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DEPARTAMENTO DE QUÍMICA
Belo Horizonte
2022
2
Belo Horizonte
2022
CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLOGICA DE MINAS GERAIS
DEPARTAMENTO DE SU|MICA
FIcHA DE IDENTIFICAÇÃO
d*
Garanfia dâ
Gerenlç
Concedente
Estagiário
4
(Carl Sagan)
5
AGRADECIMENTOS
Também sou muito grato a todos os meus avós (in memoriam), por terem me
ensinado valores que carreguei comigo desde minha infância até finalmente entende-
los quando fiquei mais velho. Obrigado por terem me dado forças e por estar me
olhando de algum lugar.
E por último, gostaria de agradecer a todos os autores dos trabalhos aos quais
referenciei neste relatório. Todos vocês foram, de certa forma, os meus gigantes.
6
RESUMO
ABSTRACT
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE TABELAS
SUMÁRIO
2. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 20
1. APRESENTAÇÃO DA CONCEDENTE
1.1. APRESENTAÇÃO DA EMPRESA TSEA ENERGIA
A história da empresa TOSHIBA possui duas vertentes. A primeira
teve início no ano de 1875, ano o qual Hisashige Tanaka fundou o
estabelecimento Tanaka Seizo-sho (Tanaka Engenharia), estabelecendo-se
como a primeira empresa fabricante de equipamento telegráfico no Japão.
Posteriormente, se tornou uma das maiores fabricantes no país de equipamentos
pesados de distribuição elétrica sobre o nome de Shibaura Seikasu-sho (Shibaura
Engenharia). Já a segunda vertente iniciou-se no ano de 1890, onde a empresa
Hakunetsu-sha & Co.Ltd consolidou-se como a primeira fábrica de lâmpadas
elétricas incandescentes no Japão, a qual diversificou o seu portifólio como uma
empresa fabricante de produtos de consumo, posteriormente sendo renomeada
como Denki Tokyo (Tóquio Elétrica Co.).1
Figura 3 - Fotos dos certificados ISO 140001, ISO 45001 e ISO 9001
2. INTRODUÇÃO
2.1. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1.1. Transformadores
Os Transformadores, equipamentos essenciais na transmissão e distribuição
de energia elétrica, possuem como finalidade converter diferentes níveis de tensão
entre a fonte, ligada no primário, e a carga alimentada, ligada ao secundário,
permitindo a interligação entre os centros produtores e os consumidores de energia
elétrica. Podem ser monofásicos, bifásicos ou trifásicos, dependendo das
necessidades específicas de cada utilização. A utilização de transformadores se torna
necessária devido às perdas eminentes que se tem nos condutores de transmissão
de energia elétrica, onde o nível de tensão é reduzido, tornando-o cada vez menor
quanto maior a distância até a sua fonte geradora. 6 Dessa forma, para todas as
matrizes de energia predominantes que existem até hoje ao redor do globo, seja em
usinas nucleares, hídricas ou fósseis, a transmissão e distribuição de energia gerada
requer o uso dos transformadores.7
Um dos principais fatores que também deve ser notado nos isolamentos
elétricos a serem utilizados em transformadores é o seu tempo de vida útil, uma vez
que esses sofrem, mesmo quando submetidos às condições normais de projeto, uma
redução de sua capacidade de isolamento em função do tempo. Na medida em que
decorre essa redução da capacidade isolante, vários outros processos, químicos e/ou
elétricos, possuem chance de surgir de modo a acelerar ainda mais essa redução,
tornando essa uma reação em cadeia, levando à rápida falha do isolamento. Esses
processos, quando em suas fases iniciais, são denominados de falhas incipientes
onde, geralmente, são recuperáveis com um custo reduzido.10
polimerização, onde os dois primeiros ensaios são propostos para os óleos isolantes
e, o último, para o papel isolante. Para uma melhor compreensão dos mecanismos de
detecção dos ensaios realizados no laboratório, os quais serão descritos
posteriormente no item 3 desse trabalho, é necessário um maior aprofundamento no
conhecimento das características das matérias primas analisadas (óleo isolante e
papel isolante) como as suas constituições químicas, mecanismos e produtos de
degradação.
