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ENGENHARIA MECÂNICA
RECIFE
2019
DANIEL MONTEIRO LEITE
Trabalho de Conclusão de
Curso apresentado a Coordenação do
Curso de Graduação em Engenharia
Mecânica do Centro Universitário
Estácio do Recife, como requisito parcial
à obtenção do grau de Bacharel em
Engenharia Mecânica
RECIFE
2019
DANIEL MONTEIRO LEITE
Esta monografia foi julgada adequada como parte dos requisitos para a
obtenção do título de
BANCA EXAMINADORA
__________________________________________
Nome do professor
Orientador
_________________________________________
Nome do professor
Examinador
__________________________________________
Nome do professor
Examinador
Dedico a conclusão deste
curso à minha mãe, Jeane Calado Leite,
e a meu pai adotivo, Antônio Pontes, (in
memória) pelos ensinamentos diários e
pelo constante incentivo ao meu
desenvolvimento acadêmico.
AGRADECIMENTOS
A meu pai adotivo, Antônio Pontes, (in memória) por ser o principal
motivador dos meus estudos e também por ser minha referência pessoal em educação e
em me tornar uma pessoa melhor. Além do mais, por ter me presenteado com uma nova
família maravilhosa.
OFF – Desligado
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 16
2 OBJETIVOS .............................................................................................................. 17
4 METODOLOGIA...................................................................................................... 56
6 CONCLUSÕES.......................................................................................................... 89
1 INTRODUÇÃO
2 OBJETIVOS
2.1 Objetivo Geral
Orientar o proprietário de um automóvel sobre a importância de realizar as
manutenções no sistema de freio e demonstrar para o técnico de serviços como realizá-la
corretamente.
3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
3.1 Histórico da Manutenção
Segundo Kardec (2001), a manutenção surgiu antes da Segunda Guerra
Mundial, onde as máquinas eram de simples construção e as manutenções baseavam-se
em: lubrificação, limpeza e na manutenção corretiva após a falha.
inesperado; e manutenção corretiva planejada: quando se sabe que haverá falhas ou baixa
performance e opta por esperar fazer a manutenção corretiva (KARDEC, 2001).
Implementação de um disco que girasse junto com a roda, para que o freio
atuasse nele, e não na própria roda. Além disso, os garfos de acionamento das
sapatas, que eram acionados mecanicamente por cabos, foram substituídos por
êmbolos com acionamento hidráulico través de tubos rígidos (que
posteriormente foram substituídos por tubos flexíveis) e as sapatas de borracha
foram substituídas por pastilhas fabricadas com uma mistura de materiais que
suportavam com maior resistência os efeitos da frenagem.
Fonte: https://www.canaldapeca.com.br/blog/freios-abs/
De acordo com Pietro (2014), o sistema é composto por um disco, que gira
junto a roda, uma pinça de freio, que tem uma estrutura em forma de “U” e que é um
elemento fixo, e as pastilhas, que contém um material de atrito.
3.7 Componentes
3.7.1 Pedal de Freio
O pedal de freio é o componente responsável pelo contato direto do condutor
ao sistema de freio. Onde a força aplicada pelo condutor, no pedal, é multiplicada por
causa da utilização do princípio da alavanca.
f1 . x = f2 . y (1)
x
f2 = f1 . (2)
y
f2 : força de saída;
“Portanto, quanto maior a distância “x” e menor a distância “y”, maior será a
multiplicação da força f1 ” (PIETRO, 2014, p. 84).
Fonte: entradaalconocimiento5.blogspot.com/2016/03/principio-de-pascal.htm.
f1 f2
= (4)
a1 a2
Fonte: https://slideplayer.com.br/slide/381519/
• Repouso: quando o pedal de freio não está acionado o sistema fica com uma
pressão aproximada igual a atmosférica, em virtude do sistema está cheio de fluido
e se comportar como um reservatório cheio;
• Acionado: ao pisar no pedal de freio o êmbolo e movido. Com o movimento do
êmbolo o fluido que está adiante é desloca para os cilindros das rodas de forma
gradual, devido a um pouco do fluido ser expelido pelo furo de compensação antes
que a gaxeta o feche;
• Retorno: ao soltar o pedal de freio o êmbolo é empurrado no sentido contrário, em
razão da pressão existente no circuito e pela força elástica da mola de retorno.
