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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIAS E

TECNOLOGIA DA BAHIA

CURSO TÉCNICO EM PETRÓLEO E GÁS NATURAL

MARCELLE OLIVEIRA DE JESUS SOUZA

PETRODEPENDÊNCIA E A SUBSTITUIÇÃO DO PETRÓLEO


E SEUS DERIVADOS

Simões Filho
2021
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIAS E
TECNOLOGIA DA BAHIA

CURSO TÉCNICO EM PETRÓLEO E GÁS NATURAL

MARCELLE OLIVEIRA DE JESUS SOUZA

PETRODEPENDÊNCIA E A SUBSTITUIÇÃO DO PETRÓLEO


E SEUS DERIVADOS

Trabalho elaborado para a Conclusão de


Curso (TCC), do Curso de Petróleo e Gás
Natural, como requisito parcial para o curso
técnico em Petróleo e Gás Natural do
Instituto Federal de Educação, Ciência e
Tecnologia da Bahia – IFBA.
Orientador: Prof. Bento Pereira da C. Neto
Coorientadora: Profa. Elba G. dos Santos

Simões Filho
2021
MARCELLE OLIVEIRA DE JESUS SOUZA

PETRODEPENDÊNCIA E A SUBSTITUIÇÃO DO PETRÓLEO


E SEUS DERIVADOS

Trabalho de Conclusão de Curso elaborado como requisito parcial para obtenção do


Curso Técnico de Petróleo e Gás no Instituto Federal de Educação, Ciências e
Tecnologia da Bahia– avaliado pela seguinte banca examinadora:

BANCA EXAMINADORA:

_____________________________________________________
Professor: Bento Pereira da Costa Neto
Orientador.

_____________________________________________________
Professora: Elba Gomes dos Santos
coorientadora Examinador.

_____________________________________________________
Professor: Ricardo Guilherme Kuentzer
Examinador.

Simões Filho, 10 de setembro de 2021


AGRADECIMENTOS
RESUMO

O presente trabalho tem como objetivo apresentar um estudo sobre a


petrodependência nos dias atuais e como o petróleo pode ser substituído por meios
mais renováveis e econômicos. A abordagem da temática é baseada na
inconsistência da economia mundial devido a oscilação dos preços do commodity e
como consequentemente a sua extração afeta no ecossistema marítimo e terrestre,
além da poluição decorrida da emissão de gases poluentes resultando no efeito
estufa, assim desenvolvendo uma consciência sobre a petrodependência, e a
substituição do petróleo e seus derivados. A medida que se lê tem como exposição a
economia do petróleo, as crises, a matriz energética brasileira e um estudo sobre a
OPEP.

Palavras-chave: Petróleo, petrodependência, derivados, economia, substituição.


ABSTRACT

This paper aims to present a study on petrodependence nowadays and how oil can
be replaced by more renewable and cost-effective means. The approach to the theme
is based on the inconsistency of the world economy due to the fluctuation in the prices
of the commodity and how its extraction consequently affects the maritime and
terrestrial ecosystem, in addition to the incurred emission of polluting gases eliminated
in the greenhouse effect, thus developing an awareness of a dependence, and the
replacement of oil and its derivatives. As you read, you are exposed to the oil
economy, the crises, the Brazilian energy matrix and a study on OPEC.

Keywords: Oil, petrodependence, derivatives, economy, replacement


LISTA DE TABELA

Tabela 1- Preço dos Barris de Óleo Cru ( 1970 - 1974).......................................12

Tabela 2- Preço dos Barris de Óleo Cru ( 1977 - 1981).......................................13

Tabela 3- Preço dos Barris de Óleo Cru ( 1989 - 2004).......................................14

Tabela 4- Preço dos Barris de Óleo Cru ( 2012 - 2016).......................................15

Tabela 5- Matriz Energética Brasileira e Mundial ( 2017).....................................22


LISTA DE FIGURAS

Foto 1 - Matriz Energética Brasileira 2019 (BEN, 2020) ………………………… 19

Foto 2 - Matriz Energética Mundial 2018 (IEA, 2020) …………………………….. 21

Foto 3 - Matriz Elétrica Brasileira 2019 (BEN, 2020) ……………………………… 22


SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ……………………………………………………………………..….. 10

