Cap.1 - A Medida e o Erro Da Medida

Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Águeda
Universidade de Aveiro
A Medida e o Erro da Medida
2º Ano – 1º semestre
Instrumentação e Controlo
Sistema Internacional de Unidades (SI)
❑ Existência de um único sistema de unidades que

internacionalmente permita um diálogo técnico uniforme
onde se fale de dimensões sem recurso a conversões mais
ou menos complexas.
Objetivo ainda não alcançado universalmente.
Sistema Internacional
Sistema Internacional de
de Unidades
Unidades (SI
(SI)
❑ Os sistemas de unidades são compostos por:
- unidades de base.
- unidades derivadas com e sem dimensões.
❑ O Sistema Internacional de Unidades SI não é estático.

Evolui para responder às necessidades cada vez mais
exigentes do mundo da medição, como o comprovam os
mais recentes estudos para a sua possível revisão num
futuro próximo.
Sistema Internacional de Unidades SI
❑ UNIDADES de BASE do SI
GRANDEZA UNIDADE SÍMBOLO

Comprimento metro m
Tempo segundo s
Massa quilograma kg
Temperatura kelvin K
Corrente eléctrica ampere A
Intensidade luminosa candela cd
Quantidade de matéria mole mol
Sistema Internacional de Unidades SI
❑ UNIDADES DERIVADAS MAIS UTILIZADAS
PREFIXOS UTILIZADOS NO SI
Exercícios
❑ Converta as seguintes quantidades para uma representação

mais adequada.
a) 0,075 s
=75x10-3 s= 75 ms
b) 1052 g
=1,052x103 g =1,052 kg
Exercícios
❑ Converta as seguintes quantidades para uma

representação mais adequada.
a) 50000 V
b) 25000000 Ω
c) 0,000036 A
d) 0,000000047 A
e) 0,00252 A
f) 2520000 Hz
g) 0,005 kV
h) 5200000 V
i) 0,000065 kHz
Medição
❑ Medição: Conjunto de operações que têm por objetivo

determinar o valor de uma grandeza [VIM 2.1].
Estas operações podem ser realizadas manual ou

automaticamente.
❑ Mensuranda: grandeza particular submetida à medição ou

que se pretende medir [VIM 2.6].
❑ Resultado de uma medição: valor atribuído a uma

mensuranda, obtido na medição [VIM 3.1]
*VIM - Vocabulário Internacional de Metrologia
Cadeia de Medição
Caracterização da Qualidade de Medida
❑ Erro: Diferença entre o resultado da medição e o valor

(convencionalmente) verdadeiro.
❑ Exatidão: Capacidade de um sistema de medida fornecer

resultados próximos do valor real.
❑ Repetibilidade: Grau de aproximação entre os resultados de

medições sucessivas de uma mesma grandeza, efetuadas
nas mesmas condições de medição.
Caracterização da Qualidade de Medida:
Exemplo
❑ Na medida de uma corrente de valor real de 3,7A utilizaram-
se 2 métodos, A e B, e obtiveram-se os seguintes resultados:
Método A 3,69 A 3,71 A 3,70 A 3,69 A

Método B 3,64 A 3,79 A 3,61 A 3,79 A
O método A é mais exato que o método B visto que origina

valores mais próximos do verdadeiro valor. É também o
método com melhor repetibilidade já que os valores
observados estão mais próximos entre si.
Um método pode apresentar uma excelente repetibilidade