Geralmente, esse líquido circula por convecção entre a parte ativa, contida no
tanque principal, onde o mesmo ganha calor, e o radiador externo ao tanque,
irradiando o calor ganhado para o ambiente, como pode ser visto pela Figura 8. Nota-
se, ainda, que a economia resultante de um projeto de equipamento elétrico – como
em transformadores - fica cada vez maior quanto melhor for as características físico-
químicas dos fluidos isolantes, uma vez que, quanto melhor suas capacidades de
isolamento elétrico e de fluidez para dissipação do calor, pode-se haver tanto uma
redução da utilização de isolantes sólidos quanto também das distâncias entre
bobinas e núcleo, espiras e entre essas partes aterradas.11
Nota-se que a oxidação dos óleos ocorre por um mecanismo de radicais livres,
a qual é catalisada por metais e por temperatura. Tal oxidação afeta diretamente em
suas propriedades físico-químicas, agravado o desempenho do mesmo e,
consequentemente, do equipamento em serviço, por meio da produção de compostos
polares. Esses compostos podem formar gomas, as quais diminuem a transferência
de calor, causando entupimentos e formação de depósitos, ou podem constituir como
contaminantes, os quais devido à sua natureza polar, tendem a conduzir corrente. 13
No Brasil, até o início da década de 80, o principal óleo isolante utilizado era o
Ascarel, nome comercial promovido aos óleos constituídos por bifenilas policloradas
(PCB). Porém, devido à sua alta toxicidade, o seu uso é atualmente proibido em todo
território. Atualmente, o principal tipo de óleo utilizado é o óleo mineral. Todavia, foram
desenvolvidos, no final da década de 90, óleos vegetais isolantes voltados para
transformadores elétricos. Tal invenção foi impulsionada, principalmente, por
questões ambientais.14
26
2.1.2.1.1. Ascarel
Os óleos de bifenilas policloradas são compostos sintetizados a partir da reação
de moléculas do grupo bifenila com cloro anidro, em presença de cloreto férrico. É
devido às suas propriedades físico-químicas, facilidade de produção pela cloração
direta da bifenila com gás cloro na presença de ferro, como catalizador, que a sua
disseminação pelo mundo foi rápida. Na década de 70, onde ocorreu o seu pico de
produção, por exemplo, foram fabricadas mais de 50.000 toneladas dessa
substância.15
completa é composta de 209 congêneres, sendo que deste total 130 são encontrados
em amostras comerciais”.
esses parâmetros, conforme normas ABNT, a fim de obter uma aproximação tanto de
uma uniformidade de comportamento quanto de referências de qualidade para a
utilização do mesmo.10
Naftênico 11 47 42
Parafínico 8 29 63
𝑹 ∙ + 𝑶𝟐 → 𝑹 − 𝑶 − 𝑶 ∙ (Eq. 02)
A formação do radical livre formado na primeira etapa, por exemplo, pode ser
originada fotoquimicamente ou por ativação térmica. Esse radical, sozinho, é
suficiente para gerar inúmeros outros por reação em cadeia. É devido a esse fato que
a velocidade da reação segue uma função do tipo exponencial com o tempo, a uma
dada temperatura. Nota-se, ainda, que a velocidade essa reação de oxidação também
aumenta exponencialmente com o aumento de temperatura, visto a formação do
radical livre supracitada. Já após a formação dos hidroperóxidos, tem-se a geração
de muitos produtos de oxidação, onde a geração destes difere de acordo com a
espécie do hidroperóxido que lhes deu origem, fato mostrado pela Figura 14. Nota-se
nessa figura, primeiramente, a formação de álcool e cetona a partir de hidroperóxidos
terciários, segundamente, a formação de cetona e ácido a partir de hidroperóxidos
secundários e, por último, a formação de aldeído e ácido a partir de hidroperóxidos
primários. Já na próxima etapa de oxidação tem-se a formação de álcoois, aldeídos e
cetonas. Posteriormente, na presença de oxigênio, todos esses produtos darão
origem aos ácidos carboxílicos.20
Os óleos minerais isolantes possuem uma baixa afinidade com a água, porém
a sua solubilidade aumenta gradativamente com a temperatura em que se encontra.
