Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Autopropelida
de Grãos
Uma plataforma
Sumário
1 Introdução 3
4 Operação e ajustes 25
5 Principais tecnologias 26
6 Manutenção 28
8 Vistoria de sinistro 33
9 Referências 40
3
1 Introdução
A colhedora de grãos tem como função principal recolher os grãos do cultivo
integrando, portanto, parte da etapa final do processo de produção. No entanto,
ela não se limita a isso, pois também trilha e separa os grãos do restante do
material que será descartado devendo fazer isso com o mínimo de perdas na
produção.
(COLHEDORA AUTOPROPELIDA)
No Brasil temos três sistemas diferentes que podem compor uma colhedora,
divergindo na forma de trilha e separação da palha e do grão. Os sistemas são: o
tangencial ou convencional, o axial e o híbrido.
7
No sistema axial, o fluxo de grãos segue ao longo cilindro ou rotor que é disposto
de forma longitudinal no corpo da colhedora. A cultura é conduzida por
correntes ou por travessas e no primeiro terço do rotor acontece a trilha. No
restante do rotor ocorre a separação e limpeza da cultura.
8
Portella. (2001).
10
Ela é constituída por navalhas, contra-navalhas que são como dedos, grampos
ou clipes e placas de desgaste. As navalhas fazem o corte e as contra-navalhas
protegem a navalha e servem de guia para o corte. As placas de desgaste
podem ser ajustadas para compensar os desgastes sofridos pela barra de corte.
O clipe mantém a navalha próxima à contra-navalha para otimizar o corte e
também são ajustáveis em caso de desgaste da navalha.
3.1.2 Separador
3.1.3 Molinete
Sua função é conduzir a planta para a barra de corte. É um rotor composto por
um conjunto de barras ou por dentes, dependendo da cultura. Depois de
cortada a cultura, o molinete continua conduzindo-a, dessa vez, em direção ao
caracol.
3.1.4 Caracol
Esse sistema é primordial para o processo de colheita, já que se esta não for bem
sucedida, o restante do processo é prejudicado. O sistema de trilha das
colhedoras pode variar conforme o tipo de mecanismo, mas basicamente é
composto pelo cilindro e pelo côncavo.
Vale ressaltar que existe o sistema axial de duplo rotor que tem uma maior
capacidade de trilha e separação. Esse processo acontece nos dois rotores
paralelos que giram em sentidos opostos, tendo uma melhor distribuição do
material sobre as peneiras e melhor fluxo diminuindo o atrito na planta. Esse tipo
de sistema será explicado adiante no item 3.7.
14
(Cilindro de barras)
(Cilindro de barras)
3.2.2 Côncavo
É uma espécie de calha que fica em volta do cilindro de trilha. Também possui
barras estriadas que fazem o papel de filtragem das sementes e o restante do
material da colheita. Quando o cilindro é de dentes, o côncavo também é
composto de dentes que ajudam na debulha, pois os dentes do cilindro passam
entre os dentes do côncavo, fazendo assim, a fricção que promove a trilha. Já
quando o cilindro é de barras, o côncavo é de arames.
Nesse sistema, é preciso fazer uma separação entre os grãos debulhados pelo
sistema de trilha, e o material restante que compreende a palha, grãos triturados
e material estranho. Esse sistema é composto pela extensão do côncavo,
batedor, cortinas retardadoras e saca-palhas.
16
Fonte: IOCHPE-MAXION.
Essa extensão evita que o material da trilha caia sobre o bandejão, e direciona o
material em direção ao saca-palhas.
3.3.2 Batedor
3.3.4 Saca-palhas
É constituído por seções com chapas laterais em forma de serra, como dentes
voltados para a parte da traseira da máquina. As seções têm movimentos
alternados favorecendo a saída da palhada para o exterior da máquina. O
saca-palhas possui perfurações para a caída dos grãos, e grelhas em sua parte
interna para a recuperação e escoamento dos grãos.
3.4.1 Bandejão
É situado abaixo das seções do saca-palhas, com forma de crista e que faz um
movimento de vai-e-vem fazendo com que as partículas mais pesadas (grãos)
fiquem embaixo e as partículas mais leves acima. Na sua parte terminal, há um
pente que favorece a separação dos grãos e da palha juntamente com a ação do
ventilador.
Essa peneira possui abertura ajustável que recebe o material vindo do bandejão.
