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CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA

PAULA SOUZA

FACULDADE DE TECNOLOGIA DE GUARULHOS


CURSO DE LOGÍSTICA

Bianca Monteiro

Larissa Geovana

Laís Araújo

A IMPORTÂNCIA DA RECICLAGEM DO ÓLEO DE COZINHA


DESTINADO
PARA PRODUÇÃO DE BIODIESEL

GUARULHOS-SP
2022

FACULDADE DE TECNOLOGIA FATEC


GUARULHOS – SP

Bianca Monteiro
Larissa Geovana
Laís Araújo

A IMPORTÂNCIA DA RECICLAGEM DO ÓLEO DE COZINHA


DESTINADO
PARA PRODUÇÃO DE BIODIESEL

Elaboração do pré-projeto apresentado ao curso de


Logística da Faculdade de Tecnologia Fatec Guarulhos,
sobre a orientação da professora Miriam Battistini,
como
parte dos requisitos necessários para a obtenção de nota
na matéria.

“Seja a mudança que você


deseja ver no mundo”.

Mahatma Gandhi

GUARULHOS- SP
2022
RESUMO

O Projeto de Pesquisa sobre a importância da reciclagem do óleo de


cozinha, analisará o processo de coleta do óleo até a sua venda para usinas que
realizam a produção de Biodiesel. Tendo como objetivo geral conscientizar e
propagar a importância de ações e projetos de reciclagem, mostrando os benefícios
que geram para a Empresa, a sociedade e o meio ambiente. Objetiva também de
descobrir o processo de limpeza desse óleo utilizado em restaurantes, lanchonetes e
empresas que será destinado para produção de Biodiesel, gerando a diminuição da
degradação e poluição do meio ambiente.

PALAVRAS CHAVE: Reciclagem, Óleo de Cozinha, Meio Ambiente, Restaurantes


Sustentabilidade etc.

TEMA: A IMPORTÂNCIA DA RECICLAGEM DO ÓLEO DE COZINHA DESTINADO


PARA PRODUÇÃO DE BIODIESEL.
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO.................................................................................6 e

2. PROCEDIMENTOSMETODOLÓGICOS.........................................8

2.1 OBJETIVO GERAL...................................................................9

2.2 OBJETIVO ESPECÍFICO.........................................................9

3. DESCRIÇÃO EMPRESA................................................................10

3.1 ETAPAS PARA A CORRETA DESTINAÇAO DE OLEO DE FRITURA

3.1.1 VANTAGENS DA COLETA DO ÓLEO

3.2 PROCEDIMENTOS DO PROCESSO DE RECICLAGEM DO ÓLEO


3.3 ETAPAS DO PROCESSO DE RECICLAGEM DO ÓLEO

4. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.......................................................17

4.1.1 EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA LOGÍSTICA


4.1.2 CONCEITO DE LOGÍSTICA
4.1.3 LOGÍSTICA REVERSA
4.1.4 VANTAGENS DA LOGÍSTICA REVERSA

4.2 GESTÃO AMBIENTAL


4.2.1 O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
4.2.2 3 R’s
4.2.3 RECICLAGEM DO ÓLEO DE COZINHA
4.2.4 IMPACTOS DO OLEO DE COZINHA NO MEIO
AMBIENTE
4.3 PROCESSOS
4.3.1 GESTÃO DE PROCESSOS
4.3.2 PROCESSO DA RECICLAGEM
4.3.3 PROCESSO DO ÓLEO

5. RELAÇÃO DO TEMA PESQUISADO COM AS


DISCIPLINAS..............31

5.1 ADMINISTRAÇÃO

5.2 LOGÍSTICA

6.
CONCLUSÃO........................................................................................32

7. REFERENCIAS.....................................................................................33
1. INTRODUÇÃO

A Revolução Industrial foi um importante marco para a humanidade,


mudando o processo produtivo e permitindo a produção em massa de diferentes
produtos com diferentes preços, transformando o mundo que vivemos, intensificando
a globalização e a expansão do capitalismo por todo o mundo.
Diante dessas transformações ocorreu o crescimento das cidades e da
população e o ritmo de intervenção humana no meio ambiente cresceu e
diariamente no Brasil são produzidas cerca de 250 Mil toneladas de lixo dos mais
variados tipos, consequência direta do consumismo desenfreado da humanidade.
Com a globalização, os hábitos de vida das pessoas sofreram grandes
transformações. Aplicativos de entrega rápida, lanchonetes, praticidade e
comodidade geraram o aumento do consumo de alimentos fritos nos últimos anos,
provocando um crescimento no uso de óleos e alimentos ricos em gordura.
Segundo dados da Scielo (1999) “Constata-se que este fato tem sido
influenciado por razões sociais, econômicas e técnicas, pois as pessoas dispõem de
menos tempo para preparação de seus alimentos e, assim, o processo de fritura
fornece uma alternativa mais rápida".
Esse óleo é altamente prejudicial ao meio ambiente e quando
descartado de maneira inadequada pode trazer danos como a impermeabilização do
solo, o entupimento de canos e ralos, a contaminação dos lençóis freáticos e
contribuir para enchentes. Um litro de óleo contamina cerca de um milhão de litros
de água, o que equivale ao consumo de uma pessoa durante quatorze anos.
Segundo a Oil World (2020), o Brasil produz 9 bilhões de litros de óleos
vegetais por ano. Desse volume produzido, 1/3 vai para óleos comestíveis. O
consumo per capita fica em torno de 20 litros/ano, o que resulta em uma produção
de 3 bilhões de litros de óleo por ano no país.
O Estudo de caso de uma empresa altamente equipada e capacitada
para o tratamento de óleos e gorduras vegetais e os resíduos gerados pelo processo
de reciclagem, garantindo 100% de aproveitamento.
Esse projeto é viável porque utiliza de uma estrutura de logística já
existente e tem objetivo de demonstrar que cuidar do meio ambiente hoje é
preservar a qualidade de vida de amanhã.
Diante desse cenário o nosso tema é relevante porque vai demonstrar a
importância da reciclagem correta do óleo de maneira sustentável e de como isso
pode trazer benefícios para a nossa sociedade e meio ambiente.
2. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

