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ENGENHARIA DE PERFURAÇÃO – PROVA 2

 COMPLETAÇÃO E AVALIAÇÃO DAS FORMAÇÕES

Tradicionalmente, as companhias de petróleo dividem as tarifas de engenharia entre as áreas


de exploração e produção:

 Engenharia de perfuração;
 Engenharia de produção;
 Engenharia de completação;
 Engenharia de avaliação.

As engenharias de completação e avaliação querem um poço que esteja na melhor condição


possível, ou seja, não esteja alargado e que tenha zona de produção livre de danos.

Essas engenharias sempre estão em conflito entre si sobre como um poço deve ser perfurado
e o programa de perfuração resultante é sempre um acordo.

Completar um poço mal perfurado é muito desafiador. Se o poço estiver em más condições, o
trabalho de cimentação geralmente será ineficaz e não será possível isolar as zonas produtoras
porque os fluidos podem fluir entre o reservatório e o poço.

 Introdução;
 Tipos de completação;
 Etapas da completação;
 Principais componentes da coluna de produção;
 Equipamentos de superfície;
 Intervenções em poços;
 Avaliação;
 Recompletação;
 Restauração;
 Limpeza;
 Mudança de método de elevação;
 Estimulação;
 Abandono;
 Operações com cimento na completação;
 Squeeze.

Completação de poços: é o conjunto de operações de preparação do poço para o controle e


produção de HC’s ou injeção de fluidos.

Ao terminar a perfuração de um poço de petróleo, é necessário deixa-lo em condições de


operar, de forma segura e econômica durante toda a sua vida produtiva.

 Tipos de Completação:
 Quanto ao posicionamento da cabeça do poço:
o Arvore de natal convencional (ANC);
o Arvore de nata molhada (ANM).
 Quanto ao revestimento de produção:
o A poço aberto;
o Com liner rasgado;
o Com revestimento canhoneado.
 Quanto ao número de zonas exploradas
o Simples;
o Múltipla (seletiva e dupla).
 Quanto ao Revestimento de Produção
1. A poço aberto:
 Vantagens: Maior área aberta ao fluxo e redução dos custos do revestimento e do
canhoneio.
 Desvantagem: Falta de seletividade, que impede futuras correções quando há
produção de fluidos indesejáveis, como por exemplo, excessiva produção de gás
ou água.
2. Com liner rasgado:
O liner pode ser descido previamente rasgado, posicionando os tubos rasgados em
frente às zonas produtoras, ou então cimentado e posteriormente canhoneado nas
zonas de interesse. Embora em desuso nos poços convencionais, encontra uma boa
aplicação em poços horizontais.
 Vantagens: Maior área aberta ao fluxo (rasgado), redução dos custos com
revestimento e do canhoneio e sustenta as paredes do poço em frente à zona
produtora.
 Desvantagem: Falta de seletividade (rasgado), custo adicional (em relação a poço
aberto) e mudança de diâmetros dentro do poço, gerando dificuldades para
passagem de equipamentos.
3. Revestimento canhoneado:
É o tipo de completação mais utilizado atualmente. O poço é perfurado até a
profundidade final e, em seguida, é descido o revestimento de produção até o fundo
do poço, sendo posteriormente cimentado o espaço anular entre os tubos de
revestimento e a parede do poço. Finalmente, o revestimento é canhoneado defronte
dos intervalos de interesse, mediante a utilização de cargas explosivas (jatos),
colocando assim o reservatório produtor em comunicação com o interior do poço.
 Vantagens: Seletividade da produção (ou injeção de fluidos) em diversos intervalos
de interesse e na maior facilidade das operações de restauração ou estimulação. O
diâmetro único do revestimento em todo o poço também evita alguns problemas
operacionais.
 Desvantagem: Custos adicionais do revestimento e do canhoneio.

 Quanto ao número de zonas produtoras


1. Simples: apenas uma coluna de produção é descida no posso possibilitando
produzir de modo controlado e independente somente uma zona de interesse.
2. Múltipla: produzir duas ou mais zonas ou reservatórios diferentes, através de uma
ou mais colunas de produção descidas no poço.
 Completações múltiplas são mais econômicas: menor número de poços com
diversas zonas drenadas sem maior prejuízo para o controle dos reservatórios,
possibilidade de se colocar em produção reservatórios marginais, cuja
produção isolada não seria economicamente viável.

 Etapas de Completação
Pequenas diferenças existem para as etapas de completação de um poço terrestre ou no
mar.
1. Instalação dos equipamentos de superfície;
2. Condicionamento do poço;
3. Avaliação da qualidade da cimentação;
4. Canhoneio;
5. Instalação da coluna de produção;
6. Colocação do poço em produção.

