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EDUARDO BERTTI
São Paulo
2022
EDUARDO BERTTI
São Paulo
2022
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SÃO PAULO
_____________________________
Prof. Dr. Osvaldo Luís Asato
IFSP - SZN
_____________________________
Prof. Dr. Wilson Carlos da Silva Junior
IFSP - GRU
_____________________________
Prof. Dr. Fabiano Armellini
École Polytechnique de Montréal
A Deus pela vida, pela saúde e por tantas oportunidades que colocou em meu caminho;
Às instituições Instituto Federal de São Paulo, antiga Escola Técnica Federal de São Paulo, e à
Mercedes-Benz do Brasil, as quais tenho extremo orgulho em pertencer. A Escola Técnica
Federal me deu embasamento para que eu iniciasse na Mercedes-Benz em 1988, e a Mercedes-
Benz me deu vivência e apoio para que eu iniciasse este mestrado no Instituto Federal em 2019;
Aos meus orientadores, Professores Doutores Francisco Nakamoto, Osvaldo Asato e Percy
Kaneshiro, pela dedicação incansável aos alunos do Instituto Federal de São Paulo. Eles são
uma ponta de esperança na educação pública desse país, precisamos de mais Franciscos,
Osvaldos e Percys;
Aos profissionais e amigos da Mercedes-Benz que me apoiaram no dia a dia, desde o pré-
projeto. São eles: André Cano, Marcos Marsola, Rafael Gazi e Ricardo Bocciardi;
Ao amigo Fábio Passos pelo incentivo para iniciar este mestrado. Amizade de 38 anos iniciada
na Escola Técnica Federal de São Paulo;
Aos colegas e amigos do grupo de pesquisa, LAIS, pela troca de conhecimento nas reuniões,
dicas e incentivo nas apresentações;
Aos Professores Doutores Fabiano Armellini e Wilson Carlos da Silva Jr, convidados que
deram grande peso à banca, e agregaram muito conhecimento a esta dissertação;
Enfim, minha gratidão eterna a todos que de alguma forma participaram deste processo.
RESUMO
das atividades a serem realizadas pelas estações de trabalho ainda é um desafio no projeto,
devido à grande variação entre os tempos das atividades dos diversos tipos de produtos, e às
alterações de curto prazo no sequenciamento destes produtos. O presente trabalho propõe uma
utilizando uma Rede de Petri Colorida. Para ilustrar as principais características desta
abordagem, é apresentado um estudo de caso que tem como objeto de pesquisa uma linha de
montagem de caminhões em operação no Brasil. Os resultados mostram que foi possível reduzir
recursos com ocupação média aceitável, e definir uma sistemática para uso dos gestores das
linhas de montagem.
Linhas de modelos mistos; Método dos Pesos Posicionais; Redes de Petri Colorida.
ABSTRACT
In production systems, the assembly line is a widely used method for manufacturing
products that have a set of repetitive activities and well-defined sequences. The efficiency of
the assembly lines impacts the entire manufacturing process, and the optimization of resources
lines. The difficulty occurs due to the large variation between the times of the activities of the
various types of products, and short-term changes in the sequencing of these products. The
present work proposes a dynamic balancing system that considers the effects of product
sequencing changes on resource utilization, and that is based on the determination of specific
sets of sequenced activities for each product type and operator, implementing more flexibility
in workstations. This balancing system bases its strategy on the application of a precedence
diagram and heuristic algorithm of positional weights. The modeling and simulation of this
system is performed using a Colored Petri Net. To illustrate the main characteristics of this
approach, a case study is presented which has as research object a truck assembly line in
operation in Brazil. The results show that it was possible to reduce the dependency on product
sequencing, meet the cycle time, reduce by 12.5% the resources with acceptable average
GA Genetic Algoritms
ML Markup Language
RP Rede de Petri
SA Simulated Annealing
1. INTRODUÇÃO 1
1.1. Motivação. 1
1.2. Justificativa 5
1.3. Objetivos 5
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 7
2.1. Linhas de Montagem Manuais 7
2.2. Balanceamento de Linhas de Montagem 11
2.3. Redes de Petri 25
2.3.1 Definição formal da estrutura da Rede de Petri 25
2.3.2 Representação gráfica das Redes de Petri 26
2.4. Redes de Petri Coloridas 28
2.4.1 Definição formal da estrutura da Rede de Petri Colorida 29
2.4.2 Representação gráfica das Redes de Petri Coloridas 30
2.4.3 Simulação 31
3. METODOLOGIA 33
3.1. Classificação da pesquisa. 33
3.2. Ciclo de desenvolvimento da pesquisa 34
4. ESTUDO DE CASO 36
4.1. Dados e premissas considerados 40
4.2. Sistemática de Balanceamento Dinâmico 45
4.2.1. Diagrama de Precedências 45
4.2.2. Modelagem e simulação em Rede de Petri Colorida para cálculo do peso posicional 48
Etapa A – Nível Principal 49
Etapa B – Subníveis das Atividades 51
Etapa C – Simulação para o cálculo do Peso Posicional 60
Etapa D – Definição da sequência das atividades para cada tipo de caminhão 61
Etapa E – Exportação dos Resultados 64
Etapa F – Transferência dos dados de TXT para tabela Excel 69
4.2.3. Ajustes no Balanceamento Dinâmico das atividades 72
5. RESULTADOS 76
5.1. Análise comparativa dos resultados. 76
5.2. Discussão 88
6. CONCLUSÕES 91
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 94
1
1. INTRODUÇÃO
1.1. Motivação
decisivamente para o alcance das metas dessas indústrias (COSTA et al., 2019).
produtos complexos e, por estarem no final do processo, a sua eficiência impacta fortemente no
sistema de fabricação das indústrias. A linha de montagem pode ser definida como uma
(GROOVER, 2017).
é distribuir as atividades o mais uniformemente possível nas estações de trabalho, e para os seus
um dos maiores problemas técnicos no projeto e operação de uma linha de montagem manual,
e tem um forte impacto em sua eficiência global (GROOVER, 2017). A produtividade de uma
linha é determinada pela distribuição das atividades nas estações de trabalho (CERBASO et al.,
2 Capítulo 1
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2017), baseado na “teoria das restrições”, é um indicador objetivo para o cumprimento da meta
de produção, sendo determinado e limitado pela estação de trabalho com tempo de operação
montagem podem ser de produto único ou de produtos mistos, ser do tipo básica (com operações
são planejadas linhas de montagem bilaterais, este conceito possibilita linhas mais curtas e com
bilaterais são necessários métodos específicos, porque as condições de restrição são mais
(1955), que apresentou ao mundo acadêmico o “Assembly Line Balancing Problem – ALBP”
distribuição de atividades em uma linha de montagem básica de modelo único. Com o passar
dos anos os processos produtivos ficaram mais complexos em função das necessidades do
gestores de produção sem seguir uma sistemática, utilizando a experiência profissional, o que
Pesquisas empíricas mostraram que, apenas, um pequeno percentual de indústrias utiliza algum
tecnológicos produziram inúmeras pesquisas que formaram a base para a Quarta Revolução
2018). Uma das principais características da Indústria 4.0 é permitir a criação de possibilidades
(LEME; SANTOS, 2018). A simulação é uma tecnologia da Indústria 4.0 para gestão de
e é uma ferramenta poderosa para a análise de novos projetos, ajustes de sistemas existentes e
mesmo tempo uma arte e uma ciência (BANKS, 2010). Para SIME et al. (2019), técnicas de
simulação a eventos discretos podem ser empregadas para projetar, desenvolver, implantar e
PETRI (1962) propôs, em sua tese de doutorado, o conceito, conhecido hoje como Rede
de Petri. De acordo com MURATA (2015), a Rede de Petri é uma ferramenta de modelagem
gráfica e matemática aplicável a muitos sistemas, que pode ser usada no estudo de
4 Capítulo 1
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distribuídos, paralelos, não determinísticos e/ou estocásticos. Para ZHOU; DICESARE (1993),
KRISTENSEN (2009), a “Colored Petri Net – (CPN)” (Rede de Petri Colorida) é uma
linguagem gráfica para a construção de modelos de sistemas simultâneos, análise das suas
A motivação deste projeto de pesquisa nasce da vivência diária no chão de fábrica, onde
é constatada uma grande diferença de complexidade entre os processos dos tipos de produtos.