Nota-se, ainda, que a água pode estar presente em um transformador em três
estados, mas, na prática, usualmente é encontrada dissolvida no óleo. A umidade no
óleo é medida em partes por milhão (ppm). 20
O primeiro produto elétrico comercial que utilizava OVI foi lançado em 1999,
pela empresa ABB. O óleo vegetal utilizado tinha como produto base óleo de girassol,
contendo um teor de ácido oleico superior a 80%. A Companhia Energética de Minas
Gerais (CEMIG) aprovou o primeiro transformador no mundo que funciona totalmente
a base de OVI no ano de 2006. Esse equipamento está em funcionamento desde
agosto desse ano, na subestação de Contagem, na Região Metropolitana de Belo
Horizonte.20
Salienta-se, ainda, que o papel deve possuir boas qualidades mecânicas, visto
à inerente variação de volume das peças metálicas, que esse papel isola, devido à
variação de temperatura dos transformadores ao longo de seus funcionamentos. A
resistência mecânica do papel também diminui em razão da quantidade de água
presente no óleo isolante, como pode ser observado pela Figura 21, onde há uma
redução da resistência à tração a 25% do valor original.21 Caso o papel não venha
suportar esses esforços físicos advindos dessa variação de volume e dessa
contaminação com água, ocorrerá o seu rompimento e consequentemente falhas na
isolação do transformador.10
também consomem oxigênio. Dessa forma, a presença desse gás no meio faz com
que a velocidade da reação de degradação seja ainda mais rápida. 10
Amplamente
Envelhecimento do utilizada. Diversas
óleo e papel, pesquisas estão Diversas
identificação de buscando o concessionárias e
DGA/AGD
pontos quentes, refinamento da laboratórios utilizam
arcos elétricos ou ligação entre a dessa análise.
descargas parciais. formação do gás e
causa.
Principalmente
Relação entre o
utilizada em
Grau de comprimento da
Envelhecimento do laboratórios.
Polimerização cadeia de polímeros
papel isolante. Poucas
(GP) e a resistência
concessionárias o
mecânica do papel.
utilizam.
Porém, notou-se que, apesar dos ensaios físico-químicos feitos no óleo isolante
serem necessários para indicações importantes de sua qualidade, ou seja, suas
condições de deterioração, tais ensaios por si só não permitem a conclusão a respeito
das condições de funcionamento dos transformadores uma vez que, como
mencionado nas páginas anteriores, com o decorrer da operação do transformador,
os isolantes dielétricos presentes nesses equipamentos sofrem processos de
decomposição química, os quais resultam na formação de gases. Pelo fato de tais
gases ser totalmente ou parcialmente dissolvidos no óleo, constituindo-se em
contaminantes, que é possível a obtenção das informações dessas substâncias
através do AGD, cujo sistema pode ser melhor visualizado pela Figura 23.24
Nessa figura, é possível notar que o fluxo de gás com a amostra passa por um
tubo contendo a fase estacionária, ou seja, a coluna cromatográfica, onde ocorre a
separação da mistura dos seus gases. Posteriormente, as substâncias, já separadas,
saem da coluna dissolvidas em um gás de arraste, e passam pelo detector que gera
um sinal elétrico proporcional à quantidade de material não inerte.25 Desse modo, o
registo desse em função do tempo constitui-se no cromatograma, onde as substâncias
45
aparecem como picos com área proporcional à massa dessas, possibilitando a análise
quantitativa da amostra de gás.10
Monóxido e Dióxido de
Pontos quentes no papel
Carbono
Na faixa de temperatura de 150 a 400 ºC, por exemplo, é possível notar, com
auxílio da Figura 24, que os gases mais significativos presentes no óleo são os de
baixo peso molecular, como o gás hidrogênio e o metano, onde este último possuiria
uma concentração mais alta do que o primeiro. Porém, um aumento leve na
temperatura faz com que a concentração de hidrogênio seja superior ao do metano.