1. Instalação dos equipamentos de superfície: são instalados a cabeça d produção e o


BOP para permitir o acesso ao interior do poço, com toda a segurança necessária, para
execução das demais fases.
2. Condicionamento do Revestimento: nessa etapa deixa-se o interior do revestimento
de produção gabaritado e em condição de receber os equipamentos necessários de
produção.
3. Avaliação da qualidade da cimentação: a cimentação tem a função primordial de
promover vedação hidráulica entre os diversos intervalos permeáveis, impedindo a
migração de fluidos por trás do revestimento, bem como propiciar suporte mecânico
ao revestimento, garantindo um perfeito controle da origem (ou destino) dos fluidos
produzidos (ou injetados). Caso seja comprovada a falta de vedação hidráulica,
procede-se à correção da cimentação primária através de canhoneio do revestimento
e/ou compressão do cimento nos intervalos com cimentação deficiente. Para se avaliar
a qualidade da cimentação, são utilizados perfis acústicos, que medem a aderência do
cimento ao revestimento e do cimento à formação:
 Perfil sônico:
o Cement Bond Log (CBL) – CBL analisa a aderência do cimento ao
revestimento;
o Variable Density Log (VDL) – VDL analisa a aderência do cimento às
paredes da formação.
4. Canhoneio: para comunicar o interior do poço com a formação produtora, perfura-se o
revestimento utilizando-se cargas explosivas, especialmente moldadas para esta
finalidade. Essas cargas são descidas no poço dentro de canhões, que são cilindros de
aço com furos onde as mesmas serão alojadas. Estando o canhão posicionado em
frente do intervalo desejado, um mecanismo de disparo é acionado para detoná-las. A
explosão dessas cargas gera jatos de alta energia que atravessam o revestimento, o
cimento e ainda podem penetrar até cerca de um metro na formação, criando os canis
de fluxo da formação para o poço (ou vice-versa).
5. Instalação da coluna de produção: a coluna de produção é constituída basicamente
por tubos metálicos, onde são conectados os demais componentes. É descida pelo
interior do revestimento de produção com as seguintes finalidades básicas:
 Conduzir os fluidos produzidos até a superfície, protegendo o revestimento
contra fluidos agressivos e pressões elevadas;
 Permitir a instalação de equipamento para a elevação artificial;
 Possibilitar a circulação de fluidos para o amortecimento do poço em
intervenções futuras.
O projeto de uma coluna de produção é função de uma série de fatores, tais como:
 Localização do poço (terra ou mar);
 Sistema de elevação (surgente ou com elevação artificial);
 Características corrosivas ou abrasivas do fluido as ser produzido;
 Necessidade de contenção da produção de areia;
 Vazão de produção;
 Número de zonas produtoras.
Uma composição ótima de coluna deve levar em conta os aspectos de segurança,
técnico/operacional e econômico.

 Principais Componentes da Coluna de Produção


 Tubos de produção;
 Shear-out;
 Hydro-trip;
 Nipples de assentamento;
 Camisa deslizante (sliding sleeve);
 Check valve;
 Packer de produção;
 Unidade selante;
 Junta telescópica (TSR);
 Mandril de gas-lift;
 Válvula de segurança de subsuperfície (DHSV).

 Equipamentos de superfícies

São os equipamentos responsáveis pela ancoragem da coluna de produção, pela vedação


entre a coluna e o revestimento de produção e pelo controle do fluxo de fluidos na superfície.

Existe uma série de equipamentos padronizados que constituem os diversos sistemas de


cabeça de poço, para a completação de poços terrestres e marítimos.

São os seguintes os principais equipamentos de cabeça de poço:

 Cabeça de produção;
 Árvore de natal convencional (ANC);
 Árvore de nata molhada (ANM).
 Intervenção em poços

Ao longo da vida produtiva dos poços, geralmente são necessárias outras intervenções
posteriores à completação, designadas genericamente de workover, com o objetivo de manter
a produção ou eventualmente melhorar a produtividade.

Quando há necessidade de intervenções com sonda, essas intervenções visam:

 Corrigir falhas mecânicas na coluna de produção ou revestimento;


 Restrições que ocasionam a redução da produtividade;
 Produção excessiva de gás;
 Produção excessiva de água;
 Produção de areia.

 Avaliação

Objetivo: diagnosticar as causas da baixa produtividade ou avaliar as zonas que não estão em
produção.

 Recompletação

Quando cessa o interesse em se produzir (ou injetar) em determinada zona, esta é


abandonada e o poço é recompletado para produzir (ou injetar) em outro intervalo.

 Restauração

A restauração é um conjunto de atividades que visam restabelecer as condições normais de


fluxo do reservatório para o poço:

 Reduzir a produção excessiva de gás (alta razão gás/óleo – RGO) ou de água (alta razão
água/óleo – RAO).

 Elevada produção de água: se a zona é espessa, pode-se tamponar os canhoneados


com cimento ou tampão mecânico, e recanhonear na parte superior, resolvendo o
problema temporariamente. Falhas na cimentação primária ou furos nos
revestimentos

 Elevada produção de gás: uma razão gás/óleo muito elevada pode ter como causa o
próprio gás dissolvido no óleo, o gás de uma capa de gás. A produção excessiva de gás
pode ser contornada temporariamente recanhoneando-se o poço na parte inferior da
zona de interesse.

 Falhas mecânicas: detectando-se um aumento da razão água/óleo e se suspeitando de


um provável vazamento no revestimento.
 Limpeza

A limpeza é um conjunto de atividades executadas no interior do revestimento de produção


visando limpar o fundo do poço ou substituir os equipamentos de subsuperfície, objetivando
um maior rendimento.

Exemplos de intervenções de limpeza:

 Deposição de sólidos no fundo do poço tamponando os canhoneados;


 Furos na coluna de produção;
 Vazamentos em equipamentos de superfície, etc.

 Estimulação

A estimulação é um conjunto de atividades que objetiva aumentar o índice de produtividade


ou injetividade do poço.

Os métodos mais utilizados são o faturamento hidráulico e a acidificação, embora este último
possa ser considerado como atividade de restauração.

