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Interciencia

ISSN: 0378-1844
ISSN: 2244-7776
interciencia@gmail.com
Asociación Interciencia
Venezuela

Martins Braga, Thais Gleice; Moreira dos Santos., João Ubiratan; Martins
Maciel, Maria de Nazaré; Viegas Pinheiro, Paula Fernanda; Silva Bezerra.,
Paulo Eduardo; Reis Costa, Luiz Rodolfo; Marques da Silva Junior, Orleno
A DINÂMICA DE ALTERAÇÕES AMBIENTAIS COM BASE NAS TRANSIÇÕES, PERMANÊNCIAS
E VULNERABILIDADES: O CASO DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO MOJU, AMAZÔNIA
Interciencia, vol. 44, núm. 3, 2019, Marzo, pp. 180-188
Asociación Interciencia
Caracas, Venezuela

Disponible en: https://www.redalyc.org/articulo.oa?id=33958848013

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A DINÂMICA DE ALTERAÇÕES AMBIENTAIS COM BASE NAS TRANSIÇÕES,
PERMANÊNCIAS E VULNERABILIDADES: O CASO DA BACIA
HIDROGRÁFICA DO RIO MOJU, AMAZÔNIA
Thais Gleice Martins Braga; João Ubiratan Moreira dos Santos; Maria de Nazaré Martins Maciel; Paula Fernanda
Viegas Pinheiro; Paulo Eduardo Silva Bezerra; Luiz Rodolfo Reis Costa e Orleno Marques da Silva Junior

RESUMO

O modelo econômico implantado na Amazônia, baseado no de vegetação densa em 6,11%, e aumento das áreas de vegeta-
plantio de dendê, acarretou mudanças no uso e ocupação da ção secundária, passando de 4,9% em 2005 para 8,4% em 2017.
terra, na bacia hidrográfica do rio Moju (BHRM), onde o cul- Quanto as mudanças e permanências dos usos verificou-se uma
tivo do óleo de palma aumentou consideravelmente entre 2004 relação significativa de 75% na diminuição das áreas de vegeta-
e 2010. Este estudo objetiva analisar a dinâmica de alteração ção densa, aumento de pastagens e áreas antropizadas eviden-
de uso e ocupação do solo na BHRM e observar as áreas de ciando elevado uso do solo e significativo intervenção antrópica
APPs entre 2005 e 2017. Efetuou-se a classificação supervisio- na paisagem; a área de dendê mais se destacou na paisagem,
nada pelo método de máxima-verossimilhança, com imagens tendo aumento exponencial inclusive em áreas de APP, as quais
disponibilizadas pela USGS, e para delimitação da bacia hidro- foram identificadas com elevado uso e intervenções antrópicas
gráfica foram usados vetores disponibilizados pela ANA. Tal mé- prejudiciais para a conservação da biodiversidade. Conclui-se
todo identificou classes como: água e sombra, nuvem, pastagem, que o sensoriamento remoto mostra-se eficaz no monitoramento
área antropizada (solo exposto), vegetação densa, vegetação ambiental e apropriável para construção de medidas preventivas
secundária e dendê. Na transição entre os anos houve redução de degradação ambiental em áreas de APPs e uso da terra.

Introdução Nesta região, sabe-se que Espaciais (INPE, 2017) o qual ambientais, provenientes do
dentre os diversos fatores do afirma que dentre os anos de processo de uso do solo, pois é
A Amazônia brasileira ocupa desmatamento, o maior deles é 2000 a 2016 houve desmata- dessa forma que haverá melhor
cerca de 60% do território do a expansão das áreas de cultivo mento de ~52,33% da extensão compreensão quanto a necessi-
país e vem perdendo, por déca- do dendê (Elaeis guineensis) territorial total da bacia hidro- dade de recuperação e conser-
das, sua vegetação nativa em para a produção do óleo de pal- gráf ica do rio Moju (Pará, vação de nascentes, técnicas
razão das atividades do desma- ma, (Brondizio e Moran, 2012; 2016). Por esse motivo, a re- de manejo, conser vação de
tamento. Calcula-se que a maior De Sousa e Rocha, 2014; Villela gião nordeste do estado do solo e água e das Áreas de
parte da expansão de áreas des- et al., 2014; Nahum e Santos, Pará, presente sob a bacia hi- Preser vação Per manentes
f lorestadas será na Amazônia 2015; Silva, 2016; Ferreira et drográf ica do rio Moju (APP).
paraense, em contraste com to- al., 2017). Haja vista que área (BHRM), está entre os priori- Quanto as APPs, sabe-se
dos os outros estados que fa- coberta tal cultura dobrou den- tários da Amazônia para ações que o crescimento da cultura
zem parte da Amazônia Legal, tre os anos de 2004 a 2010 de- de prevenção, monitoramento e do dendê resulta diretamente
em especial na região nordeste vido a inserção do novo ciclo controle do desmatamento esta- em modificações ecossistêmi-
do estado do Pará, que esta in- econômico no estado do Pará. belecido pelo decreto nº cas, por isso é fundamental
serida a bacia hidrográfica do Tais resultados são compro- 6.321/2007. enfatizar o monitoramento e
rio Moju (Bordalo et al., 2012; vados através do processo de Autores como Gomes et al. ampliar o controle sobre áreas
Ferreira et al, 2016; Benami et monitoramento ambiental por (2012), Ferreira et al. (2017) e de produção, visando minimi-
al., 2018), a qual se apresenta satélite, oriundo de dados do Silva (2016) comprovam a ne- zar a expansão em APPs
como pioneira no processo de Projeto de Monitoramento e de cessidade de entender o pro- (Homma e Vieira, 2012), haja
ocupação da Amazônia, abran- Desmatamento na Amazônia cesso de uso do solo em bacias vista que tais áreas estão pro-
gendo os grandes projetos eco- Legal (PRODES) vinculado ao hidrográficas, prioritariamente tegidas sob o Código Florestal
nômicos do estado. Instituto Nacional de Pesquisas para minimizar os impactos Brasileiro, Lei nº 12.651/2012,

