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Especificação de

Tolerâncias Geométricas
para projetistas
Tolerância
Geométrica

Fundação CERTI
Curso Especificação de
Tolerâncias
Geométricas – Projetistas
(NORMAS ISO e ASME)

Tolerância Geométrica

Curso Especificação de Tolerâncias


Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Após completar essa capacitação você será capaz de:

Sistematizar o processo de Definir especificações que não


especificação de características restrinjam além do necessário
GD&T, equilibrando o as variações dos produtos;
atendimento de requisitos
Selecionar as ferramentas da
funcionais dos produtos com
linguagem GD&T que melhor
os custos de produção;
representam os requisitos
dimensionais e geométricos
dos produtos.

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Conteúdo programático
● Introdução; ● Modificadores da condição de ● Especificação dos tipos de
material; controle;
● A linguagem GD&T;
● Tolerância de Perfil; ● Especificação de Modificadores;
● Tolerâncias dimensionais e
relação com as tolerâncias ● Exercícios de Revisão; ● Especificação de filtro;
geométricas
● Resumo da Simbologia ISO e ● Estudo de caso;
● Conceitos Fundamentais em ASME;
● Especificação de tolerâncias;
GD&T – Recapitulação;;
● Interpretação e Representação
● Análise e síntese de tolerâncias;
● Referências e de Tolerâncias Geométricas em
Sistemas de Referências; Modelos Cad; ● Análise e síntese de tolerâncias
softwares;
● Casos Especiais ● Sistemática de especificação
Para Referências; GD&T em Desenhos Mecânicos; ● Recomendações diversas para
especificação GD&T;
● Tolerância de Localização; ● Especificação de Referências;
● Práticas não recomendáveis; 3

INTRODUÇÃO
Capítulo 1
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Mundo Real da Manufatura

Expectativa Realidade

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Mundo Real da Manufatura


O avanço tecnológico nos processos industriais, proporciona cada vez mais exatidão na fabricação, assim
como menores incertezas de medição na inspeção e controle de qualidade, tornado cada vez mais
necessária a aplicação de recursos avançados da linguagem GD&T para integrar projeto, manufatura e
inspeção/qualidade.

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Fábricas Ocultas
Apesar do referido avanço tecnológico a variação da fabricação continua e sempre continuará
existindo, são as chamadas fábricas ocultas.

Projeto de
Produção
Engenharia
(Variações) Fábricas
(Nominal)
Ocultas

💬 Importante

As fábricas ocultas tem que estar sob controle, onde,


por exemplo: num projeto de engenharia, as
especificações dimensionais, geométricas e as
tolerâncias, devem assegurar a funcionalidade do tol
conjunto.
Projeto de Engenharia
(Nominal + Tolerâncias + Análises de Eng.) 7

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Fábricas antigamente...
Projeto: Produtos:
 Pouca diversidade
 Geometrias simples
 Pouca concorrência
 Tolerâncias abertas
 Longo tempo de vida
 Prancheta
 Pouca exigência de
qualidade

Manufatura: Controle/Qualidade:

 Instrumentação rígida ou manual


 Tolerâncias abertas permitiam maiores incertezas de
 Grandes estoques medição
 Sistema flow shop ou job shop  Controle basicamente dimensional 8
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Realidade atual das fabricas...


Projeto: Produtos:
 Geometrias  Muita diversidade
complexas  Muita concorrência
 Tolerâncias estreitas  Produtos com vida curta
 Sistemas CAD 3D  Busca intensa por maior
 Linguagem GD&T qualidade

Manufatura: Controle/Qualidade:
 Alta velocidade
de produção  Surgimento de normas da
 Estoques Qualidade (ISO/ TS 16949 e
mínimos ISO 9000)
 Produção
 SM flexíveis e automatizados
flexível (JIT)
 SM com menores incertezas
 Maior variedade de controles

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Surgimento da Linguagem GD&T


A redução das tolerâncias fez com que aumentasse a contribuição dos desvios de
forma e de textura superficial, o que levou à necessidade de mudanças na forma de
especificar os produtos.

Fonte: Nielsen, H. S. [3]


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Histórico GD&T
 O 1º conceito GD&T foi a tolerância de posição – década
de 40 (Grã-bretanha) criado por Stanley Parker,
engenheiro inglês da fábrica de torpedos da marinha
britânica, localizada na cidade de Alexandria, Escócia
 British Standard 308 -1943 (Grã-Bretanha)
 MIL-STD-8 – 1950 (EUA)
 ANSI/ASME: 1972; 1982; 1994; 2009 e 2018 (EUA).
 ISO 1101: 1969; 1983; 2004; 2012 e 2017

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Surgimento da Linguagem
Em 1940, acreditava-se que tudo que era produzido, independente do quê, continha uma fração de
peças ruins, o modelo industrial da época tinha obrigatoriamente duas etapas: fabricar e inspecionar,
para retirar as peças ruins do lote produzido.

Stanley Parker provocou uma grande confusão, quando montou produtos que funcionaram bem
utilizando peças reprovadas na inspeção.

Ele constatou que o crítico na montagem dos produtos é o afastamento em relação ao centro (true
position), portanto o campo de tolerância deve ser circular e não quadrado.

O sistema cartesiano utiliza campos de tolerância quadrados, provocando um grande desperdício,


uma vez que a área do círculo é 57% maior que a do quadrado inscrito.

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Surgimento da Linguagem
Stanley Parker concluiu que estava errado o conceito de peça ruim. Assim nasceu o GD&T, que
utiliza campos de tolerâncias cilíndricos.

O sistema cartesiano de tolerâncias que existe há mais de 150 anos, apesar de estar obsoleto,
especialmente por aumentar o custo de produção, ainda é ensinado nas faculdades de engenharia
e praticado pelas empresas.

Para os produtos industriais serem competitivos é necessário utilizar as modernas ferramentas de


projetos, que utilizam a linguagem GD&T, baseando-se essencialmente na funcionalidade das
peças.

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Garantia da Qualidade nas Fases de Desenvolvimento de Produto

Planejamento
Projeto e Fabricação Montagem
Projeto e da Produção
Desenvolviment Desenvolviment e Compras
o do Produto o do Processo

 Ferramental de  Programação  Peças  Subconjuntos


 Desenhos
Fabricação Manufaturadas e Produto
Mecânicos  Condições
Final
 Dispositivos de Técnicas de
 Estrutura do Fornecimento Montado
Produto Inspeção e
Montagem  Testes
 Fornecedores
Selecionados

CLIENTE

Garantia da Qualidade
 Atividades  Processos  Métodos de
de Gestão da de Garantia Engenharia da
Qualidade da Qualidade Qualidade
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Garantia da Qualidade no Desenvolvimento do Produto


Projeto e
Desenvolvimento Planejamento da
do Processo Produção e Compras
•Ferramental de fabricação •Programação
•Dispositivos de inspeção e •Condições técnicas de fornecimento
Projeto e montagem •Fornecedores selecionados
Desenvolvimento do
Produto
•Desenhos mecânicos
•Estrutura do produto
•Prototipagem Fabricação
CLIENTE
•Peças
manufaturadas

Montagem
Controle
•Subconjuntos e produto
final montado •Avaliação das
•Testes tolerâncias GD&T 15

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Geração e Detecção de Desvios da Qualidade

C u sto dos x100  75% dos custos devidos


C usto dos des vios d e
qualidade gerados
d esvios da a desvios da qualidade
qua lida de
corrigidos
são gerados nas etapas
x10 de planejamento, antes
75% 80 % de começar a fabricação
1 do produto;
x0,1  80% dos custos
associados à correção
dos desvios da qualidade
se produzem durante a
inspeção e utilização do
produto.
Projeto do Planejamento Fabricação Montagem
Produto Processos da Produção

Adaptado de Pfeifer e Torres, 1999 16


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Desenho Mecânico nas Fases de Desenvolvimento do Produto


Projeto e Projeto e Planejamento da Fabricação Montagem
Desenvolvimen Desenvolvimento Produção e
to do Produto do Processo Compras  Subconjuntos
 Peças
e Produto
 Desenhos  Ferramental de  Programação Manufaturadas
Final Montado
Mecânicos Fabricação
 Condições  Testes
 Estrutura  Dispositivos de Técnicas de
do Produto Inspeção e Fornecimento
Montagem
 Fornecedores
Selecionados

CLIENTE

Garantia da Qualidade
 Atividades de  Processos de  Métodos de Engenharia
Gestão da Garantia da da Qualidade
Qualidade Qualidade
Avaliação das Tolerâncias GD&T 17

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Como GD&T pode agregar valor?


Reduz Custos de Melhor integração Induz Mudanças
Produção dos Processos Organizacionais
Peças Intercambiáveis Comunicação clara das Relacionamento com
características funcionais Fornecedores

Menos Modificações de Condições para um Cultura Organizacional


Projeto processo de inspeção
eficaz
Menos Retrabalhos e Linguagem Padronizada Habilidades e
Refugos comportamentos
individuais
Condições para mais Auxílio no desdobramento Relacionamento de
opções de fornecedores dos processos de controle trabalho entre e dentro
fabricação e medição dos departamentos

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Engenharia Simultânea
 A utilização de GD&T estimula o desenvolvimento de
projetos sob o aspecto de Engenharia Simultânea.
 Assim, verificamos a aplicação de novos conceitos de projeto,
visando atender não só os aspectos funcionais do Produto,
como também as necessidades de Manufatura e Qualidade.

💬 Importante saber

ENGENHARIA SIMULTÂNEA: Processo adotado para desenvolvimento de produtos, envolvendo equipe


multidisciplinar de trabalho integrada ao processo de desenvolvimento, sistemas de tecnologia de informação de
apoio à engenharia, gestão de projetos, banco de dados e comunicação, técnicas de padronização e
racionalização de produtos, sistemas e componentes, visando encurtar o ciclo de desenvolvimento do produto.

A filosofia é o compartilhamento das informações com todos os envolvidos no processo, independente do


estágio do desenvolvimento do projeto.
Fonte: http://www.actualbrasil.com.br/glossario/
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Problemas relacionados com GD&T


“ É estimado que em torno de 80%
da documentação de engenharia
gerada nos EUA apresenta algum
tipo de falha. Geralmente a
geometria nominal é bem definida.
O que normalmente não é claro são
as variações permissíveis em
relação à geometria nominal.”

Fonte: Donald E. Day, presidente do Centro de Tecnologia Mecânica e


da Qualidade de Rochester, NY, USA

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Para evitar que as falhas sejam repassadas à fábrica:


Recomenda-se uma análise crítica dos desenhos
mecânicos antes de serem liberados pela
Engenharia !!!

 Ação preventiva para corrigir eventuais especificações


incorretas ou ambíguas que passaram desapercebidas pela
Engenharia.

 Sugere-se que as áreas da Qualidade, Metrologia e Processos


participem da análise crítica dos desenhos.

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Importância da temática GD&T


Permite reduzir custos de
produção, retrabalhos, refugos,
etc;
Assegura intercambiabilidade Problemas
entre peças; diversos;
Melhora a integração dos Retrabalhos;
processos produtivos; Desenho Custos extras;
Induz mudanças Baixa qualidade
SEM GD&T
organizacionais, melhorando o Desenho
relacionamento interno e
externo com fornecedores.
COM
GD&T

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Desafios Típicos a Superar na Especificação GD&T


Interpretação das normas Seleção de elementos de
(ISO e ASME) referência

Documentação de
Projeto de calibradores
projeto
DESAFIOS
Especificação de Definição de tolerâncias
textura superficial

Seleção de tipos de
Seleção de modificadores
controle
Análise e síntese de
tolerância
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A linguagem GD&T
Capítulo 2
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A linguagem GD&T Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Geometric Dimensioning and Tolerancing

Filosofia de Dimensionamento Funcional para Projeto de Peças Mecânicas

Sistemática
de Análise e Especificação Linguagem de Engenharia
de Tolerâncias Normalizada
Internacionalmente
Método analítico e preventivo da engenharia
de projeto mecânico, que utiliza um conjunto Define dimensões, formas,
de definições matemáticas para simulação orientações, posições nominais e
de erros dimensionais e geométricos, respectivas variações admissíveis
dimensionamento e especificação para elementos de peças mecânicas.
das tolerâncias.

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A linguagem GD&T Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

O que é GD&T ? Geometric Dimensioning and Tolerancing


Uma Filosofia de Projeto!

O Requisito Funcional da
peça define a forma de
cotagem e o valor de tolerância
para cada dimensão.

Com este foco…


As dimensões/cotas refletem os requisitos
dos clientes
As tolerâncias refletem a quantidade de
variação permitida para que os requisitos
dos clientes sejam assegurados

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Elementos Geométricos
Plano

Cilindro
Cilindro
Externo
Externo

Cone

Plano
Geratriz do
Cilindro

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Linguagem
TIPOS DE QUADRO DE TOLERÂNCIA REGRAS E CONCEITOS
CONTROLE 0.2 M A B REGRA 1 & 2 CONDIÇÃO VIRTUAL
BÔNUS DIMENSIONAMENTO
REFERÊNCIA FUNCIONAL
SISTEMA DE REFERÊNCIAS

A A-1

A B

MODIFICADORES

Somente F
ISO!!!!
P

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A Incerteza da Especificação
A incerteza da especificação é um problema comum, devido tanto a problemas nas normas como ambiguidades ou
erros nos desenhos mecânicos;
Em alguns casos, a incerteza de especificação pode ser 5 – 10 vezes maior que a incerteza de medição.

Fonte: Per Bennich PhD; PB Metrology Consulting 29

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Certificação Profissional em GD&T – Certificado ASME GDTP

O que é?
Grandes empresas preferem
Certificado fornecido pela ASME que reconhece a profissionais certificados pela
proficiência na compreensão e aplicação dos princípios de ASME em GD&T, dentre elas:
GD&T definidos na norma ASME Y14.5M
 Honeywell Engines and Systems
 Intel Corp.
 Siemens-Westinghouse Power
Corp.
 Nissan
 General Motors Corp.
 Ford Motor Company
 IBM Microeletronics
 Boeing
 Delphi Corp.
 Hewlett Packard
 ... 30
Curso Especificação de Tolerâncias
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Quais setores devem conhecer e empregar GD&T?


NÍVEL DE CONHECIMENTO / HABILIDADES REQUERIDAS

Setores Concepção de Medição e inspeção


Análise de
Interpretação Especificação gabaritos e de características
tolerância
dispositivos geométricas

Projeto Mecânico X X X X X

Planejamento do processo
X
de produção e compras
Processo de Fabricação
X X X X X
(Eng. Industrial)

Fabricação (Produção) X X

Engenharia da qualidade e
X X X X X
controle da qualidade

Montagem (Produção) X X

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Tolerâncias dimensionais e relação


com as tolerâncias geométricas
Capítulo 3
Tolerâncias dimensionais e relação com as tolerâncias Curso Especificação de Tolerâncias
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Desenho Mecânico

 Ferramenta utilizada para comunicar com precisão


as informações de Projeto, Manufatura e Controle.

 Elementos importantes:

 Dimensões

 Tolerâncias

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Tolerâncias dimensionais e relação com as tolerâncias Curso Especificação de Tolerâncias


geométricas Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

O Desenho Mecânico divide-se em três níveis


Nível 3 – Tolerâncias/especificações
geométricas do produto

Nível 2 – Vistas

Nível 1 – Folha de desenho

Desenho de
Engenharia

Fonte: Mr. Per Bennich, “Conflitos na interface entre projeto e fabricação”


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Tolerâncias dimensionais e relação com as tolerâncias Curso Especificação de Tolerâncias
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Tolerâncias Dimensionais de Tamanho Linear

 Elementos de tamanho linear são caracterizados por pares


de pontos opostos (ex.: diâmetros, rasgos, prismas, esferas)
e geralmente representados por tolerâncias dimensionais;
 Podem ser utilizados sistemas normalizados de tolerâncias
e ajustes para montagens (folga, interferência, incerto) -
normas ISO 286 e ANSI B4.1 e B4.2 – (ex.: 10g7);
 A linguagem de representação de tolerâncias dimensionais
segue principalmente as normas ISO 14405-1:2016 e
ASME Y14.5:2018.

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Tolerâncias dimensionais e relação com as tolerâncias Curso Especificação de Tolerâncias


geométricas Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Especificação de Tamanho Linear e Angular

Tamanho Linear Tamanho Angular

Fonte: ASME Y14.5, 2009 36


Tolerâncias dimensionais e relação com as tolerâncias Curso Especificação de Tolerâncias
geométricas Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Cotas Escalonadas e Linhas de Extensão

Dimensões Escalonadas Linhas de Extensão

Gap
visível!!!

Fonte: ASME Y14.5, 2009


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Tolerâncias dimensionais e relação com as tolerâncias Curso Especificação de Tolerâncias


geométricas Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Especificação de Raios e Tabuladas

Especificação de Raios Especificação Tabulada

Linhas
Base

Fonte: ASME Y14.5, 2009


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Tolerâncias dimensionais e relação com as tolerâncias Curso Especificação de Tolerâncias
geométricas Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Especificação Cordas, Arcos, Ângulos e Elementos Simétricos

Especificação de Cordas, Especificação de Elementos


Arcos e Ângulos Simétricos

Corda

Arco

Ângulo

Fonte: ASME Y14.5, 2009


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Tolerâncias dimensionais e relação com as tolerâncias Curso Especificação de Tolerâncias


geométricas Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Tolerância Dimensionais, Unilaterais e Bilaterais

Tolerância Dimensional Tolerância Uni e Bilateral

Tolerância Unilateral

Tolerância Bilateral

Fonte: ASME Y14.5, 2009


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Tolerâncias dimensionais e relação com as tolerâncias Curso Especificação de Tolerâncias
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Especificação Origem, Ângulos de Cone e Declives

Origem Ângulo de Cone e Declive

Indicação do Ângulo de Cone

Indicação de Declives

Fonte: ASME Y14.5, 2009


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Tolerâncias dimensionais e relação com as tolerâncias Curso Especificação de Tolerâncias


geométricas Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Exemplos de Características Dimensionais

Tamanhos Degraus e distâncias Raios


Tamanhos
Lineares

(tamanho angular)

Fontes: Walter Jorden, “Form und Lagentoleranzen”, 2005; ISO 14405-1:2010

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Tolerâncias dimensionais e relação com as tolerâncias Curso Especificação de Tolerâncias
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Demais Tolerâncias Dimensionais


 A norma ISO 17450-2:2012 recomenda o uso de GD&T para degraus, distâncias, raios e ângulos.
Tolerâncias dimensionais deveriam ser evitadas.
 Para cones e prismas em V há normas específicas (ISO 3040 e ISO 2538).
120  0.3

10 

120  0.3
0.1

50  0.1
50  0.1

Cotas paralelas a
qual lado?

?
De onde partem
as cotas ?
?
Usar GD&T! 43

Tolerâncias dimensionais e relação com as tolerâncias Curso Especificação de Tolerâncias


geométricas Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

GD&T Permite Maior Variação para os Produtos


Área =
Sem 0,040 Os produtos podem variar
mm2
GD&T: ainda mais quando são
utilizados modificadores da
condição de material!

Área = 0,0628 mm2


Com
GD&T: ZT cilíndrica
57% maior!

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Tolerâncias dimensionais e relação com as tolerâncias Curso Especificação de Tolerâncias
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Dimensão Teoricamente Exata (ISO) ou Dimensão Básica (ASME)

 Um valor numérico usado para definir dimensão, perfil, orientação, ou localização teoricamente
exata de um elemento
 Representação sem tolerância individual e dentro do quadro.