Assim como esse, a peneira faz um movimento de vai-e-vem fazendo com que
as vagens inteiras ou partes dela sejam filtradas pela ação da vibração e do
ventilador, e sejam dirigidas novamente ao sistema de trilha. A limpeza nessa
peneira seria uma etapa inicial, sendo continuada na peneira inferior.
Essa, assim como a anterior, tem abertura ajustável, mas possui abertura menor
que a peneira superior. Portanto, essa faz a separação dos grãos, de impurezas
menores, que não foram removidas na superior.
3.4.4 Ventilador
3.4.5 Retrilha
O material que passou pela peneira superior e inferior, cai sobre a placa de
retrilha que desliza levando esse até o sem-fim inferior da retrilha que chega ao
elevador da retrilha e, por fim, chega ao cilindro onde é novamente trilhado.
3.6.1 Rotor
Nesse sistema, o rotor, que fica longitudinal à máquina, é composto por barras
dispostas de forma intercalada na parte dianteira que geram atrito, fazendo a
trilha da cultura. Já na parte traseira, o rotor possui dedos que fazem tanto a
separação do grão e da palha como a limpeza do côncavo direcionando a
cultura para o sistema de limpeza.
Esse, como já descrito anteriormente, é como uma calha que envolve o rotor.
Composto por seções de grelhas de remoção fácil.
Como o nome já diz, esse sistema mistura o tangencial e o axial. Nele, o sistema
de trilha constituído pelo cilindro e côncavo alimenta o rotor axial com côncavo
longitudinal à máquina.
Muito utilizado na cultura do trigo, esse item tritura a palha a fim de distribuí-la
uniformemente no solo saindo pela parte traseira da colhedora. Seu uso é
importante nas lavouras em que se faz o sistema de plantio direto já que a
uniformidade da distribuição dessa palha coopera para um bom desempenho
das semeadoras.
25
4 Operação e ajustes
5 Principais tecnologias
Esses servem para quantificar a produtividade por meio da pesagem dos grãos
obtidos no processo. Para isso, temos os seguintes sensores: sensor de
velocidade do fluxo de massa, sensor de placa de impacto e sensor de unidade.
O primeiro calcula a velocidade do fluxo através de micro-ondas e a densidade
média da massa dos grãos. Vale lembrar que nesse método, a inclinação pode
interferir no cálculo sendo necessário, portanto, um sensor de inclinação para
correção do erro. Já o sensor de placa de impacto, intercepta o fluxo dos grãos
medindo o impacto desses sendo que impactos maiores significam maior
produtividade. Para um bom funcionamento desse mecanismo, é necessário
manter a placa limpa para que não haja interferência no resultado do cálculo. Por
fim, o sensor de unidade calcula pelo peso dos grãos, lembrando que esse peso
é referente ao grão seco. Portanto, para ter um resultado fidedigno, é preciso
medir a umidade dos grãos na hora da colheita, o que requer um sensor de
umidade que fica geralmente no elevador da colhedora.
28
6 Manutenção
Para uma operação eficiente, o plano de manutenção e os ajustes periódicos são
essenciais. A partir desses cuidados, evitam-se desgastes dos sistemas que
compõem a máquina que levam a perdas na produção e até acidentes.
• Óleo do motor;
• Líquido de arrefecimento;
• Óleo do redutor final e eixo dianteiro;
• Óleo da transmissão;
• Fluido de freio;
• Óleo da caixa de engrenagens;
• Verifique a pressão de ar dos pneus e o torque de aperto dos parafusos das
rodas dianteiras e traseiras;
• Inspecione os filtros de recirculação;
• Verifique o cinto de segurança por danos;
29
Nessa etapa o principal objetivo é agendar a vistoria e garantir que ela ocorra de
maneira rápida e eficaz.
a) Localização:
Ao agendar uma visita procure saber exatamente a localização da colhedora que
pode estar em campo ou no barracão da fazenda. Busque uma descrição
detalhada de como chegar ao local e coordenadas geográficas se possível.
b) Identificação de quem irá acompanhar a vistoria:
Também confirme quem é a pessoa da fazenda que será responsável por
acompanhar a vistoria que poderá ser o proprietário do equipamento, o gerente
da fazenda, operador da máquina ou outro funcionário. Tenha o nome e número
de telefone das pessoas da fazenda.
c) Utilização:
Procure saber se a colhedora costuma ser emprestada, locada ou apenas para
uso próprio e qual o principal tipo de uso e cultura em que ela será utilizada.