PALABRAS CHAVE / Biodiversidade / Monitoramento Ambiental / Uso da Terra /


Recebido: 11/07/2018. Modificado: 27/03/2019. Aceito: 28/03/2019.

Thais Gleice Martins Braga. João Ubiratan Moreira dos Paula Fernanda Viegas Pinheiro. Lui z Rodolfo Reis Costa.
Engenheira Ambiental, Universi- Santos. Biólogo, UFPA, Brasil. Engenheira Ambiental, Univer- Engenheiro Florestal, UFRA,
dade Federal Rural da Amazônia Mestre e Doutor em Biología sidade do Estado do Pará, Brasil. Especialista em Geopro-
(UFR A), Brasil, Mestre em Vegetal, Universidade Estadual Brasil. Mestre em Geografia, cessamento, UFPA, Brasil.
Ciências Ambientais, Universi- de Campinas, Brasil. Docente, UFPA, Brasil. Docente, UFRA, Orleno Marques da Silva Junior.
dade Federal do Pará (UFPA), UFRA, Brasil. Brasil. Engenheiro Ambiental, Univer-
Brasil. Estudante de Doutorado, Maria de Nazaré Martins Maciel. Paulo Eduardo Silva Bezerra. sidade do Estado do Pará,
UFRA, Brasil. Docente, UFRA, Engenheira Florestal e Mestre Engenheiro Ambiental, UFRA, Brasil. Mestre em Geografia,
Brasil. Endereço: Tv. Vileta N° em Ciências Florestais, UFRA, Brasil. Mestre em Engenharia UFPA, Brasil. Doutor em
429, Bair ro Pedreira, Cep: Brasil. Doutora em Engenharia Civil, UFPA, Brasil. Geographic Planejamento Energético,
66087- 421, Brasil. e-mail: Florestal, Universidade Federal Information System, Fanshawe Instituto Alberto Luiz Coimbra,
thais.braga@ufra.edu.br do Paraná, Brasil. Docente, College, Canadá. Brasil.
UFRA, Brasil.

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THE DYNAMICS OF ENVIRONMENTAL ALTERATIONS BASED ON TRANSITIONS, PERMANENCES AND
VULNERABILITIES: THE CASE OF THE MOJU / PA / AMAZÔNIA RIVER BASIN
Thais Gleice Martins Braga; João Ubiratan Moreira dos Santos; Maria de Nazaré Martins Maciel; Paula Fernanda Viegas Pinheiro;
Paulo Eduardo Silva Bezerra; Luiz Rodolfo Reis Costa and Orleno Marques da Silva Junior
SUMMARY
The economic model implemented in the Amazon, based on increase in secondary vegetation, from 4.9% in 2005 to 8.4%
palm oil planting, led to changes in land use and occupation, in 2017. As to the changes and permanence of the land uses a
in the Moju River Basin, where palm cultivation increased relation of 75% was verified in the reduction dense vegetation
considerably between 2004 and 2010. This study aims to ana- areas, increase of pastures and anthropic areas, evidencing
lyze the dynamics of land use change and occupation in that high use of the soil and significant anthropic intervention in
basin between 2005 and 2017, and observe the areas of APPs. the landscape. The area of dendê stood out in the landscape,
For this, classification was supervised by the maximum-likeli- showing an exponential increase even in areas of APP, which
hood method, with images made available by USGS, and us- were identified as having high use and harmful anthropogen-
ing vectors provided by ANA to delimit the basin. The follow- ic interventions for the conservation of biodiversity. It is con-
ing classes were identified: water and shade, cloud, pasture, cluded that remote sensing is effective in environmental mon-
anthropic area (exposed soil), dense vegetation, secondary itoring and suitable for the construction of preventive mea-
vegetation and oil palm. In the transition between the studied sures of environmental degradation in areas of APPs and land
years there was a dense vegetation reduction of 6.11% and an use.

