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São Paulo – SP
2022
MÁGDA CORREIA DOS SANTOS
São Paulo – SP
1
2022
2
Dedico esta tese a meus pais, José Correia e
Dulcilene Emídio, meus irmãos, Margarete,
Mastro (in memorian) e Mádson, sempre
presentes em minha vida. E, a meu esposo e
minha filha, Daniel e Júlia, pelo amor e apoio
de sempre.
3
AGRADECIMENTOS
4
RESUMO
5
ABSTRACT
6
LISTA DE FIGURAS
1
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO...................................................................................................3
1.1 Objetivo..........................................................................................................4
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA.............................................................................5
2.1 Histórico........................................................................................................5
2.1.1 AÇÚCAR.............................................................................................................5
2.1.2 BIOETANOL.......................................................................................................5
2.1.2.1 Proálcool..............................................................................................6
2.2 Cana-de-açúcar.............................................................................................7
2.3.1 AÇÚCAR.........................................................................................................9
3 MATERIAIS E MÉTODOS...............................................................................12
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO......................................................................15
5 CONCLUSÃO..................................................................................................16
REFERÊNCIAS..........................................................................................................17
ANEXO A....................................................................................................................20
2
3
1 INTRODUÇÃO
4
1.1 Objetivo
5
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1 Histórico
2.1.1 AÇÚCAR
6
3.1. Breve histórico É difícil determinar quando o açúcar tornou-se conhecido da
humanidade, entretanto na literatura européia existem indicações que a cana-de-
açúcar foi descoberta na Índia Ocidental, por um dos oficiais de Alexandre o Grande,
mais ou menos no ano de 325 A.C. Os métodos de extração e de purificação do
açúcar da cana foram muito lentamente desenvolvidos. Existem registros, que por
volta de 1400, métodos grosseiros foram trazidos do Oriente para a Europa. O
comércio de açúcar entre a Ásia e a Europa era então, um dos mais importantes nos
séculos passados. No Brasil, Martim Afonso de Sousa ao fundar a 1ª Vila do Brasil,
a de São Vicente, também introduziu a cana-de-açúcar fazendo com que esta vila se
tornasse o primeiro centro produtor de açúcar do país. A cultura da cana foi, então, o
elemento agrícola da civilização brasileira, fazendo crescer as cidades, influindo no
organismo econômico e na vida social. Atualmente a cultura da cana está
largamente difundida no Brasil, tendo no Nordeste e Sudeste do país seus principais
produtores e industrializados.
2.1.2 BIOETANOL
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reequilíbrio no comércio internacional, melhores preços do petróleo e outros, tiraram
a competitividade da solução álcool-motor da época (Nogueira et al., 2008;
Sindaçúcar-AL, 2021; Ticianeli, 2019).
Apesar das experiências bem sucedidas com o etanol, seu uso só passou a ser
considerável a partir da década de 1970 quando, devido à queda do preço do açúcar
e o aumento do preço do petróleo, criou-se a necessidade da utilização do álcool
combustível na matriz energética do país, conduzindo ao desenvolvimento do
Programa Nacional do Álcool (Proálcool), em 1975 (Baeyens et al., 2015; Cortez et
al., 2016; Puga e Castro, 2018).
2.1.2.1 Proálcool
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O programa foi estimulado pela crise do petróleo em 1973 visando à produção
de álcool anidro para misturar à gasolina, montando destilarias autônomas e
aproveitando as usinas de açúcar existentes para implantar destilarias anexas.
Impulsionado pelo segundo choque do petróleo em 1979, o governo ampliou o
programa, passando a produzir álcool hidratado para ser utilizado em automóveis
com motores movidos a álcool, que passaram a ser fabricados naquela década a
partir de um protocolo de intenções entre a indústria automobilística e o governo
federal. A década de 80 iniciou com superação de metas produtivas, no entanto,
aspectos econômicos mundiais e a ausência de financiamentos e subsídios do
governo contribuíram para o declínio do programa (Andrade, Carvalho e Souza,
2009; Baeyens et al., 2015; Puga e Castro, 2018; Stolf e Oliveira, 2020).
