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MÁGDA CORREIA DOS SANTOS

MAPEAMENTO DO RUÍDO OCUPACIONAL


EM UMA UNIDADE SUCROALCOOLEIRA

São Paulo – SP
2022
MÁGDA CORREIA DOS SANTOS

MAPEAMENTO DO RUÍDO OCUPACIONAL


EM UMA UNIDADE SUCROALCOOLEIRA

Monografia apresentada à Escola Politécnica


da Universidade de São Paulo para a obtenção
do título de Especialista em Higiene
Ocupacional.

São Paulo – SP

1
2022

2
Dedico esta tese a meus pais, José Correia e
Dulcilene Emídio, meus irmãos, Margarete,
Mastro (in memorian) e Mádson, sempre
presentes em minha vida. E, a meu esposo e
minha filha, Daniel e Júlia, pelo amor e apoio
de sempre.

3
AGRADECIMENTOS

 A Universidade de São Paulo (USP) pela oportunidade do curso de


especialização EAD em Higiene Ocupacional;

 A todos os professores pelos conhecimentos transmitidos;

 Aos IMAD pelo apoio e atenção durante todo o curso;

 A todos os colegas de curso pela interação, troca de conhecimentos e


experiências;

4
RESUMO

Considerando a importância econômica e ambiental do bioetanol, este trabalho


avaliou sistemas binário e multicomponente. Para o primeiro, modelos matemáticos
ajustados aos dados de propriedades da mistura etanol-água foram aplicados ao
cálculo do balanço de energia envolvido no processo convencional de purificação do
bioetanol. O consumo total de vapor foi obtido para concentração etanólica na
corrente de alimentação do vinho de 6, 8 e 10 %v. Os dados calculados foram
comparados com simulações realizadas no software Aspen Plus, obtendo desvio
relativo absoluto médio inferior a 5%. Além disso, os perfis simulados de
temperatura e composição concordaram com dados amostrais de uma unidade
industrial. Com tanto, modelos matemáticos e cálculos de balanço energético
mostraram-se uma opção mais simples e rápida para estimar o consumo total de
vapor envolvido na purificação do bioetanol hidratado combustível, considerando o
binário etanol-água. Para o sistema desenvolvidos e atenderam aos padrões de
qualidade da legislação brasileira específica. Do ponto de vista energético,
econômico e ambiental, os processos alternativos obtiveram melhores resultados
que o sistema convencional, principalmente o alternativo I, que proporcionou
reduções de 11,5%, 6% e 7,5% no consumo de vapor, custos operacionais e
emissões de CO2, respectivamente. Embora a aplicação do processo convencional
possa ser utilizada para atender o padrão de biocombustível, plantas industriais
simplificadas como os processos alternativos propostos, são suficientes, devendo
ser incentivados a fim de aprimorar e abranger mais tipos de produtos.

Palavras-chave: Bioetanol, Coluna de destilação, Otimização, Simulação,


Biocombustível.

5
ABSTRACT

Considering the economic and environmental importance of bioethanol, this work


evaluated binary and multicomponent systems. For the first, mathematical models
adjusted to the properties data of the ethanol-water mixture were applied to calculate
software with the insertion of a relevant number of components from the industrial
process, the purification of the fuel hydrated bioethanol was investigated by
optimizing the specifications of the distillation set. Configurations, conventional and
alternative I and II, were satisfactorily developed and all reached the quality
standards of specific Brazilian legislation. From an economic and environmental point
of view, the alternative processes obtained the best results, with emphasis on
alternative I, which obtained 11%, 6% and 7,5% less steam consumption and
operating costs and CO2 emissions, respectively, compared to the conventional. In
this way, it was demonstrated that the traditional process is more than sufficient for
the purification of hydrated bioethanol fuel. In addition, the low quality requirement of
this product contributes to the operation of simplified industrial plants with the
proposed alternative processes. However, the industrial practice of nullifying column
D results in significant advantages for the production of biofuel, which can be
encouraged and improved to cover more types of products.

Keywords: Biothanol, Distillation column, Otimization, Simulation, Biofuel.