Zona de tolerância
💬 Nota
Interpretação
A tolerância geral do
desenho não se aplica

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Tolerâncias dimensionais e relação com as tolerâncias Curso Especificação de Tolerâncias


geométricas Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

A Incerteza da Especificação
A incerteza da especificação é um problema comum, devido tanto a problemas nas normas como ambiguidades ou
erros nos desenhos mecânicos;
Em alguns casos, a incerteza de especificação pode ser 5 – 10 vezes maior que a incerteza de medição.

Fonte: Per Bennich PhD; PB Metrology Consulting 46


Conceitos Fundamentais
em GD&T - Recapitulação
Capítulo 4

Curso Especificação de Tolerâncias


Conceitos Fundamentais em GD&T Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Exemplos de Características Dimensionais

Tamanhos Degraus e distâncias Raios


Tamanhos
Lineares

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(tamanho angular)

Fontes: Walter Jorden, “Form und Lagentoleranzen”, 2005; ISO 14405-1:2010

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Curso Especificação de Tolerâncias
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SIMBOLOGIA PARA CARACTERÍSTICAS GEOMÉTRICAS


Classe da Necessidade de
Características Geométricas Símbolo
Tolerância referência
Forma Retitude Não
Planeza Não
Circularidade Não
Cilindricidade
Perfil de uma linha qualquer
Não
Perfil de uma superfície qualquer Não
💬 Nota Não
Classificação conforme Orientação Paralelismo Sim
ISO 1101:2017 Perpendicularidade Sim
Na ASME Y14.5, as tolerâncias de Inclinação
perfil estão em um grupo
Sim
Perfil de uma linha qualquer
independente Perfil de uma superfície qualquer
Sim
Sim
VER QUADRO A SEGUIR! Localização Posição Sim ou Não
Concentricidade (para centros) Sim
Coaxialidade (para eixos) Sim
Simetria
Perfil de uma linha qualquer
Sim
Perfil de uma superfície qualquer Sim
Sim
Batimento Circular Sim
Total 49
Sim

Curso Especificação de Tolerâncias


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SIMBOLOGIA PARA CARACTERÍSTICAS GEOMÉTRICAS


Classe da Necessidade de
Características Geométricas Símbolo
Tolerância referência
Forma Retitude Não
Planeza Não
Circularidade
Não
Cilindricidade
Não
💬 Nota
Perfil Perfil de uma linha qualquer Sim ou Não
Perfil de uma superfície qualquer Sim ou Não
Classificação conforme ASME
Y14.5:2018 Orientação Paralelismo Sim
Perpendicularidade Sim
Inclinação
Sim
Localização Posição Sim ou Não

Batimento Circular Sim


Total Sim

Foram excluídos da nova versão da norma ASME Y 14.5:2018 as


IMPORTANTE
características concentricidade/coaxialidade e simetria 50
Curso Especificação de Tolerâncias
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Relação das Tolerâncias Dimensionais com as Tolerâncias


Geométricas

Para o desenho ao lado...


 O procedimento de inspeção fica
bem definido?
 Que informação está faltando?

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Curso Especificação de Tolerâncias


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Princípio da Independência – ISO 8015 e ISO 14405-1


 É a condição geral em desenhos ISO (a
menos que especificado o contrário);
 Todas as dimensões locais inspecionadas
(entre pontos opostos) devem atender a
tolerância dimensional;
 Tolerâncias dimensionais são
independentes das tolerâncias
geométricas.

Fonte: ISO 8015, 1985


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Curso Especificação de Tolerâncias
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Requisito de Envelope – Norma ISO 14405-1:2016


 Aplica-se quando há montagem entre elementos de tamanho de peça e contra-peça (ex.:
pino e furo, chaveta e rasgo de chaveta)
 Condições a serem atendidas na inspeção:
– A superfície tolerada não pode se estender além do envelope de forma perfeita na
dimensão de máximo material.
– Nenhuma dimensão local efetiva além da dimensão de mínimo material.

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Curso Especificação de Tolerâncias


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Desenho segundo normas ISO 8015 ou ISO 14405-1


Sem requisito de envelope Com requisito de envelope

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Curso Especificação de Tolerâncias
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Especificação do Princípio do Envelope como Operador Padrão em


Desenhos ISO
 Vale o Envelope quando a norma de referência junto a legenda do
desenho invoca o princípio do envelope. Exemplos: “Size ISO 14405 E “
, “Tolerâncias conforme DIN 7167”

 Quando deseja-se o princípio da independência para uma determinada


especificação de tamanho linear utiliza-se o símbolo LP .

 Para o desenho ao lado...


 Vale o envelope para o diâmetro de 13 mm
 Vale o princípio da independência para o comprimento de 50
mm
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Curso Especificação de Tolerâncias


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Requisito de Envelope
O envelope de forma perfeita na dimensão
Quaisquer dimensões locais não devem
de máximo material do elemento não deve
violar a dimensão de mínimo material.
ser violado;

O Envelope se aplica individualmente para


elementos de tamanho (ex.: furos, pinos,
rasgos, guias).

Fonte: ISO 8015

💬 Nota

Em desenhos ASME o requisito do Envelope está implícito, a menos que a especificação se


caracterize como uma das exceções à Regra 1 da ASME Y14.5.

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Curso Especificação de Tolerâncias
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Desenho segundo norma ASME Y14.5 - 2018

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Curso Especificação de Tolerâncias


Conceitos Fundamentais em GD&T Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Regra 1 da ASME Y14.5 - 2018


A menos que seja especificado o contrário OS LIMITES DIMENSIONAIS de um
elemento dimensional CONTROLAM A FORMA do elemento bem como a
DIMENSÃO do mesmo.

 As dimensões locais efetivas devem permanecer dentro dos limites


dimensionais
 A superfície do elemento não pode se estender além do envelope de forma
perfeita na dimensão de máximo material

Aplica-se o Princípio do Envelope !!!


Fonte: ASME Y14.5, 2009

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Curso Especificação de Tolerâncias
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Exceções à Regra 1 da ASME Y14.5 - 2018


1. Nota de exclusão (ASME Y14.5M-1994):
“Não requerida forma perfeita na condição de máximo material”

Pode ser usado como:


 Nota geral (vide exemplo)
 Ou junto a características individuais

Nova ASME Y14.5-2009:


 O símbolo substitui a nota anterior para
características individuais
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Curso Especificação de Tolerâncias


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Exceções à Regra 1 da ASME Y14.5 - 2018


2. Especificação de matéria-prima, material bruto comercial ou regido por legislação
governamental (ex.: chapas, barras, tubos, perfis);
3. Tolerâncias aplicadas com o modificador de estado livre F ;
4. Quando utilizado diâmetro médio “AVG” (ex.: com variações no estado livre);
5. Quando é especificada a retitude de uma “linha média derivada” ou planeza de
uma “superfície média derivada”

Interpretação:

60
Fonte: ASME Y14.5-2009
Curso Especificação de Tolerâncias
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Requisito da Independência

Tolerância conforme
ASME Y14.5-2018

 Utilizado para anular a regra 1 da ASME 💬 Nota


 O símbolo é colocado junto à característica dimensional desejada A tolerância dimensional não controla
 Substitui a nota “Forma perfeita não requerida na condição de o desvio de forma quando o requisito
MMC”, existente na ASME Y14.5M-1994 de independência é especificado.

61

Curso Especificação de Tolerâncias


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Informações Contidas nos Quadros de Tolerâncias

f 0.10 M A B C
Referências (uso de
modificadores não obrigatório)

Modificador da zona de tolerância (não


obrigatório)
Dimensão da zona de tolerância
Forma da zona de tolerância ( “ “ , , S )
Tipo de controle geométrico
Indicação do elemento tolerado
62
Curso Especificação de Tolerâncias
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Sistemática de Interpretação dos Quadros de Tolerâncias 5


Questões

1) O que deve permanecer dentro da ZT?

2) Qual a forma e dimensão da ZT?

3) Quais GL podem ser imobilizados pelo


sistema de referências?

4) Qual a orientação e localização da ZT?

5) Que parâmetros são controlados pela


especificação?

ZT (zona de tolerância): região geométrica onde deve se encontrar o elemento tolerado


GL (graus de liberdade): estão sujeitos às restrições impostas pelas referências 63

Curso Especificação de Tolerâncias


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Interpretação de Quadros de Tolerâncias


1. O que deve permanecer dentro da ZT?
(Identificar o tipo de controle e o elemento tolerado
2. Qual a forma e dimensão da ZT?
(Identificar o símbolo da ZT, a tolerância e o modificador da ZT)
f 0.10 M A B C
3. Quais GL podem ser imobilizados pelo sistema de referências?
(Identificar a sequência, geometria e modificadores dos elementos Referências (uso de
de referência). modificadores não
obrigatório)
4. Qual a orientação e localização da ZT? Modificador da zona de
tolerância (não obrigatório)
(Identificar as orientações e distâncias entre os elementos tolerado
e de referência. Observar as dimensões básicas. Sugere-se indicar Dimensão da zona de tolerância

quais GL não foram imobilizados. Forma da zona de tolerância ( “ “ , ,S )

5. Que parâmetros são controlados pela especificação? Tipo de controle geométrico

(Identificar os parâmetros intrínsecos ao tipo de controle. Observar Indicação do elemento tolerado


a norma de referência).

64
Curso Especificação de Tolerâncias
Conceitos Fundamentais em GD&T Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Exemplo de Interpretação do Quadro de Tolerâncias


f 0,1 mm (8x)

Especificação conforme ISO 8015 e ISO 1101-2017

R1: Posição das linhas médias dos 8 furos.


R2: ZTs cilíndricas com diâmetro de 0,1 mm.
Interpretação do R3: Ref A (z, u e v); Ref B (x e w).
quadro de
tolerância R4: ZTs paralela a A e B (u, w), orientada por A (v), distantes de A de 20 e 50
mm (z) e de B de 15, 45, 75 e 105 mm (x). O GL (y) não é relevante.
R5: Posição (inclui distâncias e paralelismos dos furos às faces A e B e retitudes
das linhas médias dos furos). 65

Curso Especificação de Tolerâncias


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Hierarquia dos Tipos de Controle – ASME Y14.5


Geral:
Tolerâncias de Forma: controlam apenas desvios de forma;
Tolerâncias de Orientação: controlam desvios de orientação e forma;
Tolerâncias de Localização: controlam desvios de localização, orientação e forma.

Para elementos de tamanho, as tolerâncias de posição , paralelismo ,


perpendicularidade e inclinação não controlam desvios de
forma!

💬 Nota
Na ISO, a hierarquia é conforme colocado em geral, sem exceções!
66
REFERÊNCIAS E
SISTEMAS DE
REFERÊNCIAS
Capítulo 5

Curso Especificação de Tolerâncias


REFERÊNCIAS E SISTEMAS DE REFERÊNCIAS Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

As Referências Orientam a Fabricação, Inspeção e


Montagem

Uniformização Fabricação Inspeção Montagem Fornecedores


de práticas
Redução de custos e
conflitos entre as áreas

68
Curso Especificação de Tolerâncias
REFERÊNCIAS E SISTEMAS DE REFERÊNCIAS Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Referências
As referências definem de onde partem as cotas e os ângulos da peça!

Graus de Liberdade

Graus de Liberdade a serem reduzidos ou eliminados na imobilização da peça:


Z

w
Três graus de translação;
u
Três graus de rotação;
v
X Y

💬 Nota
Os graus de liberdade devem ser imobilizados na sequência correta.
69

Curso Especificação de Tolerâncias


REFERÊNCIAS E SISTEMAS DE REFERÊNCIAS Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Imobilização dos Graus de Liberdade de uma Peça


a) Imobilizados:
• Translação vertical (1)
3 graus 6 graus
• Nivelamento (2 rotações)
imobilizados imobilizados

b) Imobilizados:
• Translação horizontal (1) 5 graus
• Alinhamento (1 rotação) imobilizados

c) Imobilizado:
• Translação horizontal (1)

70
Curso Especificação de Tolerâncias
REFERÊNCIAS E SISTEMAS DE REFERÊNCIAS Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Sistemas de Referência
Sequência de Especificação das Referências

71
(Fonte: ISO 5459, 1981)

Curso Especificação de Tolerâncias


REFERÊNCIAS E SISTEMAS DE REFERÊNCIAS Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Imobilização dos Graus de Liberdade de uma Peça

São imobilizados
4 graus de
liberdade:
•2 de translação
•2 de rotação

72
Curso Especificação de Tolerâncias
REFERÊNCIAS E SISTEMAS DE REFERÊNCIAS Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Exercício:
Quantos graus de liberdade são imobilizados por referências primárias
definidas em elementos geométricos Planos? Cilíndricos? Esféricos?
Cônicos?

a) Plano: 3 Cilíndrico: 3 Esférico: 3 Cônico: 4

b) Plano: 3 Cilíndrico: 4 Esférico: 3 Cônico: 4

c) Plano: 3 Cilíndrico: 4 Esférico: 3 Cônico: 5

(Fonte: QFM, Erlangen)

(Fonte: QFM, Erlangen)

73

Curso Especificação de Tolerâncias


REFERÊNCIAS E SISTEMAS DE REFERÊNCIAS Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Classes de Invariância – ISO 5459: 2011


Quaisquer superfícies são classificadas em 7
classes com base nos seus GLs invariantes, para
caracterização dos sistemas de referências.

Classes de invariância:
 Cilíndrica;
 Planar;
 Esférica;
 Em hélice;
 De revolução;
 Prismática;
 Complexa.

74
Curso Especificação de Tolerâncias
REFERÊNCIAS E SISTEMAS DE REFERÊNCIAS Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Terminologia de Referências
Referência
(Teórica, perfeita e
conceitual. Pode ser um
ponto, eixo ou plano)

(Fonte: ISO 5459, 1981)

Elemento de
Referência Simulador do Elemento de Referência
(Real, imperfeito e físico)
(Real, imperfeito mas com qualidade de padrão e
físico. Pode ser uma superfície de uma placa,
superfície de um padrão, desempeno, mandril, etc.)

Referência Simulada
(Obtida a partir do elemento de referência e do simulador do elemento de
referência. Muito empregada na prática em processos de manufatura e inspeção)
75

Curso Especificação de Tolerâncias


REFERÊNCIAS E SISTEMAS DE REFERÊNCIAS Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Aquisição da Referência Simulada


 O elemento de referência deve estar localizado de modo que a máxima distância entre ele e o simulador do
elemento de referência seja a menor possível.
 Além disso, os pontos de contato entre ambos não devem permitir a ocorrência de deslocamentos relativos.

Os desvios geométricos do elemento de referência podem prejudicar o atendimento a requisitos


funcionais. Assim sendo, é comum especificar tolerâncias geométricas para o mesmo.

76
Curso Especificação de Tolerâncias
REFERÊNCIAS E SISTEMAS DE REFERÊNCIAS Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Simulador do Elemento de Referência


PINO FURO

77

Curso Especificação de Tolerâncias


REFERÊNCIAS E SISTEMAS DE REFERÊNCIAS Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Simulador do Elemento de Referência


Exemplo: Referência sendo o eixo de um cilindro

78
Curso Especificação de Tolerâncias
REFERÊNCIAS E SISTEMAS DE REFERÊNCIAS Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Sistemas de Referência em 3D
 Um grupo de duas ou três referências
individuais combinadas entre si;
 O sistema de referência é composto por
três planos mutuamente perpendiculares;
 Define a ORIGEM (FUNCIONAL).

Fonte: ASME Y14.5M, 1994


Fonte: ISO 5459, 1981
79

Curso Especificação de Tolerâncias


REFERÊNCIAS E SISTEMAS DE REFERÊNCIAS Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Termos Utilizados na Inspeção com Máquinas de Medir por


Coordenadas
Nivelamento:
Geralmente definido pelo elemento de referência primário, ao imobilizar pelo menos dois GLs de
rotação.
💬 Nota

Uma esfera como referência primária imobiliza apenas 3 GL de translação

Alinhamento:
Corresponde à imobilização do terceiro grau de liberdade de rotação.

Origem:
Corresponde ao ponto teórico cujas três coordenadas de translação são
nulas

80
Curso Especificação de Tolerâncias
REFERÊNCIAS E SISTEMAS DE REFERÊNCIAS Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Representação de Referências (ISO 5459 e ASME Y14.5)

ISO 1101:2017

ISO 1101:2017

ISO 1101:2017
ASME Y14.5:2009
81

Curso Especificação de Tolerâncias


REFERÊNCIAS E SISTEMAS DE REFERÊNCIAS Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Hierarquia das Referências

Referência Primária: Referência Secundária: Referência Terciária:

• Indicada no 3º campo • Indicada no 4º campo • Indicada no 5º campo


• Tem prioridade na • Somente imobiliza graus • Somente imobiliza graus
imobilização de graus de de liberdade não de liberdade não
liberdade imobilizados pela imobilizados pelas
referência primária referências primária e
secundária

82
Curso Especificação de Tolerâncias
REFERÊNCIAS E SISTEMAS DE REFERÊNCIAS Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Indicação de Referências Comuns

Observar A-A no
campo destinado à
indicação de
referências (novidade
da ISO 5459:2011)

83

Curso Especificação de Tolerâncias


REFERÊNCIAS E SISTEMAS DE REFERÊNCIAS Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Representação de Referências Formadas por Um ou Mais


Elementos

Indicação de referências comuns


Observar A-A no campo
destinado à indicação de
referências (novidade da ISO
5459:2011)
84
Curso Especificação de Tolerâncias
REFERÊNCIAS E SISTEMAS DE REFERÊNCIAS Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Representações Antigas - ISO 1101


• Norma ISO 1101:1983 – Se a sequência • Norma ISO 1101:2004
de dois ou mais elementos de referência
Recomenda a não
não é importante, as letras podem ser
utilização do
indicadas no mesmo campo.
procedimento anterior,
f 0,15 A B
pois o mesmo pode gerar
f 0,15 AB
ambiguidades em alguns
f 0,15 B A
casos.

85

Curso Especificação de Tolerâncias


REFERÊNCIAS E SISTEMAS DE REFERÊNCIAS Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Local de Referência
 Regiões localizadas na peça que servem de local de contato com dispositivos de manufatura e
de inspeção para estabelecer as referências.
 Os locais de referência podem ser definidos por pontos, linhas ou áreas localizadas na peça.
 Bastante utilizados para peças maiores com acabamento superficial inferior ou em peças
flexíveis (ex.: fundidos, chapas, etc.)

86
Curso Especificação de Tolerâncias
REFERÊNCIAS E SISTEMAS DE REFERÊNCIAS Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Local de Referência
Exemplo 1 Representação

Linha de referência não fechada

ISO 5459:2011

(Fonte: ISO 5459, 1981) ISO 5459:1981


(Fonte: ISO 5459:2011)
87

Curso Especificação de Tolerâncias


REFERÊNCIAS E SISTEMAS DE REFERÊNCIAS Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Indicação de Referências Comuns

Observar A-A no campo


destinado à indicação de
referências (novidade da
ISO 5459:2011)

88
Curso Especificação de Tolerâncias
REFERÊNCIAS E SISTEMAS DE REFERÊNCIAS Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

ISO 5449:2011 - Locais de Referência

Identificação para locais de referência sobre


um mesmo elemento de referência:

Local de referência móvel:

Linha de referência fechada

Linha de referência não fechada

Fonte: ISO5459:2011 89

Curso Especificação de Tolerâncias


REFERÊNCIAS E SISTEMAS DE REFERÊNCIAS Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Referência em uma secção de um cilindro

Fonte: ISO 5459:2011 90


Curso Especificação de Tolerâncias
REFERÊNCIAS E SISTEMAS DE REFERÊNCIAS Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Local de Referência – Exemplo

Detalhe A

Fonte: ASME Y14.5, 2009


91

Curso Especificação de Tolerâncias


REFERÊNCIAS E SISTEMAS DE REFERÊNCIAS Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Local de Referência – Exemplo

92
CASOS ESPECIAIS
PARA REFERÊNCIAS
Capítulo 6

Curso Especificação de Tolerâncias


CASOS ESPECIAIS PARA REFERÊNCIAS Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Novidades na Tabela de Símbolos de


Modificadores para Indicação de Referências

Possibilidade de
representação junto à
referência!