A retomada do programa ocorreu a partir do ano 2000, quando além do
desenvolvimento dos carros flex, o governo se convenceu da importância da
agroenergia (Etanol, bioeletricidade, biorrefinarias e biodiesel), estimulando e
buscando o destaque produtivo mundial dessas diferentes matrizes energéticas
(Cortez et al., 2016).
Atualmente, a tecnologia dos motores flex, que permite a utilização em
qualquer proporção de etanol e gasolina, introduzido no país em março de 2003,
domina o mercado interno, sendo responsável por grande parte do consumo da
produção de biocombustível no Brasil. O etanol de cana-de-açúcar é considerado
um combustível avançado, devido reduzir em até 61% as emissões de gases do
efeito estufa em relação a gasolina. Esse valor é superior ao do álcool a partir de
milho, cuja redução dos GEE é de até 21%. Contudo, o país se destaca
mundialmente, posicionando-se como segundo maior produtor mundial de bioetanol,
com possibilidades de crescimento, uma vez que possui área cultivável a ser
explorada, clima propício e tecnologia bem desenvolvida industrialmente (Cerqueira
Leite et al., 2009; Puga e Castro, 2018).
2.2 Cana-de-açúcar
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aeração, boa drenagem e profundidade fértil superior a um metro. A parte aérea da
cana-de-açúcar é composta pelos colmos, onde se concentra a sacarose, e pelas
pontas e palhas (Nogueira et al., 2008; OECD/FAO, 2020).
A produção e a utilização do etanol de cana no Brasil, desde 1975 constituem
o mais importante programa de produção de combustível renovável e
economicamente viável, implantado no mundo até os dias atuais. A preocupação
com os problemas ambientais, cada vez mais crescentes, tem sido um incentivo à
produção de etanol e este combustível se torna uma alternativa para amenizar os
problemas com a escassez dos combustíveis fósseis e pela queima destes (Puga e
Castro, 2018; UDOP, 2020).
No Brasil é comum encontrar dois tipos de unidades produtoras de bioetanol,
as destilarias anexas e as autônomas. Enquanto as destilarias anexas são parte
integrante da usina de açúcar, recebendo como matérias-primas melaço e o
excedente de caldo do processo, as destilarias autônomas possuem matéria-prima
própria. Contudo, vale ressaltar que as unidades que operam com destilarias
anexas, conseguem uma boa sinergia entre a produção de açúcar e etanol, uma vez
que podem utilizar concomitantemente os equipamentos de extração (Moendas ou
difusores) e as utilidades industriais (Caldeiras, estação de tratamento de águas,
sistemas de resfriamentos) (Cortez et al., 2016; Nogueira et al., 2008; Puga e
Castro, 2018). A Figura 3.2 apresenta o fluxograma de uma unidade com destilaria
anexa.
10
Figura 2.2 - Fluxograma de uma unidade sucroalcooleira.
2.3.1 AÇÚCAR
11
obter uma solução rica em sacarose e isenta de impurezas, físicas, químicas e
substâncias formadoras de cor, posteriormente a referida solução pode ser
empregada na obtenção dos mais variados tipos de açúcar comerciais, tais como:
demerara, cristal, refinado, líquido, VHP, etc. Deste modo, as unidades
sucroenergéticas podem ser classificadas como uma indústria de extração de
sacarose, uma vez que o açúcar é produzido pela cana-de-açúcar. No Brasil os tipos
de açúcar mais produzidos em escala industrial são o cristal branco, o demerara e o
VHP (Very High Polarization), sendo este último destinado para a exportação
(MACHADO, 2012).
A produção de açúcar é o principal segmento do setor sucroenergético. Na
safra 2021/2022 foram produzidas no Brasil aproximadamente 34,94 milhões de
toneladas de açúcar. Sendo produzido nas regiões Centro-Sul, Norte-Nordeste,
produzindo 32,04 e 2,89 milhões de toneladas de açúcar, respectivamente. Os
dados de produção da safra 2022/2023, acumulados até 17/10/22, são
aproximadamente 26.230 e 500 mil toneladas de açúcar, nas respectivas regiões
Centro-Sul, Norte-Nordeste (MAPA).