2 OBJETIVOS ………………………………………………………………………….... 11
2.1 OBJETIVOS GERAIS ……………………………………………………………..... 11
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS……………………………………………………..…. 11
3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ……………………………………………………..….. 12
3.1 ECONOMIA DO PETRÓLEO……………………………....………………..…….. 12
3.2 CRISES DO PETRÓLEO ……………………………………………...………....... 13
3.2.1 PRIMEIRA CRISE DO PETRÓLEO …………………………………...……….. 13
3.2.2 SEGUNDA CRISE DO PETRÓLEO…………………………………………...... 14
3.2.3 TERCEIRA CRISE DO PETRÓLEO…………………………………...……….. 15
3.2.4 QUARTA CRISE DO PETRÓLEO …………………………………..………...… 16
3.3 OPEP……………………………………………………………………..…………… 17
3.4 MATRIZ ENERGÉTICA BRASILEIRA………………………………..…………… 19
3.4.1 FONTE DE ENERGIA RENOVÁVEL ………………………………………..….. 19
3.4.2 FONTE DE ENERGIA NÃO RENOVÁVEL ….………………………………..... 20
3.4.3 MATRIZ ENERGÉTICA MUNDIAL ……………………………………………... 21
3.4.3 ENERGIA SOLAR ……………………………………………………………..….. 23
3.4.4 ENERGÍA EÓLICA ……………………………………………………………..…. 24
3.4.5 COMBUSTÍVEIS FÓSSEIS …………………………………………………….... 24
3.4.6 BIOCOMBUSTÍVEL………………………………………………...…….……….. 25
4 METODOLOGIA ……………………………………………………………………….. 28
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO …….………………………………………………..
29
5.1 PETRODEPENDÊNCIA RELACIONADA A ECONOMIA ………………………. 29
5.2 PETRODEPENDÊNCIA, CRISES DO PETRÓLEO E OPEP ………………….. 29
5.3 PETRODEPENDÊNCIA E A MATRIZ ENERGÉTICA BRASILEIRA ………….. 30
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ………………………………………………………….. 31
REFERÊNCIAS ……………………………………………………………….…………. 32
1. Introdução

O petróleo é um produto composto por um conjunto de hidrocarbonetos,


originado a partir da decomposição da matéria orgânica, se tornando um combustível
fóssil que por sua vez leva milhares de anos para se formar, sendo assim, é um
material não renovável.(BATISTA,2018) Porém, apesar disso, nos dias atuais está
por toda parte, inclusive nas indústrias automobilísticas, farmacêuticas, alimentícias
e têxtil. Consumindo grande parte do mercado, o petróleo e os seus derivados
participam do novo modo de vida moderno, no qual a sociedade atualmente está
submetida. Foi realizada uma pesquisa em que a professora de Química Orgânica na
Universidade de Hanôver, Andreas Kirschning alega que “O petróleo está contido em
mais de 90% dos produtos que sejam orgânicos e feitos pela mão humana”
(HEILING,2004)
No Brasil, a Petrobras é a indústria petroquímica que mais realiza matéria-
prima a partir do material e o distribui para variadas corporações, transformando o
petróleo em plástico, borrachas, fertilizantes e em insumos utilizados durante a
produção de biocombustíveis. (PETROBRAS,2014)
Por conta dessa petrodependência é necessário novos meios de recursos para
suprir a alta demanda pelo material, cerca de 4 grandes crises ocorreram somente
por conta da oscilação dos preços de barris, organizado pela OPEP (Organização dos
Países Exportadores de Petróleo) afetando todo o globo, demonstrando a sua
importância na economia mundial.
O petróleo por ser uma fonte de energia não renovável, ao longo dos anos é
indubitável o seu esgotamento, devido a esse fator estão sendo propostos novos
meios para o substituí-lo, de forma que, diminua o impacto da sua ausência. Foram
criadas fontes de energia sustentável para serem utilizadas hoje em dia. O biodiesel
é um desses materiais que além de ser criado para ser um novo meio renovável, é
sustentável, uma vez que provoca a redução do aquecimento global, por conta da
falta de dióxido de carbono resultante da sua queima, em razão da sua composição
ser originada da biomassa.(COLETTI,2005)
2. Objetivos

2.1 Objetivo Geral

O presente trabalho tem como objetivo elaborar um estudo abordando a


petrodependência no mundo, e a sua atuação nas diversas áreas econômicas,
visando a redução do uso do petróleo e seus derivados. Sendo fundamental a sua
substituição para uma melhora na estabilidade econômica, social e ambiental. Dessa
forma, a substituição seria realizada por fontes de energia renovável, por serem
métodos mais limpos, que fazem parte da matriz energética brasileira.

2.2 Objetivos Específicos

Foi realizado um estudo profundo sobre a petrodependência e a sua influência na


economia mundial. Dessa forma, voltando ao passado histórico interligando as crises
do petróleo com a manipulação da OPEP, atuando na comercialização das
commodities e consequentemente rompendo a economia. A seguir, houve uma
análise na matriz energética brasileira pontuando as energias renováveis, juntamente
com os biocombustíveis em uma busca para substituir o petróleo e seus derivados no
mercado.
3. Economia do Petróleo