São criadas regras de restrição para a sequência de produtos, que, em muitas das vezes, não são
produto ao final do turno de trabalho. Desta forma, este projeto de pesquisa propõe uma
produtos na eficiência produtiva, além do fato da grande maioria das indústrias atribuir aos
gestores a responsabilidade da distribuição das atividades aos operadores, o presente estudo tem
como objetivo propor uma sistemática de balanceamento dinâmico, baseada em uma Linha de
implementando uma maior flexibilização nas estações de trabalho. A sistemática será validada
avançada baseada na indústria 4.0, pode ser definida como um procedimento descrito em
1.2. Justificativa
na eficiência produtiva, a grande maioria das indústrias a realizam de forma não objetiva,
baseando-se na experiência dos gestores. Um dos principais fatores que justificam esta prática,
é atribuído ao fato das pesquisas acadêmicas não terem preenchido a lacuna entre os estudos
teóricos e os problemas reais, possivelmente por não terem sido suficientemente práticas ou
1.3. Objetivos
Objetivo geral
de uma empresa fabricante de caminhões. Desta forma o objetivo é propor uma sistemática de
Objetivos específicos
tipo de produto;
montagem do produto.
Estruturação do Texto
O restante do trabalho foi dividido da seguinte forma: o capítulo 2 possui a revisão bibliográfica,
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
montagens manuais, que constituem o objeto de pesquisa deste trabalho. O subcapítulo 2.2
apresenta diversas abordagens dos problemas de balanceamento, desde o primeiro estudo até a
subcapítulo 2.4 explana sobre as definições, representação gráfica e aplicações recentes das
Redes de Petri Coloridas que deram argumentos na escolha desta linguagem gráfica para
construção do modelo proposto, este subcapítulo ainda decorre sobre simulação, que é o método
do trabalho que faz com que cada operador se torne um especialista naquela atividade, este
princípio foi exaltado e publicado por Adam Smith em 1776 na Inglaterra, e o princípio das
peças intercambiáveis atribuído a Eli Whitney em 1801 nos Estados Unidos. As primeiras linhas
de produção, que temos registro, foram implantadas pela indústria da carne em Cincinnati,
Estados Unidos, entre 1805 e 1810, e utilizavam transportadores aéreos manuais para o
transporte dos animais entre os trabalhadores, permitindo a divisão do trabalho durante o corte
da carne, eram ‘linhas de desmontagem’. Henry Ford observou as operações das indústrias de
carne, e em 1913 projetou uma linha de montagem de volantes magnéticos, com o sucesso, em
O tempo de ciclo ou ritmo da linha é um indicador objetivo para que a meta de produção
seja cumprida, sendo que é determinado e limitado pela estação de trabalho com tempo de
operação mais longo, de acordo com a teoria das restrições proposta por (GOLDRATT; COX,
2006).
estações de trabalho, e nos seus operadores, buscando sempre minimizar o tempo ocioso e por
são implantadas linhas de montagens bilaterais (two-sided assembly lines), portanto temos o
TALBP. Este conceito possibilita linhas mais curtas e melhor aproveitamento da instalação.
Para o balanceamento das linhas de montagem bilaterais são necessários métodos específicos,
porque as condições de restrição são mais complexas (ZHONG; DENG; XU, 2019).
grande variedade de tipos de produto e com grande variação de tempo de processamento entre
Revisão Bibliográfica 9
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os tipos. Com isto, torna-se cada vez mais comum a criação de estações de trabalho paralelas e
determinada de acordo com a expectativa de demanda dos produtos que serão produzidos,
normalmente a capacidade de uma linha é dada por um valor anual Da, e durante o projeto da
linha, este valor é transformado em capacidade diária Cd, conforme a equação 1. Considerando
de operação por estação de trabalho. O cálculo do tempo de ciclo considera a eficiência da linha
de montagem, pois é necessário subtrair do tempo total diário o tempo perdido por motivos
e Cd é a capacidade por dia de trabalho. Os valores de E para uma linha de montagem manual
operadores por estação de trabalho M está bastante associada ao tamanho e tipo de produto, e
𝑛= (4)
O tempo de ciclo Tc não é igual ao tempo de serviço Ts, existem dois tipos de perda, a
perda por reposicionamento Tr, e a perda por ociosidade To causada pelo problema de
tempo utilizado pelo operador, após concluir a atividade, para retornar ao início da estação e
balanceamento de linha tem por objetivo principal aumentar a eficiência da linha de montagem,
reduzindo o tempo ocioso To. A linha com balanceamento perfeito de atividades, teria Tr
tendendo a 0, To igual a 0, portanto Ts aproximadamente igual a Tc, porém esta situação não
existe no mundo real. A figura 1 demonstra uma distribuição possível no mundo real. Para os
trabalho homogêneas quanto a operadores e equipamentos. Com o passar dos anos os processos
montagem de modelo único para linhas de modelos mistos. Devido a tendência de customização
O termo “modelos mistos” é usado quando dois ou mais tipos de produtos são montados em
ônibus, assim foi definido o “Two-Sided Assembly Line Balancing Problem – TALBP”
dificulta a busca por uma solução ótima quando o tamanho do problema aumenta.
das Linhas de Montagem Paralelas) de tipo de produto único e com operadores de apenas um
lado de cada linha. A implantação de linhas paralelas aumenta a capacidade produtiva nas linhas
de montagem.
ao grande investimento envolvido, e que apesar das diversas extensões de “Assembly Line
Balancing – ALB” (balanceamento da linha de montagem) básica, permanece uma lacuna entre
posteriores mostraram que apenas um pequeno percentual entre as indústrias utiliza algum
sequenciamento são interdependentes, o que não é atividade simples, pois tratamos aqui de
O conceito de linhas paralelas, posteriormente foi estudado e teve seu conceito ampliado
Revisão Bibliográfica 13
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unindo-se aos conceitos de linhas de modelos mistos, linhas bilaterais e linhas em U, porém
sempre de forma binária, por exemplo linhas paralelas de modelos mistos, ou linhas paralelas
bilaterais. Embora as “linhas de montagem bilaterais paralelas de modelo misto” para produtos
no início da década de 2010. KUCUKKOC; ZHANG (2014) propuseram, pela primeira vez na
model Parallel Two-Sided Assembly Line Balancing and Sequencing Problem – MPTALB/SP”
colônias de formigas, porém o estudo concluiu que esta abordagem aumentaria muitíssimo a
futuras pesquisas.
pode ser iniciada na estação anterior, e/ou ser concluída na estação seguinte, e caso essa
flexibilização não seja suficiente para atender a determinada sequência de tipos de produtos, é
previsto um operador extra, chamado de “jumper”, que pode atuar em diversas estações de
trabalho.
montagem bilaterais paralelas de modelo misto) e buscaram obter um sistema compatível com
produtos pode ser alterada a curto prazo com a introdução de agentes com heurísticas e a
dos operadores e eliminar a ambiguidade na distribuição das atividades, e que pode ser aplicado
estações de trabalho de uma linha de montagem. Por ter no mínimo um operador por estação,
line” (linha de montagem de modelo único) com diversos operadores em cada estação de
realizar suas atividades dentro de sua estação de trabalho. Baseado em um estudo de caso de
uma linha de montagem de caminhões europeia, o TALBP com noventa operadores, foi
melhores sequências de produtos que gerem carga de trabalho moderada aos noventa
utiliza a natureza heterogênea dos operadores para gerar os estados vizinhos baseado no
modelo misto “(mixed-model assembly line)” com diversos operadores em cada estação de
de estações de trabalho ao mesmo tempo, com prioridade para o número de operadores, como
buscar a solução ótima ou quase ótima. O algoritmo foi avaliado como eficiente para o objetivo
proposto.