 Fraturamento Hidráulico: pode ser definido como um processo no qual um elevado


diferencial de pressão, transmitido pelo fluido de faturamento, é aplicado contra a
rocha reservatório até a sua ruptura. Bombeio de fluido a alta vazão, alta pressão, na
formação → Fraturas são criadas em qualquer face do poço... → Após criada a fratura,
agente de sustentação (AS) são bombeados... → A fratura está preenchida com AS,
para mantê-la aberta.
 Acidificação: o objetivo de acidificação de matriz é a restauração da permeabilidade
inicial da rocha próximo ao poço, alterada em função de uma restrição ao fluxo de
fluidos ao redor do poço denominada dano. O sucesso de um tratamento ácido em
arenitos depende da existência de dano á formação e que este seja removível com
ácido. O problema básico a ser resolvido numa operação de acidificação é se
determinar a formulação e o volume do ácido a ser utilizado na operação.

 Abandono

Quando um poço é retirado de operação, ele deve ser tamponado, de acordo com normas
rigorosas que visam a minimizar riscos de acidentes e danos ao meio ambiente.

Se houver a previsão de retorno ao poço, no futuro, efetua-se o abandono temporário.

Tanto os abandonos temporário como os definitivos são realizados através de tampões de


cimento ou mediante o assentamento de tampões mecânicos.

A diferença básica é que no abandono definitivo todo o equipamento de superfície é retirado,


enquanto que no abandono temporário o poço permanece em condição de aceitar futuras
intervenções.
 Operações com Cimento na Completação
 Compressão de Cimento (squeeze):

A Compressão de cimento (squeeze) de pasta de cimento é uma operação muito frequente,


normalmente empregada com os seguintes objetivos:

 Corrigir a cimentação primária;


 Reduzir ou eliminar a produção de fluidos indesejáveis;
 Tamponar canhoneados em zona produtora para abandono ou recanhoneio seletivo;
 Reparar vazamentos em revestimentos.

 Recimentação:

A recimentação é indicada para os casos de correção de cimentação em que há fortes indícios


de se obter sucesso na circulação da pasta, pois neste tipo de operação, o cimento não é
comprimido, e sim, circulado por detrás do revestimento, de maneira análoga a cimentação
primária do revestimento.

O intervalo a ser recimentado é canhoneado na sua parte superior e na parte inferior, de


modo a permitir a circulação da pasta.

 Avaliação das Formações

Se um poço de exploração levou a uma descoberta, é necessário prospectar mais além, a fim
de se delinear o reservatório e avaliar o seu potencial.

Este estágio de avaliação envolve a realização das seguintes tarefas interativamente:

 Mapeamento do reservatório;
 Simulação de reservatório;
 Perfuração de poços adicionais.

Ao final dessas tarefas deverá ser tomada uma decisão baseada nas informações disponíveis.
Se for necessário então deve-se escolher entre:

 Desenvolver o campo e coloca-lo para produzir;


 Fecha-lo até que as prospecções econômicas se tornem mais favoráveis;
 Abandoná-lo completamente.

O estágio de avaliação de formação é um período de altos riscos econômicos.

Por um lado necessita de um programa de avaliação preciso e estudos dirigidos devem ser
realizados, de forma que sejam obtidas informações suficientes para que se tome a decisão
certa, o que leva tempo e exige investimentos.

Por outro lado, é importante saber quando se deve por fim a essa fase, tanto para cortar
perdas e abandonar o programa por inteiro, quanto para prosseguir com o desenvolvimento
do campo e coloca-lo em produção o mais rápido possível, a fim de garantir que o projeto
permaneça lucrativo.
Avaliação de formação define as atividades e os estudos em termos quantitativos e
qualitativos e também o potencial de uma jazida petrolífera. É a capacidade produtiva das
reservas de óleo e gás. Então:

 Tipos litológicos;
 Espessura da camada;
 Porosidade;
 Permeabilidade;
 Tipo de fluidos (e o contato entre eles)

Para que uma avaliação de formação possa ser adequada, ela deve ser iniciada desde os
primeiros metros perfurados.

 Avaliação Exploratório ou Geológica

Avaliação exploratória ou geológica

 Durante a perfuração do poço


 Amostra de calha;
 Testemunhos.
 Após a perfuração
 Amostragem lateral;
 Perfilagem.

 Perfilagem Geofísica de Poços

Podemos definir o termo perfilagem geofísica de poços como sendo o processo ou conjunto de
procedimentos utilizado para se obter um registro das propriedades das formações
atravessadas por um poço aberto.

Assim o perfil de um poço é uma imagem visual, em relação a profundidade de uma ou mais
características ou propriedades das rochas atravessadas por um poço.

A perfilagem é uma operação realizada ao término da perfuração do poço ou determinada


fase, na qual são descidas ferramentas com o objetivo de medir as características ou
propriedades das rochas (porosidade, permeabilidade, nível de saturação em fluidos,
argilosidade, fraturas e etc.), inspecionar o diâmetro do poço (por exemplo: o cáliper),
verificar a qualidade de cimentação, etc. Essa operação contribui para um melhor
conhecimento das formações atravessadas e do tipo de fluidos contidos nas formações.

 Aplicações dos Perfis Geofísicos de Poços


A. Produção:
1. Engenharia de Reservatório
 Obtenção dos parâmetros da rocha (porosidade, saturação ...);
 Contato água-óleo e/ou gás-óleo;
 Cálculo de reservas;
 Estimativa de permeabilidades.
2. Engenharia de Completação
 Seleção de zonas para canhoneio;
 Localização de pontos para compressão de cimento.

“Um poço não pode ser devidamente planejado se os ambientes esperados não são
conhecidos” (Adams, 1985).

Um dos projetos mais importantes do projeto do poço é o conhecimento da área.

