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SISTEMA DE

GESTÃO
ambiental (SGA)

PROFESSORES
Me. Mirian Aparecida Micarelli Struett
Me. Paula Polastri

PLANO DE ESTUDO
A seguir, apresentam-se as aulas que você estudará nesta unidade: • Histórico do Desenvolvimento
das Normas Ambientais • Norma ISO 14001 • Integração de Sistemas de Gestão Ambiental (SGA) e
Gestão da Qualidade (SGQ)

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
• Compreender o surgimento das normas ambientais • Conhecer a norma ISO 14001, sua estrutura, os
requisitos e as etapas de implantação do Sistema de Gestão Ambiental (SGA) • Compreender como
ocorre a integração entre os sistemas SGA e SGQ.
INTRODUÇÃO

Prezado(a) aluno(a), iniciaremos a Unidade 3. Nesta, trataremos os prin-


cipais aspectos históricos que culminaram na busca pela melhor forma de
realizar a gestão organizacional, atrelado à gestão organizacional, por meio
da gestão estruturada e padronizada, buscando melhorar, continuamente,
a forma de gestão do meio ambiente, especificamente, por meio de um
Sistema de Gestão Ambiental (SGA).
Percebemos que, em um mundo cada vez mais competitivo e em bus-
ca de novos mercados, as organizações procuram aprimorar a sua gestão
por meio da implantação de sistemas de gestão com base em normas de
padrão internacional. Visam, também, a alcançar as certificações na área
da qualidade, conforme a norma ISO 9001, como você viu na Unidade 2,
e na área ambiental pela norma ISO 14001, ou ainda, a integração desses
sistemas de gestão e de outros.
Dessa forma, para que obtenham a certificação na área ambiental, as
empresas precisam implementar, primeiramente, um sistema de gestão
consistente em uma estrutura organizacional que permita a ela avaliar e
controlar os impactos ambientais de suas atividades, minimizar ou mitigar
esses impactos e buscar alternativas sustentáveis para a utilização adequada
dos recursos naturais.
Os principais motivos que levam as organizações a implantar e certi-
ficar um SGA associam-se à busca por novos mercados, diferencial com-
petitivo, aumento do desempenho ambiental, atendimento aos requisitos
legais e atendimento às expectativas das partes interessadas.
Diante disso estudaremos, nesta Unidade 3, a implantação de um SGA
com base na norma ISO 14001. Para tanto, apresentaremos o histórico das
normas de gestão ambiental, os conceitos envolvidos no SGA, a norma ISO
14001 e seus requisitos. Por fim, sucintamente, discutiremos a descrição da
integração do Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ) e do SGA.
Bons estudos!
HISTÓRICO DO
UNIDADE 3

DESENVOLVIMENTO
das normas ambientais

As normas ambientais surgiram como uma proposta concreta para a gestão am-
biental, durante a Conferência Rio 92. Elas são resultado de um processo de
discussões em torno dos problemas ambientais e de como promover o desen-
volvimento econômico frente à questão ambiental.

explorando ideias

Para saber mais sobre as grandes conferências-marco, na área de meio ambiente, acesse
o site da Organização das Nações Unidas (ONU), por meio do link: https://nacoesunidas.
org/acao/meio-ambiente/.
Fonte: as autoras.

Dessa forma, como consequência da Rio 92, propôs-se a criação de um grupo


especial, na International Organization For Standardization - ISO (em por-
tuguês Organização Internacional de Normalização ou Organização Interna-
cional para Padronização), para elaborar normas relacionadas ao tema meio
ambiente (MOREIRA, 2001).
Com o objetivo de padronização de normas nacionais, em 1993, ocorreu a
adoção, pela União Européia, do Gerenciamento Ecológico e Plano de Auditoria
(Eco-Management and Audit Scheme - EMAS), norma elaborada, especifica-
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mente, para as indústrias e disponível para ser implementada voluntariamente

UNICESUMAR
(ASSUMPÇÃO, 2011).
Nesse contexto, em 1993, a ISO estabeleceu o Comitê Técnico 207, ou
ISO/TC 207 - Gestão Ambiental, com a participação de cerca de 56 países,
responsável por elaborar a série de normas ISO 14000, inter-relacionan-
do-se com o Comitê Técnico ISO/TC 176, no qual elaborou as normas de
Gestão da Qualidade, a série ISO 9000. Assim, desde a sua origem, a série de
normas ambientais buscou afinidades com a série de normas da qualidade,
deixando clara a integração necessária entre os conceitos de qualidade e
meio ambiente (MOREIRA, 2001).
Ainda, em 1995, muitas organizações desenvolveram e implementaram os
seus sistemas de gestão ambiental, utilizando como base a norma BS 7750 e a
norma que estabelecia o Gerenciamento Ecológico e Plano de Auditoria. Desse
modo, em 1994, emitiu-se a primeira norma internacional, a ISO 14001, e, em
1996, foi publicada no Brasil, por meio da Associação Brasileira de Normas Técni-
cas (ABNT), a ABNT NBR ISO 14001 - Sistemas de gestão ambiental - Requisitos
com orientações para uso (ABNT, 2015c). O desenvolvimento da norma ISO
14001 foi fundamentado na “motivação ambiental”, esta baseada em três correntes
de pensamento (ASSUMPÇÃO, 2011):
• Preocupação crescente com as questões ambientais com foco no desen-
volvimento sustentável.
• Desenvolvimento das políticas econômicas.
• Evolução das legislações ambientais que, com o passar dos anos, torna-
ram-se mais restritivas e exigentes.

Adicionalmente a essas tendências, também ocorria o fato de que as empresas,


por iniciativa própria ou decorrente de alguma exigência, tinham o interesse em
demonstrar o seu desempenho ambiental. Dessa forma, elaborou-se a norma
ISO 14001 para que os sistemas de gestão ambiental (SGA) sejam estruturados
e integrados às demais atividades da organização e que devem ser, regularmente,
avaliados por intermédio de auditorias ambientais.
Podemos notar que as questões ambientais ganharam espaço no planejamen-
to estratégico das empresas, gerando políticas, metas e planos de ação específicos,
surgindo, então, o Sistema de Gestão Ambiental (SGA). Uma empresa, portanto,
que se preocupa com as questões ambientais internas e externas e deseja melhorar
o seu desempenho ambiental, pode optar por implantar e certificar um SGA.
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Dessa maneira, com base na norma ISO 14001, compreenderemos o que se
UNIDADE 3

trata o SGA e como ele pode ser implantado. Antes de adentramos nesse assunto,
porém, precisamos descrever a família da série ISO 14000.

NORMAS ISO APLICADAS À GESTÃO AMBIENTAL

Além da norma ISO 14001, que trataremos, especificamente, no próximo item,


criou-se uma série de normas voltadas para a gestão ambiental. Assim, os objetivos
a que se destinam as normas ambientais levaram ao surgimento de diferentes focos
em sua aplicação. Nesse sentido, elas são fundamentais para o processo de gestão
ambiental organizacional. A série ISO 14000 compreende, portanto, em normas
voltadas para a avaliação da organização e para a avaliação do produto, dividindo-se
em dois grupos, em função do seu objetivo, conforme apresentado na Figura 1.

