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Engenharia Química
Discentes: Docente:
i
Estudantes:
ii
Agradecimentos
Agradecer de princípio a Deus pelo dom da vida e por nos guardar até então e por
permitir que o presente trabalho seja realizado.
iii
Lista de Símbolos
Sigla/Símbolo Definição
℃ Graus Célsius
% Percentagem
𝑘𝑔 Quilograma
𝑡𝑜𝑛 Tonelada
$ Dólar
iv
Resumo
Feita uma avaliação do histórico do preço de venda do óleo e do sabão à saída da fábrica,
nomeadamente para os anos de 2014 a 2017, fixou-se o preço de venda do óleo e do
sabão. Relacionando esses preços de venda e os seus respectivos volumes de produção
anuais, dando uma receita conjugada não só pela venda destes dois produtos, mas
também com a contribuição do valor de venda do farelo (resíduo do processo de
extração do óleo bruto), chegou-se aos seguintes indicadores de viabilidade económica:
Valor Actual Líquido (VAL) de cerca de $36 000 000 (trinta e seis milhões de
dólares);
Taxa Interna de Rendibilidade (TIR) de 38%; e
Período mínimo de recuperação do investimento (PRI) de 4.5 anos.
v
Índice
1. Introdução .............................................................................................................. 1
1.1.Objetivos .................................................................................................................. 2
3.Metodologia ................................................................................................................ 4
4.Justificativa ................................................................................................................. 5
5.3.Disponibilidade de Água.......................................................................................... 7
vi
8.1. Classificação dos Óleos Vegetais ......................................................................... 12
9.1.Armazenamento ..................................................................................................... 16
9.2.Preparação .............................................................................................................. 16
9.2.1.Pré-limpeza ......................................................................................................... 16
9.2.3.Condicionamento ................................................................................................ 17
9.6.1.Degomagem ........................................................................................................ 23
vii
9.6.2.Neutralização ...................................................................................................... 24
9.6.3.Branqueamento ................................................................................................... 25
ix
Índice de figuras
x
Índice de tabelas
xi
Tabela 18-Análise da sensibilidade do projecto à variação do preço de venda do farelo
...................................................................................................................................... 29
Índice de gráficos
xii
1. Introdução
O óleo de soja é um tipo de óleo de origem vegetal, que se obtém por processos de
extração mecânica ou por solvente (ou por outros processos tecnológicos como o uso
de solventes orgânicos supercríticos) a partir dos grãos da cultura de soja e é usado
para alimentação humana através da sua constituição rica em ácidos graxos poli-
insaturados (como ácido ômega-3, ômega-6 e ômega-9) que ajudam de forma
significativa no metabolismo celular humano. Em termos de qualidade organoléptica,
o óleo de soja torna os alimentos desejáveis para o consumo devido ao incremento de
características como sabor, aroma, cor e textura, e nutricionalmente estes óleos se
constituem em uma excelente fonte de energia metabólica, ácidos graxos essenciais,
vitaminas lipossolúveis e carotenoides que conferem a cor amarelada do óleo (Pedro
et all, 2017).
O óleo de soja é produzido em maior quantidade do que qualquer outro óleo vegetal
em todo o mundo pelas características acima apresentadas, o que torna muito atractivo
a comercialização do mesmo, o que desencadeia uma crescente demanda do óleo.
Não obstante, a cadeia de valor da soja nacional não inclui ainda o seu uso para a
produção de óleo. Sendo uma cultura mundialmente aclamada no mundo dos óleos
alimentares, associando a sua disponibilidade nos campos de produção nacional e
também para aumentar a sua cadeia de valor, revela-se aliciador a instalação de
unidade fabril de raiz que se ocupe na extração, refino e comercialização do óleo de
soja.
1
1.1.Objetivos
2
2. Âmbito do Trabalho
3
3. Metodologia
• Pesquisas bibliográficas;
• Análises de dados estatísticos e de geográficos, relacionados ao
tema;
• Pesquisas na internet para o levantamento de informações sobre
o tema;
• Conteúdo das aulas teóricas e práticas ministradas no decorrer do
semestre.
4
4. Justificativa
Esta cultura apresenta apenas cerca de 18% de óleo (Shreeve, 1954), contudo toda a sua
“ganga”, constituída pela polpa, cascas e borra.