6
LISTA DE FIGURAS

Figura 3.1 - Fábrica de USGA.....................................................................................6

Figura 3.2 - Fluxograma de uma unidade com destilaria anexa.................................9

Figura 3.3 - Produção de etanol combustível no Brasil.............................................13

Figura 4.1 - Processo convencional...........................................................................18

Figura 4.2 - Processo Alternativo I.............................................................................19

Figura 4.3 - Processo Alternativo II............................................................................20

1
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO...................................................................................................3

1.1 Objetivo..........................................................................................................4

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA.............................................................................5

2.1 Histórico........................................................................................................5

2.1.1 AÇÚCAR.............................................................................................................5

2.1.2 BIOETANOL.......................................................................................................5

2.1.2.1 Proálcool..............................................................................................6

2.2 Cana-de-açúcar.............................................................................................7

2.3 Produção sucroalcooleira............................................................................9

2.3.1 AÇÚCAR.........................................................................................................9

2.3.2 BIOETANOL COMBUSTÍVEL........................................................................9

2.4 Segurança do trabalho aplicada a indústria sucroalcooleira................11

2.5 Ruído ocupacional......................................................................................11

3 MATERIAIS E MÉTODOS...............................................................................12

3.1 Processo convencional de produção de açúcar.....................................12

3.2 Processo convencional de produção de bioetanol................................12

3.3 Procedimentos para a avaliação do ruído ocupacional.........................14

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO......................................................................15

4.1 Caracterização do ruído ocupacional e avaliação da insalubridade....15

4.1.1 PRODUÇÃO DE AÇÚCAR...........................................................................15

4.1.2 PRODUÇÃO DE BIOETANOL.....................................................................15

5 CONCLUSÃO..................................................................................................16

REFERÊNCIAS..........................................................................................................17

ANEXO A....................................................................................................................20

2
3
1 INTRODUÇÃO

O etanol é um líquido incolor, inflamável, de odor característico utilizado nos


mais diversos tipos de indústria. É uma substância química com fórmula molecular
C2H6O5, produzido predominantemente via fermentação de açúcares. A produção
mundial de etanol se dá principalmente a partir de biomassa, sendo o Brasil e os
Estados Unidos os principais produtores, utilizando como matéria-prima a cana-de-
açúcar e o milho, respectivamente (Morganti et al., 2018; Puga e Castro, 2018).
Devido aos benefícios econômicos e ambientais de seu uso, o etanol é
considerado um dos mais importantes combustíveis renováveis do mundo, tornando-
se uma alternativa para substituição de fontes não renováveis (OECD/FAO, 2020;
Puga e Castro, 2018).
O Brasil é pioneiro na utilização em larga escala de etanol combustível desde o
fim da década de 1970, com o advento do Proálcool. A introdução dos veículos com
motores bicombustíveis na frota brasileira aumentou consideravelmente a demanda
de etanol combustível. Atualmente, é um dos países de maior produção e consumo,
sendo duas as formas de utilização do produto: como etanol anidro (AEAC),
componente de mistura na formação da gasolina C; ou como etanol hidratado
(AEHC), comercializado em todo o país como um combustível de utilização direta
em motores à combustão interna (Baeyens et al., 2015; OECD/FAO, 2020; Puga e
Castro, 2018).
Com as atuais preocupações frente ao aquecimento global e exigências de
qualidade dos produtos, a indústria alcooleira possui papel importante na economia
do país, que ocupa posição de destaque no cenário mundial. Segundo a Agência de
Proteção Ambiental Americana (EPA – Environmental Protection Agency), o etanol
brasileiro, produzido a partir da cana-de-açúcar, é um combustível de melhor
desempenho ambiental (69 a 89% menos emissões de gases do efeito estufa), e
também apresenta balanço energético mais favorável, com aproximadamente 9,4
unidades de energia renovável para cada energia fóssil consumida, contra 1,2 e 1,6
dos processos com milho e beterraba, respectivamente (Manochio et al., 2017;
OECD/FAO, 2020).

4
1.1 Objetivo

Determinar o ruído ocupacional em cada etapa de produção de uma unidade


industrial sucroenergética para caracterização do setor e avaliação da insalubridade.

