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Grandeza física é tudo aquilo que envolve medidas, ou seja, que pode ser medida. Medir
significa comparar quantitativamente uma grandeza física com uma unidade através de uma
escala pré-definida. Em outras palavras, medir uma grandeza física é compará-la com outra
grandeza de mesma espécie, que é a unidade de medida. Verifica-se, então, quantas vezes
a unidade está contida na grandeza que está sendo medida. Nas medições, as grandezas
sempre devem vir acompanhadas de unidades. Outros exemplos de grandezas físicas:
massa, temperatura, velocidade, etc.
Grandezas escalares
Grandezas escalares são aquelas que podem ser escritas na forma de um número, seguido
de uma unidade de medida. Em outras palavras, elas são completamente definidas se
soubermos o seu valor, também chamado de módulo, e a forma como ela é medida.
comprimento;
tempo;
temperatura;
massa.
Grandezas vetoriais
Grandezas vetoriais precisam ser expressas por um número (módulo), uma direção, um
sentido e uma unidade de medida. Isso equivale a dizer que essas grandezas podem ser
expressas por meio de uma seta (vetor), ou seja, para defini-las, é necessário levar em
conta o ponto de vista do observador.
Sentido
Direção
Módulo
Sentido: a orientação se é para cima ou para baixo, para direita ou para esquerda,
positivo ou negativo, leste ou oeste, norte ou sul. Toda direção apresenta dois sentidos, que
são como a ponta da seta de cada vetor.
Posição
Deslocamento
Velocidade
Força
Aceleração
Instrumentos de Medição
Na natureza, algumas grandezas são muito maiores que a unidade empregada. Por
exemplo, o diâmetro da terra é de aproximadamente 10.000.000 metros. Por outro lado,
outras grandezas são muito menores que a unidade, como por exemplo o raio de uma
bactéria comum, que é de aproximadamente 0,000001 metros. Nestes casos, escrever
algarismos com muitos algarismos zero é inconveniente, podendo inclusive levar a erros.
Emprega-se então a notação com potências de dez, também conhecida como notação
científica. A vantagem do uso desta notação é substituir o número de zeros da grandeza por
10 elevado ao um expoente igual ao número de zeros. Por exemplo:
No primeiro exemplo, o expoente 7 é igual ao número de zeros que aparece no número que
define o valor do diâmetro da terra. No segundo exemplo o expoente 6 também é o número
de zeros que define o valor da grandeza “diâmetro da bactéria”, porém o expoente é
negativo, o que significa que é menor que a unidade. Outros exemplos:
10¹ =10
10² =100
10³ =1000
10^(-1) = 0,1
10^(-2) = 0,01
10^(-3) = 0,001
3 x 10¹ = 3 x 10 = 30
1,2 x 10^(4) = 1,2 x 10.000 = 12.000
2 x 10^(-1) = 2 x 0,1 = 0,2
4,53 x 10^(-2) = 4,53 x 0,01 = 0,0453
Observação: O número que multiplica a potência de dez deve estar preferencialmente entre
1 e 10. Exemplo:
34 x 10³ (evitar!!!)
34 x 10³= 3,4 x 10^(4) (preferível) 4
No exemplo acima, o expoente de dez passou de 3 para 4 (aumentou em 1) porque na
transformação de 34,0 para 3,4 a vírgula se deslocou uma casa para a esquerda.
Outro exemplo:
No exemplo acima, a vírgula de deslocou duas casas para a esquerda e o expoente de dez
aumentou em 2. Por outro lado, quando a vírgula se desloca para a direita, o expoente de
dez diminui na mesma quantidade de casas decimais deslocadas. Exemplos:
Unidades do SI
Básicas
Definiram-se sete grandezas físicas postas como básicas ou fundamentais. Por
conseguinte, passaram a existir sete unidades básicas correspondentes — as unidades
básicas do SI — descritas na tabela. A partir delas, podem-se derivar todas as outras
unidades existentes.
Derivadas
Todas as unidades existentes podem ser derivadas das unidades básicas do SI. Entretanto,
consideram-se unidades derivadas do SI apenas aquelas que podem ser expressas através
das unidades básicas do SI e sinais de multiplicação e divisão, ou seja, sem qualquer fator
multiplicativo ou prefixo com a mesma função. Desse modo, há apenas uma unidade do SI
para cada grandeza. Contudo, para cada unidade do SI pode haver várias grandezas. Às
vezes, dão-se nomes especiais para as unidades derivadas
A partir das grandezas mostradas acima, são definidas centenas de outras grandezas
derivadas, que são escritas por meio da combinação de grandezas fundamentais, como a
velocidade, que é uma combinação entre as grandezas comprimento e tempo:
Algumas unidades derivadas recebem nome especial, sendo este simplesmente uma forma
compacta de expressão de combinações de unidades de base que são usadas
frequentemente.Então, por exemplo, o joule, símbolo J, é por definição, igual a m² kg s –².
