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Máquinas, Mecanização Agrícola e

Logística

Plantadoras
Transplantadoras
Semeadoras
SUMÁRIO

1 PLANTADORAS

2 TRANSPLANTADORAS

3 SEMEADORAS
PLANTADORAS
Conceito funcional

 Implementos ou máquinas destinados ao plantio de partes


vegetativas dormentes (colmos, tubérculos, raízes...) para
espécies que não se reproduzem por sementes;

 Máquinas que geralmente operam sobre solos preparados;

 Em geral, operam em baixas velocidades devido a fragilidade


das partes vegetativas, peso a ser transportado ou presença de
pessoas sobre o equipamento;
PLANTADORAS
Plantadora de cana picada tracionada

 Alta demanda de potência;


 Dosa e distribui bulbos, colmos ou tubérculos;
PLANTADORAS
Plantadora de cana picada automotriz

 Realiza abertura de sulcos, transporte e distribuição de colmos,


pulverização pós-plantio e cobertura de solo;

 Alta demanda de potência e baixa eficiência operacional;


PLANTADORAS
Plantadora de microtoletes de cana-de-açúcar

 Tecnologia recente que utiliza pouco volume de massa


vegetal para o plantio;
 Microtoletes possuem cobertura especial contra perda de
umidade, resistindo mais tempo no solo até a germinação;
PLANTADORAS
Plantadora de mandioca

 Transporta, corta, distribui e faz o enterrio de manivas de


mandioca;

 Sistema de fertilização auxiliar;


PLANTADORAS
Plantadoras de batata
SUMÁRIO

1 PLANTADORAS

2 TRANSPLANTADORAS

3 SEMEADORAS
TRANSPLANTADORAS
Máquinas transplantadoras

 Destinadas ao transplante de órgãos vegetativos já


germinados para o solo, para espécies que não se reproduzem
por sementes;

 Operações a baixas velocidades devido a necessidade de


maior precisão da operação;

Operação mais complexa do que plantio ou semeadura;


TRANSPLANTADORAS
Transplantadora de fumo/hortaliças
TRANSPLANTADORAS
Transplantadora de fumo/hortaliças
TRANSPLANTADORAS
Transplantadora de arroz
SUMÁRIO

1 PLANTADORAS

2 TRANSPLANTADORAS

3 SEMEADORAS
SEMEADORAS

Máquina agrícola que realiza a operação de semeadura de


espécies vegetais, cuja reprodução se dá por meio de
sementes (menor unidade natural germinativa) (ABNT, 1996).
SEMEADORAS

Sistema de Semeadura Direta (Sistema Plantio Direto)

O Sistema Plantio Direto teve seu início na década de 1970


idealizado por pesquisadores preocupados com as
inestimáveis perdas de solo devido a erosões no preparo
convencional.

Tem como objetivos obter melhor qualidade física, química e


biológica do solo através de manejos de cobertura e preparos
conservacionistas do solo.

Foram mais de 20 anos para sucesso de adoção do SPD no


Brasil;
SEMEADORAS

Desafios iniciais do SPD

 Readequação de maquinário agrícola;

 Falta de pesquisas na área;

 Pulverização dirigida para controle de plantas daninhas;

 Readequação de rodados e pneus agrícolas;

 Abolição de uso de arados e grades em preparos do solo;


SEMEADORAS
Primeiros avanços em semeadura direta

Paraná – Década de 70

Fotos: Revista Cultivar


SEMEADORAS

Considerações do preparo conservacionista

1. O manejo de palhada sobre a superfície é fundamental para


evitar maior compactação do solo;

2. A descompactação do solo deverá ser sempre realizada


com implementos escarificadores;

3. Menor movimentação de solo na linha de semeadura resulta


em menor emergência de plantas daninhas;

4. Menor pressão dos pneus sobre o solo e necessário;


SEMEADORAS

O Preparo Conservacionista (Preparo Mínimo) do solo permite maior


jornada (tempo disponível) para a mesma operação com o maquinário,
permitindo que maior Ritmo Operacional (ha/h) seja cumprido com a
mesma frota.
SEMEADORAS
Qual seria a semeadora de grãos ideal ??
SEMEADORAS
Conceitos funcionais agronômicos

1. Realizar o transporte, separação e cobertura das sementes sem


danificá-las e distribuindo-as no solo uniformemente;

2. Manter uniformidade da distribuição longitudinal, transversal e


profundidade das sementes;

3. Prover cobertura suave de solo, evitando selamento lateral ou


superficial ou presença de ar junto as sementes;

4. Ser apta a trabalhar em diferentes condições de umidade,


agregação e consistência de solo e adequar-se as condições de
micro relevo junto a linha de semeadura;
SEMEADORAS
Tipos de semeaduras

