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DIRECÇÃO DE ENSINO
DEPARTAMENTO DE MECÂNICA
LUANDA – 2022
ACADEMIA NAVAL
DIRECÇÃO DE ENSINO
DEPARTAMENTO DE MECÂNICA
LUANDA – 2022
II
101028656- GMAR- CLÁUDIO JOSÉ LANDA
Banca Examinadora
Presidente
_______________________________________________________
1ºVogal (Arguente)
________________________________________________________
2ºVogal (Arguente)
___________________________________________________________________________
Vogal
________________________________________________________
Vogal
__________________________________________________________________________________
DEDICATÓRIA
A minha família, minha Mãe Adelina Inácio, meus irmãos e às memórias de Comprido
Landa e Constância Inácio.
III
AGRADECIMENTOS
Primeiramente agradeço ao soberano pai celestial criador do céu e da terra, o qual sem
ele nada seria possível, porque a minha formação, assim como o meu trabalho, sempre
dependeram dele. Agradeço por tudo que tem feito, e por proporcionar essa realização em
minha vida.
Agradeço aos meus pais, em especial minha mãe Adelina Inácio, por assegurar e
garantir a minha educação e integração no sistema de ensino, mesmo em momentos difíceis
abdicou das suas necessidades para apoiar-me nas necessidades escolares e não só, pelos
valores morais que me incutiu e que tem marcado toda a minha existência.
De seguida, também agradeço ao meu orientador TTN EN-AEL Reginaldo Vasco pela
paciência, pelo incentivo, apoio, cooperação e supervisão, pela convicção transmitida sobre as
minhas capacidades. Sem a sua determinação, julgamento analítico e raciocínio crítico as
pedras deste trilho não seriam transpostas.
Ao meu Co-orientador TTN EN-MEC João Nicolau Chefe de máquinas do navio Zinga
Mbande, pela paciência e dedicação, pelos ensinamentos passados durante a elaboração deste
trabalho, o meu muito obrigado.
Para mim é um motivo de grande satisfação e alegria, compartilhar este momento tao
importante com todos presentes, e agradecer ao corpo docente da Academia Naval, em
particular aos oficiais e professores do departamento de Engenharia Naval no ramo de
Mecânica, pela forma sábia como transmitiram e a disponibilidade evidenciada no percurso da
formação, desenvolvimento académico e profissional. Aos Guardas- Marinha António Zau,
IV
Suana Pedro, Marília António, Geovani Brás e aos demais colegas que tanto contribuíram
para o desenvolvimento deste TFC. Antes que me esqueça ao Corpo de Cadetes pelos
ensinamentos passados e pela disciplina militar, ao Serviço de Saúde que muitas vezes esteve
presente em momentos difíceis, a Secretária Escolar em particular o Sr. TTN Adilson Maquita
por acreditar em mim, a Reprografia Escolar, a todos os cadetes mais antigos e mais
modernos, trabalhadores militares e civis que fizeram e fazem parte da minha caminhada.
Por fim, mas não menos importante, a todas as pessoas que contribuíram directa e
indirectamente para a realização deste trabalho que não tenham sido mencionadas, os meus
humildes agradecimentos, tendo consciência de que sozinho nada disto teria sido possível,
mas que pelo limite de palavras não é possível citá-las a todas individualmente. O meu muito
obrigado por tudo.
V
EPÍGRAFE
Bill Gates
VI
RESUMO
O presente trabalho de fim de curso tem como objectivo elaborar um sistema de combustível
de accionamento automático para os navios da classe Ngola Kiluange. Para tal, foi necessário
analisar o funcionamento do sistema de combustível dos navios da classe Ngola Kiluange,
realizar a modelagem do protótipo, elaborar etapas para a criação do sistema de combustível
de accionamento automático e analisar o custo da implementação do protótipo. Quanto a
metodologia, fez-se uma abordagem qualitativa, aplicativa e exploratória, empregando o
método indutivo, tendo como base as técnicas de análise de documentos, realização de
entrevistas e observações que permitiram obter informações sobre estado atual do sistema de
combustível dos navios em estudo. Assim sendo, verificou-se que o actual método de controlo
do sistema de combustível nos navios da classe Ngola Kiluange não permite o seu
accionamento automático. O protótipo ora proposto permite o accionamento automático do
sistema de combustível, possibilitando operador de máquinas ter informações relativamente
ao nível do tanque de combustível e a sua quantidade consumida, bem como ligar a bomba e
abrir as válvulas sem se locomover do DC-5 (sala de controlo).
