMA DOS EFLUENTES HÍDRICOS NA PRODUÇÃO DE PETRÓLEO ....................................22
16. EXPLORAÇÃO ............................................................................................................................23
17. PERFURAÇÃO ............................................................................................................................24
18. AVALIAÇÃO ...............................................................................................................................25
19. DESENVOLVIMENTO E PRODUÇÃO ............................................................................................26
20. IMPACTOS AMBIENTAIS ............................................................................................................27
21. ORIGEM DA ÁGUA PRODUZIDA .................................................................................................28
22. ÁGUA DE PRODUÇÃO E PROBLEMAS AMBIENTAIS.....................................................................30
23. TRATAMENTO ANTES DO DESPEJO ............................................................................................32
24. NOVAS TECNOLOGIAS ...............................................................................................................33
25. GERENCIAMENTO/ GESTÃO.......................................................................................................34
26. RESÍDUOS X GERENCIAMENTO ..................................................................................................36
27. CICLO DE VIDA NA INDÚSTRIA DO PETRÓLEO ............................................................................38
1. REFERÊNCIAS ............................................................................................................................44

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1. NOSSA HISTÓRIA

A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários, em


atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós-Graduação. Com
isso foi criado a nossa instituição, como entidade oferecendo serviços educacionais em nível
superior.

A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de


conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação no
desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. Além de
promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que constituem
patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de publicação ou outras
normas de comunicação.

A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma confiável e


eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base profissional e ética.
Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições modelo no país na oferta de
cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, excelência no atendimento e valor do
serviço oferecido.

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2. INTRODUÇÃO

Figura 1: Plataforma de petróleo.

Fonte: https://www.google.com/url?sa=i&url=http%3A%2F%2Faaapucrio.com.br%2Fgerenciamento-
de-residuos-na-industria-de-petroleo-e-gas-os-desafios-da-exploracao-maritima-no-
brasil%2F&psig=AOvVaw3cD2cOlhwPlzvldqr3Z_fU&ust=1605895818502000&source=images&cd=vf
e&ved=0CAkQjhxqFwoTCMjmmKOaj-0CFQAAAAAdAAAAABAD

Com o passar dos anos o homem tem feito descobertas que mudaram seu
estilo de vida e a natureza que o cerca. Dentre as mais importantes, a se considerar
o advento do petróleo e seus derivados. Este tem-se destacado como uma das fontes
de energia e matéria prima mais utilizadas mundialmente no último século, uma vez
que está presente nos itens do cotidiano das pessoas e das indústrias. É visto como
sinônimo de riqueza e poder para uma nação. Nos bancos de dados da ANP
(Associação Nacional do Petróleo), o anuário de 2013, acompanha uma breve análise
da produção, consumo e de reservas provadas de petróleo em âmbito mundial. Este
demonstra a relevância desta atividade por meio de índices que corroboram que o
mundo está cada vez mais empenhado na exploração e produção do petróleo, uma
vez que se tenta acompanhar o consumo que tem aumentado de acordo com o
desenvolvimento da sociedade.
De acordo com o Anuário ANP (2013) em 2012, o consumo mundial de petróleo
totalizou 89,8 milhões de barris/dia, após um incremento de 1% (+895 mil barris/dia).
Fazendo um levantamento do contexto nacional “O Brasil se manteve em sétimo lugar,
após acréscimo de 2,4% (+64 mil barris/dia) no consumo de petróleo, totalizando 2,8

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milhões de barris/dia (3,1% do total mundial) ”, porém houve um “decréscimo de 2%
no volume de óleo produzido, totalizando 2,1 milhões de barris/dia (2,5% do total
mundial) ” enquanto em sua produção (ANUÁRIO ANP, 2013).
O setor de petróleo e gás natural tem gerado grande valor social e econômico
para o país e todo o mundo, contudo na mesma proporção faz-se existente a geração
de resíduos. A esses, porém, na maioria dos casos não se é dada a devida
importância e cuidado, visto que o seu controle ainda é muito ineficiente.
No Brasil, os resíduos petrolíferos são de responsabilidade de suas indústrias
geradoras. Estes são resultantes das etapas de exploração/produção (E&P) e refino,
os quais em sua maioria são não perigosos, porém os índices de produção dos detritos
perigosos despertam grande preocupação dos órgãos ambientais.
Conforme dados obtidos pelo PNRS (Plano Nacional de Resíduos Sólidos) no
ano de 2008, o setor de E&P produziu cerca de 34 mil toneladas de resíduos
petrolíferos. Em 2009, foram 39 mil toneladas e em 2010, 51 mil toneladas destes. O
segmento do refino arrebatou, em 2008, um montante próximo a 34 mil toneladas de
resíduos sólidos perigosos. Em 2009, 92 mil toneladas e em 2010, 64 mil toneladas.
Integrando um conjunto entre o Rio Grande do Norte e o Ceará, a bacia potiguar é a
quinta maior reserva petrolífera onshore (bases terrestres) brasileira, contando com
cerca de 83 campos de exploração. Sozinho o RN é responsável por 85% de toda a
produção gerando inúmeros detritos não geridos de formas adequadas com relação
ao meio ambiente.
Contando com cerca de 4000 poços de extração petrolífera terrestre e marítima
o Rio Grande do Norte em 2012 produziu 21,75 milhões de barris de petróleo, dos
quais 18,97 milhões em terra e 2,78 milhões em mar. No entanto os resíduos gerados
dessa produção são parcialmente desconhecidos e sendo assim não são gerenciados
para uma destinação adequada que diminua os impactos ambientais, uma vez que,
são conseqüências do desenvolvimento da atividade petrolífera.
Sendo os detritos petrolíferos solicitantes de uma gestão adequada, uma vez
que mal geridos causam danos à saúde humana e/ou ao meio ambiente, evidencia-
se que as ferramentas existentes para esta no estado do Rio Grade do Norte são
escassas e/ou falhas. Nesta totalidade será apresentada uma nova proposta de
classificação dos resíduos provenientes dessa atividade por meio das classificações
normatizadas pela NBR 10.004/2004 e pela NR-9, a fim de auxiliar nos processos de
gerenciamento e de futuras aplicações destes rejeitos.

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3. NORMATIZAÇÃO

Figura 2: Normatização.