5
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 Histórico

2.1.1 AÇÚCAR

A história do açúcar começa no século 5, na Ásia. Até chegar ao Brasil, no século


16, ele atravessou continentes e foi artigo de luxo na Europa. Hoje, exerce papel
relevante na economia do país, que se tornou o maior exportador mundial do
produto.

Ásia - século V - Os indianos desenvolvem a técnica de solidificar o caldo da cana-


de-açúcar e transformá-lo em cristais granulados, parecidos com areia. Por isso, o
açúcar era chamado de sharkara, que significa cascalho, em sânscrito.

Oriente Médio - século VII - Os árabes chegam à Índia, desenvolvem novos


processos de fabricação, conseguindo filtrar as impurezas e torná-lo mais branco, e
o levam ao Oriente Médio. O termo para o produto era al-sukkar, que deu origem à
palavra açúcar.

Europa - século X - Chega ao continente em diversas áreas de ocupação islâmica,


como a Sicília (Itália), o norte da África e o sul da Península Ibérica. Em razão do
cultivo difícil, ganhou status de especiaria de alto custo, exclusiva da nobreza.

América - século XV - O açúcar chega à América nas naus do italiano Cristóvão


Colombo e ganha impulso com os portugueses e espanhóis, que passaram a
produzir açúcar em suas colônias no continente americano.

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3.1. Breve histórico É difícil determinar quando o açúcar tornou-se conhecido da
humanidade, entretanto na literatura européia existem indicações que a cana-de-
açúcar foi descoberta na Índia Ocidental, por um dos oficiais de Alexandre o Grande,
mais ou menos no ano de 325 A.C. Os métodos de extração e de purificação do
açúcar da cana foram muito lentamente desenvolvidos. Existem registros, que por
volta de 1400, métodos grosseiros foram trazidos do Oriente para a Europa. O
comércio de açúcar entre a Ásia e a Europa era então, um dos mais importantes nos
séculos passados. No Brasil, Martim Afonso de Sousa ao fundar a 1ª Vila do Brasil,
a de São Vicente, também introduziu a cana-de-açúcar fazendo com que esta vila se
tornasse o primeiro centro produtor de açúcar do país. A cultura da cana foi, então, o
elemento agrícola da civilização brasileira, fazendo crescer as cidades, influindo no
organismo econômico e na vida social. Atualmente a cultura da cana está
largamente difundida no Brasil, tendo no Nordeste e Sudeste do país seus principais
produtores e industrializados.

2.1.2 BIOETANOL

O primeiro registro de uso prático de etanol se deu em 1925, quando a Estação


Experimental de Combustíveis e Minérios, atual Instituto Nacional de Tecnologia,
utilizou um automóvel adaptado para funcionar com álcool etílico hidratado, sendo
realizados vários testes com o intuito de avaliar o uso do etanol em motores
automotivos (INT, 2022).
A Usina Serra Grande, localizada em São José da Laje – Alagoas foi a primeira
do país a produzir etanol combustível em 1927. Motivada pela crise na indústria e
agricultura devido à retração do mercado internacional do pós-guerra, iniciou-se a
produção do combustível com 75% de etanol e 25% de éter etílico, que inicialmente
ficou conhecido como USGA, sigla referente a primeira unidade produtora, Usina
Serra Grande Alagoas (Figura 3.1). O empreendimento obteve êxito até os primeiros
anos da década seguinte, quando fatores como desenvolvimento tecnológico,

7
reequilíbrio no comércio internacional, melhores preços do petróleo e outros, tiraram
a competitividade da solução álcool-motor da época (Nogueira et al., 2008;
Sindaçúcar-AL, 2021; Ticianeli, 2019).

Figura 2.1 - Fábrica de USGA.

Fonte: TICIANELI, 2019.

Apesar das experiências bem sucedidas com o etanol, seu uso só passou a ser
considerável a partir da década de 1970 quando, devido à queda do preço do açúcar
e o aumento do preço do petróleo, criou-se a necessidade da utilização do álcool
combustível na matriz energética do país, conduzindo ao desenvolvimento do
Programa Nacional do Álcool (Proálcool), em 1975 (Baeyens et al., 2015; Cortez et
al., 2016; Puga e Castro, 2018).