7.2.2 Horímetro
Verificação geral:
As fotos podem ser tiradas com uma câmera simples ou mesmo com o celular
que possuem resolução suficiente para essa tarefa.
8 Vistoria de sinistro
A ocorrência de um sinistro em uma colhedora de grãos autopropelida ou não,
pode trazer prejuízos indiretos como ter a produção comprometida por uma
operação que não pode ser realizada no tempo certo pela falta do equipamento
e ausência de substituto.
1) Descrição do sinistro
Busque entender as circunstâncias em que o sinistro ocorreu com o maior
detalhamento possível. Pesquise data, hora, local, qual operação estava sendo
realizada, quem estava operando a máquina e se foram causados danos a
terceiros.
3) Evidências
Pergunte se foram retiradas fotos ou colhidas outras evidências do sinistro e
solicite acesso a elas.
4) Agendamento e contato
Procure saber quem acompanhará a vistoria de sinistro, se o operador o
segurado ou algum funcionário. Tenha o contato dessas pessoas.
5) Local da vistoria
Pergunte onde será a vistoria e verifique se a colhedora foi removida para um
barracão de máquinas ou se está local do sinistro. Dependendo da localização, o
acesso por carro pode ser difícil. Certifique-se de que conseguirá chegar ao
local e combine os detalhes com a pessoa responsável por acompanhar a
vistoria. Caso a máquina esteja em uma oficina pergunte se alguma parte já foi
desmontada, quem é o mecânico responsável e dados da oficina como
endereço e número de telefone.
2 - Procure saber com detalhes a data, o horário e o local do sinistro. Qual era a
operação realizada e em qual cultura. Investigue qual a parte da máquina está
avariada e como essa avaria aconteceu.
1- Identificação da máquina
Confira e tire fotos das placas de identificação da colhedora. Anote o seu
número de série e verifique se é a mesma máquina que foi segurada. Caso a
plaqueta do número de série esteja danificada em razão do sinistro ou do uso
diário do equipamento outros números como o do chassi e motor podem ajudar
a identificar e comprovar que a colhedora que sofreu o sinistro é de fato a que
estava sendo segurada. Confira se a marca, o modelo e o ano de fabricação
coincidem.
1- Incêndio
Busque indícios de foco de incêndio na máquina.
enteTobservar onde o
incêndio começou se foi dentro da própria colhedora no caso da colhedora
autopropelida, se o início foi no trator, se esta for tracionada ou então se a
plantação estava em chamas e a máquina foi envolvida. Observe o local onde
essa pegou fogo e busque evidências de foco de incêndio no local e não
apenas na máquina como marcas de fogo no chão no mato próximo e na
lavoura. Observe a extensão dos danos e identifique o que foi queimado,
observando cabos e peças elétricas, partes de fibra de vidro, plástico, pneus e
rodas ou se, como em muitos casos, todo a máquina foi consumida pelas
chamas.
3-Danos elétricos
Procure pela causa e origem do dano e por vestígios de calor gerado por curtos
circuitos como derretimento de cabos, chicotes e terminais elétricos. Caso o
segurado alegue que o dano ocorreu pela queda de um raio busque evidências
no local que indiquem que o raio caiu na máquina segurada como marcas ao
redor e na propriedade, chamuscados e derretimento de cabos condizentes
com um raio.
4-Quebra da máquina
Em caso de quebra da máquina procure identificar se a causa foi interna ou
externa. Causas internas compreendem falhas mecânicas, defeitos de
fabricação, desgaste natural pelo uso ou algo similar. Por outro lado, causas
37
As fotos podem ser tiradas com uma câmera simples ou mesmo com o celular
que possuem resolução suficiente para essa tarefa. Não se limite apenas à área
da avaria, mas faça uma vistoria completa.
3) Foto do horímetro.
4 - Entenda o que é cada uma das peças solicitadas. Se for preciso, consulte o
catálogo de peças disponível na oficina ou concessionária.
5 - Identifique cada peça solicitada na colhedora, procure saber onde essa peça
está localizada e de que sistema faz parte. Se possível peça para mostrar a peça
danificada na máquina.
6 - Verifique se a peça que está sendo solicitada para a troca está, de fato,
danificada.
39
9 Referências
@somosbroto
@somosbroto