Fonte: http://ambientesst.com.br/residuos-solidos-residuos-liquidos-efluentes-afluentes/

Conforme Ugaya e Henschel (2004) as regulamentações obrigam as empresas


e a legislação específica destas a obterem melhores resultados com relação ao
tratamento de resíduos e reciclagem, porém estes não são satisfatórios até então.
Para estabelecer regulamento a nível federal o Conselho Nacional de Meio Ambiente
(CONAMA) publicou diversas resoluções como a Resolução 313 de 2002, que institui
o Inventário Nacional de Resíduos Sólidos e também estabeleceu critérios para
determinados tipos de tratamento de rejeitos e a Resolução 316 de 2002, que
regulamenta o tratamento térmico de detritos.
“No Brasil, com o advento da lei de crimes ambientais (Lei 6938/1998), que
responsabiliza o gerador do resíduo pela sua deposição final, as empresas e os
órgãos ambientais têm se esforçado para que sejam empregadas técnicas de
gerenciamento e deposição de resíduos adequadas. ” (LUCENA ET AL., 2007).
O IBAMA define regras mais rígida com relação ao controle de tal temática. A
padronização dos Projetos de Controle da Poluição pela Nota Técnica
CGPEG/DILIC/IBAMA N° 01/11 determina que seja reportado os quantitativos dos
resíduos gerados, armazenados e destinados, as formas de tratamento e disposições
utilizadas (Santos, 2013). Visando o atendimento do instituído utiliza-se como suporte
a NBR 10.004/2004 para se aplicar a classificação dos rejeitos em perigosos e não
perigosos (Classe I e Classe II) e inertes e não inertes (Classe IIA e Classe IIB) e a
NR-9, a qual considera os riscos ambientais e os seus agentes geradores, estes se
dividindo em cinco: Químicos, Físicos, Biológico, Ergonômicos e Mecânicos. Para
tanto faz-se de suma importância o vigor dessas resoluções que buscam a diminuição

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dos impactos gerados a fim de tornar a sustentabilidade cada vez mais presente no
âmbito.

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4. SUSTENTABILIDADE

Figura 3: Sustentabilidade.

Fonte: http://ambientesst.com.br/residuos-solidos-residuos-liquidos-efluentes-afluentes/

Segundo Dantas e Reis (2009) o conceito de sustentabilidade só começou a


ser discutido em meados da década de 80, quando se fizeram notar os efeitos da
exploração humana no planeta, alterações físico-químicas na natureza. Segundo
Gurgel et al. (2013), esta concepção está ligada ao desenvolvimento tecnológico e
econômico sem agredir o meio ambiente, desfrutando e possibilitando o manuseio dos
recursos naturais de maneiras inteligentes a fim de garantir a existência de vida no
futuro.
Tendo como referência o Relatório da Comissão Mundial de Desenvolvimento
e Meio Ambiente das Nações Unidas, um progresso sustentável é o que consiste em
“suprir as necessidades atuais da população sem comprometer a habilidade das
futuras gerações de atender suas próprias necessidades.” (CMMAD, 1987).
Cada atividade realizada pelo ser humano deve ser pensada colocando em
primeiro plano a sustentabilidade para que o seu desenvolvimento possa suprir as
necessidades humanas sendo ambientalmente corretas, economicamente viável e
socialmente justas (GURGEL ET AL. 2013).
“É indubitável que a extração do petróleo gera impactos ambientais e sociais
tanto diretamente quanto indiretamente. Uma vez que essa atividade se constitui na

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intervenção do meio ambiente para extração de um recurso natural, com potenciais
impactos ambientais.” (GURGEL ET AL. 2013).
Os impactos ambientais devem ser analisados levando-se em consideração o
que se tornará mais vantajoso tanto para o meio ambiente quanto para a sociedade
considerando as definições de sustentabilidade e as relevâncias do dinamismo
econômico da região.

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5. RESÍDUOS

Figura 4: Resíduos.

Fonte: https://www.superbac.com.br/blog/tratamento-de-efluentes-industriais-conheca-as-5-melhores-
praticas/

A IPIECA (2004), define resíduo como “material (sólido ou líquido), resultante


de operações de empresas, planejado para ser disposto, reutilizado, reciclado ou
recuperado, dentro ou fora do local de sua geração.
A International Standards Organization - ISO 14040:20068 – Environmental
management — Life cycle assessment — Principles and framework, define resíduo
como “substância ou objetos cuja disposição é requerida ao proprietário - substances
or objects which the holder intends or is required to dispose of”. Ambas as definições
demonstram que resíduos sólidos, efluentes líquidos e emissões atmosféricas são
componentes indesejáveis mas intrínsecos, não só às operações da indústria, mas ao
nosso cotidiano. Por estarem cada vez mais presentes, demandam gerenciamento
eficiente para mitigação de impactos indesejáveis à sua existência.
No contexto internacional, o relatório do Programa das Nações Unidas para o
Meio Ambiente (PNUMA) de 21 de fevereiro de 2011, destaca Políticas Públicas
Sustentáveis e Trajetória de Investimento Rumo à Rio +20 e prevê que o mundo
gerará 13 bilhões de toneladas de resíduos entre municipais e outros até 2050; e relata
que atualmente, apenas 25% de todos os resíduos são recuperados ou reciclados.
Segundo EPA (2011), um gerenciamento eficiente de resíduos, requer o
entendimento e atendimento à legislação ambiental. Este atendimento às leis será
garantido por procedimentos que permitam um fácil entendimento dos resíduos e suas

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características, das expectativas ambientais, monitoramento de performance e
integração das operações à todos estes conceitos e ao conceito da sustentabilidade.
Segundo a OGP (2008), resíduo pode ser definido por diversas maneiras, por
uma abordagem técnica, legal ou até mesmo por nomenclatura empresarial
específica, muitas das vezes seguido por adjetivos tais como: perigosos, especiais,
industriais, domésticos e não perigosos.