 Arenito → relação quase linear permeabilidade x porosidade


 Carbonato → não tem uma relação exata entre permeabilidade x porosidade.

Resumidamente são estes os principais usos dos perfis:

1. Aplicações qualitativas:
 Correlação poço a poço;
 Identificação litológica;
 Identificação do tipo de fluido das camadas;
 Identificação de fraturas das rochas;
 Calibre dos poços perfurados;
 Permeabilidade das camadas;
 Qualidade das cimentações dos revestimentos dos poços.
2. Aplicações quantitativas:
 Cálculo da porosidade;
 Cálculo de saturações fluidas;
 Cálculo de fluidos móveis;
 Cálculo do mergulho das formações
 Cálculo de espessuras;
 Cálculo de permeabilidades;
 Cálculo de resistividades;
 Cálculo de densidades;
 Cálculo das velocidades sônicas;
 Cálculo das constantes elásticas da rocha;
 Cálculo do conteúdo radioativo;
 Cálculo do volume de argila das rochas;
 Cálculo de reservas de reservatório;
 Controle das profundidades perfuradas.

 Controle de Poço

Na perfuração de poços em terra, o BOP (Blowout Preventer) fica instalado logo acima da
superfície dos solo, no espaço propiciado pela subestrutura da sonda, entre o fundo do
antepoço e a plataforma de trabalho na sonda. Na perfuração de poços no mar, o BOP pode
estar acima da superfície do mar, no caso de operações com plataformas fixas e unidade auto-
eleváveis, ou no fundo do mar quando se opera com plataformas flutuantes.
Este equipamento é composto, entre outras peças, por um conjunto operacional de válvulas
de segurança, como prevenção contra erupções, sendo acionado da superfície, pelo painel ao
lado do sondador e na sala do encarregado, por meios de cabos especiais.

A principal função é impedir que os fluidos das formações atinjam a superfície de maneira
descontrolada. Componentes:

 Gaveta cega: fecha contra o tubo sem cortá-lo.


 Gaveta cisalhante: fecha contra o tubo, contando-o.
 BOP Anular: fecha sobre qualquer diâmetro.

Existem basicamente dois tipos de Unidade de Produção marítima (UPM):

1. Com BOP na superfície, tais como as plataformas fixas e as auto-eleváveis;


2. Com BOP no fundo do mar, conhecidas como unidades flutuantes, tais como as semi-
submersíveis e os navios-sonda.

 Definição de Kicks

Uma das mais importantes funções do fluido de perfuração é exercer uma pressão no poço
superior à pressão dos fluidos contidos nos poros das formações perfuradas pela broca.

Se, por algum motivo, a pressão no poço se tornar menor que a pressão de uma formação e se
esta possuir permeabilidade suficiente, deverá haver fluxo do fluido da formação para o
interior do poço.

A esse fluxo, dá-se o nome de KICK e diz-se que o controle primário do poço foi perdido.

Como a operação para a remoção do fluido invasor, que também recebe o nome de kick,
envolve riscos operacionais, possibilidade de perda do poço e perda de tempo produtivo.

 Indícios de kick – perfurando


 Aumento de volume nos tanques de lama;
 Poço e fluxo com as bombas desligadas;
 Aumento da taxa de penetração.
 Controle do kick
 Fechamento do poço (BOP) na primeira suspeita;
 Leitura das pressões na cabeça do poço
 Substituição do fluido de perfuração por outro mais pesado, mantendo pressão
constante no fundo.

 Definição de Blowout

Um blowout é definido como um fluxo descontrolado do reservatório para o poço e deste para
a atmosfera, fundo do mar ou para outra formação exposta no poço.

A esse fluxo, diz-se que o controle primário (quando começa a montar a sonda, cimenta o
poço) e secundário (quando começa a colocar aditivos no fluido, tenta combater o fluido) do
poço foram perdidos.
 Blowout

Blowouts podem causar danos significativos á sonda e ao pessoal de operação e é


frequentemente catastrófico. Os gases produzidos são tipicamente inflamáveis e é comum que
a sonda de aço derreta ou retorça quando da queima do equipamento.

 Categorias de Severidade
I. Nenhum dano à plataforma ou ao meio ambiente
II. Dano ao meio ambiente devido a emissões diretas até 3m³ de óleo ao mar.
III. Dano ao meio ambiente devido a emissões diretas acima de 3 até 20m³ de óleo ao mar
IV. Dano ao meio ambiente: aqueles eventos cujos efeitos resultam em emissão diretas ao
mar (maiores de que 20m³) ou decorram do escalonamento de eventos devido à
presença de grandes inventários de substância inflamável em suas proximidades.

 Operações mediante blowout


 Poços de alívio: técnica mais confiável para o combate a Blow Outs em cenários de
poços submarinos em águas profundas.

 Quanto custa um blowout?

CUSTOS SEM OCORRER BLOEOUT

 Custos de preparação para emergência


o Planos de emergência;
o Simulados;
o Equipe/treinamento;
o Equipamentos;
o Logística;
o Comunicação.

CUSTOS E CONSEQUENCIAS DE UM BLOWOUT

 Pessoal
o Envolvido;
o Reorganização.
 Custos de equipamentos
o Danos instalações;
o Contratação (serviços/equipamentos).
 Custo operacional
o Sondas/ barcos/ apoio;
o Mudança de prioridades;
o Compensação por danos;
o Contratos paralisados.
 Custo de produção
o Parada de produção (1 ou + poços);
o Retomada da produção;
o Reservatório (danos);
o Perda de reserva.
 Meio ambiente
o População (riscos);
o Pesca/ turismo/ ecologia;
o Ambientalistas;
o Limpeza da poluição/ detritos.
 Investigação
o Responsabilidades;
o Custos.
 Multas
o Meio ambiente.
 Danos ao país
o Royalties;
o Impostos.
 Indenizações
o Seguro;
o Proprietários das terras.
 Imagem pública
o Acionistas;
o Conceito da companhia.