A casca resultante do pré-tratamento dos grãos pode ser usada para a geração de
potência na instalação fabril e a borra, rica em substâncias saponificáveis, é usada para
produção de sabão em barra. Por fim, a polpa depois do processo de extração do óleo
bruto dá origem ao farelo que pode ser comercializado para os fazedores da indústria
avícola para a produção de ração animal. O gráfico abaixo, mostra o crescente consumo
do farelo de soja pela indústria agrícola ao longo do tempo. Esta possibilidade de
reaproveitamento da “ganga” para estes fins, justificou de forma incontestável a decisão
da prossecução do projecto.
Por se tratar essencialmente de uma indústria de síntese, a unidade fabril será instalada,
diga- se, por conveniência, junto da fonte da matéria prima, na província central da
Zambézia, no distrito do Gurué. Como já referido, apenas 18% dos grãos de soja são
reaproveitados como óleo, a localização da unidade na fonte da matéria-prima é mais
do que justificável.
6
Figura 1- Localização geográfica do distrito do Gurué. Fonte: INE, Estatísticas do
distrito de Gurué, (2011).
A sua localização o torna num ponto estratégico para a distribuição do produto final
para as províncias fronteiriças de Nampula e Niassa.
O distrito de Gurué está localizado numa importante estrada que o liga, via Ile, à EN1
e, daí, a linha férrea de Nacala. O distrito tem, assim, importantes ligações por estrada
e caminho de ferro com Quelimane, Nampula e o Malawi (METIER, 2005).
O distrito de Gurué tem um acesso relativamente fácil a estrada que liga Quelimane ao
corredor comercial Nacala-Malawi.
O fornecimento de água para a unidade fabril será feito a partir de um contrato com
empresa FIPAG, para fornecer água com as características que permitam responder as
necessidades do processo. Por outro lado, parte da água a se utilizar na instalação sera
captada no rio Licungo que percorre o distrito de Gurué.
7
Os grãos serão comprados dos agricultores locais nos seus campos de produção e estes
serão transportados para a unidade fabril através da EN231 e por uma estrada de terra
abatida, num percurso que constitui no final um total de 4,8 Km de extensão.
Portanto, o principal fator que determinou a localização da unidade fabril neste distrito
foi a disponibilidade de matéria-prima, e acrescenta-se, o preço de aquisição dos grãos
de soja que são bastante atraentes.
A energia elétrica a ser alimentada a unidade fabril será oriunda de um contrato a ser
comemorar com a empresa fornecedora de enérgica elétrica nacional, a EDM, EP, da
Cidade de Gurué.
O distrito de Gurué está localizado numa importante estrada que o liga, via Ile, à EN1
e, daí, a linha férrea de Nacala. O distrito tem, assim, importantes ligações por estrada
e caminho de ferro com Quelimane, Nampula e o Malawi.
8
5.7. Disponibilidade de Mão-de-obra
Trabalhadores Número
Director Geral 1
Director Administrativo 1
Director Técnico 1
Chefe do RH 1
Contabilistas 2
Técnicos de Primeiros Socorros 2
Agentes de Limpeza 6
Engenheiros 3
Operadores Industriais 15
Rececpcionistas 2
TOTAL 34
9
6. Análise do Mercado
Como previsto por dados estatísticos da população moçambicana, esta vem crescendo
ao longo dos anos, a uma taxa acelerada, o que demanda maior consumo desse
suplemento alimentar. A produção nacional de óleo refinado não cobre aquilo que é o
poder de absorção da população, pois ainda se importa óleo refinado do exterior,
significando existência de espaço para o projecto.
10
Baseada na taxa de produção anual da cultura da soja, a instalação será projectada para
ter uma capacidade de produção diária de 120 toneladas de óleo de soja e 12.5 toneladas
de sabão.
A grossa maioria dos equipamentos de base para o processo da unidade fabril é feita
indubitavelmente de aço inoxidável pelas exigências da indústria de produção de
produtos alimentares.
Assim, estimou-se uma vida útil média do projecto de 15 anos, com base no tempo de
duração desses materiais feitos em aço inox.
A unidade manter-se-á operante por 300 dias ao ano, 24 h por dias distribuídas em 3
turnos de igual duração. Os restantes 65 dias estão destinados à manutenção, limpeza
geral e férias colectivas.
11
8. Revisão Bibliográfica
Os óleos vegetais podem ser classificados de várias maneiras, sendo uma delas a
classificação por composição de ácidos graxos. A lista dos ácidos graxos naturais é
superior a 1000, mas os de interesse comercial estão limitados a um menor número,
talvez cerca de 20. Nos óleos vegetais três ácidos graxos são dominantes: palmítico,
oléico, linoleico e por vezes acompanhado de ácido esteárico e pelo ácido linolênico.
