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A colheita do arroz é uma das etapas mais importantes do processo de produção e, quando
conduzida de forma inadequada, acarreta perda de grãos e compromete os esforços e os
investimentos dedicados à cultura.
Uma colheita eficiente, farta e com produto de boa qualidade somente pode ser obtida
quando são tomados alguns cuidados, desde o preparo do solo até o momento da ceifa e trilha
das plantas. O tamanho da lavoura deve ser planejado de acordo com a capacidade de realização
da colheita disponível na propriedade, em termos de mão de obra, colhedoras e secadores. O teor
de umidade dos grãos no momento da colheita deve ser o mais adequado, pois ele interfere no
rendimento de grãos inteiros no beneficiamento e na perda de produção. A colheita em períodos
chuvosos pode acarretar perdas por acamamento, debulha e depreciação do produto. A presença
de muitas plantas daninhas na lavoura afeta o desempenho das máquinas de colheita, pois causa
embuchamento, além delas competirem com a cultura do arroz por luz, água e nutrientes.
Época de colheita
A época adequada de colheita corresponde à fase de maturação do arroz, em que se
obtém maior rendimento de grãos inteiros no beneficiamento e menor perda de grãos no campo.
Tanto colheitas antecipadas como tardias afetam o rendimento industrial das cultivares, mas
algumas podem ser mais exigentes quanto à época adequada de colheita.
Quando o arroz é colhido com alto teor de umidade, a produtividade é prejudicada pela
ocorrência de muitos grãos imaturos, gessados e malformados, que se quebram facilmente
durante o beneficiamento, descasque e polimento. Se, por outro lado, a colheita for feita
tardiamente, com baixo teor de umidade nos grãos, ocorrem perdas por desprendimento natural
dos grãos e acamamento das plantas, e a qualidade industrial do produto também é afetada pela
redução do rendimento de grãos inteiros no beneficiamento. Esse efeito pode ser mais severo se
ocorrer orvalho, alta umidade relativa do ar e, principalmente, períodos alternados de chuva e sol
intenso, pois os grãos se trincam antes de serem beneficiados. Dessa forma, a principal causa de
quebra de grãos está relacionada com a sua reidratação, mais especificamente quando a umidade
está abaixo de um ponto crítico que se situa em torno de 15%.
De maneira geral, para obter maior rendimento de inteiros, recomenda-se colher o arroz
com teor de umidade entre 18 e 23%. Na falta de aparelhos para determinar o teor de umidade
dos grãos, o produtor pode se basear na mudança de cor das glumelas (cascas) e considerar como
ideal quando dois terços dos grãos da panícula estiverem maduros. Apertar os grãos pode
também ser um indicativo útil: se amassar, ainda está imaturo e, se quebrar, está no ponto de
colheita.
Métodos de colheita
Os métodos de colheita do arroz são: o manual, o semimecanizado e o mecanizado.
Colheita manual - A colheita manual requer cerca de dez dias de trabalho de um homem
para ceifar um hectare de plantas, sendo o método mais difundido nas pequenas lavouras. Além
da ceifa, que normalmente é feita com faca cutelo, as outras operações, como o recolhimento e a
trilha, são realizadas manualmente. À medida que as plantas vão sendo cortadas em pequenos
feixes, são amontoadas transversalmente sobre os colmos decepados, de modo que as panículas
não fiquem em contato com o solo e permaneçam expostas ao sol. Os feixes devem ser colocados
no mesmo sentido, para facilitar seu recolhimento e transporte para o local da trilha. A trilha é
realizada em jirau de madeira, caixotes ou bancas, e consiste em golpear as panículas até o
desprendimento dos grãos.
Colheita semimecanizada - Nesse método, pelo menos uma das etapas do processo é feita
manualmente. Geralmente, o corte e o recolhimento das plantas são manuais e a trilha,
mecanicamente, usando trilhadoras estacionárias.