Dessa forma, o valor dessa relação entre ambos gases se constitui em uma evidência
para a discriminação entre falhas térmicas de baixa intensidade. Apesar desse
exemplo ser simples, ele ilustra os mecanismos básicos da metodologia de
diagnóstico de falhas através dos gases dissolvidos.10
Além disso, nota-se que análise dos gases pode ser feita principalmente de
duas formas. A primeira leva em consideração as relações dos gases, onde são
estabelecidas faixas de valores prováveis para a ocorrência de determinados tipos de
falhas. A segunda não leva em consideração essa relação, e sim a formação do gás
47
3.1.3. Metodologia
i) Coletar 1 mL uma amostra de óleo por uma seringa de 5 ou 10 ml;
ii) Ambientar e descartar a amostra;
iii) Coletar 3 mL de uma amostra de óleo pela seringa. Expulsar todo ar do
interior da seringa;
iv) Determinar a massa da seringa com uma precisão de 0,01g;
v) Iniciar a eletrólise de acordo com as instruções do fabricante. Deve-se
injetar rapidamente a quantidade de óleo coletada no recipiente de titulação
através do septo;
vi) Anotar o valor do teor de água na amostra de óleo, em ppm, quando a
titulação haver sido efetuada;
vii) Repetir passos iii, iv, v e vi (teste feito em duplicata);
viii) Calcular a média dos valores obtidos.
Figura 28 - Foto das cubas (disco reto e calota) do aparelho de rigidez dielétrica
3.2.3. Metodologia
i) Agitar o frasco contendo a amostra vigorosamente, a fim de que haja uma
distribuição homogênea das impurezas contidas no líquido, evitando a
formação de bolhas de ar;
ii) Fazer a homogeneização da célula de ensaio e de seus componentes
(paredes, eletrodos, agitador magnético) com um pouco de amostra;
iii) Transferir lentamente a amostra na célula, evitando a formação de bolhas
de ar;
iv) Medir a temperatura do líquido. Durante todos os períodos da realização do
ensaio, as temperaturas devem ser mantidas a temperatura ambiente (20
ºC ± 5);
v) Realizar a medição da rigidez dielétrica de acordo com as instruções do
fabricante.
3.3.3. Metodologia
i) Agitar o frasco da amostra várias vezes, a fim de obter-se uma
homogeneidade da mesma;
ii) Encher a célula de enchimento do equipamento. Esperar que o óleo fique
na mesma altura em ambas células;
iii) Descartar o óleo;
iv) Repetir passo ii;
v) Seguir as instruções do fabricante para a leitura do fator de perdas
dielétricas da amostra.
também ser uma indicação de incompatibilidade entre o óleo e alguns dos materiais
do transformador, podendo ser de vernizes, graxas ou semelhantes, como também
de alguma contaminação durante o enchimento desse fluido. Com esse ensaio
também é possível verificar transformadores em sobrecarga, uma vez que a
deterioração do óleo certeira.29
Define-se como tensão superficial a força exercida pelos lados e para baixo, na
superfície de líquidos, capaz de criar uma tensão na superfície desses. Já a tensão
interfacial é a força de atração entre moléculas de dois líquidos não miscíveis, ou entre
um líquido e gás.30 O princípio para a medição dessa última tensão consiste na
determinação da força necessária para destacar um anel de fio de platina, plano, da
superfície do líquido de tensão superficial mais elevada (água) sobre o óleo. 31 A
tensão interfacial é expressa em mN/m, onde óleos de boa qualidade, ou seja, sem
contaminações por substâncias polares, possuem valores de tensão entre 40 a 50
mN/m, e óleos degradados valores menos do que 18 mN/m.32
1,452𝑃 1,679
𝐹𝑐 = 0,7250 + √𝐶 2 (𝐷−𝑑) + 0,04534 − (Eq. 11)
𝑅/𝑟
Onde:
vii) Termômetro.
3.4.3. Metodologia
3.4.3.1. Preparação Do Ensaio
i) Limpar o anel de platina, lavando-o com o solvente metil-etil-cetona;
ii) Aquecer o anel ao rubro na parte amarela da chama de gás.