A lanço Em linha

Fluxo contínuo De precisão


Semeadura a lanço
SEMEADORAS
Semeadura a lanço

 Normalmente feita com uso de distribuidores;


 Cuidado com a definição de largura útil;
 Exige operação extra de cobertura das sementes;
SEMEADORAS

Regulagem

1. Determinar a população de sementes desejada (g/m2).

2. Determinar a largura útil (m) e velocidade de trabalho(km/h).

3. Determinar a distância linear de trabalho (m/ha).

4. Determinar o fluxo de distribuição de sementes (g/m).

5. Medir o fluxo de sementes em 100m ou estimar o tempo necessário


para percorrer 100m, coletar o produto distribuído e reajustar a
abertura da comporta dosadora se necessário.
Semeadura em linha de fluxo contínuo
(Sementes finas)
SEMEADORAS
Semeadoras em linha (Fluxo contínuo)

Máquinas destinadas a semeadura de plantas em linha


devendo ter precisão na distribuição de volume de sementes
por área.
SEMEADORAS
Semeadoras em linha (Fluxo contínuo)

Regulagem por abertura do rotor acanalado

Abertura de seção sobre o rotor acanalado permitindo maior ou


menor fluxo de sementes (volume de sementes/revolução).
SEMEADORAS
Semeadoras em linha (Fluxo contínuo)

Regulagem por abertura do rotor acanalado

1. Determinar população de sementes por metro linear (g/m);

2. Determinar perímetro dinâmico da roda da semeadora (m);

3. Determinar peso desejado de sementes por giro da roda (g/giro);

4. Rodar com a semeadora com carga por uma distancia equivalente a


10 giros da roda e medir o fluxo médio de sementes (g/giro);
SEMEADORAS
Semeadoras em linha (Fluxo contínuo)

Regulagem por troca de relação de transmissão

Alguns modelos de semeadoras permitem a troca de relação de


engrenagens desde a roda motora ate o eixo do rotor;
SEMEADORAS
Semeadoras em linha (Fluxo contínuo)

Regulagem por troca de relação de transmissão

1. Determinar peso desejado de sementes por giro da roda (g/giro);

2. Determinar Número de redução (Nr) final ao eixo do rotor;

3. Rodar com a semeadora por uma distancia equivalente a 20


revoluções da roda e determinar o fluxo medio de sementes (g/giro);

4. Reajustar a relação de transmissão através de troca da engrenagem


movida (numero de dentes);
Semeadoras em linha de precisão
(Sementes graúdas)
SEMEADORAS
Semeadoras em linha de precisão

Conceito funcional

Máquinas destinadas a semeadura definida em número de


sementes por metro linear. Sua regulagem bem como seu
projeto devem permitir boa distribuição longitudinal de
sementes.
SEMEADORAS
Semeadoras em linha de precisão

Quanto ao mecanismo dosador de sementes

1.1 Semeadoras com discos horizontais


 Utilizam discos alveolares horizontais
 Projeto do disco alveolar e tamanho de orifícios são importantes;
SEMEADORAS
Semeadoras em linha de precisão

Quanto ao mecanismo dosador de sementes

1.2 Semeadoras com dedos prensores


 Cuidado com danos sobre as sementes;
 Uniformidade de distância entre sementes;
SEMEADORAS
Semeadoras em linha de precisão

Quanto ao mecanismo dosador de sementes

1.3 Semeadoras de discos verticais (Sistema pneumático)


SEMEADORAS
Semeadoras em linha de precisão

Quanto ao mecanismo dosador de sementes

1.3 Semeadoras de discos verticais (Sistema pneumático)


 Maior precisão longitudinal de distribuição de sementes;
Melhor estande de plantas (distância entre plantas);
SEMEADORAS
Semeadoras em linha de precisão

Quanto a mobilidade da linha de semeadura

Linhas comuns Linhas pantográficas


Semeadoras em linha de precisão múltipla
(Sementes graúdas/Sementes finas)
SEMEADORAS
Semeadoras em linha de precisão múltipla
(Sementes graúdas/Sementes finas)

 Permitem troca de sistemas de semeadura para sementes finas e


graúdas sobre o mesmo chassi;

 Exigência em mão-de-obra para troca de peças em cada safra;


SEMEADORAS

Regulagem

1. Determine a população linear desejada (sementes/metro);

3. Determine a população linear media (sementes/metro) distribuída pela


máquina em 20 m;

4. Reajuste a relação de transmissão entre engrenagens;

Nr = Motora / Movida
Semeadoras-adubadoras
SEMEADORAS
Semeadoras-adubadoras

As semeadoras-adubadoras realizam a distribuição de fertilizantes ao


mesmo tempo que distribuem as sementes.

