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FUNDAMENTOS PARA
ANÁLISE DE ÁGUA
SENAI - CETIND
FUNDAMENTOS PARA
ANÁLISE DE ÁGUA
Educação Ambiental
Lauro de Freitas
2012
Copyright 2012 por SENAI DR BA. Todos os direitos reservados
CDD 628.162
_________________________________________________________
Este material didático foi preparado para funcionar como instrumento de consulta.
Possui informações que são aplicáveis de forma prática no dia-a-dia do profissional,
e apresenta uma linguagem simples e de fácil assimilação. É um meio que
possibilita, de forma eficiente, o aperfeiçoamento do aluno através do estudo do
conteúdo apresentado no módulo.
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO
1 QUALIDADE DAS ÁGUAS NATURAIS .................................................... 6
1.1 CLASSIFICAÇÃO DAS ÁGUAS ................................................................ 6
2 CARACTERÍSTICAS FÍSICAS, QUÍMICAS E BIOLÓGICAS DA ÁGUA ......7
2.1 ESTRUTURA E COMPOSIÇÃO ................................................................ 7
2.2 A ÁGUA COMO SOLVENTE ..................................................................... 7
2.3 ÁGUAS SALGADAS .................................................................................. 8
2.4 ÁGUAS DOCES ........................................................................................ 8
2.5 CONTAMINAÇÃO E POLUIÇÃO DA ÁGUA.............................................. 8
2.6 CARACTERÍSTICAS BIOLÓGICAS .......................................................... 9
2.7 CARACTERÍSTICAS FÍSICAS E ORGANOLÉPTICAS ............................. 9
2.7.1 Turbidez ..................................................................................................... 9
2.7.2 Cor aparente e cor verdadeira ................................................................. 10
2.7.3 Sabor e odor ............................................................................................ 10
2.7.4 Temperatura ............................................................................................ 10
2.7.5 Condutividade elétrica ............................................................................. 11
2.8 CARACTERÍSTICAS QUÍMICAS ............................................................ 11
2.8.1 pH ............................................................................................................ 11
2.8.2 Alcalinidade e acidez ............................................................................... 11
2.8.3 Dureza ..................................................................................................... 12
2.8.4 Cloretos e sulfatos ................................................................................... 12
2.8.5 Ferro e manganês.................................................................................... 13
2.8.6 Nitritos e nitratos ...................................................................................... 13
2.8.7 Oxigênio dissolvido .................................................................................. 13
2.9 COMPOSTOS ORGÂNICOS ................................................................... 13
3 REQUISITOS E CONTROLE DA QUALIDADE; PADRÕES DE EMISSÃO... 14
4 PROGRAMAS DE MONITORAMENTO AMBIENTAL ............................ 15
5 PARÂMETROS MICROBIOLÓGICOS E FÍSICOS - QUÍMICOS DA ÁGUA,
IMPORTÂNCIA SANITÁRIA E PARÂMETROS DE CONTROLE ................ 16
5.1 BACTÉRIAS DO GRUPO COLIFORME .................................................. 16
5.2 ANÁLISES MICROBIOLÓGICAS ............................................................ 17
5.3 ALCALINIDADE TOTAL .......................................................................... 18
5.4 DUREZA TOTAL...................................................................................... 19
5.5 pH ........................................................................................................... 21
5.6 CLORO RESIDUAL LIVRE ...................................................................... 21
5.7 COR ......................................................................................................... 22
5.8 TURBIDEZ ............................................................................................... 23
5.9 TEMPERATURA ...................................................................................... 25
5.10 CORREÇÃO DO PH DA ÁGUA TRATADA ............................................. 26
6 EQUIPQMENTOS E TÉCNICAS DE COLETA E PRESERVAÇÃO DE
AMOSTRAS DE ÁGUA ........................................................................... 28