 Estabilidade do Poço

Manter um poço estável é um dos maiores problemas encontrados na perfuração.

A instabilidade de um poço acontece através de várias formas:

 Formações moles e dúcteis;


 Formações duras e frágeis que se fragmentam sob tensão;
 Folhelhos que desmoronam e caem, alargando o poço e o preenchimento de material
durante as manobras.

Esses problemas complicam a perfuração em termos de tempo e custo, e podem resultar em


desastres como tubo preso e poços desviados.

Quando inicialmente depositados, os sedimentos são macios e têm alto teor de água. À
medida que são soterrados por sucessivos sedimentos, a água é removida pela compactação.

Um sedimento em uma dada profundidade deve suportar o peso dos sedimentos acima dele.

Pressão: é um conceito físico definido como força aplicada sobre uma unidade de área.

Em termos matemáticos, a equação é: . Onde, P= pressão; F= força e A= área.

As unidades mais usuais são: Pascal ( ⁄ ); ⁄ ; Psi ( ⁄ ); atm e bar.


1 ⁄ = 105 Pa = 14,22 Psi

1atm = 14,70 Psi = 1,033 ⁄

1bar = 1,02 ⁄

 Pressão Hidrostática

Pressão hisdrostática é a pressão exercida pelo peso de uma coluna de fluido. Essa pressão é
dada por:

Em que c= constante com valor de 0,17 quando h[m], caso seja expresso em pés, c= 0,0519.

Ph= pressão hidrostática [psi]

ρ= massa específica [lb/gal]

h= altura [m]

Então:

Percebe-se pela fórmula, que Ph é uma função direta da massa específica e da altura de fluido
no poço. Assim, o abaixamento do nível de fluido resultante em uma diminuição da Ph do
poço.

EXEMPLO de aplicação:

Determine a Ph no fundo de um poço vertical de 3000m de profundidade, com fluido de


perfuração de 10 lb/gal.

Em certas situações, conhece-se o volume de fluido contido num determinado poço,


tubulação, ou espaço anular. Assim o comprimento ocupado pelo fluido L pode ser calculado
pela seguinte equação:

Em que: L = comprimento ocupado pelo fluido, em metros;

V = volume de fluido, em bbl/m;

C = capacidade, em bbl/m

A capacidade é o volume contido em um comprimento unitário de poço, de tubulação ou de


espaço anular. Para um espaço anular, a capacidade em bbl/m pode ser calculada pela
equação:
Onde de e di são respectivamente os diâmetros externo e interno do espaço anular, expressos
em polegadas. Para interior de tubos ou poços di é nulo e de é o diâmetro interno do tubo ou
diâmetro do poço.

EXEMPLO de aplicação:

Determine a pressão hidrostática exercida por 300 bbl de fluido de perfuração de 10 lb/gal em
um poço vertical de 81/2.

Solução:

C = 0,00319 . 8,5² = 0,2305 bbl/m

L = 300/0,2305 = 1301,5 m

Ph= 0,17 . 10 . 1301,5 = 2213 psi

 Gradiente de Pressão

É a razão entre a pressão atuando em um determinado ponto e a profundidade vertical deste


ponto, isto é,

Em que: GP= gradiente de pressão, psi/m;

P= pressão em um determinado ponto, psi;

D= profundidade do ponto, em m.

O gradiente de pressão hidrostática representa a normalização da pressão com a profundidade


e está relacionado á massa específica do fluido de perfuração pela seguinte expressão:

Gradiente de pressão ou Massa específica ou densidade equivalente ( e).

Muitas vezes, a pressão P em um determinado ponto D é expressa em termos de massa


específica equivalente. O seu valor pode ser calculado por meio da seguinte expressão:

Onde: GP = gradiente de pressão;

= massa específica ou densidade equivalente, lb/gal;

C = constante de conversão de unidade. 0,017 (psi; m); 0,0519 (prof.; pés).


EXEMPLO de aplicação:

Uma coluna vertical com profundidade de 1000 metros preenchida por fluido de massa
específica (densidade) de 10,0 lb/gal e com pressão atmosférica no topo. Qual seria o valor de
pressão no fundo do poço?

Solução:

Calculo da pressão na base: P = 0,1704 . 10 (lb/gal) . 1000 (m) = 1704 psi

Calculo do gradiente de pressão na base: G = 1704 (psi) / [0,1704 . 1000 (m)] = 10,0 lb/gal

EXEMPLO de aplicação:

Uma coluna vertical com profundidade de 1000 m preenchida por fluido de massa específica
(densidade) de 10,0 lb/gal e com pressão de 1200 psi no topo. Qual seria o valor do gradiente
de pressão no fundo do poço?

Solução:

Calculo da pressão na base: P = [0,1704 . 10,0 (lb/gal) . 1000 (m)] + 1200 psi = 2904 psi

Calculo do gradiente de pressão na base: G = 2904 (psi)/0,1704 . 1000 (m) = 17, 04 lb/gal

EXEMPLO de aplicação:

Em um poço de 2500 m de profundidade e fluido de perfuração de 9,3 lb/gal, registrou-se na


superfície, durante o seu fechamento, uma pressão de 300 psi. Determine a massa específica
equivalente no fundo do poço.