O projeto é de natureza qualitativo, bibliográfico do tipo descritivo, onde


estudaremos a importância da Reutilização do óleo de cozinha para a produção de
Biodiesel e analisaremos através da coleta de dados os motivos para esse projeto
não ser aderido por grandes empresas.
De acordo com Gil (2019), a pesquisa bibliográfica fundamenta-se em
todo material já publicado, podendo ser realizada através de documentos, artigos,
revistas livros e notícias.
Segundo Medeiros (2017) as pesquisas descritivas têm como objetivo
descrever as características de uma determinada população ou fenômeno, sendo
assim ela observa, registra, analisa e correlaciona fatos ou fenômenos sem
manipulá-los.
O alvo dessa pesquisa é uma grande empresa, especializada na coleta e
reciclagem de óleos e gorduras vegetais, onde através do processo tratamento,
garanti 100% de aproveitamento.
Por meio de uma pesquisa aplicada, com base em dados fornecidos
pela própria empresa, notícias, análise de documentos e artigos sobre Logística
Reversa e o processo de Reciclagem do óleo. Mostraremos as vantagens que o
projeto traz para a empresa e o meio ambiente.
2.1 Objetivo Geral

Esta pesquisa se propõe a conhecer o processo de limpeza do Óleo de


cozinha utizado por lanchonetes e Restaurantes para produção de Biodiesel aditivo
atóxico, feito de ingredientes biológicos e gerar um alcance social para a
conscientização e implementação da reciclagem em outras empresas.

2.1 Objetivos Específicos

Por tanto foram propostos alguns objetivos específicos:

1- Identificar o processo de coleta e limpeza do óleo de


cozinha que será vendido para a produção de biodiesel.

2- Apontar a importância da reciclagem, suas características


e vantagens para a humanidade, a empresa e o meio ambiente.

3- Explicar como esse processo é realizado por dados


levantados, demonstrando que é um projeto viável e capaz de
transformar o mundo em que vivemos de maneira positiva e
sustentável.
3. Descrição da Empresa Pesquisada

Fundada há 13 anos, a empresa pesquisada tem como princípio o


conceito de sustentabilidade e respeito ao meio ambiente. Sendo especializada na
coleta e reciclagem de óleos e gorduras vegetais. Mais do que reciclar, eles
trabalham para conscientizar a população sobre a necessidade de preservar o meio
ambiente.

A empresa está equipada para o tratamento de óleos e gorduras vegetais


e os resíduos gerados pelo processo de reciclagem, garantindo 100% de
aproveitamento. O óleo tratado é enviado para a indústria de biodiesel, o tratamento
do óleo vegetal fica na especificação para a produção desse biodiesel.

MISSÃO

A missão da Empresa, mais do que reciclar óleo vegetal usado, é


conscientizar a população sobre a necessidade de preservar o meio ambiente e
a água.

VALORES

Os valores da Empresa são trabalhar em equipe visando sempre a


satisfação de nossos colaboradores, parceiros, clientes e fornecedores.

As coletas são feitas em estabelecimentos comerciais:


restaurantes, padarias, cozinhas industriais, indústrias alimentícias,
residências, além de pontos de coleta distribuídos em supermercados em
toda Baixada Santista. O óleo tratado é enviado para a indústria de
biodiesel.
3.1 PROCEDIMENTOS PARA A CORRETA DESTINAÇAO DE
OLEO DE FRITURA

A Correta destinação de óleo de cozinha exige a realização de diferentes


etapas, citadas logo abaixo:

1- Armazenamento do óleo usado em garrafas pet ou recipientes


adequados;

2- Coleta agendada para retirada do material com


segurança;

3- Análise de resíduos e umidade;

4- Tratamento por decantação;

5- Armazenamento e fornecimento para indústria conforme


necessidade;

6- Entrega de certificado de destinação do resíduo.

A realização da coleta do óleo proporciona uma série de vantagens,


dentre elas:
● A redução consequências negativas no
meio ambiente;
● Reduz a poluição de águas;
● Maior higiene em canos de esgoto;
● Inibe o entupimento de pias;
● torna-se matéria-prima de baixo custo.

3.2 Etapas do Processo de Reciclagem do Óleo


Etapa 1: Coleta e Transporte: A primeira etapa do processo é a
realização da coleta do óleo de cozinha já utilizado por empresas, restaurantes,
padarias e lanchonetes. A empresa envia seus profissionais que utilizam tanques de
coleta com sistemas adequados de fechamento. Para que o transporte desse óleo
ate a sede da empresa seja realizado de forma segura, sem risco de derramamento
durante o transporte.

Figura 1: Tanque de recolhimento do óleo


Fonte: https://biolitoral.com.br

A Quantidade mínima para o recolhimento do óleo na região da Baixada


Santista é de 10 litros de óleo, podendo chegar em cerca de 40 toneladas
dependendo da localização, em caso de clientes com grande geração do resíduo.

Após o óleo ser recolhido e colocado nos tanques é realizado a emissão


de um certificado que comprova o encaminhamento correto dos resíduos gerados.
Sendo possível, porque a empresa possui licenças de operação da CETESB e do
IBAMA.