A indústria petrolífera faz parte dos setores mais lucrativos do mundo, além da
exportação e a utilização dessa matéria prima para o uso energético, os seus
derivados são fundamentais para a movimentação do capital. Segundo pesquisas
realizadas foi relatado que em 2015, cerca de 1,7 trilhão de dólares foi circulado na
economia mundial devido ao petróleo. Dessa forma, no Brasil possuem grandes
reservas de commodities, tornando o material em quarto lugar em relação à
exportação, e uma das três principais atividades econômicas exercidas no
território.(LAFRATTA,2021) Apesar disso, foi efetuada uma pesquisa pelo IBP
(Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis), no qual recolheu resultados
de leilões de energia e observou uma diminuição da compra de matérias primas não
- renováveis identificando que ocorrerá uma transição do uso do material na matriz
energética brasileira, será substituído por outros meios mais renováveis, devido a
grande emissão de dióxido de carbono na atmosfera.(IBP,2019)
Atualmente, os derivados do petróleo que estão sendo mais utilizados são a
gasolina e o diesel. Desse modo, esses insumos se transformaram nas principais
bases de refinaria do petróleo mundial, por serem difíceis de substituir
constantemente fazem parte das atividades econômicas dos países. Dessa maneira,
a indústria automobilística é quase totalmente dependente do petróleo, durante uma
das crise do petróleo que ocorreu por volta de 2008, decorrente do alto preço dos
barris de petróleo, um acréscimo de cerca de 40 dólares, totalizando o preço do barril
para US 140,97 dólares, os Estados Unidos sofreu uma crise automobilística em
função do aumento tributário do petróleo e seus derivados, desencadeando uma
queda nas vendas.( POGGETTO,2008)
Entretanto, nos dias de hoje, existem várias pesquisas referentes a alteração
destes derivados para métodos mais econômicos e sustentáveis. Um exemplo disto,
é o biodiesel que foi criado para substituir o uso de combustíveis fósseis, além de ser
produzido por óleos vegetais e gordura animal.
3.1. Crises do Petróleo
O petróleo influencia diretamente na economia mundial,visto que ocorreram
duas “Crises do Petróleo” em meados dos anos 70, por conta da diminuição da
comercialização do produto. Essas crises mudaram completamente o rumo do
mercado mundial devido ao petróleo e seus derivados.(RODY,2017)
3.1.1 Primeira Crise do Petróleo
Ocorreu em 1970 a primeira crise do petróleo durante esse período houve um
grande aumento do preço do barril, uma estimativa de U$2,90 para U$11,65, por
conta das guerras que estavam acontecendo no Oriente Médio entre os principais
países exportadores.(CBIE,2020)

Tabela 1- Preço dos Barris de Óleo Cru (1970 - 1974)

Anos Valor do preço no dia Valor de Inflação de 2013


US$

1970 1,80 10,79

1971 2,24 12,87

1972 2,48 13,81

1973 3,29 17,25

1974 11,58 54,74


Fonte:http://chartsbin.com/view/oau,2014

Essa crise afetou sobretudo o Brasil, que na época estava passando por um
grande desenvolvimento econômico dito popularmente como “ Milagre econômico”.
Este avanço se deu por volta de 1960 a 1970, o (PAEG) Programa de Ação
Econômica do Governo incentivava a abertura do mercado consumidor, aumentando
o número de exportações no Brasil. Sendo assim, o preço do barril de petróleo afetou
o país resultando no grande acréscimo de infrações. Além do crescimento do governo
estacionar, houve uma disparada no aumento da dívida externa e do desemprego no
país, ocasionando o ampliamento da desigualdade social.(REIS,2019)
3.1..2 Segunda Crise do Petróleo

A segunda crise petrolífera deu-se início em 1979, por conta da diminuição da


produção de petróleo.O Irã, um dos maiores produtores de petróleo, teve seu ditador
deposto durante o período da Revolução Fundamentalista, que tinha como finalidade
transformar o atual governo em uma República teocrática islâmica, conservando
costumes e tradições históricas/nacionais, afastando países estrangeiros que
visavam o monopólio da produção de petróleo da região, especialmente os Estados
Unidos que ameaçava invadir o território após a Revolução Iraniana.

Tabela 2- Preço dos Barris de Óleo Cru (1977 - 1981)

Anos Valor do preço no dia Valor de Inflação de


US$ 2013

1977 13,92 53,47

1978 14,02 50,09

1979 31,61 101,43

1980 36,83 104,12

1981 35,93 92,08


Fonte:http://chartsbin.com/view/oau,2014

Em adição, cabe salientar que o mercado petrolífero está constantemente em


ascensão e está negligenciando os fatores das mudanças climáticas, de acordo a OIC
(Oil Change International) a produção de petróleo pelas grandes empresas
ExxonMobil e Shell devem aumentar 52% e 22% em 10 anos.(NUNES,2020)
3.1.3 Terceira Crise do Petróleo

Tabela 3- Preço dos Barris de Óleo Cru (1989 - 2004)

Anos Valor do preço no dia Valor de Inflação de


US$ 2013

1989 18,23 34,24

1990 23,73 42,29

1991 20,00 34,21

…. …. ….

2004 38,27 47,19


Fonte:http://chartsbin.com/view/oau,2014

Em 1991 no Oriente Médio, aconteceu a terceira crise do petróleo, ocorreu


devido a uma disputa territorial estratégica entre Iraque e Kuwait que tinha como
objetivo se apoderar dos 20% da produção de petróleo mundial, de acordo com a
OPEP. Dessa forma, consequentemente o valor do barril aumentou de $17 para $ 36
dólares.(CELI,2020) A ONU (Organização das Nações Unidas) decretou ao Iraque a
retirada das tropas, no entanto não foi realizada, nesse momento o atual presidente
dos Estados Unidos, George Bush interferiu.
A Guerra do Golfo se deu início a partir da entrada dos EUA após a guerra fria,
fornecendo forças militares a Kuwait contra o Iraque, dando origem a uma operação
que ficou conhecida como Desert Shield, junto com outros 34 países que mandaram
os seus exércitos para libertar Kuwait dos soldados iraquianos.(FARO,2008).
Com o fim da guerra, o preço do petróleo ficou defasado após a queima de
alguns poços de petróleo do Kuwait, afetando a economia de todo o globo. Por conta
da dificuldade de refinar o petróleo no Brasil, o mesmo é vendido para fora e
comprado após o refino, porém com a crise de 91 o preço aumentou e
consequentemente compramos mais caro.(CELI,2020). Porém durante o período da
guerra o Brasil não tomou partido ficando conhecido como a “Jordânia da América
Latina” pelo presidente dos Estados Unidos da América (Folha de São Paulo,1998).
3.1.4 Quarta Crise do Petróleo