Os outros ácidos graxos, que ocorrem em óleos especiais, incluem o mirístico,
láurico, erúcico, hexadecenóico, ácido linolênico, eleostearico e isômeros,
ricinoléico e vernólico (Fuentes, 2011).
Com baixa taxa de óleos saturados, o óleo da soja é um composto lipídico que
representa18 a 20% da composição nutricional da soja, sendo que se encontra a
predominância de poli-insaturados (58%), monoinsaturados (23%) e pouca
participação de saturados (15%) (Pinheiro et al, 2009).
O Óleo de Soja é usado como óleo vegetal de alta qualidade e tem a função de baixar
o colesterol. Seu consumo moderado aliado a uma dieta com níveis adequados de
gordura pode trazer óptimos benefícios à saúde humana.
12
Tabela 3-Compostos nutricionais do óleo de soja
Fonte: http://www.campestre.com.br/
Os ácidos graxos têm muitas aplicações tanto na indústria assim como na produção
de suplementos alimentares. As aplicações dependem das propriedades físico-
químicas, tais como actividade superficial, solubilidade, comportamento na fusão,
densidade, viscosidade e outras que dependem particularmente do tamanho da cadeia
(Pedro, 2017).
13
Tabela 4-Aspectos físico-químicos do óleo de soja
Uma questão peculiar da soja baseia-se em sua estabilidade, uma vez que, apesar de
conter alto teor de tocoferol (vitamina E) substância que contribui para estabilidade
de compostos, sua estabilidade a altas temperaturas é baixa, dado que, o óleo também
possui um conteúdo significativo de ácido linolênico.
14
Tabela 5-Composição Química do Óleo de Soja
15
9. Processo de produção
9.1.Armazenamento
9.2. Preparação
9.2.1. Pré-limpeza
16
É realizada por máquinas especiais, dotadas de peneiras vibratórias ou de outro
dispositivo, que separam os grãos dos contaminantes maiores. A pré-limpeza, antes do
armazenamento, diminui os riscos de deterioração e reduz o uso indevido de espaço útil
do silo.
Os grãos limpos, dos quais se deseja separar os cotilédones (polpas) dos tegumentos
(cascas), não devem sofrer compressão durante o descascamento, pois nesse caso, parte
do óleo passaria para a casca e se perderia, uma vez que as cascas, normalmente, são
queimadas nas caldeiras destinadas à geração de calor ou vapor para a fábrica. Os
descascadores são máquinas relativamente simples, onde as cascas são quebradas por
batedores ou facas giratórias e são separadas dos cotilédones por via de ciclone com
insuflação de ar.
9.2.3. Condicionamento
A extração de óleo dos grãos é facilitada pelo rompimento dos tecidos e das paredes
das células. A operação de trituração e laminação diminui a distância entre o centro do
grão e sua superfície e, assim, a área de saída do óleo é aumentada.
17
Portanto, a trituração dos cotilédones e a laminação das pequenas partículas obtidas
devem ser efetuadas o mais rápido possível.
Nas plantas de indústrias esmagadoras mais antigas, o óleo é parcialmente extraído por
meio mecânico em prensas contínuas ou “expelers”, seguido de uma extracção com
solvente orgânico. O bolo de filtração que deixa a prensa é submetido à acção do
solvente orgânico, que dissolve o óleo residual do bolo, deixando-a praticamente sem
óleo. O solvente é recuperado e o óleo separado do solvente é misturado ao óleo bruto
que foi retirado na prensagem. Essa mistura dos dois óleos é submetida a uma filtração,
para eliminar mecanicamente suas impurezas, que são partículas arrastadas dos
cotilédones dos grãos. A torta ou farelo extraído, contendo menos de 1% de óleo, é
submetido a secagem e moagem e, em seguida, é armazenado em silos ou ensacado.
Nos processos mais modernos e o que o projecto propõe, a alimentação dos flocos
directamente nos extractores e o óleo será extraído directamente com o solvente
orgânico.
Nesse processo, o óleo é obtido por meio de extracção com solvente químico orgânico.
O solvente utilizado atualmente é o hexano, com ponto de ebulição próximo de 70 ºC.