LA DINÁMICA DE ALTERACIONES AMBIENTALES CON BASE EN LAS TRANSICIONES, PERMANENCIAS Y


VULNERABILIDADES: EL CASO DE LA BACIA HIDROGRÁFICA DEL RIO MOJU / PA / AMAZONIA
Thais Gleice Martins Braga; João Ubiratan Moreira dos Santos; Maria de Nazaré Martins Maciel; Paula Fernanda Viegas Pinheiro;
Paulo Eduardo Silva Bezerra, Luiz Rodolfo Reis Costa y Orleno Marques da Silva Junior
RESUMEN

El modelo económico implementado en la Amazonía, basa- sa de 6,11% y un aumento en vegetación secundaria, de 4,9%
do en la siembra de palma para extracción de aceite, llevó a en 2005 a 8,4% en 2017. En cuanto a cambios y permanencia
cambios en el uso y ocupación de la tierra en la cuenca hidro- de usos se verificó una relación de 75% en áreas de reducción
gráfica del río Moju (BHRM), donde el cultivo de palma au- de vegetación densa, aumento de pastizales y áreas antrópicas,
mentó considerablemente entre 2004 y 2010. Este estudio ana- evidenciando alto uso del suelo y una importante intervención
liza la dinámica del cambio de uso y ocupación del suelo en la antrópica en el paisaje. El área más destacada del paisaje fue
BHRM entre 2005 y 2017, y observar áreas de APPs. Se utili- de la palma y tuvo un aumento exponencial incluso en áreas de
zó la clasificación supervisada por máxima verosimilitud con APP, identificadas con alto uso e intervenciones antropogénicas
imágenes del USGS y vectores proporcionados por ANA, para nocivas para la conservación de la biodiversidad. Se concluye
delimitar la cuenca del río. Se identificaron las clases: agua que la detección remota es efectiva en el monitoreo ambiental y
y sombra, nubes, pastos, área antrópica (suelo expuesto), ve- es adecuada para elaborar medidas para prevenir la degrada-
getación densa, vegetación secundaria y palma aceitera. Entre ción ambiental en áreas de APP y uso del suelo.
los años estudiados hubo una reducción de la vegetación den-

que norteia quanto proteção da e seguros que irão subsidiar Pará e Jacundá, em 01º20'00''S reconhecer aglomerados espec-
vegetação em APPs (Almeida e inúmeras tomada de decisões e 48º40'0'''O. Na conjuntura da trais da imagem e atribuir uma
Vieira, 2014) e define ações (Formaggio e Sanches, 2017; Política Estadual dos Recursos classe a cada pixel. O método
jurídicas nos casos de Shimabukuro e Ponzoni, 2017) Hídricos sob a Lei nº da classificação supervisionada
degradação. em prol da sustentabilidade 6.381/2001 e com base na utiliza a estatística de ensaio
Nesse contexto, no âmbito ambiental. Resolução de nº 04/2008 do para calcular a probabilidade
do monitoramento ambiental, a O presente estudo objetiva Conselho Estadual de Recursos de um pixel vincular-se a uma
geotecnologia apresenta-se analisar a dinâmica de altera- Hídricos, (Pará, 2012), inclui-se determinada classe, onde o li-
como ferramenta metodológica ções na cobertura vegetal e uso na Região Hidrográfica Costa mite de aceitação de uma clas-
fundamental, pois através do da terra, na BHRM, com base Atlântica Nordeste. sificação, no ponto onde os
sensoriamento remoto, geopro- nas transições, permanências e dois arranjos se interligam.
cessamento, e dos sistemas de vulnerabilidades nos anos de Processamento das imagens e Deste modo, um pixel localiza-
informações geográficas (SIG) 2005 e 2017. delimitação da bacia do na região interseção, ainda
é possível mapear, entender, hidrográfica pertencendo à classe A, será
quantificar, classificar, monito- Material e Métodos classif icado como classe B
rar e modelar de forma segura Para classificação do uso da (Freitas e Pancher, 2013) pelo
e com veracidade as informa- Área de estudo terra as imagens foram proces- limite de aceitação
ções sobre os diversos tipos de sadas usando os soft wares estabelecido.
usos do solo, os índices de A bacia hidrográfica do rio ArcGis 10.1 e ENVI 5.1 com A análise de sensoriamento
desmatamento e os aspectos Moju (BHRM) possui área de protocolos de classificação su- remoto foi realizada utilizando
ambientais em APPs (Fushita, 15.662,097km 2 se estendendo pervisionada realizada pelo al- dados geor refenciados com
et al., 2013; Rodrigues, 2015) pelos municípios de Moju, goritmo de máxima-verossimi- imagens pelo sensor TM
gerando assim dados primários Breu Branco, Goianésia do lhança (MAXVER), para (Thematic Mapper) a bordo do

