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2.

Avaliação das formações

DEFINIÇÕES

 Definem o potencial qualitativo e quantitativo de uma jazida de petróleo;


 Pode ser realizado a poço aberto ou na realização da perfuração;
 Limitação: Pequena extensão do raio de investigação;
 Informações obtidas: litologia, espessura, porosidade, permeabilidade,
fluidos existentes e saturação.

PERFILAGEM A POÇO ABERTO


 Rocha sedimentar dividida em duas partes: a matriz e os poros.
 RESISTIVIDADE: resistência a passagem de corrente elétrica. A
resistividade de uma rocha (Ro) é função da porosidade (ϕ) e do
coeficiente de cimentação (m). Como também da resistividade da água
(Rw) e do coeficiente de tortuosidade (a).
a . Rw
Ro= m
ϕ

 Se houver HC a resistividade (Rt) torna-se função de Ro e da saturação da


água (Sw) e do seu expoente de saturação (n) (lei de Archie)

a . Rw
Rt = m n
ϕ . Sw

TIPOS DE PERFIS

 ESPONTÂNEO: diferença de potencial entre dois eletrodos um na superfície


e outro no poço.
 GR – RAIOS GAMA: detecta a radioatividade total da formação (K=40).
Identifica litologia e o volume das argilas.
 NPHI – NEUTRÔNICO: estimativa da porosidade e detecção de gás.
 ILD – INDUÇÃO: fornece leitura estimada de Rt (resistividade).
 RHOB – DENSIDADE: densidade, porosidade e zonas de gás.
 DT – SÔNICO: mede a velocidade de trânsito de uma onda mecânica através
das rochas. Estima porosidade, constante elástica e detecção de fraturas,
grau de compactação das rochas.
DICA: O HULK MELADO DE LAMA (ARGILA), FICOU TÃO PEQUENO QUE ENTROU
PELO PORO DO NEUTRON, INDUZINDO A RESISTIVIDADE DO ATOMO.
2. Avaliação das formações

TESTE DE PRESSÃO
 Pressão estática – poço fechado
 Período de estática – poço fechado
 Pressão de fluxo – poço produzindo
 Pressão média
 Depleção - queda de pressão a medida que o poço produz.

 OBJETIVO DOS TESTE:


o IDENTIFICAÇÃO DO FLUIDO
o VERIFICAÇÃO DA PRESSÃO ESTÁTICA E DA DEPLEÇÃO: a detecção
da depleção durante os testes iniciais é um indicativo de que o
reservatório é pequeno ou não é comercial.
o PRODUTIVIDADE DA FORMAÇÃO

q
IP=
Pe−Pw

o DANOS A FORMAÇÃO: Se comporta como perda de carga localizada


na parede do poço, diminui o IP.
o AMOSTRAGEM DE FLUIDOS PARA PVT: realizadas em laboratório
fornecem as propriedades dos fluidos: fator volume de formação,
viscosidade, pressão de saturação, compressibilidade.

 TIPOS DE TESTES DE PRESSÃO


o TESTE DE FORMAÇÃO REPETITIVO (RFT): poço sem revestimento, a
ferramenta possui um sistema de válvulas e câmaras que possibilita
o registro das pressões estáticas ao longo do poço, como também a
coleta de pequenas quantidades de fluido.
o TESTE DE FORMAÇÃO: equivale a uma completação provisória e
consiste, em:

 Isolar, com obturadores, o intervalo de interesse;


 Estabelecer um diferencial de pressão, fazendo com que a
formação produza;
 Promover, por meio de válvulas de fundo, períodos
intercalados de fluxo e estática;
2. Avaliação das formações

 Registrar a pressão de fundo (Pw) em função do tempo


durante o teste.

o CARTA DE UM REGISTRADOR EXTERNO - as cartas de pressão em


função tempo são as principais ferramentas no teste de formação. É
através dessas cartas que ocorre principalmente as características
de permeabilidade e produtividade do reservatório. A carta a seguir
representa as pressões gravadas pelo Registrador Externo (RE),
equipamento instalado na extremidade inferior da coluna.

TRECHO A - Quando a coluna desce, a Válvula de Fundo (VF) está fechada, de


modo que nenhum fluido sobe pela coluna acima desta válvula. O Registrado
Externo (RE) vai indicando a pressão hidrostática do fluido que se encontra dentro
do poço à medida que a coluna desce (trecho A), e o gráfico mostra esse
crescimento gradual.

TRECHO B - Quando a coluna chega na profundidade programada, o Packer é


assentado no revestimento de produção e a VF é aberta1. Neste instante, o fluido
da formação pressurizado entra em contato com a pressão atmosférica e ocorre
um fluxo rápido para a superfície (trecho B). Este é o primeiro Período de Fluxo.

TRECHO C - À medida que o fluido sobe no poço a pressão hidrostática deste


atuando no fundo vai aumentando (rampa C) e sendo registrado.

TRECHO D - Após um certo intervalo de tempo - onde são coletados os fluidos na


superfície e a vazão é medida corretamente, a VF é fechada e há um aumento
abrupto da pressão no fundo do poço devido a parada no escoamento e o término
do contato com a pressão baixa da superfície. O aumento de pressão prossegue de
forma mais lenta à medida que a energia do reservatório vai comprimindo os
fluidos no fundo do poço, abaixo do packer. O trecho D onde não há fluxo é
chamado de Período de Estática ou de Crescimento de Pressão.

TRECHO E - Quando a pressão estacionar em um determinado valor, abre-se


novamente a VF para o 2º Período de Fluxo, onde as vazões na superfície são
medidas e mais fluido é coletado.

TRECHO F – A rampa F representa o aumento da pressão devido à coluna


hidrostática de fluido produzido.
2. Avaliação das formações

TRECHO G - O trecho G mostra o Segundo Período de Estática, após a VF ser


fechada.
TRECHO H - Em geral, após o segundo ciclo de testes, dá-se por concluída a
avaliação e o packer é desassentado, causando um aumento na pressão registrada
pelo RE devido à comunicação com o peso do fluído acima do anular (batente H).

TRECHO I – Retirada da coluna de dentro do poço.

PERFILAGEM DE PRODUÇÃO

A perfilagem de produção é feita através de perfis corridos após a descida do


revestimento de produção e completação inicial do poço, visando determinar a
efetividade de uma completação ou as condições de produtividade (ou
injetividade) de um poço.

 A PLT (Production Logging Toll ou ferramenta de medição de produção) de


perfilagem possui os seguintes perfis:

a) Continous Flowneter
O objetivo principal deste perfil é definir a contribuição de cada intervalo aberto
do poço na vazão total de produção (ou de injeção).
b) Gradiomanômetro
Perfil que registra a densidade da mistura de fluido dentro do poço em função da
profundidade, através da medição de pressão em dois pontos distintos, afastados
de dois pés. Sua resolução é de cerca de 0,01 g/cm3.
c) Perfil de Densidade
O perfil de densidade apresenta a densidade do fluido que passa por dentro da
própria ferramenta através de um sistema radioativo semelhante ao dos perfis que
medem a densidade da formação a poço aberto.
d) Hidrolog
Para fluxos trifásicos, o uso simultâneo do flowneter e de medidores de densidade
do fluido não é capaz de informar a contribuição e percentagem de cada fluido em
cada intervalo.
e) Perfil de Temperatura
É utilizado para registrar a temperatura do fluido do poço. O estudo de anomalias
de temperatura pode fornecer diversas indicações, tais como: intervalos
produzindo ou recebendo fluidos, localização de vazamentos, topo do cimento,
altura de fraturas, etc.

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