2.1.2.1 Proálcool

O Programa Nacional do Álcool ou Proálcool foi criado em 14 de novembro de


1975 pelo decreto n° 76.593, com o objetivo de estimular a produção do álcool,
visando à substituição do petróleo e seus derivados, em especial a gasolina. De
acordo com o decreto, a produção do álcool oriundo da cana-de-açúcar, da
mandioca ou de qualquer outro insumo deveria ser incentivada por meio da
expansão da oferta de matérias-primas, com ênfase no aumento da produção
agrícola, da modernização e ampliação das destilarias existentes e da instalação de
novas unidades produtoras, anexas a usinas ou autônomas (Cortez et al., 2016;
Puga e Castro, 2018; Stolf e Oliveira, 2020).

8
O programa foi estimulado pela crise do petróleo em 1973 visando à produção
de álcool anidro para misturar à gasolina, montando destilarias autônomas e
aproveitando as usinas de açúcar existentes para implantar destilarias anexas.
Impulsionado pelo segundo choque do petróleo em 1979, o governo ampliou o
programa, passando a produzir álcool hidratado para ser utilizado em automóveis
com motores movidos a álcool, que passaram a ser fabricados naquela década a
partir de um protocolo de intenções entre a indústria automobilística e o governo
federal. A década de 80 iniciou com superação de metas produtivas, no entanto,
aspectos econômicos mundiais e a ausência de financiamentos e subsídios do
governo contribuíram para o declínio do programa (Andrade, Carvalho e Souza,
2009; Baeyens et al., 2015; Puga e Castro, 2018; Stolf e Oliveira, 2020).
A retomada do programa ocorreu a partir do ano 2000, quando além do
desenvolvimento dos carros flex, o governo se convenceu da importância da
agroenergia (Etanol, bioeletricidade, biorrefinarias e biodiesel), estimulando e
buscando o destaque produtivo mundial dessas diferentes matrizes energéticas
(Cortez et al., 2016).
Atualmente, a tecnologia dos motores flex, que permite a utilização em
qualquer proporção de etanol e gasolina, introduzido no país em março de 2003,
domina o mercado interno, sendo responsável por grande parte do consumo da
produção de biocombustível no Brasil. O etanol de cana-de-açúcar é considerado
um combustível avançado, devido reduzir em até 61% as emissões de gases do
efeito estufa em relação a gasolina. Esse valor é superior ao do álcool a partir de
milho, cuja redução dos GEE é de até 21%. Contudo, o país se destaca
mundialmente, posicionando-se como segundo maior produtor mundial de bioetanol,
com possibilidades de crescimento, uma vez que possui área cultivável a ser
explorada, clima propício e tecnologia bem desenvolvida industrialmente (Cerqueira
Leite et al., 2009; Puga e Castro, 2018).

2.2 Cana-de-açúcar

A cana-de-açúcar é uma planta originária do continente asiático e em sua


forma natural é perene, mas no cultivo extensivo (fins industriais) é semi-perene.
Essa gramínea pertencente ao gênero Saccharum e não é exigente em termos de
solo, porém apresenta maior produtividade quando cultivada em solos com boa

9
aeração, boa drenagem e profundidade fértil superior a um metro. A parte aérea da
cana-de-açúcar é composta pelos colmos, onde se concentra a sacarose, e pelas
pontas e palhas (Nogueira et al., 2008; OECD/FAO, 2020).
A produção e a utilização do etanol de cana no Brasil, desde 1975 constituem
o mais importante programa de produção de combustível renovável e
economicamente viável, implantado no mundo até os dias atuais. A preocupação
com os problemas ambientais, cada vez mais crescentes, tem sido um incentivo à
produção de etanol e este combustível se torna uma alternativa para amenizar os
problemas com a escassez dos combustíveis fósseis e pela queima destes (Puga e
Castro, 2018; UDOP, 2020).
No Brasil é comum encontrar dois tipos de unidades produtoras de bioetanol,
as destilarias anexas e as autônomas. Enquanto as destilarias anexas são parte
integrante da usina de açúcar, recebendo como matérias-primas melaço e o
excedente de caldo do processo, as destilarias autônomas possuem matéria-prima
própria. Contudo, vale ressaltar que as unidades que operam com destilarias
anexas, conseguem uma boa sinergia entre a produção de açúcar e etanol, uma vez
que podem utilizar concomitantemente os equipamentos de extração (Moendas ou
difusores) e as utilidades industriais (Caldeiras, estação de tratamento de águas,
sistemas de resfriamentos) (Cortez et al., 2016; Nogueira et al., 2008; Puga e
Castro, 2018). A Figura 3.2 apresenta o fluxograma de uma unidade com destilaria
anexa.