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satélite LANDSAT-5 e sensor Validações dos resultados e entre as variáveis através do 15,46% de toda área (Tabela I,
OLI (Operational Land analises estatisticas cálculo de coeficiente de corre- Figuras 1 e 3).
Imager) satélite LANDSAT-8 lação linear Pearson, plotando Com vegetação secundária
com imagem referente às órbi- Utilizou-se o método estatís- o gráfico de dispersão relacio- em 2005 existia área total de
tas/pontos 223/061 e 224/062, tico Kappa (índice Kappa) que nando as classes com seus res- 750,31km², os quais representa-
bandas TM 3, 4, 5 e 4, 5, 6, é uma medida de concordância, pectivos anos (2005 e 2017). vam ~132,00%, porém, em
respectivamente aos satélites, a qual ratifica e qualifica o Tais análises foram feitas no 2017 os valores totalizavam
com resolução espacial de 30m resultado alcançado na classifi- software estático R. 1.216,01km², representando
e 30% de nuvens, sendo obti- cação supervisionada, sendo o Para analisar a distribuição 26,90%. A vegetação secundá-
das na página eletrônica da método adotados por autores das classes utilizaram-se dados ria aumentou em 2,98% e as
Science for Changing Word- como Brites et al. (1996), Bolfe quantitativos para os anos de áreas com de cultivo de dendê
USGS (https://www.usgs.gov). et al. (2004), Cr uz et al. 2005 e 2017. Os dados foram sofreram reduções de 0,24%,
A delimitação da largura da (2008), Valencia (2008) Ribeiro plotados no software R, utili- no período analisado (Figura
APP foi elaborada com base no et al. (2011) e Pereira (2013) zando o gráfico box plot que 4).
Código Florestal, Lei nº para realizar estudos de uso e possibilita representar a classi- A mudança líquida (net
12.651/2012, tal lei em seu 4º cobertura do solo, bem como ficação de um conjunto de da- change) foi positiva para as
artigo que as faixas marginais modelagem geoespacial. dos com base nos parâmetros classes dendê, nuvem, pasta-
em qualquer curso d’água na- Tal método foi aplicado vi- descritivos. gem, área antropizada e vege-
tural perene e intermitente, sando realizar analise quantita- tação secundária, e negativa
desde a borda da calha do leito tiva da coerência, entre a área Resultados para vegetação densa e água/
regular, determinam o buffer da BHRM com a detectada via sombra. O dendê teve uma
de 30m de largura para o mapeamento; tal resultado esta- A análise de sensoriamento mudança líquida de 23,33%,
curso d’água de <10m de lar- tístico abordou a veracidade remoto detectou sete classes outra classe foi a área antropi-
gura, e buffer de 50m para pixel a pixel, entre mapa real e distintas de uso da terra, as zada, que obteve 2,11% e me-
cursos d’água de >10m de lar- simulado, para validação dos quais foram calculadas também nor mudança líquida, porém
gura. Nesse estudo foram leva- dados primários adquiridos in as áreas preservação perma- mudança líquida positiva,
das em consideração as APPs loco. nente (APP). A Tabela I mostra maior mudança líquida obser-
dos cursos d’água e de Para isso, dois procedimen- os valores de uso do solo nos vada, a classe de vegetação
nascentes. tos foram especificamente ado- anos de 2005 e 2017 e nas densa foi a que obteve menor
As classes de uso e cobertu- tados; o primeiro visando vali- APPs para cada classe com os mudança líquida das classes
ra do solo na BHRM foram dar o índice de acertos unita- dados descritos em valores analisadas (0,32%). Em termos
identificadas e delimitadas par- riamente em percentual, indivi- percentuais. de mudança líquida negativa
tindo de bases hidrográficas dualmente, para cada uma das Com relação às alterações da (net loss), a classe vegetação
disponibilizadas pela Agência sete classes de cobertura e uso área de estudo, ao analisarem- densa sofreu mudança de
Nacional das Águas (ANA), do solo detectadas na área da se os dados pode-se afirmar 1,24%, juntamente com água/
com edição de arquivo shapefi- BHRM, conforme Eq. 1. que áreas de floresta converti- sombra com 0,07% (Tabela I,
le, utilizando no ArcGis a fer- das em pastagem e área antro- Figuras 1 e 4).
ramenta Hydrology, que são pizada foram decorrentes de O maior valor de permuta
algoritmos para análises (1) demandas econômicas nacio- (swap) foi da classe vegetação
hidrológicas. nais e internacionais, ocasio- densa (22,62%), seguido de
Dessa forma, as imagens onde K: teste kappa, P0: proba- nando alterações na paisagem área antropizada (20,04%), logo
classificadas são representa- bilidade observada a partir dos da região, com base nos estu- a classe pastagem com
das pelas respectivas classes resultados do modelo, e P e : dos publicados pelo Instituto (15,55%). O dendê apresentou
de uso e cobertura vegetal probabilidade esperada de Nacional de Pesquisas os valores mais baixos de per-
do solo, assim: a) Água e acordo com obser vado em Espaciais, pelo Projeto muta, ou seja, é a classe que
sombra, representa todos os campo. PRODES (I NPE, 2017), os menos migra para outras áreas
corpos d’água presentes na O método descrito por Brites quais identif icaram que em dos sítios que sofrem mudança
área e sombras de árvores; et al. (1996) foi utilizado para 2012 cerca de 20% das áreas de uso. A classe vegetação se-
b) Pastagem, área ocupada quantificar a veracidade dos de floresta na Amazônia foram cundária apresentou permuta
por pastos naturais, corrigi- dados em percentual de acertos desmatadas sob a for ma de de 8,80%. Tabelas I e II,
dos ou plantados, geralmente de forma geral, exposto na Eq. corte raso, ou seja, quando não Figuras 1 e 4.
por gramíneas e legumino- 2. se deixa nenhuma vegetação Os resultados mostram que a
sas; c) Área antropizada, área remanescente. área destinada legalmente a
na qual os atributos origi- (2) Os resultados mostram APP em Moju é de 677,40km2,
nais do solo, relevo e vege- que na área da BHRM po representando 4,3% da área
tação sofreram intervenção onde N: valor total dos pixels ssui 15.661,60 km² de área. municipal. As APPs com vege-
humana; d) Vegeta-ção densa, abrangidos pela matriz de equí- Em 2017 o total de área tação densa no ano de 2005
área com tipo de vegetação vocos, n: valores quanto aos com vegetação densa dimi- representam 50,25% das APPs
com mata verde, com árvores elementos da matriz de equívo- nuiu para 5.479,15km 2, con- no município (Tabela I, Figuras
em até 40m de altura; e) cos, e M: valores de categorias tabilizando ~34,99%, indican- 2 e 3). Em 2017, a classe pas-
Vegetação secundária, área informacionais na matriz de do perda total de 7341,98km2 tagem foi de 52,48km 2 , área
de defluência após revogação equívoco. da vegetação densa que exis- antropizada 130,21km2, área de
da vegetação primária por Para geração dos gráficos foi tia em 2005. Em 2005 já vegetação densa 326,86km 2 e
ações antrópicas; e f ) realizada a análise de regressão estavam sendo destinados vegetação secundária
Dendê, área de cultivo do linear múltipla, para investigar para área antropizada 56,56km 2 , conforme pode ser
óleo de palma. e descrever a relação existente 2.420,62km², abrangendo observado na Tabela I e II bem