Símbolos novos

Possibilidade de
representação junto à
referência!
94
Curso Especificação de Tolerâncias
CASOS ESPECIAIS PARA REFERÊNCIAS Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Definição mais completa dos tipos de Referência (DATUM)

3 GLs (Plano) 3 GLs (Ponto) 4 GLs (Eixo) 5 GLs (Eixo + Ponto)

Plano Esfera Cone


Cilindro

Prisma
Toro

5 GLs (Plano + Linha) 6 GLs (Plano + Linha + Ponto)


Cunha Conjunto Complexo
de furos (superfície composta)
Perfil
extrudado
linear 95
Fonte: adaptado de ASME Y14.5-2009

Curso Especificação de Tolerâncias


CASOS ESPECIAIS PARA REFERÊNCIAS Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Requisito de Máximo Material M

• É o modificador que estabelece a especificação na condição de máximo material


do elemento dimensional (MMC – Maximum Material Condition);
• Na condição de máximo material, o elemento tem forma perfeita e o máximo de
material permitido pela especificação de tamanho.

PINO MMC FURO MMC

• Quadro de tolerância:
f 0,15 M AM B C
96
Curso Especificação de Tolerâncias
CASOS ESPECIAIS PARA REFERÊNCIAS Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

d) Local de Referência Móvel

• Indica movimentação do simulador do


elemento de referência (SER)
• Uso obrigatório na ASME apenas quando o
movimento é não perpendicular à superfície
da peça
• Uso obrigatório na ISO quando há
movimentação do SER
• ASME: triângulo representado para esquerda
ou direita
• ISO: triângulo especifica a direção de
movimentação

Fonte: ASME Y14.5:2009 97

Curso Especificação de Tolerâncias


CASOS ESPECIAIS PARA REFERÊNCIAS Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Elemento de Contato: [CF]


[CF]: Contacting Feature – Elemento ideal de qualquer tipo que é diferente do elemento nominal em
questão e está associado com o correspondente elemento de referência.

O elemento associado em A não é


definido pelo cilindro e a
referência A não é o eixo do
cilindro!

Fonte: ISO 5459:2011 98


Curso Especificação de Tolerâncias
CASOS ESPECIAIS PARA REFERÊNCIAS Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Distância Variável: [DV]

[DV]: Variable Distance - Utilizado para referências comuns quando se deseja que a distância linear
entre os elementos de situação seja variável.

A localização relativa entre as


esferas de diâmetro 26 mm
está livre para variar.

99

Curso Especificação de Tolerâncias


CASOS ESPECIAIS PARA REFERÊNCIAS Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Indicação de Elementos de Situação [PT], [SL], [PL] e ><

Indica que somente a linha reta (eixo de A) é


necessário no conjunto de elementos de situação
(imobiliza 4 gl devido ao símbolo [SL] – classe de
invariância cilíndrica). Logo, a referência A não
trava a translação!

A ZT é orientada paralela à referência B e


distante de A da dimensão teoricamente exata.

💬 Nota

se fosse paralelismo, o símbolo >< seria omitido

100
Curso Especificação de Tolerâncias
CASOS ESPECIAIS PARA REFERÊNCIAS Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Símbolos [ACS] e [ALS]

[ACS]: “Any Cross Section” – Qualquer seção transversal


[ALS]: “Any Longitudinal Section” – Qualquer seção longitudinal

Há duas formas de representação: junto à referência e sobre o quadro de tolerância. A


interpretação do [ALS] é a mesma em ambas as formas. A indicação de [ACS] junto à referência
indica que os elementos de referência e tolerado estão na mesma seção. 101

Tolerâncias de
Localização
Capítulo 7
Curso Especificação de Tolerâncias
TOLERÂNCIAS DE LOCALIZAÇÃO Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Posição de uma Cadeia de Furos


Exemplo: Interpretação:

Os eixos das zonas cilíndricas de tolerância são


(Fonte: ISO
5458:1998) perpendiculares ao plano de referência A.
103

Curso Especificação de Tolerâncias


TOLERÂNCIAS DE LOCALIZAÇÃO Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

f 0,1 mm (8x)

Especificação conforme ISO 8015 e ISO 1101-


2017

R1: Posição das linhas médias dos 8 furos.


R2: ZTs cilíndricas com diâmetro de 0,1 mm.
Interpretação R3: Ref A (z, u e v); Ref B (x e w).
do quadro de R4: ZTs paralela a A e B (u, w), orientada por A (v), distantes de A de 20 e 50
tolerância mm (z) e de B de 15, 45, 75 e 105 mm (x). O GL (y) não é relevante.
R5: Posição (inclui distâncias e paralelismos dos furos às faces A e B e
retitudes das linhas médias dos furos).

104
Curso Especificação de Tolerâncias
TOLERÂNCIAS DE LOCALIZAÇÃO Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Cálculo do Desvio de Posição


Fórmula para cálculo do desvio de posição:

 2. ( X Medido  X No min al ) 2  (YMedido  YNo min al ) 2

ZT Centro
nominal R  (0,05  0,10 )
2 2

-0,10
= 0,112 mm
Centro
Considerando que o furo ficou medido
+0,05 +0,05
deslocado do nominal no eixo X de
+0,05 mm e em Y de -0,10 mm
-0,10
+ Desvio posição = 2.R
Desvio posição = 0,224 mm
0,28 mm 105

Modificadores da
Condição de Material
Requisito de Máximo Material - Requisito de
Mínimo Material - Requisito de Independência
do Elemento Dimensional
Capítulo 8
Curso Especificação de Tolerâncias
Modificadores da Condição de Material Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Requisito de Máximo Material M

 É o modificador que estabelece a especificação na condição de máximo material do elemento


dimensional (MMC – Maximum Material Condition);
 Na condição de máximo material, o elemento tem forma perfeita e o máximo de material
permitido pela especificação de tamanho.

PINO MMC FURO MMC

• Quadro de tolerância: f 0,15 M AM B C 107

Curso Especificação de Tolerâncias


Modificadores da Condição de Material Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Peça

Contra-Peça

108
Curso Especificação de Tolerâncias
Modificadores da Condição de Material Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Peça
Bônus Ø ZT
Ø Furo
(Ø Furo - Ø Furo MMC) Furos

19,0 (MMC) 0,0 2,0

19,5 0,5 2,5


20,0 1,0 3,0

20,5 1,5 3,5


21,0 2,0 4,0
Contra-Peça
Ø Eixo Bônus Ø ZT
(Ø Pino MMC - Ø Pino) Pinos
13,0 2,0 4,0

13,5 1,5 3,5

14,0 1,0 3,0

14,5 0,5 2,5

15,0 (MMC) 0,0 2,0 109

Curso Especificação de Tolerâncias


Modificadores da Condição de Material Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Exemplo de Condição Virtual utilizando o Requisito de Máximo


Material (MMR) - Furo

Furo  30,1 mostrado Campo de tolerância de


em 4 posições extremas posição  0,1 na condição
de máximo material (MMC)

 30,1 Dimensão de máximo material do elemento

LIMITE DE CONDIÇÃO VIRTUAL -  0,1 Tolerância na condição de máximo material (MMC)

 30,0 Condição virtual (limite interno)

110
Curso Especificação de Tolerâncias
Modificadores da Condição de Material Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

RETITUDE
Interpretação 1:
R1: Retitude da linha média do cilindro central.
R2: ZT cilíndrica com diâmetro de 0,4 mm MMC.
R3: Nenhum (todos os GL estão livres).
R4: Estão livres para seguir o elemento tolerado.
R5: Retitude.

Interpretação 2: A superfície cilíndrica não pode


violar a CV externa de 12,4 mm

Fonte: ISO 2692 - 1988


111

Curso Especificação de Tolerâncias


Modificadores da Condição de Material Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Resumo das Características do Requisito de Máximo Material

• Permite bônus de tolerância (uso eficiente


das tolerâncias);
• Permite uso de gabaritos funcionais;
• Assegura intercambiabilidade;
• Deve ser aplicada a elementos
dimensionais;
• MMR descreve realidade física no processo
de montagem.

112
Curso Especificação de Tolerâncias
Modificadores da Condição de Material Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Campo de Tolerância 0 em Máximo Material


• Especificação cada vez mais utilizada em desenhos ASME e que também pode ser utilizada em
desenhos ISO
• A tolerância geométrica é nula somente quando o elemento está na dimensão de máximo material.
Seu valor depende da tolerância dimensional e do diâmetro efetivo do elemento tolerado

Para Furos: Tol geom = fEfetivo - fMMC


Para Pinos: Tol geom = fMMC - fEfetivo
 0.1

f = 27 mm
Tol geom = 0 mm
f = 29 mm
Tol geom = 2 mm

Tec-Ease
113

Curso Especificação de Tolerâncias


Modificadores da Condição de Material Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Uso da especificação 0
A especificação 0 é utilizada quando se deseja maximizar as tolerâncias dimensionais e geométricas
associadas a requisitos de montagem

114
Peças aprovadas Paul Drake
Curso Especificação de Tolerâncias
Modificadores da Condição de Material Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Cilindro Bônus
Externo Ø Cilindro (Ø ZT Cilindro)
(Ø Cil. - Ø Cil.LMC)

31,5 1,5 Ø 3,0

31,0 1,0 Ø 2,5

30,0 (LMC) 0,0 Ø 1,5

Furo Bônus
Ø Furo (Ø ZT Furo)
(Ø Furo LMC - Ø Furo)

20,0 (LMC) 0,0 Ø 1,0

19,5 0,5 Ø 1,5

19,0 1,0 Ø 2,0

115

Curso Especificação de Tolerâncias


Modificadores da Condição de Material Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Condição Virtual e Condição Resultante para LMR


Elemento Interno Elemento Externo

CV  fLMC  Tol .geomLMC CV  fLMC  Tol .geomLMC


IB  fRe al . Envelope  Tol . geom. OB  fRe al . Envelope  Tol. geom.
IB: Inner Boundary OB: Outer Boundary

Condição Virtual (CV): valor cte que define a borda limite com foco na preservação de material
Condição Resultante (CR): valor limite que define a outra borda (interna para furo, externa para pino)
116
(Fonte: adaptado de ASME Y14.5M, 1994)
Curso Especificação de Tolerâncias
Modificadores da Condição de Material Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Exemplo de Aplicação de LMR

💬 Nota

Detalhe destacando a função do modificador, assegurando a


espessura mínima da parede .

(Fonte: ASME Y14.5, 2009)


117

Curso Especificação de Tolerâncias


Modificadores da Condição de Material Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Resumo das Características do Requisito de Mínimo Material

• Permite bônus de tolerância (uso eficiente


das tolerâncias);
• Assegura espessura mínima de parede;
• Não possibilita o uso de gabaritos
funcionais;
• Não assegura intercambiabilidade;
• Deve ser aplicada a elementos dimensionais.

118
Tolerância de Perfil

Capítulo 9

Curso Especificação de Tolerâncias


TOLERÂNCIAS DE PERFIL Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Perfil de Linha e Superfície Qualquer (Contorno Total, Contorno


Global)
Perfil de Linha Perfil de Superfície Perfil de Superfície
Contorno Total Contorno Total Contorno Global
ASME Y14.5-2018
ISO 1101 2017

Controle simultâneo de Controle simultâneo de Controle simultâneo de todo


todo o contorno de linha todo o contorno superficial o contorno superficial da
da peça (360), em da peça (360), na vista b peça (360), independente
quaisquer seções onde se encontra a da vista onde se encontra a
transversais especificação especificação

Nota: as superfícies Nota: todas as


“a” e “b” não são superfícies são
controladas! controladas!
a
120
Curso Especificação de Tolerâncias
TOLERÂNCIAS DE PERFIL Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Perfil Assimétrico - UZ
O símbolo UZ vem de “unequally disposed tolerance zone” (ISO 1101:2017)

Indica que a tolerância de perfil de superfície tem um tamanho de 2,5 mm e é assimétrica,


estando deslocada de 0,5 mm para dentro da peça!
121

Curso Especificação de Tolerâncias


TOLERÂNCIAS DE PERFIL Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Exemplos para Perfil Controlando Orientação e Forma


Interpretação:
R1: Perfil de quaisquer linhas entre C e D na superfície
superior, em quaisquer seções transversais
perpendiculares a A e B.
R2: Região entre 2 linhas eqüidistantes de 0.16 mm,
obtidas por “offset” do perfil nominal.
R3: Ref A (z, u, v); Ref B (x, w).
R4: ZT projetada num plano perpendicular aos planos A e B
(u, w), orientada por A (v) e distante de B (x) conforme
as dimensões básicas do perfil, com GL livre em (z).
O GL (y) não é relevante.
R5: Perfil de linha (orientação v em relação a A, distância do
perfil em relação a B e desvio de forma do perfil)
💬 Nota

A distância (z) e o paralelismo (u) da superfície superior em relação a A é


Especificações conforme controlada pela cota linear 40  0.5 mm
ASME Y14.5-2018 122
Curso Especificação de Tolerâncias
TOLERÂNCIAS DE PERFIL Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Tolerância Dinâmica de Perfil - Δ


Por padrão, uma zona de tolerância de perfil segue o perfil teórico e é estática, controlando a
forma e o tamanho.
Quando se deseja refinar a forma mas não o tamanho do elemento tolerado, o pode ser aplicado
o modificador de tolerância de perfil dinâmico, Δ, assim, a forma será controlada
independentemente do tamanho, ou seja, a zona de tolerância pode se mover em relação ao
perfil teórico (expandir ou contrair) enquanto mantém constante a largura especificada
(distância entre os limites).
O uso do modificador mantém o controle da forma enquanto relaxa o controle de tamanho.

2 mm 2 mm

0,4 mm

0,4 mm

123

Exercícios de Revisão

Capítulo 10
Curso Especificação de Tolerâncias
Exercícios de Revisão Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Exercício:
Marque as alternativas que não atendem o requisito de envelope especificado ao lado:
f 150,02

149,96 149,96
f 149,95

125
(Fonte: ISO 8015, 1985)

Curso Especificação de Tolerâncias


Exercícios de Revisão Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Exercício:
Para o desenho abaixo, qual das alternativas é a correta?

10 ± 1 E

Tolerância conforme ISO 8015

a) - O resultado de medição obtido com dois pontos opostos não pode ser
menor do que 9 mm;
- O envelope de 11 mm não pode ser ultrapassado.
b) - O resultado de medição obtido com dois pontos opostos não pode ser maior
do que 11 mm;
- O envelope de 9 mm não pode ser ultrapassado.
126
Curso Especificação de Tolerâncias
Exercícios de Revisão Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Exercício:
Mediu-se a retitude sobre uma face plana e obteve-se o gráfico abaixo. A
peça está ou não conforme?

Especificação Erro (mm)

0,02
0,03
0,02
0,01
0 Deslocamento do
relógio (mm)

Conforme!
R = __________________
127

Curso Especificação de Tolerâncias


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Exercício:
A peça representada à direita atende a especificação de
cilindricidade?

Especificação

0,005 Peça

19,920
19,926

Conforme!
R = __________________
128
Curso Especificação de Tolerâncias
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Exercício:
Ajude o inspetor da qualidade a decidir se o furo indicado atende ou não a
especificação:

Relatório de Medição:
Coord 1 = 105,04 mm
Coord 2 = 49,97 mm

R.:____________

129

Curso Especificação de Tolerâncias


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Exercício:
A peça representada à direita atende a especificação de posição?

Especificação 3x f 6,0 +0,1


-0,1

f 0,6 Peça

20 20,1

40 40,6
Conforme!
R = __________________
130
Curso Especificação de Tolerâncias
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Exercício:
Responda a pergunta formulada para o desenho abaixo:

Se o furo superior direito do desenho


ao lado saiu a 50 mm da face A, qual
a menor distância admissível em
relação à B?

R = 104,95 mm

Especificações conforme ISO


8015 e ISO 1101

131

Curso Especificação de Tolerâncias


Exercícios de Revisão Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Exercício:
Responda as perguntas formuladas para o desenho abaixo:

Qual a tolerância de inclinação


se o rasgo sair com 10 mm?
R = 0,2 mm

Qual a tolerância de inclinação


se o rasgo sair com 10,1 mm?
R = 0,3 mm

132
Curso Especificação de Tolerâncias
Exercícios de Revisão Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Exercício:
A peça representada atende ou não as suas especificações?

Especificação
A f 0,06 M A

0
15,00 -0,02

7,45 0
-0,10

Não atende!
R = __________________

133

Curso Especificação de Tolerâncias


Exercícios de Revisão Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Exercício:
A peça representada atende ou não as suas especificações?

Especificação
A 0,04 A

0
15,00 -0,02

7,50 0
-0,10

Não atende!
R = __________________

134
Curso Especificação de Tolerâncias
Exercícios de Revisão Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Exercício:
Localize e represente o sistema coordenado relacionado ao
quadro de tolerância 1:

Indica um eixo que sai da peça. 11


X Indica um eixo que entra na peça
(Fonte: ASME Y14.5M, 1994)
135

Curso Especificação de Tolerâncias


Exercícios de Revisão Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Exercício:
Localize e represente o sistema coordenado relacionado ao quadro de tolerância 1:

11

Indica um eixo que sai da peça.

X Indica um eixo que entra na peça (Fonte: ASME Y14.5M, 1994) 136
Curso Especificação de Tolerâncias
Exercícios de Revisão Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Exercício:
Que peças do lote piloto
atendem as especificações?

a) b) c) d)

0,08 0,20 0,02 0,21


f 50 f 50,1 f 49,98 f 50,13

R.: Atende R.: Não atende R.: Não atende R.: Atende

Fonte: ISO 2692 - 1988


137

Curso Especificação de Tolerâncias


Exercícios de Revisão Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Exercício:
Que peças do lote piloto atendem as especificações ao lado?

a)

45 R.: Atende

b)

45
R.: Não atende

138
Curso Especificação de Tolerâncias
Exercícios de Revisão Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Exemplo de Aplicação 1
As especificações de peça e contra-peça abaixo
permitem 100 % de montagem?

Fórmula para o furo: CV  fMMC  TolPos . MMC

Fórmula para o pino: CV  fMMC  TolPos . MMC

Interferência!

139

Curso Especificação de Tolerâncias


Exercícios de Revisão Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Exercício:
Responda as três perguntas considerando o
desenho abaixo:
a) Qual o maior erro de posição admissível entre
furos se os furos saírem com 3,1 mm de diâmetro?

R= 0,3 mm

b) Se o furo inferior esquerdo sair a 14 mm de B e


a 10,5 mm de C, qual o seu desvio de posição?

R= 1,0 mm

c) Qual a tolerância a considerar no item “b”, se o


furo saiu com 3 mm de diâmetro?