Figura 2: Óleo já utilizado sendo recolhido pela empresa.


Fonte: https://biolitoral.com.br

Figura 3: Chegada do óleo na sede da empresa.


Fonte: https://biolitoral.com.br

Etapa 2: Peneiração: O Primeiro passo de limpeza desse óleo é realizar


uma Peneiração, para separar os maiores resíduos sólidos, como restos de
alimentos, farinhas, sujeiras etc.
Figura 4: Peneiração do Óleo
Fonte: https://biolitoral.com.br

Etapa 3: Filtração: Logo em seguida o óleo é transferido para um grande


tanque, onde ocorrerá o processo de filtragem, para eliminar o resto da sujeira,
gordura e insumos que ainda ficaram no óleo.

Figura 5: Tanque de Filtragem


Fonte: https://biolitoral.com.br
Etapa 4: Decantação: Nessa etapa o óleo já foi filtração e foi bombeado
para um novo tanque onde será decantado, que se baseia no repouso desse óleo
por um tempo. As impurezas vão para o fundo do tanque ocorrendo o processo de
separação entre o óleo a sujeira e a água.
Para a facilitação da remoção do óleo ele e aquecido a 80 graus, para
que o óleo limpo fique por cima, nessa etapa também ocorrer a redução da acidez e
a eliminação da umidade.

Figura 6: Tanque de Decantação


Fonte: https://biolitoral.com.br

Etapa 5: Armazenamento: A Última etapa realizada pela empresa é o


armazenamento do óleo em um grande container, após todo esse processo o óleo
está purificado e pronto para ser comercializado. Cerca de 80% dele será utilizado
para a produção de Biodiesel.
Figura 7: Container de Armazenagem .
Fonte: https://biolitoral.com.br

A Figura 8 representa o fluxograma do Processo de coleta e limpeza do óleo,


realizado pela empresa pesquisada, desde seu início até seu destino onde será
vendido para indústria de Biodiesel.

Figura 8: Fluxograma do Processo realizado pela empresa


Fonte: Fonte Autoral
4. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

4.1 EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA LOGÍSTICA

O conceito de Logística é uma evolução do planejamento e das


estratégias militares, do uso dos recursos disponíveis para alocar tropas nas frentes
de batalha e supri-las de armazenamento, munições e alimentos. Sendo parte
integrante da arte militar junto com a Tática e a Estratégia um exemplo disso, são as
tropas de Alexandre, o Grande (310 a.C.), que utilizaram alguns processos e
técnicas estratégicas.
O termo Logístico começou a ser utilizado por empresas de países
tecnologicamente avançados em meados do século XX.
Leite (2017) concorda que a evolução da logística tornou-se nítida a partir
da Segunda Guerra Mundial, quando começou a ser vista como suporte às novas
tecnologias produtivas das empresas industriais. No cenário de alta velocidade de
retorno, a localização logística, o controle e o transporte de suprimentos dos
componentes de alta frequência, o contrato de compra e venda no decorrer do
prazo, a garantia de qualidade, entre outros aspectos, mostrou-se imperativos.
De acordo com Szabo (2016) diz que a Revolução Industrial trouxe
impulso para as organizações e o foco inicial foi direcionado à produção. A logística
começou a englobar um maior número de atividades relacionadas como transportes,
suprimentos, construção e até assistência a feridos, no caso das guerras.
Segundo outro autor, "Com o passar dos anos esse conceito foi evoluindo
para uma nova concepção, na qual a integração das atividades como produção,
armazenagem, movimentação, transporte e distribuição" (MACHADO, 2009; p. 16)

4. 1.2 CONCEITO DE LOGÍSTICA

Quando pensamos em logística é comum pensar que se trata de um


simples método de transporte realizado para entregar um produto ou mercadoria, no
tempo certo e no local adequado. “Hoje em dia, a logística vai além do transporte de
produtos ao consumidor, pois ela está ligada diretamente a diversos setores, como:
previsão da demanda, gestão de estoques, armazenagem, design de redes de
distribuição, entre outros” (OLIVEIRA, 2020).
Faria e Costa (2011, p. 22), tratam a Logística como um macroprocesso,
que é composto por três processos básicos: “Abastecimento (obtenção de materiais
e componentes nacionais e importados), Planta (suporte à manufatura) e
Distribuição (entrega do produto ao cliente, tanto no mercado nacional como no
externo, incluindo as atividades relacionadas ao pós-venda)”.
A logística é a parte da metodologia em cadeia de suprimentos que
delineia, implementa e controla, com eficiência, o fluxo e a armazenagem de bens,
serviços e informações, desde o ponto de origem até o ponto de consumo final, de
forma a atender as necessidades dos clientes (OLIVEIRA, 2020).
A palavra logística tem origem francesa e vem do termo logistique, que
tem diferentes significados.
Alguns dicionários apresentam como definição que é “parte da arte da
guerra que visa garantir provisões, transportes, alojamento, hospitalização etc., aos
feitos militares em operação”. Por outro lado, os historiadores defendem que a
palavra logística deriva do antigo grego logo, que significa razão, cálculo, pensar e
analisar (FERNANDES, 2012; p. 10).
Podemos definir a logística como a atividade que visa organizar e
contabilizar os materiais e produtos desde a sua origem como matéria prima até o
seu último destino, o consumidor final.