Contudo, o retorno do êmbolo diminui a pressão do circuito, permitindo assim
que as molas das sapatas e os anéis de vedação dos êmbolos das pinças façam o
retorno de ambas.
Os sistemas de freio que utilizam o cilindro mestre de simples ação tem seu
funcionamento comprometido se houver qualquer vazamento do fluido. Todavia, por ser
um sistema que exige segurança, o cilindro mestre de simples ação foi substituído pelo
de dupla ação (APOSTILA SENAI, 2001).
A: reservatório E: câmara 2
D: câmara
3.7.6 Reservatório
O reservatório do sistema de freio é o responsável por armazenar, um certo
volume de fluido, capaz de atender algumas alterações do volume do fluido do sistema,
que ocorre em tais momentos: ao acionar e desacionar o pedal de freio, temperaturas
elevadas, funcionamento do ABS e outros (PIETRO, 2014).
O ponto de ebulição seco é usado para um veículo que trocou o fluido de freio
recente, como em um veículo de competição. Já o ponto de ebulição úmido é usado para
um veículo que demora para fazer a troca do fluido, como em um veículo de passeio
(SAMPAIO, 2016, apud PUHN, 1987).
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3.7.8 Tubulações
As tubulações, segundo Pietro (2014), têm a finalidade de conduzir o fluido
de freio do cilindro mestre para as pinças e para os cilindros de rodas. As tubulações são
divididas em dois tipos: tubos rígidos e flexíveis.
3.7.9 Espelho
Para Pietro (2014), o espelho é um componente fixo ao eixo do veículo e
responsável por acomodar todos os outros componentes fixos do freio a tambor, pois
quando o cilindro de roda desloca as sapatas e a mesma entra em contrato com o tambor,
que gira junto a roda, os componentes também tendem a girar. Portanto, como as sapatas
estão apoiadas no cilindro de roda e na placa de ancoragem e os outros componentes estão
bem fixados no espelho, eles não giram juntamente com o tambor. Assim permitindo a
frenagem da roda.
3.7.11 Tambor
De acordo a apostila SENAI (2011), o tambor é uma peça de formato
cilíndrico e fabricado em ferro fundido e deve ter a sua parte interna, onde há o contato
com o material de atrito (lona), um acabamento tipo liso, realizado por usinagem. Pois o
tambor gira juntamente com a roda e o atrito do tambor com a lona deve executar a
frenagem do veículo.
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Segundo Pietro (2014, p. 134), para que o tambor de freio exerça sua função
de maneira eficiente algumas características devem ser atendidas, tais quais:
Ser resistente;
Ser rígido, mas não muito, pois deve adaptar-se às deformações da sapata de
freio;
De acordo com a apostila SENAI (2011), os discos de freio são de dois tipos,
ou seja:
Para Pietro (2014), há três tipos de pinças de freio: a pinça fixa, a pinça
flutuante e a pinça deslizante. No entanto, as duas últimas por oferecerem melhor
refrigeração são aplicadas em rodas com raio de rolagem negativo e com pouco espaço.
3.7.16 Pastilha
Segundo Nogueira, Rodrigo e Amarante (2018), a pastilha de freio é o
componente do sistema de freio que mais recebe esforços na frenagem. Além do mais, é
o componente responsável por diminuir a velocidade da roda. Portanto, a patilha de freio
deve apresentar algumas propriedades essenciais, tais como: manter o coeficiente de atrito
constante dentro de uma faixa de temperatura, resistir ao cisalhamento, ter
compressibilidade, não conduzir o calor gerado na frenagem para outros componentes do
sistema e outros (PIETRO, 2014).