Tabela 4- Preço dos Barris de Óleo Cru (2012 - 2016)

Anos Valor do preço no dia US$

2012 113,67

2013 98,85

2014 104,87

2015 57,54

2016 40,75
Fonte: https://www.indexmundi.com/pt/pre%C3%A7os-de-mercado/?mercadoria=petr%C3%B3leo-bruto&meses=300

A quarta crise do petróleo se deu por diversos fatores, o primeiro fator foi o
pedido da Arábia Saudita o principal componente da OPEP, sugerindo a redução da
produção de petróleo, já que o processo de produção nos EUA de xisto estavam
sendo excessivos, consequentemente ocorreu uma queda por conta disso, em
2014.(CORRÊA, 2016)
Nesse período se deu início a crise da Venezuela, o preço do barril caiu de $98
dólares para $47,05. Devido a essa queda, a Venezuela a maior detentora das
reservas de petróleo do mundo, segundo a OPEP, começou a passar por dificuldades
relacionadas aos produtos exportadores, faltando mercadorias fundamentais para a
sobrevivência, como produtos alimentícios. Além disso, com o aumento das inflações
a moeda local Bolívar Venezuelano foi desvalorizada.
Essa crise perdurou até os dias de hoje, tal como que o preço do barril ainda
não chegou ao seu preço original antes da crise de 2014. O segundo fator foi a
diminuição da compra do petróleo na Europa e Ásia, alguns países como a China e
Filipinas se beneficiaram com os baixos preços, já que são dependentes do material
impulsionando a economia de seus países.(G1,2015). No Brasil, a crise ocorreu
durante a descoberta do pré-sal.Dessa forma, o baixo preço do petróleo ajudou e
prejudicou a economia do país, nessa fase a gasolina ficou 25% mais barata do que
seria no ano de 2015.
Porém causou danos em relação à exploração do pré-sal, já que o produto
necessita de um maior investimento em relação ao petróleo e ainda assim, a
comercialização do produto não será tão alta em razão da crise.(BOWLER,2014)
De acordo com as seguintes tabelas, percebe-se que durante os períodos das
crises do petróleo, em tese, houve um aumento nos preços dos barris. Dessa forma,
países que não estavam participando da OPEP ( Organização dos Países
Exportadores de Petróleo), foram parcialmente afetados, atingindo toda a economia
mundial.

3.2 OPEP: O rompimento da economia mundial e a influência no


mercado de commodities
A OPEP foi fundada em 1960, porém até o ano de 1961, ainda não possuía
um local fixo devido a preocupação de ser interferida com adversidades no ramo
político.Porém alguns países observaram que a intenção era de beneficiar apenas os
seus membros, negligenciando o pedido de outras nações. Além disso, antes de
firmar a sede em um dos países selecionados, a OPEP realizava um acordo com o
Estado na intenção de proclamar seus privilégios, se tornando uma organização
intergovernamental (MOTTA,2005).
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP),tem como
objetivo principal a centralização da produção e do mercado petrolífero retirando o
poder das grandes empresas, desse modo beneficiando os países exportadores, a
partir do aumento de tributos que foi proposto pela Organização, devido a alta
exploração das multinacionais e a pouca retribuição monetária ao país exportador,
sendo essa chamada de royalties (ZIMERMANN, 2020).
Anteriormente ao surgimento da OPEP no mercado internacional, o petróleo
estava nas mãos das “Sete irmãs”, sendo formada por Royal Dutch Shell, a British
Petroleum, a Exxon, a Chevron, a Gulf Oil, a Texaco e a Mobil Oil. Grandes empresas
multinacionais que detinham o poder sobre a exploração do petróleo, porém, os
contratos foram quebrados com as empresas privadas, tendo em vista que a OPEP
se tornou estatal (CAMPOS, 2014).