6.1 AMOSTRAGEM DE ÁGUA PARA ANÁLISE FÍSICO - QUÍMICA E
BACTERIOLÓGICA ................................................................................. 28
6.2 AMOSTRAGEM DE ÁGUA SUPERFICIAL ............................................. 28
6.3 AMOSTRAGEM DE ÁGUA DE POÇO .................................................... 29
6.4 PRESERVAÇÃO DE AMOSTRAS DE ÁGUA ......................................... 29
7 LABORATÓRIO DE ANÁLISES ............................................................. 31
7.1 RELAÇÃO DE MATERIAIS DE LABORATÓRIO DE ANÁLISE DE ÁGUA . 31
7.1.1 Equipamentos .......................................................................................... 31
7.1.2 Vidraria .................................................................................................... 32
7.1.3 Materiais diversos .................................................................................... 33
7.1.4 Segurança ............................................................................................... 33
8 CASA DE QUÍMICA ................................................................................ 34
9 FUNDAMENTOS PARA PREPARAÇÃO DE SOLUÇÕES QUÍMICAS .... 35
9.1 UTILIZAÇÃO DO SULFATO DE ALUMÍNIO ............................................ 35
9.2 UTILIZAÇÃO DA CAL .............................................................................. 36
9.3 TANQUES DE PREPARO ....................................................................... 37
9.4 TANQUES DE ARMAZENAMENTO ........................................................ 37
9.5 SATURADORES...................................................................................... 38
9.6 UTILIZAÇÃO DE CLORO ........................................................................ 38
REFERÊNCIAS ....................................................................................... 40
1 QUALIDADE DAS ÁGUAS NATURAIS
As águas naturais são aquelas que não sofreram interferências antrópicas. A
qualidade dessa água pode ser imprópria para o consumo, em função da presença
de substâncias nocivas, prejudicial à saúde humana, a fauna e a flora, sem a
interferência do homem. Água quimicamente pura não existe na superfície da terra.
6
2 CARACTERÍSTICAS FÍSICAS, QUÍMICAS E BIOLÓGICAS DA ÁGUA
Diz-se que a molécula de água é polar, pois tem um pólo positivo formado pelos
hidrogênios e um pólo negativo formado pelo oxigênio. Essa polaridade está
relacionada às propriedades físicas da água, como Ponto de Fusão, Ponto de
Ebulição, mais altos do que os previstos pela teoria, e a capacidade de dissolver
sólidos iônicos.
A água, em seu estado natural mais comum, é um liquido transparente, sem sabor e
odor, mas que assume a cor azul-esverdeada em lugares profundos. Possui massa
específica máxima de 1 g/cm³ a 4 ºC e calor específico de 1 cal/g °C.
No estado sólido, a massa específica diminui até 0,92 g/cm³, mas são conhecidos
gelos formados sob pressão mais pesados que a água líquida. As temperaturas de
fusão e ebulição à pressão de 1 atm são, respectivamente, de 0 e 100 °C, muito
superiores às de fusão e de ebulição de outros compostos parecidos com a água a
exemplo do H2S (gás sulfídrico) que tem temperaturas de fusão de -82,9 e de
ebulição de -60,1.
Por ser polar, a água aproxima-se dos íons que formam um composto iônico (sólido)
pelo pólo de sinal contrário à carga do íon, conseguindo assim anular sua carga e
desprendê-lo do resto do sólido. Uma vez separado do sólido, o íon é rodeado pela
água, evitando que ele regresse ao sólido. Um exemplo claro é a ação da água
sobre o cloreto de sódio (NaCl). Esse exemplo caracteriza a água como solvente de
substâncias iônicas.
7
2.3 ÁGUAS SALGADAS
Em comparação com a água doce, a água dos mares e oceanos contém grandes
quantidades de sais. A salinidade não é igual em todos eles. A maior é a do Mar
Vermelho, com 39 g/l, e a do Mar Báltico, com 30 g/l. O cloreto de sódio corresponde
a 77% dos sais contidos na água do mar, dando-lhe sabor salgado. Já os 11% de
cloreto de magnésio (MgCl2) são responsáveis por seu sabor amargo.
Nos mares polares podem ser encontradas grandes massas de água doce gelada
proveniente de geleiras que desembocam no mar. Como a massa específica do gelo
é ligeiramente inferior à da água do mar, os icebergs flutuam e apenas um nono de
seu volume emerge da superfície.
As águas doces são as águas terrestres cuja salinidade é muito baixa. Sua principal
fonte é a chuva, que é água quase “pura”, pois contém pequena quantidade de
oxigênio e de dióxido de carbono em solução.