R= 1,0 mm
Especificações conforme ISO 8015 e ISO 1101
140
RESUMO DA
SIMBOLOGIA
ISO E ASME
Capítulo 11

Curso Especificação de Tolerâncias


RESUMO DA SIMBOLOGIA ISO E ASME Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Simbologia GD&T – ISO e ASME


Descrição ISO ASME
Indicação do elemento tolerado
Indicação do elemento de referência

Local de referência

Ponto de referência (alvo)


Dimensão teoricamente exata
(dimensão básica na ASME)
Dimensão auxiliar
(dimensão de referência na ASME)
(50) (50)

Zona de tolerância projetada


Requisito de máximo material
Requisito de mínimo material
Condição de estado livre
(para peças não rígidas)

Requisito de máximo material na RFERÊNCIA

Requisito de mínimo material na RFERÊNCIA


142
Curso Especificação de Tolerâncias
RESUMO DA SIMBOLOGIA ISO E ASME Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Simbologia GD&T ISO e ASME


Descrição ISO ASME
Contorno total (perfil)

Requisito de envelope ---

Contorno global “All Over”

Elemento Contínuo “Continuous Feature” ---

Independência “Independency” ---

Zona de tolerância (perfil) assimétrica


UZ
“Unequally disposed tolerance zone (profile)”

Translação “Translation” ---

Local de referência móvel


“Movable datum target”

Diâmetro

Diâmetro de esfera

Raio R R
Raio de esfera SR SR 143

Curso Especificação de Tolerâncias


RESUMO DA SIMBOLOGIA ISO E ASME Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Simbologia GD&T – ISO e ASME


Descrição ISO ASME
Elemento médio
---
“Median feature”

Entre “Between”

De ... Para “ From ...to” ---

Elemento de direção
---
“Direction feature”
Plano de coleção
---
“Collection plane”
Plano de interseção
---
“Intersection plane”
Plano de orientação
---
“Orientation plane”
Origem
“Dimension origin”
Comprimento de arco
“Arc length” 144
Curso Especificação de Tolerâncias
RESUMO DA SIMBOLOGIA ISO E ASME Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Simbologia GD&T – ISO e ASME


Descrição ISO ASME
Zona Comum CZ ---

Elemento único UF ---

Diâmetro menor LD Nota “MINOR DIA”

Diâmetro maior MD Nota “MAJOR DIA”

Diâmetro primitivo PD Nota “PITCH DIA”

Elemento linha --- Nota “EACH ELEMENT”

Qualquer seção transversal ACS ---

Plano tangente

Tolerância estatística ---

Raio controlado --- CR


Quadrado (TED)
145

Curso Especificação de Tolerâncias


RESUMO DA SIMBOLOGIA ISO E ASME Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Simbologia GD&T – ISO e ASME


Descrição ISO ASME
Quadro de tolerância

Tolerância dinâmica de perfil

Cone

Declive

Rebaixo ---

Face local ---

Escareado ---

Profundidade ---

Dimensão sem escala

Número de elementos

146
Curso Especificação de Tolerâncias
RESUMO DA SIMBOLOGIA ISO E ASME Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Simbologia para Referências – ISO 5459:2011


Descrição ISO
Diâmetro primitivo (“Pitch diameter”) [PD]
Diâmetro maior (“Major diameter”) [MD]
Diâmetro menor (“Minor diameter”) [LD]
Qualquer secção transversal (“Any cross section”) [ACS]
Qualquer secção longitudinal (“Any longitudinal section”) [ALS]
Elemento de contato (“Contacting feature”) [CF]
Distância variável (“Variable distance”) [DV]
Elemento de situação Ponto (“Point”) [PT]
Elemento de situação Linha Reta (“Straight line”) [SL]
Elemento de situação Plano (“Plane”) [PL]
Restrição apenas de orientação (“For orientation constraint only”) ><
Projetado (para referências 2as e 3as) (“Projected”)

Requisito de mínimo material (“Least material requirement”)

Requisito de máximo material (“Maximum material requirement”)


147

INTERPRETAÇÃO E
REPRESENTAÇÃO DE
TOLERÂNCIAS GEOMÉTRICAS
EM MODELOS CAD 3D
Capítulo 12
Interpretação E Representação De Tolerâncias Curso Especificação de Tolerâncias
Geométricas em modelos CAD 3D Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Motivação para Representação GD&T nos Modelos 3D


 Utilização cada vez maior de softwares CAD 3D
 Evita-se duplicidade de informações (2D/3D) e reentradas de informação (ex.: em softwares para
Manufatura e Inspeção)
 Maior flexibilidade para elaboração de contratos comerciais

Desenho 2D completo Desenho 2D simplificado Modelo 3D completo,


+ modelo 3D sem desenho 2D
149

Interpretação E Representação De Tolerâncias Curso Especificação de Tolerâncias


Geométricas em modelos CAD 3D Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Normas ASME Y14.41, ISO 16792 e ISO 1101


 Uma linha líder dirigida a uma superfície
termina em ponto
 Uma linha líder dirigida a outra linha
termina em seta

Fonte: ISO 16792


• Especificações ISO:
o Uma linha líder parte de quadros de tolerância
o Elemento médio é indicado por linha líder alinhada com
linha de cota
• Especificações ASME:
o Quadros de tolerância geralmente são anexados à
especificação de tamanho
Fonte: ASME Y14.41-2012 150
Interpretação E Representação De Tolerâncias Curso Especificação de Tolerâncias
Geométricas em modelos CAD 3D Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Normas ASME Y14.41, ISO 16792 e ISO 1101

• Representações de referências válidas nas normas recentes ISO


GPS e ASME
a) Referências indicadas diretamente a superfícies de
referência
b) Referências atachadas a quadros de tolerância (ISO
16792:2015 - apenas para referência formada por mais
de um elemento de referência)
c) Referências atachadas a especificações de tamanho Fonte: ASME Y14.41-2012

(representação não prevista na ISO 16792:2015)


d) Referências alinhadas a linhas de cota

151
Fonte: ISO 1101-2017

Interpretação E Representação De Tolerâncias Curso Especificação de Tolerâncias


Geométricas em modelos CAD 3D Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Representação de Tolerâncias Dependentes de Direção (Retitude,


Perfil de Linha, Contorno Total de perfil, Elemento de Linha)

Solução 1: Direção definida


por linha auxiliar no modelo
3D!
Em especificações 2D, o plano de projeção (vista na
qual se encontra a especificação) é utilizado para
interpretar tolerâncias dependentes da direção!
16792 Y14.41

152
Interpretação E Representação De Tolerâncias Curso Especificação de Tolerâncias
Geométricas em modelos CAD 3D Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Representação de Tolerâncias Dependentes de Direção (Retitude,


Perfil de Linha, Contorno Total de perfil, Elemento de Linha)
Forma alternativa de representação em SWs CAD 3D: orientação definida por
associação com eixo coordenado.

Ao clicar no quadro de
tolerância, a superfície e o
eixo são realçados

16792 Y14.41

Fonte: ASME Y14.41-2012


153

Interpretação E Representação De Tolerâncias Curso Especificação de Tolerâncias


Geométricas em modelos CAD 3D Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Representação 3D de Elementos Tolerados Segundo IS0


1101:2017
Representação de Elementos Representação de Elementos
Integrais Derivados

Fonte: ISO 1101:2017


154
Interpretação E Representação De Tolerâncias Curso Especificação de Tolerâncias
Geométricas em modelos CAD 3D Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Representação 3D de Referências Segundo IS0 1101:2017


Elementos de Referência Integrais Elementos de Referência Derivados

155

Interpretação E Representação De Tolerâncias Curso Especificação de Tolerâncias


Geométricas em modelos CAD 3D Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Representação de Tolerâncias Dependentes de Direção


(Retitude, Perfil de Linha, Contorno Total de perfil de Linha/Superfície)

Plano de interseção:
Representação utilizada para indicar o sentido considerado pela especificação para extração do
elemento tolerado. Planos de interseção podem ser usados por conveniência também em desenhos
2D.
Indica que os perfis de linha devem ser obtidos em
planos de intersecção que incluem o eixo de
referência A!

a = Datum A

156
Interpretação E Representação De Tolerâncias Curso Especificação de Tolerâncias
Geométricas em modelos CAD 3D Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Representação de Tolerâncias Dependentes de Direção


(Retitude, Perfil de Linha, Contorno Total de perfil de Linha/Superfície)

Plano de interseção:

ISO 1101:2017
Indica que as linhas devem ser obtidas em
planos de intersecção paralelos à referência A!
a = qualquer distância

157

Interpretação E Representação De Tolerâncias Curso Especificação de Tolerâncias


Geométricas em modelos CAD 3D Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Representação da Orientação de Zona de Tolerância Prismática

Plano de orientação:
Representação utilizada para indicar a orientação dos planos da zona de tolerância considerada pela
especificação. Planos de orientação podem ser utilizados por conveniência também em desenhos 2D.

Indica uma ZT prismática com afastamento entre dois


planos da ZT de 0,05 mm (planos paralelos a B) e de 0,2
mm (planos paralelos a A)!

ISO 1101:2017
158
Interpretação E Representação De Tolerâncias Curso Especificação de Tolerâncias
Geométricas em modelos CAD 3D Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Representação de Plano de Coleção


Plano de coleção:
Representação complementar à especificação de contorno total (all around),
utilizada para indicar no modelo 3D o sentido para coleção dos elementos
tolerados. Em desenhos 2D, o plano de coleção está implícito no plano de
projeção, conforme a vista na qual se encontra a especificação.
Indica que o contorno total de
quaisquer perfis de linha obtidos em
planos de intersecção perpendiculares
a B e planos de coleção paralelos a A
deve atender a tolerância de perfil de
linha!

Nota: o plano de coleção poderia ser omitido


ISO 1101:2012 se o plano de interseção fosse paralelo a A!

159

SISTEMÁTICA DE
ESPECIFICAÇÃO GD&T EM
DESENHOS MECÂNICOS
Capítulo 13
Curso Especificação de Tolerâncias
Sistemática de especificação GD&T em Desenhos Mecânicos
Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Requisitos Funcionais dos Produtos

Requisitos de clientes:
Requisitos de Montagem: • Segurança
• Encaixes sem interferência • Custo de aquisição
• Nivelamento • Custo de manutenção
• Alinhamento • ...
• Origem
• ...

Requisitos mecânicos: Requisitos de fabricação:


•Rigidez • Usinabilidade
•Elasticidade • Facilidade de controle
•Peso • ...
•Tamanho
•Balanceamento Requisitos de qualidade
•Vedação Requisitos de desempenho:
•Condução térmica •Tempo de vida Requisitos estéticos:
•... •Consumo •Pintura
•Potência •Design
•... •Folgas uniformes
•... 161

Curso Especificação de Tolerâncias


Sistemática de especificação GD&T em Desenhos Mecânicos Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Requisito de Espessura em Latas

• A espessura residual determina a força necessária para abrir a lata.


• A lata deve ser segura durante transporte e manuseio (espessura
mínima).
• Uma criança deveria poder abrir a lata sem excessiva dificuldade
(espessura máxima)
Per Bennich

162
Curso Especificação de Tolerâncias
Sistemática de especificação GD&T em Desenhos Mecânicos Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Requisito de Diâmetro em Tampas

● O diâmetro da tampa da lata determina a força de


fechamento e abertura, assim como a pressão necessária
para transporte seguro.
● Por diversas razões, entre as quais está a anisotropia do
material, as tampas produzidas não são circulares.

Per Bennich
163

Curso Especificação de Tolerâncias


Sistemática de especificação GD&T em Desenhos Mecânicos Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Requisitos de Características Elétricas

• A peça é uma barra de cobre com função de


conduzir corrente elétrica;
• Sob os furos serão engastados pinos que por sua
vez serão conectados à fiação elétrica;
b 1
• Os limites dimensionais mínimos para “b” e “c” são
estabelecidos pelo valor máximo admissível de
resistência elétrica (definida pela área da seção
a
transversal);
• Os limites dimensionais máximos para “b” e “c” são
estabelecidos por exemplo pela necessidade de se
economizar no uso de cobre (material caro).
Nota: Forma perfeita não
requerida na MMC 1

164
Curso Especificação de Tolerâncias
Sistemática de especificação GD&T em Desenhos Mecânicos Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Requisitos de Impressão – Impressora Térmica


Papel térmico
Rolo Z

X Y

Bematech

Cabeça térmica
165

Curso Especificação de Tolerâncias


Sistemática de especificação GD&T em Desenhos Mecânicos Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Projeto de Experimentos - DOE


Para otimizar as tolerâncias referentes à posição relativa entre rolo e
cabeça térmica, que afetam a qualidade de impressão

Fatores de controle:
A + - B
A: Posição vertical do lado esquerdo
B: Posição vertical do lado direito
C: Posição frontal do lado esquerdo
C
D
D: Posição frontal do lado direito
+ -

Planejamento do Experimento

166
Curso Especificação de Tolerâncias
Sistemática de especificação GD&T em Desenhos Mecânicos Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Prototipagem e Testes

Testes de protótipos funcionais para Testes de validação da


otimizar a qualidade da impressão solução adotada

167

Curso Especificação de Tolerâncias


Sistemática de especificação GD&T em Desenhos Mecânicos Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Requisitos Funcionais de um Pão de Forma


Requisitos Dimensionais e Geométricos:
• Curvaturas agradáveis e uniforme;
• Altura proporcional à largura;
• Mesma altura e largura nas extremidades;
• Laterais perpendiculares ou orientadas simetricamente em
relação à base;
• O tamanho é definido pela massa de pão.

Considerando que todos os pães ao lado têm


a mesma massa, qual deles têm maior chance
de ser escolhido pelo cliente?
168
Curso Especificação de Tolerâncias
Sistemática de especificação GD&T em Desenhos Mecânicos Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Quando Especificar GD&T?


• Depende do risco das peças fabricadas atenderem as especificações, mas falharem no
uso por não atenderem aos requisitos funcionais;
• Se o risco for considerado alto deve-se utilizar a linguagem GD&T.

Desenho sem Linguagem GD&T Peça que atende as especificações!

169

Curso Especificação de Tolerâncias


Sistemática de especificação GD&T em Desenhos Mecânicos Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Riscos Associados à Aprovação de Peças que não Atendem aos


Requisitos Funcionais:

- Problemas de montagem;
- Falha precoce do produto;
- Baixo desempenho do produto;
- Rejeição de lotes por clientes;
???
- Recall de produtos;

- Imagem prejudicada no mercado;
INSPEÇÃO - Ações inadequadas no processo;
- Custos externos da não qualidade.

Aprovado
170
Curso Especificação de Tolerâncias
Sistemática de especificação GD&T em Desenhos Mecânicos Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Alguns Fatores Podem definir o Atendimento a Requisitos


Funcionais Mesmo Sem GD&T:

Desenho sem • Orgulho na fabricação: as empresas buscam atender


Linguagem GD&T requisitos mínimos de qualidade (padrões informais);
• Dados estatísticos: variações de processos seguem
metas disseminadas nas empresas;
• Experiência da empresa: o conhecimento das
funcionalidades do produto também pode orientar a
fabricação, além das especificações de desenho;
• Informações complementares: estabelecidas por notas
no desenho mecânico, contrato para fornecimento de
peças, etc;
• Complexidade funcional do produto.

171

Curso Especificação de Tolerâncias


Sistemática de especificação GD&T em Desenhos Mecânicos Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

GD&T é fundamental na
terceirização de processos

A linguagem GD&T permite


especificar mais requisitos
funcionais, maximizar as
tolerâncias e minimizar as
ambiguidades de interpretação

172
Curso Especificação de Tolerâncias
Sistemática de especificação GD&T em Desenhos Mecânicos Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Quando não é necessária a linguagem GD&T?

● Peças
simples (ex.: pinos, arruelas, porcas) não precisam de GD&T pois a tolerância
dimensional já controla a forma (Regra I da ASME);
● Alguns parâmetros de controle dimensional também podem ser especificados sem
utilizar a linguagem GD&T, como por exemplo:
○ Raios tangentes;
○ Determinados passos e degraus;
○ Espessura de parede e de material;
○ Tamanhos de elementos dimensionais com pontos opostos.

173

Curso Especificação de Tolerâncias


Sistemática de especificação GD&T em Desenhos Mecânicos Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Informações a Controlar nas Peças


• Tamanho
• Forma
• Orientação
• Localização

174
Curso Especificação de Tolerâncias
Sistemática de especificação GD&T em Desenhos Mecânicos Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Elementos de controle nas peças


Forma

• Superfície
• Integrais
• Elementos de tamanho
Orientação
Tipos de
controle
• Eixo / linha média Localização GD&T
• Plano médio / superfície
• Derivados
média
• Centro (esfera) Batimento

Perfil
175

Curso Especificação de Tolerâncias


Sistemática de especificação GD&T em Desenhos Mecânicos Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Sistemática de Especificação de Tolerâncias Dimensionais e


Geométricas
Pré-Requisitos à Especificação GD&T:
● Definição preliminar da geometria e dimensões nominais do produto;
● Levantamento dos requisitos funcionais do conjunto e peça a especificar;
● Levantamento da capacidade produtiva (fabricação);
● Levantamento capacidade de controle (medição, inspeção e garantia da qualidade).

176
Curso Especificação de Tolerâncias
Sistemática de especificação GD&T em Desenhos Mecânicos Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

A sistemática recomendada de especificação GD&T é composta de


10 passos:
1. Definir a norma de referência
Passos obrigatórios

2. Especificar as tolerâncias dimensionais para os elementos de


tamanho
3. Especificar os elementos de referência
4. Especificar as tolerâncias geométricas para os elementos de
referência
5. Especificar tolerâncias de localização para todos os elementos
geométricos

6. Refinar as especificações para tolerâncias de orientação


necessário

7. Refinar as especificações para tolerâncias de forma


Quando

8. Especificar tolerâncias para bordas e arestas


9. Especificar tolerâncias de textura superficial Não são foco desse curso!
10. Especificar tolerâncias para defeitos superficiais
IfGPS, Tec-Ease
177

Curso Especificação de Tolerâncias


Sistemática de especificação GD&T em Desenhos Mecânicos Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Passo 1: Definir a norma de referência


Alternativas:
● ISO 1101-2017
○ Norma padronizada a nível internacional (ex.: Brasil)
○ É a norma de referência quando não especificado o contrário
● ASME Y14.5-2018
○ Adotada principalmente por indústrias dos EUA e por seus fornecedores
○ Tem mais recursos para comunicação de requisitos funcionais
● NBR 6409-1997
○ A norma nacional está desatualizada frente a ISO 1101-2017
● Norma interna da empresa
○ Tem que ser baseada na ISO 1101, ASME Y14.5 ou NBR 6409
○ Podem ser incluídas especificações complementares não previstas nas normas ISO ou
ASME
178
Curso Especificação de Tolerâncias
Sistemática de especificação GD&T em Desenhos Mecânicos Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Passo 2: Especificar as tolerâncias dimensionais para os


elementos de tamanho
● Elementos de tamanho possuem pontos opostos (ex.: furos, pinos, rasgos);

● Tolerâncias de tamanho geralmente são especificadas através de tolerâncias dimensionais;

● Requisito funcional típico: montagem - ajuste por folga, interferência, incerto;

● Considerar o requisito de envelope quando houver montagem e o requisito de independência


para os demais casos

179

Curso Especificação de Tolerâncias


Sistemática de especificação GD&T em Desenhos Mecânicos Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

EXEMPLO:
Montagem com folga entre furo e pino e requisitos estéticos de alinhamento para
as faces laterais da peça

Especificações conforme ISO 8015-2011 e ISO 1101-2017


A menos que especificado o contrário: Dimensões em milímetros

180
Curso Especificação de Tolerâncias
Sistemática de especificação GD&T em Desenhos Mecânicos Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Passo 3: Especificar os elementos de referência


● Os elementos de referência geralmente são definidos considerando requisitos funcionais de
montagem ou de alinhamento;
● Elementos de referência que imobilizam orientações da peça deveriam possuir dimensões
suficientes para uma boa estabilidade das referências;
● A referência primária geralmente é aquela que dita o ângulo entre as peças ou aquela que
possui o maior contato físico com as contra-peças;
● A referência secundária depende da definição da referência primária;
● A referência terciária depende da definição das referências anteriores;
● Peças complexas requerem em geral mais de um sistema de referências.