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ruptura das células, facilitando assim a extração do caldo durante a etapa de
moagem.
A extração do caldo é realizada por difusão ou pelo esmagamento da cana
por meio de rolos, que exercem uma determinada força sobre o colchão de cana. As
unidades de esmagamento são compostas geralmente por três rolos, cujo conjunto é
denominado terno de moenda. Adiciona-se mais um rolo, com diâmetro inferior, para
proporcionar uma alimentação forçada. O setor de esmagamento de cana é
geralmente composto de 4 a 6 ternos de moendas, associados em série, com o
bagaço que saindo de um terno, alimente o terno seguinte. Na última unidade é
adicionada água de embebição, para facilitar a extração do açúcar ainda contido na
fibra. O caldo é então enviado para o tratamento e o bagaço para alimentação da
caldeira (ALBUQUERQUE, 2009).
-Tratamento do Caldo:
O caldo extraído da matéria-prima é composto por uma mistura complexa,
contendo os componentes da cana e mais as matérias estranhas provenientes da
colheita, do transporte e das operações de moagem. Assim, o referido necessita
passar por um processo de clarificação simples, que consiste na dosagem de ácido
fosfórico, cal e sulfitação com SO2, como agente físico é utilizado o aquecimento até
105 °C. Estas operações auxiliam na coagulação das matérias coloidais e na
formação de precipitados, que farão o arraste das impurezas durante a
sedimentação. Esta etapa fornece o caldo clarificado para o setor de evaporação e o
lodo, que será posteriormente filtrado, para recuperação do açúcar nele contido
(PAYNE, 1989).
- Evaporação
A finalidade do setor de evaporação é extrair a água contida no caldo
clarificado, este contém aproximadamente 85 % de água, sendo então evaporado
até que atinja no máximo 40 % de água. À medida que a água é extraída, o caldo
aumenta a sua concentração em açúcar, tornando-se então em xarope. A fonte de
energia térmica utilizada é o vapor saturado com temperatura e pressão
aproximadas de 125 °C, 1,5 Bar, respectivamente. Devido à necessidade da
economia de vapor, a evaporação é conduzida em evaporadores de múltiplo efeito
em concorrente, ou seja, o vapor d’água gerado num evaporador serve como vapor
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de alimentação para o evaporador seguinte. O conjunto de evaporadores quando
bem dimensionados contribui indiscutivelmente para o equilíbrio termodinâmico da
fábrica (ALBUQUERQUE, 2009; PAYNE, 1989).
- Cozimento:
O setor de evaporação fornece xarope para o processo de cozimento, que
visa à cristalização da sacarose nele contida. Esta etapa é realizada em batelada e o
xarope é concentrado até atingir o seu ponto de supersaturação. Essa operação é
realizada através de um evaporador de simples efeito denominado de cozedor a
vácuo. O cozedor é um cristalizador evaporativo, ou seja, um equipamento capaz de
realizar e controlar a cristalização do açúcar por meio da evaporação da água
(ALBUQUERQUE, 2009).
O máximo esgotamento da sacarose, dentro de uma indústria, é conduzido
em várias etapas. Podem ser empregados processos de duas ou três massas, que
consiste nos cozimentos;
- Cozimento de Massa A ou cozimento de primeira: consiste em esgotar ao
máximo a sacarose do xarope. O início deste cozimento é realizado com uma
solução preparada com açúcar obtido no cozimento de segunda com água e/ou
caldo ou xarope, esta mistura recebe o nome de magma B e serve de pé de
cozimento. Os cristais de açúcar presentes no magma possui um tamanho médio de
0,3 mm. Estes crescem e esgotam a sacarose contida no xarope. Após o cozimento
os cristais de açúcar apresentam um tamanho médio de 0,8 a 1,0 mm e misturados
com o seu licor-mãe (mel rico). A Massa A é descarregada em separadoras
centrífugas para a separação dos cristais de açúcar do mel rico. O açúcar obtido é
submetido a um processo de secagem e pode ser estocado ou levado diretamente
para a comercialização (ALBUQUERQUE, 2009; PAYNE, 1989).