KUCUKKOC et al. (2018) estudaram as estações de trabalho “sob” o produto nas linhas
GAMS”. Pelo fato dos balanceamentos de grande porte serem de complexidade matemática
otimização dos parâmetros, para atender quando o CPLEX não conseguiu. A eficiência foi
grande porte foi necessário realizar a comparação com os limites inferiores calculados.
16 Capítulo 2
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artificial fish swarm algorithm - DAFSA” (algoritmo discreto de enxame artificial), inspirado
atividade em cada estação de trabalho, com ênfase no “setup” (tempo de preparação) das
sequência). As linhas paralelas estudadas possuíam em cada uma das linhas, os mesmos ou
diferentes tipos de produtos e mesmos ou diferentes tempos de ciclo. Foram consideradas dois
(estações de trabalho que atendem a mais que uma linha). Os tempos de “setups” das atividades
podem ser definidos como sendo o conjunto de tempos das atividades necessárias para se
executar uma atividade, tais como, os movimentos, seleção de uma nova ferramenta, tomada
de posição, limpeza do local, inspeção da peça a ser montada, ajuste da ferramenta, entre outras.
classe NP- hard como o ALBP, porém com o agravante de ter mais que uma linha de montagem
e ainda ter que lidar com o ALBPS. Para modelar o problema foi desenvolvida uma formulação
LOPES et al. (2019) citam que a otimização de linhas de montagem tem sido objeto de
da capacidade de falha, porque o sistema produtivo não precisa parar quando uma das estações
precisa de reparos e manutenção. O controle da linha assíncrona significa que o produto pode
próxima estação estiver vazia, caso contrário não ocorre o avanço para a próxima estação. A
diversidade de tipos de produtos tem tido diferentes abordagens, a maioria dos autores considera
um tempo de ciclo mínimo que atenda a todos os tipos (pode ser pessimista se o volume do
produto de maior tempo for pequeno) e outros consideram o tempo de ciclo como uma média
ponderada entre os tipos (pode ser otimista se não houver um “buffer”). Com o objetivo de
balancear as estações paralelas e estabelecer uma programação cíclica de produtos para obter
eficiência produtiva, foi proposto resolver o problema com um modelo de programação linear
misto-inteira. Os resultados demonstraram que o tempo de ciclo pode ser até 7.7% melhor em
estações paralelas.
porém são incapazes de encontrá-la, sua aplicação é limitada devido a grande quantidade de
atividades, que fazem com que o problema de balanceamento seja considerado de difícil solução
(NP-hard problem). Sendo, assim, métodos aproximados foram desenvolvidos para buscar um
métodos heurísticos são intuitivos e baseiam-se em regras de prioridade, o Método dos Pesos
de todos os tempos das atividades sucessoras, onde o diagrama de precedência deve ser
rigorosamente seguido. Existem outros métodos heurísticos, tais como a Regra do maior
18 Capítulo 2
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atividade, o método do máximo número total de sucessores, o método das estações de trabalho
mecanismos de evolução natural, e evitam convergir para uma solução ótima aproximada
simulação tem sido cada vez mais aplicado pelas indústrias como ferramenta de análise e
validação das soluções encontradas, e a técnica de modelagem por eventos discretos tem sido
uma das mais aplicadas com sucesso. Uma das maiores dificuldades enfrentadas pelos
disponíveis para a utilização, além do fato que cada caso é único, e que necessitam de dados
balanceamento das linhas de montagem, e buscaram identificar e classificar qual o tipo de linha
tendências dos estudos futuros. Por exemplo, o levantamento mostrou que 39% dos estudos
tratam de linhas básicas (com operadores de apenas um dos lados) e que 24% estudaram as
linhas bilaterais (com operadores de ambos os lados), outra informação relevante, é que 71%
dos estudos utilizam o tempo das atividades com dados do tipo determinísticos, enquanto 17%
utilizaram dados estocásticos e os demais utilizaram dados difusos. Os autores concluíram que
aplicação de robôs nas linhas de montagem; a estudar mais as linhas de montagem bilaterais e
as paralelas em forma de U por terem uma melhor capacidade de balanceamento, porém seus
científica dos últimos quinze anos (desde 2007) no contexto da otimização do problema de
balanceamento de linha de montagem, onde mais de mil artigos foram encontrados, e quase
quinhentos selecionados para esta revisão. Os autores focaram nos métodos para realizar o
levantamento dos dados (diagrama de precedências), nas novas extensões abordadas para o
grande maioria dos artigos limitou-se a afirmar a importância de uma coleta de dados válidos e
confiáveis, poucos pesquisadores focaram em como obter estes dados, e, na opinião dos autores,
este é um dos principais motivos da não aplicação das propostas acadêmicas pelas indústrias.
Para a coleta dos tempos das atividades, métodos que se propõe a dividir e padronizar
realiza a integração entre os tempos das atividades e a ergonomia nas estações de trabalho. Estes
digitalização, tais como modelos humanos digitais e a realidade virtual. Porém, ainda não
20 Capítulo 2
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existem métodos de obtenção das regras de precedências práticos, suficientemente, para serem
aplicados pela indústria, os métodos propostos até aqui, incluem entrevistas por especialistas,
utilização de dados dos softwares dos projetos dos produtos e abordagens baseadas em casos
podem ser mantidos atualizados durante a constante evolução de produtos e processos, e ainda,
por vezes podem produzir resultados incompletos e incoerentes. Os autores apontam que existe
uma grande oportunidade aos futuros pesquisadores no levantamento prático e confiável dos
balanceamento de linha, os autores citam que são muitas as variações de extensões abordadas
nos artigos selecionados, e as propostas mais recentes são combinações entre algoritmos meta-
heurísticos formando estratégias híbridas, como por exemplo: “Variable neighborhood search
formigas) com “Genetic algoritms – GA” (Algorítmo genético). Os autores concluem que,
apesar dos intensos esforços empenhados nas pesquisas realizadas, ainda existem lacunas a
planejamento das configurações das linhas de montagem do mundo real, principalmente nos
extensões de balanceamento que foquem nas diferentes fases do ciclo de vida de uma linha de
da indústria 4.0.