Figura 1 - Série ISO 14000 / Fonte: adaptada de Moreira (2001).

As normas aplicadas a produtos podem ser implantadas de maneira indepen-


dente das normas de gestão, ou seja, nenhuma é pré-requisito da outra e todas
são voluntárias. A descrição das normas da série ISO 14000 são apresentadas
nos quadros a seguir

Número Título

Sistema de gestão ambiental - Requisitos com


ABNT NBR ISO 14001
orientações para uso

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Sistemas de gestão ambiental - Diretrizes gerais

UNICESUMAR
ABNT NBR ISO 14004
para a implementação

Gestão ambiental - Avaliação ambiental de locais


ABNT NBR ISO 14015
e organizações

Gestão ambiental - Avaliação de desempenho am-


ABNT NBR ISO 14031
biental – Diretrizes

ABNT NBR ISO 14050 Gestão ambiental – Vocabulário

Gestão ambiental - Comunicação ambiental -


ABNT NBR ISO 14063
Diretrizes e exemplos

Quadro 1 - Normas da série ISO 14000 voltadas para a avaliação da organização


Fonte: adaptado de Assumpção (2011) e Barros (2013).

Número Título

ABNT NBR ISO 14020 Rótulos e declarações ambientais - Princípios gerais

Rótulos e declarações ambientais - Autodeclarações


ABNT NBR ISO 14021
ambientais (rotulagem do tipo II)

Rótulos e declarações ambientais - Rotulagem


ABNT NBR ISO 14024
ambiental do tipo l - Princípios e procedimentos

Rótulos e declarações ambientais - Declarações


ABNT NBR ISO 14025
ambientais de Tipo III - Princípios e procedimentos

Gestão ambiental - Avaliação do ciclo de vida -


ABNT NBR ISO 14040
Princípios e estrutura

Gestão ambiental - Avaliação do ciclo de vida -


ABNT NBR ISO 14044
Requisitos e orientações

Gestão ambiental - Integração de aspectos ambien-


ABNT NBR ISO 14062
tais no projeto e desenvolvimento do produto

Quadro 2 - Normas da série ISO 14000 voltadas para a avaliação do produto


Fonte: adaptado de Assumpção (2011) e Barros (2013).
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Podemos observar que são várias normas da série ISO 14000, no entanto, nesta
UNIDADE 3

unidade, estudaremos, especificamente, a norma ISO 14001, pois é a norma que


estabelece os requisitos para implantação de sistemas de gestão ambiental (SGA).
Ela é a única norma voltada para a avaliação da organização que possibilita a
obtenção de certificado, ou seja, é a única norma passível de certificação, pois ela
descreve os requisitos a serem cumpridos com posterior verificação e avaliação.
As demais, somente, apresentam diretrizes e orientações a serem adotadas, sem
a avaliação de desempenho da implantação.
No entanto, na Unidade 5, apresentaremos maiores detalhes sobre as nor-
mas aplicadas à avaliação do produto, com ênfase na rotulagem ambiental.
Vamos, agora, conhecer a norma ISO 14001, bem como a implantação de um
SGA com base nessa norma.

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NORMA

UNICESUMAR
ISO 14001

A norma ISO 14001 - Sistemas de gestão ambiental - Requisitos com orientações


para uso, especifica os requisitos para implantação de um sistema de gestão am-
biental (SGA) que uma organização pode usar para aumentar o seu desempenho
ambiental. Trata-se de uma norma aplicável a qualquer organização, independen-
temente do seu tamanho, tipo e natureza (ABNT, 2015c).
Em outras palavras, pode ser aplicável a qualquer segmento e porte de or-
ganização (empresas de pequeno, médio e grande porte) e a diferentes tipos e
condições, sob o aspecto geográfico, cultural ou social (ASSUMPÇÃO, 2011).
Para você entender melhor o conceito de sistema de gestão e SGA, vejamos
algumas definições que a ISO 14001 (ABNT, 2015c) apresenta:
• Sistema de gestão: conjunto de elementos, que interagem entre si,
presente em uma organização, estabelecido a partir das políticas, dos
objetivos e dos processos organizacionais. Um sistema de gestão pode
abordar uma única disciplina ou várias, por exemplo, gestão da qua-
lidade, gestão ambiental, gestão da saúde e segurança ocupacional,
dentre outras. Em outras palavras, a organização pode optar por ter
um único ou mais sistemas de gestão, o que chamamos de sistema de
gestão integrado (SGI). Os elementos do sistema incluem a estrutura
da organização, papéis e responsabilidades, planejamento e operação,
avaliação de desempenho e melhoria.
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• Sistema de gestão ambiental: refere-se a uma parte do sistema de gestão
UNIDADE 3

da organização, ou seja, foca no gerenciamento ambiental e respeita a


legislação, verificando os riscos e as oportunidades que o meio ambiental
pode propiciar.

É importante você saber que a norma ISO 14001 encontra-se na sua terceira edi-
ção, publicada em 2015. Como já apresentamos, a primeira norma foi publicada
em 1996 e, posteriormente, a segunda edição, em 2004.
Uma breve comparação entre as versões 2004 e 2015 da ISO 14001, destaca-
mos que as principais diferenças referem-se à versão mais recente, esta apresen-
ta maior enfoque no contexto da organização, durante a elaboração da política
ambiental; ao aumento das responsabilidades da Alta Direção; à utilização do
planejamento estratégico da empresa, como base nos objetivos ambientais; à ên-
fase na identificação das oportunidades e ameaças advindas do ambiente externo,
abordagem de risco, e ênfase também, nas ações de melhoria contínua do SGA.

explorando ideias

Para saber mais sobre as principais mudanças entre as versões da ISO 14001 de 2004 e
2015, acesse o vídeo Nova ISO 14001:2015 por meio do link: https://www.youtube.com/
watch?v=2M63dn79BUc.
Fonte: as autoras.

Nesse contexto, a norma ISO 14001, revisada e publicada em 2015, foi atualizada
para adaptar a norma aos parâmetros da Estrutura de Alto Nível - Anexo SL,
assim como a norma ISO 9001 e demais normas de sistemas de gestão, como a
norma ISO 45001 (ABNT, 2018a). Esta estabelece requisitos para implantação
de sistemas de gestão de saúde e segurança ocupacional (SGSSO). Norma esta
que substituiu a norma OSHAS 18001:2007 (Occupational Health and Safety
Assessment Series, em português, Avaliação da Saúde e Segurança Ocupacional).
Na estrutura da norma estão contidos os requisitos genéricos do Anexo SL,
assim como os requisitos específicos do seu sistema de gestão. Para explicar a ISO
14001 em vigor, precisamos abordar o Anexo SL ou Estrutura de Alto Nível,
que originou toda essa mudança.