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TABELA I
ÁREA DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO MOJU DISTRIBUÍDO POR CLASSES DE USO E OCUPAÇÃO
DO SOLO, DESTACANDO O USO INADEQUADO DE OCUPAÇÃO EM APPS
Mudança de uso da terra (%)
2017
Clasess Água/ Nuvem Pastagem antropizada Vegetação
Área Vegetação
Dendê Total Perda total
Sombra densa secundária
Água/Sombra 0,45 0,00 0,02 0,05 0,07 0,27 0,03 0,89 0,44
Dendê 0,00 0,11 0,03 0,05 0,05 0,10 0,02 0,35 0,24
Nuvem 0,04 0,03 0,16 0,67 1,65 1,71 0,29 4,54 4,38
Pastagem 0,07 0,37 0,32 1,57 3,94 3,51 1,50 11,28 9,71
2005

Área antropizada 0,12 0,44 0,41 3,79 15,46 3,63 1,64 25,48 10,02
Vegetação densa 0,18 1,41 2,39 3,02 6,76 34,99 3,89 52,64 17,66
Veget. secundária 0,02 0,34 0,31 0,71 0,94 2,09 0,39 4,79 4,40

Total 0,88 2,70 3,63 9,85 28,86 46,30 7,77 100,00 46,86
Ganho total 0,43 2,59 3,47 8,27 13,41 11,31 7,38 46,86 0.10%
2005 2017 APP
Clasess km 2 % km 2 % km 2 %
Água/Sombra 139,45 24,53 137,33 3,04 88,99 7,32
Dendê 55,75 9,81 422,31 9,34 11,57 0,95
Nuvem 710,80 125,05 568,42 12,57 17,65 1,45
Pastagem 1769,40 311,28 1542,33 34,12 51,62 4,24
Área antropizada 3990,31 702,00 4520,12 99,99 129,00 10,60
Vegetação densa 8245,27 1450,56 7250,42 160,39 327,00 26,88
Veget. secundária 750,31 132,00 1216,01 26,90 50,65 4,16

TABLA II
MUDANÇA DE USO DA TERRA (%) EM RELAÇÃO AS PERDAS E GANHOS TOTAIS E LÍQUIDOS E PERSISTÊNCIAS
2017
Total Total Ganho Perda Valor absoluto Persistência Permuta
Classes Perda Ganho
2005 2017 total total de mudança (swap)
Água/Sombra 0,89 0,88 0,43 0,44 0,87 0,45 0,86 0,01 0
Dendê 0,35 2,70 2,59 0,24 2,83 0,11 0,49 0 2,34
Nuvem 4,54 3,63 3,47 4,38 7,86 0,16 6,95 0,91 0
2005

Pastagem 11,28 9,85 8,27 9,71 17,99 1,57 16,55 1,44 0


Área antropizada 25,48 28,86 13,41 10,02 23,43 15,46 20,04 0 3,39
Vegetação densa 52,64 46,30 11,31 17,66 28,97 34,99 22,62 6,35 0
Veget. secundária 4,79 7,77 7,38 4,40 11,78 0,39 8,80 0 2,98