balanceamento, propostas pela primeira vez academicamente. São elas: ALBP (1955), MALBP
(1967), TALBP (1993), PALBP (2006), MPTALBP (2016) e o MTALBP (2017). Inicia-se pela
configuração ALBP (linhas simples de modelo único), e suas extensões M (modelos mistos), P
Nos trabalhos revisados, foi verificado que os autores realizaram estudos com diversas
diversos tipos de linhas de montagem. No entanto não conseguiram preencher a lacuna existente
entre os estudos teóricos e os problemas reais. Isto pode ser atribuído, principalmente, ao fato
de que as pesquisas acadêmicas não terem sido suficientemente práticas ou detalhadas para
comprovação da existência desta lacuna, é o fato de que a grande maioria das indústrias
Desta forma, propomos uma sistemática detalhada, suficientemente, para que possa ser
aplicada pela indústria, e que reduza, significativamente, o impacto das alterações de curto
22 Capítulo 2
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otimização matemática, portanto, o ideal é que seja utilizado um algoritmo heurístico. O método
dos pesos posicionais é um dos mais tradicionais algoritmos heurísticos, e comumente apresenta
(Método dos Pesos Posicionais), um método heurístico, que considera o tempo de cada
somando-se o seu próprio tempo aos outros tempos que seguem na cadeia de setas do diagrama
de precedência, e em seguida todos os RPW são ordenados do maior para o menor. E foi
devem ser realizadas, da esquerda para a direita, sendo as atividades simbolizadas por
nós (círculos) e os requisitos de precedências indicados por setas. Sobre os nós deve
Passo 4 – O cálculo do RPW precisa ser realizado para cada atividade. O cálculo
para o menor RPW, e esta deve ser a sequência em que as atividades deverão ser
realizadas de acordo com o “Ranked Positional Weights” – RPW” (Método dos Pesos
Passo 4: O RPW precisa ser calculado para cada uma das doze atividades, para
RPW1 = 0,20 + 0,70 + 0,10 + 0,11 + 0,32 + 0,60 + 0,27 + 0,38 + 0,50 + 0,12 = 3,30
RPW2= 0,40 + 0,10 + 0,30 + 0,60 + 0,27 + 0,38 + 0,50 + 0,12 = 2,67
RPW12= 0,12
Carl Adam Petri propôs em sua tese de doutorado o conceito das Redes de Petri (PETRI,
1962). De acordo com MURATA (2015), as Redes de Petri são ferramentas de modelagem
gráfica e matemática aplicável a muitos sistemas, podem ser usadas no estudo de processamento
determinísticos e/ou estocásticos. Como ferramenta gráfica, as Redes de Petri podem ser usadas
redes. Além disso, as fichas são utilizadas nestas redes para simular as atuações dinâmicas e
estado, equações e outros modelos matemáticos que governam o comportamento dos sistemas.
As redes de Petri podem ser usadas tanto por praticantes quanto por teóricos. Assim, elas
fornecem um poderoso meio de comunicação entre eles: os praticantes podem aprender com os
teóricos como tornar seus modelos mais metódicos, e os teóricos podem aprender com os
De acordo com JAVIER; KANESHIRO (2011), a estrutura de uma Rede de Petri (RP)
pode ser definida formalmente como uma quádrupla (P, T, F, W), onde:
P = {p1, p2, ..., pm} é um conjunto finito de lugares da RP, no qual m ∈ N é a quantidade
transições da RP;
possível da rede.
MURATA (2015) explana que a Rede de Petri é um grafo bipartido constituído por
lugares (representados por círculos ou elipses), transições (representadas por barras), arcos
natureza diferentes) e marcas (utilizadas para definir o estado de uma RP). O peso do arco
Em JAVIER; KANESHIRO (2011) vemos que uma Rede de Petri com marcas em seus
marcação inicial. Graficamente, essas marcas são modeladas por pontos pretos no interior dos
lugares. A distribuição das marcas nos lugares da rede representa o estado do sistema. A seguir
são relatas as regras básicas para a dinâmica da evolução dos estados da Rede de Petri:
uma transição dispara removendo as marcas de seus lugares de entrada e criando novas
uma transição somente pode ser disparada se todos os seus lugares de entrada
cada lugar de saída igual ao respectivo peso do arco (de saída da transição);
A figura 6 demonstra uma Rede de Petri antes e após o disparo de uma transição.
NOCE (2017) cita que embora as Redes de Petri sejam uma boa alternativa para modelar
Tamanho excessivo: as Redes de Petri tendem a tornar-se grandes demais para certos
tipos diferentes;
Modelagem de tempo não explícita: apesar das Redes de Petri ilustrarem a dependência,
Redes de Petri.
Petri Colorida) é uma linguagem gráfica para a construção de modelos de sistemas simultâneos,
da Rede de Petri com a capacidade de uma linguagem de programação de alto nível. Um modelo
em Rede de Petri Colorida é constituído por elementos que representam a estrutura do sistema
e elementos que definem o seu comportamento dinâmico. Diversos trabalhos têm sido
NEVES et al. (2021), foi proposta uma sistemática para modelar e simular um sistema de
JAVIER; KANESHIRO (2011) cita que a Rede de Petri Colorida é uma rede hierárquica
forte dependência entre elas. A organização dos módulos de uma Rede de Petri Colorida baseia-
se em estruturas hierárquicas.
NOCE (2017) cita que a Rede de Petri Colorida é uma Rede de Petri estendida na qual
existe distinção entre as marcas, permitindo que elas sejam individualizadas. Isso é feito através
conjuntos de etiquetas ou tipos de dados complexos. Para cada lugar são atribuídos tipos
Revisão Bibliográfica 29
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correspondentes ao conjunto de cores das marcas. Os arcos possuem funções, pois para cada
maneira de disparo de uma transição é necessário mostrar quais cores de marcas serão retirados
e quais serão colocados no lugar de saída da transição. As transições de uma Rede de Petri
colorida podem conter uma expressão do tipo booleana, que a protege a transição e decide se
ela será ou não disparada em função dos atributos contidos nas cores das fichas.
Em IGEI et al. (2011) é feita uma abordagem modular baseada na CPN, em que o
identificação de cada módulo funcional, com diferentes graus de detalhamento, que podem ser
NOCE (2017) mostra que a estrutura de uma Rede de Petri Colorida (RPC), pode ser
formalmente definida como uma sêxtupla (P, T, Cor, Csc, W, M0), onde:
transições da RPC;
Csc: P ⋃ T ↦ δ (Cor) é a função subconjunto de cores que a cada lugar e a cada transição
M0(p): Csc(p) ↦ N é a marcação inicial, que associa para cada lugar e para cada cor
Considerando as extensões adicionadas, NOCE ( 2017) cita que a Rede de Petri Colorida
uma rede de Petri clássica. A Figura 7 ilustra uma Rede de Petri colorida antes e depois do
disparo de uma de suas transições. Nessa rede, a transição t0 não está habilitada, embora os
lugares de entrada da transição t0 contenham as marcas do mesmo tipo, os arcos que ligam os
lugares à transição exigem marcas de outro tipo. Observe que os arcos exigem marcas do tipo
A e C, mas os lugares de entrada não contêm essas marcas. Dessa forma, para a transição t0 ser
habilitada seria necessário ter no lugar p0 pelo menos uma marca do tipo A e pelo menos uma
marca do tipo C no lugar p1. A transição t1, por outro lado, está habilitada porque os lugares
de entrada satisfazem as condições exigidas pelos arcos, já que o lugar p1 contém pelo menos
uma marca tipo A e o lugar p2 contém pelo menos uma marca dos tipos A e B. A Figura 7b
mostra a Rede de Petri Colorida depois do disparo da transição t1, as marcas (tipo A e tipo B)
exigidos pelas condições dos arcos de entrada são consumidas e uma marca, do tipo C,
2.4.3 Simulação
simulação válida é ao mesmo tempo uma arte e uma ciência. Um modelo é uma representação
experimentação, com custos inferiores, que não interrompe as atividades do sistema real. Para
SIME et al. (2019), técnicas de simulação a eventos discretos são empregadas para projetar,
afirmam que a simulação é o único método de avaliação para o efeito da sequência dos produtos
espaço de estado e análise de desempenho de modelos CPN, e pode ser acessado e instalado
gratuitamente para aplicação acadêmica. O CPN Tools foi originalmente desenvolvido pelo
“CPN Group” na “Aarhus University”, Dinamarca, entre 2000 e 2010, quando seu
Tools. E, desta forma, o CPN Tools foi aplicado com bons resultados por diversos autores,
como por exemplo, para avaliar os protocolos de eficiência energética das redes de sensores
sem fio – RSSF, de acordo com RUIZ et al. (2019), em GUO et al. (2021) foi proposto um
on-line, que pode ser usado para melhorar a segurança nestas operações, e em PINTO et al.