O extractor que será empregue é o extractor Rotocel que tem a forma de um cilindro
dividido em sectores, mantidos à baixa rotação, nos quais é colocada a matéria-prima
(flocos). A matéria inicial é mantida em contacto com a miscela mais concentrada e
depois gradativamente, com miscelas mais diluídas, até a passagem do solvente puro;
neste momento, a parte inferior com uma tela se abre e deixa cair a torta ou farelo, que
é transferido para a secção de recuperação do solvente dos flocos. Devido ao seu
formato, a instalação ocupa menos espaço do que outros extractores contínuos, não há
movimentação da massa e, por ser um extractor contínuo pode-se alcançar boa
extracção por unidade de volume.
19
9.4.1. Separação do Solvente da água e do ar.
20
Legenda :
O farelo de soja deve passar por um processamento térmico tanto para recuperar o
solvente assim como para inativar os factores anti-nutricionais, como os inibidores de
tripsina, as lectinas ou fitohemaglutininas, bem como as substâncias que causam o
sabor indesejável, para o efeito são realizadas as seguintes operações: secagem,
arrefecimento, moagem e em seguida o farelo segue para o armazenamento nos silos
em que a humidade não deve ultrapassar 12%.
21
Figura 4-Processo de tratamento do farelo (Adaptado)
Legenda:
P05- Condensador;
22
9.6.Processo de refinação do óleo bruto
A refinação pode ser definida como um conjunto de processos que visam transformar
os óleos brutos em óleos comestíveis, embora existam casos de consumo de óleos
brutos, como o azeite de oliva e o de dendê. A finalidade da refinação é uma melhora
de aparência, odor e sabor do óleo bruto, por meio da remoção dos seguintes
componentes:
b) Ácidos graxos livres e seus sais, ácidos graxos oxidados, lactonas, acetais e
polímeros;
f) Humidade.
9.6.1. Degomagem
23
O método de degomagem mais utilizado consiste na adição de 1% a 3% de água ao óleo
bruto aquecido a 60 ºC - 70 ºC, sob agitação constante, durante 20 a 30 minutos. O
precipitado formado é removido do óleo por centrifugação a 5000rpm-6000rpm. As
gomas assim obtidas, que contêm 50% de humidade, são secas a vácuo
(aproximadamente 100 mm de Hg de pressão) à temperatura de 70 ºC a 80 ºC.
9.6.2. Neutralização
A adição de solução aquosa de substâncias alcalinas, tais como hidróxido de sódio ou,
às vezes, carbonato de sódio, elimina do óleo de soja degomado os ácidos graxos livres
e outros componentes definidos como “impurezas” (proteínas, ácidos graxos oxidados
e produtos resultantes da decomposição de glicerídeos). O processo é acompanhado por
branqueamento parcial do óleo.
A neutralização ocorre na interfase do óleo e da solução alcalina. Sendo essas fases não
intersolúveis, a neutralização exige uma dispersão da solução alcalina no óleo. Existem
dois métodos principais de neutralização: o mais antigo, descontínuo, e o mais
moderno, contínuo.
Baixa neutralização por unidade de volume, etc, tem-se tornado impraticável o seu uso
nas indústrias actuais.
Quantidade de Concentração
ácidos graxos livres necessária de
no óleo (%) 𝑵𝒂𝑶𝑯 (%)
1 à 1.5 3à5
1.5 à 3 5 à 10
Acima de 3 12 à 18
As perdas resultantes da neutralização são devidas ao arraste de óleo neutro pela “borra”
e pela saponificação do óleo neutro por excesso de solução de hidróxido de sódio
empregada.
9.6.3. Branqueamento
25
O óleo é misturado com a terra clarificante por meio de agitação à temperatura de 80ºC
a 95ºC durante 20 à 30 minutos. Subsequentemente, o óleo é filtrado em filtro 𝐾𝑒𝑙𝑙𝑦.
9.6.4. Desodorização
A última etapa da refinação do óleo de soja é a desodorização, que visa a remoção dos
sabores e odores indesejáveis. Durante essa etapa são removidos:
As substâncias odoríferas e de sabor indesejável são, em geral, pouco voláteis, mas sua
pressão de vapor é bem superior àquela do ácido oléico ou esteárico. Assim, sob as
condições mantidas durante o processo, ou seja, pressão absoluta de 2 mm Hg a 8 mm
Hg e temperatura de 20 ºC a 25 ºC com insuflação direta de vapor, alcança-se não
somente a completa desodorização, mas também uma quase completa remoção dos
ácidos graxos livres residuais. O alto vácuo é essencial, porque sua aplicação reduz o
consumo de vapor direto, o tempo do processo e o perigo de oxidação e hidrólise do
óleo.