6. RESÍDUOS SÓLIDOS

Os resíduos sólidos provenientes da indústria do petróleo, na grande maioria


das vezes, gerados em refinarias, despertam um olhar preocupante das legislações

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ambientais. Para tanto no Brasil, com o advento da lei de crimes ambientais (Lei
6938/1998), que responsabiliza o gerador do resíduo pela sua deposição final, as
empresas e os órgãos ambientais têm se esforçado para que sejam empregadas
técnicas de gerenciamento e deposição de resíduos adequadas. A NBR 10.004/2004,
relativa ao gerenciamento de resíduos sólidos, propõe práticas de classificação destes
quanto aos riscos potenciais a natureza e a saúde pública implicada pelos rejeitos e
código para a identificações dos detritos de acordo com suas características (ABNT,
2004).
Os detritos sólidos e semi-sólidos dessa atividade industrial são os únicos
gerenciados segundo legislações por meio da elaboração de um Plano de
Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS). A NBR 10.004/2004 auxilia a classificá-
los segundo as suas características, se reconhecidos como perigosos, ou quanto ao
seu nível de toxidade.
De acordo com a classificação da ABNT (2004), os resíduos podem ser
divididos em duas classes, quais sejam:
- Classe I: Perigosos, aqueles cujas propriedade físicas, químicas ou
infectocontagiosas podem apresentar riscos ao meio ambiente e/ou a saúde pública;
- Classe II: São considerados os não perigosos. Estes por sua vez se subdividem em:
- Classe II – A: Não inertes. Apresentam-se com propriedades de biodegradabilidade,
combustibilidade ou solubilidade em água;
- Classe II – B: Inertes. Possuem características e composições físico-químicas, que
não sofrem transformações físicas, químicas ou biológicas.
No topo da cadeia geral de produção de resíduos sólidos encontram-se as
borras oleosas e os cascalhos de perfuração, que considerados com rejeitos classe I
- perigosos. Conforme Andrade et al (2013) os materiais oleosos são a principal fonte
de resíduos gerados nas refinarias de petróleo, estima-se que para cada um 1kg são
gerados de 10 a 20g destes.

7. RESÍDUOS LÍQUIDOS

Na indústria do petróleo é discriminado resíduos líquidos os fluidos de


perfuração. “Define-se como fluido de perfuração, todo liquido utilizado em uma
operação de perfuração. Esse líquido é circulado, ou bombeado, da superfície até a
broca, através do poço, retomando pelo anular.” (MELO, 2008, P. 19).

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Sendo estes relacionados, direta ou indiretamente, com a grande parte dos
problemas na perfuração são considerados fluidos de perfuração misturas complexas
de sólidos, produtos químicos e gases (MELO, 2008, P. 19).
Existem inúmeros tipos de fluidos de perfuração. Esses são classificadas de
acordo com a fase do fluido, alcalinidade, dispersões e tipos de elementos químicos
utilizados – aditivos – podendo ser líquida (água ou óleo) ou gasosa. Representando
99% dos resíduos da produção de óleo e gás estas se dividem conforme Ferreira
(2003) em quatro tipos básicos: Base Água ou Water-Based Fluids (WBF), Base Óleo
ou Oil-Based Fluids (OBF), Base Sintética ou Synthetic-Based Fluids (SBF) e Base
Gás.
Os três primeiros tipos encontram grande aplicação na indústria offshore,
enquanto o último é basicamente empregado na perfuração terrestre. No Rio Grande
do Norte uma quantidade considerável dos campos produtores são envelhecidos com
isso estes começam a produzir cada vez maiores quantidades de efluentes. Estima-
se que um campo novo produz de 5 a 15 % de volume de efluentes. À medida que
vão se tornando obsoletos, esses efluentes podem atingir uma faixa de 75 a 90 % de
volume total extraído do poço.
Por ser destaque da produção em terra de petróleo no Brasil o estado do Rio
Grande do Norte tem uma elevada produção de lamas de perfuração de base gasosa,
ou também conhecidos por fluidos leves. Estes por sua vez são dotados de vantagens
com relação a produção e a pouca geração de resíduos.

8. IDENTIFICAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS

Nas atividades de exploração e produção de petróleo e gás natural offshore


são gerados resíduos oriundos tanto do processo, bem como de origem humana,
referente aos tripulantes que trabalham nas plataformas e navios. Como medida de
mitigação, bem como visando à reciclagem do maior quantitativo possível dos
resíduos gerados, o órgão ambiental estabeleceu a implementação de programas de

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coleta seletiva a bordo dos locais de geração, de modo a segregar o maior quantitativo
possível de resíduos recicláveis, possibilitando assim, o envio para o tratamento e
destinação que causem menos impacto no ambiente e possibilitem o retorno do
resíduo à cadeia de consumo, através do processo de logística reversa pós-consumo.
Comparado ao quantitativo de resíduos perigosos gerados, os resíduos
recicláveis, ou não perigosos representam uma parcela mínima do total de resíduos
gerados. Entretanto, necessitam de igual atenção por parte das empresas operadoras.
Uma vez desembarcados, a empresa responsável pelo empreendimento onde os
resíduos foram gerados deverá assegurar que os mesmos sejam classificados e
quantificados, registrando-se o local de geração dos mesmos.

9. CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO TIPO

Visando o atendimento à Nota Técnica CGPEG/DILIC/IBAMA Nº 01/11, os


resíduos deverão ser classificados de acordo com as seguintes diretrizes
estabelecidas pelo órgão ambiental, conforme dados apresentados na tabela 01:

Tabela 1: Aspectos identificados na geração do resíduo

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Fonte: file:///C:/Users/Cliente/Downloads/1205-2110-1-SM.pdf

10. CLASSIFICAÇÃO POR UNIDADE GERADORA

Tem por finalidade identificar o local da geração dos resíduos, seja nas
unidades marítimas, embarcações ou bases de apoio.

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11. NOMENCLATURA PRÉ-ESTABELECIDA

O órgão ambiental pré-definiu a nomenclatura dos tipos de resíduos gerados


com maior freqüência nas atividades de perfuração, produção e escoamento, assim,
de acordo com a tabela 2, estima-se que sejam gerados os seguintes tipos de
resíduos.

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Tabela 2: Tipologias de resíduos em função da classificação estabelecida pela Norma
Técnica NBR 10004/2004.

Fonte: file:///C:/Users/Cliente/Downloads/1205-2110-1-SM.pdf

O resíduo Fluido de Perfuração não é reportado no relatório encaminhado ao


órgão ambiental, entretanto, é solicitado que o mesmo passe pelas mesmas etapas
de identificação e rastreamento dos demais resíduos, e que estas informações fiquem
disponíveis sempre que solicitadas pelo órgão ambiental.

12. CLASSIFICAÇÃO NBR 10004/2004

Norma Brasileira Regulamentadora que fixa a classificação dos resíduos


sólidos, com vistas ao processo de gerenciamento e não apenas a classificação para
destinação. Os resíduos podem ser classificados de acordo com sua origem ou
potencial de
 Classe I – Resíduos Perigosos: aqueles que em função de sua
periculosidade,periculosidade, recebendo as seguintes nomenclaturas:

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 Classe II – Não perigosos, subdivididos em duas classes:poderão causar
danos à saúde e ao ambiente;
 Classe IIA – Não inerte e com características de solubilidade, podendo causar
alterações quando do contato com água;
 Classe IIB – Inerte e não solúvel em água;

13. QUANTITATIVOS DESCRITOS EM KG

Todos os resíduos deverão ter seus respectivos quantitativos descritos em Kg,


sendo obrigatória a verificação do peso de cada resíduo desembarcado, na base de
apoio terrestre.

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14. A DESTINAÇÃO

Figura 5: Destino de lixo industria.