4.1.3 LOGÍSTICA REVERSA

Atualmente conhecemos a logística como o gerador de movimentação de


materiais do seu ponto de adquirir algo até ao seu ponto de consumo. Por tanto,
encontra-se também a movimentação da logística reversa, do ponto de consumo até
o ponto de fonte, que necessita ser gerenciado. “A logística pode ser considerada
uma das mais antigas e inerentes atividades humanas, uma vez que sua principal
missão é disponibilizar bens e serviços gerados por uma sociedade nos locais, no
tempo, nas quantidades e na qualidade desejada pelos utilizadores” (Leite, 2017).
A Logística Reversa possibilita a criação de estratégias sustentáveis para
as empresas, possibilitando que os produtos e as embalagens que não são mais
utilizadas, sejam destinados corretamente para reutilização ou descarte final
adequado. (SILVA, OLIVEIRA, 2020; LEITE, 2017; NASCIMENTO et al., 2016).

Essa movimentação de logística reversa é normal para uma boa


porcentagem das empresas. Por exemplo, fabricantes de bebidas têm que
administrar toda a volta de embalagens (garrafas) dos pontos de comercialização
até seus centros de distribuição. As siderúrgicas aplicam como matérias-primas de
produtividade em grande parte a sucata gerada por seus clientes e para isso aplicam
centros coletores de carga. A indústria de latas de alumínio é relevante no seu
gigante aproveitamento de matéria prima reciclada, tendo avanço em meios
inovadores na coleta de latas descartadas. “Sua introdução como atividade
empresarial, passando de uma simples área de estocagem de materiais a uma área
estratégica no atual cenário concorrencial” (Leite, 2017).

Encontram-se também demais setores da indústria onde o


processo de administração da logística reversa é mais novo, como na indústria de
eletrônicos, varejo e automobilística. Esses campos também são obrigados a lidar
com a movimentação de volta de embalagens, de devoluções dos consumidores ou
de reaproveitamento de materiais para produção (CAVALLAZZI,2010).

Diante disso, a Logística Reversa procura demonstrar que podem existir


estratégias importantes que visam o desenvolvimento sustentável e a diminuição de
problemas no meio ambiente (SILVA, OLIVEIRA, 2020).

4.1.4 VANTAGENS DA LOGÍSTICA REVERSA

Em consonância com as mudanças globais, as práticas de


sustentabilidade passam a integrar as políticas das empresas, seja por redução de
impactos (sociais, econômicos e ambientais), ou mesmo como uma vantagem
competitiva estratégica em relação a outras empresas que não aderiram ao seu uso,
assim sendo, a Logística Reversa tem ganhado espaço e força, uma vez que além
de desempenhar um papel sustentável, também tem a função de tentar recuperar
valor de um produto que já está no mercado. (VALENTIM et al, 2018)
O Crescimento do mercado de compras e o consumismo geraram um
aumento com a preocupação ambiental, tornando a Logística Reversa importante
para as empresas. É importante ressaltar que a Logística Reversa é um importante
fator para redução de custos da cadeia produtiva da logística e como meio para a
preservação ambiental e a otimização dos recursos disponíveis conciliando os
interesses financeiros e socioambientais das empresas, ao possibilitar uma menor
degradação ambiental e ganhos para as organizações que a adotam.
Na percepção de Campos e Goulart (2017) é possível inferir que a
logística reversa pode impactar não apenas as empresas que a utilizam. Ela permite
a geração de novos negócios, já que os produtos originais são de materiais que
podem ser reciclados.
Para Leite (2017), como reflexos de um posicionamento ético e
ambientalmente responsável, têm-se a projeção de ganhos financeiros para as
empresas. Há empresas que dão grande incentivo ao lançamento de produtos
voltados para o Eco-friendly que significa “amigável ao meio ambiente” referindo-se
a algo que não causa danos ou um menor impacto em comparação a outros
produtos consumidos e utilizados.
Desenvolvendo a logística reversa e técnicas de redução, reuso e
reciclagem de seus produtos e processos nas empresas. A proposta não está
somente ligada à redução de custo ou a diminuição da competitividade entre as
empresas, mas trata-se da geração de valor estabelecendo o equilíbrio entre
economia e meio ambiente.
A implantação da Logística Reversa torna-se benéfica para a redução,
reutilização de resíduos, produção e reinserção de materiais no processamento
produtivo (STREIT, GUARNIERI, JUNIOR, 2018).