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Esse documento foi desenvolvido e publicado em 2012 pela ISO, para definir

UNICESUMAR
uma estrutura ou modelo padrão para todos os sistemas de gestão (inclusive da
ISO 9001:2015, apresentada na unidade anterior), ou seja, padronizar todos os
itens que as novas ou revisadas normas (a partir de 2012), que orientam a implan-
tação e certificação de sistemas de gestão, devem ter para facilitar a integração
desses sistemas nas empresas, pois terão uma estrutura única, diferente do que
acontecia até o momento.
A estrutura de alto nível tem como principal objetivo, como afirmam Silva e
Barbosa (2017, p.62), “unificar/definir estruturas, requisitos e terminologias de
todas suas normas de gestão, o qual chamou de Anexo SL”.
Ainda, de acordo com as autoras Silva e Barbosa (2017), a estrutura proposta
pelo Anexo SL para todas as novas normas inclui: 1. Escopo; 2. Referências normati-
vas; 3. Termos e definições; 4. Contexto da organização; 5. Liderança; 6. Planejamen-
to; 7. Suporte ou Apoio; 8. Operação; 9. Avaliação do desempenho; 10. Melhoria.
Esses itens representam os requisitos genéricos ou cláusulas obrigatórias, visto que
o anexo propõe que o texto principal seja idêntico, assim como os termos e defi-
nições utilizados, podendo cada norma também possuir requisitos específicos, ou
seja, incluir sub-requisitos de acordo com o tipo de sistema de gestão desenvolvido.
O objetivo da ISO 14001 é nortear a organização na proteção ao meio am-
biente, trazendo soluções às modificações ambientais que possam trazer dese-
quilíbrios à área socioeconômica. Como trata-se de uma norma de implantação
voluntária, ou seja, a organização opta pela sua implantação, podemos destacar
que é uma norma destinada ao uso por uma organização que busca gerenciar as
suas responsabilidades ambientais de uma forma sistemática que contribua para
o pilar ambiental da sustentabilidade (ABNT, 2015c).
Você deve se perguntar, neste momento: por que uma organização deve im-
plementar um SGA, visto que sua implantação é voluntária? A demanda de um
SGA, ao que tudo indica, depende de exigências externas à empresa, especialmen-
te de órgãos ambientais e clientes de grande porte ou fatores de contorno que
possam incentivá-las a buscar uma gestão ambiental eficaz, como incentivos de
órgãos governamentais, financiamentos a baixos custos, tanto para implantação
do SGA quanto para obras ambientais (MOREIRA, 2001). Desse modo, mesmo
que a implantação do SGA seja voluntária, as organizações podem sofrer as pres-
sões dos stakeholders para que o SGA seja implantado.

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UNIDADE 3

explorando ideias

Parte interessada ou stakeholder trata-se de pessoa ou organização que pode afetar, ser
afetada ou se perceber afetada por uma decisão ou atividade. São exemplos: clientes,
proprietários, pessoas na organização, fornecedores, investidores, órgãos regulamenta-
dores, sociedade, mídia etc.
Fonte: ABNT (2015c).

Adicionalmente, existem vários motivos que podem despertar o interesse de uma


empresa pelo SGA, por meio dos benefícios que este pode proporcionar a esta
organização. Desta forma, dentre os benefícios do SGA, destacamos (MOREIRA,
2001; ASSUMPÇÃO, 2011; BARROS, 2013; ABNT, 2015c):

• Melhoria na performance do desempenho ambiental, na redução do uso


de recursos naturais e redução da geração de poluentes (resíduos sólidos,
efluentes líquidos e emissões gasosas).
• Melhoria no atendimento às legislações ambientais.
• Redução de desperdícios e de custos.
• Prevenção de riscos (acidentes ambientais, multas, ações judiciais etc.
• Homogeneização da forma de gestão ambiental em toda a empresa, espe-
cialmente quando suas unidades são dispersas geograficamente.
• Disseminação da responsabilidade ambiental para toda a empresa, não,
apenas, da área de meio ambiente.
• Acesso a novos mercados e melhoria na competitividade empresarial.
• Melhoria da imagem perante o mercado.
• Melhoria nas relações com seus stakeholders, como clientes, órgãos am-
bientais, comunidade etc.
• Acesso a financiamentos, com taxas reduzidas.
• Benefícios intangíveis, como melhoria do gerenciamento, em função da
cultura sistêmica, da padronização dos processos, treinamentos e capaci-
tação de pessoal, rastreabilidade de informações técnicas etc.

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UNICESUMAR
explorando ideias

Como no Brasil, a ISO é representada pela ABNT, as normas apresentam a sigla NBR (Nor-
ma Brasileira), expressas como ABNT NBR ISO, seguidas pelo número da norma e o ano.
Dessa forma, aplicando o exemplo a norma ISO 14001, temos: ABNT NBR ISO 14001:2015.
Se utilizarmos, no entanto, o mesmo exemplo, também podemos apresentar as normas
das seguintes maneiras: ABNT NBR ISO 14001 ou simplesmente ISO 14001.
Fonte: as autoras.

Vamos, agora, conhecer os requisitos do SGA, conforme estabelecido pela


norma ISO 14001.

Requisitos do SGA

Assim como as demais normas de sistemas de gestão, a ISO 14001 também é baseada
na metodologia PDCA (Plan-Do-Check-Act), a qual fornece um processo iterativo
para alcançar a melhoria contínua. A figura a seguir ilustra como as seções ou cláusulas
de 4 a 10 da norma (em parênteses) podem ser agrupadas em relação ao ciclo PDCA.

Figura 2 - Estrutura da norma ISO 14001:2015 no ciclo PDCA / Fonte: adaptada de ABNT (2015c).

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De acordo com a ISO 14001 (ABNT, 2015c), o ciclo PDCA pode ser, resumida-
UNIDADE 3

mente, descrito como a seguir:


• Plan (planejar): estabelecer os objetivos ambientais e os processos ne-
cessários para entregar resultados de acordo com a política ambiental da
organização.
• Do (fazer): implementar o que foi planejado.
• Check (checar): monitorar e medir os processos em relação à política
ambiental, incluindo seus compromissos, objetivos ambientais e critérios
operacionais, e reportar os resultados.
• Act (agir): tomar ações para melhoria contínua.

Logo, podemos verificar que, com base no PDCA, os requisitos são os elos que
compõem o sistema, seu funcionamento proporciona a inter-relação dinâmica, in-
dispensável para o alcance dos objetivos do SGA, a saber: controlar, sistemicamente,
o desempenho ambiental e promover a sua melhoria contínua (MOREIRA, 2001).
A norma ISO 14001 contém as mesmas seções que a norma ISO 9001, por-
tanto, é estruturada em: Prefácio, Introdução, 1. Escopo, 2. Referências norma-
tivas e 3. Termos e definições, e as seções de 4 a 10, nas quais compreendem os
requisitos de implantação do SGA. O Quadro 3 apresenta as seções da norma
e os requisitos de implantação.