Fonte: http://blog.homyquimica.com.br/residuos-industriais-qual-destinacao-correta/

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O órgão ambiental definiu que para fins de tratamento e/ou destinação de
resíduos, deverá ser adotada a forma que menos impacte o ambiente, sugerindo como
primeira alternativa a logística reversa pós-consumo, ao retornar aos respectivos
fabricantes os resíduos originados na utilização de seus produtos. Seguindo essa
diretriz, é sugerido então o reuso e recondicionamento dos resíduos, por serem
consideradas formas de tratamento que visam à reutilização sem que haja a aplicação
de tecnologias ou consumo de energia no processo de recuperação. Essas formas de
tratamento são aplicadas principalmente aos resíduos de tambores e bombonas
plásticas, por serem de baixo custo e operação simplificada, possibilitando seu retorno
ao mercado consumidor com suas características originais, ou seja, serão reutilizados
novamente para a finalidade com a qual foram fabricados.
A Reciclagem é utilizada para o tratamento e destinação de praticamente todo
o quantitativo de resíduo reciclável gerado. Possibilita a utilização dos resíduos de
papel, plástico, vidro, latas de alumínio, metal, tetra pak e óleo de cozinha, como
insumo em novos processos produtivos. Esta forma de tratamento é utilizada apenas
para os resíduos classificados como não perigosos, de acordo com a NBR
10004/2004, uma vez que a Nota Técnica CGPEG/DILIC/IBAMA Nº 01/11 define que,
para os resíduos perigosos, não poderá ser adotada a nomenclatura “reciclagem”,
como forma de tratamento.
O Brasil é um país que possui vasta extensão territorial, o que por muitos anos
foi um fator favorável à construção e operação de aterros, por ser uma alternativa mais
econômica e de baixo emprego tecnológico, em relação às outras formas de
tratamento existentes.
Com a implementação da Nota Técnica CGPEG/DILIC/IBAMA Nº 01/11, as
exigências relacionadas ao licenciamento das atividades de exploração, produção e
escoamento de petróleo no Brasil atrelou as formas de tratamento e disposição de
resíduos, de modo a estabelecer a disposição permanente em aterro como sendo uma
das ultimas alternativas a serem utilizadas.
O tratamento de resíduo oleoso se dá através do rerrefino de óleos industriais,
processo este que permite a reciclagem do óleo mineral, de modo que este seja
reutilizado para a finalidade a qual fora fabricado. Apesar de este processo demandar
de uma grande infra-estrutura operacional, pois são utilizadas simultaneamente
diversas técnicas de tratamento físico-químico, ainda assim, é uma forma de reduzir

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a extração de hidrocarbonetos para a produção de óleos, bem como evitar a
disposição permanente desse resíduo no ambiente.
Já o co-processamento é a forma de tratamento mais utilizada para os resíduos
contaminados, uma vez que esta tecnologia utiliza o resíduo como insumo energético,
substituindo parcialmente a utilização de matérias-primas em fornos de clínquer, no
processo de fabricação de cimento. Apesar de ser considerado o processo mais
adequado para o tratamento dos resíduos perigosos não passíveis de reutilização,
uma vez que possibilita a recuperação da energia contida no resíduo. Este processo
é prejudicado em virtude da baixa quantidade de plantas industriais de fabricantes de
cimento existentes no Brasil e licenciadas para essa atividade.
É importante ressaltar que os resíduos contaminados, que tem como destino
as empresas fabricantes de cimento, não são destinados imediatamente após o
processo de desembarque realizado nas bases de apoio. São enviados para
empresas que processam estes resíduos, uniformizando-os, compactando-os,
encapsulando-os e posteriormente armazenando-os, até que haja disponibilidade por
parte da empresa cimenteira, em receber esse material para a utilização em fornos de
clínquer.
A descontaminação é a forma de tratamento utilizada em maior parte, para
descaracterizar um resíduo de modo a permitir sua disposição em aterros. É mais
comumente aplicado para o tratamento de lâmpadas fluorescentes e resíduos
hospitalares.
As estações de tratamento de efluentes são utilizadas para o tratamento de
resíduos em forma líquida, uma vez que estes não se encontram dentro dos padrões
aceitáveis para o descarte in natura. Possibilita o descarte do efluente tratado em
corpo hídrico, de modo a não impactar o ambiente.
No tocante ao atendimento das metas acordadas com o órgão ambiental, as
metas percentuais para disposição apresentam um caráter mais qualitativo, uma vez
que não apenas o quantitativo a ser disposto, como também a tecnologia utilizada no
processo de destinação deverá ser avaliada. Assim, um programa de gestão
ambiental que vise o atendimento aos requisitos de licenciamento, deverá pautar
também a oferta de tecnologias para tratamento de resíduos disponíveis no parque
tecnológico brasileiro.
Com relação ao grande volume de resíduos, do tipo Fluido de Perfuração, uma
alternativa para reduzir a quantidade desse resíduo seria a adoção de um processo

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de desidratação do resíduo, com vistas à sua redução na fonte geradora, através da
instalação de unidades móveis de centrifugação térmica, nos locais onde há o
desembarque dos resíduos, representados pelas setas amarelas na figura 02, ou nos
arredores da região portuária.
O processo de centrifugação de fluidos de perfuração permite a evaporação da
parte liquida do resíduo, resultando um material arenoso no fim do processo de
tratamento, tornando-o passível de ser utilizado na construção civil como agregado
reciclado em obras de pavimentação. Este processo já é uma realidade na região do
mar do norte, onde as próprias empresas que fabricam e comercializam os fluidos de
perfuração, oferecem em conjunto o serviço de tratamento desse resíduo, com a
minimização do quantitativo final a ser transportado e destinado a outros locais,
permitindo também a redução dos custos com a logística de transporte.
Dessa forma, através da inserção de tecnologias que permitam a reutilização
de resíduos como insumo ou agregado em outras atividades industriais, e que não
contemplem apenas os resíduos recicláveis, poderá ser estabelecida uma cadeia de
logística que permitirá aos empreendedores que operam no Brasil ampliarem a gama
de possibilidades existentes relacionadas ao tratamento e a disposição dos resíduos,
seja através da difusão de tecnologias voltadas à redução do volume e do quantitativo
de resíduos a serem destinados, bem como na utilização dos compostos reciclados
como agregado ou insumos, reduzindo assim as formas de destinação permanente,
como os aterros, servindo como alternativa ao saturado processo de Co-
Processamento. Isso resultará na minimização dos impactos no ambiente, bem como
no desenvolvimento de um segmento econômico atualmente considerado de baixa
representatividade no mercado nacional, que é a indústria de tratamento de resíduos.