26
Figura 6-Processo de refino do óleo bruto (Adaptado )
Legenda:
S01-Secador a Vácuo;
27
9.7.Aproveitamento da “borra”
Em que o estearato de glicerídeo (𝐶17 𝐻35 𝐶𝑂𝑂)3 𝐶3 𝐻5, contido na bora é neutralizado
formando estearato de sódio (substância saponificável) e glicerina 𝐶3 𝐻5 (𝑂𝐻)3 .
Devido a presença da água no meio reaccional temos também a hidrólise de estearato
de glicerídeo formando ácido esteárico e glicerina. O ácido esteárico formado na
hidrólise é também neutralizado formando o estearato de sódio. Em seguida separa-se
a glicerina dos produtos e prossegue-se o processo com estearato de sódio.
10
Figura 7-Processo de aproveitamento da bora (adaptado)
Legenda:
P04- Aquecedor;
S02- Atomizador.
11
10. Controle de qualidade
O produto final, óleo de soja, tem de responder aos parâmetros técnicos de qualidade
impostos mundialmente para o óleo alimentar. Desse modo, remover-se-á da linha de
produção amostras do produto final ao Laboratório de Controle de Qualidade com o
objetivo de verificar a legalidade do produto final. No que diz respeito ao sabão,
requere-se que este seja neutro.
12
11. Higienização e Limpeza
Dentro dos materiais indesejáveis mencionados, deve ser dada especial atenção à
eliminação e controlo dos microrganismos (desinfeção), sobretudo dos microrganismos
causadores de doenças (patogénicos) e dos que causam a deterioração do produto e dão
características indesejadas, como o odor por exemplo.
Etapa Acção
Enxaguamento Remoção das sujidades maiores com aplicação de
água
Limpeza (detergente) Remoção de sujidades pela aplicação de detergente
Por se tratar de uma indústria que lida com óleo e gorduras vegetais, usar-se-á um
detergente alcalino para precipitar as tais gorduras, que posteriormente serão removidos
por um jacto de água tratada.
13
12. Efluentes do processo de produção
As cascas resultantes do processo, serão usada unidade fabril para a geração de vapor
na caldeira, como uma utilidade.
14
13. Impactos da Unidade Fabril
15
13.1.2 Medidas mitigatórias:
A Makura, Lda. preocupa-se com as questões ligadas a saúde ocupacional dos seus
colaboradores, dispondo por isso, de uma ala de primeiros socorros.
16
A posição do trabalhador durante a execução das suas tarefas pode causar danos a longo
prazo, caso este esteja sempre na mesma posição no decurso das actividades laborais,
como por exemplo, os operadores do sistema de controlo estão todo o dia sentados a
controlar o sistema, pode causar fadiga visual, e dores na coluna.
b) Contactos eléctricos
c) Incêndios
Os curto circuitos nos equipamentos que possuem quadros eléctricos, e nos geradores
podem causar incêndios, com o agravante de que se este curto-circuito for no gerador
pode ter grandes proporções devido a proximidade aos combustíveis.
Tendo consciência dos riscos presentes na indústria, a refinaria Ulombe irá adoptar as
seguintes medidas de prevenção e minimização de riscos e doenças ocupacionais:
17
• Revestimento de paredes com abafador de som nos locais de maior
concentração de ruído.
Legenda:
I. Área administrativa
III. Silos
IV. Estacionamento
V. Planta de Extração
Local onde se fará a extração do óleo dos grãos de soja com recurso ao hexano.
É onde serão servidas as refeições para os funcionários e para os visitantes. Assim como
para interação social dos mesmos.
19
VIII. Ponto de primeiros socorros
IX. Laboratório
Neste ponto será armazenado o produto acabado (óleo refinado e sabão em barras).
20
16. Estimativa de Custos
Assim, com o custo da maquinaria de base das 2 linhas de produção, estimou-se o custo
de investimento total para a unidade no seu todo (produção de óleo e sabão), que é de
$29 500 000 (vinte e nove milhões e quinhentos mil dólares).
1
Peters Max Stone: Plant Design and Economics for Chemical Engineers.
22
Separando as linhas de produção e listando os equipamentos de base de cada uma das
linhas de produção de forma independente, chega-se aos custos de maquinaria de base
e de investimento fixo para o estabelecimento de cada uma das linhas de produção.