Principais funções:
- Movimentar o fertilizante sem afetar a granulometria;
- Ter precisão de distribuição volumétrica;
- Possuir sistema de distribuição em profundidade;
SEMEADORAS

Mecanismos dosadores de fertilizantes

Rosca sem fim Rotores dentados


SEMEADORAS
Semeadoras-adubadoras

Regulagem de dosagem de fertilizantes

P50 (g) = E x Q x 50
A
Onde:

P: Peso a ser coletado em 50 m de deslocamento (g);


E: Espaçamento médio (mm);
Q: Quantidade de fertilizante sólido a ser distribuído (kg);
A: Área a ser fertilizada (m2);
Como selecionar a melhor semeadora??
SEMEADORAS
1. Quanto ao reservatório de fertilizantes

 Não devem ser quadrados, retangulares no sentido vertical;


 Capacidade de carga limitada de acordo com o chassi;
 Devem permitir visualização de nível desde o assento do operador;
SEMEADORAS
2. Quanto ao tipo de disco de corte
SEMEADORAS
3. Quanto ao mecanismo distribuidor de fertilizante

Fonte: Stara Fonte: Semeato


SEMEADORAS
4. Quanto ao cobridor/compactador de sementes

 Evitar pressão sobre o local de germinação das sementes;


 Evitar rodas planas ou côncavas;
 Rodas em “V” têm mostrado melhores uniformidades de germinação;
 Deve permitir regulagem de pressão sobre o solo e posição de ataque;
SEMEADORAS
4. Quanto ao cobridor/compactador de sementes
SEMEADORAS
5. Quanto ao duto transportador de sementes

 Sofrem influência de vibração da máquina;


 Velocidade de deslocamento da semente é variável;
 O duto deve reduzir a velocidade da semente até chegada ao solo;
SEMEADORAS
6. Quanto ao tipo de roda limitadora de profundidade

 Rodas devem possuir grau de inclinação em relação ao solo;


 Devem possuir raios sobre o aro;
 Devem possuir banda de rodagem autolimpante;
SEMEADORAS
7. Quanto ao tipo de acoplamento ao trator

 Preferir semeadoras de arrasto para relevos irregulares;


 Cuidado com deslizamentos da roda motora em máquinas
acopladas ao sistema hidráulico de 3 pontos;
SEMEADORAS
8. Quanto a flexibilidade lateral do chassi

 Identificar necessidades do relevo antes da aquisição da máquina;

 Adequar o micro relevo (curvas de níveis, depressão) aos limites da


semeadora;
SEMEADORAS
9. Quanto a precisão na distribuição de sementes
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT,1994) considera
normais os espaçamentos entre plantas de 0,5 a 1,5 vez o espaçamento
médio esperado na distribuição longitudinal de sementes.

Fonte: Coelho, 1996


SEMEADORAS
9. Quanto a precisão na distribuição de sementes

Tolerância de espaçamentos aceitáveis

Fonte: Coelho, 1996


SEMEADORAS
10. Quanto a demanda de potência do motor

Fonte: Siqueira, 2012.


SEMEADORAS
Uma boa semeadora de “Semeadura direta” deve...

- Cortar a palha com disco de corte vertical;


- Abrir sulco com pequena remoção de solo e palhas;
- Dosar fertilizante e sementes;
- Depositar fertilizante e sementes em profundidade;
- Cobrir sementes com solo;
- Compactar o solo lateralmente à semente;
- Devolver a palha sobre o sulco inicialmente aberto;

Fonte: Siqueira & Casão Jr, 2004


REFERÊNCIAS

COELHO, J. L. D. Ensaio & certificação das máquinas para a semeadura. Piracicaba. In: MIALHE,
L. G. Máquinas Agrícolas Ensaios & Certificação. Piracicaba: FEALQ, 1996. p. 551-570.

DURIGON, R. Plantadoras. 42 Slides. Apresentação em Power Point. Programa de Pós-graduação


em Engenharia Agrícola/UFSM. 2008.

SEMEATO. Material de divulgação. Disponível em: www.semeato..com.br . Acesso em 10 Ago


2012.

SIQUEIRA, R.; CASÃO JUNIOR, R. Trabalhador no cultivo de grãos e oleaginosas: Máquinas para
manejo de coberturas e semeadura no sistema de plantio direto. Curitiba: SENAR-PR, 2004. 88 p.

SIQUEIRA, R. Milho: semeadoras -adubadoras para sistema plantio direto com qualidade. 34p.
Instituto Agronomico do Paraná. 2012.

STARA. Material de divulgação. Disponível em: www.stara.com.br. Acesso em 10 Out 2012.

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