VII
ABSTRACT
The present end of course work aims to elaborate an automatic drive fuel system for the
Ngola Kiluange class ships. To this end, it was necessary to analyze the operation of the fuel
system of the Ngola Kiluange class ships, perform the modeling of the prototype, elaborate
steps for the creation of the automatic drive fuel system and analyze the cost of implementing
the prototype. As for the methodology, a qualitative, applicative and exploratory approach
was made, employing the inductive method, based on the techniques of document analysis,
conducting interviews and observations that allowed obtaining information on the current
state of the fuel system of the ships under study. Thus, it was verified that the current method
of control of the fuel system in the Ngola Kiluange class ships does not allow its automatic
activation. The proposed prototype allows the automatic operation of the fuel system,
enabling the engine operator to have information about the level of the fuel tank and its
amount consumed, as well as to start the pump and open the valves without moving from the
DC-5 (control room).
VIII
LISTA DE FIGURAS
X
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 ................................................................................................................................... 28
Quadro 2 ................................................................................................................................... 29
Quadro 3 ................................................................................................................................... 31
Quadro 4 ................................................................................................................................... 34
Quadro 5 ................................................................................................................................... 40
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 .................................................................................................................................... 38
XI
LISTA DE ABREVIATURA E SIGLAS
EN Engenheiro
MEC Mecânico
BB Bombordo
Swetch interruptor
CA Corrente alternada
EB Estibordo
KB Kilo Byte
mA Mil Ampére
𝑚3 Metro cúbico
𝑙 Litro
XIII
ÍNDICE
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 1
3 Objectivos ................................................................................................................................ 2
XV
2.10.9 Led (Díodo Emissor de Luz) .......................................................................................... 33
3.1 Formas de Controlo do Sistema de Combustível Actual nos Navios da Classe Ngola
Kiluange ................................................................................................................................... 36
4 CONCLUSÃO ....................................................................................................................... 46
REFERÊNCIAS ....................................................................................................................... 47
APÊNDICE .............................................................................................................................. 50
ANEXO .................................................................................................................................... 60
XVI
1 INTRODUÇÃO
1.2 Problemática
Actualmente vivemos em uma sociedade onde as tecnologias vêm dar resposta a quase
todos tipos de problemas, dentre os quais estão os relacionados ao foro naval. Nesta
conformidade, desenvolveu-se a automação naval que viabiliza a implementação, por parte
das marinhas a nível mundial, de sistemas automáticos e automatizados a bordo dos seus
navios com a finalidade de melhorar o seu nível de prontidão. Estes sistemas encontram-se em
actualização constante, acompanhando o desenvolvimento dinâmico e contínuo do cenário
global.
A automação dos sistemas que constituem os navios da classe Ngola Kiluange está a
um ritmo que não acompanha as dinâmicas globais, pois observou-se que a partir do DC-5
1
não é possível visualizar o nível de combustível do tanque, bem como encher e esvaziar o
tanque de combustível. Para executar tais procedimentos é necessário que o operador se
desloque ao compartimento de máquinas. Essa situação condiciona o accionamento do
sistema de combustíveis a partir do DC-5 na sua totalidade.
Verificou-se que o método usado para o accionamento deste sistema causa um enorme
desgaste ao operador de máquina, pois o compartimento de máquinas apresenta temperaturas
elevadas e uma acentuada poluição sonora proveniente do funcionamento das máquinas. Tal
situação é prejudicial à saúde dos operadores e condiciona o cumprimento normal da escala
de serviço de operadores (maquinista e condutor) no compartimento de máquinas e,
consequentemente compromete a organização diária e de combate do navio de maneira geral e
do DC-5 em particular.
QP: Como optimizar o controlo do sistema de combustível nos navios da classe Ngola
Kiluange?
3 Objectivos
1.4 Justificativa
A escolha do tema surgiu durante algumas pesquisas e estudos feitos a partir de livros
e artigos da internet sobre o controlo do sistema de combustível dos navios da Marinha
Portuguesa e Brasileira, onde notou-se que os operadores de máquinas nem sempre se
deslocam do DC-5 (Sala de controlo de Máquina) ou MCR (sala de controlo das máquinas)
para chegar até a casa de máquinas a fim de ligar o sistema de combustível (bomba e válvula)
e verificar o nível de combustível, uma vez que é utilizado um sistema de controlo que lhes
possibilita fazer a leitura destes dados e efectuar comandos de accionamento a partir do DC-5
ou MCR.