sem, no entanto, ser exato.
Classificação dos Erros de Medida
❑ Os erros de medida podem ser classificados em 2 grupos
principais: os erros sistemáticos (não variam de uma leitura
para a outra) e os erros aleatórios (apresentam valores
diferentes, de leitura para leitura, da mesma grandeza). Pode
considerar-se um 3º grupo, o dos erros grosseiros,
normalmente associados a erros humanos.
❑ Erros grosseiros ou flagrantes: São associados a erros
humanos, provenientes de leituras erradas, por ajuste
incorreto do instrumento de medida, por erro de cálculo, etc.
O cansaço, a desatenção, a inexperiência do utilizador
podem ser causas de erros grosseiros. Para eliminar este
tipo de erros, recomenda-se a repetição das medidas
(quando se conhece o valor aproximado da medida, o erro
é facilmente detetado).
❑ Erros aleatórios: Componente do erro de medição que, em
medições repetidas, varia de maneira imprevisível [VIM
2.19]. Estes erros são provocados por causas nem sempre
identificáveis e são, geralmente, pequenos. Para atenuar o
efeito deste tipo de erros, deve aumentar-se o número de
medidas e recorrer a métodos estatísticos apropriados.
❑ Erros sistemáticos: erro de medição que, em medições
repetidas, permanece igual ou varia de forma previsível
[VIM 2.17]. Podem ser divididos em: erros instrumentais e
erros devidos a condições ambientais.
✓ Erros sistemáticos instrumentais: atribuíveis ao
próprio instrumento de medição (ex: erro por efeito de
carga, deficiente ajuste de zero, má calibração, etc).
✓ Erros sistemáticos instrumentais:
Podem ser evitados recorrendo à seleção do
instrumento mais adequado à medida em causa bem
como através da correção das leituras após se ter
determinado o erro instrumental.
✓ Erros sistemáticos ambientais: resultam da interação do
meio sobre a medida. (ex. variações térmicas, variações de
pressão e humidade, etc). Estes erros podem ser reduzidos
recorrendo ao condicionamento do ar, à desumidificação do
ambiente, ao uso de blindagens, etc).
❑ A melhor forma de detetar a presença de um erro sistemático é
repetir a medida com uma técnica completamente diferente e
usando instrumentos diferentes.
Erro por Efeito de Carga
❑ Todos os aparelhos de medida introduzem algum erro no

circuito onde são colocados, devido ao facto do instrumento
de medida ser considerado como uma “carga” do circuito.
Por erro de carga entende-se o erro ou desvio da medida
provocado pela inserção do aparelho de medida no circuito
eléctrico.
❑ Factor de correção: Fator numérico pelo qual se multiplica

o resultado bruto da medição, para compensar o erro
sistemático [VIM 3.16].
Erro por Efeito de Carga
❑ Exemplo: Medição da Corrente Contínua
❑ Exemplo: Medição da Tensão Contínua
Cálculo de Erros de Medida
❑ O erro de uma medição, ∆x, é a diferença algébrica entre o
resultado da medição x (valor medido) e o valor de
referência xV, cujo o valor é considerado como
suficientemente próximo de verdadeiro valor.
❑ O erro absoluto é o módulo de ∆x, isto é,
δ𝑥 = ∆x = x − xV
❑ O erro relativo é definido por:
δx δx
εx = 
xV x
❑ Exemplo: O valor convencionalmente verdadeiro de uma

tensão é 3,2V contudo a mensuranda resultou
em 3V.
Calcule os erros absoluto e relativo inerentes à medida.
δ𝑥 = ∆x = x − xV
= 0,2V
δx
εx =
xV
= 6,25%
❑ Seja y uma grandeza que depende de n grandezas parciais
(x1, x2, …, xn)
❑ O erro total,∆𝑦, tem expressão

∆𝑦 = 𝑓 𝑥1 + ∆𝑥1 , 𝑥2 + ∆𝑥2 , . . . , 𝑥𝑛 + ∆𝑥𝑛 − 𝑓 𝑥1 , 𝑥2 , . . . , 𝑥𝑛
Do desenvolvimento de 𝑓 em série de Taylor no ponto

𝑥1 , 𝑥2 , . . . , 𝑥𝑛 , obtemos
𝑛
𝜕𝑓
𝑓 𝑥1 + ∆𝑥1 , 𝑥2 + ∆𝑥2 , . . . , 𝑥𝑛 + ∆𝑥𝑛 ≈ 𝑓 𝑥1 , 𝑥2 , . . . , 𝑥𝑛 + ෍ ∆𝑥
𝜕𝑥𝑖 𝑖
𝑖=1
❑ Ou seja,
𝑛
𝜕𝑓
∆𝑦 ≈ ෍ ∆𝑥𝑖
𝜕𝑥𝑖
𝑖=1
❑ Admitindo que é conhecido o majorante ∆𝑥𝑖𝑚𝑎𝑥 de ∆𝑥𝑖 , o
majorante do valor absoluto do erro de 𝑦, 𝛿𝑦, é dado pela
relação
❑ A expressão majorante do erro relativo é
𝜕𝑓
σ𝑛𝑖=1 ∆𝑥
𝜕𝑥𝑖 𝑖𝑚𝑎𝑥
𝜀𝑦 ≤
𝑓 𝑥1 , 𝑥2 , . . . , 𝑥𝑛
❑ Conhecendo os erros relativos individuais das