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15. O PROBLEMA DOS EFLUENTES HÍDRICOS NA PRODUÇÃO DE
PETRÓLEO

Figura 6: Tratamento de efluente.

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Fonte:https://www.google.com/search?q=6.%09O+PROBLEMA+DOS+EFLUENTES+H%C3%8DDRI
COS+NA+PRODU%C3%87%C3%83O+DE+PETR%C3%93LEO+&tbm=isch&ved=2ahUKEwj5wJe2
m4_tAhUhBLkGHWd8D8QQ2-
cCegQIABAA&oq=6.%09O+PROBLEMA+DOS+EFLUENTES+H%C3%8DDRICOS+NA+PRODU%C3
%87%C3%83O+DE+PETR%C3%93LEO+&gs_lcp=CgNpbWcQA1Co2gRYqNoEYMjeBGgAcAB4AIA
BvAGIAbwBkgEDMC4xmAEAoAEBqgELZ3dzLXdpei1pbWfAAQE&sclient=img&ei=Rra2X_mFAaGI5
OUP5_i9oAw&bih=657&biw=1024&hl=pt-BR#imgrc=XwWfUzVHkspm2M

16. EXPLORAÇÃO

A exploração é o termo usado na indústria do petróleo e gás, para a fase


anterior ao descobrimento de uma jazida.
O primeiro passo na procura de petróleo é feito no escritório, através de
pesquisas em mapas geológicos para identificação das bacias sedimentares e, a partir
daí faz-se levantamentos aerofotogramétricos para identificação das formações mais
promissoras. Informações mais detalhadas são obtidas através de levantamento
geológico de campo. Os dados obtidos são então processados, dando origem às
seções sísmicas, que serão posteriormente interpretadas.

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17. PERFURAÇÃO

De acordo com o relatório da UNEP e E&P Fórum (1997), uma vez encontrada
a estrutura promissora para conter petróleo, o passo seguinte é a perfuração que
poderá confirmar sua presença e fornecer dados do reservatório, como espessura e
pressão.
Todos os poços perfurados para descobrir petróleo são chamados poços
exploratórios. A locação das sondas vai depender então das características
geológicas e de um balanço entre avaliação ambiental e boas condições de logística.
No site escolhido para as operações de perfuração, uma base é construída para
acomodar a sonda de perfuração e demais utilidades. Normalmente é necessária uma
área entre 4.000 e 15.000 m2 .

24
As operações de perfuração geralmente são contínuas, funcionando 24 horas.
O tempo previsto para a perfuração de um poço depende da profundidade da
formação de hidrocarbonetos e das condições geológicas, mas é normalmente de um
a dois meses. Quando a formação é encontrada os testes de poço são iniciados a fim
de avaliar vazão e pressão. Estes testes, com a duração de aproximadamente um
mês, geram óleo, gás e água de formação, cada um devendo receber seu tratamento
adequado para disposição final.

18. AVALIAÇÃO

Quando o poço exploratório é bem sucedido, novos poços são perfurados para
avaliar a extensão do campo. A etapa de avaliação visa determinar o tamanho e a
natureza do reservatório e se novos poços de avaliação serão necessários. As
técnicas usadas são as mesmas que as de perfuração de poços exploratórios ou de
produção. Os demais poços são perfurados a partir da mesma locação por meio de
perfuração direcional, que desvia o ângulo da perfuração para um site adjacente. Com
essas técnicas são minimizados deslocamentos da sonda, reduzindo os impactos do
local.

25
19. DESENVOLVIMENTO E PRODUÇÃO

Depois de estabelecido o tamanho do campo, os poços seguintes são


chamados poços de desenvolvimento ou produção. O número de poços necessários
para explorar um reservatório, depende do seu tamanho e de sua geologia. Grandes
reservatórios podem necessitar de uma centena deles, enquanto pequenos
reservatórios podem ser depletados com cerca de dez.
Uma vez que o óleo atinge a superfície, é conduzido para a planta de facilidades
de produção, onde o fluido produzido, composto por óleo, gás e água, será separado.
O tamanho da planta vai depender da natureza do reservatório, volume e qualidade
dos fluidos produzidos e método de exportação usado.
O óleo precisa ser livre de gás dissolvido, antes da exportação. Da mesma
forma o gás precisa ser tratado para ficar livre de água e outros componentes

26
indesejáveis como SO2 e CO2. Toda água produzida é tratada antes de sua destinação
final.

20. IMPACTOS AMBIENTAIS

É inevitável o impacto causado pelas atividades da indústria de petróleo ao


ambiente. Contudo isto não se traduz numa atividade irresponsável. Muito pelo
contrário, cada vez mais a indústria vem desenvolvendo técnicas e investindo pesadas
quantias em pesquisa de novas tecnologias para preservar o meio ambiente.
Toda a atividade é precedida de um Estudo de Impacto Ambiental, que origina
um elenco de medidas de proteção e mitigação, levando em conta os fatores bióticos,
físicos, socioeconômicos e culturais.
Uma das principais preocupações ambientais na atividade petrolífera é a água
de produção, que representa basicamente 99% dos resíduos da produção de óleo e
gás. Com o envelhecimento dos campos produtores, os poços começam a produzir
cada vez mais, maiores quantidades de água, tornando o gerenciamento desta água
um assunto de importância capital.

27
A água produzida é tratada e posteriormente descartada no mar, nos campos
de produção marítima ou reinjetada nos poços de produção terrestres.
A constante busca por novas tecnologias é fundamental para a preservação
ambiental. Em alguns casos as indústrias patrocinam novos sistemas e técnicas
inovadoras ou compram direito de uso de novos sistemas através de licenças ou
parcerias.

21. ORIGEM DA ÁGUA PRODUZIDA

A origem da água produzida está associada diretamente à origem do petróleo.


