Coluna de Produção

A Coluna de produção é uma tubulação de aço de

diâmetro menor, que é descida dentro do
revestimento de produção, transporta os fluido
produzido da formação até a cabeça do poço tanto
em terra como mar.

Na concepção de uma coluna sempre devem ser

considerados três fatores:

• segurança;
• operacionalidade;
• economicidade
1- Barreiras de Segurança
• É um sistema independente, dotado de certa confiabilidade, formado por um conjunto solidário de
elementos capaz de manter sob controle o fluxo de um poço de petróleo.

• Um poço deve possuir duas barreiras de segurança durante toda a sua vida produtiva, bem como
durante as intervenções.

• Um exemplo de barreira de segurança em um poço produtor de óleo no mar, equipado para produção
por surgência (Figura 1.1), apresenta a primeira barreira de segurança composta de elementos
mecânicos:

- revestimento de produção abaixo do packer bem cimentado;

- packer ou obturador;
- tubos de produção até a válvula de segurança (DHSV);
- válvula de segurança de subsuperfície (DHSV).
Válvulas de Segurança de Subsuperfície

https://www.youtube.com/watch?v=2a5X-VCrOvg

https://www.youtube.com/watch?v=EcdAa-lYGKw
Válvulas de Segurança
de Subsuperfície
1.2- relação entre a força da mola de compressão da válvula de
segurança
• A relação entre a força da mola de compressão da válvula de segurança e sua área do pistão
resulta em uma "pressão de fechamento" da subsuperfície válvula de segurança. Esta relação é a
Equação:

𝑆𝐹𝑐𝑜𝑚𝑝
𝑝𝑓𝑒𝑐ℎ𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 =
𝐴𝑝𝑖𝑠𝑡ã𝑜

• Onde
𝑝𝑓𝑒𝑐ℎ𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 = pressão de fechamento da válvula de segurança subterrânea, psi;
𝑆𝐹𝑐𝑜𝑚𝑝 = fator de compressão de mola, lbf; e
𝐴𝑝𝑖𝑠𝑡ã𝑜 = área do pistão, in2
1.2- Aprofundidade de ajuste máximo da válvula de segurança

• A profundidade de ajuste máxima é a pressão de fechamento dividida pela hidráulica gradiente

de fluido, calculado como

𝑝𝑓𝑒𝑐ℎ𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜
𝐻𝑚á𝑥 =
𝛾𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 × 0,433𝑝𝑠𝑖/𝑓𝑡 × 𝑠𝑓

Onde:
0,433 psi/ft é o gradiente de água;
Hmax = ajuste máximo da válvula profundidade, ft;
𝑝𝑓𝑒𝑐ℎ𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 = pressão de fechamento da válvula, psi;
𝛾f = gravidade específica da fluido na linha de controle;
sf = fator de segurança (1,1 a 1,25).
exemplo
• Suponha que o fluido hidráulico que está sendo usado em uma plataforma offshore pesa 52
lb/ft3. A gravidade específica do fluido é 52 / 62,4 = 0,833. Se a válvula de subsuperfície de
segurança a ser utilizada tem uma pressão de fechamento de 440 psi e o fator de segurança da
profundidade de ajuste é 1,20, qual a profundidade máxima da válvula de segurança

𝑝𝑓𝑒𝑐ℎ𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜
𝐻𝑚á𝑥 =
𝛾𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 × 0,433𝑝𝑠𝑖/𝑓𝑡 × 𝑠𝑓
Considerações
• A válvula de segurança neste exemplo poderia ser ajustada com menos de 1016 ft (310 m), mas
não deve ser definido mais profundo, a menos que alguns meios para equilibrar a pressão
hidrostática no pistão é considerada.

• Válvulas de segurança convencionais em uso hoje variam em profundidades de ajuste máximo de

500ft (152 m) a 5000 pés.

• Dines (1980) fornece uma discussão sobre a configuração de válvulas de segurança em campos de
águas profundas onde as profundidades de configuração são grandes
1- Barreiras de Segurança
A segunda barreira de segurança, composta de:

• Revestimento de produção acima do packer bem cimentado em frente às formações com

hidrocarbonetos;

• Tubos de produção acima da DHSV;

• Cabeça de produção (ou housing);

• Suspensor de coluna de produção;