variáveis, é possível calcular o majorante do erro total:
𝑛
𝜕𝑓 𝑥𝑖
𝜀𝑦 ≤ ෍ 𝜀𝑥𝑖
𝜕𝑥1 𝑓
𝑖=1
Exercícios
❑ Calcular o erro relativo (a tolerância) do paralelo

de duas resistências R1 e R2, sabendo que o erro
máximo relativo de cada uma é, respetivamente,
ƐR1 e ƐR2.
❑ Duas resistências iguais, de valor R, associadas

em série apresentam uma tolerância de 10% cada
uma. Calcular o erro relativo (tolerância) da série
das duas resistências.
Instrumentos de Medida
❑ Os instrumentos de medida podem ser:
❖ Analógicos: Monitorização contínua de grandezas (ex.

posição de um ponteiro). Desvantagens: Difícil leitura, por
vezes é necessário fazer operações matemáticas; podem
sofrer de erros de paralaxe e o preço não é
significativamente baixo. Estão claramente em desuso.
❖ Digitais: Apresentação de forma discreta, normalmente

através de visualizadores numéricos. Vantagens: melhor
exatidão, menos suscetibilidades de erros de leitura,
facilidade de armazenamento e processamento.
Caracterização dos Instrumentos de
Medida
❑ A qualidade da medição depende diretamente da qualidade
dos instrumentos.
❑ Um instrumento de medida é caraterizado por 2 grandes

grupos de características, de acordo com o tipo de estímulo
( o sinal de entrada) usado:
✓ Caraterísticas estáticas: definidas para estímulos

constantes no tempo ou para estímulos de variação
muito lenta.
✓ Caraterísticas dinâmicas: definidas para entradas

variáveis no tempo tais como entradas sinusoidais,
quadradas, triangulares, etc
Medida
❑ Caracterização Estática
Para além da exatidão e repetibilidade há ainda a salientar:
❖ Sensibilidade, S - quociente entre a variação da

grandeza de saída em função da variação da grandeza
de entrada quando esta é constante ou tem variações
muito lentas.
❖ Resolução - Menor valor detetável na entrada pelo

aparelho, ou seja, é o mais pequeno valor da grandeza a
medir que pode ser detetado pelo instrumento de medida
usado.
Medida
❖ Histerese - propriedade do instrumento de medição cuja
resposta a um sinal de entrada depende da sequência dos
sinais de entrada precedentes.
❖ Estabilidade dum instrumento de medição – propriedade

dum instrumento de medição manter as suas propriedades
metrológicas constantes ao longo do tempo.
❖ Zona morta – zona de medidas que o instrumento não

consegue medir
Medida
❑ Caracterização Dinâmica
❖ Tempo de subida tr - Intervalo de tempo que a saída

demora a passar de 10 % a 90 % do valor final.
❖ Tempo de resposta, to - Tempo que decorre após uma

variação repentina do sinal de entrada até que o sinal de
saída atinja, dentro de limites especificados, o seu valor
final em regime estável e nele se mantenha.
Medida
❑ Caracterização Dinâmica
Tempo de resposta, to
Medida
❑ Quando utilizamos um instrumento de medição para
conhecer o valor de uma dada grandeza existente num
sistema pretendemos que a medição se aproxime o mais
possível do verdadeiro valor da grandeza que queremos
medir. São duas as características que fazem que o valor
medido de uma grandeza não seja igual ao seu verdadeiro
valor:
✓ A resistência interna do instrumento (que provoca efeito

de carga nos circuitos).
✓ A exatidão do instrumento (que provoca incerteza na

medição).
Medida
❑ Erro na Instrumentação Analógica:

O limite do erro intrínseco num aparelho analógico é
representado pelo índice de classe, que é indicado no próprio
aparelho ou na documentação que o acompanha.
A Comissão Eletrotécnica Internacional prevê vários índices

de classe a que correspondem os erros limites indicados na
tabela seguinte:
Índice de 0,05 0,1 0,2 0,3 0,5 1 1,5 2,5 5
Classes (ic)
Limite de ±0,05 ±0,1 ±0,2 ±0,3 ±0,5 ±1 ±1,5 ±2,5 ±5
erro%
Medida

O índice de classe é, em percentagem, o quociente entre o
erro absoluto máximo suposto constante em toda a gama de
medida e o valor máximo de escala de medida, ie,
ic  Vfe
 max =
100
Medida

E o erro relativo máximo é:
 max
 max =
leitura
Erro na Instrumentação Analógica
• Exemplo: Calcule o erro relativo máximo para as leituras de
7.5V; 5V; 2.5V considerando que as leituras foram obtidas
através do voltímetro analógico do exemplo anterior.
Resolução:
Medida
❑ Erro na instrumentação digital:
Nesta instrumentação, o erro é usualmente

especificado em duas parcelas:
✓ Percentagem da entrada (leitura).
✓ Um erro de resolução em número de dígitos da

década menos significativa (LSD)
Erro na instrumentação digital
❑ Exemplo: Um voltímetro digital apresenta as seguintes

características:
✓ Nº de dígitos: 4 ½ dígitos
✓ Escala: DC – 200mV
✓ Exatidão (Accuracy): ±[0,04% da leitura+3 dígitos

(LSD)]
Calcule o erro relativo para uma leitura de 100 mV.
𝛿𝑚𝑎𝑥
𝜀𝑚𝑎𝑥 = = 0,07%
𝑙𝑒𝑖𝑡𝑢𝑟𝑎
Erro na Instrumentação Digital
❑ Exemplo: Calcule o erro relativo máximo para as leituras

de 2,00mV; 5,00mV; 10,00mV; 50mV e 199,99mV,
considerando que as leituras foram obtidas através do
voltímetro digital do exemplo anterior.
Nota: Após efetuarem-se os cálculos, conclui-se:
- O erro de medida aumenta com a distância da

leitura ao fim de escala.
- Recomenda-se a seleção apropriada de escalas
Estatística da Medida
❑ A análise estatística de um conjunto de medidas

permite caracterizar analiticamente a incerteza da
medida, especialmente quando as medidas estão
sujeitas a erros de natureza aleatória.
❑ O uso de métodos estatísticos não é adequado ao

tratamento de dados com erros sistemáticos pois
estes afetam no mesmo sentido todas medidas.
Estatística da Medida:
Parâmetros
❑ Média Aritmética
Parâmetros
❑ Exemplo:
Para o conjunto de leituras seguinte, calcule a média aritmética
Parâmetros
❑ Valor Absoluto do Desvio Médio
Sendo di o desvio de cada uma das leituras relativamente à

média aritmética:
O desvio médio absoluto fornece uma indicação da repetibilidade

dos instrumentos usados na medição. Se for observado um
conjunto com boa repetibilidade, obtém-se um valor médio
absoluto pequeno.
Parâmetros
❑ O respetivo erro relativo é definido por:
Parâmetros
❑ Exemplo: Calcule o desvio médio absoluto do exemplo anterior
Parâmetros
❑ Desvio Padrão Experimental
O desvio padrão experimental, s, exprime a dispersão dos

dados. Um baixo desvio padrão indica que os pontos dos
dados tendem a estar próximos da média ou do valor esperado
Parâmetros
❑ Exemplo: Calcule o desvio padrão experimental do

exemplo anterior.
Histograma
❑ Os resultados de uma série de medições podem ser
caraterizados pelo histograma das observações, onde é
representada uma frequência de observações em função
dos valores lidos. O resultado é tanto mais preciso
quanto menor for o desvio padrão.
Exemplo: Fizeram-se 50 medidas de uma determinada

tensão e registaram-se as ocorrências.
Histograma
❑ A observação da representação gráfica do histograma dá

