Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Lavras – MG
2020
SUMÁRIO
LISTA DE FIGURAS .............................................................................................................................. i
LISTA DE TABELAS ............................................................................................................................ ii
1 – INTRODUÇÃO ................................................................................................................................. 1
2 – PANORAMA DA PRODUÇÃO DE ETANOL DE 2° GERAÇÃO NO BRASIL E NO MUNDO 2
2.1 –Produção Brasileira ......................................................................................................................... 2
2.2 –Produção global ............................................................................................................................... 2
3 – PRINCIPAIS ETAPAS PARA A PRODUÇÃO DO ETANOL DE 2° GERAÇÃO ........................ 2
4 –PRINCIPAIS BIOMASSAS USADAS NA PRODUÇÃO DE ETANOL DE 2 GERAÇÃO NO
MUNDO .................................................................................................................................................. 4
5 – FINALIDADE E TIPOS DE PRÉ-TRATAMENTO PARA MATERIAS LIGNOCELULÓSICOS
................................................................................................................................................................. 6
5.1 –Tipos de pré-tratamento ................................................................................................................... 7
5.2 –Explosão a vapor ............................................................................................................................. 8
5.3 –Pré-tratamento ácido ........................................................................................................................ 9
6 – PRINCIPAIS ROTAS PARA A HIDRÓLISE DE MATERIAIS LIGNOCELULÓSICOS ............ 9
7 –PRINCIPAIS ENZIMAS USADAS NA HIDRÓLISE ENZIMÁTICA DA CELULOSE .............. 11
8 – FATORES QUE AFETAM A HIDRÓLISE ENZIMÁTICA ......................................................... 12
9 – FERMENTAÇÃO DO HIDROLISADO ........................................................................................ 13
10 – CONCLUSÃO ............................................................................................................................... 15
11 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................................... 16
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Principais etapas da produção do etanol de segunda geração..................................................3
Figura 2 - Ação do pré-tratamento na a estrutura da biomassa lignocelulósica.......................................6
Figura 3 - Mecanismo de hidrólise da celulose catalisada por ácido......................................................10
Figura 4 - Estrutura molecular da celulose, celobiose com ligação β-glicosídica..................................11
Figura 5 - Desconstrução enzimática da celulose...................................................................................12
Figura 6 - Representação da ação catalítica da Celulase sobre celulose com geração de glicose..........12
Figura 7 - Rotas de hidrólise e fermentação para obtenção de etanol de 2ª geração a partir de matéria
prima constituída de bagaço ou palha de cana-de-açúcar.......................................................................15
i
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 – Composição química parcial de alguns tipos de biomassa....................................................4
Tabela 2 - Composição química de biomassas lignocelulósicas com potencial para produzir etanol
2G.............................................................................................................................................................5
Tabela 3 - Resumo dos tipos de pré-tratamento…………………………………………………...........7
ii
1 – INTRODUÇÃO
O crescimento acelerado na economia mundial tem gerado um aumento significativo na demanda
energética mundial. Aquecendo assim, as discussões sobre a redução na oferta futura de derivados de
petróleo e os impactos ambientais. Esses fatores associados potencializam a inserção de energia sustentável,
a partir de fontes renováveis, na matriz energética mundial. Segundo Silva (2012), essa nova visão aumentou
o interesse na conversão de biomassa em etanol e, hoje, esse biocombustível é uma alternativa promissora,
estudada mundialmente.
De acordo com estimativa feita pela Agência Internacional de Energia (AIE) até o ano de 2030, os
biocombustíveis corresponderão a aproximadamente 7% do combustível utilizado no transporte. O Brasil
juntamente com União Europeia e Estados Unidos serão os principais consumidores e produtores. Esse
crescimento na demanda já era previsto devido ao aumento no preço do petróleo e pelos acordos firmados
entre os países desenvolvidos (que são responsáveis por 80% das emissões globais) para a reduzir as
emissões de gases poluentes.
Os resíduos provenientes das atividades agroindustriais estão entre as principais fontes de biomassa no
mundo, correspondendo a uma geração anual de aproximadamente 40 milhões de toneladas de resíduo
lignocelulósico, ocasionando prejuízos consideráveis nas atividades econômicas no setor agroindustrial e no
meio ambiente. Assim, surge a possibilidade do aproveitamento desse resíduo, uma opção promissora que
alia o aumento na produção e a redução nos impactos ambientais.
Dois terços da cana são constituídos de material lignocelulósico, indicando seu imenso potencial para
energético. A estimativa é de que o aproveitamento do bagaço e parte das palhas e pontas da cana-de-açúcar
eleve a produção de álcool em 30 a 40%, para uma mesma área plantada (Pacheco, 2011).
O bioetanol pode ser obtido a partir de qualquer biomassa que contenha quantidades significativas de
carboidratos, particularmente amido ou açúcares (sacarose, glicose, frutose, maltose) (Jardine & Peres,
2009). A produção de etanol, com base na biomassa lignocelulósica, utiliza processos químicos (empregando
ácidos) ou da biotecnologia moderna (empregando enzimas), para a quebra de moléculas de celulose e
liberação de açúcares, para então produzir o etanol, por meio de processos fermentativos alcoólicos da
biotecnologia convencional (Ferreira, 2015).