Solução:

Calculo da pressão na base: P = [0,1704 . 9,3 (lb/gal) . 2500 (m)] + 300 (psi) = 4261,8 psi

Calculo do gradiente de pressão na base: G = 4261,8 (psi)/0,1704 . 2500 (m) = 10,0 lb/gal

 Pressão da Formação

É a pressão dos fluido contidos nos poros de uma determinada formação.

Se a pressão da formação está situada entre os valores de pressões hidrostáticas originada por
fluidos de 8,34 lb/gal e 9 lb/gal na profundidade dessa formação, ela é dita normalmente
pressurizada.

Acima dessa faixa, a formação é dita portadora de pressão anormalmente alta. A origem dessa
pressão, normalmente, está associada à rápida deposição de sedimentos, reduzindo, assim, a
velocidade normal de expulsão de fluidos dos seus poros durante esse processo. Isso resulta
no fenômeno de subcompactação, origem de pressão anormalmente alta.

 Anormalmente baixa: ;
 Normal: ⁄ ⁄ ;
 Anormalmente alta: ⁄ . Pressão de poro

 Pressão Anormal

A pressão da formação pode aumentar em função da geologia da área onde o poço está sendo
perfurado.

Os poços são perfurados em áreas onde existem armadilhas ou estruturas geológicas que
possam conter hidrocarbonetos.

As mesmas estruturas e processos que propiciam a presença de hidrocarbonetos são também


causadores de altas pressões.

A pressão da formação pode aumentar em função de várias condições geológicas:

 Falhas geológicas;
 Anticlinais e domos salinos;
 Camadas espessas de folhelhos;
 Camadas espessas de sal.

Indicadores diretos de pressão anormal

Quando a pressão anormalmente alta é causada pelo fenômeno da subcompactação, existe


sempre uma zona de transição onde a pressão de poros aumenta com a profundidade.

Nestas zonas, certas propriedades das formações e do fluido de perfuração são alteradas
dando indicativos de aumento da pressão de poros.

A observação e análise dos indicadores obtidos na superfície são necessárias para que as ações
preventivas sejam tomadas para evitar ocorrência de kick.

Os indicadores mais importantes observados durante a perfuração são:

 Tamanho e forma dos cascalhos;


 Teor de gá no fluido de perfuração;
 Mudanças nas propriedades do fluido de perfuração.

Indicadores indiretos de pressão anormal

 Análises sísmicas;
 Perfilagem.
 INTRODUÇÃO A PERFURAÇÃO DIRECIONAL

 Ângulos

Porção do plano limitada por duas semiretas de mesma origem. A medida de um ângulo
fornece a abertura existente entre duas direções.

A C

Unidades de Medidas

No Brasil é adotado como unidade padrão para as medidas de


ângulos o Grau sexagesimal (°) e seus submúltiplos: minutos
(‘) e segundo (‘’). Ex.: 12° 34’ 56’’

Medição de Ângulo

Ex.: Lr = 181° 30’; Lv = 235° 00’

Ang = 235° 00’ – 181° 30’ = 53° 30’

Se a leitura de Vante for menor que a leitura de Ré, para não termos valor negativo na
diferença, somamos 360° à Vante, pois sendo uma volta completa não alterará a medida.

 Azimutes

Azimutes é o ângulo horizontal que uma direção (lado) faz com a direção do norte. É contado
de 0° a 360° com origem na direção N, no sentido horário.

N B

AZ AB

 Rumos

Rumos é o menor ângulo horizontal entre uma direção e a linha Norte-Sul. É contado de 0° a
90°, com origem na direção Norte ou na direção Sul. O rumo requer a informação do
quadrante associado ao valor do ângulo.
Podemos transforma um dado Rumo em Azimute e vice-versa, com o cuidado de se observar o
quadrante:

 Para o Quadrante NE: AZAB = RAB


 Para o Quadrante SE: AZAB = 180° - RAB
 Para o Quadrante SO: AZAB = 180° + RAB
 Para o Quadrante NO: AZAB = 360° - RAB

Ex.: RAB = 57° 15’ NE → AZAB = 57° 15’

RAB = 57° 15’ SE → AZAB = 122° 45’

RAB = 57° 15’ SE → AZAB = 237° 15’

RAB = 57° 15’ SE → AZAB = 302° 45’

Latitude: são linhas paralelas ao Equador (N, S)

Longitude: são linhas paralelas ao meridiano de Greenuwich (E,O)

 Sistemas de Referência Geodésicos

Na indústria do petróleo, o sistema de referência mais utilizado é o UTM (Universal Transverse


Mercator).

 Perfuração Direcional

O que caracteriza uma perfuração direcional ? É quando a linha vertical está localizada a certa
distância horizontal de cabeça de poço.

 Prisão de ferramenta (leve desvio);


 Domos salinos;
 Desviar de cidade;
 Poços em chamas;
 Vários alvos próximos;
 Rochas compactas acima não vale a pena fazer verticalmente;
 Região bem fina mais alongada (na horizontal) – maior área de contato.
 Planejamento de poço – fatores a considerar

O desvio intencional de um poço compreende muitos fatores, os quais devem ser levados em
conta individualmente. Um criterioso planejamento é portanto, a chave para minimizar o custo
da perfuração direcional, uma vez que a duvida seleção de ferramentas e métodos, pode
redundar em maior eficiência operacional e melhores resultados econômicos.