4.4 GESTÃO AMBIENTAL

A gestão ambiental está diretamente relacionada a esse novo mundo


sustentável. De acordo com Madeiros; Silva (2003, p .2) “a gestão ambiental é a
forma, pela qual as empresas se mobilizam, interna e externamente, na conquista de
uma qualidade ambiental”.
Segundo Barbieri (2011), o Sistema de Gestão Ambiental (SGA) pode ser
definido como atividades administrativas e operacionais realizadas pelas
organizações, a fim de reduzir ao máximo os impactos ambientais. Também é
considerada uma estratégia muito importante para a aplicação dos elementos de
gestão ambiental dentro das empresas.
O Sistema da Gestão Ambiental (SGA), com base na norma ISO 14001,
tem como objetivo disponibilizar para as organizações um sistema realmente eficaz
que pode ser integrado em outros tipos de gestão, e auxiliá-las a alcançar seus
objetivos ambientais e econômicos. (ISO,2004).
“Esta Norma especifica os requisitos para que um sistema da gestão
ambiental capacite uma organização a desenvolver e implementar política e
objetivos que levem em consideração requisitos legais e informações sobre
aspectos ambientais significativos. Pretende-se que se aplique a todos os tipos e
portes de organizações e para adequar-se a diferentes condições geográficas,
culturais e sociais.” (ISO 14001,2004, p .5)
O Sistema de Gestão Ambiental é responsável por desenvolver e inserir a
sua política ambiental e gerenciar seus aspectos ambientais de uma organização.
(IFPR,2012)
Em conformidade com a NBR ISO 14001, aspecto ambiental pode ser
definido como elementos das atividades, produtos e serviços de uma instituição que
pode interagir com o meio ambiente. A organização deve proceder ao levantamento
ambiental das suas atividades, produtos e serviços, e identificar como cada um de
seus processos afetam o meio ambiente. Com tudo, pode-se considerar que o
aspecto ambiental é a causa, e o impacto é o efeito.
Conforme a Resolução nº 001/86 do Conselho Nacional de Meio
Ambiente (CONAMA), em seu 1º artigo, “Para efeito desta Resolução, considera-se
impacto ambiental qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e
biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia
resultante das atividades humanas”.
A NBR ISO 14001, define o impacto ambiental como “qualquer
modificação do meio ambiente, adversa ou benéfica, que resulte no todo ou em
parte, das atividades, produtos ou serviços de uma organização".
Por tanto, é de suma importância a identificação dos aspectos e impactos
ambientais para a análise real do desempenho ambiental de uma organização e sua
consequente avaliação. (HENKELS, 2002)
A norma ABNT NBR ISO 14001, publicada em 2015, que é uma
atualização da ISO 14001 (2004), aborda requisitos importantes para o
aperfeiçoamento do sistema de gestão ambiental e orientações para aprimorar a
administração das atividades, ela tem como objetivo permitir que as empresas
demonstrem compromisso com a proteção do meio ambiente, através da gestão de
risco ambientais relacionando com as atividades desenvolvidas. Com a
responsabilidade ambiental assumida, a empresa também ganha a imagem
comercial sustentável.
“A demonstração de um processo bem-sucedido de implementação desta
norma pode ser utilizada por uma organização para assegurar às partes
interessadas que ela possui um sistema de gestão ambiental apropriado em
funcionamento”. (ISO 14001,2015, p.72).
Por tanto com o desenvolvimento sustentável crescendo a cada dia, a
gestão ambiental tem se tornado indispensável, principalmente dentro das
empresas, pois a sustentabilidade é uma meta para a gestão ambiental, apesar das
empresas focarem também no aumento da competitividade, inovação e clientes, que
o investimento na sustentabilidade traz como benefício.

4.2.1 O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

Nas últimas décadas o termo desenvolvimento sustentável tem sido muito


comentado em diversos meios, devido a grandes mudanças sociais e econômicas.
Conforme Brundtland (1987, p. 124), “O desenvolvimento sustentável é o
desenvolvimento que encontra as necessidades atuais sem comprometer a
habilidade das futuras gerações e atender suas próprias necessidades”.
A sustentabilidade tem como objetivo unir o ecologicamente correto, com
o economicamente viável, socialmente adequado e culturalmente diverso, para
assim alcançar a verdadeira sustentabilidade, que condiz com o equilíbrio
econômico e ambiental.
Devido aos impactos ambientais e grandes crises socioeconômica, o
termo vem ganhando destaque na sociedade e no mundo empresarial, as pessoas
estão cada vez mais atentas em relação as questões sustentáveis, a
sustentabilidade tem sido aplicada pela população em ações cotidianas como:
reciclagem, reutilização, utilização de transportes menos poluentes e mudança nos
hábitos de consumo, tudo afim de minimizar o seu impacto ao meio ambiente. Com
isso a busca por empresas sustentáveis tem aumentado absurdamente, gerando um
novo meio competitivo no mercado.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em
uma pesquisa divulgada em 2020, grande parte das empresas que investem em
sustentabilidade fazem a procura de melhoria da imagem institucional. “Realizado
entre 2015 e 2017, o estudo aponta que dentre cerca de 117 mil empresas com mais
de dez pessoas ocupadas, 39,3 mil foram consideradas inovadoras. Destas, 15,9 mil
investiram em sustentabilidade ambiental.
Apesar da existência de muitas empresas sustentáveis, grande parte
delas não estão adequadas aos códigos de boas práticas ambientais, mas
continuam vendendo seus produtos como sustentáveis, utilizando do marketing
verde para ganhar mais visibilidade no mercado.
O marketing verde está direcionado aos bens de produção, bens de
consumo e aos serviços. Tem como objetivo o desenvolvimento de atividades que
satisfação as necessidades dos consumidores, através de meios que causem o
mínimo de impacto à natureza (XAVIER; CHICONATTO, 2014).
Com tudo, o desenvolvimento sustentável é de extrema importância para
o meio ambiente e para sociedade e todas as suas futuras gerações, pois sem essa
consciência sustentável a utilização desenfreada dos recursos naturais acabaria
com o planeta em que vivemos.

4.2.1 3 R’s

A utilização dos 3 R’s surgiu principalmente em grandes cidades, como


resultado do aumento da produção do lixo produzido, contribuindo de maneira eficaz
para solução de problemas ambientais.

A política dos 3 R’s da Sustentabilidade deve ser aplicada em


sua ordem de importância, assim como segue: reduzir o consumo ao
máximo, reutilizar produtos e materiais enquanto puderem ser reutilizados e,
por último, reciclar aqueles que tiveram chegado ao fim de sua vida útil.”
(Economia Circular, p.1 2020).