Seção da norma Requisitos

4.1 Entendendo a organização e seu contexto; 4.2


Seção 4
Entendendo as necessidades e expectativas das partes
Contexto da
interessadas; 4.3 Determinando o escopo do SGA; 4.4
organização
SGA

5.1 Liderança e comprometimento; 5.2 Política ambien-


Seção 5
tal; 5.3 Papéis, responsabilidades e autoridades organi-
Liderança
zacionais

6.1 Ações para abordar riscos e oportunidades; 6.1.2


Seção 6 Aspectos ambientais e 6.1.3 Aspectos ambientais e
Planejamento outros requisitos; 6.2 Objetivos ambientais e Planeja-
mento para alcançá-los

Seção 7 7.1 Recursos; 7.2 Competência; 7.3 Conscientização;


Apoio 7.4 Comunicação; 7.5 Informação documentada

90
Seção 8 8.1 Planejamento e controle operacionais; 8.2 Prepara-

UNICESUMAR
Operação ção e resposta às emergências

Seção 9 9.1 Monitoramento, medição, análise e avaliação; 9.1.2


Avaliação do Avaliação dos requisitos legais; 9,2 Auditoria interna;
desempenho 9.3 Análise crítica pela direção

Seção 10 10.1 Generalidades; 10.2 Não conformidade e ação


Melhoria corretiva; 10.3 Melhoria contínua

Quadro 3 - Requisitos da norma ISO 14001:2015 / Fonte: ABNT (2015c).

Veja como a estrutura é idêntica a ISO 9001, de acordo com o Anexo SL, a fim de
integrar essas duas normas, bem como os requisitos são muito semelhantes, as di-
ferenças mais significativas referem-se aos requisitos de Planejamento e Operação.
O Contexto da organização abrange os requisitos relacionados às necessida-
des e expectativas das partes interessadas e o escopo do SGA. Para que você entenda
melhor o que se trata uma organização, veja a definição da norma (ABNT, 2015c):
• Organização: pessoa ou grupo de pessoas com suas próprias funções
com responsabilidades, autoridades e relações para alcançar seus objeti-
vos. O conceito de organização inclui empreendedor individual, compa-
nhia, corporação, firma, empresa, associação, instituição, dentre outros,
seja pública, seja privada.

O escopo do SGA destina-se a esclarecer os limites físicos e organizacionais aos


quais se aplicam, de forma que a organização pode optar por implementar a ISO
14001 em toda a organização ou em partes específicas. Na definição do escopo, no
entanto, convém que a definição não seja usada para excluir atividades, produtos,
serviços ou instalações que têm ou podem ter aspectos ambientais significativos
para evitar seus requisitos legais e outros requisitos. Nesse contexto, ao determi-
nar o escopo, a organização deve considerar (ABNT, 2015c):
• As questões externas e internas.
• Os requisitos legais e outros requisitos referidos.
• Suas unidades organizacionais, funções e limites físicos.
• Suas atividades, produtos e serviços.
• Sua autoridade e capacidade de exercer controle e influência.

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Para melhor entendimento, podemos dizer que o escopo do SGA se divide em
UNIDADE 3

escopo técnico e geográfico, conforme apresentado na Figura 3.

Figura 3- Escopo do SGA / Fonte: as autoras.

Um exemplo de escopo geográfico é a implantação do SGA em diversas unida-


des da organização, localizadas em diferentes cidades, compreendendo em uma
implantação do sistema multi-site, ou seja, em múltiplas localidades.
A Liderança indica os requisitos relacionados ao comprometimento da Alta
Direção e à criação da política ambiental. Analisemos, em primeiro lugar a defi-
nição dada pela norma (ABNT, 2015c):
• Alta Direção: pessoa ou grupo de pessoas que dirige e controla uma
organização no nível mais alto, na qual tem o poder de delegar autoridade
e prover recursos na organização.
• Política ambiental: intenções e direção de uma organização relacionadas
ao seu desempenho ambiental como formalmente expresso pela sua Alta
Direção. Em outras palavras, trata-se de um conjunto de princípios decla-
rados como compromissos, em que a Alta Direção descreve as intenções
da organização para apoiar e aumentar o seu desempenho ambiental.

Nesta nova edição da norma, a Alta Direção tem mais responsabilidades em


relação ao SGA, pois precisa garantir que o sistema de gestão esteja alinhado ao
planejamento estratégico da empresa. Precisa viver, portanto, o SGA no seu dia
a dia, assim como promover a conscientização e o envolvimento dos funcioná-
rios em todos os processos do SGA, por meio do desenvolvimento das pessoas.
Assim, a Alta Direção deve demonstrar liderança e comprometimento ao SGA,
nas responsabilidades com as quais esteja pessoalmente envolvida ou as quais
convém que sejam dirigidas por ela (ABNT, 2015c).
Referente à política ambiental, deve ser incluído o comprometimento da or-
ganização com a questão ambiental. Além disso, a norma exige que a política am-

92
biental seja estabelecida, implementada e mantida pela Alta Direção, documentada,

UNICESUMAR
comunicada internamente a organização e disponibilizada às partes interessadas.
A política ambiental da organização inicia com a definição dos seus objetivos
ambientais de acordo com o SGA. Deste modo, a organização tem alguns com-
promissos que visam a proteger o meio ambiente, obedecer à legislação e outros
requisitos organizacionais, melhorar continuamente e aumentar o seu desempe-
nho ambiental. Adicionalmente aos compromissos, a política ambiental deverá
se adequar ao propósito e ao contexto da organização, incluindo a natureza, a
escala e os impactos ambientais das suas atividades, produtos e serviços; e prover
a estrutura para o estabelecimento dos objetivos ambientais (ABNT, 2015c).
Veremos, mais adiante, o que se deve manter como informação documentada.
Neste momento, no entanto, é importante você saber de que forma uma orga-
nização pode comunicar a sua política ambiental. São exemplos: a impressão da
política em crachás, murais de avisos, metas dos setores, wallpapers, computado-
res (fundo de tela), e-mail, áreas de convívio dentro da organização, no website
da organização, dentre outros.

explorando ideias

Veja o exemplo de uma política ambiental de uma empresa que detém um SGA imple-
mentado. Acesse o link: https://dana.com.br/fornecedores/politica-ambiental/.
Fonte: as autoras.

Para melhor entendimento dos compromissos da política ambiental, veja as de-


finições da ISO 14001 (ABNT, 2015c):
• Prevenção da poluição: uso de processos, práticas, técnicas, materiais,
produtos, serviços ou energia para evitar, reduzir ou controlar a geração
e a emissão de qualquer tipo de poluente, reduzindo, assim, os impac-
tos ambientais adversos. Pode incluir a redução ou eliminação na fonte;
modificações no processo, produto ou serviço; uso eficiente de recursos;
substituição de material e de energia; reuso; reciclagem interna etc.
• Desempenho ambiental: resultado mensurável relacionado à gestão
de aspectos ambientais. Para um SGA, os resultados podem ser medidos
em relação à política ambiental, aos objetivos ambientais e outro critério,
usando indicadores.

93
UNIDADE 3

explorando ideias

Uma ferramenta de gestão ambiental para prevenção da poluição é a Produção Mais Limpa
ou P+L, muito utilizada pelas organizações em associação ao SGA. Conheça mais detalhes
sobre a implementação da P+L por meio dos Guias de P+L para diversos setores produtivos
elaborados pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB), órgão ambiental
do Estado de São Paulo no link: https://cetesb.sp.gov.br/consumosustentavel/documentos/.
Fonte: as autoras.

No Planejamento, a organização deve identificar os aspectos e impactos ambien-


tais associados às ameaças e oportunidades e o desenvolvimento dos objetivos
ambientais e planejamento de como alcançá-los. Para melhor entendimento deste
requisito, é importante você conhecer a definição de aspecto ambiental e impacto
ambiental, conforme a norma ISO 14001 (ABNT, 2015c):
• Aspecto ambiental: elemento das atividades, produtos ou serviços de
uma organização, que interage ou pode interagir com o meio ambiente.
• Impacto ambiental: modificação do meio ambiente, tanto adversa quan-
to benéfica, total ou parcialmente resultante dos aspectos ambientais de
uma organização.