O objetivo (zona que o poço deve penetrar a uma dada profundidade) deve estar
perfeitamente definido. Sua forma e tamanho dependem, geralmente, das características
geológicas e da localização das zonas produtoras.

Uma análise da subsuperfície também deve ser feita. Toda informação geológica do subsolo
deve ser levada em consideração e sonda de perfuração, se possível, deve estar posicionada
de modo a aproveitar todas as tendências naturais de desvio, que têm as formações.

O controle do fluido de perfuração é muito importante, sobre tudo para reduzir o arraste em
poços direcionais. Aditivos redutores de fricção são muito usados e, tanto a densidade como a
viscosidade do fluido devem ser mantidas em restrito controle a todo momento.

 Configurações básicas de poços direcionais


 Tipo I – o poço é projetado de modo a se ter a deflexão inicial a pouca profundidade.
Uma vez que o ângulo e direção predeterminados são alcançados, um revestimento
de superfície é assentado e cimentado. A partir deste ponto, o poço é perfurado em
linha reta até o alvo. Este tipo de projeto é usado principalmente em poços de
profundidade moderada, em regiões sem que a zona de interesse está em um só
intervalo e o revestimento intermediário não se torna necessário. É usado também,
na perfuração de poços com grande afastamento lateral.
 Tipo II – também chamado tipo “S”, tem também a sua deflexão inicial próxima a
superfície. Após ser alcançado o ângulo na direção pré estabelecida, o revestimento
de superfície é descido e cimentado e o poço segue em linha reta até quase todo
afastamento lateral ser alcançado. A partir daí, o poço é gradualmente retornado à
vertical após o que, um revestimento intermediário é descido e cimentado. A
perfuração continua, então, até a profundidade final. É usado para perfurar poços
com vários objetivos, ou quando formações indesejáveis devem ser penetradas e
isoladas com um revestimento intermediário.
 Tipo III – a deflexão inicial é em maiores profundidades. O ganho de ângulo é mantido
até que o poço atinja o alvo. Normalmente, a parte defletada desde poço não é
protegida por revestimento durante as operações e perfuração. Esta configuração é
especialmente apropriada para perfurar falhas ou domos salinos, podendo ser usada
também, na perfuração exploratória a partir de um poço seco anterior.
Um programa de perfuração direcional baseia-se em:

 Informações geológicas;
 Localização do objetivo;
 Programa de revestimento;
 Programa de fluido de perfuração.

 Perfil vertical de um poço direcional

Kick – Off – Point (KOP): este é o ponto no qual a primeira ferramenta defletora é selecionado
e principia o incremento de ângulo.

Bild – up – section: esta é a parte do poço em que o ângulo vertical cresce, inctementando por
uma certa taxa constante BUR (build – up – rate) geralmente a variação da taxa de ângulo varia
até 2° a cada 30m.

Locked – in – section ou Slant: esta é a parte onde a inclinação é mantida até atingir o objetivo
ou até que haja uma seção de ganho ou perda de ângulo.

Drop – off – section: esta é a parte do poço em que o ângulo vertical descreve a uma taxa
constante.

 Razão de se perfurar poços direcionais


 Retorno do investimento;
 Aumento da produtividade;
 Exposição de uma maior área.
 Alguns problemas da perfuração direcional
 Repassamento;
 Pescaria;
 Fadiga da coluna;
 Completação.

 Programa de perfuração direcional

Sabendo-se as coordenadas UTM da localização de um poço (p) e dos objetivos (o), é possível
calcular o afastamento horizontal (D) da sonda ao objetivo e a direção (azimute) deste
afastamento, segundo as fórmulas a seguir:

√( ) ( )

( ) ( )

Onde:

X0 = coordenada UTM norte do objetivo;

Y0 = coordenada UTM leste do onjetivo;

Xp = coordenada UTM norte do poço;

Yp = coordenada UTM leste do polo.

EXEMPLO de aplicação:

Uma sonda foi posicionada com as coordenadas UTM norte e leste equivalentes a 8783845 m
e 726725 m, respectivamente. O objetivo, por sua vez, encontra-se a 8783190 m e 726700 m.
Calcular a direção e o afastamento do objetivo.

 RENDIMENTOS E CUSTOS DA PERFURAÇÃO

PARA A INDÚSTRIA DO PETRÓLEO

TEMPO = DINHEIRO

Ao se reduzir o tempo que se leva para perfurar um poço, o seu custo, consequentemente
diminuirá.

Seguindo este princípio, um dos objetivos da perfuração é chegar à profundidade planejada


em menor tempo possível, empregando-se a tecnologia disponível e sempre visando a
qualidade e a segurança.
 Investimentos e custos

Assumindo-se que o preço médio do petróleo é de cerca de 100 U$$/bbl e o volume de


negócios com petróleo varia em torno dos U$$2,40 trilhões por ano.

Os investimentos na E&P de petróleo são muito elevados, atingindo todos os anos por volta de
U$$ 200 bilhões.

O setor do UPSTREAM do petróleo é um setor de intensa capitalização. Os investimentos é de


cerca de 17% para todo o setor.