Para Pietro (2014, p. 137), a pastilha “é constituída por uma placa metálica
revestida em uma de suas faces pelo material de atrito, que entrará em contato com as
faces do disco de freio quando o sistema for acionado”. Além do mais, as pastilhas podem
vir com indicador de desgaste mecânico, que gera barulho, ou com sensor, que acende
uma luz espia no quadro de instrumento (PIETRO,2014).
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Para Pietro (2014), a válvula de pressão residual trabalha com uma pressão
residual de 0,4 a 1,7 bar e pode vir instalada dentro ou fora do cilindro mestre.
Segundo Pietro (2014, p. 154), a “válvula pode ser instalada após o cilindro
mestre, na tubulação, entre o cilindro mestre e o freio da roda traseira, ou no próprio
cilindro mestre, em sua conexão de saída”.
A: excêntrico ; E: êmbolo;
B: pino; F: pastilha;
No entanto, se tiver alguma avaria no sistema ABS será acesa uma luz
indicadora e o veículo voltará a usar o freio hidráulico convencional, ou seja, o veículo
não faltará freio, porém não impedirá o travamento das rodas em freadas buscas
(APOSTILA FIAT AUTOMÓVEIS, 2008).
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3.9 Componentes
3.9.1 Unidade de Comando
Segundo a apostila FIAT Automóveis (2008), a unidade de comando é um
dos principais componentes do sistema. Ela recebe sinais elétricos dos sensores de roda e
analisa se alguma roda está com deslizamento fora do ideal (travando). Caso uma ou mais
rodas apresente travamento a unidade de comando escolhe a melhor estratégia para
comandar a unidade hidráulica que atuará nas pinças e nos cilindros de roda.
A: unidade de comando;
B: unidade hidráulica.
Fonte: https://autopapo.com.br/blog-do-boris/acendeu-a-luz-do-abs-vou-ficar-sem-freio/.
Entretanto, se apenas uma roda motriz deslizar, o sistema freia a roda que
está deslizando e transfere o torque para a roda que está com aderência, através do
diferencial. Caso as duas rodas deslizem o sistema trabalhará junto ao sistema de
gerenciamento eletrônico para diminuir a potência do motor.
3.12 Componentes
Figura 41: Componentes do sistema ESP
4 METODOLOGIA
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO
5.1 Distância de parada de um veículo
Vi2
∆S = (6)
2a
Df = Vi . Tpf (7)
Vi2 (8)
∆S = + Vi . Tpf
2a
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Fat = μ . N (9)
N: Força normal.
N = P = m .g (10)
P: Peso;
m: Massa;
g: Aceleração da gravidade.
Logo:
Fat = μ . m . g (11)
F = m.a (12)
Então, pode-se afirmar que a força de atrito ficará de acordo com a equação
13.
Fat = m . a (13)
Portanto,
μ .m .g = m .a (14)
Logo,
a = μ .g (15)
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Então:
Vi2
∆S = + Vi . Tpf (16)
2 .μ . g
Vi2
∆S = (17)
2.μ. g
Para realizar a medida da folga do pedal de freio deve-se acionar várias vezes
o pedal, com o motor desligado, até retirar todo o vácuo do servo freio e em seguida
medir, com uma régua, a distância do pedal ao assoalho e depois acionar o pedal, com
uma das mãos, até encontrar uma resistência e com a outra mão medir a distância entre o
pedal e o assoalho.
O atrito das pastilhas com o disco e das sapatas com os tambores provoca o
aumento da temperatura desses componentes, que através da condução transferi o calor
para o fluido de freio, e se por algum motivo as propriedades do fluido não estejam
normais ocorrerá ebulição e consequentemente formação de ar no sistema.
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Fonte: https://produto.mercadolivre.com.br
• Cuidado para que o fluido não seja derramado nas peças plásticas ou
pintadas, pois poderá danificá-las;
• Nunca substituir um fluido de um sistema por um de DOT inferior, ou
seja, substituir um DOT 4 ou DOT 5 por um DOT 3, porém a
substituição do fluido para outro com o DOT maior é possível, desde
que seja retirado todo o fluido do sistema.