Os grãos separados pelo côncavo e sacapalha, mais algumas impurezas leves, são reunidos
na bandeja coletora da máquina e daí seguem para a unidade de limpeza, composta de peneira
superior, extensão da retrilha, peneira inferior e ventilador. A peneira superior realiza a pré-
limpeza dos grãos que caem na peneira inferior. A extensão da retrilha, posicionada na
extremidade da peneira superior, retém os grãos não trilhados, enquanto a peneira inferior faz a
limpeza final dos grãos. O ventilador joga o vento nas peneiras e auxilia na eliminação, por
diferença de densidade, das impurezas dos grãos. Os grãos limpos são transportados por
condutores helicoidais e por correntes elevadoras para o tanque graneleiro ou para a plataforma
de ensacamento de grãos e os grãos não trilhados, recolhidos pela extensão da retrilha, para a
unidade de trilha da colhedora.
Perda no sacapalha
Usar uma armação de madeira e pano, tipo maca, com dimensões apropriadas para
coletar o material proveniente de 1 m² de lavoura.
Posicionar a armação na lavoura e esperar pela passagem da colhedora.
Com a armação, coletar somente a descarga do sacapalha.
Separar os grãos da palha e pesá-los.
Calcular a perda, em kg ha-1, utilizando a Equação 1.
O primeiro passo para reduzir custos com máquinas e implementos agrícolas é reconhecer
erros de manejo que podem estar gerando aumento nos custos operacionais de sua fazenda.
Se investir em um implemento for a alternativa ideal para seu negócio, corrigir esses
pontos ajudará não só a gastar menos, mas também a prolongar a vida útil de seus implementos.
o O uso correto dos implementos reduz a necessidade de manutenções
Ao escolher um maquinário ou implemento agrícola que não seja o ideal para sua área,
topografia, cultura ou extensão, é comum que haja um desgaste ou sobrecarga pelo uso intensivo
e ineficiente dos equipamentos.
Com isso, a necessidade de realizar manutenções e reparações constantes é ainda maior.
E nesse caso a conta é simples, quanto mais manutenções e trocas de peças forem
necessárias, maiores serão os custos operacionais dentro de sua fazenda, o que reduzirá de forma
direta e proporcional o seu lucro.
Além disso, as manutenções corretivas e o mal uso também afetam a vida útil do
implemento agrícola, fazendo com que o seu investimento não tenha um bom custo-benefício.
Além da escolha errada de maquinário, esse desgaste também pode ocorrer devido ao mal
planejamento agrícola.
Ao não monitorar suas operações, por exemplo, pode acontecer de repetir etapas que já
foram realizadas em determinada área, perdendo tempo e desperdiçando recursos.
Por isso, monitorar as máquinas e implementos agrícolas por meio de um sistema
integrado de gestão é a forma ideal de se certificar de que o planejamento será cumprido de
maneira otimizada, ágil e eficiente.
Manutenções preventivas não são apenas um custo, mas um investimento a longo prazo
Como citamos no tópico anterior, as manutenções reparadoras em excesso aumentam
significativamente os custos de produção. Por isso, evitar que elas sejam necessárias é o ideal.
No entanto, é importante ressaltar que as manutenções preventivas não são apenas um
custo, como no caso das manutenções reparadoras.
Isso, porque, manter seus implementos em dia ajuda a evitar problemas por desgaste e
falta de cuidados básicos – ou seja, ajuda a reduzir as manutenções corretivas.
Sendo assim, para prolongar a vida útil de seus equipamentos e garantir que eles trarão um
bom retorno a longo prazo, conhecer as necessidades de cada máquina ou implemento agrícola de
acordo com seu tempo ou recorrência de uso é fundamental.
Desse modo, você poderá adicionar em seu sistema de gestão quando será preciso realizar
a manutenção preventiva de cada item, evitando esquecimentos e problemas maiores em
decorrência da falta de cuidados essenciais.
Para responder a essa questão, conhecer bem a saúde do seu negócio é fundamental. Isso,
porque, ela é quem dirá se está ou não na hora de aumentar sua frota de máquinas e
implementos agrícolas.