Podemos entender aspecto ambiental como algo inerente à atividade, produto ou


serviço, ou seja, algo que provoca o impacto. Assim, as atividades geram aspectos
ambientais como: resíduos sólidos, efluentes líquidos, emissões gasosas, ruído etc.
Por outro lado, impacto ambiental é qualquer modificação provocada no meio
ambiente como: alteração da qualidade ou poluição do ar, água, solo, esgotamen-
to de recursos naturais, dentre outros. O Quadro 4 apresenta-nos exemplos de
aplicação desses conceitos.

Aspectos ambientais (causa) Impactos ambientais (efeitos)

Comprometimento da conservação
Consumo de água dos recursos naturais ou o seu esgo-
tamento.

Comprometimento da conservação
Consumo de energia dos recursos naturais ou o seu esgo-
tamento.

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Alteração da qualidade do solo.

UNICESUMAR
Geração de resíduos sólidos Alteração da qualidade da água.
Alteração da paisagem.

Alteração da qualidade da água.


Geração de efluentes líquidos
Alteração da qualidade do solo.

Alteração da qualidade do ar.


Emissão de poluentes atmosféricos Aquecimento global.
Danos à saúde da comunidade.

Danos à saúde do funcionário, comu-


Emissão de ruído
nidade e fauna.

Emissão de odor Incômodo à comunidade.

Geração de calor Alteração da temperatura ambiente.

Quadro 4 - Exemplos de aspectos e impactos ambientais / Fonte: adaptado de Moreira (2001).

Assim, um aspecto ambiental pode causar um ou mais impactos ambientais, de


forma que a relação entre aspectos e impactos ambientais seja uma relação de
causa-efeito, isto é, todo aspecto pode causar impacto ambiental. Nesse sentido,
aspecto é a causa e o impacto, o efeito. Veja essa relação no quadro a seguir.

Aspecto Ambiental (ele- Impacto Ambiental


Atividade, produtos ou mento da atividade que (consequência da
serviços interage com o meio interação com o
ambiente) meio ambiente)

Esgotamento de
Limpeza Consumo de água
recursos naturais

Alteração da quali-
Armazenamento de dade da água e solo
Risco de rompimento da
rejeitos de minério de e mortalidade de
barragem
ferro espécimes de fauna
e flora

Geração de resíduos Alteração da qualida-


Abate de bovinos
sólidos de da água e do solo

Quadro 5 - Relação de aspecto e impacto ambiental / Fonte: as autoras.


95
Esse requisito é fundamental para a construção do SGA, uma vez que pratica-
UNIDADE 3

mente todos os demais requisitos dependem do que for estabelecido nesse item.
Atenção! O levantamento de aspectos ambientais e a avaliação de impactos am-
bientais não devem ser confundidos com o Estudo de Impacto Ambiental (EIA)
exigido pela legislação de licenciamento ambiental (MOREIRA, 2001).
Podemos destacar que a norma não estabelece a metodologia a ser aplicada para
a determinação dos aspectos e impactos ambientais significativos, entretanto, o mé-
todo e o critério utilizados devem fornecer resultados coerentes, de forma que os
critérios ambientais são os critérios básicos e mínimos para a avaliação dos aspectos
ambientais. Podem se relacionar ao aspecto ambiental, por exemplo, tipo, tamanho,
frequência; e ao impacto, por exemplo, escala, severidade, duração etc. (ABNT, 2015c).
Com relação aos requisitos legais e outros requisitos, a norma estabelece
que a organização deve determinar e ter acesso aos requisitos relacionados a seus
aspectos ambientais. Exemplos de requisitos legais são: legislações ambientais no
âmbito internacional, nacional, estadual e municipal; condicionantes da licença
de operação; dentre outros.
No requisito objetivos ambientais e planejamento para alcançá-los, a
norma estabelece que, para os objetivos ambientais, deve-se levar em considera-
ção os aspectos ambientais significativos e os requisitos legais e outros requisitos
associados, considerando seus riscos e oportunidades. Desse modo, os objetivos
ambientais devem ser: coerentes com a política ambiental, mensuráveis (se viá-
vel), monitorados, comunicados e atualizados. Logo, para alcançar estes objetivos,
a organização deve determinar o que será feito, os recursos requeridos, quem
será responsável, quando será concluído, e como os resultados serão avaliados,
incluindo indicadores para monitorar esses objetivos (ABNT, 2015c).
Para melhor entendimento, apresentamos um exemplo de objetivos ambien-
tais em uma organização que atua no setor de abate de bovinos. O planejamento
para alcançar os objetivos é estabelecido por meio de um plano de ação, conforme
o exemplo a seguir.

96
Média Plano de
Objetivo Indicador Meta Ação Responsável
Anterior ação

1.Treinar e conscientizar trabalhado-


res quanto ao uso racional da energia
Reduzir o elétrica.
megawatts
consumo 2.486 2.570 2.Localizar cargas de maior consumo e
consumidos/ Dez-20 Paula Polastri
de energia KWh KWh promover rodízio de consumo.
mês
elétrica 3.Monitorar diariamente e online o
consumo e a demanda de energia
elétrica.

Garantir Atendimento
Manter monitoramento de requisitos
o atendi- dos requi-
legais e outros, atualizando, men-
mento dos sitos legais 87,5% 100% Dez-20 Mirian Struett
salmente, por meio de software de
requisitos e outros
controle e requisitos legais.
legais requisitos

Quadro 6 - Exemplo de objetivos ambientais e plano de ação / Fonte: as autoras.

97
UNICESUMAR
Você pode observar que os aspectos ambientais significativos são: o consumo de
UNIDADE 3

água e energia; a geração de resíduos sólidos; efluentes líquidos e emissões gaso-


sas, estes identificados e avaliados em todo o processo produtivo. A organização
estabeleceu objetivo para o atendimento dos requisitos legais aplicáveis.
O requisito Suporte abrange os recursos que serão necessários para o esta-
belecimento, implementação e manutenção do SGA, dentre eles, a descrição dos
cargos que irão compor o SGA, o treinamento dos recursos humanos, a comu-
nicação interna e externa e a elaboração e organização das informações docu-
mentadas (ABNT, 2015c).
Podemos destacar que todas as normas estabelecem os requisitos para sis-
temas de gestão. Em alguns de seus requisitos, consta que a organização deve
manter toda e qualquer informação relacionada a implementação da norma,
devidamente documentada. Isso significa que a organização deve estabelecer
algum tipo de documentação para o que é solicitado na norma.
Podemos destacar alguns requisitos que a norma ISO 14001 estabelece como
informação documentada, por exemplo, escopo do SGA, política ambiental, le-
vantamento de aspectos e impactos ambientais, requisitos legais e outros requi-
sitos, objetivos ambientais, preparação e resposta a emergências, avaliação do
atendimento aos requisitos legais e outros requisitos, auditoria interna, análise
crítica pela direção, e não conformidade e ação corretiva (ABNT, 2015c).
Dessa forma, o termo informação documentada refere-se à informação que
se requer que seja controlada e mantida em uma organização e o meio no qual
ela está contida, em outras palavras, trata-se da documentação necessária para a
organização operar (ABNT, 2015a).
Um documento é a informação e o meio no qual esta informação está contida,
pode ser um registro, especificação, procedimento, desenho, relatório etc., o meio
pode ser papel, eletrônico, fotografia, dentre outros, ou uma combinação destes.
O registro é um tipo de documento que apresenta resultados obtidos ou provê
evidências de atividades realizadas, ou seja, evidencia os resultados alcançados
do sistema de gestão, por exemplo, podemos citar os registros de verificação, de
ação corretiva, de rastreabilidade, de monitoramento etc. (ABNT, 2015a).
Nessa etapa de implantação do SGA, portanto, deve-se definir a forma de
elaboração e organização da estrutura da documentação, na qual normalmente
ocorre em níveis, compreendendo em nível estratégico (nível 1), nível tático (nível
2) nível operacional (nível 3), conforme ilustrado na Figura 4.