O obstáculo na produção do etanol de segunda geração ser economicamente viável está em encontrar a
opção mais adequada para disponibilizar a glicose a partir da hidrólise da celulose considerando o custo
global, rendimento e fermentabilidade do hidrolisado. Além, do aproveitamento integral de todos os resíduos
(hemicelulose, lignina e águas residuais). O Brasil tem investido consideravelmente em pesquisas para o
aprimoramento das técnicas de produção, muitos estudos estão sendo desenvolvidos para que o processo
produtivo do etanol de segunda geração tenha ampla comercialização e torne- se economicamente viável em
futuro bem próximo.
1
2 – PANORAMA DA PRODUÇÃO DE ETANOL DE 2° GERAÇÃO
NO BRASIL E NO MUNDO
2.1 –Produção Brasileira
A primeira usina de etanol de segunda geração no Brasil, que é pertencente à GranBio, localiza-se em
São Miguel dos Campos (AL) e possui capacidade anual de produção de até 60 milhões de litros. Já a usina
da Raízen, que se localiza em Piracicaba (SP), possui capacidade para produzir anualmente, até 40 milhões
de litros do combustível.
Além disso, segundo a Green Car Congress (2020) a GranBio anunciou uma aliança estratégica com a
NextChem, uma gigante subsidiária italiana Maire Tecnimont para operações na área de química verde e
tecnologias para energia de transição. Assim, unindo os conhecimentos da GranBio em biomassa e
biocombustíveis e da NextChem em engenharia, a aliança visa estudar a viabilidade e o desenvolvimento de
projetos para produzir na GranBio o etanol de segunda geração e exportar para diversos países.
No mundo todo, há nove usinas para produção de etanol de segunda geração. Dentre elas, duas no
Brasil, uma na Europa, e o restante na América do Norte. Todas já são indústrias do etanol de primeira
geração e têm governos que dão apoio à produção do etanol celulósico.
Governos de alguns países, como China, Índia, Indonésia e Malásia possuem interesses em apoiar
projetos deste combustível, na consagração de mercado em seus países.
O bagaço da cana-de-açúcar é a mais barata fonte de biomassa, pois já é obtida em algumas indústrias,
no entanto, é queimada para produzir eletricidade. Brasil, China, Índia e Tailândia são os maiores produtores
desta biomassa. Em comparação aos Estados Unidos, que já produz o etanol com restos de milho, o qual
possui um custo de biomassa em torno de duas vezes mais em relação ao bagaço de cana, segundo o Alfano,
S. et al. (2017)
Apesar da abundante quantidade de matéria prima para a produção do etanol de segunda geração, a
transição do combustível fóssil para o sustentável tem falhado, devido ao preço de mercado ainda não ser
competitivo. Os custos pesam sobre a coleta e transporte da matéria-prima, enzimas, logística, entre outros.
2
fonte: GROSSI, 2015
Figura 1- Principais etapas da produção do etanol de segunda geração.
A etapa seguinte, chamada hidrólise, tem como finalidade obter açúcares fermentescíveis, como as
pentoses e hexoses, a partir da biomassa. As pentoses são provenientes da hidrólise da fração hemicelulose,
e as hexoses são geradas na degradação de parte das hemiceluloses e celulose.
A obtenção de açúcares a partir de material celulósico pode ocorrer de duas maneiras: por enzimas ou
por ácidos. A hidrólise ácida possui alta eficiência, com 90% de recuperação de açúcares, no entanto,
permite gerar também alguns produtos que inibem a fermentação e degradam açúcares. Já a hidrólise
enzimática, possui menor eficiência, no entanto, não há ocorrências de reações secundárias que inibem a
fermentação.
A etapa de fermentação é a conversão dos açúcares em etanol, gás carbônico, ácido succínico, ácidos
voláteis e ésteres. Para isso, é empregada o uso de microrganismos, a qual é usualmente utilizada a levedura
Saccharomyces cerevisiae como agente de fermentação, devido a sua eficiência.
Na indústria, a fermentação ocorre em reatores com agitadores, também chamadas de dornas agitadas.
A conversão em etanol a partir dos açúcares totais obtidos no processo anterior (hidrólise), nestes reatores,
variam entre 85 a 92%. O restante destes açúcares, aqueles que não se converteram em etanol, geram
produtos secundários por motivos diversos. (Andrade, 2014).
Na última etapa, a destilação, ocorre a separação do etanol da mistura. Para isso, é utilizado uma
coluna de destilação, onde a mistura que foi fermentada, agora é aquecida até uma dada temperatura. A
separação do álcool ocorre, pois, a temperatura escolhida, é o suficiente para evaporar o etanol da mistura,
porém, insuficiente para evaporar os outros componentes.