A quantidade de sal que as águas terrestres podem conter varia muito, dependendo
dos terrenos que tenham atravessado. Os sais mais comuns são: sulfatos, nitratos,
cloretos e bicarbonatos de sódio, potássio, cálcio, ferro e magnésio.
8
2.6 CARACTERÍSTICAS BIOLÓGICAS
2.7.1 Turbidez
9
causada por uma grande variedade de materiais, incluindo partículas de areia fina,
silte, argila e microrganismos. As partículas de menor tamanho e com baixa massa
específica são mais difíceis de ser removidas nas ETAs, por apresentarem menor
velocidade de sedimentação.
Quanto menor a turbidez da água produzida na ETA, mais eficiente será sua
desinfecção. No entanto, para valores idênticos de turbidez, pode haver grande
diferença no número e tamanho de partículas, sendo que, para maior eficiência da
desinfecção são preferíveis partículas menores. Enquanto a medida de turbidez
pode ser feita por meio de turbidímetros, equipamentos de custos relativamente
baixos, o tamanho e a distribuição de tamanho de partículas exigem equipamento
mais sofisticado, raramente disponível nas ETAs brasileiras.
As substâncias húmicas, geralmente, são compostas pelo ácido húmico e pelo ácido
fúlvico. As dimensões das moléculas dessas substâncias variam com pH e com o
grau de polimerização (3,5 e 10 nm). A cor medida depende do pH da amostra,
quanto menor o pH maior o valor da cor verdadeira.
Sabor e odor são características de difícil avaliação pelo fato de a sensação ser
subjetiva. Normalmente, decorrem de matéria excretada por algumas espécies de
algas e de substâncias dissolvidas, como gases, fenóis, clorofenóis e, em alguns
casos, do lançamento de despejos nos cursos de água. A remoção dessas
substâncias geralmente requer aeração, além da aplicação de um oxidante e de
carvão ativado para a adsorção dos compostos causadores de odor e sabor.
2.7.4 Temperatura
10
filtração. Por isso, é importante conhecer a variação de temperatura na água a ser
tratada.
2.8.1 pH
11
A medida da alcalinidade é usualmente feita por meio de titulação com ácido
padronizado, sendo os resultados expressos em quantidade de carbonato de cálcio.
A não ser que seja devida a hidróxidos ou que contribua de modo acentuado para a
quantidade de sólidos totais, a alcalinidade não tem significado sanitário.
2.8.3 Dureza
Além dos bicarbonatos, sais dissolvidos como cloretos e sulfatos e outros em menor
quantidade, caracterizam os sólidos totais dissolvidos. A presença de cloretos pode
indicar alguma forma de poluição, apesar de em muitas regiões do Brasil, próximas
ao litoral, ocorrer à presença excessiva de cloretos sem que haja contaminação pelo
ser humano. Além de conferir sabor salino às águas, teores elevados de cloretos
podem interferir na coagulação. Do ponto de vista sanitário, concentrações muito
elevadas de cloreto podem ser prejudiciais a pessoas portadoras de moléstia
cardíaca ou renal.
12
2.8.5 Ferro e manganês
Os nitratos são uma das maiores fontes de íons naturais das águas. Em geral, os
nitritos não ocorrem nas águas em concentrações significativas. Quando de origem
orgânica, os compostos de nitrogênio podem indicar contaminação recente -
nitrogênio orgânico e amoniacal - ou remota - nitritos e nitratos. A existência de
compostos amoniacais orgânicos pode dar origem, quando o cloro é usado como
desinfetante, à formação de cloraminas orgânicas, reduzindo o poder de
desinfecção.
Devido à baixa solubilidade do oxigênio, a quantidade deste que a água pode conter
é pequena - 9,1 mg/l a 20 °C. O oxigênio presente é consumido em função da
poluição da água. A presença de oxigênio, especialmente em companhia do CO 2,
constitui fator importante a ser considerado na prevenção da corrosão de metais
ferrosos.