Segundo Silva (2014) a população usufrui do conceito dos 3R’s (reciclar,


reduzir e reutilizar), no qual evita grandes depósitos de lixos, poluições nos rios, no
ar etc. De acordo com o Ministério do Meio Ambiente (2017) os 5 R's fazem parte de
um processo educativo que objetiva uma mudança de hábitos no cotidiano dos
cidadãos; a questão-chave é levar o cidadão a repensar seus valores e práticas,
reduzindo o consumo exagerado e o desperdício.
Assim, Alkmim (2015, p. 34) destaca que “o princípio dos 3R’s,
apresentado na Agenda 21, preconiza assim para a gestão sustentável de resíduos
sólidos as seguintes ações e práticas: redução (do uso de matérias primas, energia
e desperdício nas fontes geradoras), reutilização direta de produtos e reciclagem de
materiais”. Ainda de acordo com esse autor, “O principal objetivo da política dos 3R’s
é a sensibilização das pessoas para uma tomada de consciência na correta gestão
dos resíduos urbanos e industriais “(ALKMIM, 2015, p. 34).
Para outro autor “Esta política aplica-se e é válida para todo o tipo de
resíduos, efluentes sólidos, líquidos e gasosos” (QUINTELA, 2015, p. 191). Quando
colocado em prática contribuem para preservação do meio ambiente e caminham
para o desenvolvimento sustentável.

4.2.2 RECICLAGEM

A conduta da sociedade contribui sistematicamente para o aumento dos


impactos ambientais, que se agravam nos centros urbanos devido ao crescimento e
a maior concentração da população (EL-DEIR, 2014).
Nesse contexto as empresas têm um grande desafio de aumentar os
níveis de competitividade, paralelamente à preocupação com a legitimidade social
de sua atuação (Ethos, 2018), pois a sociedade vem se preocupando com a
importância das empresas agirem de forma ética e incluírem em sua gestão a
Responsabilidade Socioambiental (Vasconcelos & Irragaray, 2017).
Em 1896 no Brasil, começou a ocorrer as primeiras etapas da utilização
da reciclagem do lixo, em que materiais eram reutilizados como fonte de matéria
prima. Apenas na década de vinte, movido pelos fundamentos da gestão ambiental,
que essa atividade foi propagada, especialmente pelas vantagens econômicas
advindo dela (BRACELPA,2014).
Para Alkimim (2015) o tratamento do lixo é com base em uma atitude
protetora e economizadora daquilo que a natureza tem para nos oferecer. Reduzir o
consumo de produtos supérfluos, dar uso a coisas já utilizadas e promover a
reciclagem dos restantes resíduos que não podemos aproveitar.
Segundo Matuti e Santana (2019) quando os resíduos sólidos são
manejados adequadamente, eles adquirem valor comercial e podem ser utilizados
na forma de novas matérias-primas ou novos insumos para sua melhor destinação.
Codeca (2017) diz que “a reciclagem é o elo entre o consumidor e a
indústria’.
Bidinoto (s. d., p. 1 apud Rodrigues et al, 2016) “A Reciclagem é uma
alternativa para amenizar o problema, porém, é necessário o engajamento da
população para realizar esta ação”.

4.2.3 RECICLAGEM DO ÓLEO DE COZINHA

O Consumo de óleo vegetal é muito alto no país, com base no que afirma
Martins (2010), os brasileiros consomem aproximadamente três bilhões de litros de
óleo de fritura todos os anos e em algumas regiões o consumo é ainda mais
elevado, pelo consumo de fast-foods.
No Brasil, 9 bilhões de litros de óleo de cozinha são descartados por ano,
porém, apenas 2,5% é reciclado, ou seja, a maior parte não é reinserido na cadeira
produtiva. (ALBUQUERQUE; ARAGÃO et al, 2016, pág. 2)
Conforme GODOY et al (2010) apud Pitta Junior (2009), o desperdício do
óleo pode voltar como um benefício pessoal e principalmente para o meio ambiente,
trazendo vantagens competitivas e econômicas, impedindo grandes problemas
ambientais e consequentemente servindo de matéria prima na produção de diversos
produtos.
A reciclagem e um conjunto de técnicas que tem por finalidade aproveitar
os resíduos e reutilizá-los (NETO, 2010). Dessa forma para o mesmo autor, “A
importância da reciclagem é que produtos considerados lixo pode ser reaproveitados
(NETO 2010).
O óleo residual de cozinha pode ser transformado em diversos produtos
como detergentes, sabão, amaciante de roupa, sabonete, além de lubrificantes para
motor e biodiesel (COELHO et al., 2020).
Para outros autores, o óleo de cozinha usado pode servir como
matéria-prima na produção de uma variedade de produtos lucrativos como
detergentes, biodiesel, tintas, óleos para engrenagens, ração animal e glicerina
(VELOSO et al., 2012; ZUCATTO et al., 2013 e MONTE et al.,2015).