Além de serem itens essenciais para um bom manejo ao longo do ciclo da lavoura até sua
colheita, os implementos e maquinários também ajudam a aumentar a eficiência e a qualidade da
produção.
Ao investir na compra desses equipamentos, você terá a liberdade de se planejar e realizar
manejos sempre que necessário.
Já ao optar pelo aluguel, é importante lembrar-se de incluir no planejamento agrícola a
contratação desses serviços a tempo de realizar as operações sem atrasos, considerando as
variáveis climáticas e demais imprevistos que possam acontecer no campo.
Em contrapartida, essa alternativa é uma ótima opção para reduzir os custos e possibilitar
pequenos produtores que ainda não consigam comprar seus próprios maquinários a garantir boas
safras.
E esse também é um ponto a ser aproveitado pelos produtores que podem fazer esse
investimento.
Alugar os implementos agrícolas que estiverem disponíveis também garante um renda que
reduzirá os custos de produção, já que os parceiros ajudarão a custear manutenções e valor do
maquinário.
No entanto, é importante colocar tudo isso na ponta do lápis, calcular custos de
investimento, manutenção e depreciação, para então conseguir tomar a decisão ideal para o
momento atual de sua fazenda.
E tudo isso só é possível quando se tem um sistema de gestão automatizado, integrado e
eficiente, para conseguir visualizar as alternativas e enfim fazer a melhor escolha.
MECANIZAÇÃO E PLANTABILIDADE
É importante ressaltar que para esse tipo de equipamento as sementes possuam bons
índices de pureza, se trabalhe com quantidades adequadas de grafite e a manutenção preventiva
seja feita para evitar o entupimento dos orifícios dos discos (o que afetaria a população final). Este
tipo de semeadora comporta o emprego de velocidades um pouco acima do que é recomendado
para equipamentos mecânicos com disco horizontal.
Velocidade de semeadura
A velocidade empregada durante a semeadura corresponde a um dos parâmetros mais
críticos e muitas vezes negligenciados, atingindo, em certos casos, velocidade superior a 12 km/h.
A velocidade de semeadura tem relação direta com a quantidade de falhas e sementes duplas, o
que interfere no estande final e, consequentemente, na produtividade da cultura. Segundo
Furlani, com o aumento da velocidade de deslocamento influencia-se negativamente a
regularidade de distribuição, diminuindo a porcentagem de espaçamentos normais.
Dados de pesquisa e observação a campo demonstram que com os equipamentos
utilizados hoje pelos produtores, o emprego de velocidades acima de 8 km/h retira desses
equipamentos o caráter de precisão, reduzindo a qualidade de semeadura e aumentando as
sementes duplas e falhas. Para equipamentos mecânicos de disco recomenda-se velocidade entre
4 a 6 km/h, e para pneumáticos até 8 km/h.
Jazper et al. (2011) comprovou, ao confrontar uma semeadora mecânica com discos
horizontais e uma semeadora pneumática, que a distribuição longitudinal de sementes do sistema
pneumático foi melhor, mesmo elevando a velocidade. Com essa elevação de velocidade, os
espaços múltiplos aumentaram e os espaçamentos aceitáveis reduziram, mesmo assim, sempre
com valores melhores do que os encontrados com a semeadora mecânica com disco horizontal.
Chaves (2015), em seu trabalho, relacionando diferentes sistemas de plantio com
velocidades entre 4 a 8 km/h, utilizando uma semeadora pneumática, demonstrou redução da
produtividade conforme o aumento da velocidade. Segundo seu estudo, a velocidade que
entregou a melhor produtividade ficou em 5,5 km/h, fator relacionado à maior quantidade de
vagens e o estande de plantas.
Dependendo da velocidade utilizada na semeadura, haverá interferência no sistema
dosador, o que prejudicará o sistema que individualiza as sementes, assim como a passagem por
ele, pelo tubo condutor, e também a velocidade em que a semente chegará ao sulco de plantio.
Além disso, com o aumento de velocidade se revolve mais o solo com a abertura e fechamento de
sulco, impactando também na variação de profundidade da semente.
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