(2022) foram demonstradas as vantagens da utilização das Redes de Petri Coloridas e do CPN
No capítulo 4 (Estudo de Caso), deste projeto de pesquisa, será aplicado o CPN Tools
3. METODOLOGIA
método (experimento, modelagem com simulação, survey, estudo de caso, pesquisa-ação e soft
system methodology). Porém ressaltam que pesquisas semelhantes podem ter classificações
Tomando como base este conceito de classificação, a nossa pesquisa é “de natureza
“Qualitativa” porque o ambiente real é a fonte direta para a coleta dos dados das
chave;
microcomputador com o pacote office e o CPN Tools instalados, e com acesso, através do
Instituto Federal de São Paulo, aos principais sites de pesquisa acadêmica. O programa
Na presente proposta será aplicada a mesma metodologia utilizada por (JENSEN, 1992)
desenvolvimento, são identificados três aspectos (teoria, ferramentas e aplicações) que devem
evoluir simultaneamente. Cada aspecto deve se beneficiar da sinergia gerada pelos demais. A
posicional;
4. ESTUDO DE CASO
indústria de automóveis, por exemplo, uma das configurações mais utilizadas é a produção de
diversos tipos de produtos na mesma linha de montagem. Portanto, a linha de montagem, deste
projeto de pesquisa, produz caminhões leves, médios, semi-pesados, pesados e extra- pesados,
e por serem produtos de grande porte, são necessárias atividades de montagem nos dois lados
da linha, então, será estuda uma Linha de Montagem Bilateral de Produtos Mistos. Neste estudo
aos operadores:
cada atividade de cada tipo de produto, e o sistema corporativo totaliza estes tempos para
cada produto;
Fonte: Autor
De posse dos tempos para montar cada tipo e da quantidade mensal média, é determinada
produção dos próximos 12 meses e da sequência dos próximos 15 dias, realiza a alocação
se repetir durante o turno de trabalho, e no final do turno, o resultado pode ser o não
Pela problemática exposta acima, este projeto de pesquisa propõe um novo fluxo de
Fonte: Autor
Estudo de Caso 39
__________________________________________________________________________________
Para otimizar a utilização dos recursos humanos (mão de obra) devido a distribuição de
diversificação de atividades para cada operador, fazendo-se necessária uma gestão com ênfase
na matriz de capacitação.
atividades sequenciadas de cada tipo de produto para cada operador, com a premissa que as
atividades poderão ser realizadas em estações diferentes, dependendo do tipo de produto, e que
as limitações por equipamentos não serão consideradas. Por exemplo, poderemos ter para o
não objetiva, é determinado um conjunto fixo de atividades para cada operador, basicamente,
são realizadas as mesmas atividades para todos os tipos de produtos, o que, às vezes, ocasiona
este estudo, desta forma temos: Tipo A - Caminhões Leves; Tipo B - Caminhões
caminhões.
Porcentagem
Tipo Quant/Tipo
média no mix
A 17,5 14
B 25,0 20
C 20,0 16
D 20,0 16
E 17,5 14
Fonte: Autor
Estudo de Caso 41
__________________________________________________________________________________
Fonte: Autor
∗
o 𝑇𝑐 = então Tc = 5,4min;
atividades suficiente para viabilizar bons resultados na otimização da mão de obra, e por
As atividades das estações de trabalho deste estudo são demonstradas na Tabela 3, nela
Fonte: Autor
Na Tabela 3 constam os tempos reais de execução de cada uma das 38 atividades, que
por serem executadas por operadores (humanos) precisam ter a estocaticidade considerada
através da cronoanálise. A cronoanálise é uma ferramenta de qualidade que estuda os tempos, e
é indispensável no balanceamento das atividades em uma linha de montagem. Uma das virtudes
da cronoanálise é que pode ser adaptada para a realidade de cada empresa, abaixo serão descritos
os passos aplicados pela Linha de Montagem de caminhões, objeto desta pesquisa.
A escolha do operador: é importante que sua performance seja próxima a média dos
demais operadores aptos a executar a atividade em estudo, para que o grupo de
operadores seja representado, operadores com performance muito abaixo ou muito a
cima da média irão gerar resultados incoerentes na cronoanálise;
A escolha do momento das cronometragens: é importante que o operador esteja em
condições plenas de saúde, sem cansaço físico ou mental demasiado, em seu estado
Estudo de Caso 43
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Estação de Trabalho
Posição na Linha
Precedido por
Tempo (min)
Atividade
Tipo A
Tipo C
Tipo D
Tipo B
Tipo E
1 x x 1 F 2,20 P
2 x x 1 D 1,60 1
3 x x 1 E 1,60 1
4 x x 1 D 3,60 2
5 x x 1 E 3,60 3
6 x x x 1 D 1,60 0
7 x x x 1 D 2,20 6
8 x x x x x 2 D 0,80 0
9 x x x x x 2 E 0,80 0
10 x 2 D 0,80 8
11 x 2 E 0,80 9
12 x x x x x 2 D 2,10 4/7/10
13 x x x x x 2 E 2,10 5/11
14 x x x x 2 D 2,10 12
15 x x x x 2 E 2,10 13
16 x x x x x 3 D 0,30 8
17 x x x x x 3 E 0,30 9
18 x 3 D 0,30 10
19 x 3 E 0,30 11
20 x x x x x 3 D 0,30 12
21 x x x x x 3 E 0,30 13
22 x x x x 3 D 0,30 14
23 x x x x 3 E 0,30 15
24 x x x x x 3 D 1,10 16
25 x x x x x 3 E 1,10 17
26 x 3 D 1,10 18/24
27 x 3 E 1,10 19/25
28 x x x x x 3 D 1,10 20/26
29 x x x x x 3 E 1,10 21/27
30 x x x x 3 D 1,10 22/28
31 x x x x 3 E 1,10 23/29
32 x x 3 F 2,50 P
33 x 3 F 4,20 P
34 x 3 C 1,40 0
35 x x 3 C 1,40 32
36 x 3 C 1,50 33
37 x 3 C 1,20 0
38 x 3 F 20,00 P
Fonte: Autor
Estudo de Caso 45
__________________________________________________________________________________
Este subcapítulo está subdividido em três seções principais. A seção 4.2.1 demonstra os
posicional de cada atividade para cada tipo de caminhão. E a seção 4.2.3 descreve os ajustes no
para cada tipo de caminhão. Com a intenção de comparar a situação atual e a proposta, serão
de precedência, e que são a grande maioria neste estudo de caso. Estão identificadas
Classe 2 - Atividades realizadas na linha de montagem, mas, que podem ser realizadas
montagem”, e que podem ser realizadas antecipadamente, e que “não” seguem regras
precedência;
46 Capítulo 4
__________________________________________________________________________________
Fonte: Autor
Fonte: Autor
Fonte: Autor
Estudo de Caso 47
__________________________________________________________________________________
Fonte: Autor
Fonte: Autor
veículos A, B, C, D, E. Este Diagrama sobreposto será a base inicial do nosso modelo em Rede
de Petri Colorida no programa CPN Tools. No modelo serão consideradas somente as atividades
“Classe 1 (círculo azul)” por obrigatoriamente terem que respeitar as regras de precedência. A
única exceção será a atividade 1 por ser tratada pelos Gestores como uma atividade que necessita
ser precedida pela atividade 2 e 3, mas que na realidade é uma atividade “classe 3” (pré-
montagem).