4.2.4 PREJUÍZOS DO ÓLEO DE COZINHA NO MEIO AMBIENTE.

O Consumo de óleo de cozinha em residências, restaurantes e redes de


fast food tem crescido ao longo dos anos.
Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Óleos Vegetais (Abiove),
o consumo de óleo vegetal comestível foi de 4,7 bilhões de litros em 2019 (ROCHA,
2021).
Na maior parte dos casos o destino do óleo residual gerado
anualmente no Brasil acaba sendo o solo, corpos hídricos e aterros sanitários
(NOVAES et al., 2014), além de serem, muitas vezes, despejados nos esgotos
(FONSECA et al., 2019), causando entupimento na rede (NUVOLARI, 2011).
Para outro autor, um exemplo de ação prejudicial ao meio ambiente é o
despejo dos óleos de cozinha que descartados de forma imprópria pode gerar
grandes impactos ambientais, pois esse óleo vai para a rede de esgoto ou até
mesmo para os lençóis freáticos (WILDNER; HILLIG, 2012).
O óleo de cozinha possui um alto potencial poluidor sendo que
cerca de 1 litro desse resíduo tem a capacidade de contaminar 1.000.000 de litros
de água, aumentando o gasto econômico do país e a degradação ambiental
(SOUZA; MORAIS, 2014).
Segundo a International Solid Waste Association (2018), a geração de
resíduos por ano aumentou e alcançou os níveis de, aproximadamente, 1,9 bilhões
de toneladas em 2018.
Além disso, o processo de decomposição do óleo residual de cozinha
libera gás metano, substância que agrava o aquecimento global (FREITAS et al.,
2010).
Dessa maneira, desastres como degradação do solo, prejuízos aos rios,
enchentes, poluição e proliferação de doenças estão diretamente relacionados com
a disposição indevida de resíduos sólidos (BENSEN et al., 2010).

4.3 PROCESSOS

De acordo com (REDAÇÃO CRONAPP, 2019) “O gerenciamento de


processos é uma competência essencial das empresas com destaque no mercado.
Entender melhor sobre a gestão das atividades tarefas e rotinas.”
Ou seja, o gerenciamento dos processos ajuda os colaboradores da
empresa na missão organizacional, ela também instiga na linhagem da inovação nos
negócios é cativante para visibilizar atuais ações e novos projetos. Processo
significa “avançar” e equivale em um grupo sequencial denmuitas atitudes com
intenções proporcionais.
Segundo (REDAÇÃO CRONAPP, 2019) “Os propósitos dos processos
são criar, desenvolver, transformar, projetar, manter, controlar e monitorar produtos,
serviços ou sistemas”. Este conceito de processos apareceu na administração das
firmas para inovar uma cadeia de trabalhos possíveis de fornecer consequências
positivas para os clientes. No processo emborca os trabalhos desde a fecundação
até concessão de um produto.
Essa aproximação é multidisciplinar e delibera matéria-prima, tarefas,
arquiteturas tecnológicas e percepção que associa valor para as partes
interessadas. É normal chamar os processos como obrigação do negócio ou
processo de negócio. A consequência dessas atitudes produz produtos e serviços
para os clientes internos ou externos à empresa.
Os avanços digitais ajudam na rotina das empresas como na
produtividade e a entrega de serviços ao cliente, também é importante saber
aproveitar os recursos humanos, administrativos e tecnológicos de uma forma
eficiente para obter resultados.
De acordo com (CAE TREINAMENTOS, 2020) “Temos 5 ferramentas de
gestão mais utilizadas para otimizar a rotina e os processos da empresa, como
principal planilhas, CRM, gestão de projetos, IRP e controle financeiro.”
Essas 5 ferramentas são essenciais para obter sucesso na administração
da empresa e resultados positivos.

4.3.1 GESTÃO DE PROCESSOS

Gestão de processos corresponde na administração de um negócio


através do controle de processos, isto é, através do controle de um olhar
sistemático da organização.

Sua função é nivelar e proporcionar o alto desempenho de todos os


processos de uma organização e a comunicação entre eles, com o plano de
chegar com sucesso nos objetivos organizacionais. “Gestão de processo é um
conjunto de práticas que visam o aperfeiçoamento contínuo dos processos
organizacionais de uma empresa ou instituição.” (EAD UNISC, 2020).

Segundo FM2S (2019) “A gestão de processos em uma empresa


também pode ser chamada de BPM (Business Process Management) ou também
pode ser chamada de gerenciamento de processos.” Também para a FM2S (2019)
“Cada processo é administrado de um modo diferente, desde o instante em que
ele tem uma entrada (input), que também é chamada de insumo, até o instante em
que ele produz um resultado ou saída (output).”

Segundo FM2S (2019) “A gestão de processos tem o intuito de


monitorar as várias funções ou atribuições de negócio. Isto é, ela comanda a
empresa através da harmonia de seus departamentos, para que unidos, eles
consigam chegar ao seu propósito específicos. Este comando é dado por um dos
essenciais conceitos da gestão de processo, denominado processos de ponta a
ponta.”

4.3.2 PROCESSO DA RECICLAGEM

O procedimento de reciclagem inicia-se com a separação dos resíduos


por seu produtor, passando por uma boa manutenção de limpeza urbana e
finalizando nas usinas de reciclagem, onde o material reutilizável será modificado
em nova matéria-prima. “O que entra numa esteira de reciclagem é separado por
peneiras eletroímãs, jatos de ar-comprimido. Os trabalhadores fazem a última
triagem, antes de os fardos irem para a reciclagem” (G1. GLOBO, 2021).

Além de conservar o meio ambiente, produz renda. Diversas empresas


estão reciclando materiais como uma forma de reduzir os custos de manufatura.
Outra importante vantagem é a quantidade de novos empregos. Cooperativas de
catadores de papel e alumínio, por exemplo, já são normais nas grandes cidades
do Brasil.

A coleta seletiva é um dos primeiros passos do processo. Os latões, para


tal, dispõem cores características para cada material, sendo essencial estar alerta
para separá-los acertadamente. Diretrizes internacionais voltadas para a questão
do lixo do mesmo modo tem orientado os cidadãos para a redução de resíduos.

Processo conhecido como a “prática dos três R”, que são eles: redução,
sendo assim, a diminuição do consumo de produtos descartáveis, reutilização,
evitando descartar produtos que podem ser usados novamente; e reciclagem que
é alvo dessa pesquisa.