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo tem cerca de 13 países


o compondo, os principais membros e fundadores foram a Arábia Saudita, Irã, Iraque,
Kuwait e Venezuela. Dessa forma, a partir de pesquisas foi revelado que a
organização possui o domínio comercial de 78,7% de retenção do petróleo mundial
(ZIMMERMANN, 2020). Dessa forma, está muito ligada à economia mundial e teve
grande importância durante as Crises do Petróleo já que sempre se preocupava com
os seus membros, fazendo de tudo para beneficiá-los. Assim, reduziram a produção
de petróleo e efetuaram cortes para não acarretar na diminuição dos preços dos barris
durante as crises, inclusive esse mesmo método foi realizado durante a pandemia do
COVID-19.(ZIMMERMANN, 2020).
Atualmente o seu objetivo é estabelecer um padrão internacional em relação
ao preço do barril de petróleo, assim evitando competitividade entre os países
exportadores. Entretanto, ocorreram muitas brigas em torno desses países devido a
instabilidade política, prejudicando a produção de petróleo, na Nigéria no Delta do
Níger houve uma disputa entre rebeldes por território, visando o controle sobre a
extração de petróleo da região sequestrando trabalhadores estrangeiros petroleiros.
(MOTTA, 2005).
Os países exportadores de petróleo se tornaram dependentes do material,
dessa forma a principal matriz energética do país. Contudo, com a alta produção de
petróleo, se produz a emissão do CO2. O dióxido de carbono é extremamente
prejudicial em grandes quantidades, tanto para o meio ambiente como para a vida
humana, é o resultado da queima de combustíveis, presentes em fábricas e no dia-a-
dia pelos veículos automotores( SILVA, 2016).
Os EUA é o principal país que é contra as decisões que são tomadas na OPEP,
inclusive o antigo presidente Donald Trump pretendia remodelar a lei dos cartéis no
intuito de criminalizar as ações da OPEP em território americano (ZIMERMANN,
2020).
O termo “ cartel” é utilizado para se referir a um conjunto de empresas que
utilizam do poder econômico para restringir ou limitar os produtos, aumentando os
preços e diminuindo a concorrência (ACS,2016). O mesmo é dirigido à OPEP devido
à participação da Arábia Saudita que age como uma firma dominante.

Além disso, dentre os países exportadores é o país onde possui oferta mundial
acima de 12%,diante disso, está sendo acusada de estabilizar e realizar a
manutenção dos preços de barril do petróleo da Organização.Sendo chamada de
“pulmão” dos países exportadores de petróleo estabelecendo preços favoráveis a si,
devido a sua grande influência e a sua eficácia na produção de petróleo (NOVAIS,
2017)

3.3. Matriz Energética Brasileira

A Matriz Energética é um conjunto de variados tipos de energia que se utiliza


para estabelecer a demanda energética de um país. Dessa forma, ocorre uma
concentração e em seguida, uma distribuição dessa energia para todos os setores.
Logo, a matriz energética corresponde a uma fonte renovável ou não, ao total de
energia disponível, e a sua origem. (GRECCO,2020)
O grande consumo energético no mundo deu-se por volta de 1940, por conta
das inovações tecnológicas que ocorreram ao longo dos anos. Devido a
industrialização e o aumento populacional foi previsto que necessitava de uma
expansão no setor energético para suprir a demanda dos cidadãos.
Desse modo, exploraram uma maneira de transformar combustíveis fósseis
em energia, sendo utilizada até hoje mundialmente como principal fonte de energia
não renovável. (GRECCO,2020)

3.3.1 Fonte de Energia Renovável

A fonte de Energia Renovável é uma fonte inesgotável, ou seja, se mantém ao


longo dos anos. Além disso, são ambientalmente sustentáveis,ou seja, não agridem
o meio ambiente. Entre as fontes de energia renovável temos : Energia solar, eólica
e hídrica.(CBIE,2018)

3.3.2 Fonte de Energia não Renovável

As fontes de energia não renovável são aquelas que acabam, no caso, são
esgotáveis. Essas fontes de energia são formadas a partir de milhões de anos, devido
a isso, um dia a sua produção irá cessar. Além disso, elas são extremamente
prejudiciais ao meio ambiente por conta da emissão de CO2 impactando nos gases
do efeito estufa na atmosfera. Entre elas nós temos o: petróleo, carvão mineral, gás
natural e o nuclear.(EPE,2018)

Foto 1 - Matriz Energética Brasileira 2019 (BEN, 2020)

https://www.epe.gov.br/pt/abcdenergia/matriz-energetica-e-eletrica

Nota-se na seguinte figura acima que a matriz energética brasileira é


constituída principalmente por fontes de energia não renováveis, estando em
primeiro lugar a queima do petróleo e seus derivados, participando de 34,3%
de toda a fonte de energia brasileira. (EPE,2020)
Já em segundo lugar, com o percentual de 18,0%, encontra-se o uso de
cana-de açúcar como uma fonte de energia, que ao contrário do primeiro, a
sua queima não causa malefícios ao meio ambiente tal como a emissão de Gás
Carbônico na atmosfera, sendo denominada como energia limpa. Contudo, a
soma de fontes de energia renovável chega por volta de 46,2%, indicando
quase metade da matriz energética brasileira.(EPE,2020)

3.3.3 Matriz Energética Mundial

Segundo pesquisas realizadas pelo IEA ( “Internacional Energy Agency”), a


demanda mundial em 2004 foi de cerca de 11 bilhões de toneladas de petróleo para
o uso da matriz energética. Entretanto, o consumo final foi de apenas 7,6 bilhões tep
( tonelada equivalente de petróleo), foi estimado que ocorra esse mesmo processo
com um aumento de 2% ao ano. Dessa forma, atualmente esse aumento de taxa
estaria em cerca de 34% nos dias atuais, podendo ocorrer uma alteração na taxa
devido a uma crise de oferta, onde o preço elevado de combustível diminuiria a
demanda por energia. Além disso, houve um grande crescimento do uso de gás
natural como outra fonte energética mundial que ganhou grande força em 2004 e até
hoje está crescendo no parâmetro mundial.(BARROS,2017)
O maior crescimento econômico está diretamente ligado à alta demanda de
fonte de energia, segundo algumas pesquisas realizadas pela EPE ( Empresa de
Pesquisa Energética), os anos de 70 a 2000 foram momentos onde houveram uma
grande demanda de petróleo, especificamente 70 milhões e 190 milhões de tep foram
comercializadas porém a população era apenas de 170 milhões, ou seja, tinha uma
grande demanda, porém um baixo consumo.Ao longo das décadas foi notado que
países mais industrializados tinham uma maior demanda de energia decorrente da
Revolução Industrial que afetou todo o globo.( EPE,2007)