Os vapores de etanol gerado na coluna de destilação, passam então por um condensador, onde se
obtém o etanol líquido, com teor alcoólico de cerca de 96% segundo, Murakami, L. S. N. et al. (2016).
3
4 –PRINCIPAIS BIOMASSAS USADAS NA PRODUÇÃO DE
ETANOL DE 2 GERAÇÃO NO MUNDO
O etanol 2G (etanol de segunda geração) ou etanol lignocelulósico, chamado assim por ser obtido
através da biomassa lignocelulósica, trata-se de uma alternativa que vem sendo estudada pela comunidade
científica e empresas privadas, para aumentar significativamente a produção de etanol no mundo, tanto nos
países do hemisfério norte onde a cana-de-açúcar não tem um bom desenvolvimento, quanto nos países que
já possuem grande disponibilidade dessa matéria-prima, como por exemplo no Brasil, para conseguir
aumentar a quantidade produzida, sem ser necessário aumentar a área de cultivo, e causar uma disputa de
terras, com outros produtos agrícolas.
Uma das alternativas encontradas para essa produção foi a utilização dos resíduos agrícolas,
agroindustriais e dos resíduos florestais, que na maior parte representa uma grande porção do carbono total
fixado por fotossíntese (Draber, 2013) e dos compostos orgânicos de alta abundância na biosfera,
representando mais de 60% da biomassa total.
Atualmente podemos citar que as principais biomassas usadas na produção de etanol 2G, divididas
como dito acima, são:
Resíduos agrícolas: palha e bagaço de cana-de-açúcar, palha de trigo, resíduos de milho, como o
sabugo de milho, palha de arroz e casca de aveia.
Resíduos florestais: pó e restos de madeira, capim elefante, aparas de eucalipto, braquiárias, panicuns
e árvores de crescimento rápido, que podem representar alternativas competitivas e eficientes para locais
onde não se cultiva cana-de-açúcar (Barros, [s.d.]).
4
Folhas de milho 37,6 34,5 12,6
Tabela 2 - Composição química de biomassas lignocelulósicas com potencial para produzir etanol 2G
Biomassa
Celulose (%) Hemicelulose (%) Lignina (%)
Lignocelulósica
Palha de cana 40-44 30-32 22-25
Madeira dura 43-47 25-35 16-24
Madeira mole 40-44 25-29 25-31
Talo de milho 35 25 35
Espiga de milho 45 35 15
Algodão 95 2 0,3
Palha de trigo 30 50 15
Sisal 73,1 14,2 11
Palha de arroz 43,3 26,4 16,3
Conforme observado, a massa seca vegetal é composta por cerca de 70% de polissacarídeos, sendo
que 40-60% de celulose, 20-40% de hemicelulose e 15-25% de lignina (Balat et al., 2008 apud Santos,2012).
5
Segundo Kadam & Mcmillan e Cheng et al. (2003; 2008 apud Santos, 2012) dos resíduos derivados de
materiais lignocelulósicos, como os que foram citados acima, os mais promissores para serem
empregados em bioprocessos em cada parte do mundo são:
Na América do Sul, o bagaço de cana, na Ásia, a palha de arroz, nos Estados Unidos a palha de milho,
e na Europa a palha de trigo.
Segundo Sarkar et al. (2012 apud Santos,2012), a Ásia gera cerca de 667,6 milhões de toneladas de
palha de arroz e 145,2 milhões de toneladas de palha de trigo, enquanto que a América produz 140,86
milhões de toneladas de palha de milho.
Para a produção do etanol 2G se tornar mais viável e competitivo, uma das prioridades é o
desenvolvimento de pré-tratamentos cada vez mais eficientes (Zhang, Y. P., Lynd, L.R. apud Grossi,2015)
6
5.1 –Tipos de pré-tratamento
Existem vários tipos diferentes de pré-tratamentos, sendo eles classificados da seguinte forma: físicos,
físico-químicos, químicos, biológicos ou uma combinação desses (Sarkar et al., 2012).
Hidrolisa hemicelulose.
Por meio do uso de ácidos minerais Custo elevado; Equipamentos
Hidrólise Ácida
concentrados ou diluídos resistentes à corrosão; Não hidrolisa a
lignina.
7
Aumenta a área de superfície
Exposição à amônia líquida a alta Acessível; Retira a lignina e
AFEX (ammonia temperatura e pressão por certo período hemicelulose até certo ponto; Não é
fiber explosion) de tempo, seguida de uma rápida eficiente para biomassa com alto teor de
descompressão lignina; Alto custo e elevado impacto
ambiental causado pela amônia.
Esse tratamento consiste em submeter o material lignocelulósico a vapor de água saturado à alta
pressão por um determinado tempo em um reator e em seguida a uma brusca descompressão em condições
atmosféricas. As moléculas de vapor a alta pressão e temperatura, penetram na estrutura do material
lignocelulósico e, no momento da descompressão se expandem rompendo as ligações da lignina,
hemicelulose e celulose. A maior parte das hemiceluloses são eliminadas, colaborando com a hidrólise da
celulose (Martin et al., 2007).