💬 Importante

Uma adequada definição das referências é essencial para que a especificação GD&T
possa agregar valor!
181

Curso Especificação de Tolerâncias


Sistemática de especificação GD&T em Desenhos Mecânicos Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

EXEMPLO: Especificação das referências A, B e C

Especificações conforme
ISO 8015-2011 e ISO 1101-2017
A menos que especificado o
contrário: Dimensões em
milímetros
182
Curso Especificação de Tolerâncias
Sistemática de especificação GD&T em Desenhos Mecânicos Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Passo 4: Especificar as tolerâncias geométricas para os elementos


de referência
● Controlar a forma do elemento de referência primário
● Controlar o elemento de referência secundário em relação ao primário
● Controlar o elemento de referência terciário em relação aos anteriores
● Para elementos superficiais planos
○ Ref 1ª: Considerar o uso de
○ Ref 2ª: Considerar o uso de
○ Ref 3ª: Considerar o uso de ou
● Para elementos de tamanho (ex.: furo, pino, rasgo, etc.):
○ Ref 1ª: O tamanho por envelope já controla o desvio de forma (pode ser necessário
refinar a tolerância);
○ Ref 2ª: Considerar o uso de
○ Ref 3ª: Considerar o uso de ou
183

Curso Especificação de Tolerâncias


Sistemática de especificação GD&T em Desenhos Mecânicos Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Definição das tolerâncias para as referências:


● A tolerância de forma da referência primária é frequentemente determinada pela capacidade de
fabricação obtida para o custo exigido pelo cliente;
● Considerar a tolerância da referência secundária 3x a tolerância da referência primária;
● Considerar a tolerância da referência terciária 9x a tolerância da referência primária.

Obs.: As tolerâncias acima seguem regras empíricas e podem ser ajustadas por cálculos de
casamento entre peça e contra-peça e considerações de custo.

184
Curso Especificação de Tolerâncias
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EXEMPLO: Especificação das tolerâncias para as


referências A, B e C

Especificações conforme
ISO 8015-2011 e ISO 1101-2017
A menos que especificado o contrário:
Dimensões em milímetros
185

Curso Especificação de Tolerâncias


Sistemática de especificação GD&T em Desenhos Mecânicos Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Passo 5: Especificar tolerâncias de localização p/ todos os


elementos
Todos os elementos geométricos devem possuir pelo menos uma tolerância de localização (em
relação às respectivas referências funcionais)

Seleção dos tipos de controle para elementos de tamanho:

Se cilíndrico e coaxial à referência: considerar

Para os demais: utilizar

Seleção dos tipos de controle para elementos superficiais:

Considerar o uso de uma tolerância geral de perfil de superfície para localizar todas as superfícies

Refinar se necessário com ou para características individuais

Refinar se necessário com tolerância de localização com menos restrições aos graus de liberdade nas
referências

O valor tolerado depende muitas vezes da análise de montagem para peça e contra-peças
186
Curso Especificação de Tolerâncias
Sistemática de especificação GD&T em Desenhos Mecânicos Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

EXEMPLO: Especificação das tolerâncias de localização


(p/ o furo e geral)

Especificações conforme
ISO 2011-1985 e ISO 1101-2017
A menos que especificado o contrário:
Dimensões em milímetros
Dimensões não toleradas são básicas

187

Curso Especificação de Tolerâncias


Sistemática de especificação GD&T em Desenhos Mecânicos Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Passo 6: Refinar as especificações com tolerâncias de orientação


(quando necessário)
● Tolerâncias de localização também controlam a orientação dos elementos tolerados;
● Logo, tolerâncias de orientação são especificadas quando necessário refinar as tolerâncias de
localização;
● As tolerâncias de orientação devem ser menores que as tolerâncias de localização;
● O valor tolerado depende de análise funcional da peça com relação às variações admissíveis de
forma e orientação

188
Curso Especificação de Tolerâncias
Sistemática de especificação GD&T em Desenhos Mecânicos Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

EXEMPLO: Refinar para tolerâncias de orientação (para o furo)

Especificações conforme
ISO 2011-1985 e ISO 1101-2017
A menos que especificado o contrário:
Dimensões em milímetros
Dimensões não toleradas são básicas

189

Curso Especificação de Tolerâncias


Sistemática de especificação GD&T em Desenhos Mecânicos Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Passo 7: Refinar as especificações com tolerância de forma


(quando necessário)
• Para elementos superficiais:
– Tolerância de forma menor que as tolerâncias de localização e orientação
• Para elementos de tamanho com envelope:
– Desenhos ISO: tolerância de forma menor que as tolerâncias dimensional, de
localização e de orientação
– Desenhos ASME: tolerância de forma menor que as tolerâncias dimensional,
de posição ou batimento
• Para elementos de tamanho sem envelope:
– Desenhos ISO: tolerância de forma menor que as tolerâncias de localização e
orientação
– Desenhos ASME: tolerância de forma menor que as tolerâncias de posição e
batimento
190
Curso Especificação de Tolerâncias
Sistemática de especificação GD&T em Desenhos Mecânicos Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

EXEMPLO: Refinar para tolerâncias de forma (para o furo e faces B e C)

Especificações conforme
ISO 2011-1985 e ISO 1101-2017
A menos que especificado o contrário:
Dimensões em milímetros
Dimensões não toleradas são básicas

191

Curso Especificação de Tolerâncias


Sistemática de especificação GD&T em Desenhos Mecânicos Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

O desenho precisa desta complexidade?

• Um questionamento típico é que a


linguagem GD&T deixa o desenho muito
complexo, fora da realidade.

• Esta complexidade vem da quantidade de


requisitos funcionais que foram
incorporados no desenho.

192
Curso Especificação de Tolerâncias
Sistemática de especificação GD&T em Desenhos Mecânicos Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

• O desenho pode ser simplificado,


mantendo-se o atendimento aos
requisitos funcionais!
• Porém os requisitos de variação
ficam muito mais apertados!

Compromisso entre...

Desenho mais simples


X
Tolerâncias mais apertadas
193

Curso Especificação de Tolerâncias


Sistemática de especificação GD&T em Desenhos Mecânicos Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

EXEMPLO: • Referências absolutas: A e B


• Referência local: C
• Controle de planeza na referência A
• Controle de perpendicularidade na referência
B
• Controle de perfil para a referência C
• Tolerâncias dimensionais para os elementos
de tamanho com montagem
• Todos os demais elementos geométricos
estão localizados por tolerâncias de posição
ou perfil
• Refinamento da especificação da referência C
com tolerância de paralelismo
• Requisito de máximo material nas furações
condizente com requisitos de montagem

194
ESPECIFICAÇÃO DE
REFERÊNCIAS
Capítulo 14

Curso Especificação de Tolerâncias


Especificação de Referências Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Requisitos para Seleção:


São vários os requisitos a serem atendidos simultaneamente pelos elementos
de referência, como por exemplo:

• Compatibilidade com os procedimentos de montagem;


• Tamanho (grande o suficiente);
• Estabilidade dos desvios geométricos;
• Viabilidade de acesso na fabricação e inspeção;
• Viabilidade/facilidade de fabricação e inspeção.

O requisito funcional de montagem geralmente é o primeiro a ser considerado


para a definição dos elementos de referência.

196
Curso Especificação de Tolerâncias
Especificação de Referências Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Conflito de Requisitos
Às vezes, um requisito funcional pode entrar em conflito com os demais, como
por exemplo:
-Dificuldade de acesso na fabricação ou inspeção para determinada
característica que se deseja controlar;
-Elementos com ranhuras para o-ring ou com roscas, mesmo sendo
funcionais, são difíceis de se trabalhar na prática.
Nestes casos, às vezes é melhor definir as referências por elementos não
funcionais!
Candidatos substitutos

“Elementos funcionais”
Paul Drake

197

Curso Especificação de Tolerâncias


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Exemplos de Seleção de Elementos de Referência

Neumann

Neumann

198
Curso Especificação de Tolerâncias
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Exemplos de Seleção de Elementos de Referência


Analisar as interfaces de montagem e requisitos funcionais do produto
antes de selecionar os elementos de referência!
A face superior do pino tem que ficar contida
dentro do corpo
A face inferior da cabeça do pino deve se assentar
na face interna do rebaixo, que por sua vez
deveria ser perpendicular ao furo central

O corpo é apoiado na placa pela face inferior


Detalhe da
montagem

James Meadows

O corpo é posicionado pelo furo central e pino, com liberdade de giro


em torno da vertical. O furo central deveria ser perpendicular à face O comprimento da rosca do pino tem que ser suficiente
inferior do corpo. Os diâmetros do pino deveriam se alojar no rebaixo e para a fixação com arruela e porca
furo central do corpo e no furo da placa

199

Curso Especificação de Tolerâncias


Especificação de Referências Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Exemplos de Seleção de Elementos de Referência


Desenho do Pino Desenho do Corpo

A A

Seção A-A

B
A

200
Curso Especificação de Tolerâncias
Especificação de Referências Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Exemplos de Seleção de Elementos de Referência


Considerando a montagem das peças abaixo, os elementos de referência para o
corpo estão representados na página seguinte.

Bloco fixo

1
2
1 2 3
1

Sequência de
montagem: 1-2-3
James Meadows

💬 Nota
Considerar que a placa pode ter uma variação de posição de 3 mm em relação ao bloco fixo!
201

Curso Especificação de Tolerâncias


Especificação de Referências Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Requisitos de montagem
Desenho do Corpo
D

• Mesmos requisitos anteriores, com requisitos


adicionais (abaixo);
• A face superior da placa se assenta na face
inferior do bloco fixo, nivelando todo o conjunto; A A

• O conjunto é alinhado e localizado por uma das


laterais do corpo sobre o bloco fixo;
C
• Outra lateral do corpo localiza o conjunto na
outra direção sobre o bloco fixo (o conjunto é
imobilizado nos seus 6 GL).

Seção A-A B
A

202
Curso Especificação de Tolerâncias
Especificação de Referências Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

EXERCÍCIO
Representar os elementos de referência visando a montagem abaixo
C

Considerar que a chapa é encaixada num B


rebaixo com folga mínima nas laterais e
fixada pelos furos.
A

203

Curso Especificação de Tolerâncias


Especificação de Referências Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Hierarquia para Seleção dos Elementos de Referência


Z

Um bom elemento de referência é aquele


que mais influencia a orientação e a X Y
localização da peça na montagem.
• Por exemplo, a face inferior do cabeçote é
um bom elemento de referência primário
(o cabeçote é nivelado pelo bloco e não
vice-versa, por sua vez a tampa é nivelada
pelo cabeçote e não vice-versa);
• Os furos guias imobilizam os graus de
liberdade restantes do cabeçote;
• Esta escolha coincide com o processo de
montagem (requisito funcional).
Paul Drake

204
Curso Especificação de Tolerâncias
Especificação de Referências Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Especificação por Referenciamento Direto x Indireto:


Considerando a mesma montagem do exercício anterior:

Referenciamento Direto Referenciamento Indireto

James Meadows James Meadows

2 Quadros de tolerância em B! 1 Quadro de tolerância em B!


Tolerância maior em B! Tolerância mais apertada em B!
205

Curso Especificação de Tolerâncias


Especificação de Referências Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Especificação por Referenciamento Direto x Indireto:

● Método direto: seleciona-se um ou mais elementos inter-relacionados como elemento de


referência local e controla-se os demais diretamente em relação ao primeiro;
● O método direto permite maior variação para o processo, aprova mais peças na inspeção e
reduz custos para a empresa;
● Método indireto: outros elementos são utilizados como referência para controlar
indiretamente os elementos inter-relacionados;
● O método indireto simplifica a especificação no desenho e requer um número menor de
parâmetros a inspecionar. Porém requer tolerâncias mais apertadas.

206
Curso Especificação de Tolerâncias
Especificação de Referências Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

EXERCÍCIO:
Considerando as tolerâncias dimensionais da peça e da contra-peça, complete as especificações
nos quadros de tolerância pelo método direto.

0,4 AB

0
f11.00
-0.05

3 A C D
0,1 A

0
f17.70 -0.40 0,4 B

207

Curso Especificação de Tolerâncias


Especificação de Referências Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Referência Definida por Conjunto de Elementos Dimensionais

• A face A imobiliza 3 GL e o conjunto de 4 furos


centra e alinha a peça;
• A posição entre furos é controlada por um
dispositivo com 4 pinos

ASME Y14.5M Pinos na CV Face de apoio


dos furos B em A

• Para fixações auto-centrantes que não exigem tolerâncias


Aplicações: apertadas;
• Para aumentar a rigidez em produtos que sofrem grandes esforços,
prolongando a vida útil do produto.

208
Curso Especificação de Tolerâncias
Especificação de Referências Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Referência Definida por Conjunto de Elementos Dimensionais

• É válido chamar no QT referências RFS formada por 2 elementos. Não há suporte de norma
para mais de dois elementos em RFS;
• No caso de eixos, sugere-se que a solução de projeto considere a referência no eixo comum
quando a distância média entre os elementos for bem maior que a distância individual dos
mesmos (ex.: razão > 3).
Fonte: Walter Jorden

Eixo comum A-B

ASME Y14.5M

209

Curso Especificação de Tolerâncias


Especificação de Referências Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Especificação de Referências para Superfícies Complexas

Há duas opções de especificação:

• Referência estabelecida pelo modelo 3D


através de uma nota na legenda do desenho;
• Especificação de locais de referência com
coordenadas RPS (Reference Point System)

210
Curso Especificação de Tolerâncias
Especificação de Referências Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Referências Funcionais x Referências de Processo


Desenhos de processo:
Têm como objetivo orientar os processos de fabricação – logo as referências de
processo são apresentadas no desenho, assim como as referências funcionais.

Desenhos de produto acabado:


• Têm como objetivo informar as especificações que asseguram o atendimento dos
requisitos funcionais.
• Orientam os processos de fabricação, inspeção e montagem;
• Deve-se evitar ao máximo a seleção de elementos de referência não funcionais;
• Quando projetistas ou engenheiros de produto selecionam os elementos de
referência pensando em como a peça será fabricada:
• Geralmente são suposições – não necessariamente o processo será o mesmo
• Se o processo de fabricação mudar – serão alteradas as referências?
• Os requisitos funcionais da peça podem não ser atingidos
• Os requisitos funcionais do produto não mudam com os processos.
211

Curso Especificação de Tolerâncias


Especificação de Referências Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Elementos de Referência Temporários e Permanentes


Alguns processos (ex.: fundição, forjamento) podem requerer elementos de referência
temporários, que podem ser ou não removidos nas etapas posteriores de fabricação;
• Elementos de referência permanentes não deveriam ser alterados
significativamente nas operações posteriores.
• O uso de elementos de referência temporários ou não funcionais exige maiores
investimentos:
– Os processos deveriam gerar estes elementos com menores desvios de forma
e melhor acabamento do que realmente seria necessário;
– O uso de elementos não funcionais requer o controle dos mesmos em relação
aos elementos funcionais.

212
ESPECIFICAÇÃO DOS
TIPOS DE CONTROLE
Capítulo 15

213

Curso Especificação de Tolerâncias


Especificação dos tipos de controle Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Seleção dos Tipos de Controle

A seleção dos tipos de controle depende diretamente dos requisitos funcionais do produto

● Seguir a sistemática proposta no curso, lembrando que:


○ Regra 1 ASME: Tamanho controla forma
○ Tolerância de localização controla orientação
○ Tolerância de orientação pode controlar forma

Todos os elementos devem ter tolerância de localização


(individual ou geral).
Todos os elementos dimensionais devem ter tolerâncias de
tamanho (individual ou geral).

214
Curso Especificação de Tolerâncias
Especificação dos tipos de controle Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Seleção dos Tipos de Controle

É muito comum o refinamento das


especificações em projetos sensíveis ao fator
custo
Permite maximizar as tolerâncias em cada
nível de controle

Diferentes tipos
de controle

Diferentes
referências

215

Curso Especificação de Tolerâncias


Especificação dos tipos de controle Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Quando Especificar Tolerâncias de Forma?

● Elementos de referência: os desvios de forma afetam as origens e orientações funcionais


da peça.
● Elementos não de referência: somente quando há algum risco da superfície ser fabricada
com desvios de forma severos o suficiente para causar problemas nas operações de
fabricação seguintes, na inspeção, na montagem ou no desempenho funcional do produto.
● Aplicações típicas:

○ Planeza de faces de referência primária;


○ Planeza de uma superfície de vedação;
○ Planeza de uma superfície de dissipação de calor;
○ Cilindricidade das superfícies cilíndricas de um rolamento;
○ Formas livres: controladas por tolerância de perfil.
216
Curso Especificação de Tolerâncias
Especificação dos tipos de controle Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

EXERCÍCIO – Utilizar GD&T no desenho Pão de Forma

217

Curso Especificação de Tolerâncias


Especificação dos tipos de controle Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

5.3 Especificação de Raios

Raios não são considerados elementos de tamanho por não


possuírem pontos opostos (ângulo menor que 180 graus);
A
Se o raio é importante, deve-se evitar o posicionamento do
centro com cotas lineares. O uso de tolerância de posição do
centro não é permitido na ASME;
Solução é o uso de tolerâncias de perfil.
B

Exercício:
Converter a
especificação
ao lado para GD&T C

💬 Nota
raios de arredondamento de cantos são
especificados através de arestas!
218
Curso Especificação de Tolerâncias
Especificação dos tipos de controle Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Posição x Concentricidade x Batimento x Perfil de Superfície

• Posição (*): localização do eixo ou linha


A escolha depende média do cilindro tolerado. Não controla
diretamente dos forma na ASME. Controla forma na ISO.
parâmetros a controlar! • Coaxialidade/concentricidade (*):
localização da linha média. Controla a
forma da linha média na ISO e na ASME.
• Batimento circular: Localização das seções
transversais do cilindro. Controla também a
circularidade.
0,1 A- • Batimento total: Localização da superfície
B
cilíndrica. Controla a cilindricidade.
• Perfil de superfície: Localização da
superfície cilíndrica. Controla a
cilindricidade e o diâmetro.
(*): há diferenças entre ISO e ASME!

219

Curso Especificação de Tolerâncias


Especificação dos tipos de controle Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

• Batimento:
– Controle de superfícies de revolução (cilindro, cone, plano, esfera)
– Muito utilizado quando se quer evitar problemas de desalinhamento ou
desbalanceamento em montagens de precisão
– Útil também no controle de ranhuras O-ring
– Batimento total controla melhor a forma, porém a inspeção é mais trabalhosa
• Perfil de superfície:
– O diâmetro também é controlado (quando em dimensão básica), além de todos os
parâmetros controlados pelo batimento total
– A inspeção é mais trabalhosa que o batimento total
• Concentricidade (ASME): Pouco usual, pois o tamanho por envelope já controla a retitude da
linha média. Geralmente prefere-se usar Posição.
• Coaxialidade (ISO): Tem a mesma interpretação da Posição para elementos coaxiais.
Geralmente se representa Coaxialidade.

220
ESPECIFICAÇÃO DE
MODIFICADORES
Capítulo 16

221

Curso Especificação de Tolerâncias


Especificação de modificadores Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Quando Utilizar Requisito de Máximo Material (MMR):


• Quando a principal intenção de projeto é a montagem com folga, sem
requisito de posicionamento ou ajuste entre os elementos dimensionais;

Posição do furo maior folgada em


relação ao pino, com tolerância
dimensional aberta e sem requisito
de ajuste – uso de MMR junto à
Neumann tolerância de posição.

• Utilizado para elementos roscados para legitimizar o uso de calibradores


funcionais (bônus e mobilidade são pequenos e difíceis de mensurar).
• MMR é usado junto à indicação de referências quando é previsto ou
permitida a mobilidade ou ajustagem na montagem.

222
Curso Especificação de Tolerâncias
Especificação de modificadores Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Quando Utilizar Requisito de Máximo Material (MMR):


• Consequências do uso de MMR:
– Mais variação para os processos (bônus e mobilidade);
– As peças que montam tendem a ser aprovadas na inspeção;
– MMR junto à tolerância: os elementos de casamento
de peça e contra-peça podem ficar descentralizados;
Cabeça
parafuso

– MMR junto à referência: deslocamento entre peça


e contra-peça (crítico para balanceamento).