98
UNICESUMAR
Figura 4 - Estrutura dos documentos do SGA / Fonte: adaptado de ABNT (2002a).

O requisito Operação estabelece o planejamento e os controles operacionais,


sendo necessário o estabelecimento de processos para atendimento dos requisi-
tos da norma, a preparação e a resposta às emergências reais e acidentes (ABNT,
2015c). Logo, no requisito de Preparação e respostas a emergências, a norma
determina que a organização deverá se preparar e responder a potenciais situa-
ções de emergências, identificadas na etapa de planejamento. Dessa forma, o
requisito deve ter o apoio da área de saúde e da segurança ocupacional (SSO)
da organização para sua implantação, e ser implantado por meio do Plano de
Atendimento a Emergência (PAE).
As situações de emergência podem ser identificadas e informadas na planilha
de aspectos e impactos ambientais, constituindo-se nas situações em que existe
o potencial de se causar danos ao meio ambiente e situações de risco de lesões
ou perdas humanas. Podemos citar algumas situações de emergência associadas
aos aspectos ambientais da organização, como risco de incêndio e explosão; va-
zamentos de combustível; óleo diesel; produtos químicos e gases (amônia, ozônio,
cloro etc.), dentre outros.
A Avaliação de desempenho orienta como deve ser realizado o monitora-
mento, a medição, a análise e a avaliação do SGA ou desempenho ambiental, in-

99
cluindo os processos de auditoria interna e análise crítica. A respeito da auditoria
UNIDADE 3

interna trataremos especificamente na Unidade 4. Uma das etapas importantes


que podemos destacar desse processo é a avaliação do atendimento aos re-
quisitos legais e outros requisitos, no qual a organização deve realizar perio-
dicamente. Para isso, muitas organizações optam por contratar uma consultoria
especializada para essa etapa.
Quanto à análise crítica pela direção, o seu principal objetivo é garantir a
adequação, suficiência e eficácia do SGA e seu alinhamento com a direção estraté-
gica da organização (ABNT, 2015c). Dessa forma, uma das entradas para a análise
crítica pela direção são os resultados de auditoria interna, uma vez que todos os
itens do sistema serão verificados quanto à sua adequação e conformidade. O
resultado da análise crítica pela direção, ou seja, as saídas, devem incluir decisões
e ações relacionadas às oportunidades de melhoria, necessidade de mudanças no
SGA e necessidades de recursos (ABNT, 2015c).
A norma ISO 14001 não determina como a Alta Direção deve realizar a análise
crítica do seu SGA, no entanto, estabelece que ela deve ocorrer em intervalos plane-
jados, ter, obrigatoriamente, assuntos de entrada e saída e ser mantida informação
documentada. Logo, a análise crítica pela direção não precisa ser, necessariamente,
uma reunião anual ou semestral, por exemplo, mas é comum as organizações reali-
zarem dessa forma, geralmente, documentada na forma de atas de reunião.
Por fim, o requisito Melhoria apresenta como devem ser planejadas as ações
corretivas e a melhoria contínua aplicadas às não conformidades detectadas na
auditoria interna. Nessa etapa, é muito comum as organizações utilizarem planos
de ação para controle das não conformidades ou softwares específicos.

explorando ideias

O conteúdo apresentado não substitui a norma ISO 14001:2015, trata-se apenas de um re-
sumo da sua estrutura. Para saber mais detalhes sobre a norma e adquiri-la, acesse o ABNT
Catálogo no link: https://www.abntcatalogo.com.br.
Fonte: as autoras.

100
UNICESUMAR
Processo de implantação do SGA

Como vimos, a norma ISO 14001 adota a metodologia do PDCA no seu processo
de implantação. Primeiramente, deve-se definir quem irá implantar o SGA, pode
ser uma consultoria especializada ou equipe interna, formada por funcionários
da própria organização. Algumas empresas possuem um Comitê de Gestão Am-
biental ou do SGA, que se constitui uma ferramenta estratégica para propiciar
o comprometimento de todos com o assunto meio ambiente. A criação deste
comitê, no entanto, é opcional (MOREIRA, 2001).
Em seguida, a Alta Direção deve elaborar a Política Ambiental, esta deve con-
ter os requisitos mínimos da ISO 14001 e atender ao planejamento estratégico
da empresa. Essa política deve ser documentada, implementada e comunicada
às partes interessadas para que elas possam ajudar a promovê-la e cumpri-la. A
política ambiental representa a posição adotada por uma organização referente
ao meio ambiente, ou seja, é ela que norteia o SGA, é a expressão das intenções
dos gestores da empresa, em relação às questões ambientais. Portanto, deve ser
elaborada por eles, mas não é suficiente formular a política, é preciso que a Alta
Direção da empresa se comprometa com ela.
101
Em seguida, é realizado o planejamento do SGA, composto pelo diagnóstico
UNIDADE 3

ambiental que irá identificar: os aspectos e os impactos ambientais da empresa; os


requisitos legais internos e externos; a análise da política ambiental, dos objetivos e
dos indicadores; o cruzamento dos aspectos ambientais, dos impactos ambientais,
da legislação ambiental vigente e dos requisitos da norma, visando identificar quais
são os tipos de ação de controle que deverão ser adotados; por fim, a elaboração dos
planos e programas, visando o cumprimento dos requisitos da norma e a conquista
do melhor desempenho ambiental possível. Nessa etapa, as organizações, normal-
mente, utilizam softwares específicos para gestão dos aspectos e impactos ambien-
tais, bem como dos requisitos legais aplicáveis ou outros tipos de ferramentas.
Destaca-se que todos os aspectos ambientais devem ser levantados (ou identi-
ficados) e avaliados, considerando o contexto da organização. Podemos considerar
essa como uma das etapas mais importantes na implantação do SGA, visto que uma
falha nessa fase poderá impactar nas etapas subsequentes de implantação do SGA.
A empresa deve manter os registros ou os documentos que comprovem o
atendimento a todos os requisitos previstos na norma, ou seja, que apresentem
as conformidades. Dentre esses documentos, podemos citar a lista de verifica-
ção; formulários específicos utilizados; os resultados das auditorias internas; os
registros relacionados aos aspectos e impactos ambientais; manual do SGA; li-
cença ambiental. Dentre outros documentos legais, estes devem ser arquivados
e recuperados em caso de auditorias.
De maneira geral, as etapas de implantação do SGA envolvem:
• Conscientização da Alta Direção.
• Treinamento de interpretação da norma ISO 14001 para o Comitê do
SGA e demais multiplicadores, caso a organização opte pela estruturação
de um comitê.