10
Figura 2.2 - Fluxograma de uma unidade sucroalcooleira.

Fonte: Autora, 2022.

2.3 Produção sucroalcooleira

2.3.1 AÇÚCAR

O açúcar foi o mais importante produto na economia do Brasil colônia, sendo


o berço da agricultura no pais, contribuiu para a criação da sociedade e da cultura
nacional.
Na natureza os açúcares são produzidos pelas plantas através da
fotossíntese, onde gás carbônico, água e luz são convertidos nos mais diversos
tipos de açúcar. A sacarose é o açúcar comercial mais consumido no mundo, este é
um dissacarídeo formado por outros dois açúcares glicose e frutose. Industrialmente
a sacarose pode ser obtida a partir de cana de açúcar ou de beterraba. No Brasil é
amplamente difundida a produção de sacarose a partir da cana de açúcar.
O processo de produção de açúcar consiste na extração da sacarose contida
no caldo de cana. Este é então submetido a um tratamento físico-químico de forma a

11
obter uma solução rica em sacarose e isenta de impurezas, físicas, químicas e
substâncias formadoras de cor, posteriormente a referida solução pode ser
empregada na obtenção dos mais variados tipos de açúcar comerciais, tais como:
demerara, cristal, refinado, líquido, VHP, etc. Deste modo, as unidades
sucroenergéticas podem ser classificadas como uma indústria de extração de
sacarose, uma vez que o açúcar é produzido pela cana-de-açúcar. No Brasil os tipos
de açúcar mais produzidos em escala industrial são o cristal branco, o demerara e o
VHP (Very High Polarization), sendo este último destinado para a exportação
(MACHADO, 2012).
A produção de açúcar é o principal segmento do setor sucroenergético. Na
safra 2021/2022 foram produzidas no Brasil aproximadamente 34,94 milhões de
toneladas de açúcar. Sendo produzido nas regiões Centro-Sul, Norte-Nordeste,
produzindo 32,04 e 2,89 milhões de toneladas de açúcar, respectivamente. Os
dados de produção da safra 2022/2023, acumulados até 17/10/22, são
aproximadamente 26.230 e 500 mil toneladas de açúcar, nas respectivas regiões
Centro-Sul, Norte-Nordeste (MAPA).

2.3.1.1 Etapas do Processo de Fabricação de Açúcar

- Recepção, Preparo e Moagem:


A cana-de-açúcar, ao chegar à Unidade Industrial, é devidamente pesada em
balanças do tipo plataforma, e um sistema de controle estatístico previamente
definido seleciona alguns volumes onde serão coletadas amostras para fins de
controle industrial, verificação da qualidade da matéria-prima, cálculo de eficiência,
balanço energético e pagamento de fornecedores de cana, tais amostras podem ser
coletadas por sondas oblíquas ou horizontais.

A cana então segue descarregamento nas mesas alimentadoras ou para o


pátio de armazenamento.

A cana é lavada (lavagem úmida ou seca) nas mesas alimentadoras, para


eliminação de impurezas, e alimentada à esteira metálica que conduz a cana para o
preparo nos picadores e desfibradores. A função destes é a quebra da estrutura e

12
ruptura das células, facilitando assim a extração do caldo durante a etapa de
moagem.
A extração do caldo é realizada por difusão ou pelo esmagamento da cana
por meio de rolos, que exercem uma determinada força sobre o colchão de cana. As
unidades de esmagamento são compostas geralmente por três rolos, cujo conjunto é
denominado terno de moenda. Adiciona-se mais um rolo, com diâmetro inferior, para
proporcionar uma alimentação forçada. O setor de esmagamento de cana é
geralmente composto de 4 a 6 ternos de moendas, associados em série, com o
bagaço que saindo de um terno, alimente o terno seguinte. Na última unidade é
adicionada água de embebição, para facilitar a extração do açúcar ainda contido na
fibra. O caldo é então enviado para o tratamento e o bagaço para alimentação da
caldeira (ALBUQUERQUE, 2009).