como Figuras 1 a 4. O com- ambientais de proteção e mel- nos anos de 2005 e 2017 com 0,47 a 0,69 interpretam corre-
portamento da classificação foi horia do solo, água e as APPs delimitadas e classifi- lação fraca, de 0,70 a 0,89 co-
de 0,91% para o índice Kappa vegetação. cadas em 2005 e 2017. O valor rrelações fortes e de 0,90 a
em 2005 e 0,93% em 2017. As posições incorretas do do coeficiente de correlação 1,00 é também considerada
Segundo (Vale et al., 2018) os uso da terra em APPs e das linear de Pearson foi bem pe- uma correlação forte (Martins,
valores da estatística Kappa de atividades empregadas em uma queno (r = 0,3859 e 0,9904, 2014).
0,8 a 1,00 representam uma bacia hidrográfica podem oca- respectivamente) entre os anos No entanto encontrou-se uma
qualidade excelente de classifi- sionar alto problema ambiental, de estudo e as áreas de APP, relação significativa (hipótese
cação entre as imagens. Na que podem ser irreversíveis, demonstrando que existe signi- alternativa), entre os anos de
APP obteve-se o uso do solo como por exemplo, a perda da ficância estatística. O coefi- 2005 e 2017, tais valores de
inadequado de 182,69km 2 , e biodiversidade (Santos et al., ciente de Pearson (r) é uma classes explicam as mudanças
uso adequado de 383,42km 2 2017).O gráfico de dispersão medida adimensional que pode de uso e cobertura do solo na
(Figuras 2, 3 e 4). (Figura 3) apresentou relação atribuir-se valores no intervalo variável APP (R 2= 0,91,
O uso inadequado do solo linear com retor no de 94% entre -1 e +1 que mede o grau p= 0,003476<0,05), ou seja,
inclui técnicas que agridem o entre os anos de 2005 e 2017. de correlação linear entre as 91% da variável APP está sen-
solo realizado para produção Fazendo a correlação das va- variáveis, onde r= -1 significa do explicada pelo modelo de
de pastagem, dentre elas, o riáveis APP com o uso do solo, correlação negativa perfeita regressão linear e dinâmica de
desmatamento, adubação quí- obteve-se retorno de 91%, evi- entre as variáveis, r= 1 uma mudanças no uso e cobertura
mica e queimadas. No uso ade- denciando uma forte relação cor relação perfeita positiva do solo na BHRM, com efeito
quado há planejamento prévio, linear entre as mesmas. entre as variáveis, e r=0 signi- aleatório (erro a qual não foi
e utiliza-se agricultura correta Na Figura 3, os triângulos fica que as variáveis não de- explicado) de 9% (Figura 3).
voltada para a sustentabilidade representam a relação existente pendem linearmente uma da Na Figura 3, demonstrada
com recomendações e práticas entre as classes de uso do solo outra. Valores de Pearson de pelo gráfico de distribuição das

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Figura 1. Uso e cobertura do solo na bacia hidrográfica do rio Moju no ano de 2005 e 2017.

classes no box plot, a mediana se trata de uma classe não con- predominado pela exploração período estudado, pois além de
se localiza no centro de cada solidada e estável que sofre da estrutura florestal existente, não apresentar estagnação das
quadrado (para as variáveis intensas mudanças de locali- pela pratica da cultura do den- áreas, segue crescendo em re-
2005, 2017, APP2005 e zação no tempo e no espaço, e dê, presença incidente da pe- lação às outras classes, confor-
APP2017), linha em negrito. A que devido a isso tende com o cuária e ocupação desordenada me Tabela II.
posição da linha mediana in- tempo migra para novas áreas (Rosa, 2002; Miranda et al., Sabe-se que tais caracte-
forma a assimetria da distri- de floresta secundaria (Figura 2016). Tais atividades causam rística do uso do solo des-
buição. Tanto para os anos de 1), cedendo lugar sucessiva- significativa interferência na ta região gera inúmeros im-
2005 e 2017 quanto para a mente para as áreas de plantio, conservação da biodiversidade pactos ambientais diretos e
APPs, a mediana está próxima que possui a menor perda local, havendo queda na fertili- indiretos; estudos como os
ao Q1, representando uma dis- (0,24), a menor per muta de dade do solo e a acentuação de Instituto FNP (2010),
tribuição positivamente todas as classes (0,09) e a dos processos erosivos como Almeida (2015), Less et al.
assimétrica. A presença de um maior mudança liquida para observados por Vanzela et al. (2015), Homma (2016), Araújo
outlier nas variáveis APP2005 persistência (Np) de 23,23 ou (2010) e Paungar tten et al. (2017), IBGE (2017) eviden-
e APP2017 configura uma me- seja, é a classe com maior ten- (2015, 2016), e nas Figura 1 e ciam a perda da biodiversi-
dida discrepante; percebe-se dência a ganhar área das de- Tabelas I e II. dade em regiões com cultivo
que se tem um ponto mais classes ao longo do tem- O valor elevado de Gp de do dendê, os quais observa-
representado po (Tabela II). dendê e depois de vegetação ram que nas áreas com flo-
Dessa forma, comprova-se o secundaria anual evidência resta primária há maiores va-
Discussão que recursos florestais e hí- maior tendência a mudança, lores de riqueza de espécies
dricos inseridos no contexto por ganho, do que á persistên- botânicas e faunísticas, en-
As áreas de pastagens, em geográf ico da BHR M são cia essas classes na estrutura quanto que em regiões com
geral, ocupam áreas de vege- centro de inúmeros impactos da paisagem. Sendo assim, maior incidência da palma de
tação densa, que por sua vez ambientais provocados pelo uso afirma-se que a classe de den- óleo há menores valores, sendo
possuem a realocação (swap) do solo e da cobertura vegetal dê é a mais estável e consoli- inferiores aos observados em
mais elevada (de 22,62), logo ao longo do tempo, sendo dada na região dentro do pastagem.