Existem atualmente 22 nomes especiais para unidades aprovados para uso no SI, que estão
listados na tabela abaixo:
Múltiplos e submúltiplos das unidades do SI
Um conjunto de prefixos foi adotado para uso com as unidades do SI, a fim de exprimir os
valores de grandezas que são muito maiores ou muito menores do que a unidade SI usada
sem um prefixo.Os prefixos SI estão listados na tabela abaixo. Eles podem ser usados com
qualquer unidade de base e com as unidades derivadas com nomes especiais.
Tabela – Prefixos SI
Unidades fora do SI
Embora algumas unidades não-SI sejam ainda amplamente usadas, outras, a exemplo do
minuto, da hora e do dia, como unidades de tempo, serão sempre usadas porque elas estão
arraigadas profundamente na nossa cultura. Os cientistas devem ter a liberdade para utilizar
unidades não-SI se eles as considerarem mais adequadas ao seu propósito. Contudo,
quando unidades não-SI são utilizadas, o fator de conversão para o SI deve ser sempre
incluído. Algumas unidades não-SI estão listadas na tabela abaixo, com o seu fator de
conversão para o SI.
Unidades fora do SI
Os símbolos das unidades começam com letra maiúscula quando se trata de nome próprio
(por exemplo, ampere, A; kelvin, K; hertz, Hz; coulomb, C). Nos outros casos eles sempre
começam com letra minúscula (por exemplo, metro, m; segundo, s; mol, mol). O símbolo do
litro é uma exceção: pode-se usar uma letra minúscula ou uma letra maiúscula, L.
Grandezas vetoriais
a) G. Escalar: é aquela que fica perfeitamente definida quando conhecemos o seu valor
numérico e a sua unidade de medida. Ex.: massa, tempo, comprimento, energia, etc.
b) G. Vetorial: é aquela que fica perfeitamente definida, quando conhecemos além do valor
numérico e da unidade de medida a direção e o sentido. Ex: velocidade, aceleração, força,
etc.
VETOR
VETORES IGUAIS
Duas grandezas vetoriais são iguais quando apresentam o mesmo módulo, a mesma
direção e o mesmo sentido.
VETORES OPOSTOS
Duas grandezas vetoriais são opostas quando apresentam o mesmo módulo, a mesma
direção, mas sentidos contrários.
⃗
V =−⃗
V
ADIÇÃO DE VETORES
a) Método do Polígono
b) Método do Paralelogramo
Módulo:
1°) Com mesma direção e mesmo sentido ( = 0°):
Ou
Módulo:
Módulo:
Direção: mesma de V
Sentido: mesmo de V
Ex:
COMPONENTES DE UM VETOR
Exercícios:
b⃗ a⃗ 0 b⃗
0 a⃗
|⃗S|=|b⃗|+|a⃗| |⃗S|=|b⃗|−|⃗a|
S=80u +60 u S=80u−60 u
S=140u S=20u
Método do Paralelogramo
a⃗ |⃗S|²=|b⃗|²+|⃗a|²
2
S ²=( 80 u ) +(60 u)²
0 b⃗ S ²=3600+6400
S= √ 10000=100 u
3-No plano quadriculado abaixo, estão representados três vetores: ⃗x ,⃗y e z⃗ . Determine o
módulo do vetor soma ⃗s=⃗x + ⃗
y + ⃗z .