Depois desse procedimento, o material em suspensão aquosa é mantido sob agitação mecânica de 1
hora na temperatura ambiente, sendo posteriormente filtrado e as fibras lavadas novamente (Pitarelo et al.,
2012).
De acordo com Sun, Y. & Cheng, J. (2002 apud Grossi, 2015), uma vantagem da explosão a vapor
consiste na solubilização da lignina pela simples adição de algum solvente orgânico ou acidificação da água.
Outra vantagem da utilização da técnica são os resultados obtidos da hidrólise enzimática sobre a biomassa
oriunda que mostram uma eficiência de 90% contra apenas 15% utilizando resíduos não tratados.
Mesmo sendo promissora, essa técnica ainda não está completamente ajustada para aplicação em
escala industrial. O principal fator é quanto a viabilidade econômica do processo, como exemplo em usinas
sucroalcooleiras, não há equipamentos capazes de operar o bagaço de cana em uma taxa razoável (Grossi,
2015).
8
5.3 –Pré-tratamento ácido
Esse pré-tratamento consiste na diluição de ácido para realizar a hidrólise da hemicelulose presente na
biomassa, solubilizando esse componente. O ácido mais utilizado nesse processo é o ácido sulfúrico, mas
outros também, podem ser utilizados, como o clorídrico ou o fosfórico. Segundo Baudel (2006 apud Santos,
2012), combinações entre concentração de ácido, temperatura e tempo de reação podem gerar grandes
quantidades de açúcares provenientes da fração hemicelulósica.
Depois do tratamento, o hidrolisado obtido contém açúcares simples (xilose, glicose, arabinose e
galactose) e também um resíduo formado por celulose e lignina, esta que pode ser removida por um
tratamento alcalino para que a celulose possa ser hidrolisada enzimaticamente com maior rendimento (Sun,
Y. & Cheng, 2002 apud Santos, 2012).
No tratamento ácido, as principais desvantagens do processo são o fato de poder ocorrer a degradação
dos açúcares, a formação de substâncias inibidoras da fermentação e a necessidade de uso de equipamentos e
reatores muito resistentes a corrosão. Além disso, esse tratamento não é muito eficiente na despolimerização
da celulose (Grossi, 2015).
Diante disso, muitos autores defendem a utilização de pré-tratamentos combinados, como por exemplo
além do pré-tratamento da biomassa lignocelulósica com ácidos usar também em conjunto à explosão a
vapor.
Como visto, nenhum dos pré-tratamentos são totalmente satisfatórios na preparação da biomassa para
hidrólise enzimática, tendo cada processo suas desvantagens, sendo essa etapa uma das limitantes para
produção em ampla escala do etanol de segunda geração.
A principal diferença entre a hidrólise química (com ácido concentrado ou diluído) e a enzimática é o
catalisador. Na hidrólise química, como o ácido consiste em um catalisador não específico, reações paralelas
indesejáveis precisam ser evitadas por um rigoroso controle do processo (Lucarini et. al., 2017). Já no
processo enzimático, as enzimas constituem catalisadores muito específicos, o que impede reações
secundárias e proporciona elevada eficiência.
Na hidrólise enzimática, enzimas como celulases, sintetizadas por fungos e bactérias, trabalham de
forma conjunta para degradar celulose e outros polissacarídeos estruturais da biomassa. Esse tipo de hidrólise
é realizado sob pressão ambiente e temperaturas moderadas (entre 50 a 60°C), com ausência de formação de
subprodutos indesejáveis e apresenta possibilidade de otimização do processo a partir de técnicas de
biotecnologia avançadas.
9
Para que seja feita a hidrólise enzimática, ao menos três grupos de enzimas devem ser utilizados. As
endoglicanases, que atacam regiões de baixa cristalinidade na fibra celulósica, as exoglicanases, que
degradam ainda mais a molécula separando as unidades de celobiose e as β-glicosidades, que hidrolisam a
celobiose para produzir glicose. Como resultado da ação das enzimas na celulose, são obtidos glicose e
celobiose. No entanto, conforme as concentrações desses monômeros no meio aumentam, as atividades das
celulases são inibidas. A celobiose é um inibidor mais forte do que a glicose, sendo interessante que ela seja
rapidamente transformada em glicose pelas glicosidades (Ferreira, 2015). Embora o rendimento alcançado
pela rota enzimática seja, em geral, mais favorável em relação às rotas químicas, o custo das enzimas é
bastante elevado, constituindo uma barreira ao crescimento da produção de etanol de segunda geração.
A hidrólise ácida inicia com a protonação do oxigênio glicosídico, Figura 1a, com posterior quebra da
ligação C1–O. O carbocátion gerado na etapa b é estabilizado pela deslocalização do par de elétrons existente
sobre o oxigênio do anel glicosídico, adjacente a C1. O ataque nucleofílico da água sobre C1 Figura 1c, com
regeneração do ácido, Figura 1d e Figura 1e, encerra a etapa de despolimerização, se esta ocorrer no interior
da cadeia da celulose, gerando novos terminais, ou de produção de glicose, quando ocorre hidrólise
diretamente nos terminais (Ogeda & Petri, 2010).