Foto 2 - Matriz Energética Mundial 2018 (IEA, 2020)

https://www.epe.gov.br/pt/abcdenergia/matriz-energetica-e-eletrica

Comparado com o resto do mundo, o Brasil faz parte dos países que
mais se investe em energia renovável, cerca de aproximadamente 43,5% são
apenas de fonte renovável. Sendo elas, as hidrelétricas, biomassa ( produção
de biodiesel, entre outros), produção de cana-de-açúcar, etanol, energia eólica
e solar.(SOUSA,2020)
Tabela 5- Matriz Energética Mundial e Brasileira (2017)

Uso de Fontes Renováveis Uso de Fontes Não- Renováveis

Mundo - 14,1% Mundo - 85,9%

Brasil - 43,5% Brasil - 56,5%


https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/matriz-energetica-brasileira.htm

Assim, observa-se que o Brasil tem um menor percentual de utilização de fonte


de energia não renovável, ocorrendo uma gradual diminuição neste número ao longo
dos anos com a exploração das fontes renováveis. (SOUSA,2020)

Foto 3 - Matriz Elétrica Brasileira 2019 (BEN, 2020)

https://www.epe.gov.br/pt/abcdenergia/matriz-energetica-e-eletrica

De acordo, com a figura pode-se analisar que a maior fonte de energia elétrica
do Brasil são retiradas das hidrelétricas. Porém, atualmente com a baixa dos rios, se
inicia um momento de escassez e redução da produtividade elétrica do país,
consequentemente realizando um aumento no preço da energia. Remetendo a
procura e melhora das outras fontes de energia renovável, como a energia solar e
eólica que ganham grande força no nordeste do país. (EPE,2020)
Em segundo lugar, notamos que o gás natural, uma fonte de energia não
renovável proveniente da decomposição da matéria orgânica presente nas bacias
sedimentares, atua aproximadamente em 9,3% da totalidade do uso da energia
brasileira.(EPE,2020)

3.3.4 Energia solar

A energia solar aproveita o calor e a luz do sol e o transforma em energia


mecânica. O calor é utilizado quando os painéis solares, que são chamados de
coletores térmicos, captam os raios solares e consequentemente aquecem a água
presente no interior e o distribuem pela residência. Já a luz é transformada em
eletricidade por um semicondutor que a converte pelos painéis fotovoltaicos.
A região do Brasil que possui uma maior radiação solar é o Nordeste, os painéis
devem ser instalados em áreas descobertas por conta da emissão dos raios, devido
a isso, podem ser inseridos em zonas desmatadas proporcionando uma diminuição
na degradação do meio ambiente. As placas podem ser colocadas em telhados de
fábricas, indústrias e residências, sendo chamada de microgeração, apesar do preço
elevado para as instalações com o passar dos anos está se tornando mais acessível.
(EPE,2018)
De acordo com a ONS (Operador Nacional do Sistema), em 2018 o nordeste bateu
o recorde de 675 megawatts (MWp) com a capacidade alcançando 86%. A região
Nordeste domina os setores eólicos e solares transportando sua energia para as
regiões Sudeste e Centro-Oeste. A EPE estima que em 2026 as fontes renováveis
especificamente as energias solares e eólicas terão uma expansão de 41 gigawatts,
produzindo cerca de 19 gigas.(SOLAR,2018)

3.3.5 Energía Eólica

A energia eólica é adquirida a partir da movimentação dos ventos, são organizados


aerogeradores que se movem a partir das massas de ar e o convertem em energia
mecânica, em seguida, o transforma em energia elétrica, é um recurso energético
renovável que danifica minimamente o meio ambiente, são usados principalmente na
região nordeste. Um conjunto de aerogeradores em um determinado espaço é
chamado de parque eólico, é estudado o lugar em que são feitos os parques por conta
da migração das aves.
3.3.6 Combustíveis Fósseis

