Você está na página 1de 72

MANEJO DE PLANTAS DANINHAS EM SISTEMAS DE

PRODUÇÃO

Leandro Vargas
Embrapa Trigo
leandro.vargas@embrapa.br
INTRODUÇÃO

- Qual a principal planta daninha atualmente?

- Em que momento estamos fazendo o controle?


INTRODUÇÃO

- Como é feito o controle antes da emergência da


planta daninha?

- Como é feito controle após a emergência da planta


daninha?
INTRODUÇÃO

- Existe diferenciação clara entre resistência e

tolerância?
RESISTÊNCIA A HERBICIDAS

CONCEITO DE RESISTÊNCIA
Capacidade adquirida pela planta em sobreviver a máxima dose do
herbicida registrada para a espécie (que consta na bula) e que é letal
aos demais indivíduos da população.
RESISTÊNCIA A HERBICIDAS

CONCEITO DE RESISTÊNCIA
Capacidade ADQUIRIDA pela planta em sobreviver a máxima dose do
herbicida registrada para a espécie (que consta na bula) e que é letal
aos demais indivíduos da população.

CONCEITO DE TOLERÂNCIA
Capacidade INATA da planta, em determinado estádio, em sobreviver
a máxima dose do herbicida registrada para a espécie (que consta na
bula) e que é letal aos indivíduos quando aplicada em estádios
específicos. Ex. Corriola, pé-de-galinha, leiteiro, poaia....
RESISTÊNCIA AOS HERBICIDAS

Risco de ocorrer resistência


Manejos
Muito Alto Médio Baixo Mínimo Risco
alto zero
Controle químico X X X X X

Não existe. Podemos atrasar o aparecimento da resistência


Controle mecânico X X X X

Controle cultural X X X X

Controle preventivo X X X

Rotação mecanismos X X X

mas não evitar.


Aplicações sequenciais X X

Associação de mecanismos de ação (misturas) X X

Associação de mecanismos de desintoxicação (misturas) X

Associação de pré e pós-emergentes X

Rotação de culturas X

Culturas de cobertura X

Monitoramento X
MANEJO DE PLANTA DANINHAS

Situação das áreas é resultado do manejo


aplicado na cultura ou ano anterior!
QUANDO INICIAR O PROGRAMA DE MPD?
CONTROLE NO INVERNO

- Possibilidades:
- Cultivo cereais de inverno com controle PD;
- Culturas de cobertura (aveia, nabo, ervilhaca...) com controle;
- Pastagem com ou sem controle de plantas daninhas;
- Pousio.
CULTURAS DE COBERTURA
CULTURAS DE COBERTURA
CULTURAS DE COBERTURA
CULTURAS DE COBERTURA
CULTURAS DE COBERTURA
CULTURA DE INVERNO
CULTURA DE COBERTURA

POUSIO
CULTURAS DE COBERTURA
TRIGO NO INVERNO
HERBICIDAS TRIGO

- Possibilidades:
- Gramíneas e folhas largas: Hussar e Tricea (ALS);
- Só folhas largas: Ally (metsulfuron- ALS); 2,4-D e MCPA (Horm);
- Só gramíneas: Topik (ACCase);
- Outros: Heat, Flumizyn (Protox), .....
- Novos: Pinoxadem (azevém); Pyroxasulfone (Yamato) e Heat.
CONTROLE NO INVERNO
CONTROLE NO INVERNO
RESTEVA DE CULTURA DE INVERNO
POUSIO
Lolium multiflorum - azevém (diploide 2n=14)
Lolium multiflorum resistente a EPSPs no Rio
Grande do Sul
Lolium multiflorum resistente a ALS no Rio
Grande do Sul
Lolium multiflorum resistente a ACCase no Rio
Grande do Sul
CONTROLE AZEVÉM

- ALS – Tricea, Hussar;


- ACCase – Topik, Pinoxadem;
- Dessecação: Select, Poast, Verdict;
Buva – Conyza bonariensis
Buva – Conyza sumatrensis
Conyza bonariensis

Conyza sumatrensis
CONTROLE DE BUVA NO INVERNO

- ALS – Ally (metsulfurom), Tricea, Hussar;


- Auxinas - 2,4-D, MCPA
- Protox- Heat
½D D D 4xD D 4xD

B17

B05

B20

B02

1º Estádio 2º Estádio 3º Estádio

Classic, dose 80 g/ha (20 g i. a./ha)


PASTAGEM

Foto: Mario Bianchi


DESSECAÇÃO
Glifosato + 2,4-D + Heat, clorimuron /sequenc/ Glufosinato, Heat, Paraquat

Foto: Mario Bianchi


Sensibilidade diferencial de espécies x resistência

Clorimuron

Glifosato

Gli + Clor

B1 B2 B3 B4 B5
Safra 2017/2018
Safra 2017/2018
Safra 2017/2018
Safra 2017/2018
Safra 2017/2018
PLANTAS DANINHAS SAFRA 2017/2018

- Pouca chuva e temperatura moderadas no inverno


- Condição desfavorável para germinação de buva
- Manejo pré-semeadura (dessecação)
- Plantas daninhas com baixo metabolismo
- Uso de pré-emergentes
- Produtores não aceitam com naturalidade
- Pós-emergência da soja
- Emergência de buva, picão-preto, leiteiro e caruru
- Poucas opções e o glifosato é limitado nessas espécies
DESSECAÇÃO X MISTURAS