13
ir desde pequenas irritações nos olhos e nariz até problemas cancerígenos,
alterações no número de cromossomos, danos a órgãos como rins, fígado e
pulmões, depressão, problemas cardíacos, danos cerebrais, neurite periférica,
retardamento na ação neurotóxica, atrofia testicular, esterilidade masculina, cistite
hemorrágica, diabetes transitórias, hipertermia, teratogênese, mutagênese,
diminuição das defesas orgânicas e alterações da pele.
14
4 PROGRAMAS DE MONITORAMENTO AMBIENTAL
A água devido a suas propriedades de solvente e à sua capacidade de transportar
partículas, incorpora diversas impurezas, as quais definem a sua qualidade. Apesar
de os mananciais superficiais estarem mais sujeitos à poluição e à contaminação
decorrentes de atividades antrópicas, também tem sido observada a deterioração da
qualidade das águas subterrâneas, o que acarreta sérios problemas de saúde
pública em localidades que carecem do tratamento e de sistema de distribuição de
água adequados. Monitorar significa acompanhar, avaliar e controlar dados.
15
5 PARÂMETROS MICROBIOLÓGICOS E FÍSICOS - QUÍMICOS DA
ÁGUA, IMPORTÂNCIA SANITÁRIA E PARÂMETROS DE CONTROLE
A água potável não deve conter microorganismos patogênicos e deve estar livre de
bactérias indicadoras de contaminação fecal. Os indicadores de contaminação fecal,
tradicionalmente aceitos, pertencem a um grupo de bactérias denominadas
coliformes. O principal representante desse grupo de bactérias chama-se
Escherichia coli.
Materiais necessários:
Procedimentos:
A alcalinidade total de uma água é dada pelo somatório das diferentes formas de
alcalinidades existentes, ou seja, é a concentração de hidróxidos, carbonatos e
bicarbonatos, expressa em termos de Carbonato de Cálcio. Pode-se dizer que a
alcalinidade mede a capacidade da água em neutralizar os ácidos.
Material necessário:
18
Técnica:
Cálculo:
A dureza total é calculada como sendo a soma das concentrações de íons cálcio e
magnésio na água, expressos como carbonato de cálcio.
19
A portaria no. 518/2004 do Ministério da Saúde estabelece para dureza o teor de
500 mg/l em termos de CaCO3 como o valor máximo permitido para água potável.
Material necessário:
1. bureta de 50 ml;
2. pipeta volumétrica de 25 ml;
3. balão volumétrico de 50 ml;
4. becker de 100 ml;
5. frasco Erlenmeyer de 250 ml;
6. solução de EDTA 0,01 M;
7. solução tampão;
8. indicador eriochrome Black T;
9. inibidor I - cianeto de sódio P.A. em pó;
10. inibidor II - sulfeto de sódio.
Técnica:
Cálculo:
20
4. se precisar usar o inibidor adicionar 20 gotas do inibidor sulfeto de sódio;
5. fc = fator de correção do EDTA quando houver e for diferente de 1.
5.5 pH
Material necessário:
1. potenciômetro;
2. cubetas;
3. frasco lavador;
4. papel absorvente;
5. solução tampão de pH conhecido;
Técnica:
21
A portaria 518/2004 do Ministério da Saúde determina a obrigatoriedade de se
manter em qualquer ponto na rede de distribuição a concentração mínima de cloro
residual livre de 0,2 mg/l. Recomenda, ainda que o teor máximo seja de 2,0 mg/l de
cloro residual livre em qualquer ponto do sistema de abastecimento.
Material necessário:
Quando fizer a leitura posicionar o comparador contra uma fonte de luz como, por
exemplo, uma janela, o céu ou uma lâmpada. Rotacionar o disco até que se obtenha
a mesma tonalidade nos dois tubos.
Resultado
5.7 COR
22
Método de determinação - comparação visual
Material necessário:
Técnica:
Resultado:
5.8 TURBIDEZ
23
consumo humano. Para água resultante de filtração lenta o valor máximo permitido é
2,0 uT.
Método nefelométrico
Material necessário:
Reagentes:
Solução 1:
Solução 2:
24
diluir 1,0 ml da solução estoque para 100 ml com água isenta de turbidez. A
turbidez desta suspensão é de 40 UTN. Preparar diariamente.