Método Poligonal:
|⃗S|²=|⃗a|²+|b⃗|²
S ²=3 ²+4 ²
S ²=9+16
S ²=25
S= √25 = 5 u
4-Os vetores A e B representados na figura têm módulos iguais a 4,0m. Sendo cos 45° e
sen 45° iguais a 0,7, conclui-se que a intensidade do vetor resultante R = A + B, em m, é, de
aproximadamente:
y
A B
45°
5-Analisando a disposição dos vetores BA, EA, CD, CD e DE, conforme figura abaixo,
assinale a alternativa que contém a relação vetorial correta. (Poligonal)
B
⃗
CB+ ⃗
BA=⃗
CD+ ⃗
DE + ⃗
EA
Alternativas:
a) ⃗
CB + ⃗
CD +⃗
DE=⃗
BA+ ⃗
EA R: ⃗
CB−⃗
BA=−⃗
CD−⃗
DE + ⃗
EA (F)
b) ⃗
BA+ ⃗
EA +⃗
CB=⃗
DE +⃗
CD R: ⃗
CB+ ⃗
BA=⃗
CD+ ⃗
DE−⃗
EA (F)
c) ⃗
EA−⃗DE + ⃗
CB=⃗
BA+ ⃗
CD
R: ⃗
CB −⃗
BA=⃗CD +⃗
DE−⃗EA (F)
d) ⃗
EA −⃗
CB+⃗ DE=⃗
BA−⃗ CD
R: −CB− BA=−CD− DE−⃗
⃗ ⃗ ⃗ ⃗ EA (x-1)
⃗ ⃗ ⃗ ⃗ ⃗
CB+ BA =CD+ DE + EA (V)
e) ⃗
BA −⃗
DE−⃗CB=⃗ EA+ ⃗
CD
R: −⃗
CB+⃗BA=⃗CD +⃗DE +⃗
EA (F)
6-A figura, em escala, duas forças a⃗ e b⃗ , atuando num ponto material P. A alternativa que
indica o módulo de a⃗ + ⃗b, é:
Resolução:
x
a⃗ =2 i
a⃗ ⃗
b=−2 i+3 j
i j
y a⃗ + ⃗b=2 i−2 i+ 3 j
b⃗ a⃗ + ⃗b=3 j=⃗
R=3 N
Cinemática Escalar
É o ramo da mecânica que estuda o movimento dos corpos sem levar em conta a origem do
movimento, que é assunto da dinâmica. Ela estuda conceitos como posição, deslocamento,
referencial, trajetória, entre outros.
Ponto material
Corpo extenso
É todo corpo cujas dimensões são comparáveis às escalas envolvidas. Nesse caso, elas
não podem ser desprezadas. Alguns exemplos: A Terra em relação à Lua; o movimento de
um caminhão saindo de uma garagem; uma pessoa entrando em uma balsa etc.
Ex: Uma pessoa chega a um ponto de ônibus no instante inicial t 0= 14 horas. Após alguma
espera, ônibus chega ao ponto no instante final t=14h:15 min. Portanto, o intervalo de tempo
(∆t ) corresponde á espera do ônibus pela pessoa pode ser calculado assim:
∆ t=t−t 0
∆ t=15 min
t 0= 0 t = 2s
+
0 s0 = +4m s= + 8m
∆ s=s−s 0
∆ s=8 m−4 m
∆ s=4 m
t 0= 0
+
0 s0 = + 4 m t = 2s
+
0 +4m +8m
t = 4s
+
0 s= + 4 m +8m
∆ s=s−s 0
∆ s=4 m−4 m
∆ s=0 m
É a razão entre a distância percorrida por um móvel e o intervalo de tempo em que ele
percorreu tal distância. A velocidade escalar média é considerada uma grandeza escalar,
sendo também conhecida como rapidez, uma vez que só se leva em conta a taxa com que
certo espaço é percorrido.
Ex:Um carro que está no quilômetro 200 de uma rodovia as 14 horas e, as 16 horas,
encontra-se no quilômetro 440 da mesma rodovia.
t 0= 14h t= 16h
+
0 200 km 440 km
A velocidade escalar média do carro pode ser calculada por meio da seguinte expressão:
km
V m =120
h
Assim:
∆ s1 =50 km; ∆ s2 =25 km;
a) A distância total percorrida é obtida pela soma dos espaços percorridos em cada trecho:
d=75 km
∆ s=25 km
∆ s 25 km
V m= =
∆ t 1,5 h
V m =16,6 km/h
Ex:Em 2016 foi batido o recorde de voo initerrupto mais longe da história. O avião Solar
Impulse 2, movido a energia solar, percorreu quase 6.480 km em aproximadamente 5 dias,
partindo de Nagoya no Japão até o Havaí nos Estados Unidos da América. A velocidade
escalar média desenvolvida pelo avião foi de aproximadamente?
∆ s 6.480 km
V m= =
∆ t 5 ×24 h
6.480 km
V m=
120 h
V m =54 km/h
Ex: O guepardo é um velocista por excelência. O animal mais rápido da Terra atinge uma
velocidade máxima de cerca de 110 km/h. O que é ainda mais notável: leva apenas três
segundos para isso. Mas não consegue manter esse ritmo por muito tempo; a maioria das
perseguições é limitada a menos de meio minuto, pois o exercício anaeróbico intenso
produz um grande débito de oxigênio e causa uma elevação abrupta da temperatura do
corpo (até quase 41°C, perto do limite letal). Um longo período de recuperação deve se
seguir. O elevado gasto de energia significa que o guepardo deve escolher sua presa
cuidadosamente, pois não pode se permitir muitas perseguições infrutíferas. Considerando
um guepardo que, partindo do repouso com aceleração constante, atinge 108 km/h após
três segundos de corrida, mantendo essa velocidade nos oito segundos subsequentes.