O petróleo e o gás natural são fontes de energia não renováveis que são formadas
a partir de milhões de anos, dessa forma, pode ser denominada como combustíveis
fósseis que é a degradação de matérias orgânicas acumuladas, normalmente é a
decomposição de animais marinhos.
O gás natural é utilizado como fonte de energia térmica. São encontrados em
bacias sedimentares que podem ser em áreas terrestres ou marinhos, essa
denominação é chamada de onshore e offshore respectivamente. O petróleo pode
ocasionar diversos impactos ambientais, como o vazamento do óleo durante sua
extração e transferência do produto para o refino. (EPE,2018)
O carvão mineral são jazidas formadas pela decomposição de florestas e pântanos
por mais de 200 milhões de anos. A energia armazenada na jazida é transformada
em energia útil que resulta em energia elétrica e cinética. Porém a queima desses
combustíveis fósseis resulta na emissão de gases poluentes que se acumulam na
atmosfera e resulta no efeito estufa. (EPE,2018)
A partir do século 19 o petróleo foi sendo utilizado como uma substituição para o
óleo de baleia, com o passar dos anos foi descoberto as milhares de alternativas para
o uso desta matéria. Atualmente, ela é muito empregada em relação a fontes de
energia devido aos processos de combustão. (MORO,2011) Porém, isso está
mudando, outrora uma pequena parte do petróleo era utilizada nas indústrias
petroquímicas.Entretanto, por conta da Segunda Revolução Industrial o petróleo foi
sendo exercido não apenas para a iluminação, como para a invenção do motor.Após
esse período uma grande parcela do combustível foi sendo usado nas
indústrias.(MENDONÇA,2018)
O ramo petroquímico se altera constantemente visando as devidas preferências
e alternâncias do desenvolvimento da economia mundial. As fontes não renováveis
estão sendo substituídas gradativamente por métodos mais sustentáveis diminuindo
o impacto ao meio ambiente (EPE,2018).
3.3.7 Biocombustíveis Proálcool

O Proálcool foi um programa brasileiro criado por volta de 1975 a 1979 com o
intuito de abastecer os veículos com etanol. Além disso, expandir a produção de
álcool, tendo em vista suprir as necessidades do mercado interno e externo, e
modificar as opções dos combustíveis automotores.No entanto, uma dessas
consequências foi a redução da dependência do petróleo no Brasil. Dessa forma, as
possíveis crises do petróleo que ocorreriam após a criação do programa não teria o
mesmo impacto que anteriormente, principalmente em relação ao preço da gasolina,
foi proposto que o proálcool substituísse os derivados do petróleo.Sendo assim, a
produção do álcool aumentou de 600 milhões por ano para 3,4
bilhões.(BIODIESELBR,2006)
Entre o período de 1975 a 2000, houve um grande aumento de automóveis
utilizando álcool anidro, logo, impediu a emissão de gases poluentes para a
atmosfera, cerca de 110 milhões de toneladas de carbono foram contidas devido ao
uso do álcool nos combustíveis.

Desse modo, o governo federal proclamou um decreto, onde incentiva os


agricultores a cultivar tanto cana-de-açúcar como mandioca para a fabricação do
álcool. À vista disso ocorreu uma grande demanda na produção da cana-de açúcar
que provém tanto o álcool como o açúcar para o mercado externo, caso os
agricultores percebam que o preço do açúcar foi desvalorizado, eles migram para a
destilação do álcool, evitando perdas. (BIODIESELBR,2006)
Os primeiros carros movidos a álcool foram em 1978, pouco tempo depois,
aconteceu a segunda crise de petróleo e os preços do barril subiram. Assim, o
governo realiza a implementação do programa proálcool, nesse período a fabricação
alcooleira teve um pico de 12,3 bilhões de litros. Porém, em 1986 houve uma quebra
dos preços do petróleo, sendo assim, iniciou uma prontidão à procura de outras
alternativas energéticas, resultando em uma fonte de energia não renovável baseada
nos combustíveis fósseis, aumentando a dependência do
petróleo.(BIODIESELBR,2006)
3.3.8 Biodiesel

O Biodiesel é uma fonte de energia renovável que foi planejada após uma das
grandes crises de petróleo que ocorreu 1973, a ideia veio a partir de um programa
que utiliza a energia de Biomassas,como o Plano de Produção de Óleos Vegetais
para Fins Energéticos, denominado de Pró Óleo. No qual visava substituir o óleo
diesel proveniente do petróleo, para um óleo vegetal. A mudança iria ocorrer aos
poucos, primeiro iria inserir uma pequena proporção do óleo vegetal no diesel, até
aos poucos ocorrer a total mudança do combustível. (BIODIESELBR,2006)
Em 1980, cientistas cearenses conseguiram comprovar o uso de óleo vegetal
ou animal na substituição do diesel, na época ficou conhecida como Prodiesel, porém
hoje em dia, atende pelo nome de Biodiesel. Essa técnica foi pioneira no Brasil,
entretanto, ainda não é utilizada em grande escala, como em outros países da
Europa, Estados Unidos e Austrália. (BIODIESELBR,2006)
Segundo pesquisas realizadas, o Brasil é um dos maiores produtores e
consumidores de etanol do mundo, possuindo a capacidade de também serem os
maiores produtores de biodiesel do planeta. O óleo diesel mineral é totalmente nocivo
ao meio ambiente, a emissão dos seus gases é extremamente prejudicial à camada
de ozônio.
Além disso, a sua produção só pode ser realizada por grandes empresas por
ser um procedimento caro e difícil de ser manuseado.Ao contrário do Biodiesel, que
além de ser uma fonte renovável, não-poluente e renovável. É uma substituição
positivamente ecológica e econômica, que pode ser produzida por pequenos
produtores. (BIODIESELBR,2006)
Ademais, é uma grande oportunidade de ser produzida e utilizada na região
nordeste, já que uma das grandes matrizes energéticas, que é uma fonte de energia
renovável, as hidrelétricas, provenientes das forças dos rios, não são utilizadas por
conta dos rios temporários da região. Tendo em vista, a capacidade do Nordeste de
se tornar uma região autossuficiente, utilizando os campos para a produção de
mamona, algodão e girassol, matérias que provêm os óleos vegetais, fundamentais
na produção do biodiesel. (BIODIESELBR,2006)
4 Metodologia