23
16.3 Estimativa de Custos de Exploração
24
16.3.2 Linha de produção de Sabão
Produto Custo total de prod.($/ano) Volume de prod (ton/ano) Custo unitário ($/kg)
2,4
Taxas consultadas em http://www.bancomoc.mz/fm_mercadosmmi.aspx?id=5
26
17.1 Break Even Point
Tendo os volumes de produção do óleo, sabão e do farelo e junto dos seus preços de
venda, estimou a receita média anual como uma composição das receitas individuais
da venda de óleo, sabão e do farelo. Analogamente, estimou-se os custos de exploração
totais como uma composição dos custos fixos e variáveis de exploração da linha de
produção de óleo e sabão.
Assim, determinou-se o ponto crítico da instalação (Break Even Point). Para esta
instalação, a zona de beneficio inicia a uma produção anual de 12,500.00 ton/ano, que
corresponde a 35% da capacidade máxima instalada, 36,000.00 ton/ano. Portanto,
operando abaixo dessa capacidade, os custos de exploração superam as receitas, e com
isso, se deve encerrar a fábrica.
30,000,000.00
25,000,000.00
20,000,000.00
$/ano
15,000,000.00
10,000,000.00
5,000,000.00
0.00
-4000 1000 6000 11000 16000 21000 26000 31000 36000
Capacidade (ton/ano)
27
17.2 Valor Actual Líquido (VAL)
40.00
30.00
20.00
$/ano
10.00
0.00
0 2 4 6 8 10 12 14 16
(10.00)
Anos
(20.00)
(30.00)
Pela análise dos fluxos de caixa anuais, estima-se um PRI de 4,5 anos.
O projecto apresenta uma TIR de 38%, que é extremamente atractiva aos investidores,
quando consideradas outras alternativas de investimento.
28
17.5 Análise da Sensibilidade do Projecto
Matéria-prima TIR
Preço de venda ($/ton) Break Even Point (%) VAL ($) (%) PRI (anos)
650 120.00 35% 36,000,000.00 38% 4,5
600 120.00 42% 32,000,000.00 36% 4.8
550 120.00 44% 30,500,000.00 33% 5.0
500 120.00 56% 19,000,000.00 26% 8.0
29
Por observação das tabelas que traduzem a sensibilidade do projecto à diversas
situações desfavoráveis, conclui-se que este é mais sensível aos preços de vendo do
sabão e do óleo, e tem uma sensibilidade moderada ao acréscimo do preço da matéria-
prima e praticamente insensível ao decréscimo do preço de venda do farelo, pois este
contribui com menor fracção para a receita global.
30
18. Conclusão
31
19. Bibliografia
32
Shreve, R. N. (1954). Indústrias de Processos Químicos. Washington DC:
LTC.
33
20. Apêndices
Componente Alimentação Efluente (ton/dia)
(ton/dia)
Cascas 14
Farelo 509
Vapor 0.34
Bora 8. 75
Sabão 12.5
34
Correia transportdora
Identificação:
Item No 1
Por: AliBaba Quantidade
Função: Transportar os flocos para os extractor após a trituração.
Operação: Contínua
Dados do Equipamento:
Elevador Vertical
Modelo LBEB
Potência 75 kW
Capacidade em termos de altura de elevação:
Altura máxima 36 m
Silo
35
Identificação: item No 2
Quantidade 6
Função: Armazenar a matéria – prima os solventes do processo e o óleo refinado.
Operação: Contínua
Dados do Equipamento:
Separador Centrífugo
Identificação: item N 3
o
Por: zhongy
Quantidade 3
Função: separar o óleo da bora
Operação: Contínua
Dados do Equipamento:
Modelo PS800
Potência 7.5 kW
Dimensões:
Diâmetro: 2587 mm
Altura: 2000 mm
36
Bomba centrífuga
Identificação:
Quantidade 3
Função: fornecer altura de elevação
Operação: Contínua
Dados do Equipamento:
37
Evaporador
Identificação:
o
Item N 5 Por: Zhejiang Taikang
Evaporator Co., Ltd.
Quantidade 1
Função: evaporar o hexano.
Operação: Contínua
Dados do Equipamento:
Modelo TK--032
Capacidade 80 ton/h
o
Temperatura de evaporação 50-90 C
38
Embalador
Identificação:
Item No 6 Por:
AliBaba Quantidade 2
Função:Responsável pela operação de empacotamento do
óleo, sabão e farelo.
Operação: Contínua
Dados do Equipamento:
Potência 3.6 kW
Voltagem 380 V
39
Descascador
Identificação:
Modelo DFRT-310/340
Capacidade
200 m3/h
Potência 2.0
kW
Dimensões:
40