-Tratamento do Caldo:
O caldo extraído da matéria-prima é composto por uma mistura complexa,
contendo os componentes da cana e mais as matérias estranhas provenientes da
colheita, do transporte e das operações de moagem. Assim, o referido necessita
passar por um processo de clarificação simples, que consiste na dosagem de ácido
fosfórico, cal e sulfitação com SO2, como agente físico é utilizado o aquecimento até
105 °C. Estas operações auxiliam na coagulação das matérias coloidais e na
formação de precipitados, que farão o arraste das impurezas durante a
sedimentação. Esta etapa fornece o caldo clarificado para o setor de evaporação e o
lodo, que será posteriormente filtrado, para recuperação do açúcar nele contido
(PAYNE, 1989).

- Evaporação
A finalidade do setor de evaporação é extrair a água contida no caldo
clarificado, este contém aproximadamente 85 % de água, sendo então evaporado
até que atinja no máximo 40 % de água. À medida que a água é extraída, o caldo
aumenta a sua concentração em açúcar, tornando-se então em xarope. A fonte de
energia térmica utilizada é o vapor saturado com temperatura e pressão
aproximadas de 125 °C, 1,5 Bar, respectivamente. Devido à necessidade da
economia de vapor, a evaporação é conduzida em evaporadores de múltiplo efeito
em concorrente, ou seja, o vapor d’água gerado num evaporador serve como vapor

13
de alimentação para o evaporador seguinte. O conjunto de evaporadores quando
bem dimensionados contribui indiscutivelmente para o equilíbrio termodinâmico da
fábrica (ALBUQUERQUE, 2009; PAYNE, 1989).

- Cozimento:
O setor de evaporação fornece xarope para o processo de cozimento, que
visa à cristalização da sacarose nele contida. Esta etapa é realizada em batelada e o
xarope é concentrado até atingir o seu ponto de supersaturação. Essa operação é
realizada através de um evaporador de simples efeito denominado de cozedor a
vácuo. O cozedor é um cristalizador evaporativo, ou seja, um equipamento capaz de
realizar e controlar a cristalização do açúcar por meio da evaporação da água
(ALBUQUERQUE, 2009).
O máximo esgotamento da sacarose, dentro de uma indústria, é conduzido
em várias etapas. Podem ser empregados processos de duas ou três massas, que
consiste nos cozimentos;
- Cozimento de Massa A ou cozimento de primeira: consiste em esgotar ao
máximo a sacarose do xarope. O início deste cozimento é realizado com uma
solução preparada com açúcar obtido no cozimento de segunda com água e/ou
caldo ou xarope, esta mistura recebe o nome de magma B e serve de pé de
cozimento. Os cristais de açúcar presentes no magma possui um tamanho médio de
0,3 mm. Estes crescem e esgotam a sacarose contida no xarope. Após o cozimento
os cristais de açúcar apresentam um tamanho médio de 0,8 a 1,0 mm e misturados
com o seu licor-mãe (mel rico). A Massa A é descarregada em separadoras
centrífugas para a separação dos cristais de açúcar do mel rico. O açúcar obtido é
submetido a um processo de secagem e pode ser estocado ou levado diretamente
para a comercialização (ALBUQUERQUE, 2009; PAYNE, 1989).
- Cozimento de Massa B ou cozimento de segunda: consiste no esgotamento
da sacarose ainda presente no mel rico extraído da Massa A. Este cozimento se
inicia com o magma C. Ao final do cozimento a Massa B é centrifugada, obtêm-se o
açúcar B e o mel pobre. Contudo, o açúcar B apresenta baixa pureza e baixo valor
de mercado, tornando-o inviável a sua comercialização. Assim, esse açúcar é
geralmente utilizado na preparação do magma B e o seu excedente é refundido para
ser adicionado ao xarope. Há também unidades que optam em não produzir o