Neste caso, o presente trabalho justifica-se pela grande importância que o tema
acarreta, no que concerne ao accionamento automático do sistema de combustível dos navios
da classe Ngola Kiluange. Deste modo, o trabalho de fim do curso vai procurar implementar
um sistema no DC-5 (Sala de controlo de Máquina) de modo a accionar automaticamente o
sistema de combustível, para que os operadores de máquinas do navio não se desloquem do
DC-5 (Sala de controlo de Máquina) até a casa de máquina para dar partida ao sistema de
combustível (ligar bomba, abrir a válvula e ver o nível) e fazer a leitura da quantidade de
combustível existente nos tanques.
1.5 Metodologia
No que concerne aos tipos de pesquisa, neste Trabalho de Fim de Curso observou-se
os seguintes tipos:
Quanto a sua natureza, a pesquisa é aplicativa, visto que a finalidade deste estudo é de
implementar um sistema de combustível de accionamento automático nos navios da classe
Ngola Kiluange, com o objectivo de gerar conhecimentos para a solução da problemática,
visto que a solução proposta é de possível implementação no navio em causa.
4
O segundo capítulo, REFERENCIAL TÉORICO, aborda o estudo teórico necessário
para melhor compreensão e desenvolvimento do protótipo, como definições de automação,
controlo, sistema e medições.
5
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
➢ Eléctrico;
➢ Hidráulico;
➢ Pneumático.
De acordo com Silva (2011), é de opinião que o simples uso de máquinas para
substituir o trabalho manual, não é automação, isto é pura mecanização. Deve-se ter mais
cautela no que diz respeito ao conceito de automação. Salienta ainda o mesmo autor que, para
que um processo industrial seja automatizado é necessário que ocorram interacções de três
agentes, a citar:
2.2 Controlo
Controlar, para a engenharia, consiste em conseguir que um dado sistema realize uma
tarefa que se pretende. (Silva, 2013).
7
2.2.1 Tipos de Controlo
Segundo Oliveira (2013), o controlo manual pode ser considerado como o tipo mais
simples de controlo. Onde operador aplica a energia ao processo através do atuador. O
processo usa esta energia e produz uma saída em consequência.
Segundo Oliveira (2013, p. 9), “Pode-se definir um sistema como uma combinação de
componentes que atuam conjuntamente para atingir um objectivo comum. Por exemplo:
9
sistema de controlo, sistema de alarme, etc. Um sistema é caracterizado por possuir uma
relação bem definida de Entrada – Saída”.
É aquele sistema em que a acção de controlo não depende da saída, logo a saída não
tem influência na acção de controlo. Neste caso, conforme mostrado na Figura 3, a saída não é
medida e nem comparada com a entrada. (Ferracioli, 2021).
10
➢ Processo: é qualquer operação a ser controlada. Ex: processos químicos, económicos
biológicos.
➢ Realimentação: É a característica do sistema de malha fechada que permite a saída
ser comparada com a entrada. Geralmente a realimentação é produzida num sistema,
quando existe uma sequência fechada de relações de causa e efeito entre variáveis do
sistema.
➢ Diagrama em bloco: Diagrama de blocos de um sistema é uma representação das
funções desempenhadas por cada componente e do fluxo de sinais.
➢ Perturbação: Também conhecido como distúrbio, é qualquer sinal, ruído, ou
alteração que afecte adversamente o valor de alguma das variáveis do sistema. Na
maioria dos casos, a perturbação afecta a variável controlada (saída do processo), mas
pode também, em alguns casos, afectar a variável manipulada (entrada do processo).
No exemplo de controlo de nível, a perturbação pode ser um fluxo de entrada
adicional, que altera de forma inesperada o nível do tanque.
➢ Erro: Também conhecido como Desvio, é a diferença entre o valor desejado e o valor
da variável controlada. Em outras palavras, indica o quão diferente está a variável de
processo (PV) em relação ao valor desejado (SP). Geralmente o Erro serve como
entrada para o controlador.