Na hidrólise por meio de ácido concentrado, soluções aquosas de ácidos minerais fortes, como ácido
sulfúrico, clorídrico ou fosfórico, em baixas temperaturas (<100°C) são usadas para promover a quebra da
celulose e hemicelulose da biomassa. Normalmente, nesse tipo de processo, a fração de hemicelulose é
hidrolisada mais rapidamente que a fração de celulose, o que expõe os monossacarídeos liberados da
hemicelulose ao meio reacional por muito tempo, levando a uma pequena degradação e perda desses
açúcares. Como vantagem, apresenta-se o elevado rendimento tanto de hexoses quanto de pentoses (em torno
de 90%). A recuperação do ácido utilizado é essencial por fatores econômicos e para evitar problemas
ambientais (Rabelo, 2010). A principal desvantagem da técnica consiste na necessidade de equipamentos
com elevada resistência devido à natureza corrosiva do ácido, o que torna o custo do produto final mais alto.
Para a hidrólise com ácido diluído, o utiliza-se comumente o H2SO4, devido ao seu menor preço e
poucos problemas com corrosão quando comparado ao, por exemplo, HCl. O uso de concentrações baixas de
ácido (<1%) demanda o uso de altas temperaturas (180-230 ºC) para alcançar taxas de reações aceitáveis na
hidrólise da celulose, além de obter altos rendimentos de glicose. Entretanto, em temperaturas elevadas, as
10
pentoses da hemicelulose, e numa extensão menor as hexoses, são rapidamente degradadas, levando a uma
inibição no processo de fermentação. Dessa forma, divide-se a hidrólise com ácido diluído em duas etapas
para que se obtenha um maior rendimento. Na primeira, a hemicelulose, principalmente, é hidrolisada em
condições menos severas com temperaturas em torno de 170-190 ºC, e concentrações de ácido de 0,5-1,2%
(m/m). Depois, os sólidos restantes são removidos e tratados na segunda etapa sob temperaturas na faixa de
200 a 230 ºC e em concentrações de ácido de até 2,5% m/m (Ogeda & Petri, 2010). Como desafios dessa
metodologia encontram-se a formação de compostos secundários difíceis de lidar, como o alcatrão, e o
controle do tempo de reação para rendimento máximo de glicose.
A celulose é um polissacarídeo formado por unidades de β-D-glicose, unidas por ligações glicosídicas
β(1-4) carbono-carbono e por ligações de hidrogênio, originando em um polímero linear, como mostra na
Figura 4. A celobiose, duas unidades de glicose unidas por ligações β(1-4), é a unidade de repetição do
biopolímero de celulose.
A molécula é constituída por uma estrutura cristalina altamente organizada e uma barreira física de
lignina que circunda as fibras de celulose, tornando-a resistente à hidrólise. Porém, existem regiões amorfas,
nas quais as moléculas não são tão ordenadas, sendo mais suscetíveis à hidrólise e são nessas regiões que vão
acontecer o processo (Vásquez, 2007)
.
fonte: SOUZA, 2016
Figura 4- Estrutura molecular da celulose, celobiose com ligação β-glicosídica.
Para isso, usa-se grupos enzimáticos denominadas Celulases que são compostas por diferentes
enzimas subdivididas em três classes, de acordo com seu local de atuação no substrato celulósico. Essas três
classes de enzimas são as Endoglucanases, Exoglucanases e 𝛃-glucosidases. Elas serão responsáveis pela
desconstrução da biomassa, como pode-se observar pela Figura 5.
11
fonte: LEMÕES, 2017
Figura 5- Desconstrução enzimática da celulose.
12
redução dos custos global de produção como consequência do baixo consumo de água e do menor
processamento de recuperação e purificação. Porém, acarretaria em algumas dificuldades, fazendo com que
restrinjam uma carga de sólidos máxima a ser utilizada no processo (Silva, 2015).
Primeiro, pode citar como uma dessas dificuldades a inibição do complexo celulolítico pelos açúcares
liberados na hidrólise. A celobiose e glicose, obtidas pela ação das enzimas Endoglucanases e Exoglucanases
sobre a celulose, acumulam-se no meio reacional, e com o aumento de suas concentrações, as atividades das
Celulases respectivas são inibidas por estes produtos, resultando em uma diminuição final na taxa e no
rendimento da hidrólise. A celobiose apresenta um poder de inibição maior do que a glicose.
Já como um segundo problema, durante a hidrólise de materiais lignocelulósicos, são gerados uma
série de compostos os quais são inibitórios a microrganismos. A formação desses inibidores está relacionada
com o longo tempo envolvido na etapa de hidrólise no qual a solução de glicídios torna-se uma fonte
disponível para os microrganismos indesejados. Além disso, as próprias enzimas podem constituir uma fonte
de contaminação. Com isso, esses compostos podem limitar a utilização eficiente dos hidrolisados.