Os hidrocarbonetos são formados por uma mistura complexa de compostos de
carbono e hidrogênio. Podem se encontrar em estado sólido, líquido ou gasoso,
dependendo de sua composição, pressão e temperatura. Esta matéria orgânica foi
originada no fundo de antigos oceanos, onde plantas e micro animais morreram e
ficaram depositados em forma de sedimentos. Por ação de bactérias, temperatura e
pressão são geradas nas rochas que dão origem ao petróleo (rochas geradoras). Após
a ocorrência deste cenário, a compressão destas rochas matrizes gerou pressão e
temperatura suficientes para a migração do gás e do petróleo para rochas porosas e
permeáveis adjacentes, foi a migração primária. Essas rochas adjacentes também
eram de origem sedimentar e depositaram-se em um meio marinho, tendo seus poros
cheios de água com graus variados de salinidade. Em seguida deu-se a segunda
migração de petróleo e gás, que é a segregação através da água, até encontrarem
uma rocha selante ou trapa, onde o movimento é interrompido em função das rochas

28
capeadoras. Cabe ressaltar que o petróleo segregado permanece em contacto com a
linha d’água do aqüífero, de onde recebe pressão e o gás pode estar dissolvido no
petróleo ou se apresentar como uma camada independente entre o óleo e a rocha
selante. Essa água do aqüífero é a que será “produzida” por ocasião da produção de
óleo.
A produção de um poço de petróleo consiste basicamente em escoar os fluidos
que penetram no poço, para a superfície. Uma vez na superfície, os fluidos são
separados e o óleo e o gás enviados para as refinarias.
A maioria dos poços produz água. Inicialmente em quantidades pequenas, à
medida que a produção continua a pressão do reservatório na proximidade dos poços
vai diminuindo. Esta queda de pressão provoca um movimento nos fluidos do
reservatório, alterando o nível de contato petróleo/água. Por meio desta
movimentação, a água atinge o poço e passa a ser produzida. Faz-se necessário um
sistema de separação petróleo/água produzida e o descarte dessa água.
A água, após tratamento, pode ser injetada no limite do aqüífero da jazida, de
maneira a manter a pressão do reservatório e aumentar a recuperação de óleo.
Pode-se também desenvolver um projeto de inundação de água, varrendo os
poros da formação e empurrando o óleo na direção do poço.
Podemos dizer que todos os poços produzem água, que é pouca no início da
produção do poço, porém vai aumentando gradativamente, até atingir o limite
econômico da produção.
A água, conhecida como o solvente universal, dissolve até determinadas
quantidades, todos os componentes inorgânicos. Derivando então outro problema da
água de produção. Faz-se necessária uma análise criteriosa para determinar o melhor
tipo de tratamento e definir o método de descarte. A análise é o melhor meio para se
detectar os problemas, portanto deve ser feita como atividade de rotina em toda água
de produção.

29
22. ÁGUA DE PRODUÇÃO E PROBLEMAS AMBIENTAIS

A água de produção, é a água que contém quantidades variadas de sais e


gases dissolvidos (CO, CO2, H2S), sólidos em suspensão, componentes com metais
pesados, componentes com algum nível de radiação, e altas concentrações de
cloretos. Estes componentes a torna imprópria para consumo humano e animal,
podendo ser encontrados ainda, altos níveis de gotículas de óleo suspensas ou
emulsificadas na água.
Um dos principais problemas relacionados à água de produção é a
contaminação dos aqüíferos, responsáveis pelos sistemas de abastecimento de água
potável e um dos focos deste estudo. Como a maioria da água doce disponível no
mundo está situada poucos metros abaixo da terra ou em rios e lagos, a maior parte
dos aqüíferos é alimentada pela infiltração que se origina na superfície, ficando,
portanto sujeitos a poluição.
A água de produção é um poluente ideal, tem a mesma gravidade específica
das camadas freáticas, é fonte substancial de alimentação do aqüífero e tem índices
de mobilidade equivalentes aos da água doce, misturando-se com esta rapidamente.

30
O tratamento de todos os efluentes, inclusive da água de produção, deve
ocorrer de acordo com a legislação ambiental, mas isto por si só, não garante a
resolução da raiz do problema.
A opção escolhida de tratamento e descarga, embora atendendo a legislação
ambiental, não garante ser a melhor opção para lidar com esses efluentes. O ideal é
a compreensão global de todo o processo, sendo a água de produção parte dele.
A produção de um campo produtor de petróleo deve, após a sua autorização
para produção pelo órgão competente, contemplar também a redução de dejetos.
Os componentes da água de produção são normalmente bem conhecidos,
podendo ter um tratamento químico. Entretanto, este tratamento deve ser bem
analisado a fim de evitar a incorporação de elementos tóxicos que só piorariam a
questão. Os produtos devem ser analisados de acordo com o sistema de produção e,
a partir daí, determinar quais, quando e por que devem ser adicionados ao processo.
Tradicionalmente temos uma gama ampla de produtos usados, como:
- Quebradores de emulsão, usados para a recuperação de óleo;
- Inibidores de corrosão (que podem ser tóxicos);
- Inibidores de parafina (quando se sabe de sua formação);
- Preventivos de crostas (para evitar formação de carbonatos e sulfatos);
- Depressores de hidratos (geralmente etanol ou glicol).
Deve-se ter em mente que a água de produção é um dos componentes gerados
pela produção de petróleo, e que esta não pode ser usada devido aos fatores limitados
pela qualidade desta água.
Um processo óbvio seria a reciclagem da água, com sua reinjeção no
reservatório da qual foi produzida. Isto pode ser feito quando se usam métodos de
inundação de água para manutenção de pressão no reservatório, porém mesmo para
este método é requerido um tratamento prévio.
Assim sendo, a água de produção deve ser encarada como resíduo, devendo
ser descarregada como tal, sendo usada toda uma metodologia gerencial, econômica
e ambientalmente aceitável.

31
23. TRATAMENTO ANTES DO DESPEJO

A água produzida é o fluido que é separado do petróleo em separadores de


produção nas instalações de facilidades de produção de óleo e gás. De acordo com
E&P Fórum (1994) esta água normalmente contém de 0,1 a 1 % de óleo disperso em
gotículas. Sua temperatura varia de 10 0 C a 105 0 C e sua pressão de 2 a 20 barg,
podendo atingir pressões bem superiores em alguns casos. A água também pode
conter partículas sólidas provenientes de reservatórios arenosos, escamas e
partículas originadas por corrosão. Pode ainda conter resíduos de produtos químicos
utilizados como: anticorrosivos, antiespumantes, inibidores de crescimento de
bactérias, bem como fluidos usados na perfuração e completação do poço.
As especificações para tratamento dos fluídos de produção dependem da
origem destes, de suas condições e método escolhido para descarga da solução
salina. Os tratamentos convencionais incluem os separadores trifásicos e respectivos
métodos de tratamento para remoção da água do petróleo. Pode ser necessário
tratamento adicional para enquadrar as exigências de descarga, usando tanques de
raspagem, interceptadores de chapas paralelas, flotação de gás, coalescedores e
hidrociclones.

32
Outros métodos de separação são continuamente desenvolvidos, porém não é
escopo deste trabalho estabelecer procedimentos que garantam a avaliação de novas
tecnologias e comentar a sua implementação.
A indústria do petróleo tem sido bem atuante no sentido de desenvolver e
implementar tecnologias de tratamento de água produzida, tendo como foco o
aumento de exigências futuras, quanto à qualidade da água a ser descartada.