Esses números podem ser usados como um guia para o controle de qualidade
do óleo, uma vez que quanto maior o número de acidez, maior o estágio de
degradação do OMI ou OVI. Além disso, como previamente discutido, o alto teor de
compostos ácidos no óleo é responsável diretamente pela formação de borra. Porém,
não se pode utilizar esse ensaio para prever a corrosividade do óleo em condições de
serviço, pois vários produtos de oxidação contribuem para o número de acidez, e
ácidos orgânicos variam muito em propriedades corrosivas. Dessa forma, não é
conhecida nenhuma relação direta ou indireta entre acidez e a tendência corrosiva
dos óleos.33
𝑁∙𝑀𝑀∙(𝑉−𝐵)
𝐼𝑎 = (Eq. 12)
𝑃
Onde:
3.5.3. Metodologia
3.5.3.1. Preparação do Ensaio
3.5.3.1.1. Preparação da solução de titulação
i) Adicionar 500 mL de Tolueno PA 99,5% em uma proveta de 1 litro;
ii) Adicionar 5 mL de água deionizada nessa proveta;
iii) Adicionar 495 mL de álcool isopropílico PA 99,5% nessa proveta;
iv) Transferir o conteúdo dessa proveta para um frasco;
v) Agitar vigorosamente o frasco, até que se tenha uma homogeneização da
solução.
crítica e determinante das condições operacionais do óleo, pode ser útil para uma
avaliação comparativa, uma vez que um número de cor que aumenta rapidamente
pode ser uma indicação de deterioração ou contaminação do óleo. Já a aparência do
óleo, podendo apresentar turbidez ou sedimentos, já indicam a presença de água livre,
borra insolúvel, carbono, fibras, sujeira ou outro contaminantes.28
3.6.3. Metodologia
i) Encher o recipiente de amostra até a altura de 50mm ou mais e colocar esse
no colorímetro;
ii) Colocar no compartimento do colorímetro correspondente ao padrão de cor,
o frasco que contém água destilada;
iii) Fechar a tampa do colorímetro para evitar interferência de luz exterior;
iv) Ligar a fonte de luz do colorímetro;
v) Comparar a cor dessa amostra com a cor dos padrões exibidos no aparelho;
60
vi) Caso a cor da amostra seja igual ao padrão, expressar o número da cor do
padrão como o resultado. Caso a cor esteja entre a cor de dois padrões,
expressar pela letra “L”, seguida pelo número padrão mais alto entre os dois
comparados.
Onde:
61
3.7.3. Metodologia
3.7.3.1. Preparação do Ensaio
i) O aparelho para determinação do ponto de fulgor deve estar,
preferencialmente, dentro da capela com exaustor desligado;
ii) Ajustar a chama de modo que a mesma passe pelo centro da cuba, em
movimento circular horizontal, com raio mínimo de 150 ± 1 mm, e não mais
que 2 mm acima do plano de borda da cuba;
62
iii) Limpar a cuba de ensaio com acetona, a fim de remover quaisquer resíduos
de ensaio anteriores. Se ainda permanecerem depósitos, remova-os com
esponja de aço;
iv) Lave a cuba com água e seque por alguns minutos no aquecedor do próprio
aparelho de ponto de fulgor, a fim de remover os últimos traços de solvente
e água;
v) Esfriar a cuba a uma temperatura de, no mínimo, 56 ºC abaixo do ponto de
fulgor esperado, antes de usá-la.
3.8.3. Metodologia
3.8.3.1. Preparo do Ensaio
i) Limpar quimicamente os frascos de PTFE com acetona, a fim de remover
qualquer resíduo de óleo isolante. Enxaguar com água de torneira e, em
seguida, com água destilada. Secar em estufa.
ii) Realizar o polimento de um pedaço maior de folha de cobre o qual,
posteriormente ao polimento, várias tiras de tamanho apropriado podem ser
cortadas. Remover manchas da chapa de cobre com a lixa de carbeto de
silício grau 240. Cortar as tiras com tesoura em 6x25 mm. Armazenar as
tiras em acetona livre de enxofre;
iii) Realizar o polimento final da tira, retirando-a da acetona, esfregando com o
pó de carbeto de silício grão 230, apoiado sobre uma placa de vidro, com
chumaço de algodão absorvente umedecido com uma gota de acetona.