uma ideia da distribuição dos dados na gama dos valores
lidos. É frequente a curva de distribuição de um processo de
medição apresentar uma tendência central, com um
desenvolvimento simétrico em torno do valor mais provável,
o valor médio. Este tipo de distribuições é, em geral,
descrito por uma lei normal ou Gaussiana.
Exemplo: Histograma
❑ Para a medição de uma tensão recorremos a dois métodos

de medição, A e B, tendo-se registado as seguintes
distribuições de leitura:
Método A
Leituras (V) 10,1 10,2 10,3 10,4 10,5 10,6 10,7 10,8 10,9
Frequência 2 4 7 13 6 5 2 0 1
Método B
Leituras (V) 10,28 10,32 10,36 10,40 10,44 10,48 10,52 10,56 10,9
Frequência 1 1 3 7 15 8 4 1 1
Caraterize, estatisticamente, os 2 métodos de medição

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A Medida e o Erro da Medida

❑ Existência de um único sistema de unidades que

Objetivo ainda não alcançado universalmente.

❑ Os sistemas de unidades são compostos por:

- unidades derivadas com e sem dimensões.

❑ O Sistema Internacional de Unidades SI não é estático.

GRANDEZA UNIDADE SÍMBOLO

❑ Converta as seguintes quantidades para uma representação

❑ Converta as seguintes quantidades para uma

❑ Medição: Conjunto de operações que têm por objetivo

Estas operações podem ser realizadas manual ou

❑ Mensuranda: grandeza particular submetida à medição ou

❑ Resultado de uma medição: valor atribuído a uma

*VIM - Vocabulário Internacional de Metrologia

❑ Erro: Diferença entre o resultado da medição e o valor

❑ Exatidão: Capacidade de um sistema de medida fornecer

❑ Repetibilidade: Grau de aproximação entre os resultados de

Método A 3,69 A 3,71 A 3,70 A 3,69 A

O método A é mais exato que o método B visto que origina

Um método pode apresentar uma excelente repetibilidade

❑ Os erros de medida podem ser classificados em 2 grupos

principais: os erros sistemáticos (não variam de uma leitura

para a outra) e os erros aleatórios (apresentam valores

diferentes, de leitura para leitura, da mesma grandeza). Pode

considerar-se um 3º grupo, o dos erros grosseiros,

normalmente associados a erros humanos.

❑ Erros grosseiros ou flagrantes: São associados a erros

humanos, provenientes de leituras erradas, por ajuste

incorreto do instrumento de medida, por erro de cálculo, etc.

O cansaço, a desatenção, a inexperiência do utilizador

podem ser causas de erros grosseiros. Para eliminar este

tipo de erros, recomenda-se a repetição das medidas

(quando se conhece o valor aproximado da medida, o erro

❑ Erros aleatórios: Componente do erro de medição que, em

medições repetidas, varia de maneira imprevisível [VIM

2.19]. Estes erros são provocados por causas nem sempre

identificáveis e são, geralmente, pequenos. Para atenuar o

efeito deste tipo de erros, deve aumentar-se o número de

medidas e recorrer a métodos estatísticos apropriados.

❑ Erros sistemáticos: erro de medição que, em medições

repetidas, permanece igual ou varia de forma previsível

[VIM 2.17]. Podem ser divididos em: erros instrumentais e

erros devidos a condições ambientais.

✓ Erros sistemáticos instrumentais: atribuíveis ao

próprio instrumento de medição (ex: erro por efeito de

carga, deficiente ajuste de zero, má calibração, etc).

✓ Erros sistemáticos instrumentais:

Podem ser evitados recorrendo à seleção do

instrumento mais adequado à medida em causa bem

como através da correção das leituras após se ter

determinado o erro instrumental.

meio sobre a medida. (ex. variações térmicas, variações de

pressão e humidade, etc). Estes erros podem ser reduzidos

recorrendo ao condicionamento do ar, à desumidificação do

ambiente, ao uso de blindagens, etc).

❑ A melhor forma de detetar a presença de um erro sistemático é

repetir a medida com uma técnica completamente diferente e

usando instrumentos diferentes.

❑ Todos os aparelhos de medida introduzem algum erro no

❑ Factor de correção: Fator numérico pelo qual se multiplica

❑ Exemplo: Medição da Tensão Contínua

❑ O erro absoluto é o módulo de ∆x, isto é,