223

Curso Especificação de Tolerâncias


Especificação de modificadores Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

EXERCÍCIO:

Especificar referências e
tipos de controle ASME Y14.5M

224
Curso Especificação de Tolerâncias
Especificação de modificadores Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Quando Utilizar o Requisito de Mínimo Material (LMR)


Quando a principal preocupação é a garantia de presença de material e não a
montagem. Aplicações típicas:
– Garantir material suficiente nas operações seguintes de processo;
– Proteger a espessura mínima de parede de elementos dimensionais
(ex.: passagem de fluido, alívio de peso);

225

Curso Especificação de Tolerâncias


Especificação de modificadores Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Quando Utilizar o Requisito de Mínimo Material (LMR)


Outra aplicação de LMR: requisito de posicionamento de elemento dimensional
com folga mínima.
Ex.: montagem da bucha por Ex.: posicionamento de porca a soldar
ajuste no furo maior por elemento piloto

Neumann
Neumann

Em ambos os exemplos, a tolerância de tamanho também afeta a localização do elemento


(bucha, porca) - uso de LMR (RFS aceito) junto à tolerância dos furos posicionadores.

226
Curso Especificação de Tolerâncias
Especificação de modificadores Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Quando Utilizar RFS


• Pode ser utilizado para qualquer aplicação, entretanto muitas vezes o uso de MMC ou
LMC é mais adequado;
• Aplicações típicas voltadas à necessidade de centragem de peça e contra-peça (ex.:
balanceamento, uniformidade de folga, etc.);
• Interfaces de montagem auto-centrantes:
– Ajustes por interferência;
– Cone Morse;
– Rebaixo para parafusos de cabeça plana;
– Elementos elásticos (ex.: O-ring);
– Interfaces ajustáveis de montagem – peça e contra-peça centradas entre si por
parafuso de ajuste.
• Alguns tipos de controle exigem o uso de RFS para o elemento tolerado (ex.: batimento,
perfil, circularidade, etc.);
• RFS não possibilita o uso de gabaritos funcionais. 227

Curso Especificação de Tolerâncias


Especificação de modificadores Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Quando Utilizar Zona de Tolerância Projetada


• Geralmente utilizada para furos roscados ou lisos que receberão um parafuso ou
pino que se estende para fora do furo;
• A preocupação do projetista é garantir que a parte do parafuso ou pino fora do
furo não cause interferência na montagem com a contra-peça.

228
Curso Especificação de Tolerâncias
Especificação de modificadores Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Consequências da Não Utilização dos Modificadores


Modificador Consequências
•Bônus de tolerância e/ou mobilidades não são aproveitados
Máximo Material M
•Peças conformes podem ser rejeitadas
•Bônus de tolerância e/ou mobilidades não são aproveitados
Mínimo Material L •Peças conformes podem ser rejeitadas
Princípio de •Problemas na montagem
Envelope E •Peças não conformes podem ser aprovadas
•Problemas na montagem
Tolerância •Peças não conformes podem ser aprovadas
projetada P
•Peças conformes podem ser rejeitadas

Plano tangente T •Peças conformes podem ser rejeitadas

•Fixação inadequada da peça durante a medição


Estado Livre F •Peças não conformes podem ser aprovadas
•Peças conformes podem ser rejeitadas
229

ESPECIFICAÇÃO DE
FILTROS
Capítulo 17
Curso Especificação de Tolerâncias
Especificação de filtros Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Classificação dos desvios de conformação

231

Curso Especificação de Tolerâncias


Especificação de filtros Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Sobreposição dos desvios de conformação

Perfil bruto

Desvio de forma

Ondulação

Rugosidade
232
Curso Especificação de Tolerâncias
Especificação de filtros Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Motivos para Filtragem


No passado:
• Eliminação de ondas pequenas
• Eliminação dos efeitos de vibração

Hoje:
• Eliminação de ruídos
• Permitir comparação entre resultados de
diferentes instrumentos de medição (ex.: medição
de forma)
• Determinar somente o valor característico do erro
• Determinar a forma real do mensurando
Motivos para filtragem

233

Curso Especificação de Tolerâncias


Especificação de filtros Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Efeito da Frequência de Corte do Filtro

Sinal com frequências


wA=150 OPR e
wB=15 OPR

Efeitos do wc do filtro nas


atenuação do sinal:
• P/ wc= 500 OPR: não afeta o sinal
• P/ wc= 150 OPR: ½ ampl. (wA) e não atenua
(wB)
• P/ wc= 50 OPR: elimina wA e não atenua (wB)
• P/ wc= 15 OPR: elimina wA e ½ ampl. (wB)

234
Fonte: VDI/VDE-2631-3
Curso Especificação de Tolerâncias
Especificação de filtros Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Relação entre o Diâmetro da Peça e o Filtro

235

Curso Especificação de Tolerâncias


Especificação de filtros Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Normas ISO relacionadas a filtros:


• ISO/TS 16610-1 - Filtration -- Overview and basic concepts
• ISO/TS 16610-20 - Filtration -- Linear profile filters: Basic concepts
• ISO/TS 16610-22 - Filtration -- Linear profile filters: Spline filters
• ISO/TS 16610-29 - Filtration -- Linear profile filters: Spline wavelets
• ISO/TS 16610-30 - Filtration -- Robust profile filters: Basic concepts
• ISO/TS 16610-32 - Filtration -- Robust profile filters: Spline filters
• ISO/TS 16610-40 - Filtration -- Morphological profile filters: Basic concepts
• ISO/TS 16610-41 - Filtration -- Morphological profile filters: Disk and horizontal line-segment filters
• ISO/TS 16610-49 - Filtration -- Morphological profile filters: Scale space techniques

236
Curso Especificação de Tolerâncias
Especificação de filtros Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

E QUANDO O FILTRO NÃO É CONHECIDO:


• A informação do filtro depende de requisitos funcionais do produto – consultar cliente,
engenharia de produtos, etc;
• Se após a consulta acima, a informação ainda não estiver disponível, sugere-se adotar filtro ISO
GAUSS 50% com 500 OPR (é conservativo para a maioria das aplicações!);
• Se o desvio avaliado com o filtro acima é muito alto frente à tolerância de forma, recomenda-se
então uma análise espectral para determinar as frequências relevantes
 Neste caso, a peça deverá ser medida com f apalpador pequeno e alta densidade de
pontos (ex.: f 1 mm e 10500 ptos)
 Requer experiência do operador na interpretação do espectro de frequência
 O filtro utilizado será o ISO GAUSS 50%, com uma frequência de corte tal que remova
somente ruídos de alta frequência
• O uso de filtros para eliminação de determinadas frequências do sinal somente é admissível se as
origens dessas frequências são conhecidas e sua eliminação não prejudica a função da peça.
• Isto deveria ser garantido e documentado com inspeções adequadas (ex.: medição de vibração no local
onde se encontra a máquina de medir). 237

Curso Especificação de Tolerâncias


Especificação de filtros Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Frequências de Corte Padronizadas para Avaliação de Forma e


Número de Pontos Relacionados:

Retitude
0,08; 0,25; 0,8 ; 2,5 e 8
(Comprimento de corte em mm)

Circularidade No pontos medição


(Frequência de corte em OPR) (Recomendado / Mínimo)
15 105 / 30
50 350 / 100
150 1050 / 300
500 3500 / 1000
1500 10500 / 3000 238
Curso Especificação de Tolerâncias
Especificação de filtros Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Sobreposição dos filtros


ondas por volta

5 ondas por 50 ondas por


volta volta

15 ondas por
volta 239

Curso Especificação de Tolerâncias


Especificação de filtros Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Símbolos Adicionais Definidos na Nova Norma ISO 1101

Descrição Símbolo
Zona Comum (Combined Zone) CZ
Zona Separada (Separate Zone) SZ
Zona de Tolerância Desigual com Offset Especificada UZ

Zona de Tolerância Desigual com Offset Linear Não Especificada (Offset Zone) OZ

Zona de Tolerância Desigual com Offset Angular Não Especificada (Variable Angle) VA

Especificação Associados ao Elementos Tolerado Símbolo


Elemento por Aproximação Minimax (Chebyshev) C
Elemento por Mínimos Quadrados G
Mínimo Elemento Circunscrito N
Máximo Elemento Inscrito X

240
Curso Especificação de Tolerâncias
Especificação de filtros Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Símbolos Adicionais Definidos na Nova Norma ISO 1101


Elementos Associados à Características (Forma)

Descrição Símbolo
Elemento por Aproximação Minimax (Chebyshev)Sem Restrição C

Elemento por Aproximação Minimax (Chebyshev) Com Restrição Externa de Material CE

Elemento por Aproximação Minimax (Chebyshev) Com Restrição Interna de Material CI

Elemento de Mínimos Quadrados (gaussianos) Sem Restrições G

Elemento de Mínimos Quadrados (Gaussian) Com Restrição Externa de Material GE

Elemento de Mínimos Quadrados (gaussianos) Com Restrição Interna de Material GI

Mínimo Elemento Circunscrito N


Máximo Elemento Inscrito X

241

Curso Especificação de Tolerâncias


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Símbolos Adicionais Definidos na Nova Norma ISO 1101


Elementos de Especificação de Parâmetros

Descrição Símbolo
Variedade total de desvios T

Altura do pico P
Profundidade do vale V
Desvio padrão Q

242
Curso Especificação de Tolerâncias
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Resumo do Tipo de Especificação por Elemento Tolerado

Tipo de Elemento C G N T X
Linha Reta Sim Sim Sim

Plano Sim Sim Sim


Circulo Sim Sim Sim Sim
Cilindro Sim Sim Sim Sim

Cone Sim Sim


Toro Sim Sim

Elemento de Tamanho: 2 Planos Paralelos Sim Sim Sim Sim Sim

243

Curso Especificação de Tolerâncias


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Especificações Associadas aos Elementos Tolerados

a) Referência H a) Referência D
b) Elemento real b) Elemento real
c) Elemento minimax (Chebyshev) (Elemento c) Elemento associado por mínimos quadrados
tolerado) (gaussianos) (Elemento Tolerada) 244
Curso Especificação de Tolerâncias
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Especificações Associadas aos Elementos Tolerados

a) Referência A a) Referência A
b) Referência B b) Referência B
c) Elemento real c) Elemento real
d) Menor elemento circunscrito d) Maior elemento inscrito
e) Zona de tolerância e) Zona de tolerância
f) Elemento tolerado (linha central para d) f) Elemento tolerado (linha central para d) 245

Curso Especificação de Tolerâncias


Especificação de filtros Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Especificações Associadas aos Elementos Tolerados


a) Elemento tolerado.
b) Distâncias máximas minimizadas.
c) Linha reta associada Minimax (Chebyshev) sem restrições
adicionais – a característica de referência com o modificador “C”.
d) Fora do material.
e) Dentro do material.
f) Ponto de contato entre o Elemento associado e o Elemento
tolerado.
g) Linha reta associada Minimax (Chebyshev) com a restrição
externa ao material - a característica de referência com o

modificador “CE”.
h) Minimax (Chebyshev) linha linear associada com a restrição
interna ao material – a característica de referência com o
modificador “CI”. 246
Curso Especificação de Tolerâncias
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Especificações Associadas aos Elementos Tolerados


a) Elemento tolerado.
b) Minimax (Chebyshev) ou linha de mínimos
quadrados (gaussianos) associada, sem
restrições adicionais (característica de
referência).
c) Fora do material.
d) Dentro do material.
e) Parâmetro Altura do Pico (P).
f) Parâmetro da profundidade do vale (V).
g) Parâmetro de altura total (T), = P + V.

247

Curso Especificação de Tolerâncias


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Especificações Associadas aos Elementos Tolerados

a) Elemento de tamanho tolerada. a) Elemento de tamanho tolerado.


b) Elemento de tamanho associado b) Elemento de tamanho associado
(maximizado). (minimizado).
c) Distância equalizada, em caso de e) Elemento de tamanho mínimo
associação instável. circunscrito.
d) Elemento de tamanho máximo inscrita.

248
Curso Especificação de Tolerâncias
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Especificações Associadas aos Elementos Tolerados - Filtros

249

Curso Especificação de Tolerâncias


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Especificações Associadas aos Elementos Tolerados - Filtros

250
Estudo de Caso
Capítulo 18

Curso Especificação de Tolerâncias


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Máquina de Corte a Laser de Etiquetas


(Cortesia de Automatisa)

Automatisa

252
Curso Especificação de Tolerâncias
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Sistema de Visão da Máquina


• Reconhecimento automático dos contornos das
etiquetas a serem recortadas
• Componentes principais:
Bloco de
Conjunto referência
sensor
Bloco secundário
Borrachas

Lente

Vidro de vedação
Suporte
lâmpadas
Fixador cabos

Lâmpadas Chapa fixação


do vidro

253

Curso Especificação de Tolerâncias


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O conjunto é preso por


parafusos numa tampa,
que por sua vez é fixada na
máquina de corte

254
Curso Especificação de Tolerâncias
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Objeto de Estudo: Bloco de Referência

• Peça fundamental no sistema de visão


• Posiciona os principais componentes do sistema de visão
• Fixa o conjunto na máquina de corte
• Permite a vedação contra poeira

255

DESENHO PRELIMINAR

256
Curso Especificação de Tolerâncias
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257

Curso Especificação de Tolerâncias


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(2x) CZ

157
Curso Especificação de Tolerâncias
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DETALHE D

DETALHE A
(2x)

259

Curso Especificação de Tolerâncias


Estudo de Caso Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Outras oportunidades de melhoria

● Requisito de máximo material para as tolerâncias de posição dos furos roscados


● Sequência de referências nos quadros de tolerância conforme requisitos funcionais
● Especificações diretas (locais)
● Especificações refinadas (tipos de controle)
● Otimização de tolerâncias através de análise / síntese de tolerâncias e uso da condição
virtual
● Definição de sistema de referência para as cotas lineares sujeitas à tolerância geral

260
Curso Especificação de Tolerâncias
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Interfaces de Montagem do Bloco de Referência


Tampa de fixação na máquina:
•Face superior (A)
Bloco secundário: (borrachas na interface)
• Abas frontais (2) •Abas frontais
• Faces frontais D (2) •Furos roscados (2)
(borrachas na interface) Conjunto sensor:
• Furos roscados (4) • Face superior de apoio (2x)
• Face frontal de apoio
• Face lateral esquerda
• Furos roscados (2)

Lente:
• Face frontal (B)
(interface: lente/borracha/ Suporte lâmpadas:
bloco secundário) • Face inferior
• Aba inferior (borracha na interface)
• Apoio face esquerda • Furos roscados (3)

261

Curso Especificação de Tolerâncias


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Análise dos requisitos funcionais dos elementos de interface


Referências
Requisitos Importância dos
Interface Elemento GL Imob. (1ª/2ª/3ª) / Especificação Justif. Especif.
Funcionais GL Imob.
(Local/Abs)

Face superior (A)


Listar os graus de liberdade imobilizados e por

Bloco Ref /
escolha) considerando: tipo de controle, forma da ZT,
cada elemento das interfaces, classificando-os

Justificar a escolha das especificações (ou a não


reproduzindo aqui os quadros de tolerância (tipo
de controle, forma da zona de tolerância, valor tolerado,
Utilizar este campo para documentar a escolha
Listar os requisitos funcionais relacionados a

Listar os impactos de eventuais variações nos

Tampa Fix Abas frontais


Definir as especificações de cada elemento
dos elementos de referência, da hierarquia

Máquina
graus de liberdade imobilizados sobre os

Furos roscados
conforme as necessidades levantadas

valor tolerado, modificadores e referências)


qual dos elementos da interface

requisitos funcionais do produto

Face sup apoio


(1ª/2ª/3ª) e o tipo de referência
conforme a importância

Bloco Ref /
modificadores e referências)

Face frontal apoio


Conjunto
Sensor Face lateral esq
Furos roscados
Bloco Ref / Face inferior
Suporte
Lâmpadas Furos roscados

Face frontal (B)


Bloco Ref /
Aba inferior
Lente
Apoio face esq
Abas frontais
Bloco Ref /
Bloco Faces frontais (D)
Secundário 262
Furos roscados
Curso Especificação de Tolerâncias
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Definição dos elementos de referência

GL Imobiliz Importância dos GL Referências


Interface Elemento Requisitos funcionais (1ª/2ª/3ª) /
(Bloco Ref) Imobilizados
(Local/Absoluta)

•Contato mecânico •OX •OX, OY: não significativo à faixa


Face superior de trabalho do sensor
•Fixação estável •OY Ref 2ª Local
(A)
•Vedação •TZ •TZ: idem

•Contato bloco ref - bloco •OZ: importante - afeta o


Abas frontais sec - tampa •OZ alinhamento funcional
Bloco Ref / Ref 1ª Local
(E) •Lente, sensor e máq •TY •TY: não significativo à faixa de
Tampa
Fixação alinhados OZ trabalho do sensor
Máquina

•Fixação estável Ref substituta:


Furos •Casamento das furações •TX: não significativo à faixa de
•TX
roscados •Bloco e tampa centrados trabalho do sensor Plano médio C
em X (req secundário) Ref 3ª / Local

* OX, OY, OZ: Orientação em torno dos eixos X, Y, Z * TX,TY, TZ: translação em X, Y, Z
263

Curso Especificação de Tolerâncias


Estudo de Caso Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Definição das referências absolutas


Montagem / Acesso / Facilidade Desvio
Candidatos Dimensão TOTAL
Função Fabricação e Inspeção Forma
Face superior (A) 3 2 3 2 10

Face sup apoio sensor 2 1 1 1 5


Face inf apoio sup lâmpada 2 1 3 2 8
Abas frontais 3 3 3 2 11
Face frontal B 2 2 2 2 8
Faces frontais D 2 3 3 3 11
Plano médio C 2 1 3 1 7
Face lateral apoio lente 2 1 1 2 6
Face lateral apoio sensor 2 1 1 2 6

Ref 1ª: Abas frontais E (desempate: req funcionais)


Ref 2ª: Face superior A
Ref 3ª: Plano médio C

264
Curso Especificação de Tolerâncias
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Definição dos tipos de controle


Elemento Especificação Justificativa Especificação
Abas frontais •Planeza: referência primária (absoluta e local)
0,03 CZ (2x)
(E) •CZ: Referência é definida nas 2 faces simultaneamente
Face superior •Perpendicularidade: controle Ref 2ª abs / 1ª abs - afeta a montagem na tampa
0,05 E e a fixação entre os blocos
(A)
•Perpendicularidade: controle Ref 3ª abs / Ref 1ª abs e 2ª abs. Afeta a origem
Plano médio (C) 0,07 E A lateral dos elementos - importante para o posicionamento entre-furos do
conjunto bipartido

•Posição: a montagem dos 2 blocos na tampa requer controle da localização


dos furos em relação às referências absolutas, pois o conjunto é bipartido. Pelo
procedimento de montagem, OX vem da Ref E e OY vem da Ref A
Furos roscados •Nota: não se refinou a especificação p/ posição entre-furos porque a furação
F 0,2 P E AC
(face A) do conjunto está distribuída em 2 peças
•MMC: bônus devido a montagem dos parafusos
•Zona de tolerância projetada: altura da base da tampa até o alojamento da
cabeça do parafuso
265

DESENHO FINAL

266
Curso Especificação de Tolerâncias
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LE

A menos que especificado o contrário, as dimensões estão relacionadas às referências


E (primária), A (secundária) e C (terciária)

267

ESPECIFICAÇÃO
DE TOLERÂNCIAS
Capítulo 19

268
Curso Especificação de Tolerâncias
Especificação da tolerância Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Tolerâncias - interface entre o projeto e a fabricação

Tolerâncias
Apertadas Abertas

Requisitos típicos de
Impactos na produção
projeto
Requisitos • Custo de produção
• Ajustes e funcionalidade
Concorrentes • Seleção do processo
• Atendimento às expectativas dos • Máquinas-ferramenta
clientes • Habilidade do operador
• Redução de tamanho e aumento de • Ferramental, dispositivos de fixação
funções (tolerâncias mais estreitas) • Custo de inspeção
• Robustez às variações • Montabilidade
• Custo das modificações de projeto • Refugo e retrabalho
269

Curso Especificação de Tolerâncias


Especificação da tolerância Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

TOLERÂNCIA E CUSTO
• A tolerância ótima é aquela que minimiza o custo total considerando os custos de
produção e o atendimento aos requisitos de projeto.