Procedimento:
Cálculo:
UTN = (A x (B + C)) / C
Onde:
Exemplo: uma porção de 10 ml da amostra foi diluída para 50 ml com água isenta de
turbidez. Feita a leitura dessa amostra diluída obteve-se 20 UTN, então o resultado
será:
5.9 TEMPERATURA
25
Procedimento para sua determinação na água
Material necessário:
1. termômetro;
2. Becker de 250 ml.
Técnica:
As águas superficiais possuem gás carbônico dissolvido. Esse gás carbônico pode
ser proveniente da atmosfera, da respiração dos seres aquáticos e até da reação do
sulfato de alumínio quando reage com a alcalinidade natural da água.
Material necessário:
Reagente:
1. carbonato de cálcio.
Técnica:
26
4. agitar por meia hora e deixar decantar e filtrar;
5. determinar o pH;
6. agitar novamente o balão por mais meia hora;
7. deixar decantar e filtrar;
8. determinar novamente o pH.
Conclusão
27
6 EQUIPQMENTOS E TÉCNICAS DE COLETA E PRESERVAÇÃO DE
AMOSTRAS DE ÁGUA
A coleta e a preservação das amostras devem ser feitas com uso de técnicas
adequadas, sem o que os resultados podem não refletir as condições do momento
em que a coleta foi realizada.
28
a retirada do frasco do corpo de água fechá-lo imediatamente identificando
adequadamente a amostra no frasco;
2. coleta com auxílio de equipamentos - quando localização do ponto de
amostragem impossibilita a coleta manual é necessária a utilização de
dispositivos adequados para essa finalidade, devendo a mesma ser efetuada
a partir de pontes, barrancos e outros locais de acesso previamente definidos.
Nestes casos a coleta pode ser realizada com auxílio de um balde de plástico
destinado exclusivamente para essa finalidade, previamente limpo e
enxugado com a água do próprio local, preso a uma corda de náilon, pois
este material não absorve a água e não apodrece facilmente. Caso seja
necessário coletar mais do que um balde, o volume de cada um deles deve
ser distribuído igualmente entre todos os frascos, a fim de garantir a
homogeneidade da amostra nos diversos frascos.
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entre a coleta e o inicio das análises é de seis horas, não devendo exceder 24
horas;
cuidado especial dever ser tomado no transporte dos frascos de coleta a fim
de se evitar quebras, danos, agitação excessiva e derramamentos. Utilizar
uma caixa de isopor com preenchimento de espaços vazios entre os frascos
de modo a permitir o encaixe firme e seguro dos mesmos;
método de coleta implica na orientação da maneira adequada para coletar
uma substância levando-se em consideração materiais (frascos, reagentes...)
e volume necessários para análise e formas de preservar e acondicionar a
amostra. No caso de produtos inorgânicos o método de coleta é, geralmente,
descrito para o cátion e para o ânion.
Para a análise de metais em água bruta, tratada e residuais a CETESB, orienta que
seja efetuada a coleta de 500 ml, em frascos de polietileno ou vidro neutro, e
adicione ácido nítrico como preservativo até pH < 2,0. Esse procedimento se aplica a
determinação de Alumínio, Prata, Boro, Bário, Cádmio, Cobre, Cromo (total), Ferro,
Mercúrio, Potássio, Lítio, Magnésio, Manganês, Sódio, Níquel, Chumbo, Antimônio,
Selênio, Estanho, Estrôncio, Vanádio e Zinco.
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7 LABORATÓRIO DE ANÁLISES
O laboratório é a área ou dependência da ETA que tem a função de controlar e
acompanhar a eficiência do tratamento, através de análises e ensaios físicos,
químicos e bacteriológicos.
A área mínima do laboratório deve ser de 16 m² para estações com capacidade igual
ou superior a 10.000 m³/dia.
As bancadas, para estações com capacidade inferior a 10.000 m³/dia, devem ter
pelo menos uma pia com cuba de aço inoxidável medindo 0,50 x 0,40 x 0,40 m;
estações com capacidade igual ou superior devem ter pelo menos duas destas pias.
Os pontos de utilização de energia elétrica, gás, vácuo, água e esgoto devem ser
bem definidos, em função dos equipamentos previstos; as linhas de alimentação não
devem ser embutidas em paredes, piso ou teto.