Fonte: Autor
5.2.6 Sangria
A presença de ar no sistema de freio provocado por baixo nível do fluido,
vazamentos ou alguma intervenção no sistema hidráulico, deve ser removido para que a
frenagem seja eficiente. A remoção do ar do sistema de freio é conhecida como, sangria,
e para que seja realizada de maneira eficiente, deve-se consultar a literatura técnica do
veículo.
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Fonte: Autor
5.2.7 Tubulações
As tubulações podem ser do tipo fixa ou flexível e têm a finalidade de
conduzir o fluido de freio para as pinças e os cilindros de rodas, portanto, sua integridade
deverá está perfeita.
Fonte: Autor
5.2.8 Espelho
É o componente responsável por suportar todos os componentes fixos do freio
a tambor. No entanto, as análises realizadas na manutenção preventiva do espelho,
consiste em averiguar possíveis folgas na sua fixação, desgastes e possíveis trincas na
área de atrito com as sapatas.
5.2.10 Tambor
O tambor é um dos componentes do sistema de freio responsável por reduzir
a velocidade do veículo, utilizando para isto o atrito com as lonas de freio. Portanto, a sua
superfície de atrito, deve ser lisa e sem deformação, porque é um componente que sofre
muitos esforços e que atinge altas temperaturas. Assim necessitando de manutenções
periódica, conforme estabelecido pelo fabricante.
Fonte: Autor
Fonte: Autor
73
Fonte: Autor
Fonte: Autor
Entretanto, para um veículo parar na menor distância não significa que tenha
que usar o material de atrito de maior coeficiente, mas sim, um material de atrito que
mantenha o seu coeficiente dentro de uma faixa aceitável, independente das condições de
trabalho.
Fonte: Autor
Fonte: Autor
1. Remover as rodas;
2. Retrair completamente o êmbolo, com uma ferramenta especifica;
3. Soltar a trava de fixação das pastilhas;
4. Remover os parafusos de fixação das pinças;
5. Prender a pinça de freio no veículo, de modo a não deixar a tubulação
tensionada;
6. Remover a pastilha.
1. Remover as rodas;
2. Conectar um recipiente com uma mangueira no sangrador da pinça;
3. Abrir o sagrador e retrair completamente o êmbolo;
4. Soltar a trava de fixação das pastilhas;
5. Remover os parafusos de fixação das pinças;
6. Prender a pinça de freio no veículo, de modo a não deixar a tubulação
tensionada;
7. Remover a pastilha;
Fonte: Autor
F (9)
Vr = .P
n
Para esquema elétrico do veículo, Novo Uno 2015, conforme a Figura 59, os
testes do sistema elétrico serão:
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Fonte: Autor
6 CONCLUSÕES
O estudo de caso para demonstrar a importância da correta manutenção no
sistema de freio hidráulico dos automóveis leves, realizado na concessionária ViaSul,
apresentou resultado satisfatório, pois os proprietários dos automóveis foram orientados
da importância da manutenção do sistema de freio e os técnicos de serviços tiveram
informações importantes sobre o sistema e também sobre a importância da consulta da
literatura técnica do veículo.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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http://www.ate-freios.com.br/catalogues/>. Acesso em: 03 fev. 2019.
______, Pastilha, sapata, disco, tambor, cilindro de roda, cilindro mestre, servo-freio
e fluido de freio. Campinas, 2012. Disponível em: < http://br.bosch-
automotive.com/media/parts/download_2/freios/catalogo_freios_2011_2012.pdf >.
Acesso em: 14 jan. 2019.
CANAL DA PEÇA, Freios ABS: Tudo O Que Você Precisa Saber. Disponível em:
<https://www.canaldapeca.com.br/blog/freios-abs/>. Acesso em: 01 mai. 2019.
FELDMAN, Boris. Luz do ABS acesa é sinal de que o carro vai ficar sem freio? 2018.
Disponível em: < https://autopapo.com.br/blog-do-boris/acendeu-a-luz-do-abs-vou-
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PINTO, Alan K.; XAVIER, Júlio A. N. Manutenção: função estratégica. 2. Ed. Rio de
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