➢ Ganho: Representa o quanto a saída de um processo aumenta em relação a um
aumento na entrada deste mesmo processo. Por exemplo, considere um resistor em
que a variação da sua corrente dobra o valor da sua tensão. Neste caso, o ganho obtido
entre entrada (corrente) e saída (tensão) é de duas vezes (2x).
Existem diversas técnicas de medição de nível que podem ser aplicadas, dependendo
da necessidade do processo, pertencendo a organização e a equipe responsável definir em
11
consenso qual o melhor equipamento a ser utilizado e a precisão que se almeja. (Nidejelski,
2018).
➢ Bóia ou flutuadores;
➢ Réguas ou gabaritos;
➢ Visores de nível.
12
2.4.1.1.2 Visor de Nível
Medidores que trabalham com o princípio de vasos comunicantes. Uma conduta
transparente é alocada a partir de uma base até um topo, permitindo a leitura do nível
combustível. O nível é observado através de um visor especial, possibilitando haver uma
escala graduada que acompanha o visor, conforme mostra a figura 6. (Junior, 2017).
➢ Ultrassónico;
➢ Borbulhador;
➢ Pressão diferencial;
➢ Capacitivo;
➢ Por peso (células de carga);
➢ Empuxo;
➢ Radar;
➢ Radioactivo.
2.4.1.2.1 Ultrassónico
Sensores ultrassónico são usados para medição contínua de nível sem contacto em
tanques. Os sensores Ultrassónico são compostos por dois componentes básicos, são eles: O
ultrassom é uma onda sonora com frequência acima da faixa audível humana, que se situa
entre 20Hz a 20kHz e o emissor Ultrassónico cuja função é de gerar a onda sonora e o
13
receptor de ultrassom responsável por detectar a onda reflectida (eco), conforme mostra a
Figura 7. (Fialho, 2010).
2.5 Sensores
Segundo Guiamba e Chivambo (2018), os erros, quanto à sua origem podem ser:
➢ Erros Sistemáticos
➢ Erros Fortuitos ou Acidentais
➢ Erros por Negligência
15
➢ Atenuam-se através de muito cuidado e aumentando o número de medições paralelas
para efeito de tratamento estatístico.
Uma boa parte dos navios de guerra modernos dispõem de sistemas de gestão de
plataforma (SGP) que são fundamentalmente computadores ou redes de computadores que
interligam sensores e sistemas de comando e controlo. Estes sistemas substituíram os antigos
sistemas de comando das máquinas. (Parreira, Vairinhos e Lobo, n.d.).
16
As fragatas da classe Vasco da Gama, da Marinha Portuguesa, actualmente estão a
passar por um processo de actualização do sistema de gestão de plataforma (SGP),
consequentemente o seu sistema de controlo, que será substituído pelo IPMS (Integrated
Platform Marine System), conforme fixado no anexo C.
De acordo com Reis (2015), os sistemas de combustíveis dos navios têm a função de
armazenar e distribuir uma quantidade apropriada de combustível a uma dada pressão capaz
de satisfazer com a demanda do motor.
17
2.8.1.1 Tipos de Tanques de Combustíveis
Tanques de Reserva - são destinados para armazenamento de combustível, que vai sendo
trasfegado, através de bombas e encanamentos, para tanques de serviço, á medida das
necessidades. Encontram-se situados junto ao fundo, na zona de lastro, para efeito de
segurança e da estabilidade do navio. Os acessórios dos tanques de reserva são:
De acordo com ETNA (2005), válvulas que constituem o circuito de combustível dos
tanques de reserva, são as seguintes:
18
Figura 10. Bomba trasfega combustível
Fonte: Extraído de https://www.hidraulicart.pt/loja-online/bombas-12v-24v/bomba-trasfega-gasoleo-12-v-24-v-
tellarini/
19
Figura 12. Centrifugador de combustível
Fonte: Extraído de https://www.gea.com/pt/products/separators-marine.jsp
20
Segundo Peça (2012), bombas injectoras são utilizados nos sistemas de combustível,
para elevar ou aumenta a altas pressões do combustível no interior de cada cilindro do motor,
conforme mostra a Figura 15.
Neste ponto será abordado os componentes que faram parte da elaboração e concepção
do projecto para concepção do protótipo, como características e outras funções que os
componentes apresentam. Componentes esses que são: Arduíno, LCD (Display), bomba DC
(corrente continua), sensor Ultrassónico, condutores, switch (interruptor), válvula selenóide,
21
Placa de ensaio (Protoboard), Balde graduado e Fonte de alimentação, conforme fixado no
anexo D.