 Tipos de custos

Há três tipos de custos envolvidos em um projeto na indústria de petróleo;

1. Custo de exploração;
2. Custo de desenvolvimento
3. Custos Operacionais

Custos de exploração: Eles ocorrem antes da descoberta dos HC e poderão ter um impacto
direto sobre as contas da empresa. A recuperação destes custos está ligada a probabilidade do
sucesso do programa da exploração, normalmente entre 10 e 30%.
Os custos são, em geral, expressos em U$$/km².
Os custos de exploração sísmica 3D offshore são da ordem de 5000 U$$/km².
Os custos de aquisição de dados offshore (embarcação completa) gira em torno dos USS 100
milhões.
Os custos do processamento de dados variam de USS 100 a U$$ 500/km².
Um poço offshore custa em média entre U$$ 10 e U$$ 50 milhões e leva de 30 a 100 dias para
ser perfurado (+ incerteza).
Um poço onshore custa em média entre U$$ 2 e U$$ 5 milhões coma duração sendo da
mesma ordem (+incertezas).

Perfilagem: Os custos com a perfilagem gira em torno dos U$$ 150 por metro perfurado (por
ferramenta).

Custos de Desenvolvimento: Os custos de desenvolvimento incluem;


 Custos de perfuração de poços de desenvolvimento;
 Custos das instalações da produção.

O custo capital gira em torno de 30 a 40%.

Custos Operacionaias: algumas companhias preferem por questões legais ou fiscais, alugar
equipamentos em vez de comprá-los, dando origem a um custo operacional. Os custos mais
importantes são:

 Operação em poço;
 Manutenção;
 Logística;
 Transporte (tubulações);
 Fiscalização, segurança;
 Pessoal, alojamento, transporte, material de consumo, telecomunicações;
 Variação de 30 a 50%

 Setor de Serviços do Petróleo

O setor de Upstream inclui atividade geofísicas, engenharias de perfuração e reservatório,


construções de plataformas, etc.

O que essas companhias têm em comum, independente do seu suporte, é que elas fornecem
um ou vários serviços para a indústria petrolífera.

Um mercado dominado por três companhias:

 Baker;
 Halliburton;
 Schlumberger.

Sonda terrestre: aproximadamente US$ 50 mil.

Plataforma Auto-Elevável e Navio-Sonda: aproximadamente US$ 100 mil.

 Custo total de perfuração

O custo total de perfuração é influenciado, principalmente, pela duração total do projeto de


perfuração e da profundidade atingida.


Onde: Cs = custo da perfuração por seção perfurada;

Cb = Custo da broca utilizada nesta seção;

Co = Custo fixo da sonda (aluguel);

tb = Total do tempo de rotação da broca durante a perfuração;

tc = Tempo de não rotação da broca (tempo de conexão);

tm = Tempo de manobra;

ΔD = Distância perfurada pela broca.

 Rotação da Broca

Durante a perfuração, a broca sofre desgaste tanto do dente quanto do rolamento. Este
desgaste pode ocasionar a perda de tempo.

ESSE TEMPO É ALVO DE DIVERSOS ESTUDOS.

Se tirarmos a broca muito cedo, perdemos tempo de manobra, conexão e etc.

Caso contrário, se demorarmos a tirar a broca do poço, isto poderá diminuir


consideravelmente a TP (taxa de penetração), tornando pouco eficiente a perfuração,
aumentando os custos em razão de pescarias e manobras desnecessárias.

 Taxa de penetração da broca

A taxa de penetração mede a velocidade com que a broca perfura determinado intervalo de
formação.

As formações mais duras são mais difíceis de penetras, o que normalmente requer um baixo
RPM (taxa de rotação), já que uma velocidade excessiva por vir a danificar a broca ou a coluna
de perfuração.

O tempo de perfuração representa o avanço da perfuração por minuto, de onde se pode


estimar de forma qualitativa o grau de compactação da litologia perfurada, rochas mais
compactadas tendem a causar maiores atrasos na perfuração.

 Manobra

As horas de manobras ou de conexão, podem ser consideradas como horas não produtivas, pis
não produzem um avanço efetivo na perfuração do poço, contudo representam um custo real
no orçamento do operador, visto que quanto mais profundo for o poço, mais horas serão
necessárias para retirar e descer a coluna de perfuração.

tm = 0,003*P ; tm = tempo de manobra (h) ; P = profundidade de saída da broca (m)

de acordo com a bibliografia, o fator 0,003 é originado na média de 3 horas de manobra para
cada 1000 metros de profundidade.
 Conexão

O tempo de conexão é o tempo necessário para se conectar um duto padrão de 9 metros a


uma coluna de perfuração, enquanto a broca se encontra no fundo do poço.

Este evento durará em média 3 min;

tc = (3/60) * [(P saída – P entrada)/9] = ∆P perfurado/180

Onde: tc = tempo de conexão;

PE = profundidade de entrada da broca (m);

PS = profundidade de saída da broca (m);

ΔP= metros de tubos/seção descida para dentro do poço (m).

 Revestimento
 Condutor – primeiro revestimento do poço (10 a 50 m);
 Revestimento de superfície – 100 a 600 m;
 Revestimento intermediário – 1000 a 4000 m;
 Revestimento de produção – varia.

 Custo métrico da broca

Na sua forma mais simples, o custo métrico dependo dos custos da broca e da sonda, tempos
de rotação e manobra, e metragem perfurada.

Onde: CM = Custo métrico da broca, US$/m;

Cb = Custo da broca, US$;

CHs = Custo da sonda, US$/h

HM = Horas gastas para troca de broca, h;

HR = Horas de rotação da broca, h;

MP = Intervalo perfurado, m ou ft.

 Como produzir melhor?


 Com quantos poços?
 Como estão distribuídos os reservatórios?
 Que tipo de poço devo utilizar?
 Preciso fazer algum tipo de injeção?

O sucesso da exploração e explotação do petróleo depende da união de conhecimentos e


esforços de vários ramos da Geologia, Geofísica e Engenharia de Petróleo.

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