7.1.1 Equipamentos
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9. estufa para esterilização e secagem, tamanho 50 x 40 x 50 cm de largura,
profundidade e altura, respectivamente, com termostato regulável até 300 °C,
e bandeja regulável para 3 posições, 110/220 volts;
10. aparelho de Jar - Test para 6 provas simultâneas, com regulador de
velocidade de 0 a 100 rpm, com base de vidro ou acrílico iluminada, 110/220
volts;
11. medidor de cloro residual, portátil, com disco de cor, escala de o a 3,5 mg/l,
para uso com reagente DPO;
12. termômetro bacteriológico, com escala de 0 a 60 °C, com divisões de 1 °C;
13. termômetro químico com escala de 0 a 300 °C, com divisão de 1 °C;
14. turbidímetro completo;
15. medidor de pH digital, de bancada, faixa de medição de 0 a 14, com eletrodo,
110/220 volts;
16. medidor de pH, digital, portátil, faixa de medição de 0 a 14, com eletrodo,
funcionamento à bateria de 9 volts;
17. lanterna para identificação de E.coli, com lâmpada fluorescente ultravioleta, 6
watts, 363 nm, recarregável, portátil, 110 volts;
18. bico de Bunsen;
19. deionizador capacidade para 50 litros/hora - 110/220 volts.
7.1.2 Vidraria
32
14. frasco Erlenmayer, boca larga, reforçada, graduado, capacidade de 125, 250
e 500 ml;
15. funil analítico, ângulo de 60o, liso, haste curta, com diâmetro de 50, 75 e 100
mm.
16. funil analítico, ângulo de 60o, raiado, haste longa, com diâmetro de 50, 75 e
100 mm;
17. funil analítico, ângulo de 60o, raiado, haste curta, com diâmetro de 50, 75 e
100 mm;
18. placa de Petri de vidro, transparente, tamanho, 100 x 15 mm;
19. conjunto de destilação para fluoretos, constituído de balão de fundo chato de
1000 ml com saída lateral para condensador Grahan, com juntas
esmerilhadas;
20. bastão de vidro de 30 cm de comprimento x 5 mm de diâmetro;
7.1.4 Segurança
34
9 FUNDAMENTOS PARA PREPARAÇÃO DE SOLUÇÕES QUÍMICAS
O sulfato de alumínio pode ser fornecido sólido ou em solução. Quando sólido, pode
ser moído ou granulado, ensacado ou a granel, dependendo das condições locais.
A forma normal de aplicação de sulfato de alumínio deve ser por via úmida,
procedendo-se para isso a sua dissolução prévia, em caso de fornecimento sob
forma sólida.
Deve ser previsto armazenamento de cal suficiente para atender, pelo menos, a dez
dias de consumo máximo.
Para dosagem por via úmida, a cal hidratada deve ser usada após sua extinção, por
via úmida, sob a forma de leite de cal ou água de cal. Em estações com capacidade
inferior a 10.000 m³/dia, a cal virgem pode ser extinta em equipamento instalado na
casa de química.
37
3. suspensão com teor máximo de 10 %;
4. ser dotado de agitador de eixo vertical com rotor situado próximo ao fundo e
potência mínima de 50 w/m3;
5. fundo com declividade mínima de 2 %;
6. descarga de fundo com diâmetro mínimo de 75 mm;
7. saída da suspensão situada pelo menos a cinco cm acima do fundo do
tanque.
Quando a cal hidratada é dosada sob forma de água de cal não são necessários
tanques de armazenamento, devendo existir pelo menos dois saturadores de cal.
9.5 SATURADORES
O depósito para armazenamento de cloro deve ser suficiente para atender a pelo
menos dez dias de consumo máximo.
38
Em instalações com consumo de até 50 kg/dia, os cilindros e os aparelhos clorados
podem ser instalados na mesma área. Em instalações de maior consumo, devem ser
instalados em áreas separadas.
Os depósitos devem ser cobertos; se fechados com paredes em sua volta, devem
ser ventilados, sendo que:
A cal clorada deve ser dissolvida previamente em água, para ser dosada por via
úmida, sendo que:
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REFERÊNCIAS
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