2.10.1 Arduíno
1
Hardware: é a parte física de um computador, é formado pêlos componentes electrónicos.
2
Software: é a parte lógica do computador, e é uma sequência de instruções escritas para serem interpretadas
por um computador na execução das tarefas específicas
3
Microcontrolador: é um C.I (Circuito Integrado) com várias funcionalidades. E são utilizados em vários
sistemas embarcados tais como: carros, electrodomésticos, aviões, automação residencial.
22
Figura 18. Tipos de Arduíno
Fonte: https://www.blogdarobotica.com
O software de código aberto do Arduíno (IDE) torna fácil escrever códigos, compilar e
os enviar directamente para a placa. Ele funciona nos sistemas operacionais Windows, Mac
OS X e Linux. A interface do software Arduíno IDE (Integrated Development Enviroment) é
24
um ambiente que permite a criação de programa para a placa Arduíno, assim como compilar e
fazer upload do código para a placa, conforme mostra a figura 20. ARDUINO (2020).
Segundo Eletrogate (2022), os Displays LCD são dispositivos usados para desenvolver
uma aplicação, conforme mostra a Figura 21. Eles permitem uma interface visual entre
homem e máquina. No LCD você pode enviar textos, números, símbolos e até imagens que
podem dar uma indicação do que o Microcontrolador (Arduíno) está fazendo, dos dados que
podem estar sendo colectados ou transmitidos. LCD significa em inglês – Liquid Crystal
Display – ou mostrador de cristal líquido.
25
Figura 21. Display (LCD-20X4)
Fonte: Extraído de https://www.botnroll.com/en/lcds-displays/3152-20x4-i2c-lcd-module-blue.html
Actualmente, nos processos industriais onde são manipulados fluidos, sejam líquidos,
vapores ou gases, existe uma válvula selenóide como dispositivo de segurança. A válvula
solenóide é uma válvula electromecânica controlada. O nome de solenóide devido ao seu
componente principal ser uma bobina eléctrica com um núcleo ferromagnético móvel no
centro, sendo este núcleo chamado de êmbolo. Silveira (2017).
27
Quadro 1
Vantagens e desvantagens dos motores CC e CA.
Tipo de motor Vantagens Desvantagens
28
Quadro 2
Dados característicos da bomba de corrente continua (CC)
No presente trabalho foi definido um modelo de sensor ultrassónico específico, pois foi o
modelo usado no protótipo, ultrassónico HC-SR04.
Mas de acordo com Fagundes (n.d.), para encontrarmos a distância entre o objecto e o
sensor basta usar a fórmula 1 de acordo com a Figura 25:
29
∆t
∆S = ∆V (1)
2
Onde:
∆t: Tempo em que a onda ultrassônica leva para incidir no objecto e ser refletida para o sensor
Na Figura 26 será apresentado os pinos do sensor HC-SR04, para melhor compreender a sua
interface com o Arduíno. (USINAINFO, 2022).
30
2.10.6 Sensor de Fluxo /Vasão
Quadro 3
Classificação dos medidores de vazão.
Segundo Sousa (2018), placa de ensaio é uma placa que permite a construção do
circuito electrónico, inclusive para fins didácticos. Ela é constituída por uma base plástica
com orifícios destinados ao encaixe de componentes electrónicos. Uma vez que isto pode ser
realizado apenas com encaixes, dispensando soldagem, e possibilitando montagem de novos
circuitos. Podemos visualizar na Figura 28 uma placa de ensaio.
32
Resistor é um dispositivo que transforma energia eléctrica em energia térmica por
meio do efeito joule (energia térmica) e com isso oferece uma oposição à passagem de
corrente eléctrica. Conforme mostra a Figura 29. (Sousa, 2018).
33
3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Neste capítulo são apresentados os resultados obtidos através de testes e ensaios para
chegar à solução do problema apresentado, abrangendo os objectivos propostos.