• Árvore de natal.
Componentes da Coluna de Produção:
00. Árvore de Natal 2 9/16” x 5000psi, com atuador pneumático.
1. Adaptador A-5SH 7 1/16” – 2 9/16” x 5000psi
02. Cab Prod TC-OO 11” x 7 1/16” x 5000psi
03. Susp. TC-1A-EN 6” x 2 7/8”EU BPV 2 ½
04. Linha de Controle Hidráulico da DHSV
05. Válvula de Segurança de Sub-superfície
(Down Hole Safety Valve - DHSV)
06. Tubos 2 7/8 ”EU 6,5 Lb/Pé N-80.
07. Válvula Camisa Deslizante CMU 2.31”
08. Junta Expansão Separação TSR 3310
09. Obturador Hidráulico/Hidrostático FH
10. Válvula Camisa Deslizante CMU 2.25”
11. Nipple “R” 2.25”
12. Boca de Sino
Notas Técnicas
a) A Válvula de Camisa Deslizante posicionada na cauda do obturador FH
pode ser retirada se não for conveniente sua descida.

b) Os itens 05 e 08 (Válvula de Camisa Deslizante) exercem a função de

Amortecimento e Opção para Produção do poço, respectivamente. Nesse
caso podem ser descidas as duas no tamanho 2,31”. Caso se verifique a
necessidade de seletividade pode-se optar por descer o tam 2,31’’ para
Amortecimento e o tamanho 2,25” como Opção de Produção na cauda.

c) O Suspensor TC-1A-EM e o adaptador A-5SH oferecem a passagem

hidráulica para acionamento da DHSV.

d) É importante que, entre dois equipamentos, seja inserido pelo menos 01

tubo para facilitar as operações com arame (wireline).
2- Função da coluna de Produção

- Conduz os fluidos produzidos do fundo do poço até a superfície, permitindo um controle racional
das condições de fluxo;
- Permitir o controle da circulação de fluidos ele amortecimento do poço, durante intervenções
futuras (operações de workover);
- Permitir a instalação de equipamentos de subsuperfície, para elevação artificial de petróleo,
otimizando a produção.
- Proteger o revestimento contra a ação de fluidos corrosivos;
- Proteger o revestimento de pressões mais elevadas;
- Permitir a instalação de equipamento de segurança na subsuperfície (DHSV).
- Fornecer barreiras mecânicas para eventuais intervenções ou abandono,
3- Componentes considerados normais da coluna de
Produção
As principais componentes, considerando do fundo do poço para a cabeça de
produção temos:

- Shear-out tripla
- Tubo curto
- Nipple R
- 1 Tubo
- Sliding sleeve (camisa deslizante)
- 2 Tubos
- Packers hidráulica ou hidrostático
- Junta telescópica (TSR - Tubing seal receptacle)
- Tubos
- Luva de fluxo
- DHSV (Válvula de segurança de sub superfície- Down Hole
Safety Valve - DHSV)
- Linhas de controle da DHSV
- Tubing hanger
4- Tipos de Colunas de Produção

O tipo de coluna mais adequado depende das condições intrínsecas de cada poço.

As colunas podem ser classificadas como:

• convencionais;
• para BCS;
• para conjunto gravel pack;
• coluna com modulado de gás;
• coluna para poços com CO2/H2S;
• coluna para poços injetores.
4.1- Convencional com gás lift (GL)

É a composição mais simples, empregada em poços de óleo surgentes e/ou com elevação por gás lift.

Possui em sua composição:

• cauda modulada (sub de pressurização + nipple não seletivo R);
• packer hidráulico recuperável;
• junta telescópica (TSR);
• mandris de gás lift e;
• válvula de segurança de subsuperfície (DHSV).

A Figura 1 apresenta uma coluna de produção típica para poço completado com elevação artificial pelo método
de gás lift na E&P-BC.
4.1- Coluna de produção
convencional com gás lift (GL)
4.2- Bombeio centrífugo submerso (BCS)

A composição mais comum compreende:

• o conjunto de BCS;
• nipple R 2,75”;
• camisa deslizante;
• packer hidráulico duplo, com válvula de alívio para o anular;
• mandril de gaslift;
• válvula de segurança.
4.2- Bombeio centrífugo submerso (BCS)

Nos poços comprovadamente sem risco de erupção, foram abolidos a camisa deslizante, o packer, o mandril de
gaslift e a válvula de segurança.

Havendo a necessidade de intervenção nestes poços, os mesmos não são amortecidos.

Há uma composição alternativa, chamada de BCS tubing mounted, onde a bomba fica encapsulada por um
revestimento conectado à coluna.

Finalmente, em poços chave, onde é previsto se fazer testes de produção periódicos para acompanhamento do
reservatório, utiliza-se a composição de coluna com bloco “Y”.
4.2- Coluna de produção convencional
para BCS
4.2- Coluna de produção convencional
para BCS
4.2- Coluna de produção com BCS e sem
DHSV e packer.
4.2- Coluna de produção com BCS
encapsulada.
4.2- Coluna de produção com BCS
e bloco Y.