- Principais misturas praticadas:

- Glifosato + graminicida + 2,4-D + Heat;


- Glifosato + 2,4-D + Heat;
- Glifosato + graminicida + clorimuron;
- Glifosato + Heat;
- Glifosato + .....+ Spider/Flumyzin/imazethapyr/...
Espécies de difícil controle (tolerantes)
Maria mole – Senecio brasiliensis
Poaia – Richardia brasiliensis
Família Rubiaceae

Richardia scabra Richardia brasiliensis Richardia grandiflora


MANEJO DA VEGETAÇÃO PRÉ-SEMEADURA DA SOJA

- Richardia brasiliensis:
- glifosato (1080 g e.a. ha) + 2,4-D (670 g e.a. ha)
- diuron + paraquat (600g i.a.ha) + flumioxazin (20g i.a.ha)
- glifosato (1080 g e.a. há) pós-emergência inicial
Trapoeraba – Commelina benghalensis

Flores zigomórficas
Família Commelinaceae

C. erecta C. diffusa C. villosa C. benghalensis

Folhas com aurícula


Flores/sementes
subterrâneas
Caule ereto e
folhas sem pecíolo
Caule avermelhado e
flor com 3 pétalas
MANEJO DA VEGETAÇÃO PRÉ-SEMEADURA DA SOJA

- Herbicidas com possibilidade de uso:


- Commelina benghalensis:
1- glifosato (1080 g e.a. ha) + 2,4-D (670 g e.a. há)
2- glifosato (1080 g e.a. há) + metsulfuron ( 2,4 g i.a. há)
3- glifosato (1080 g e.a. há) + flumioxazin ( 20 g i.a. há)

- Commelina diffusa:
1- Diuron + paraquat (600 g i.a. ha)
2- glifosato (1080 g e.a. ha) + 2,4-D (670 g e.a. há) (controle lento + 50 DAT)
3- glifosato (1080 g e.a. há) + carfentrazone ( 16 g i.a. há)
4- glifosato (1080 g e.a. há) + flumioxazin ( 20 g i.a. há)

- Commelina villosa e Commelina erecta:


1- Diuron + paraquat (600 g i.a. ha) sequencial - intervalo 20 a 25 DAT
*glifosato isolado e outras associações controle menor de 70% essas espécies.

Fonte: Luiz Henrique Penckowski- Fundação ABC


MANEJO DA VEGETAÇÃO PRÉ-SEMEADURA DA SOJA

- Poaia e Trapoeraba
–- Pré-emergentes: Spider, Flumioxazin, Imazethapyr, Metolachlor, Atrazina ...

– - Pós-emergência: Flumioxazin, ALS, Bentazon, glifosato sequenciais


Caruru – Amaranthus hibridus

Amaranthus hibridus var paniculatus

Amaranthus hibridus var patulus


Caruru – Amaranthus palmeri
Rabo-de-burro – Andropogon bicornis
Capim Rhodes – Chloris sp.
MANEJO DA VEGETAÇÃO PRÉ-SEMEADURA DA SOJA

- Rabo-de-burro
–- Pré-emergentes: S-Metolachlor, Trifluralina, Herbadox...

–- Pós-emergentes: Graminicidas + glifosato; glifosato + Select, sequenc...


Normal Pareadas

Cruzado Adensado
RESUMO DESSECAÇÃO

- Diagnóstico
- Resistência: quais? Mecanismos alternativos
- Espécies tolerantes: poaia, trapoeraba, corriola, rabo-de-
burro, Chloris.....

- Misturas de herbicidas
- Normalmente perde-se no graminicida (30%)
- Incompatibilidade (formulações)
- Pré-emergentes (residual/dose/fito na soja)

- Tempo necessário para dessecação


- Azevém e buva 25 a 30 dias
- Sequencial com produto contato (15 dias)
PÓS-EMERGÊNCIA DA SOJA

- Herbicidas com possibilidade de uso:

- Específicos da tecnologia (RR; LL; CV, Enlist, Extend);


- ALS (clorimurom, cloransulam e imazethapyr);
CONTROLE PÓS-EMERGENTE
CONTROLE PÓS-EMERGENTE
PLANEJAMENTO DO CONTROLE
MANEJO DA VEGETAÇÃO
- Herbicidas com possibilidades de uso no trigo
- ALS: Ally, Trice, Hussar
- Auxinas: 2,4-D, MCPA
- Protox: Heat
- FSII – Basagran, Metribuzin
- Herbicidas com possibilidades de uso no inverno pousio/pastagem
- ALS: Ally
- Auxinas: 2,4-D, MCPA
- Protox: Heat
- Herbicidas com possibilidade de uso na dessecação
- Glifosato
- Auxinas: 2,4-D; MCPA
- ALS: chlorimurom e imazethapyr
- ACCase: Post, Select, Verdict .....
- Contato: paraquate; paraquate + diuron; diquat; Finale; Heat...
- Limpeza pré-semeadura:
- Herbicidas de contato + residual (Protox ou ALS ou FSI) ???
- Pré-emergentes:
- Spider, Dual Gold, Flumyzin, Boral, Imazethapyr, .....
Novas tecnologias

- Soja LL – Finale

- Soja Enlist – 2,4-D, Finale, glifosato

- Soja Xtend – Dicamba, glifosato

- Herbicidas: pyroxasulfone, Optill, .....


PERGUNTAS?
COMENTÁRIOS?

Você também pode gostar