Quadro 4
Capacidade de armazenamento de cada tanque e suas funções
34
TQ de Reembolso (retorno) Nº 20 Sua Capacidade de Armazenamento é de
localizado 6,177 metros cúbicos (𝑚3 )
no meio navio (tem a função de colectar
o
combustível de todos os tanques para
que não
derrame combustível fora ou dentro da
casa de máquina em situações diversa)
3.1 Formas de Controlo do Sistema de Combustível Actual nos Navios da Classe Ngola
Kiluange
Nos navios da classe Ngola Kiluange existe uma forma de controlo do sistema de
combustível que é o controlo manual, conforme a Figura 31.
37
Como se pode notar, o protótipo possui um custo total, a nível de materiais de 88.700
(oitenta e oito mil e setecentos) Kzs, onde o componente com maior preço é o Arduino com
um preço de 17 000 (dezassete mil) kzs, seguido da bomba, vávula e sensor de fluxo com
9000 (nove mil) Kzs. Os preços foram obtidos mediante a factura, ilustrada no anexo B.
Tabela 1
Orçamento dos itens utilizados para o desenvolvimento do projecto.
Itens Quantidade Preço unitário Preço total (KZ)
Módulo Relé 1 3000 3.000
Arduíno 1 17000 17.000
LED 6 100 600
Bomba 1 9000 9.000
Válvula 1 9000 9.000
LCD (Display) 1 7000 7.000
Sensor de Fluxo 1 9000 9.000
Sensor ultrassónico 2 4000 8.000
Fonte de 3 4000 12.000
Alimentação
Botão (Interruptor) 3 500 1.500
Resistor 6 100 600
Placa de ensaio 1 2000 2.000
Buzina 1 4000 4.000
Balde graduado 2 3000 6.000
Total (KZ) ---------- ----------- 88.700
Fonte: Autor (2022).
38
3.3.2 Medidas Para a Mitigação de Riscos do Sistema Proposto
Por tanto, é crucial que durante o desenvolvimento de projectos estes riscos sejam
avaliados e de alguma forma medidos e que existam medidas para a sua mitigação. Nesta
conformidade são elencadas medidas de mitigação de riscos que podem ser originadas no
sistema que se propõe, a citar:
O protótipo em questão tem como papel controlar o sistema de combustível dos navios
da classe Ngola Kiluange por intermédio de accionamento automático, em situação de falta de
combustível no tanque de serviço.
39
Na modalidade do modo automático o sistema tem o seguinte funcionamento: o
mesmo será accionado automaticamente na falta de combustível no tanque de serviço, por
intermédio de um sensor ultrassónico encarregado de medir o nível de combustível
encontrado no interior do tanque, se o nível estiver baixo o sensor ultrassónico enviará um
sinal ao micro controlador (Arduíno), que vai processar esses sinais e enviar uma ordem de
comando por intermédio do relé para os dispositivos de controlo (bomba, válvula) ligando a
bomba e a válvula. Quando o sensor ultrassónico medir nível alto, enviará novamente um
sinal ao micro controlador, que consequentemente vai enviar ordem de comando por
intermédio do relé para os dispositivos de controlo desligando a bomba e a válvula.
Quadro 5
Equivalência dos níveis dos tanques de serviço do protótipo e dos tanques de serviço do navio
Ngola Kiluange.
(𝑚3 ) 𝑙 (𝑚3 ) 𝑙
40
Os níveis do tanque de combustível do protótipo foram definidos de acordo com o
valor do volume estabelecido no balde graduado que é de 0,0038 (𝑚3 ) á 100%. Esse valor foi
reduzido a 90% e dividido em três níveis.
41
Figura 34. Fluxograma de código
Fonte: Autor (2022).
42
A Figura 35 ilustra o esquema eléctrico do sistema de combustível de accionamento
automático.
Para a montagem do protótipo foi criada uma maquete constituído por um Display
(LCD) como painel de controlo, baldes graduados para simular o tanque de serviço e o tanque
43
de reserva, sensores, Arduíno, bomba, relé, botões e válvula, leds conforme apresentado no
anexo D. Depois fez-se a instalação dos dispositivos do sistema e a ligação do circuito
eléctrico.
44
Figura 37. Protótipo montado
Fonte: Autor (2022).
45
4 CONCLUSÃO
A implementação prática deste protótipo nos Navios da Classe Ngola Kiluange, vai
requerer um estudo de viabilidade multilateral.
Apesar das grandes vantagens que podem ser oferecidas pelo sistema automático, não
se deve anular o sistema manual, devido aos riscos que podem advir da sua automação. Os
dois sistemas devem funcionar de forma redundante de modo a optimizar o sistema.