Limpar a tira com algodão limpo e, a partir desse ponto, manusear as tiras
apenas com uma pinça de aço inoxidável.
iv) Dobrar a tira de cobre em forma de “V”, em um ângulo de aproximadamente
60º. Lavar sucessivamente em acetona, água destilada e acetona. Secar
em estufa durante 3 a 5 minutos a uma temperatura de (90 ± 10) ºC. Após,
mergulhar a tira na amostra já preparada do óleo isolante a ser testado.
3.9.3. Metodologia
i) Agitar vigorosamente o frasco de amostra, por um tempo de 2 a 5 minutos,
para redistribuir as partículas. Nota-se que o tempo necessário de agitação
depende da eficácia do método de agitação utilizado;
ii) Aguardar alguns segundos para a extinção das bolhas de ar, ou aplicar
vácuo na amostra até dissipação das bolhas;
iii) Analisar a amostra imediatamente com o contador automático de partículas,
de acordo com o manual de instruções do fabricante.
Contagem de
Partículas
Partículas /
Antes do
100 ml de ABNT NBR 14275 - 10.000
enchimento
óleo
De modo semelhante aos óleos minerais, os óleos que não estiverem de acordo
com os valores de referência dessa planilha poderão sofrer reamostragem para novas
análises ou passar por um processo de limpeza no termovácuo ou, em último caso,
70
podem ser devolvidos aos seus respectivos fabricantes ou vendidos para outras
empresas. 29
Onde:
3.12.3. Metodologia
i) Transferir uma alíquota representativa da amostra para uma proveta. Deixar
a temperatura entre ambos estabilizar;
ii) Mergulhar o densímetro na amostra;
72
3.12.4. Resultados
Para o laboratório químico da TSEA, a classificação do óleo, de acordo com
sua densidade, está descrita na Tabela 6. Salienta-se que valores de densidade
abaixo de 0,8300 constituem-se em um motivo de recusa do óleo isolante.
3.13.3. Metodologia
i) Colocar no tubo de ensaio com o auxílio da proveta, 10 ml de anilina e 10
ml do óleo isolante a ser testado;
ii) Introduzir a rolha, o arame e o termômetro no tubo de ensaio, tomando o
cuidado para que o bulbo do termômetro não toque no tubo de ensaio;
iii) Encher o béquer de 250 ml com aproximadamente 200 ml de um outro óleo
claro, o qual será utilizado apenas para o aquecimento do tubo de ensaio;
iv) Aquecer o óleo do béquer até 100 ºC;
74
3.13.4. Resultados
No laboratório químico da TSEA, a faixa de temperatura esperada para o ponto
de anilina é entre 63 a 84 ºC.
𝑀−𝑀𝑜
𝐻= (Eq. 16)
𝑀𝑜
Onde:
𝑚∗100
𝐶= (Eq. 17)
40∙(1+𝐻)
𝑇𝑠−𝑇𝑜
𝑁𝑠 = (Eq. 18)
𝑇𝑜
Onde:
[ɲ]
𝐺𝑃 = (Eq. 19)
𝐾
Onde:
K = 7,5 * 10-3.
76
3.14.3. Metodologia
3.14.3.1. Preparação do Ensaio
3.14.3.1.1. Preparação da Amostra de Papel Impregnado
i) Adicionar dentro do balão de 250 ml, cerca de 200 ml de hexano;
ii) Acoplar o condensador e o extrator no balão;
iii) Colocar a amostra a ser desimpregnada dentro do extrator;
iv) Introduzir o conjunto de vidrarias na manta aquecedora, evitando que o
hexano caia sobre a mesma;
v) Deixar em aquecimento por 4 horas;
vi) Retirar a amostra e colocar a mesma na estufa por 4 horas;
vii) Cortar, com tesoura, a amostra em pequenos pedaços de 1 mm² a 2 mm².
