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Microestruturas de Rochas

Metamórficas
Petrografia de Rochas Ígneas e Metamórficas
Lebron Youran João Chassala
Mirela Feliciano Juma
Edimilson Diogo Dramuce
Dercio Benjamin Cármen
Docente:Ernesto Domingos Victorino
Microestruturas de Rochas Ígneas e
Metamórficas
Introdução
As microestruturas das rochas metamórficas são estruturas que se
formam durante o processo de metamorfismo e podem ser observadas
através do microscópio. Estas estruturas incluem foliação e lineação,
que são superfícies penetrativas ou linhas presentes na rocha. A textura
das rochas metamórficas é determinada pelo tamanho relativo e absoluto
dos grãos minerais, sua forma, distribuição, forma de contato e
orientação.
Microestruturas de Rochas Ígneas e
Metamórficas
Estruturas de Rochas Metamórficas
As estruturas observadas em rochas metamórficas podem ser tanto primárias (aquelas desenvolvidas
antes do metamorfismo) quanto secundárias (que são decorrentes de processos de deformação,
durante o metamorfismo). Das estruturas observáveis em rochas metamórficas, as mais importantes
são: foliação, lineação.
Foliação
O termo foliação pode ser utilizado para designar qualquer superfície planar penetrativa definida por
descontinuidades, orientação preferencial dos minerais planares, agregados laminares ou alguma
combinação dessas estruturas, normalmente produzidas durante o metamorfismo existente em rochas
deformadas ou não.
Lineação
O termo lineação é usado para descrever qualquer estrutura linear que ocorra repetidamente numa
rocha.
Microestruturas Relícticas

Feições relícticas, que persistem após o metamorfismo, podem


ser importantes para indicar a natureza original (protólito) da
rocha. Costuma-se adjetivar a microestrutura relíctica com o
prefixo blasto. Por exemplo, diz-se que a microestrutura é
blastoporfirítica quando ainda há fenocristais originais
remanescentes numa rocha ígnea metamorfizada;
blastopsamítica quando ainda se reconhecem microestruturas
sedimentares (por exemplo grãos detríticos) em metarenitos.
Microestrutura Bandada

Rochas metamórficas podem exibir um bandamento


mineralógico. Em metamórficos de graus mais baixos (p. ex.:
ardósias) o bandamento pode representar o S0 reliquiar da
rocha sedimentar primária, isto é, do protólito. Nos
metamórficos de graus mais elevados e principalmente
naqueles que foram submetidos a uma deformação, tal como
gnaisses, o bandamento é comumente gerado por diferenciação
metamórfica e, portanto, não representa um S0 reliquiar.
Microestruras Relativas ao Tamanho dos Grãos

Quanto ao tamanho absoluto dos grãos, a microestrutura pode ser classificada como:
Grossa: tamanho médio dos cristais > 5mm.
Média: tamanho médio dos cristais entre 1 e 5mm.
Fina: tamanho médio dos cristais.
A classificação torna-se complicada no caso de rochas inequigranulares, quando
então descreve-se a granulação do componente maior e do menor (p. ex.: rocha
inequigranular, com porfiroblastos de granulação grossa e matriz fina). Se a
variação é seriada, diz-se que a granulação varia de, por exemplo, grossa a média.
Microestruturas Relativas ao Tamanho dos Grãos

Quanto ao tamanho relativo dos cristais, as rochas metamórficas podem ser:


Equigranulares: quando o tamanho dos constituintes é relativamente
homogêneo.
Inequigranulares: quando há uma variação relativamente grande no tamanho
dos constituintes principais. Comumente nas rochas inequigranulares há uma
distribuição bimodal da granulometria, isto é, uma fração é grande (os
porfiroblastos ou porfiroclastos) e o restante (a matriz) tem um porte muito
menor. A microestrutura é então chamada de porfiroblástica (ou
porfiroclástica).
Microestruturas Refentes a Perfeição da Forma dos
Cristais
Cristal euédrico(= idioblástico) é aquele inteiramente ou quase inteiramente limitado por suas faces
cristalinas.

Cristal subédrico(= subidioblástico) é aquele que se apresenta só em parte limitado por suas faces
cristalinas.

Cristal anédrico(= xenoblástico) é aquele que não é limitado por suas faces cristalinas.

Cristal esqueletiforme é um grão com forma esponjosa que constitui filetes infiltrados entre grãos de
outros minerais (quando o mineral esqueletiforme é uma granada, a microestrutura costuma ser
chamada de atol). Pode ser resultante de um crescimento em porções da rocha deficientes nos
elementos formadores do mineral ou de um crescimento muito rápido, quando então o cristal acaba
englobando grande parte dos minerais vizinhos. Em alguns casos a forma esqueletiforme também
pode resultar de uma dissolução/alteração diferencial de cristal.
Microestruturas Referentes a Geometria dos Grãos
Anédricos
Poligonal: ocorre em agregados monominerálicos em que os cristais são limitados por superfícies planas
de modo que, em duas dimensões, apresentam uma forma poligonal (muitas vezes com 5 ou 6 lados), com
contatos retilíneos e junções tríplices que se encontram em ângulos de aproximadamente 120o .

Interlobado: grão com bordas lobadas, côncavo-convexas. É uma das formas mais comuns dos cristais
anédricos.

Amebóide: grão com bordas altamente sinuosas, como uma ameba

Suturado/serrilhado: os grãos são altamente irregulares e os contatos entre eles são superfícies finamente
reentrantes, como uma serra.

Alongado/discóide: cristal (comumente de quartzo) de forma planar (discóide) ou linear (alongado),


encontrado principalmente em rochas miloníticas. Resulta de um extremo achatamento ou constricção de
um grão maior.
Microestruturas Referentes a Geometria dos
Grãos Anédricos
Interlobado Poligonal Amebóide Suturado/serrilhado

Alongado/discóide
Microestruturas Refentes a Geometria dos
Agregados dos Grãos
Granoblástica: microestrutura equigranular em que os cristais constituem um mosaico de grãos equidimensionais e
geralmente xenoblásticos.
Lepidoblástica: microestrutura constituída de agregados de cristais tabulares ou lamelares de filos silicatos (micas,
cloritas etc.) apresentando forte orientação dimensional preferencial planar, responsável pela geração de uma foliação.
Granolepidoblástica: quando uma rocha exibe uma combinação das microestruturas granoblástica e lepidoblástica.

Nematoblástica): quando cristais aciculares ou prismáticos (anfibólios, sillimanita, turmalina etc.) apresentam uma
orientação dimensional preferencial linear.
Granonematoblástica: quando uma rocha exibe uma combinação das microestruturas granoblástica e nematoblástica.

Decussada: quando cristais inequidimensionais prismáticos ou tabulares (micas, anfibólios, etc.) tendem a uma
orientação aleatória, isto é, a um arranjo sem orientação preferencial.

Porfiroblástica: é uma microestrutura inequigranular composta de grãos grandes (os porfiroblastos) que
cresceram durante o metamorfismo, dispostos numa matriz fina.
Microestruturas Refentes a Geometria dos
Agregados dos Grãos
Granoblástica Lepidoblástica Granolepidoblástica Nematoblástica

Decussada Porfiroblástica
FIM.

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