Diante da metodologia proposta percebe-se que o trabalho de fim de curso poderia ter
sido realizado com os dispositivos mais eficientes possíveis, no caso, sensores de pressão para
medição de nível, uma vez que, no presente Trabalho de Fim de Curso, diante da limitação
geográfica e de tempo, só foi possível empregar o sensor ultrassónico para medição de nível.
Tal facto, dificultou a escolha de materiais para a construção do protótipo.
46
REFERÊNCIAS
Eletrogate (2022). O que é Arduino: Para que Serve, Vantagens e como Utilizar. Extraído de:
https://blog.eletrogate.com/o-que-e-arduino-para-que-serve-vantagens-e-como-utilizar/
47
Magnetron (2018). A história da buzina. Extraído de:
https://www.magnetron.com.br/blog/historia-da-buzina/
Parreira, R., Vairinhos, V. & Lobo, V. (n.d.). Análise de parâmetros de operação de máquinas
marítimas [PDF]. Extraído de
https://www.novaims.unl.pt/vlobo/Publicacoes/3_13_parametros_maquinas_maritimas.p
df
48
Silva, W. M. (2011). Automação industrial [PDF].Extraído de
http://www.unirv.edu.br/conteudos/fckfiles/files/WESLEY%20M_%20DA%20SILV
A.pdf
49
APÊNDICE
1 Módulo relé
1 Arduíno UNO
3 LED
1 Bomba
1 Válvula
1 LCD (Display)
1 Sensor de Fluxo
1 Sensor Ultrassónico
3 Fonte de Alimentação
3 Botão (interruptor)
3 Resistência
1 Placa de Ensaio
1 Buzina
2 Balde Graduado
50
Apêndice B - Código Fonte do Sistema
#include <NewPing.h>
#include <Wire.h>
#include <LiquidCrystal_I2C.h>
#define TRIGGER_PIN 7
#define ECHO_PIN 6
#define vermelho 5
#define verdi 10
#define azul 11
#define bomba 9
#define valvula 8
#define PINO_SENSOR 2
#define alarme 12
#define botaoauto 4
#define botaomanual 3
LiquidCrystal_I2C lcd(0x3F,20,4);
NewPing sonar(TRIGGER_PIN, ECHO_PIN);
const int INTERRUPCAO_SENSOR = 0;
unsigned long contador = 0;
const float FATOR_CALIBRACAO = 4.5;
float fluxo = 0;
float volume = 0;
int ligado = 0;
float volume_total = 0;
unsigned long tempo_antes = 0;
float leitura, conversao1, conversao2, conversao3, conversao4;
void setup() {
Serial.begin(9600);
lcd.backlight();
lcd.init();
pinMode(botaoauto, INPUT);
pinMode(botaomanual, INPUT);
pinMode(alarme,OUTPUT);
pinMode(PINO_SENSOR, INPUT_PULLUP);
pinMode(vermelho,OUTPUT);
pinMode(verdi,OUTPUT);
pinMode(bomba,OUTPUT);
pinMode(valvula,OUTPUT);
digitalWrite(vermelho,LOW);
digitalWrite(verdi,LOW);
digitalWrite(azul,LOW);
digitalWrite(bomba,LOW);
digitalWrite(valvula,LOW);
}
51
void loop()
{
delay(1000);
leitura = sonar.ping_cm();
conversao1 = leitura*434;
lcd.setCursor(0,0);
Serial.print ("NIVEL: ");
conversao2 = (conversao1/1000);
conversao3 = (map(conversao2, 0, 9.6, 9.6, 0));
conversao4 = (conversao3*90);
lcd.setCursor(0,1);
lcd.print (conversao4);
lcd.setCursor(4,1);
lcd.println("%");
if(digitalRead(botaomanual) == HIGH)
{
lcd.setCursor(8,0);
lcd.print("Modo Manual");
if(conversao3==9){
digitalWrite(vermelho,HIGH);
digitalWrite(verdi,LOW);
digitalWrite(azul,LOW);
digitalWrite(bomba,LOW);
digitalWrite(valvula,LOW);
lcd.setCursor(0,2);
lcd.println("NIVEL MAXIMO");