Outro fator importante que afeta a hidrólise enzimática são os polímeros hemicelulose e lignina que
também compõem o material lignocelulósico. Esses polímeros dificultam o acesso da Celulase à celulose,
diminuindo a eficiência da hidrólise. A lignina, um agente de ligação entre as fibras de celulose gerando uma
estrutura resistente e rígida, interfere na hidrólise por bloquear o acesso das Celulases na celulose e por ligar
irreversivelmente enzimas hidrolíticas. Já a hemicelulose, que atua como uma conexão entre a lignina e a
fibra de celulose e fornece uma maior rigidez a rede celulose-hemicelulose-lignina, deixa o substrato com
poros de pequeno tamanho, diminuindo assim a acessibilidade e a probabilidade de hidrólise da celulose. Em
vista disso, a remoção da lignina e da hemicelulose pode aumentar consideravelmente a taxa de hidrólise.
9 – FERMENTAÇÃO DO HIDROLISADO
A fermentação é um processo comum a todos os substratos açucarados, cujo princípio é a
transformação dos açúcares em etanol e dióxido de carbono. As variações entre os processos de fermentação
são apenas em detalhes (Lima et al., 2001).
A fermentação alcoólica pode ocorrer em qualquer material que contenha açúcares como a glicose ou
a frutose, ou que contenha algum composto que possa resultar nesses monossacarídeos por meio da hidrólise
(Lopes et al., 2017). A fermentação é a etapa que ocorre após a hidrólise do material lignocelulósico e pela
qual passam os açúcares simples produzidos na quebra da celulose e hemicelulose, sendo convertidos, por
micro-organismos, em etanol (Martins, 2018).
13
arabinose), que não são diretamente fermentadas por leveduras industriais convencionais, sendo a
biotransformação dessas pentoses, a etanol um dos desafios mais importantes a resolver no âmbito científico
e tecnológico (Jardine & Peres, 2009).
Durante a produção de etanol de segunda geração existe a geração de uma grande quantidade de águas
residuais, como o licor de pré - tratamento, rico em pentoses; a lignina solúvel e insolúvel, e a vinhaça; além
de eventuais resíduos sólidos resultantes após a etapa de hidrólise enzimática, constituído principalmente de
lignina e hemicelulose não hidrolisáveis (Rabelo, 2007). A fermentação das pentoses geradas a partir da
hemicelulose requer micro-organismos específicos, e é ainda uma barreira a ser superada pelos muitos
estudos dedicados ao etanol de segunda geração (Pacheco, 2011).
O grande desafio na etapa de fermentação reside na bioconversão das pentoses. Sendo que a conversão
das pentoses em etanol (2ª geração) é de suma importância na eficácia do processo a partir de biomassas
lignocelulósicas.
Muitas pesquisas estão sendo desenvolvidas com a finalidade de que as pentoses sejam fermentadas
naturalmente a etanol, além do desenvolvimento de linhagens recombinantes de Saccharomyces cerevisiae.
Segundo Jardine & Peres (2009) três espécies de leveduras são identificadas como as de maior potencial para
a fermentação alcoólica das pentoses, são elas: Pichia stipitis, Candida shehatae e Pachysolen tannophilus,
porém com desempenho até o momento muito limitado.
Para realizar a fermentação alcoólica de um substrato contendo pentoses e hexoses há duas opções:
fermentação simultânea ou sequencial de pentoses e hexoses. Na fermentação simultânea são utilizados dois
14
microrganismos: um que fermente a glicose e outro que fermente a xilose. Estes são cultivados em cocultura.
Outra alternativa é conduzir a fermentação num esquema sequencial, fermentando primeiro a glicose e
depois as pentoses ou vice-versa (Jardine & Peres, 2009).
10 – CONCLUSÃO
Com o presente estudo, tornou-se possível o aprofundamento nas etapas de produção e desafios
referentes à produção de etanol de segunda geração no Brasil e no mundo. Pôde-se compreender a gama de
biomassas disponíveis para utilização na geração de etanol 2G e os principais tipos e finalidades do pré-
tratamento da biomassa. Em relação à hidrólise do material lignocelulósico, fez-se a diferenciação entre o
processo de hidrólise ácida ou enzimática e apresentação dos principais fatores que geram interferência na
hidrólise enzimática, bem como das enzimas utilizadas no processo, uma vez que esse tipo de hidrólise é
mais amplamente adotado pelas usinas. Por fim, abordou-se o processo fermentativo de conversão dos
açúcares hidrolisados a etanol e dióxido de carbono pela ação de leveduras.
Logo, observa-se que o etanol de segunda geração representa uma alternativa de combustível
sustentável e de potencial interesse econômico para as indústrias, uma vez que permite a reutilização de
resíduos agrícolas ou florestais em seu processo, o que reduz a necessidade de ampliação de área de plantio
de matéria prima. Desse modo, considera-se de grande relevância a realização de estudos para a melhoria das
15
etapas e otimização dos mecanismos da produção do etanol 2G, visando principalmente à obtenção de
estratégias para minimizar os obstáculos anteriormente descritos.