A metodologia exercida de acordo com as pesquisas realizadas no presente


trabalho foram documentos e artigos bibliográficos visando o estudo sobre a
petrodependência, o papel do petróleo nos dias atuais e a redução do mesmo por
metódos mais renováveis. Foi dado ênfase à história do petróleo, passando por suas
crises, a origem da OPEP e a sua influência sobre as exportações das commodities,
afetando na comercialização do produto e seus derivados, assim, interferindo na
economia. Ainda associado a ênfase do trabalho foi realizado uma análise sobre
fontes de energia renováveis capazes de substituir a queima de combustíveis fósseis
que emitem dióxido de carbono na atmosfera, prevenindo o efeito estufa. Além disso,
foi decorrido a partir de pesquisas científicas outros materiais originados de cana-de-
açúcar como o álcool que podem substituir alguns derivados do petróleo, assim como
o biodiesel que é aproveitado a partir de óleos vegetais e animais que podem ser
reutilizados. Dessa forma, o trabalho escrito tem como função descrever, explicar e
analisar a dependência do petróleo e seus derivados nos dias atuais e a sua inevitável
substituição.
5 RESULTADO E DISCUSSÃO

5.1 Petrodependência Relacionada a Economia

A petrodependência está diretamente ligada à economia mundial, visando a grande


demanda pela utilização do petróleo e seus derivados, tendo em vista que são uma
das matérias primas mais negociadas ao redor do mundo, vendidas através de
commodities, movimentando cerca de trilhões de dólares anualmente. Dessa forma,
foram realizadas pesquisas objetivando a substituição do material por processos mais
sustentáveis e econômicos. Assim, um dos exemplos de redução do petróleo e seus
derivados é a aplicação do biodiesel, hidrogênio e motores híbridos, com a finalidade
de evitar o consumo de combustíveis fósseis, além do biodiesel ser produzido a partir
de óleos vegetais e animais.

5.2 Petrodependência Crises do Petróleo e a OPEP

A OPEP ( Organização dos Países Exportadores de Petróleo ) é um grupo no qual o


seu principal objetivo é a exportação do petróleo e a regulamentação dos preços dos
barris, de acordo com o favorecimento dos membros integrantes. Deste modo, a
OPEP está presente em todas as grandes crises do petróleo que ocorreram devido
ao aumento dos commodities. A primeira e a segunda crise do petróleo sucederam-
se nos anos 70, por conta da redução da produção de petróleo. Desta forma, houve
uma grande procura pelo material, porém uma baixa demanda, ocasionando um
aumento nos preços dos barris. À vista disso, percebe-se que o controle da economia
mundial estava nas mãos dos membros da Organização.

5.3 Petrodependência e a Matriz Energética Brasileira

A Matriz Energética faz parte de um conjunto de fontes de energia, tanto renováveis


como não renováveis. Entretanto, atualmente as fontes de energia renováveis têm
ganhado grande força no Brasil, especialmente energia solar e eólica.
Consequentemente, dando oportunidade para se desfazer das fontes não renováveis
como a queima de combustíveis fósseis que prejudicam diretamente o meio ambiente,
visando um novo rumo petroquímico de acordo com as novas necessidades. Além
disso, foram realizados novos programas como o Proálcool e a criação do Biodiesel,
os dois tendo como objetivo principal a redução do uso de gasolina nos veículos
automotores, proporcionando a diminuição do impacto de uma futura crise do petróleo
e dos seus derivados.
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O objetivo geral deste trabalho foi desenvolver uma pesquisa na qual permita,
de forma racionalizada, capturar o conhecimento a partir de bases textuais, a fim de
promover um melhor entendimento do petróleo, seus derivados e formas para
desenvolver a prática parcial da sua retirada do mercado internacional, visando a sua
instabilidade nos dias atuais.

As matrizes energéticas brasileiras são meios sustentáveis que proporcionam


toda a energia elétrica gerada no Brasil, porém partes dela são prejudiciais ao meio
ambiente, as mesmas são chamadas de não renováveis que são os combustíveis
fósseis. Entretanto, a maior fonte de energia provém das hidrelétricas que faz parte
das energias renováveis, no entanto, a energia solar está ganhando grande força no
nordeste do país, devido ao aumento de temperatura da região.

Outro ponto importante a ser levado em conta, refere-se aos biocombustíveis,


como o programa brasileiro proálcool que foi criado na década de 60 com o objetivo
de estabilizar a economia brasileira caso ocorresse uma nova crise de petróleo. Este
programa foi desenvolvido de forma que substituísse parcialmente a gasolina, assim
foi expandido o comércio agrícola para plantação de cana-de-açúcar aumentando a
demanda do mercado interno.

Ao longo deste trabalho foram desenvolvidos novas possibilidades de


substituição do petróleo e seus derivados com a finalidade de implementar novos
meios de diminuir a petrodependência em uma sociedade moderna industrializada,
apresentando conceitos e pesquisas com base teórica visando utilizar outros recursos
acarretando em mudanças nas áreas socioeconômicas e na melhoria do
funcionamento do mercado como um todo.
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