Nesse onze segundos de movimento, a distância total percorrida pelo guepardo foi de?
v (m/s)
30 . .
0 3 11 t (s)
km 1000 m 1 h
108 ∙ ∙ = 30 m/s
h 1km 3600 s
Área do trapézio:
(B+ b)∙ h
A=
2
(11+8)∙ 30
∆ s= =285 m
2
Ex:Uma pessoa realiza uma viagem de carro em uma estrada retilínea, parando para um
lanche, de acordo com o gráfico acima. A velocidade média nas primeiras 5 horas deste
movimento é.
v (km/h)
20
10
0 1 2 3 4 5 t (h)
v (km/h)
20
10
0 1 2 3 4 5 t (h)
A1 = ∆ s1 = 2 x 20 = 40 km
A2 = ∆ s2 = 2 x 10 = 20 km
∆ stotal =∆ s1 +∆ s2
∆ t=5 h
∆ s 60 km
V m= = =12 k m/h
∆t 5h
Ex:Um motorista se desloca de Passo Fundo em direção a Soledade, num trecho de pista
que é horizontal e retilínea. A sua frente um segundo automóvel está a uma distância
segura. O primeiro motorista percebe que durante alguns segundos essa distância parece
inalterada, nesse instante, olha para o velocímetro e verifica que a rapidez de 80 km/h se
mantém, de acordo com o uso da função piloto automático.
Baseado na situação descrita, qual das alternativas abaixo está CORRETA?
a) Os dois móveis, nesses instantes, se encontram em MRUV.
b) O primeiro móvel se encontra em repouso em relação a um referencial na pista.
c) O segundo móvel está freando.
d) Nesses instantes, a rapidez do segundo móvel é de 100 km/h em relação a um
referencial na pista.
e) A rapidez relativa entre eles é nula.
V1= 80 km/h
V2=80 km/h
Vr = 0
Ex: Em grandes aeroportos e shoppings, existem esteiras móveis horizontais para facilitar o
deslocamento de pessoas. Considere uma esteira com 48 m de comprimento e velocidade
de 1,0 m/s.
Uma pessoa ingressa na esteira e segue caminhando sobre ela com velocidade constante
no mesmo sentido do movimento da esteira. A pessoa atinge a outra extremidade 30 s após
ter ingressado na esteira.
a) 2,6
b) 1,6
c) 1,0
d) 0,8
e) 0,6
∆s
V m=
∆t
48 m
V m=
30 s
V m =1,6 m/s
V m =V e +V p
O mínimo intervalo de tempo que o veículo leva para percorrer a distância entre um sensor e
outro consecutivo, a fim de não ultrapassar o limite de velocidade é, aproximadamente, de.
a) 0,10 s
b) 0,18 s
c) 0,20 s
d) 0,22 s
e) 1,00 s
∆s
V m=
∆t
2m
11 m/s=
∆t
2m
∆ t=
11 m/s
∆ t=0,18 s
km 88
a) 88 = =22,44 m/s
h 3,6
b) 50 m/s
km 1600 m
c) 1,6 = =26,67 m/s
min 60 s
m 538 m
d) 538 = =9,72 m/s
min 60 s
cm
e) 100 =1 m/s
s
∆s
V m=
∆t
s−s0
v=
t −t 0
S=S 0+ v ∙t
t = tempo [s].
Ex:Um carro viaja a 90 km/h (25 m/s) partindo do So= 124 km. Qual o espaço final após 1
min 48 s?
S=S 0+ v ∙t
S=124000m+2700 m
S=126700m=126,7 km
Ex: Um veículo parte da cidade A com velocidade constante v1 = 100 km/h em direção á
cidade B. No mesmo momento, mas em sentido oposto, outro veículo parte de B com
velocidade v2 = 50 km/h também constante. Sabendo que a distância entre as cidades vale
D = 300 km. Determine:
(+)
0 KM A B 300KM
S1=0 km+100 km /h ∙ t
S1=100 km/h ∙ t
S1=S 2
300 km
t= =2 h
150 km/h
S1=100 km/h ∙ t
S1=100 km/h ∙ 2h
S1=S 2=200 km