• As tolerâncias orientam a seleção dos processos, que


por sua vez, estabelecem o custo de produção
• As capacidades dos processos selecionados
(fabricação e inspeção) afetam diretamente o custo
de falhas
• O custo de falhas também é afetado pela qualidade
das especificações e pelo risco econômico das falhas
• O custo de modificações de projeto depende
diretamente das tolerâncias, da experiência da
equipe e do nível de utilização da linguagem GD&T
Angela pela empresa
Trego

270
Curso Especificação de Tolerâncias
Especificação da tolerância Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

TOLERÂNCIA E CUSTO NA MONTAGEM


• Muitas vezes, a otimização das tolerâncias envolve peças distintas que montam
formando um conjunto
• Peça 1 tem tolerância T1 e custo C1...
• As curvas C1, C2 e C3 dependem dos
processos selecionados para cada peça
• O objetivo é minimizar o custo total,
aumentando-se ao máximo as tolerâncias das
peças individuais, porém, respeitando-se a
tolerância de montagem
• Assim, o aumento em uma tolerância requer a
redução em outras
• Nota-se que uma redução em T3 permite
aumentar T1 ou T2 e reduzir o custo total

Kenneth W. Chase
Paul Drake 271

Curso Especificação de Tolerâncias


Especificação da tolerância Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Considerações gerais para especificação do valor


tolerado
Todas as tolerâncias deveriam ser especificadas no desenho,
através de tolerâncias individuais ou gerais.

Nota: dimensões e geometrias nominais podem estar implícitas no


desenho (ex.: linhas de simetria, elementos paralelos ou
perpendiculares), mas as tolerâncias não!

Características não significativas:


• Não impactam os requisitos funcionais do produto
• As tolerâncias podem ser especificadas por meio de tolerâncias gerais
272
Curso Especificação de Tolerâncias
Especificação da tolerância Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

ESPECIFICAÇÃO DAS TOLERÂNCIAS GERAIS

Representações típicas

1. Indicação por uma nota próxima à legenda do desenho (típico em desenhos ISO e ASME)
2. Indicação citando norma de referência, ex.: ISO 2768 (ISO)
3. Indicação direta por meio de uma tabela (ISO)
4. Indicação conforme o número de casas decimais (ASME)
5. Especificação geral de perfil de superfície (ASME)

273

Curso Especificação de Tolerâncias


Especificação da tolerância Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Exemplos de indicação de tolerâncias gerais


Ex. 1:

Ex. 2: General tolerances


ISO 2768-mH

Ex. 3:
Tolerâncias gerais: xxx

Ex. 4:
A menos que especificado o contrário:
-Dimensões em mm
Ex. 5: -Dimensões não toleradas são básicas

274
Curso Especificação de Tolerâncias
Especificação da tolerância Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Esquema Geral para Cotas Significativas


Levantamento dos requisitos Os requisitos funcionais do produto são previamente
funcionais do produto levantados e quantificados (QFD, FMEA, DOE, etc.)

Seleciona-se como processos pilotos aqueles com as


Seleção dos processos pilotos maiores variações típicas e que potencialmente ainda
atendam aos requisitos funcionais
Definição preliminar das
tolerâncias dimensionais As tolerâncias podem ser definidas a partir de:
• Valores pré-definidos (requisitos de normas, legais, de
Ajustes e validação das clientes, funcionais, ajustes, etc)
tolerâncias dimensionais – • Balanceamento de requisitos de projeto e produção
análise / síntese / simulação (visando o menor custo total)
• Variações típicas dos processos, considerando um
Conversão para tolerâncias determinado no sigma (ex.: 3 sigma)
geométricas
275

Curso Especificação de Tolerâncias


Especificação da tolerância Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

PROJETOS 6 SIGMA
O número sigma é bastante utilizado em geral para a definição de tolerâncias e seleção de
processos.

LIE LSE

No sigma = 0,5.IT / 

onde:
• IT = LSE-LIE
• LSE = Limite superior especificado
• LIE = Limite inferior especificado
IT •  = desvio padrão do processo

276
Curso Especificação de Tolerâncias
Especificação da tolerância Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

PROJETOS 6 SIGMA
● A escolha do número sigma depende do posicionamento estratégico da empresa no mercado
(historicamente se tem utilizado 3 sigma, que dá 99.73% de peças conformes);
● Aumento do no sigma: melhora a confiabilidade do produto, diminui a necessidade de ensaios e
inspeções, são reduzidos o trabalho real, tempos de produção e custos e é aumentada a
satisfação dos clientes.

No Sigma Defeitos(PPM) Custo da Qualidade Aplicação

6 3.4 <10% vendas Classe mundial


5 233 10-15% vendas
4 6210 15-20% vendas Indústria mediana
3 66807 20-30% vendas
2 308537 30-40% vendas Não competitivo
1 690000
277

Curso Especificação de Tolerâncias


Especificação da tolerância Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Especificação para Montagem com Pinos Fixos


Para folga nula: CV peça = CV contra-peça

DFuro MMC = DPino MMC + Tol Pinos + Tol Furos

Exemplo:
DFuro MMC = (14 + 1) + 2 + 2
DFuro MMC = 19 mm
DFuro = 20 ± 1 mm

278
Curso Especificação de Tolerâncias
Especificação da tolerância Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Especificação para Montagem com Pinos Flutuantes

DFuro MMC = DPino MMC + Tol Furos

Exemplo:
DFuro MMC = 10,0
DPino MMC = 9,8
Tol Furos = 10 – 9,8 = 0,2 mm (para cada peça)

279

Curso Especificação de Tolerâncias


Especificação da tolerância Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Montagem com Pinos Fixos


Fórmula quando não se utiliza P no quadro de tolerância

DFuro Liso MMC = DPino MMC + Tol Furo Liso + Tol Furo Rosc.(1+2.A/a)

A
a A
a

A: Altura máxima de projeção


a: Altura mínima de casamento entre peça e contra-peça
280
Curso Especificação de Tolerâncias
Especificação da tolerância Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

EXERCÍCIO:
Determinar o diâmetro nominal D dos furos lisos
DPino MMC = 6,35
DFuro Liso = D  0,1
Tol Furos Lisos = 0,2 12,0
Tol 8,0
Furos Roscados = 0,4

DFuro Liso MMC = DPino MMC + Tol Furo Liso + Tol Furo Rosc.(1+2.A/a)

DFuro Liso MMC = 6,35 + 0,2 + 0,4.(1+2.12/8)


DFuro Liso MMC = 8,15
D – 0,1 = 8,15
DFuro Liso MMC = D – 0,1
D = 8,25

281

Curso Especificação de Tolerâncias


Especificação da tolerância Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Estratégias de especificação – Tolerâncias Geométricas


I II

Paul Drake

282
Curso Especificação de Tolerâncias
Especificação da tolerância Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Estratégias de especificação – Tolerâncias Geométricas


III IV

Paul Drake

283

Curso Especificação de Tolerâncias


Especificação da tolerância Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Aplicações da Especificação
● Permite um uso eficiente das tolerâncias (realidade de montagem).

● Permite aumentar a variação do processo para tamanho sem alterar o LMC

● Permite aumentar a gama de ferramentas na produção

● Permite o uso de gabarito funcional para controle

● É utilizado quando a única preocupação é garantir a montagem com folga


● Não deve ser usado para:
○ Furos roscados e escareado (efeito da centragem não permite tolerância extra)
○ Produtos cujo peso é um requisito importante (tende a aumentar o peso da peça)
○ Elementos coaxiais com requisito de balanceamento

284
Curso Especificação de Tolerâncias
Especificação da tolerância Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Aspectos Relevantes no Projeto de Calibradores


Política preferida:
“Aceitar a maioria das peças, rejeitar todas as peças ruins (rejeita-se também
algumas peças boas próximas aos limites de tolerância)”

Consequência: as tolerâncias do gabarito adicionam material ao mesmo


Sugestão de tolerância total: 5-10% da tolerância da peça (opcional de 5% para
desgaste)

Calibrador passa: inspeciona apenas a forma perfeita na MMC (envelope).


Tolerância da peça a inspecionar é dada pela diferença entre MMC e LMC
Calibrador funcional: inspeciona tolerâncias geométricas. Tolerância da peça a
inspecionar é dada pela diferença entre a CV (conceito MMC e LMC)

285

Curso Especificação de Tolerâncias


Especificação da tolerância Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

EXERCÍCIO
Especificar as tolerâncias dos dois calibradores (próxima página) para as duas
tolerâncias de posição da peça abaixo:

Sugestão:
• fLMC Calibrador = CVPeça
2
• TolCalibrador =
10%TolPeça
286
Curso Especificação de Tolerâncias
Especificação da tolerância Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Quadro 2 Quadro 1

287

ANÁLISE E SÍNTESE
DE TOLERÂNCIAS
Capítulo 20

288
Curso Especificação de Tolerâncias
Análise e síntese de tolerâncias Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

ANÁLISE DE TOLERÂNCIAS (Stack-up Analysis)


Bastante utilizada para analisar as especificações de desenho visando validar o
atendimento a requisitos funcionais, como por exemplo:

Parte de tolerâncias
• Folgas mínima e máxima já conhecidas!
• Interferência mínima
• Espessura mínima de parede
• Distâncias mínima e máxima entre
elementos

289

Curso Especificação de Tolerâncias


Análise e síntese de tolerâncias Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Modelo Nominal X Modelo de Casca

Modelo Nominal Modelo de Casca

• Partindo-se do modelo nominal, imagina-se o modelo de superfície real


(casca), que representa as variações esperadas para a peça.

• O modelo de casca é utilizado para simular variações reais das superfícies


da peça (desvios de forma e angulares) e otimizar as tolerâncias.

Fonte: ISO/TS 17450-1: 2001 (draft)

290
Curso Especificação de Tolerâncias
Análise e síntese de tolerâncias Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

PASSOS PARA ANÁLISE DE TOLERÂNCIAS


1. Estabelecer o requisito de montagem;
2. Esboçar o diagrama da cadeia dimensional;
3. Converter todas dimensões em dimensões médias com
tolerâncias simétricas
4. Calcular o valor nominal do requisito de montagem (dimensão de
fechamento da cadeia)
5. Escolher o método de análise
6. Determinar a variação esperada para o requisito de montagem

291

Curso Especificação de Tolerâncias


Análise e síntese de tolerâncias Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

EXEMPLO: Montagem de rolamento


1. Estabelecendo o requisito de montagem: folga  0

Analisar as tolerâncias para


verificar se o requisito de
montagem é assegurado e
otimizar as tolerâncias

Patente US5581466

292
Curso Especificação de Tolerâncias
Análise e síntese de tolerâncias Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

EXEMPLO: Montagem de rolamento


2. Traçando o diagrama da cadeia dimensional

a) Iniciar pela dimensão de fechamento


b) Usar vetores para criar uma malha fechada que passa por
todas as dimensões (não incluir folgas)
c) Sugestão: Iniciar da direita para esquerda ou de cima para
baixo
d) Convencionar sentidos positivo (+) e negativo (-) dos
vetores. Sugestão: sentido positivo quando para direita ou Patente US5581466

para cima G
F
e) Atribuir uma identificação curta para cada dimensão da E
cadeia (ex.: A, B, ...)
D
f) Registrar a sensibilidade de cada dimensão (taxa de C
variação da dimensão de fechamento em relação à variação H B
da dimensão – em geral = ±1)
I
A
J 293

Curso Especificação de Tolerâncias


Análise e síntese de tolerâncias Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

EXEMPLO: Montagem de rolamento


3. As dimensões já são médias com tolerâncias simétricas?
Passos: -Calcula-se LSE e LIE
-Calcula-se a dimensão média
-Calcula-se metade do intervalo de tolerância
LSE = 15,3 Média = 15,10 +0,2
Ex.: 1500,,13 LIE = 14,9 IT/2 = 0,2
15,1 -0,2

4. Valor nominal do requisito de montagem

n si: sensibilidade do elemento i


  si .d i onde di: dimensão do elemento i
i 1 i: elemento da cadeia

Valor nominal = -0,05+0,1+1,5-0,025-0,45-0,025-0,53-0,025-0,45-0,025


Valor nominal = 0,02 IN 294
Curso Especificação de Tolerâncias
Análise e síntese de tolerâncias Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

EXEMPLO: Montagem de rolamento


5. Métodos tradicionais de análise de tolerâncias:
Método aritmético (método dos extremos / pior caso) Um dos
métodos deve
Método estatístico RSS (Root sum of the squares) ser previamente
Método estatístico MRSS (Modified root sum of the squares) selecionado!

6. Variação esperada:
n
6.1 Método Aritmético: t a   si .ti
i 1
• É o método mais simples e mais conservativo entre os métodos tradicionais

ta = 0,005+0,020+0,007+0,001+0,005+0,001+0,020+0,001+0,005+0,001 = 0,066 IN

O requisito de folga  0
Folga = 0,020 ± 0,066 IN
pode não ser atendido
“Folga máxima” = 0,086 “Folga mínima” = -0,044 295

Curso Especificação de Tolerâncias


Análise e síntese de tolerâncias Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

EXEMPLO: Montagem de rolamento

6.2 Método estatístico RSS:


• É o método menos conservativo dos métodos tradicionais
• Considera a média quadrática de todas as tolerâncias da cadeia

t RSS  s12 .t12  s22 .t 22  ...  sn2 .t n2


tRSS =
(0,0052+0,0202+0,0072+0,0012+0,0052+0,0012+0,0202+0,0012+0,0052+0,0012)1/2
tRSS = 0,03 IN
O requisito de folga  0
Folga = 0,020 ± 0,030 IN
pode não ser atendido

“Folga máxima” = 0,050 e “Folga mínima” = -0,010

296
Curso Especificação de Tolerâncias
Análise e síntese de tolerâncias Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

EXEMPLO: Montagem de rolamento


6.3 Método estatístico MRSS:
• Mais conservativo que o RSS e menos que o aritmético
• Considera a média quadrática modificada das tolerâncias da cadeia

0,5.ta tRSS
Cf  1
t MRSS  C f . s12 .t12  s22 .t 22  ...  sn2 .t n2 
tRSS. n 1 
Há vários estudos sugerindo diferentes valores e fórmulas para o fator de correção Cf. O valor
mais utilizado historicamente é Cf = 1.5, entretanto o uso da equação acima faz com que tMRSS
seja sempre menor que ta.
tMRSS = Cf.tRSS = 1,27.0,03 tMRSS = 0,039 IN

O requisito de folga  0
Folga = 0,020 ± 0,039 IN
pode não ser atendido
“Folga máxima” = 0,059 “Folga mínima” = -0,019
297

Curso Especificação de Tolerâncias


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Aplicação dos Métodos Tradicionais de Análise de Tolerâncias:

Dados de Sim Síntese de


processo
tolerâncias
disponíveis?
* Custo de montagem depende da
Não incidência e criticidade dos
defeitos
Análise -
No elementos Sim
da cadeia <4?
método
aritmético

Não
** Processos bem entendidos pelo
Custo engenharia de produtos – quanto
Análise -
defeitos Alto às variações típicas e referências de
(*) método
montagem processo
alto/baixo?
aritmético

Baixo

Processos
Análise - Não Sim Análise -
dominados e bem (**)
método MRSS método RSS
entendidos?
Patente US5581466
298
Curso Especificação de Tolerâncias
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Alternativas para o Atendimento ao Requisito Funcional


Verificou-se que o requisito de folga  0 não foi atendido.
Ações de contingência possíveis:
1. Alterar as dimensões nominais (p/ aumentar a folga): melhor solução -
nem sempre possível
2. Apertar as tolerâncias dos elementos variáveis da cadeia: requer muitas
mudanças nos processos, aumenta muito o custo. Não é possível alterar
as tolerâncias dos elementos fixos da cadeia!
3. Verificar se o projeto é economicamente viável: análise custo-benefício,
admitir determinada fração não conforme de peças
4. Refazer todo o projeto – nova abordagem
5. Utilizar métodos estatísticos: se as tolerâncias foram definidas pelo
método aritmético e o projeto não é economicamente viável

299

Curso Especificação de Tolerâncias


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Possibilidades quanto ao Atendimento ao Requisito Funcional


Tol Fixa Tol VarTol Fixa
Tol Var

A)
Requisito atendido!
C) Requisito pode ser atendido
Pode-se aumentar as se forem reduzidas as
tolerâncias dos elementos tolerâncias dos elementos
Folga mín < 0
Folga mín > 0
variáveis da cadeia! variáveis da cadeia!