4.3.3 PROCESSO DO ÓLEO

Muitas pessoas não sabem, mas uma péssima maneira de descartar o


óleo de cozinha é jogando-o na pia. Além de poder entupir o encanamento, cerca
de 50 miligramas de óleo podem poluir mais de 25 mil litros de água. “O resíduo do
óleo de cozinha é, atualmente, um dos grandes vilões do meio ambiente uma vez
que, devido ao seu descarte incorreto, causa danos de enormes proporções à
natureza” (PETESA,2019)

Uma excelente opção, neste caso, é a reciclagem. O mais habitual


atualmente é a sua reutilização na fabricação de sabão. Porém a tecnologia hoje
nos apresenta novas probabilidades. Uma delas é o BIOBOT 20, um processador
de diesel, caseiro que, por meio de uma reação química, transforma óleo de
cozinha em biodiesel no ambiente doméstico.

A máquina funciona de uma maneira fácil, por meio de um processo


conhecido como transesterificação. O óleo é esquentado e agitado através de uma
manivela. E em seguida, basta adicionar soda cáustica e metanol puro para que a
mudança ocorra. A reação demora entre 12 e 24 horas para se completar.

Apesar de ser um ótimo caminho para o nosso descarte de óleo de


cozinha, essa opção de produto ainda não está disponível no mercado brasileiro.
Porém isto não é desculpa para não descartar o óleo vegetal da maneira certa.
5. RELAÇÃO DO TEMA PESQUISADO COM AS DISCIPLINAS

5.1 ADMINISTRAÇÃO

A empresa utiliza abordagem clássica da administração, segundo a teoria


vertical. Possuindo um organograma com diversos níveis administrativos e
hierárquicos. “Não se concebe autoridade ser responsabilidade, isto é, sem a
sensação que acompanha o exercício do poder” (Fayol,1990, p.45).
A empresa possui uma divisão de processo bem estruturada que varia de
acordo com o tipo do óleo a ser tratado e seu local de coleta. Pois além de
ponto de coleta existem equipes de coleta de dependendo da quantidade e da
distância pode ser enviadas ao local para realizar a coleta. O processo de
tratamento do óleo, tem alta supervisão e é feito com segurança e eficiência,
devido ser à especialidade da empresa.
A instituição tem como cultura organizacional, valores bem definidos, que se
baseia em torno da sustentabilidade, moldando assim as atitudes e as ações
da empresa de uma forma mais sustentável, ou seja, ambientalmente positiva.
Portanto, a empresa adere de uma gestão mais colaborativa, segundo a
estrutura clássica de administração, com diversões cargos, setores e tarefas,
em diversos níveis hierárquicos, dando assim, ênfase na estrutura organizacional. A
empresa também preserva muito o espírito de equipe e a união e iniciativa dos
funcionários, para atingir e satisfazer os colaboradores, parceiros, clientes e
fornecedores.
5.2 LOGÍSTICA

A empresa de reciclagem de óleo utiliza o método rodoviário para


coletar esse óleo que é feito em estabelecimentos comerciais como restaurantes,
padarias, cozinhas industriais, indústrias alimentícias, residência e dos pontos de
coletas distribuídos nos supermercados em toda São Paulo.

Essa empresa de reciclagem de óleo também pode disponibilizar galões


para acúmulo de resíduos, feitos em um plástico resistente. Quando o interior está
cheio, é feito o agendamento de um horário para retirar o produto diretamente no
endereço do cliente sem custos.

Antes de contratar os serviços de coleta, é necessário observar as


condições comerciais oferecidas pela empresa. Além disso, o óleo deve passar por
análise antes do recolhimento, assim indica se o óleo poderá estar sendo
reaproveitado.

A organização logística dos procedimentos de coleta e armazenamento


realizados pela usina permite que a empresa consiga atender clientes de diversas
cidades do estado de São Paulo.

Resumidamente, a logística de destruição consiste em coletar esse óleo


que está no estabelecimento comercial, residência ou ponto de coleta, então é
usado o processo de armazenagem que funciona como um regulador de estoque
que envolve uma série de ações que garante a conservação e qualidade do óleo,
assim essa empresa organiza e ordena esse óleo dentro do caminhão e realiza um
eficiente sistema de distribuição.

Depois é feito o uso de documentos de transporte quando o óleo é


coletado, como o uso do software, são automaticamente emitidos, com inserção
aos órgãos competentes. O controle é fácil e a administração dos documentos e
cargas é feito de forma muito certeira e rápida.
6. CONCLUSÃO

Neste trabalho, objetivou-se a importância da Reciclagem do óleo


de cozinha para produção do Biodiesel. Através da análise de dados, coletados da
empresa escolhida para o estudo, compreendemos toda a cadeia produtiva do óleo
de cozinha, desde a sua coleta em restaurantes, fast-foods, padarias até o seu
processo de limpeza e purificação para um novo fim Sustentável.
A Reciclagem é essencial, porque o óleo de Cozinha é altamente
prejudicial ao meio ambiente e tornando-se Biodiesel que é atóxico e renovável, gera
benefícios e vantagens sustentáveis.
Tendo em vista o exposto, compreendemos que iniciativas como essa,
baseadas no desenvolvimento sustentável e na redução dos impactos ambientais,
são essenciais para a preservação e cuidado com o meio ambiente de forma
consciente e responsável. Gerando resultados positivos para o planeta, a empresa e
a sociedade, como a redução do desperdício e a diminuição da emissão dos gases
poluentes na atmosfera.
Com isso, concluímos que é de suma importância a coleta e a
Reciclagem correta do óleo e a implementação da reciclagem em outras empresas.
Em decorrência do surgimento de um mundo mais sustentável, no qual a sociedade
é informada e preocupada com o meio ambiente.
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