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enquanto que o aumento expo-
nencial da classe de dendê evi-
denciou a consolidação da cul-
tura na região (Henders et al.,
2015; Branford e Torres, 2018),
bem como a permanência, no
entanto é importante citar que
com esse crescimento ocorre a
redução dos principais serviços
ecossistêmicos nas plantações
de dendê, pois tais plantações
armazenam menos de 40% do
carbono encontrado em flores-
tas nativas (Barlow et al., 2016;
Cruz et al., 2018).
Foi registrado perda de
28,29% de vegetação natural
das APPs de Moju, e uso da
terra na agropecuária e regene-
ração natural de 8,88% da área
de floresta, (Figura 2, Tabelas
I e II, Pinheiro et al., 2013;
Vieira et al., 2017). O uso ina-
dequado do solo na APP de
186.69km2 (Figuras 1 e 2,
Tabelas I e II) é apreensivo,
pois os remanescentes têm
funções indispensáveis na con-
Figura 2. APP da bacia hidrográfica do rio Moju no ano de 2005 e 2017.
centração de espécies florestais
e biodiversidade.
Além da fragilidade da con- Almeida (2015) 50t·ha-1, haven- As f lorestas em Moju são Além do mais, o Código
servação da biodiversidade em do diminuição na riqueza de diversificadas, porém, houve Florestal citado acima não as-
paisagens com o cultivo do espécies e estoque de carbono, decréscimo do número de es- segura a reintegração ou recu-
dendê, Almeida (2015) obser- que assumiu 50% de biomassa pécies arbóreas densas, com o peração dessas áreas, e tal des-
vou que no 2013 a taxa de es- acima do solo. No presente uso intensivo e perda da vege- matamento propicia não apenas
toque de carbono variou de 80 estudo tal classe apresenta tação densa (Almeida e Vieira, o processo erosivo, afeta tam-
a 250t·ha-1 em florestas primá- maior ganho de área de culti- 2014; Berenguer et al., 2014, bém o escoamento superficial e
rias, que no referido estudo é vo, estabilidade e tendência ao Silva et al., 2016, Fer reira, subsuperf icial das águas
tratada como vegetação densa crescimento ao longo do tem- 2016, Araújo, 2017). Dentre os (Almeida, 2014; Barlow et al.
e evidencia a classe com a po, quanto as florestas secun- usos do solo, a maior variação 2016). Por isso, com base no
maior perda total e liquida bem dárias são áreas de recupe- ocorreu na classe vegetação estudos aqui observados enfati-
como maior permuta ao longo ração que detêm riqueza de densa, com valores decrescen- za-se os estudos de Lees e
do período estudado, ou seja, espécies, (Almeida et al., 2014; tes das áreas entre 2005 e 2017 Vieira (2013), Nahum e Santos
apresentou maiores interferên- Cassol, et al., 2016; Castro e (Figura 1, Tabelas I e II), mos- (2015), e Araújo (2017) os
cias e mudanças na estrutura Andrade, 2016), e apresentou trando indícios significativos quais ressaltam que a dende-
da paisagem. Por outro lado a signif icativo ganho de área de desmatamento e exploração cultura não deve ser conceitua-
palma de óleo atingiu segundo entre 2005 e 2017. da vegetação nativa e densa, da como de baixo impacto para
a recomposição ecológica das
áreas de proteção, segundo
autores como Pirker et al.
(2016), Brito (2017) e Vijay et
al. (2016), já que plantios ho-
mogêneos extensos da espécie
não colaboram para a conser-
vação da biodiversidade.
Coutinho et al. (2013), reite-
ram que nas Áreas de
Preser vação Per manente se
aconselha a manutenção da
cobertura florestal nativa, pois
as mesmas desempenham im-
portantes funções ambientais:
preservação dos recursos hídri-
cos, preservação da paisagem,
conservação da estabilidade
Figura 3. Diagrama de dispersão e box plot de distribuição das classes referentes aos anos 2005, 2017 e APPs.. geológica, conser vação da

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Figura 4 Ganhos, perdas e mudanças das classes estudadas.

biodiversidade e do fluxo gêni- desmatamento aumenta a quan- propriamente pertencentes às cultivo do óleo da palma nesta
co de fauna e flora, garantindo tidade de terra destinada ao margens de recursos hídricos, região, ocorrendo assim altera-
assim o bem estar da popu- uso de floresta natural e causa- tornando as APPs primordiais ções significativas no processo
lação humana na proteção do ria queda intensa na produção na formação de corredores eco- de substituição de áreas de
solo; estudos como os de da agricultura, significando lógicos e conservação da fauna florestas primarias e secunda-
Furumo e Aide (2017), Austin redução em hectares na a área e flora. rias em solo exposto, áreas
et al. (2017) e Brito (2017) evi- de lavoura no Nordeste A classe de vegetação secun- antropizadas e cultivo de den-
denciam que isso inf luencia Paraense, que tem o setor agrí- dária está diretamente relacio- dê, este tendo sua área ampla-
nas ações dos processos cola como o mais importante nada com as práticas agrícolas mente acrescida a paisagem da
erosivos. em suporte produtivo. Assim no período de corte e queima bacia.
Sob a lei brasileira, todos os apresentando oposição aos re- da agricultura tradicional Logo os usos nas diferentes
proprietários de terras, inserin- sultados encontrados na área (Vieira, et al., 2017), levando a classes detectadas tiveram
do os de plantação de palma, de estudo, onde obteve-se um uma exter nalidade positiva ampla influência de mudanças
são exigidos em manter 50 a aumento 8,4% na classe de para a região. ocorridas na paisagem da re-
80% de suas terras com reser- vegetação secundária que ex- gião provocando assim altera-
vas naturais e f lorestais plica o manejo dessas áreas Conclusão ções na diversidade ecológica
(Laurance e Williamson, 2001; por pequenos produtores rurais local. Além do mais, a pesqui-
Nahum e Santos, 2017) no en- que também utilizam de suas Após analises significativas sa permitiu a análise de
tanto essas leis são despreza- terras para o cultivo de dendê. das classes de uso e ocupação dados inéditos e consistentes
das e dificilmente aplicadas. Pereira et al. (2016) e do solo na bacia hidrográfica sobre o uso do solo, eviden-
Estudo realizado por Nahum e Santos (2017) do rio Moju, foi possível enten- ciando-se a impor tância
Carvalho e Domingues (2016), constataram que as frações ín- der que o processo de transição das Áreas de Preser vação
discor rem que o embate da tegras e completas de biotipo- e mudanças foi incisivamente Permanente na conservação da
política de controle ao logia f lorestal encontram-se elevado após a chegada do biodiversidade.