48 Capítulo 4
__________________________________________________________________________________
Fonte: Autor
4.2.2. Modelagem e simulação em Rede de Petri Colorida para cálculo do peso posicional
Para calcular os Pesos Posicionais de cada atividade em cada um dos tipos de caminhões,
que é dada a prioridade de execução para a atividade com o maior peso posicional, então foi
definido que o modelo no CPN Tools deveria ser criado em uma sequência invertida em relação
a construção do modelo.
Estudo de Caso 49
__________________________________________________________________________________
Nesta etapa será construído o Nível Principal do lado direito da linha de montagem,
Fonte: Autor
o No lugar “end” foram inseridos qual o tipo de marca e as marcas que serão
o Nos lugares (30-28, 28-26, etc) foi inserido o tipo de marca que será
o Nos lugares (30 PPos, 28 PPos, etc) foi inserido qual o tipo de marca que
Fonte: Autor
ou seja, os tipos de veículos para os lados direito (LD) e esquerdo (LE) da linha de
montagem;
Fonte: Autor
Fonte: Autor
Fonte: Autor
modelo;
52 Capítulo 4
__________________________________________________________________________________
Fonte: Autor
Fonte: Autor
1- Transição Atividade:
Para que as marcas possam ser tramitadas de atividade para atividade com os seus
respectivos Pesos Posicionais de cada tipo de produto, e assim possibilitarem o cálculo do Peso
Estudo de Caso 53
__________________________________________________________________________________
Posicional da próxima atividade, são necessários arcos de entrada e saída com expressões. Da
mesma forma, também, são necessários os arcos de entrada e saída com expressões para que o
Peso Posicional de cada atividade seja tratado e expresso de forma que facilite seu entendimento,
Fonte: Autor
o Para os casos em que temos mais do que um lugar de entrada para a Transição
Fonte: Autor
Fonte: Autor
2- Transição Alternativa:
outras somente para alguns tipos. Para as atividades que são aplicadas somente a alguns tipos, é
A”, então é colocada uma restrição para t ≠ A, ou seja, [t<>A], e para quando
t=A deverá ser criada uma Transição Alternativa com a restrição [t=A] e com
necessidade. Neste caso os arcos de entrada tramitam apenas o tipo “t”, mas
o Quando aparece uma moldura verde nas transições, significa que estão
habilitadas;
Fonte: Autor
Estudo de Caso 55
__________________________________________________________________________________
Fonte: Autor
Estes acúmulos precisam ser tratados antes do cálculo dos Pesos Posicionais para que o resultado
seja correto. Para garantir que somente uma marca de cada de cada tipo seja tramitada é
formam um “looping” em que duas marcas entram e apenas uma retorna. Conforme demonstra
a figura 30.
Fonte: Autor
56 Capítulo 4
__________________________________________________________________________________
4- Transição Buffer:
É a transição necessária para o cálculo do Peso Posicional, neste Buffer são somados os
o Para a Transição Buffer é dada a prioridade 3, ou seja, ela será habilitada após
o O arco de saída para o Lugar 30 PPos, envia as marcas dos tipos de veículos,
porém cada marca representa uma unidade de tempo do Peso Posicional. Por
o O Lugar 30 PPos acumula as marcas somadas dos tempos separadas por tipo
Fonte: Autor
Fonte: Autor
5- Transições Separadoras:
São transições necessárias para separarem os tempos dos Pesos Posicionais para cada
tipo de veículo, cada marca tramitada representa uma unidade de tempo, conforme demonstra a
figura 33;
unidades de tempo;
Fonte: Autor
6- Transições Formatadoras:
o Peso Posicional, neste caso o tipo de veículo e a atividade, por exemplo (11, B, 30), sendo 11
atividade. Foi utilizada uma expressão do tipo “if, then, else” para evitar a
Principal;
Fonte: Autor
calcular o Peso Posicional de todas as atividades. A figura 35 demonstra outro subnível apto
ao cálculo.
60 Capítulo 4
__________________________________________________________________________________
Fonte: Autor
O CPN Tools propicia vantagens interessantes para simular e validar o modelo. Com
programa gera alertas de erros a cada passo evitando o acúmulo. Ao continuar construindo, é
cada atividade para cada tipo de veículo no Nível Principal. A figura 36 mostra o Nível Principal
Fonte: Autor
Estudo de Caso 61
__________________________________________________________________________________
Figura 37 – Detalhe Pesos Posicionais – Lado Esq. Figura 38 – Detalhe Pesos Posicionais – Lado Direito
Fonte: Autor
Para ser definida uma sequência de atividades para cada tipo de caminhão, é necessário
transferir os dados internos de cada subnível para uma Rede de Petri no Nível Principal. Essa
rede converge em um único lugar todos os Pesos Posicionais de forma que as marcas fiquem
Lugares Fusion – São lugares que fazem a conexão entre cada subnível e o nível
principal. São criados com a caixa de ferramentas “Hierarchy - Fuses Places”. Foram
utilizadas expressões do tipo “if, then, else” nos arcos para evitar a tramitação de
Fonte: Autor
Fonte: Autor
A rede precisa conter todos os Lugares Fusion, cada um ligado a um subnível, conforme
Fusion e o Lugar Central da Sequência de Atividades, uma vez que as Redes de Petri não
permitem arcos entre dois lugares, então foram criadas as Transições Formatadoras de
informações.
Estudo de Caso 63
__________________________________________________________________________________
Fonte: Autor
Após a simulação, os resultados do CPN-Tools são vistos na figura 43, uma lista com as
atividades sequenciadas por tipo de caminhão e em seguida pelo Peso Posicional, por exemplo,
(A, 11, “29”, 11), onde A é o tipo de caminhão, 11 é o Peso Posicional, “29” é a Atividade e o
Fonte: Autor
Fonte: Autor
O CPN Tools possibilita a exportação dos resultados da simulação para um arquivo texto
TXT único.
Neste estudo de caso existem os lados esquerdo e direito da linha de montagem, e cada
lado precisa ter sua sequência de atividades, por este motivo foi inserida mais uma variável lado
“l” (LE ou LD) no conjunto de dados dos resultados. A variável precisa ser inserida no arco que
tramita para o Lugar Fusion de cada subnível, conforme demonstra a figura 45 a seguir. Também
precisa constar no Nível Principal nos arcos de entrada das Transições Formatadoras de
Figura 45 – Subnível Ativ. 30 – Lugar Fusion-LD Figura 46 – Nível Principal–Variável lado “l” (LE/ LD)
Também foi optado por ter um conjunto de dados no resultado com cinco variáveis (l, t,
n, a, ti), onde “l” é o lado da linha, “t” é o tipo de veículo, “n” é o peso posicional, “a” é a
atividade e “ti” é o tempo de duração da atividade. Este conjunto de dados precisa estar no arco
variável “a” e introduzir a variável “ti” foram criados lugares com as marcas necessárias para
cada atividade no Nível Principal. E, por consequência, é necessário alterar o arco de saída para
Fonte: Autor
para a rede do lado esquerdo da linha e “Sequência de Atividades LD” para a rede do lado direito
66 Capítulo 4
__________________________________________________________________________________
da linha, nestes Lugares também foram inseridos qual o tipo de marca que será tramitada, neste
Fonte: Autor
Transição Exporta e Escreve Dados (uma para a rede Lado Direito e outra para a rede
Fonte: Autor
Fonte: Autor
Após a simulação, o CPN Tools exporta os dados do resultado para um arquivo texto
Fonte: Autor
Na figura 52 é demonstrada a visão geral das redes do Nível Principal no CPN Tools, e
Fonte: Autor
Estudo de Caso 69
__________________________________________________________________________________
Fonte: Autor
Após a exportação dos dados em TXT pelo CPN-Tools, foi realizada a transferência dos
dados para uma tabela em Excel, utilizando os recursos do próprio Excel. As figuras 54 e 55
mostram em suas colunas, respectivamente, as 5 variáveis exportadas pelo CPN-Tools, que são:
O Excel nos permite aplicar filtros para determinar as sequencias de atividades para cada
operador, separando as atividades por tipo de caminhão e por lado de linha. As sequencias de
atividades por operador respeitam a priorização determinada pelo “maior peso posicional”.