11 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANDRADE, L. F. Produção de etanol de segunda geração. Universidade Federal de Minas Gerais,
Belo Horizonte, 2014.
ALFANO, S. et. al. The future of the second-generation biomass. Disponível em:
<https://www.mckinsey.com/business-functions/sustainability/our-insights/the-future-of-second-generation-
biomass#>. Acesso em: 25 ago 2020.
BARROS, T. D. Agência Embrapa de Informação Tecnológica - Etanol lignocelulósico.
Disponível em:
<http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/agroenergia/arvore/CONT000g63ym1ge02wx5ok0o71pxtm0
b852y.html>. Acesso em: 14 ago. 2020.
CNPEM. Etanol de segunda geração deve custar 80% do preço do combustível de cana.
Disponível em: <https://cnpem.br/etanol-de-segunda-geracao-deve-custar-80-do-preco-do-combustivel-de-
cana-2/>. Acesso em: 25 ago 2020
DRABER, K. M. M. Etanol de segunda geração já é realidade. [s.l.] Universidade de São Paulo,
2013.
FARIAS, D. Produção de etanol de segunda geração por Scheffersomyces stipitis a partir de
pentoses em processo extrativo a vácuo. [s.l.] Universidade Estadual de Campinas, 2014.
FERREIRA, J. (2015). Etanol de segunda geração: definição e perspectivas. Revista Conexão
Eletrônica, Três Lagoas/MS, 12(1).
GREEN CAR CONGRESS. GranBio and NextChem partner to develop cellulosic ethanol
market. Disponível em: <https://www.greencarcongress.com/2020/08/20200804-granbio.html>. Acesso em:
25 ago 2020
GROSSI, E. C. Produção de etanol de segunda geração a partir de um derivado de celulose. [s.l.]
Universidade de Brasília, 2015.
JARDINE, J. G.; PERES, M. R. Considerações sobre o bioetanol lignocelulósico para subsidiar a
elaboração de conteúdo da Árvore de Conhecimento Agroenergia. Campinas, SP: Embrapa Informática
Agropecuária (Documentos 95), 2009. Disponível em: <http://www. infoteca.cnptia.embrapa.br/bitstream/
doc/631725/1/doc95.pdf>. Acesso em: 23 ago. 2020.
KIRALLY, C., LEIMER, K. H. E, ROSSELL, C. E. V. Fermentability of hydrolyzate from sugarcane
bagasse .Report on Semester Project, March-August, 2003.
LEMÕES, Juliana Silva. Produção de etanol de segunda geração a partir de Arundo donax L. 104
p. Tese (Doutorado em Química)-Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2017.
Disponível em: <https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/179650/001069632.pdf?sequence=1>.
Acesso em: 15 ago. 2020.
LIMA, U. A. et al. Produção de etanol. In: LIMA, U.; AQUARONE, E.; BORZANI, W.;
SCHMIDELL, (coords). Processos fermentativos e enzimáticos. São Paulo: Editora Edgard Blücher, v. 3, p.
1-39, 2001.
LOPES, C. H., Gabriel, A. V. M. D., & Borges, M. T. M. R. Produção de etanol a partir da cana-
de-açúcar: tecnologia de produção de etanol. 2017.
16
LORENZI, Bruno Rossi. ANDRADE, Thales Haddad Novaes de. O ETANOL DE SEGUNDA
GERAÇÃO NO BRASIL: POLÍTICAS E REDES SOCIOTÉCNICAS. Rev. bras. Ci. Soc. v.34 n.100. São
Paulo. 2019. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-
69092019000200510&script=sci_arttext> Acesso em: 21 abr. 2020
LUCARINI, A. C et. al. ESTUDO DA HIDRÓLISE ENZIMÁTICA DA PALHA DA CANA DE
AÇÚCAR PARA PRODUÇÃO DE ETANOL DE SEGUNDA GERAÇÃO. The Journal of Engineering and
Exact Sciences, v. 3, n. 2, p. 242-253, 2017. Disponível em:
<https://periodicos.ufv.br/jcec/article/view/2317> Acesso em: 30 abr. 2020
MURAKAMI, L. S. N. et al. Processo produtivo do etanol de segunda geração usando bagaço de
cana-de-açúcar. X Encontro de Engenharia de Produção Agroindustrial, 2016.
MARTINS, C. Z. Avaliação Da Produção De Etanol De Segunda Geração. [s.l.] Universidade
Federal de Uberlândia, 2018.
MARTIN, C. et al. Dilute Sulfuric Acid Pretreatment of Agricultural and Agro-Industrial Residues for
Ethanol Production. Applied Biochemistry and Biotecnology, v. 136, p. 339–352, 2007.
MINAS PETRO. Quais os diferenciais do etanol de segunda geração? | Blog Minaspetro.
Disponível em: <http://minaspetro.com.br/blog/2016/12/09/quais-os-diferenciais-do-etanol-de-segunda-
geracao/>. Acesso em: 14 ago. 2020.