24. NOVAS TECNOLOGIAS

Como visto anteriormente, o desenvolvimento de novas tecnologias para o


tratamento de água produzida é uma realidade na indústria petrolífera atual.
Na Petrobras, em complementação à remoção primária de óleo, o uso de
filtração em meios minerais foi avaliado pelo Centro de Pesquisas da Petrobras
(CENPES), em convênio com o Centro de Tecnologia Mineral (CETEM).
Dos processos avaliados, o uso de meios filtrantes de areia e carvão ativado
foi indicado como a melhor opção complementar, para o enquadramento do óleo nos
limites estabelecidos na legislação nacional vigente, < 20mg/l. Os melhores resultados
para a remoção de hidrocarbonetos emulsionados ou dissolvidos na água foram
obtidos com carvão ativado como meio filtrante. Esta alternativa vem sendo usada
caso o tratamento primário não atinja os limites legais estabelecidos.
Para os efluentes de água produzida que são enviados às refinarias para
receberem tratamento anterior ao descarte, atualmente, estão em discussão os
seguintes processos:
- Cloração;
- Processo eletrolítico;

33
- Oxidacão com peróxido de oxigênio;
- Ozonização;
- Tratamento biológico.
Todas as tecnologias aqui brevemente apresentadas constituem o estado da
arte que vem sendo usado no tratamento da água produzida. O grande desafio é
atingir um tratamento de grandes vazões com alta qualidade de efluentes, para que
possam ser descartados ou reusados dentro dos limites legais e que garantam a
qualidade ambiental.

25. GERENCIAMENTO/ GESTÃO

Segundo Hermann (2009), a palavra gerenciamento, não é sinônimo de


liderança. Modelos de gerenciamento são necessários para a representação da
maneira com que a empresa conduzirá determinada questão. O autor ainda ratifica
que modelos eficientes de gerenciamento servem como uma estrutura de referência
que facilitam as pessoas no entendimento do que deve ser feito e de que maneira.
Segundo a IPIECA (2010), os sistemas de gerenciamento se aplicam a todos
os aspectos de sustentabilidade e demonstram como as empresas consideram os
aspectos sociais, econômicos e ambientais no gerenciamento operacional de suas
atividades.
Esta abordagem reconhece características comuns entre muitas questões
relacionadas a sustentabilidade no processo do gerenciamento dos negócios,
facilitando o entendimento dos riscos e dos desafios que deverão ser endereçados
através de normas e práticas específicas de cada empresa. A figura 7 ilustra uma
típica disposição de tópicos de sustentabilidade que devem ser endereçados pelos
sistemas de gerenciamento das empresas de petróleo com ênfase no tema desta
dissertação, a questão do gerenciamento de resíduo e a aplicação do conceito do ciclo
de vida.

34
Figura 7: Características comuns entre questões sustentáveis e suas integrações estratégicas
aos processos de gerenciamento negocial. Fonte: Adaptação do IPIECA “oil and gas industry
guidance on voluntary sustainability reporting”

Fonte: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/35025/35025_3.PDF

Figura 8: Modelo de Gestão Básico para aplicação de CCV.

35
Fonte: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/35025/35025_3.PDF

26. RESÍDUOS X GERENCIAMENTO

A palavra gerenciamento para o manuseio dos resíduos gerados em atividades


de perfuração marítima, abrange definições de projetos, seleção de tecnologia das
instalações, coleta, armazenamento, transporte, tratamento e disposição final.
Segundo Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro, FIRJAN (2006), o
desenvolvimento e implantação um Plano de Gerenciamento de Resíduos (PGR) é
fundamental para qualquer empresa maximizar as oportunidades e reduzir custos e
riscos associados à gestão dos mesmos. Os mesmos preceitos da implantação de
qualquer sistema de gestão devem ser aplicados no caso de um PGR.
O PGR deve assegurar que todos os resíduos serão gerenciados de forma
apropriada e segura, desde a geração até a destinação final. Isso significa adotar os
passos apresentados pela figura 9.

Figura 9: Plano de Gerenciamento de Resíduos. Fonte: Manual de Gerenciamento de Resíduos


– FIRJAN

36
Fonte: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/35025/35025_3.PDF

O gerenciamento de resíduos é um componente integral da exploração de


O&G, tendo como maior benefício a proteção da saúde humana e do meio ambiente.
O gerenciamento adequado dos resíduos traz também benefícios dentre os quais:
redução de gastos operacionais e de CAPEX (é a sigla da expressão inglesa capital
expenditure (em português, despesas de capital ou investimento em bens de capital)
e que designa o montante despendido na aquisição (ou introdução de melhorias) de
bens de capital de uma determinada empresa.), redução de responsabilidade legal,
financeira e de risco de dano à imagem da empresa.
O gerenciamento de resíduos basicamente deve endereçar características
ambientais da atividade, o aspecto regulatório local, os desafios de logística e a
comunidade e pessoal envolvidos. O tratamento de resíduos é um dos pilares de
atuação do desenvolvimento sustentável. A diversidade de composição dos resíduos
e de seu comportamento ambiental, tornam sua gestão uma operação complexa,
exigindo uma diversidade cada vez maior, de soluções e de tecnologias.

37
27. CICLO DE VIDA NA INDÚSTRIA DO PETRÓLEO

Nas últimas décadas as empresas têm operado com mais responsabilidade


ambiental e demonstrado que iniciativas e melhorias podem trazer benefício
econômico. Como retrospectiva, podemos resumir que nos anos 80 as medidas de
prevenção de poluição começaram a ser entendidas pelas empresas como algo que
valia a pena, através da implantação de processos com foco na redução do uso dos
recursos naturais, das emissões e dos resíduos, gerando lucros significativos para as
empresas.
Assim como nas questões ambientais, os acidentes de grande repercussão
mundial na indústria de petróleo, mostraram para as empresas que seria essencial a
implementação de sistemas de gestão para garantia de operações seguras. As
empresas então observaram que segurança não é a única temática essencial para a
indústria e expandiu seus sistemas de gestão para uma integração como todos os
outros sistemas de gerenciamento, incluindo o ambiental.
Nos anos 90 sugiu a série ISO 14:000. A integração dos sistema ambiental, de
gerenciamento da qualidade e do ambiente de trabalho, criaram novas oportunidades