14
açúcar B, usando o processo chamado de cozimentos com duas massas
(ALBUQUERQUE, 2009; PAYNE, 1989).
- Cozimento de Massa C ou cozimento de terceira ou ainda de granagem:
consiste em esgotar a sacarose remanescente ainda presente no mel pobre,
extraído no cozimento B. O cozimento da Massa C tem início com o mel rico ou
pobre. Este é concentrado até que atinja um determinado ponto de supersaturação
e, no instante que este é alcançado, é introduzida a semente (mistura preparada em
laboratório com açúcar e etanol anidro). Os cristais presentes nesta mistura
apresentam tamanho médio de 0,1 mm e, ao crescerem, esgotam a sacarose do mel
pobre. Ao final do cozimento, o açúcar C e o mel final são separados em centrífugas
contínuas. O açúcar C pode ser utilizado como pé cozimento nos cozimentos A e B
e o mel final é enviado para a produção de etanol (ALBUQUERQUE, 2009; PAYNE,
1989).

2.3.2 BIOETANOL COMBUSTÍVEL

Desde o fim da década de 70, com o advento do Proálcool, o Brasil é pioneiro


na utilização em larga escala de etanol combustível. O mesmo é um biocombustível
utilizado em motores de combustão interna, em substituição especialmente à
gasolina e em contraponto a outros combustíveis fósseis (Morganti et al., 2018;
Puga e Castro, 2018).
O uso de biomassas para produção de combustível tem sido uma importante
solução frente aqueles obtidos a partir de fontes não renováveis, como petróleo e o
carvão. O milho é a matéria-prima utilizada pelos Estados Unidos, maior produtor
mundial de etanol combustível, enquanto o Brasil, utiliza a cana-de-açúcar, que
possui balanço de energia mais favorável, e apesar do país ser o segundo maior
produtor mundial, é apontado como mais avançado do ponto de vista tecnológico, na
produção e uso do combustível (Junqueira et al., 2009; Puga e Castro, 2018).
A produção em larga escala de etanol no Brasil constitui basicamente dois
tipos: etanol hidratado ou álcool etílico hidratado carburante (AEHC), comercializado
como produto acabado, com concentração de 92,5 a 94,6 %m; e, etanol anidro ou
álcool etílico anidro carburante (AEAC), com pureza mínima de 99,3 %m, adicionado
em até 27% à gasolina A, para formação da gasolina C, esta comercializada
diretamente nos postos de combustíveis (ANP, 2015; MAPA, 2022). A Figura 3.3

15
apresenta a quantidade de etanol hidratado, anidro e o total produzido no Brasil nos
últimos 21 anos.

Figura 2.3 - Produção de etanol combustível no Brasil.

Fonte: MAPA, 2022.

A utilização do etanol hidratado gera menos poluentes ao ambiente e a adição


de etanol anidro à gasolina eleva o teor de oxigênio desta, permitindo melhor
oxidação dos hidrocarbonetos consequentemente reduzindo a emissão de poluentes
na atmosfera (Cortez et al., 2016; OECD/FAO, 2020).
Na indústria sucroenergética, o bioetanol combustível é produzido a partir de
colunas de destilação (Figura 8) que tem o objetivo de separar, de forma eficiente, a
mistura não ideal etanol-água, com eliminação dos contaminantes para adequar o
produto as especificações vigentes de qualidade. Os componentes desta mistura
formam um azeótropo com composição mássica de aproximadamente 95,6% de
etanol e 4,4% de água a pressão de 1 atm (Abdollahipoor et al., 2018; Tututi-Avila et
al., 2017).