}
else{
digitalWrite(vermelho,LOW);
}
if(conversao3==6){
digitalWrite(verdi,HIGH);
digitalWrite(vermelho,LOW);
digitalWrite(azul,LOW);
digitalWrite(bomba,LOW);
digitalWrite(valvula,LOW);
lcd.setCursor(0,2);
lcd.println("NIVEL MEDIO");
}
else{
digitalWrite(verdi,LOW);
digitalWrite(bomba,LOW);
digitalWrite(valvula,LOW);
}
if(conversao3==3){
digitalWrite(verdi,HIGH);
digitalWrite(vermelho,LOW);
digitalWrite(azul,LOW);
52
digitalWrite(bomba,LOW);
digitalWrite(valvula,LOW);
lcd.setCursor(0,2);
lcd.println("NIVEL MINIMO");
}
else{
digitalWrite(verdi,LOW);
digitalWrite(bomba,LOW);
digitalWrite(valvula,LOW);
}
if(conversao3<2){
digitalWrite(verdi,HIGH);
digitalWrite(vermelho,HIGH);
digitalWrite(azul,HIGH);
digitalWrite(alarme,HIGH);
digitalWrite(bomba,LOW);
digitalWrite(valvula,LOW);
lcd.setCursor(0,2);
lcd.println("FALHA NO SISTEMA");
}
else{
digitalWrite(verdi,LOW);
digitalWrite(vermelho,LOW);
digitalWrite(azul,LOW);
}
}
if(digitalRead(botaoauto) == 1){
ligado = !ligado;}
lcd.setCursor(8,0);
lcd.print("Modo Automatico");
if(ligado ==1){
if(conversao3==9){
digitalWrite(vermelho,HIGH);
digitalWrite(verdi,LOW);
digitalWrite(azul,LOW);
digitalWrite(bomba,LOW);
digitalWrite(valvula,LOW);
lcd.setCursor(0,2);
lcd.println("NIVEL MAXIMO");
}
else{
digitalWrite(vermelho,LOW);
}
if(conversao3==6){
digitalWrite(verdi,HIGH);
digitalWrite(vermelho,LOW);
digitalWrite(azul,LOW);
digitalWrite(bomba,LOW);
53
digitalWrite(valvula,LOW);
lcd.setCursor(0,2);
lcd.println("NIVEL MEDIO");
}
else{
digitalWrite(verdi,LOW);
digitalWrite(bomba,LOW);
digitalWrite(valvula,LOW);
}
if(conversao3==3){
digitalWrite(azul,HIGH);
digitalWrite(vermelho,LOW);
digitalWrite(verdi,LOW);
digitalWrite(bomba, HIGH));
digitalWrite(valvula, HIGH));
lcd.setCursor(0,2);
lcd.println("NIVEL MINIMO");
}
else{
digitalWrite(verdi,LOW);
digitalWrite(bomba,LOW);
digitalWrite(valvula,LOW);
}
if(conversao3<2){
digitalWrite(verdi,HIGH);
digitalWrite(vermelho,HIGH);
digitalWrite(azul,HIGH);
digitalWrite(alarme,HIGH);
digitalWrite(bomba,LOW);
digitalWrite(valvula,LOW);
lcd.setCursor(0,2);
lcd.println("FALHA NO SISTEMA");
}
else{
digitalWrite(verdi,LOW);
digitalWrite(vermelho,LOW);
digitalWrite(azul,LOW);
}
}
if((millis() - tempo_antes) > 1000){
detachInterrupt(INTERRUPCAO_SENSOR);
fluxo = ((1000.0 / (millis() -
tempo_antes)) * contador) / FATOR_CALIBRACAO;
54
lcd.setCursor(20,3);
lcd.print(volume_total);
lcd.setCursor(22,2);
lcd.println(" L");
lcd.println();
contador = 0;
tempo_antes = millis();
attachInterrupt(INTERRUPCAO_SENSOR, contador_pulso, FALLING);
}
}
void contador_pulso() {
contador++;
}
55
Sensor Ultrassónico – Tem a função de medir o
nível de combustível contido no interior do tanque.
56
Condutor – Tem a função de permitir a passagem
da corrente elétrica no circuito.
57
Modulo I2C – Serve para simplificar as saídas do
LCD (Display).
58
LEDs – Tem a função de emitir sinal luminoso.
59
ANEXO
60
Anexo E – Factura dos Componentes Usados na Constituição do protótipo
61