102
• Elaboração e comunicação da política ambiental.

UNICESUMAR
• Levantamentos dos aspectos ambientais e avaliação dos significativos.
• Estudo da legislação ambiental e outros requisitos aplicáveis.
• Definição de objetivos e metas ambientais.
• Elaboração e implantação de procedimentos do SGA e acompanha-
mento de ações.
• Conscientização e comunicação interna.
• Treinamento de auditores internos.
• Planejamento e realização de auditoria interna.
• Análise crítica pela Alta Direção.
• Correção das não conformidades.
• Pré-auditoria de certificação ou auditoria de certificação (opcional).

Por fim, salientamos que podem ocorrer diversos problemas, tanto antes quanto
durante a implantação de uma norma, mas, em sua maioria, eles não se relacionam
à aplicação das técnicas previstas, mas à resistência que as pessoas têm em relação à
mudança que a norma gerará dentro da empresa e dos processos de trabalho. Por
isso, é preciso criar uma cultura de gestão ambiental, pois esse problema pode se
agravar, caso a empresa não tenha uma cultura organizacional consolidada.
Para tanto, é preciso investir na sensibilização dos colaboradores por meio
de treinamentos permanentes. Quando uma empresa apresenta consciência am-
biental, o meio ambiente deixa de ser um problema e passa a ser uma oportuni-
dade de negócios.

103
INTEGRAÇÃO DO SISTEMA DE
UNIDADE 3

GESTÃO AMBIENTAL
(SGA) COM O SISTEMA
de gestão da qualidade (SGQ)

Muitas empresas são solicitadas ou se prontificam a obter a certificação do SGA, por


meio da norma ISO 14001, além da certificação do sistema de gestão da qualidade
(SGQ), com base na norma ISO 9001. Para isso, a melhor alternativa é a integração
dos processos de gestão, ou seja, implementação de um único sistema de gestão o
sistema de gestão integrado (SGI), que traz vários benefícios, tais como (CARPI-
NETTI; GEROLAMO, 2016):
• Visão integrada, alinhamento e minimização da chance de conflitos de
decisões e ações relacionadas aos sistemas de gestão.
• Sinergia na utilização das técnicas para gestão de melhoria e tomada de
decisão.
• Integração e enxugamento de documentação.
• Redução de custos de manutenção dos sistemas.

104
As estruturas de cláusulas, nas edições de 2015 da ISO 9001 e da ISO 14001, foram

UNICESUMAR
padronizadas, justamente, para facilitar essa integração em um único sistema.
Podemos perceber que, primeiro, as organizações implementam o SGQ e, depois,
implantam o SGA. A integração dos requisitos viabilizadores é bastante evidente
e de mais fácil integração, depois que houve essa atualização nas duas normas.
Podemos integrar, por exemplo, processos de gestão relacionados aos requisitos
de Liderança ou Suporte que é mais imediato, pois apesar de terem finalidades
diferentes, os processos de gestão para atender a esses requisitos são similares
(CARPINETTI; GEROLAMO, 2016). Da mesma forma, acontece com os proces-
sos do requisito Contexto da organização, parte dos requisitos do Planejamento,
da Avaliação de desempenho e da Melhoria contínua (ABNT, 2015b, 2015c).
Para Carpinetti e Gerolamo (2016), no entanto, os requisitos da Cláusula 8,
que se referem à operação, e os requisitos da cláusula 6.1, que se tratam de riscos e
oportunidades, requerem processos de gestão mais específicos. Os procedimentos
de gestão definidos pela organização para o SGI resultarão em graus variados de
integração dos sistemas. É importante salientar que as organizações, além disso,
devem analisar seus processos, particularidades e legislações específicas.

conecte-se

Os Stakeholders exercem grande influência na gestão organizacional, sendo


que alguns exercem uma influência direta e outros indireta sobre a organi-
zação, e dependendo de seus interesses isso pode impactar positivamente
ou negativamente nas atividades organizacionais. Para saber mais sobre a
influência dos Stakeholders nas organizações, assista ao vídeo a seguir:

105
CONSIDERAÇÕES FINAIS
UNIDADE 3

Prezado(a) aluno(a), observamos, nesta unidade, a importância da gestão ambiental


para as organizações, que, além de trazer vantagens competitivas, é essencial para
a sobrevivência das organizações. As normas, além de orientarem a um sistema de
gestão, irão padronizá-lo, ou seja, esse sistema poderá ser implantado aqui no Brasil
ou em qualquer lugar do mundo, porque a padronização é reconhecida por diver-
sos países como uma forma de comunicação e de atuação da organização, que se
apresenta adequada, em termos de gestão de seus processos, produtos ou serviços.
É reconhecido que as organizações buscam realizar sua gestão, não apenas por
força da legislação, mas também pela pressão exercida pelos seus stakeholders, que,
cada vez mais, cobram uma postura correta e ética da organização com o meio am-
biental. Suas atividades, portanto, não devem impactar negativamente nesse meio.
Além disso, devem buscar alternativas para reduzir ou mitigar o uso de recursos
naturais. Por isso, as organizações buscam formas e estratégias de gestão.
Um SGA é aplicável a qualquer tipo de organização, independentemente do
tamanho e número de funcionários. Nesse sentido, a organização que optar por
implantar esse sistema de gestão deve contar com a colaboração de todos os
envolvidos, investindo em treinamentos e capacitação.
A implementação de um SGA, para posterior certificação, deverá ter muitas
etapas e nem sempre é em curto prazo; na maioria das vezes, é em médio e longo
prazo que os gestores irão colher frutos desse trabalho. Tal esforço, entretanto,
vale a pena, pois a qualidade também é um diferencial para a organização.
Por fim, podemos entender que, para a implantação do SGA, o ciclo do PDCA
é fundamental, pois, a partir dele, aplicamos as etapas de planejamento, ação, ve-
rificação e ações corretivas, que sempre proporcionarão à organização melhoria
contínua do seu SGA implementado.

106
na prática

1. Alcançar o equilíbrio em relação às questões ambientais, econômicas e sociais é


fundamental para as organizações que visam ao desenvolvimento sustentável, em
seus processos. Logo, muitas buscam aprimorar a sua gestão por meio da implan-
tação de sistemas de gestão. Nesse contexto, considerando a norma ISO 14001,
explique o que esta especifica e qual o seu objetivo.

2. Para Moreira (2001), a demanda de implantação de um Sistema de Gestão Ambien-


tal (SGA) depende de exigências externas à empresa, especialmente por parte de
investidores, clientes de grande porte e órgãos ambientais, ou fatores de contorno
que possam incentivá-la a buscar uma gestão ambiental eficaz, como incentivos de
órgãos governamentais, financiamento a baixos custos, tanto para implantação do
SGA quanto para obras ambientais.