Tol Var Tol Fixa


Tol Var Tol Fixa

B) Requisito atendido! D)
Não é possível o aumento O requisito não pode ser
de tolerâncias! atendido!
Folga mín = 0
Folga mín < 0

300
Curso Especificação de Tolerâncias
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Resultados da Análise de Tolerâncias


Análise de Tolerâncias
Dim.
Tipo
ID Média Sens Método Aritmético Método RSS Método MRSS
Dim.
(IN)
Original Ajustado Original Ajustado Original Ajustado
A .025 -1 F .001 --- .001 --- .001 ---
B .450 -1 F .005 --- .005 --- .005 ---
C .025 -1 F .001 --- .001 --- .001 ---
D .530 -1 V .020 .0004 .020 .012 .020 .009
E .025 -1 F .001 --- .001 --- .001 ---
F .450 -1 F .005 --- .005 --- .005 ---
G .025 -1 F .001 --- .001 --- .001 ---
H .050 -1 F .005 --- .005 --- .005 ---
I .100 +1 V .020 .0004 .020 .012 .020 .009
J 1.500 +1 V .007 .0001 .007 .004 .007 .003
Folga nominal (IN) .020 .020 .020 .020 .020 .020
Folga mínima (IN) -.046 .000 -.010 .000 -.019 .000
Variação esperada (IN) .066 .020 .030 .020 .039 .020 301

Curso Especificação de Tolerâncias


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Comparação entre os Métodos Tradicionais de Análise de


Tolerâncias
Modelo
Parâmetro Modelo RSS Modelo MRSS
Aritmético
Risco de defeitos Menor Maior Intermediário
Custo Maior Menor Intermediário

• Distribuição normal • Distribuição normal


Suposições
• Média processo = dimensão • Média processo não
quanto aos Nenhum
nominal necessariamente = dimensão
processos
• Processos são independentes nominal

Suposições Dimensões fora Tolerâncias relacionadas às Tolerâncias relacionadas às


quanto às das tolerâncias são capacidades dos processos capacidades dos processos
tolerâncias descartadas (típico  3s) (típico  3s)
• Distribuição normal de
100% das peças • Cf é um fator de segurança
Suposições montagem
atendem ao • Fração de peças entre a folga
quanto à • Fração de peças entre a folga
requisito de máxima e mínima de
montagem máxima e mínima de
montagem montagem – típico: 99,73%
montagem – típico: 99,73%
Paul Drake 302
Curso Especificação de Tolerâncias
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Exercício – Análise de Tolerâncias


Seguir os passos recomendados para analisar se as especificações garantem 100%
o atendimento ao requisito de folga na montagem n

#2
Folga mín > 0
Folga Nominal (VN)   s .d
i 1
i i
#4
#3
VN = 200.4 – 49,9 -99.9 – 49,9 = 0,7

#1 n

Peça 1: Peças 2 e 4:
Tolerância Aritmética (ta) = t a   si .ti
+0,4 i 1
200,2 0
0 Peça 3:
50,0 -0,2 ta = 0,2 + 0,1 + 0,1 + 0,1 = 0,5
0
100,0
-0,2 Folga = 0,7 ± 0,5
Folga máxima = 1,2 ATENDE
Folga mínima = 0,2

303

Curso Especificação de Tolerâncias


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Exemplo Resolvido
Analisar o atendimento do requisito 6 da
montagem do motor
• Esboçar o diagrama da cadeia dimensional
• Determinar a folga nominal e a folga mínima
de montagem
• Determinar a variação esperada do requisito
de montagem
• Otimizar as tolerâncias visando o
atendimento do requisito de montagem

Req 1, 2, 4 e 6: folga  0
Req 3: alinhados em  .005 B G
A H
Req 5: folga  .200 C D I
Req 7: folga  0 e .020 K
E
F
J
304
Curso Especificação de Tolerâncias
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Diagrama da Cadeia Dimensional

305

Curso Especificação de Tolerâncias


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Dim. Análise de Tolerâncias ( Tol em IN)


Tipo
ID Média Sens Método Aritmético Método RSS Método MRSS
Dim.
(IN) Original Ajustado Original Ajustado Original Ajustado
A .3595 Fixo 0,0155 0,0155 0,0155
B .0320 Fixo 0,0020 0,0020 0,0020
C .0600 Var 0,0030 0,0012 0,0030 0,0054 0,0030 0,0040
D .4305 Fixo 0,0075 0,0075 0,0075
E .1200 Var 0,0050 0,0020 0,0050 0,0090 0,0050 0,0066
F 1.5030 Fixo 0,0070 0,0070 0,0070
G .1200 Var 0,0050 0,0020 0,0050 0,0090 0,0050 0,0066
H .4305 Fixo 0,0075 0,0075 0,0075
I .4500 Var 0,0070 0,0027 0,0070 0,00126 0,0070 0,0092
J 3.0250 Var 0,0060 0,0024 0,0060 0,00108 0,0060 0,0079
K .3000 Var 0,0300 0,0118 0,0300 0,0540 0,0300 0,0396
Folga nominal (IN) 0,0615 0,0615 0,0615 0,0615 0,0615 0,0615
Folga mínima (IN) -0,0340 0 0,0234 0 0,011 0
Variação esperada (IN) 0,0955 0,0615 0,0381 0,0615 0,0505 0,0615
306
Curso Especificação de Tolerâncias
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Comparação entre Análise x Síntese de Tolerâncias


• As tolerâncias definidas pelos métodos de análise geralmente consideram percepções
individuais dos engenheiros quanto as variações dos processos;
• As técnicas de síntese se baseiam em histórico de variações reais dos processos,
sendo portanto as tolerâncias obtidas mais representativas da realidade.

• Os métodos de síntese de
tolerâncias permitem prever a
fração não conforme,
possibilitando a especificação de
tolerâncias que atendam a metas
da qualidade.

Paul Drake

307

Curso Especificação de Tolerâncias


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Fluxograma para Estabelecer requisito


de montagem

síntese de tolerâncias Esboçar diagrama


da cadeia
Método Aritmético
Converter p/ dimensões médias
P: desempenho de montagem e tolerâncias simétricas

: desvio padrão do processo Selecionar processos


Determinar P
com maiores 
ta6: variação esperada p/ o requisito de
Calcular variação
montagem, considerando meta 6 e esperada ta6
uso do método aritmético
ti: tolerância do elemento i da cadeia Sim Ajustar Não P
nominais? ta6 ?
Zi: parâmetro da distribuição normal
Não Sim
padronizada (ti/i)
Selecionar Outros
processos Não Calcular ti,
novos
Sim disponíveis? usando P
processos

Adaptado de Paul Drake Calcular Zi


308
Curso Especificação de Tolerâncias
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O Parâmetro P:
• Valor total disponível para alocação de tolerâncias aos elementos variáveis da
cadeia.
• Se P=0, as tolerâncias fixas já consumiram toda a n p
faixa de variação disponível!  
P  si .d i  s j .t jf  g m
i 1 j 1
• Equação p/ requisito de folga >= 0.

si, sj: sensibilidade dos elementos i e j


Tol Fixa
“P” di: dimensão do elemento i
Tol Var
i: índice dos elementos da cadeia
j: índice dos elementos fixos da cadeia
n: número de elementos da cadeia
p: número de dimensões fixas da cadeia
Folga mín > 0 tjf: tolerância da dimensão fixa j
gm: valor cte referente à facilidade de
montagem (geralmente = 0)

309

Curso Especificação de Tolerâncias


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Equações Para os Parâmetros ta6 e ti


n p
t a 6  6,0. si . i ti  6,0. P . i ti  Z i . i
i 1  ta6 

si: sensibilidade do elemento i


i: índice dos elementos da cadeia
n: número de elementos da cadeia
onde p: número de dimensões fixas da cadeia
i: desvio padrão dos processos referentes à dimensão i
Zi: n de sigma efetivo válido para cada elemento da cadeia
(parâmetro da distribuição normal padronizada)
Nota: as equações acima consideram meta 6.

310
Curso Especificação de Tolerâncias
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Exemplo Resolvido
Para o mesmo motor do exemplo anterior, preencher a tabela na próxima
página considerando os métodos aritmético e estatísticos de síntese de
tolerâncias

ID Dim média Desvio


(IN) padrão  (IN)
Considerações:
C .060 .000357
• Metas da qualidade 6 E .120 .000357
• Desvios padrão dos processos para G .120 .000357
as dimensões variáveis: I .450 .00106
J 3.025 .000357
K .3 .0025

311

Curso Especificação de Tolerâncias


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Síntese de Tolerâncias - Método


Dim. Média Aritmético
ID Sens Tipo Dim.
(IN)
± Tolerâncias (IN)
A .3595 Fixo .0155
B .0320 Fixo .0020
C .0600 Var .0016
D .4305 Fixo .0075
E .1200 Var .0016
F 1.5030 Fixo .0070
G .1200 Var .0016
H .4305 Fixo .0075
I .4500 Var .0047
J 3.0250 Var .0016
K .3000 Var .0110

312
Curso Especificação de Tolerâncias
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Comunicando o Uso de Métodos Estatísticos nos Desenhos


Mecânicos

Paul Drake

313

Curso Especificação de Tolerâncias


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ANÁLISE COM TOLERÂNCIAS GEOMÉTRICAS


Quando considerar GD&T nas análises de uma cadeia?
Resposta: Não há uma regra 100%, entretanto, geralmente quando um elemento da cadeia é
controlado com:
• Tolerância de localização - o controle GD&T é incluso na análise
• Tolerância de orientação - o controle GD&T pode ser incluso na análise desde que já não
exista um controle de localização
• Tolerância de forma - o controle GD&T pode ser incluso na análise desde que já não exista um
controle de localização ou orientação ou tamanho com envelope
• Controles de forma e orientação de elementos de referência geralmente não são inclusos na
análise
• Controles GD&T geralmente são considerados nas análises de tolerâncias somente para o
método aritmético. Não são usados junto aos métodos estatísticos porque não fornecem
dados diretamente relacionados às variações dos processos de fabricação, mas sim a limites
admissíveis de variação.
314
Curso Especificação de Tolerâncias
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EXEMPLO 1
E

Folga = -A+B-C+D+E D
C
A = .040 ±.003

B = 0 ±.002

C = .125 ±.005
A
D = .185 ±.008
B
E = 0 ±.004

Paul Drake

315

Curso Especificação de Tolerâncias


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EXEMPLO 2

Posição em MMC: (análise similar para LMC)


• Tamanho e localização são tratados junto;
• Calcula-se as bordas externas e internas
Posição em RFS: utilizando a condição virtual e resultante;
Tamanho e localização são • Converte-se tamanho e posição em diâmetro
tratados independentemente médio com tolerância simétrica.
Folga = –A/2+B Borda externa = .0648 .0625+/-.0023 (diâmetro médio)
Borda interna = .0602
A = .0625 ±.0001
B = .2250 ±.0011 Folga = –A/2+B
Folga = –0,0625/2 + 0,2250 A = .0625 ±.0023 Folga = –0,0625/2+ 0,2250 Paul Drake
Folga =312,725 B = .2250 ±0 Folga = 312,725
316
Curso Especificação de Tolerâncias
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EXEMPLO 3
Batimento:
Análise similar à posição RFS
Nota: similar também para
concentricidade e simetria

Exercício: Esboçar a cadeia e Paul Drake

quantificar cada elemento

Folga = + A/2 + B – C/2


A = .125 ±.008
B = 0 ±.003 Folga = 0.125/2 + 0 - 0.062/2
C = .062 ±.005
Folga = 0.0315

317

Curso Especificação de Tolerâncias


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EXEMPLO 4
Perfil com tolerância assimétrica:
Determina-se a dimensão média
com tolerância simétrica!
Folga = -A+B
A = 1.254 ±.003
B = 1.754 ±.003

Perfil com tolerância simétrica:

Folga = -A+B
A = 1.255 ±.003
B = 1.755 ±.003
Folga = -1,255 + 1,755 Paul Drake
Folga = 0,500
318
ANÁLISE E SÍNTESE
DE TOLERÂNCIAS
SOFTWARES
Capítulo 21

319

Curso Especificação de Tolerâncias


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Desenvolvimento do
Necessidades da Empresa
Produto

Necessidades de Mercado Design Intent


(Folgas, Nivelamentos e Paralelismo)
Validação Dimensional

Definição de Engenharia Design Concept


(Critérios do Produto)

Especificação do Produto
Definição das Tolerâncias
(Dimensionais e Geométricas)

Análise de Variações
Verificação do Produto (Verificação Dimensional)

320
Curso Especificação de Tolerâncias
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Requisitos da Qualidade
Desempenho

CAD 3D Produto + Sequencia de Montagem


GD&T

Fontes de Variação
CAD 3D Ferramentas + Controle Estatístico (CEP)
GD&T

Rigidez, Temperatura, Forças Planos de Controle


Dinâmicas...

321

Curso Especificação de Tolerâncias


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322
Curso Especificação de Tolerâncias
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323

Curso Especificação de Tolerâncias


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324
Curso Especificação de Tolerâncias
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325

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326
Curso Especificação de Tolerâncias
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327

Curso Especificação de Tolerâncias


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328
Curso Especificação de Tolerâncias
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329

Curso Especificação de Tolerâncias


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330
Curso Especificação de Tolerâncias
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331

Curso Especificação de Tolerâncias


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332
Curso Especificação de Tolerâncias
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333

Curso Especificação de Tolerâncias


Análise e síntese de tolerâncias Softwares Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

https://play.google.com/store/apps/details?id=com.siemens.splm.jt2go

https://itunes.apple.com/us/app/jt2go/id686552803?ls=1&mt=8

https://www.plm.automation.siemens.com/pt/products/teamcenter/plm-platform-capabilities/visualization/jt2go/
334
Curso Especificação de Tolerâncias
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Arquivo 3D
Corpo_01.jt

335

Curso Especificação de Tolerâncias


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336
RECOMENDAÇÕES
DIVERSAS PARA
ESPECIFICAÇÃO GD&T
Capítulo 22

337

Curso Especificação de Tolerâncias


Recomendações Diversas Para Especificação GD&T Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Recapitulação: Sistemática de Especificação


CLIENTE Antes de tudo...

Conhecer os requisitos de qualidade


Quais os desejos dos clientes?
Quais os requisitos do produto?
O que agrega valor?
O que afeta a qualidade?

Conhecer os requisitos do produto e processos:


Como o produto será fabricado?
Quais as características dos processos de fabricação?
Quais as referências funcionais de montagem?
Quais os requisitos metrológicos?
338
Curso Especificação de Tolerâncias
Recomendações Diversas Para Especificação GD&T Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Recapitulação: Sistemática de Especificação


• Passo 1: Definir a norma de referência
• Passo 2: Especificar as tolerâncias
dimensionais para os elementos de tamanho
• Passo 3: Especificar os elementos de referência

• Passo 4: Especificar as tolerâncias


geométricas para os elementos
de referência
• Passo 5: Especificar tolerâncias de
localização para todos os
elementos geométricos

339

Curso Especificação de Tolerâncias


Recomendações Diversas Para Especificação GD&T Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Recapitulação: Sistemática de Especificação

● Passo 6: Refinar a especificação para tolerâncias de orientação quando necessário

● Passo 7: Refinar as especificações para tolerâncias de forma

Características não
significativas
Características
significativas

340
Curso Especificação de Tolerâncias
Recomendações Diversas Para Especificação GD&T Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Recapitulação: Sistemática de Especificação

• Passo 8: Especificar tolerâncias para bordas e arestas


quando necessário

• Passo 9: Especificar tolerâncias de textura superficial


quando necessário

• Passo 10: Especificar tolerâncias para


defeitos superficiais quando necessário

341

Curso Especificação de Tolerâncias


Recomendações Diversas Para Especificação GD&T Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Recapitulação: Definição do Valor Tolerado


Características Tolerâncias gerais
não significativas

Custo

Custo total
Características Custo de
significativas falhas e
modificações
Custo total de projeto
mínimo

• Balanceamento de requisitos
de projeto e produção
Custo de
• Análise pela condição virtual produção

• Análise e síntese de tolerâncias Tol ótima

• Projeto 6 sigma Angela Trego

342
Curso Especificação de Tolerâncias
Recomendações Diversas Para Especificação GD&T Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Recapitulação: Definição do Valor Tolerado

Condição Virtual
Fundamental para especificação de peça
e contra-peça visando a montagem

Equacionamento Pinos fixos


para montagem com Pinos flutuantes

343

Curso Especificação de Tolerâncias


Recomendações Diversas Para Especificação GD&T Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Recapitulação: Análise e Síntese de Tolerâncias

Permitem otimizar as
tolerâncias do produto

A síntese de tolerâncias permite prever a fração não conforme e estabelecer tolerâncias


mais representativas da realidade

Tolerâncias GD&T podem ser usadas nas análises de tolerâncias com o método
aritmético
344
Curso Especificação de Tolerâncias
Recomendações Diversas Para Especificação GD&T Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Recapitulação: Projeto de Calibradores

Tolerância do calibrador: 5 a 10%


da tolerância da peça

Política: rejeitar todas as peças ruins

345

Curso Especificação de Tolerâncias


Recomendações Diversas Para Especificação GD&T Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Recomendações para implementação inicial de GD&T

● Por onde começamos a implementar


a simbologia padronizada?
● Quais são os pontos mais
importantes na implementação?
● Que decisões devem ser tomadas?

346
Curso Especificação de Tolerâncias
Recomendações Diversas Para Especificação GD&T Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Questões Básicas
● Realmente preciso implementar GD&T nos meus desenhos?
 Estou subcontratando a produção?
 Os custos de fabricação estão muito altos?
 As tolerâncias são muito apertadas?
 Problemas na metrologia? Interpretação de relatórios?
 As peças são críticas para o correto funcionamento do conjunto montado?

● Todos os envolvidos conhecem a simbologia padronizada?


 Foram desenvolvidos seminários/treinamentos para os metrologistas,
projetistas, inspetores, etc?
 A gerência conhece a importância desta tecnologia?

347

Curso Especificação de Tolerâncias


Recomendações Diversas Para Especificação GD&T Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Primeiros Passos...

● Selecionar um produto novo para


realizar o projeto piloto utilizando a
simbologia padronizada GD&T.

● Não tente “atualizar” o desenho de um


produto velho, a menos que existam
problemas muito evidentes na
produção, montagem ou metrologia.

348
Curso Especificação de Tolerâncias
Recomendações Diversas Para Especificação GD&T Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Primeiros passos...

● Reunir todas as pessoas envolvidas com o projeto


(projetistas, metrologistas, operadores da produção,
inspetores, compras, etc) para harmonizar os
conceitos aplicados.

● É interessante convidar os fornecedores para as


reuniões de harmonização e treinamentos internos.

349

Curso Especificação de Tolerâncias


Recomendações Diversas Para Especificação GD&T Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Colocando em prática...

● Durante o desenvolvimento do projeto,


produzir o lote piloto e avaliar o
desempenho:
○ Fornecedores
○ Fabricação
○ Metrologia e qualidade

● Realize reuniões de seguimento para


acompanhar o aprendizado e
desenvolvimento de todos os envolvidos
no grupo de trabalho transversal.

350
Curso Especificação de Tolerâncias
Recomendações Diversas Para Especificação GD&T Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Colocando em prática...

● Faça o refinamento do desenho quando aplicável,


utilizando o controle geométrico adequado.
● Se a implementação do projeto piloto teve sucesso, é
possível começar a “tradução ou atualização” dos
desenhos antigos na nova linguagem, quando
apropriado.
● Documente todo o processo de atualização dos
desenhos antigos, indicando o escopo, pessoas
envolvidas, etc.

351

Curso Especificação de Tolerâncias


Recomendações Diversas Para Especificação GD&T Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Fases de implementação de GD&T


Qualidade
do projeto

Uso na rotina
da linguagem
Ajuste – GD&T
refinamentos
Implementação nos desenhos
e disseminação
Treinamento e para
conscientização Metrologia,
Decisão dos principais Fornecedores e
estratégica: envolvidos Produção
“Vamos
implementar
GD&T”

Tempo
352
A implementação apropriada da linguagem GD&T/GPS é pré-
requisito para a melhoria contínua da qualidade dos produtos e
agilidade de resposta às mudanças de mercado.

A implementação apropriada da linguagem GD&T/GPS dentro


de uma empresa é importante para a sobrevivência em um
mercado global competitivo.

Comitê Técnico ISO/TC 213

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PRÁTICAS NÃO
RECOMENDADAS
Capítulo 23

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Curso Especificação de Tolerâncias
Práticas não recomendadas Geométricas – Projetistas | Copyright CERTI

Recapitulação: Definição do Valor Tolerado

Condição Virtual

Fundamental para especificação de peça e


contra-peça visando a montagem

Equacionamento Pinos fixos


para montagem Pinos flutuantes
com
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Curso Especificação de Tolerâncias


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Práticas NÃO Recomendadas de Representação

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Práticas NÃO Recomendadas de Representação

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Práticas NÃO Recomendadas de Representação

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Práticas NÃO Recomendadas de Representação

Especificação recomendada

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requisito para a melhoria contínua da qualidade dos produtos e
agilidade de resposta às mudanças de mercado.

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Referências Bibliográficas
Livros
• Geometric Dimensioning & Tolerancing – For Engineering & Manufacturing Technology; Cecil Jensen, 1993.
• Geo-Metrics III – The aplication of Dimensioning and Tolerancing Techniques (Using the Customary Inch System); Lowell W. Foster,
1994.
• Measuring and Gauging Geometric Tolerances; Prentice Hall Career & Technology; Gary K. Griffith, 1993.
• Dimensioning Tolerancing and Gaging Applied; Prentice Hall; Gary Gooldy, 1999.
• Measurement of Geometric Tolerances in Manufacturing; Editora Marcel Dekker, James D. Meadows, 1998.
• GEOMETRICAL PRODUCT SPECIFICATION – Course for Technical Universities, Z. Humienny (editor), P.H. Osanna, M. Tamre, A.
Weckenmann, L. Blunt, W. Jakubiec , 2001, ISBN 83-912190-8-9.
• Geometric Dimensioning and Tolerancing – Applications and Techniques for Use in Design, Manufacturing and Inspection; James
Meadows; 1995
•Form- und Lagetoleranzen; 3 Auflage; Walter Jorden; 2005

Normas
• Conjunto de normas ISO/GPS - http://www.iso.org/iso/home.htm
• ASME Y14.5M:1994
• ASME Y14.5:2009
361

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