38
para as empresas, dentre eles menor consumo de recursos naturais, impacto positivo
na imagem da empresa, melhoria na relação com comunidade, ONGs e governo,
inovações tecnológicas e melhor atendimento às legislações nacionais e
internacionais.
Segundo a EPA (2011), atualmente mesmo com todo o avanço tecnológico e
suas ferramentas para eficiência de gestão tais quais auditorias, análise de riscos e
planos de resposta à emergências, todas as atividades relacionadas à extração do
recurso natural trazem impactos indesejáveis à saude humana ou ao meio ambiente
e consequentemente à sociedade como um todo, pondo em risco a sustentabilidade
do planeta. No entanto a importância da atividade petrolífera no mercado garante a
sua existência e delimita seu consumo e produção. O crescimento atual da população
mundial, e consequentemente o maior consumo de energia continuarão a incentivar o
investimento nas atividades de exploração de O&G, gerando cada vez mais resíduos
e portanto exigindo das empresas petrolíferas soluções complexas para conformidade
com questões e aspectos sociais, políticos, econômicos, ambientais, estabelecidos
como parte integral do gerenciamentos dos resíduos destas empresas.
Um gerenciamento de resíduos eficiente reduz e mitiga seus impactos
indesejáveis ao meio ambiente, através de consumo eficiente de recursos naturais,
logística bem planejada e sistemas que permitam opções de tratamento que
considerem local de operação, consumo de energia, questões econômicas e sócio
políticas, isto é, através de ferramentas de abordagem analítica e prática do conceito
do ciclo de vida.
Muitas práticas industriais adotadas no passado são questionáveis nos dias de
hoje e por isso o entendimento do conceito do ciclo de vida em todo o fluxo do resíduo
(geração, identificação, segregação, inventário, armazenamento, transporte,
tratamento e disposição) é essencial para que através de uma sequência lógica a
empresa tenha um gerenciamento pró ativo, efetivo e responsável deste assunto, que
facilite as agências reguladoras, os órgão normativos locais, empresas e sociedade
em geral a assegurem que as atividades de exploração estão alinhadas com o
conceito de desenvolvimento sustentável.
Os indicadores de sustentabilidade em uso estão a cada dia mais consistentes
e já trouxeram inegáveis melhorias à indústria de petróleo. No entanto, por serem
setoriais não fornecem uma visão mais ampla dos pontos que ainda podem sofrer
intervenção para melhoria em prol da sustentabilidade. Estas lacunas são preenchidas

39
pelo CCV, que pode ser entendido como a consciência de que um bom desempenho
ambiental de uma unidade isolada da cadeia produtiva da indústria da construção não
é suficiente para o desenvolvimento sustentável. Esta condição será atingida apenas
se a totalidade dos elos dessa cadeia apresentar desempenho ambiental adequado.
Por isso, neste contexto proposto, toda fase do ciclo de vida de uma atividade,
produto ou serviço, deve estar fortemente coordenada com a outra fase, de maneira
que as partes envolvidas na concepção, uso e disposição de um produto sejam
trazidas juntas num processo consistente com um fluxo de informação.
O ciclo de vida do resíduo gerado nas operações offshore pode ser resumido
em quatro fases:
Projeto – os requerimentos relacionados ao gerenciamento de resíduos são
muito mais fáceis de serem identificados nas fases iniciais do projeto (tempo de
operação, número de poços a serem perfurados, número de pessoas envolvidas na
atividade, licenciamento), onde ainda não existem pressão operacional e de custos
extras envolvidos.
Mobilização – Fase de construção ou preparação para as atividades com
seleção das instalações/equipamentos de apoio (navio sonda, embarcações de apoio,
base operacional), determinação de tipos de resíduos a serem gerados e seu
respectivo volume, a distância que o mesmo vai percorrer desde sua origem até seu
tratamento ou disposição final e os planos operacionais que garantirão o alinhamento
com o conceito da pirâmide de hierarquia do resíduo.
Operação – Durante as operações, o gerenciamento dos resíduos pode ser
dividido em duas partes: (i) a logística para coleta, armazenamento, transporte,
tratamento e disposição final e (ii) revisão periódica dos planos de gerenciamento e
sua implementação para garantia de melhoria contínua e atendimento à legislação
local.
Abandono – Esta fase pode representar um projeto inteiro dependendo da
complexidade de instalações associadas à operação, da quantidade de resíduo
gerado, possíveis impactos ambientais e necessidade de remediações ou
desinvestimento.
O fato do processo ser bastante complexo, envolvendo profissionais de
diversas localidades e organizações e com equipe e em fases distintas, faz com que
no processo do gerenciamento de resíduos seja comum a postergação do problemas

40
identificados, para as fases subsequentes ou até mesmo para gerações futuras no
caso de uma disposição final inadequada.
A figura 10, ilustra detalhes destas quatro fases onde fica claro que muitas das
atividades são desempenhadas por equipes de profissionais que normalmente não
tem nenhum tipo de interação entre suas atividades de rotina.

Figura 10: A nova dimensão de percepção após introdução do conceito de ciclo de vida.

Fonte: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/35025/35025_3.PDF

A aplicação do CCV permite análise quantitativa como previsto por qualquer


sistema de gestão, mas também permite análise qualitativa quanto ao impacto que
cada etapa tem na sustentabilidade da operação, o que facilita o entendimento destes
dados por todos os envolvidos, mesmo que de outras áreas, que muitas vezes
demonstram resistência às atividades desempenhadas pelos profissionais da área
ambiental.

41
O sucesso da aplicação do conceito do ciclo de vida às atividades em questão
é comprovado pelo fato das duas maiores empresas do setor de O&G do mundo,
ExxonMobil e Petrobras respectivamente, terem o conceito como parte de suas
publicações quanto a sustentabilidade de suas operações.
A Petrobras, tem em sua Política de Segurança, Meio Ambiente e Saúde –
SMS, descrita no relatório de sustentabilidade de 2010, o objetivo de “Assegurar a
sustentabilidade de projetos, empreendimentos e produtos ao longo do seu ciclo de
vida, considerando os impactos e benefícios nas dimensões econômica, ambiental e
social”.

Figura 11: O envolvimento multidisciplinar no processo de gerenciamento de resíduos e suas


diversas fases. Fonte: Adaptação de esquema ilustrado no “Life Cycle Management - A bridge
to sustainable products”- UNEP

Fonte: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/35025/35025_3.PDF

42
A ExxonMobil, também descreve no seu Relatório de Cidadania Corporativa de
2009 que “O CCV contribui para o gerenciamento de toda gama de potenciais
impactos sociais e ambientais associados às nossas operações e produtos. Adotamos
uma abordagem holística para compreensão de nossa impactos desde as atividades
inicias de exploração até seu eventual encerramento”.

43
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INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS


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https://www.aedb.br/seget/arquivos/artigos05/378_GESTAO%20DE%20EFLUENTE
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