OGEDA, Thais Lucy; PETRI, Denise F. S.. Hidrólise Enzimática de Biomassa. Quím. Nova, São
Paulo, v. 33, n. 7, p. 1549-1558, 2010. Disponível em:
<https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-40422010000700023>. Acesso em 15
ago. 2020.
PACHECO, T. F. Produção de Etanol: Primeira ou Segunda Geração? 2011. Disponível em:
<https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/bitstream/doc/886571/1/CITE04.pdf>. Acesso em: 22 ago. 2020.
PITARELO, A. P. et al. Effect of moisture content in the steam treatment and enzymatic hydrolysis of
sugarcane bagasse. Quimica Nova, v. 35, n. 8, p. 1502–1509, 2012.
RABELO, S. C. Avaliação de desempenho do pré-tratamento com peróxido de hidrogênio
alcalino para a hidrólise enzimática de bagaço de cana-de-açúcar. Dissertação de mestrado (mestre).
Programa de Pós-graduação em Engenharia Química da Universidade Estadual de Campinas. Campinas, SP,
Brasil. 2007.
RABELO, S. C. Avaliação e otimização de pré-tratamentos e hidrólise enzimática do bagaço de cana-
de-açúcar para a produção de etanol de segunda geração.2010. 414 p. Tese (doutorado) – Universidade
Estadual de Campinas, Faculdade de Engenharia Química, Campinas, SP. Disponível em:
<http://repositorio.unicamp.br/handle/REPOSIP/266933> Acesso em: 28 abr. 2020
RIBEIRO, Natália N. et al. Otimização das condições fermentativas de pichia membranifaciens para
produção de etanol de segunda geração. Química Nova, v. 42, n. 7, p. 720-728, 2019.
SANTOS, D. D. S. DOS. Produção de etanol de segunda geração por zymomonas mobilis
naturalmente ocorrente e recombinante, empregando biomassa lignocelulósica. [s.l.] Universidade
Federal do Rio de Janeiro, 2012.
SANTOS, F. A. et al. Potencial da palha de cana-de-açúcar para produção de etanol. Química Nova,
v. 35, n. 5, p. 1004–1010, 2012.
SARKAR, N. et al. Bioethanol production from agricultural wastes: An overview. Renewable
Energy, v. 37, n. 1, p. 19–27, 2012.
17
SILVA, F. V. (2012). Panorama e perspectivas do etanol lignocelulósico. Revista Liberato, 13(20),
43-58.
SILVA, G. M.. Avaliação de diferentes configurações de hidrólise enzimática e fermentação
utilizando bagaço de cana-de-açúcar para a produção de etanol 2G. 125 p. Tese (Doutorado em
Engenharia Química)-Universidade Federal de São Carlos, São Carlos, 2015. Disponível em:
<https://repositorio.ufscar.br/bitstream/handle/ufscar/3970/6832.pdf?sequence=1&isAllowed=y> Acesso
em: 22 ago. 2020.
SILVA, J. R. F. Hidrólise enzimática de bagaço de cana utilizando gás liquefeito de petróleo e
ultrassom. 103 p. Tese (Doutorado em Engenharia de Alimentos)-Universidade Regional Integrada,
Erechim, 2013. Disponível em: <http://www.uricer.edu.br/cursos/arq_trabalhos_usuario/2288.pdf>. Acesso
em: 22 ago. 2020.
SILVA, M. D. Produção de etanol de segunda geração por Saccharomyces cerevisiae ATCC
26602 a partir da hidrólise ácida de sabugo de milho (Zea mays L.). 2018. 101 f. Dissertação (Mestrado)
- Curso de Engenharia e Ciência de Alimentos, Unesp, São José do Rio Preto, 2018.
SOUZA, K. R. Avaliação do potencial do caldo e do bagaço da casca de eucalipto para produção
de bioetanol de primeira e segunda geração. 59 p. Trabalho de conclusão de curso (Licenciatura em
Química)-Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, Diamantina, 2016. Disponível em:
<http://site.ufvjm.edu.br/dequi/files/2017/07/Kelton.pdf>. Acesso em: 22 ago. 2020.
TEIXEIRA, Daniel Azevedo de. et al. Produção de etanol de segunda geração a partir de Aguapé:
Uma revisão. Rev. Virtual Quim., Diamantina, v. 12, n. 3, p. 553-816, 2019. Disponível em:
<http://static.sites.sbq.org.br/rvq.sbq.org.br/pdf/DanielNoPrelo.pdf>. Acesso em: 15 ago. 2020.
VÁSQUEZ, Mariana Peñuela. Desenvolvimento de Processo de Hidrólise Enzimática e
Fermentação Simultâneas para a Produção de Etanol a Partir de Bagaço de Cana-de-Açúcar. 205 p.
Tese (Doutorado em Ciências)-Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2007. Disponível
em: <http://tpqb.eq.ufrj.br/download/hidrolise-enzimatica-e-fermentacao-simultaneas-para-producao-de-
etanol.pdf>. Acesso em: 22 ago. 2020.
18