2.4 Segurança do trabalho aplicada a indústria sucroalcooleira

16
2.5 Ruído ocupacional

17
3 MATERIAIS E MÉTODOS

3.1 Processo convencional de produção de açúcar

3.2 Processo convencional de produção de bioetanol

A produção de bioetanol hidratado pelo sistema convencional compreende


basicamente duas colunas de destilação, conforme mostrado na Figura 4.1. A etapa
inicial do processo consiste em uma coluna dividida nas seções A, A1 e D, mais os
condensadores R e R1. A próxima fase ocorre na coluna de retificação, dividida nas
seções B1 e B, incluindo os condensadores E, E1 e E2. Na base das colunas, calor
é fornecido à destilação de forma direta ou indireta e, no topo, os condensadores
são responsáveis pela condensação dos vapores leves e purificação dos produtos
(Barreto e Coelho, 2015; Dias et al., 2011; Silva et al., 2017).
A seção A é responsável pelo esgotamento do vinho. O principal produto é a
flegma vapor, com concentração etanólica entre 30 e 60 %v. A vinhaça é adquirida
como produto de base, sendo tolerado industrialmente um teor de etanol de até 0,03
%v. A Seção A1 tem a função de aquecer o vinho e consequentemente separar os
componentes mais voláteis, enviando-os para a seção D, para condensação nos
condensadores R e R1, gerando refluxo e uma corrente de bioetanol de segunda,
com concentração em torno de 90 %m. Enquanto isso, os fluxos de flegmas líquida
e vapor enviados para a coluna de retificação são removidos na parte inferior e
superior das seções D e A, respectivamente (Albarelli, Ensinas e Silva, 2014;
Barreto e Coelho, 2015; Batista, Follegatti-Romero e Meirelles, 2013; Junqueira et
al., 2009; Nadaleti et al., 2020).
Na coluna retificadora, a seção B1 é responsável pelo esgotamento das
flegmas. Assim, é retirada uma corrente de flegmaça quase isenta de bioetanol, com
concentração etanólica tolerável semelhante à da vinhaça. A seção B, por sua vez,
tem a função de purificar o bioetanol com o auxílio de condensadores, que também
mantêm o refluxo da coluna. Os trocadores de calor E1 e E2 utilizam água para
resfriamento, já no condensador E, normalmente é utilizado o fluxo de vinho, que é

18
pré-aquecido e posteriormente, a partir de uma integração de calor adicional
praticado nas destilarias, denominado trocador de calor K, aquece o vinho até uma
temperatura final idealmente superior a 90°C e, consequentemente, resfria a
corrente de vinhaça da coluna A, otimizando o consumo de energia produtiva
(Albarelli, Ensinas e Silva, 2014; Barreto e Coelho, 2015; Bessa et al., 2013; Kumar,
Singh e Prasad, 2010).
Ainda na seção B, uma corrente de óleo fúsel também é removida para ajudar
na pureza do produto principal. Esta corrente de fúsel é composta por congêneres,
principalmente álcool isoamílico, propanol e isobutanol. O bioetanol hidratado
combustível é normalmente retirado entre os estágios 2 e 5 no topo da coluna de
retificação, para atender aos requisitos de qualidade da Agência Nacional do
Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis - ANP, cuja concentração de etanol exigida
é de 92,5 a 94,6 %m (ANP, 2015; Batista e Meirelles, 2011; Ferreira, Meirelles e
Batista, 2013; Matugi et al., 2018).

Figura 3.4 - Processo convencional de produção de bioetanol.

Fonte: Autora, 2022.

19
3.3 Procedimentos para a avaliação do ruído ocupacional

20
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.1 Caracterização do ruído ocupacional e avaliação da insalubridade

4.1.1 PRODUÇÃO DE AÇÚCAR

4.1.2 PRODUÇÃO DE BIOETANOL

21
5 CONCLUSÃO

Para o sistema binário investigado, os cálculos de balanço de energia foram


aplicados ao processo de purificação de bioetanol para três diferentes porcentagens
volumétricas de bioetanol no vinho. Os princípios termodinâmicos foram atendidos e
os resultados foram adequados às condições industriais. Os modelos matemáticos
se ajustaram satisfatoriamente aos dados da propriedade, tornando a aplicação do
balanço térmico mais abrangente e prática. Os dados calculados foram comparados
com os obtidos por simulações utilizando o software Aspen Plus. Valores
semelhantes de consumo total de vapor foram encontrados comparando as duas
abordagens com valores de ARD<5%. Além disso, esses valores diminuíram ao
aumentar a porcentagem volumétrica de bioetanol no vinho, pois quanto maior a
concentração de bioetanol, mais fácil se torna a separação. Os dados do processo
também concordaram com os perfis simulados de temperatura e composição. Por
fim, os modelos matemáticos e cálculos de balanço energético mostraram-se uma
alternativa mais simples e rápida para estimar o consumo total de vapor envolvido
no processo de purificação do bioetanol hidratado.

22
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ANEXO A

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