70 Capítulo 4
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Fonte: Autor
Estudo de Caso 71
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Fonte: Autor
72 Capítulo 4
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Foi criada uma coluna, nas tabelas mostradas nas figuras 54 e 55, com o tempo utilizado
por cada operador, que é o tempo de serviço Ts, em cada tipo de caminhão, e assim foi calculado
para os 8 operadores inicialmente. O tempo utilizado por cada operador é determinado com a
alocação das atividades do tipo 1 (conforme definição no item 4.2.1), respeitando a sequência
determinada pelo Peso Posicional, somando-se os tempos desde que não ultrapassem o Tc, neste
caso 5,4 min. Por exemplo para o Operador 1, no tipo de caminhão A, foram somados os tempos
das atividades 9, 13, 17, 25 e 21 totalizando 4,6 min, se a próxima atividade, a 29, também fosse
somada teríamos 5,7 min, e o Tc de 5,4 min seria ultrapassado, portanto as atividades alocadas
Com os tempos de cada Operador por tipo de caminhão, foi calculada a “taxa de
,
ocupação” Txo, que é dada por 𝑇𝑥𝑜 = . Para o Operador 1, por exemplo, 𝑇𝑥𝑜 = ,
, ou seja,
igual a 85,2%.
durante o turno de trabalho, o que lhes é garantido pelo fato do cálculo do Tc já considerar a taxa
de eficiência das linhas manuais de 90% (E=0,90), portanto, em um turno de trabalho de 480
min os operadores possuem no mínimo 48 min de ociosidade para recuperação física. Por este
motivo, foi considerado e objetivado aqui, que a Txo ideal para a produtividade é de 100% para
todos os operadores, ou seja, um Ts=Tc, que neste estudo de caso é igual a 5,4min, mas sabe-se
atividades.
aplicação do Método dos Pesos Posicionais, conforme explicado no item 4.2.1, as atividades dos
tipos 2 e 3, que não precisam respeitar as regras de precedência, e que por este motivo podem
Neste estudo de caso, as atividades classes 2 e 3 são as seguintes: 32, 33, 34, 35, 36, 37
e 38, sendo que esta última pode ser subdividida em 4 partes (1/4, 2/4, 3/4, e 4/4). A estratégia
Prioridade 1 – Atividade de classe 2 que tiver o tempo menor que o tempo disponível
Prioridade 2 – Atividade de classe 3 que tiver o tempo menor que o tempo disponível
A prioridade 3 irá exigir um rearranjo na distribuição das atividades das tabelas das
figuras 54 e 55 para que haja a condição de seu tempo ser menor que o tempo disponível do
Para o tipo de caminhão D foi possível incluir a atividade 36 (classe 2), obtendo um Ts
= 5,3 min, para os demais tipos de caminhão não foi possível acrescentar atividades classes 2
e/ou 3.
Para o tipo de caminhão A foi possível incluir a atividade 34 (classe 2), obtendo um Ts
= 3,5 min, para os demais tipos não foi possível acrescentar atividades classes 2 e/ou 3.
Para o tipo de caminhão A foi possível incluir a atividade 38 (1/4) (classe 3) do tipo de
caminhão E, obtendo um Ts= 5,0 min; para o tipo de caminhão B foi possível incluir a atividade
38 (2/4) (classe 3) do tipo de caminhão E, obtendo um Ts= 5,0 min; para o tipo de caminhão C
foi possível incluir a atividade 33 (classe 3) do tipo de caminhão D, obtendo um Ts= 5,3 min;
para os demais tipos de caminhão não foi possível acrescentar atividades classes 2 e/ou 3.
Para o tipo de caminhão A foi possível incluir a atividade 38 (3/4) (classe 3) do tipo de
caminhão E, obtendo um Ts= 5,0 min; para os demais tipos de caminhão não foi possível
Para o tipo de caminhão A foi possível incluir a atividade 38 (4/4) (classe 3) do tipo de
caminhão E, obtendo um Ts= 5,0 min; para o tipo de caminhão B foi possível incluir as
obtendo um Ts= 3,9 min. Para o tipo de caminhão C foi possível incluir excepcionalmente a
atividade 30 (classe 1), realizada do lado direito da linha, passando a ser realizada por um
operador que atua, originalmente, do lado esquerdo da linha, para tornar desnecessária a
utilização de um oitavo operador (conforme demonstrado na figura 55), também foram incluídas
Estudo de Caso 75
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C, obtendo um Ts= 5,0 min. Para o tipo de caminhão E foi possível incluir a atividade 37 (classe
2) do tipo de caminhão E, obtendo um Ts= 5,1 min; Para o tipo de caminhão D não foi possível
5. RESULTADOS
Neste capítulo realiza-se uma análise comparativa entre os resultados coletados antes e após
Para realizar a comparação das atividades do operador dispõe-se de gráficos onde o eixo da
minutos.
colunas nas cores “laranja” para Ts ≤ Tc, e “vermelha” quando o Ts > Tc.
colunas verdes, sendo que o verde mais escuro representa quando houve a possibilidade de
Para o gráfico comparativo do Operador 1, figura 56, destaca-se o fato de que “antes” o
Ts excedia substancialmente o Tc, fato que poderia causar paradas no processo dependendo da
eliminado o risco de paradas no processo por sobrecarga da mão de obra, além disto passou-se
Para o gráfico comparativo do Operador 2, figura 57, destaca-se o fato de que “após”
passou-se a ter um Ts maior ou igual sem exceder o Tc, obtendo-se um melhor aproveitamento
do recurso humano.
Fonte: Autor
Fonte: Autor
de que “antes” o Ts excedia o Tc para o tipo de caminhão C, fato que poderia causar paradas no
excede o Tc em nenhum tipo de caminhão, ou seja, foi eliminado o risco de paradas no processo
Fonte: Autor
Fonte: Autor
Para o gráfico comparativo do Operador 5, figura 60, destaca-se o fato de que “antes” o
Ts excedia o Tc para o tipo de caminhão C, fato que poderia causar paradas no processo
maior ou igual sem exceder o Tc em nenhum tipo de caminhão, eliminando-se o risco de paradas
Resultados 79
__________________________________________________________________________________
humano.
Fonte: Autor
Para os gráficos comparativos do Operador 6, figura 61, destaca-se o fato de que “antes”
o Ts excedia o Tc para o tipo de caminhão C, fato que poderia causar paradas no processo
em nenhum tipo de caminhão, ou seja, foi eliminado o risco de paradas no processo por
Fonte: Autor
80 Capítulo 5
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Para o gráfico comparativo do Operador 7, figura 62, destaca-se o fato de que “antes” o
Ts excedia o Tc para o tipo de caminhão D, fato que poderia causar paradas no processo
maior ou igual sem exceder o Tc em nenhum tipo de caminhão, eliminando-se o risco de paradas
humano.
Fonte: Autor
Para o gráfico comparativo do Operador 8, figura 63, destaca-se o fato de que “antes”
sistemática foi possível a distribuição total destas atividades para outros Operadores, portanto
não se fez mais necessária a utilização de um oitavo operador para este volume de produção.