dos papéis (GP > 350) o tempo de agitação de 16 horas garante uma
completa dissolução;
v) Filtrar a solução através de um filtro sinterizado de porosidade Nº 3,
previamente limpo e seco;
vi) Utilizar viscosímetro Cânon FensK Routine nº 100;
vii) Transferir uma parte da solução filtrada para o viscosímetro e colocá-lo no
banho de água a 25 ºC, e aguardar de 10 a 15 minutos antes de fazer as
medições do tempo de escoamento;
viii) Após o período de repouso, elevar o nível da solução acima da marca
superior do viscosímetro e registrar o tempo (Ts) com exatidão de ± 0,5
segundos para que o menisco passe entre a marcação superior e a inferior
do viscosímetro. Realizar duas ou três medidas sucessivas. Registrar a
diferença em porcentagem entre os dois resultados. Inspecionar se o tempo
de fluxo está dentro da faixa permitida e se os dois resultados concordam
entre si em 1%. Limpar o viscosímetro com água destilada e depois com
acetona. Secar com ar comprimido limpo e seco;
ix) Preparar uma solução solvente, sem amostra de papel, com 20 ml de água
destilada e 20 ml de solução de etilenodiamina, e determinar o tempo de
escoamento da solução solvente (To) da mesma forma escrita no item viii;
x) Calcular o grau de polimerização da amostra.
3.14.4. Resultados
Os resultados para esse ensaio estão representados na Tabela 7. Destaca-se
que, usualmente, resultados de GP abaixo de 800 acarretam a recusa do lote do
papel.
Grau de Condição
Polimerização do papel
ix) Pinça;
x) Proveta graduada de 1000 ml;
xi) Dessecador.
3.15.3. Metodologia
3.15.3.1. Preparação do Ensaio
i) Em um acordo comum entre fornecedor e cliente, recomenda-se utilizar
uma razão entre a área superficial e o volume de óleo utilizado de quatro
vezes a relação real empregada no equipamento elétrico em estudo. Se a
amostra puder ser medida (papel, papelão, fita de fibra de vidro, fenolite
etc.), utilizar 52 cm2 de área superficial para cada 800 ml de óleo. Também
utilizar essa área superficial para materiais utilizados na fabricação de
lençóis, membranas, bolsas de borracha e gaxetas;
ii) Tintas, vernizes e materiais utilizados em revestimentos internos em contato
com o óleo devem ser curados em chapas de aço-carbono previamente
limpos e livres de contaminações superficiais. Utilizar 1300 cm 2 de área
superficial para 800 ml de óleo;
iii) Os materiais que precisam ser curados (revestimentos internos, vernizes,
resinas etc.) devem seguir as instruções de tempo e temperatura do
fabricante do material.
3.15.4. Resultados
A avaliação das mudanças físicas do material submerso no óleo também deve
ser considerada com base nas necessidades específicas da aplicação. Os resultados
82
Características Valores
Características Valores
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Dado o embasamento teórico e os ensáios realizados pelo o aluno, os estudos
adquiridos pelo mesmo, durante o curso em técnico em química no CEFET-MG, foram
de suma importância para a compreensão e realização das atividades feitas no
laboratório da empresa. As disciplinas teórico-práticas de química inorgânica, físico-
química e química analítica quantitativa, por exemplo, foram importantes para o
manuseio e utilização de vidrarias e soluções químicas, para a montagem e
interpretação dos resultados das titulações ácido-base e dos testes de viscosidade
feitos para o cálculo do grau de polimerização do papel isolante.
Assim, conclui-se que o estágio feito pelo aluno no laboratório químico da empresa
TSEA Energia foi fundamental, tanto para o estudante adquirir novos conhecimentos
laboratoriais, os quais foram necessários para a realização dos ensáios no laboratório,
quanto para amadurecer os conhecimentos e técnicas já previamente adquiridos no
CEFET-MG.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
[1] HISTÓRIA DA SEMP TOSHIBA. Portal São Francisco, 2021. Disponível em:
<https://www.portalsaofrancisco.com.br/curiosidades/historia-da-semp-toshiba>.
Acesso em 24/01/2022.
[19] T.O. Rouse. Mineral Insulating Oil in Transformers. IEEE Electrical Insulation
Magazine, v. 14, p 6-16, 1998.
[23] MORETTO, E.; FETT, R. Tecnologia de óleos e gorduras vegetais. São Paulo:
[32] SOUZA, Lincoln. Análise fingerprint em óleo mineral isolante. Itajubá. 2018.
Disponível em:
<https://repositorio.unifei.edu.br/xmlui/bitstream/handle/123456789/1140/dissertacao
_souza1_2018.pdf>. Acesso em 31/01/2022.