- Cozimento de Massa B ou cozimento de segunda: consiste no esgotamento
da sacarose ainda presente no mel rico extraído da Massa A. Este cozimento se
inicia com o magma C. Ao final do cozimento a Massa B é centrifugada, obtêm-se o
açúcar B e o mel pobre. Contudo, o açúcar B apresenta baixa pureza e baixo valor
de mercado, tornando-o inviável a sua comercialização. Assim, esse açúcar é
geralmente utilizado na preparação do magma B e o seu excedente é refundido para
ser adicionado ao xarope. Há também unidades que optam em não produzir o
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açúcar B, usando o processo chamado de cozimentos com duas massas
(ALBUQUERQUE, 2009; PAYNE, 1989).
- Cozimento de Massa C ou cozimento de terceira ou ainda de granagem:
consiste em esgotar a sacarose remanescente ainda presente no mel pobre,
extraído no cozimento B. O cozimento da Massa C tem início com o mel rico ou
pobre. Este é concentrado até que atinja um determinado ponto de supersaturação
e, no instante que este é alcançado, é introduzida a semente (mistura preparada em
laboratório com açúcar e etanol anidro). Os cristais presentes nesta mistura
apresentam tamanho médio de 0,1 mm e, ao crescerem, esgotam a sacarose do mel
pobre. Ao final do cozimento, o açúcar C e o mel final são separados em centrífugas
contínuas. O açúcar C pode ser utilizado como pé cozimento nos cozimentos A e B
e o mel final é enviado para a produção de etanol (ALBUQUERQUE, 2009; PAYNE,
1989).
15
apresenta a quantidade de etanol hidratado, anidro e o total produzido no Brasil nos
últimos 21 anos.
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2.5 Ruído ocupacional
17
3 MATERIAIS E MÉTODOS
18
pré-aquecido e posteriormente, a partir de uma integração de calor adicional
praticado nas destilarias, denominado trocador de calor K, aquece o vinho até uma
temperatura final idealmente superior a 90°C e, consequentemente, resfria a
corrente de vinhaça da coluna A, otimizando o consumo de energia produtiva
(Albarelli, Ensinas e Silva, 2014; Barreto e Coelho, 2015; Bessa et al., 2013; Kumar,
Singh e Prasad, 2010).
Ainda na seção B, uma corrente de óleo fúsel também é removida para ajudar
na pureza do produto principal. Esta corrente de fúsel é composta por congêneres,
principalmente álcool isoamílico, propanol e isobutanol. O bioetanol hidratado
combustível é normalmente retirado entre os estágios 2 e 5 no topo da coluna de
retificação, para atender aos requisitos de qualidade da Agência Nacional do
Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis - ANP, cuja concentração de etanol exigida
é de 92,5 a 94,6 %m (ANP, 2015; Batista e Meirelles, 2011; Ferreira, Meirelles e
Batista, 2013; Matugi et al., 2018).
19
3.3 Procedimentos para a avaliação do ruído ocupacional
20
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
21
5 CONCLUSÃO
22
REFERÊNCIAS
BAEYENS, J.; KANG, Q.; APPELS, L.; DEWIL, R.; LV, Y.; TAN, T. Challenges and
opportunities in improving the production of bio-ethanol. Progress in Energy and
Combustion Science, v. 47, p. 60–88, 2015.
23
DIAS, M. O. S.; MODESTO, M.; ENSINAS, A. V.; NEBRA, S. A.; FILHO, R. M.;
ROSSELL, C. E. V. Improving bioethanol production from sugarcane: Evaluation of
distillation, thermal integration and cogeneration systems. Energy, v. 36, n. 6, p.
3691–3703, 2011.
NOGUEIRA, L.; SEABRA, J.; BEST, G.; LEAL, M.; POPPE, M. Bioetanol de cana-
de-açúcar: energia para o desenvolvimento sustentável. Rio de Janeiro - RJ:
BNDES, 2008.
24
PUGA, F.; CASTRO, L. B. DE. VISÃO 2035: Brasil, país desenvolvido: Agendas
setoriais para alcance da meta. [s.l: s.n.].
25
ANEXO A
26