Resultados 81
__________________________________________________________________________________
Fonte: Autor
evidenciadas as diferenças entre as distribuições das atividades baseadas nas “experiências dos
Fonte: Autor
82 Capítulo 5
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Fonte: Autor
Fonte: Autor
Fonte: Autor
Resultados 83
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Fonte: Autor
Fonte: Autor
Figura 70– Diagrama de Precedência – Experiência dos Gestores – Tipo D
Fonte: Autor
84 Capítulo 5
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Fonte: Autor
Fonte: Autor
Fonte: Autor
Resultados 85
__________________________________________________________________________________
atividades: 9, 11, 13 e 15; sendo as atividades 9 e 13 para o tipo A (figura 64); 9, 13 e 15 para
os tipos B, D e E (figuras 66, 70 e 72); e 9, 11, 13 e 15 para o tipo C (figura 68). Esta distribuição
pode ocasionar paradas no processo por exceder o tempo de ciclo por vezes, conforme
operador 3 como exemplo, ele realiza um total de dez atividades diferentes, que são: 5, 9, 15,
21, 23, 25, 27, 29, 31 e 34; sendo as atividades 29 e 34 para o tipo A (figura 65); 21, 23, 25, 29
e 31 para o tipo B (figura 67); 15, 21, 23, 27, e 29 para o tipo C (figura 69); e as atividades 5 e
9 para os tipos D e E (figura 71 e 73). Esta distribuição exige um tempo maior de treinamento,
na figura 58. Com a integração de sistemas, um dos pilares da Indústria 4.0, a disponibilização
atividades em forma de lista e também em vídeo, sempre sincronizados com o tipo de caminhão
Nos gráficos demonstrados abaixo, da figura 74 até a figura 80, foram demonstradas
Fonte: Autor
No gráfico abaixo, figura 81, foi demonstrada a ocupação média de cada operador em
utilizados 8 operadores que possuíam uma ocupação média entre 46,3 e 79,9%, e que excediam
o tempo de ciclo diversas vezes; depois passamos a utilizar 7 operadores que possuem uma
ocupação média entre 70,3 e 83,1%, ou seja, é demonstrada uma redução de 12,5% de mão de
obra (1 operador a menos), e sem exceder o tempo de ciclo, conforme demonstrado nas figuras
Fonte: Autor
88 Capítulo 5
__________________________________________________________________________________
5.2. Discussão
utilizando o algoritmo heurístico dos Pesos Posicionais, Rede de Petri Colorida e o software
CPN Tools, demonstraram por meio das simulações, um bom potencial de aplicação pelas
empresas para aumentar a eficiência das linhas de montagem. Alguns fatores são determinantes
melhorias;
a sistemática proposta foi detalhada passo a passo, permitindo que o modelo em Rede
de Petri Colorida possa ser construído por colaboradores das áreas de planejamento
prévio em programação;
o software CPN Tools gera alertas a cada passo da construção do modelo, facilitando
CERBASO et al. (2017) e BOYSEN; SCHULZE; SCHOLL (2022), de que a grande maioria
das empresas não utiliza um método objetivo para a distribuição das atividades, pelo fato das
pesquisas acadêmicas não terem sido suficientemente práticas ou detalhadas para aplicação no
mundo real. Tal distribuição, comumente, é realizada pelos gestores de produção de acordo com
a sua experiência profissional. Outros dois fatores que corroboram com a não aplicação pelas
Resultados 89
__________________________________________________________________________________
empresas são: o primeiro foi descrito por KHARUDDIN; RAMLI (2020) e trata-se da
vez que não existem dados disponíveis para utilização, pelo fato de cada caso ser único e
necessitar de dados específicos; e o segundo é o fato de que nas linhas de montagem do mundo
implementação pelas empresas são: a sistemática foi detalhada passo a passo, viabilizando que
o modelo em Rede de Petri Colorida possa ser construído por colaboradores sem a necessidade
de conhecimento prévio em programação; o CPN Tools gera alertas a cada passo da construção
gratuito.
prioridade, e, portanto, pode ser facilmente incorporado na cultura dos colaboradores e nos
2.3 – Como a sistemática proposta contribui na redução do impacto das diferenças entre os
da linha de montagem?
A sistemática reduz o impacto das diferenças entre os diversos tipos de produtos, e das
de atividades que excedem o tempo de ciclo, passando a ter todos os conjuntos de atividades
6. CONCLUSÕES
montagem, realizando a distribuição das atividades para os operadores nas estações de trabalho.
produtos mistos, devido à variação entre os tempos das atividades entre os diferentes produtos,
simulação desta sistemática foi realizada utilizando uma Rede de Petri Colorida no software
CPN Tools. Para demonstrar as principais características desta abordagem, foi apresentado um
estudo de caso que teve como objeto de pesquisa uma linha de montagem de caminhões em
operação no Brasil.
Este trabalho contribui para a teoria, demonstrando ao meio acadêmico uma nova
linhas de montagem, possibilitando novas pesquisas. A literatura afirma que a grande maioria
das indústrias não aplica formas objetivas na distribuição das atividades, e para preencher esta
lacuna, a Sistemática de Balanceamento Dinâmico foi detalhada passo a passo, permitindo que
o modelo em Rede de Petri Colorida possa ser reproduzido não somente em novas pesquisas,
passo da sistemática também possibilita que novos modelos sejam construídos pelos
92 Capítulo 6
__________________________________________________________________________________
colaboradores das indústrias, servindo como uma ferramenta para os gestores das linhas de
montagem durante a distribuição das atividades aos operadores. Alguns aspectos favorecem a
implantação nas indústrias, por exemplo, o algoritmo dos pesos posicionais é intuitivo e pode
ser facilmente assimilado pelos colaboradores, o CPN Tools possui acesso livre, gratuito e pode
ser usado por colaboradores sem conhecimento em programação. Portanto, havendo uma
incorporada na cultura das indústrias, e não apenas em linhas de montagem, mas em qualquer
heurístico dos Pesos Posicionais, Rede de Petri Colorida e o software CPN Tools, demonstrou
potencial para aumento da eficiência das linhas de montagem, através das distribuições de
forneceu conjuntos de atividades específicos, com uma sequência definida de forma lógica, para
cada operador e para cada tipo de caminhão em processo. Isto gerou um aumento substancial
operadores, as empresas poderão disponibilizar as informações nos painéis (telas) nas estações
Este trabalho de pesquisa limitou-se ao estudo das atividades e aos recursos humanos
de três estações de trabalho (uma linha de caminhões comumente possui entre 20 e 50 estações
de trabalho), não considerando as restrições por equipamentos, para que houvesse condição de
detalhamento apropriado. Apesar destas limitações, este trabalho de pesquisa demonstrou que
com redução do impacto das diferenças dos tempos das atividades entre os diversos tipos de
redistribuição dos conjuntos de atividades que excediam o tempo de ciclo, foram obtidos
mandatório ter um tipo de produto com conjuntos de atividades de tempos menores, sucedendo
a outro que excedeu ao tempo de ciclo como compensação. No estudo de caso houve redução
significativa dos recursos, de 8 para 7 operadores (12,5%), mantendo todos os operadores com
ocupação diária média aceitável (entre 70,3 e 80,1%), uma vez que foram considerados os
tempos médios (de cinco cronometragens) de cada atividade acrescidos em 8% de taxa de fadiga
Esta pesquisa sugere quatro vertentes para trabalhos futuros. A primeira sugestão é a
construção de um novo modelo que considere não somente os recursos humanos, mas também
A segunda sugestão é a utilização das informações geradas pelo modelo em Rede de Petri
Colorida, construído no software CPN Tools deste estudo, para aplicação de técnicas de
de técnicas de digitalização, tais como modelos humanos digitais e a realidade virtual, para a
captação das informações das atividades com exatidão. E a quarta é a aplicação de técnicas de
elaboração dos diagramas de precedência seja realizada de modo prático e confiável para
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