Nesse contexto, considere uma organização de grande porte com atuação no mercado
nacional e internacional, que, por exigência do seu maior cliente, implantará um SGA com
base na norma ISO 14001. No entanto, a Alta Direção, ainda, não tem o conhecimento
dos benefícios que o SGA poderá trazer para a empresa. Dessa forma, apresente pelo
menos cinco benefícios que essa empresa poderá obter com a implantação do SGA.

3. Um Sistema de Gestão Ambiental (SGA), segundo a norma ISO 14001, permite a uma
organização desenvolver uma política ambiental, estabelecer objetivos e processos
para o seu cumprimento, agir, conforme necessário, para melhorar continuamen-
te seu desempenho ambiental, verificar e demonstrar a conformidade do sistema
com os requisitos legais, da norma e aqueles com os quais a organização decide,
voluntariamente, aderir.

Considerando o texto apresentado acerca do SGA e a norma ISO 14001, analise as


afirmativas seguintes.

I - A ISO 14001 é uma norma de desempenho ambiental do produto.


II - A estrutura da ISO 14001 é baseada na metodologia PDCA (Plan-Do-Check-Act).
III - A finalidade geral do SGA, proposta na ISO 14001, é equilibrar a proteção ambien-
tal e a prevenção de poluição com as necessidades econômicas das organizações.

107
na prática

IV - A norma ISO 14001 especifica os requisitos relativos a um SGA, permitindo a


organização formular política e objetivos que levem em conta os requisitos legais
e as informações referentes aos impactos ambientais significativos.

É correto o que se afirma em:

a) I e II, apenas.
b) II e III, apenas.
c) III e IV, apenas.
d) I, II e III, apenas.
e) II, III e IV, apenas.

4. A Alta Direção de um frigorífico decidiu implantar um Sistema de Gestão Ambiental


(SGA), conforme os requisitos da norma ISO 14001. Para isso, foi necessário alterar
a cultura empresarial da organização, desenvolver ações ligadas às áreas social e
ambiental, além da econômica, dentre outras ações e melhorias. Nesse contexto,
com a implantação do SGA, as empresas tratam a questão ambiental como uma
nova estratégia de negócio. Desse modo, essas organizações visam:

a) Melhorar a imagem da empresa.


b) Ditar regras no mercado internacional.
c) Apenas aumentar o desempenho ambiental.
d) Ater-se ao cumprimento da legislação ambiental.
e) Ignorar as pressões de stakeholders (partes interessadas).

108
na prática

5. De acordo com Assumpção (2011), a implementação de um Sistema de Gestão Ambiental


(SGA) resulta na melhoria do desempenho ambiental de qualquer organização. Logo, com
a implementação de um SGA, conforme os elementos da norma ISO 14001, ocorre uma
sistematização de tal forma que os aspectos ambientais são identificados e controlados.
Isso conduz para que os riscos potenciais dos impactos adversos ao meio ambiente tor-
nem-se conhecidos e controlados, o objetivo é eliminá-los ou neutralizá-los.

Nesse contexto, em relação a todas as etapas de implantação de um SGA, conforme


a norma ISO 14001, assinale a opção correta.

a) Planejamento e implementação.
b) Planejamento, implementação e revisão.
c) Política ambiental, planejamento, implementação e revisão.
d) Planejamento, implementação e operação, verificação e ações corretivas, e revisão.
e) Política ambiental, planejamento, implementação e operação, verificação e ações
corretivas, e revisão.

109
aprimore-se

SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL EM EMPRESAS: BENEFÍCIOS ECONÔ-


MICOS E AO MEIO AMBIENTE

A gestão ambiental, em alguns casos, é apenas uma adaptação às regras do mer-


cado e da sociedade que permitam a sobrevivência da empresa, evitando transtor-
nos e custos judiciais. Existe certa dificuldade de se estabelecer uma compatibiliza-
ção eficaz entre valores econômicos e valores ambientais, uma vez que é recente
a intenção de se fazer esta compatibilização, entretanto as empresas têm obtido
resultados positivos no sentido de investir em Gestão ambiental. Em exemplos de
implantação de SGA, as empresas afirmam que os investimentos ambientais apre-
sentaram retorno, diminuíram custos com insumos e custos de produção. Se uma
empresa tem como meta atingir melhores níveis de qualidade, é de suma impor-
tância que a política ambiental estabeleça como estratégia e que benefícios essas
metas. Contudo deixar de investir nesse Sistema de Gestão, significa não estar em
conformidade com o mercado atual e alto risco de elevados custos na implanta-
ção de ações emergenciais, perdendo a oportunidades de retorno de investimen-
to rápido. O grande desafio constatado é o de implementar um desenvolvimento
econômico e social que seja realizado de maneira correta, sem sacrificar os recur-
sos naturais. Necessita-se de programas que visam à preservação do ecossistema,
com maior educação ambiental, incluindo ações que promovam tanto a educa-
ção escolar, profissional e familiar, quanta responsabilidade social e ambiental.
Todavia a empresa que faz além do exigido nas normas, buscando novas ideias,
está contribuindo de forma mais significativa com a sustentabilidade. Visto isso,
a relação de custos e benefícios, bem como de outras iniciativas voluntárias para
melhoria do meio ambiente, dentro dos projetos de SGA como um investimento
sustentável e melhorado, questiona ainda o comportamento das empresas em re-
lação a implantação e desenvolvimento por mais viabilidades ambientais e menos
relutância aos projetos idealizadores à contribuição natural e habitável.

Fonte Souza Junior (2017, p. 21-22).

110
eu recomendo!

livro

Sistema de Gestão Ambiental: Manual prático para imple-


mentação de SGA e certificação ISO 14.001/2015
Autor: Luiz Fernando Joly Assumpção
Editora: Juruá
Sinopse: esse manual oferece apoio técnico e serve como refe-
rência para elaborar, implementar e manter um SGA. Elaborado
com base na norma ABNT NBR ISO 14.001/2015, fundamenta-se
na experiência prática de diversos SGAs, destacando a Gestão de Riscos e como
eles devem ser gerenciados. Tais informações se encontram baseadas na expe-
riência prática de mais de 20 projetos de gestão de riscos para unidades de gran-
de porte, tais como os portos organizados, as ferrovias, dentre outros.

filme

Uma verdade inconveniente


Ano: 2006
Sinopse: vencedor do Oscar de melhor documentário, o filme
baseia-se nas apresentações do ex-vice-presidente americano
Al Gore (Prêmio Nobel da Paz em 2007), realizadas, pelo mundo
inteiro, durante muitos anos, acerca das mudanças climáticas. O
trabalho consiste na apresentação de dados e teorias importan-
tes a respeito do aquecimento global. Al Gore defende que o gás
carbônico, gerado pelos seres humanos, contribui, drasticamente, para a eleva-
ção da temperatura média da Terra.

conecte-se

Dentre os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), o ODS 12 envolve a ges-


tão sustentável e o uso eficiente dos recursos naturais, minimiza impactos negativos
sobre a saúde humana e o meio ambiente, por meio da prevenção; da redução; da
reciclagem; do reuso e da educação.
https://nacoesunidas.org/pos2015/ods12/.

111

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