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De modo geral, ocor reu estratégicas da Amazônia Conf litos no uso da terra em exatidão em classif icação de
transições entre os anos de legal. Á reas de Preser vação uma imagem orbital mediante a
Permanente em um polo de pro- utilização de t rês índices.
2005 e 2017, destacando-se a O processo de transição e
dução de biodiesel no Estado do Árvore 20: 415-424.
classe área antropizada como permanência de classes de uso Pará. Rev. Amb. Água 9: Brito B (2017) Potential trajectories
maior responsável pelas modi- como floresta primaria, áreas 476-487. of the upcoming forest trading
f icações na fauna e f lora. antrópicas e dendê têm sido Austin K, Lee M, Clark C, Forester market in Para State, Brazilian
Argumentam-se que ocorreu amplamente alterados na ultima B, Urban D, W hite L, Amazon. PLoS ONE 12: 1-21.
decréscimo na área de vegeta- década, tendo áreas de floresta Kasibhatla P, Poulsen J (2017) Brondizio ES, Moran EF (2012)
ção densa de 6,11% e área de sendo substituídas por cultivo An assessment of high carbon Level-dependent deforestation
pastagem de 1,4%. A área de do óleo de palma, diversos stock and high conser vation t rajectories in the Brazilian
value approaches to sustainable
vegetação secundária dobrou impactos ambientais sendo oca- Amazon from 1970-2001. Popul.
oil palm cultivation in Gabon. Environ. 34: 69-85.
quando comparado ao ano de sionados pela maximização da Environ. Res. Lett. 12: p.
2005. Tal fato se explica devi- atividade nestas regiões, im- 014005. Carvalho TS, Domingues EP (2016)
do a economia do dendê e ao possibilitando a dispersão de Impactos Econômicos e de Uso
Barlow J, Lennox GD, Ferreira J, de solo de uma política de con-
crescimento de áreas de cultivo sementes e proliferação de es- Berenguer E, Lees AC, Nally trole de desmatamento na
de pequenos produtores rurais, pécies nativas, e levando à ex- RM, Thomson JR, Ferraz SFB, Amazônia Legal Brasileira.
e que a maior variação dentre tinção das mesmas devido a Louzada J, Oliveira VHF, Parry https://www.anpec.org.br/encon-
o uso de solo ocorreu na classe diminuição da vegetação den- L, Ribeiro CSR, Vieira ICG, tro/2014/submissao/files_I/i11-
A ragão LEOC, Begotti R A,
vegetação densa, caracterizan- sa, aumento de áreas antropiza- Braga R F, Cardoso TM,
43c40e912d5a429db609e99a2b-
do-se como indicadores de das e progressão da vegetação 8ca9d4.pdf
Oliveira Jr RCO, Souza Jr CM,
desflorestamento. secundária. Moura NG, Nunes SS, Siqueira Cassol HLG, Melo LC, Mendes FS,
Constataram-se ainda uso Todavia, faz-se necessário o JV, Pardini R, Silveira JM, Vaz- Fonseca R, Sanquetta CR (2016)
Redução de emissões de CO2
inadequado do solo de cumprimento das políticas am- de-Mello FZ, Veiga RCS,
pela produção de biocombustí-
18.268,95ha nas APPs, e que bientais vigentes em APPs por Vent urieri A, Gardner TA.
(2016) Anthropogenic disturban- veis a partir de óleo de dendê
as áreas antropizadas, pasta- parte da sociedade, dos empre- ce in tropical forests can double na Amazônia brasileira.
gem e vegetação secundária endimentos instalados nas ba- biodiversity loss from deforesta- Floresta 46: 135-144.
são os causadores de uso inde- cias hidrográficas, visando mi- tion. Nature 535: 144-147. Castro AS, Andrade DC (2016) O
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Há presença de usos antrópicos para construção de medidas TA, Aragão LEOC, Camargo Castelo-ES. Flor. Amb. 20:
e incorretos nas áreas de APPs preventivas de degradação am- PB, Cerri CE (2014) A large- 425-434.
da BHRM e isso pode causar biental em áreas de APPs e scale field assessment of carbo- Cruz AP, Higuchi P, Silva AC, Kilca
graves impactos, além disso, o uso da terra. no stocks in human-modif ied RV, Dallabrida JP, Souza K,
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