Você está na página 1de 17

INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO KATANGOJI

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUÍMICA

CADERNO DE QUÍMICA FÍSICA II


3º ANO

OLABORADO POR: PROF. ANTÓNIO DOMINGOS BANDEIRA

Luanda - Angola
SUMÁRIO: Equilíbrio Químico

1.1- Conceitos, Critérios de equilíbrio químico e espontaneidade

1.2- A variação de energia livre e afinidade química

1.3- A constante de equilíbrio termodinâmico

1.4- Expressões da constante de equilíbrio para diferentes tipos de sistemas


(Homogéneo, Heterogéneo e Múltiplos)

1.5- Previsão do sentido de uma reacção, Lei de Le Chatelier

1.6- Factores que Afectam o Equílibrio Químico

TRABALHO EM GRUPO_SUJEITO A DEFESA

TEMA 4: Química das superficies e Coloides

4.1- Tensão superficial de substâncias puras e misturas

4.2- Efeito dá temperatura. Adsorção, diferentes tipos. Isotermas de adsorção

4.3- Avaliação quantitativa do fenômeno de adsorção

4.4- Características gerais e propriedades de dois sistemas coloidais

4.5- Aplicações para as indústrias química, farmacêutica e alimentícia


CAP 1- EQUILÍBRIO QUÍMICO

1.1. Introdução

Muitas reacções ocorrem completamente, ou seja, até que pelo menos um dos reagentes
seja totalmente consumido. Um exemplo desse tipo de reacção é a que acontece quando
queimamos um palito de fósforo. Existem sistemas, no entanto, em que as reacções
directas e inversa ocorrem simultaneamente. Esses sistemas são denominados reversíveis
e representados por ⇌. Essa situação acontece tanto em processos químicos como em
processos físicos.
1.1.1 Energia Livre e afinidade Química
∆G=∆G°+2,303RTlogK e ∆G°=-2,303RtlogK sendo que: ∆Geq=0
 A reação se realiza espontaneamente apenas na direção que dá origem a um
decréscimo da energia livre, isto é, quando ∆G é negativo.
 Critério de equilíbrio : As energias das reacções directas e inversas se igualam,
consequentemente as velocidades directa e inversas.
“A espontaneidade depende da variação total de entropia T∆S ≥ ∆H”
∆G = ∆H – T.∆S efeito da temperatura.
1.2. Conceito e estruturas das reacções químicas

Situação de equilíbrio dinâmico numa reacção química em que não se observa nenhuma
transformação efectiva. Um sistema em equilíbrio quando reagentes e produtos da reacção
coexistem, com concentrações constantes, em sistema fechado ou isolado. Mas as reacções
directas e inversa continuam a ocorrer, por isso diz-se que o equilíbrio químico é um
equilíbrio dinâmico.
 Equilíbrio homogéneo – se os reagentes e os produtos da reacção se encontram todos
no mesmo estado de agregação.
 Equilíbrio heterogéneo – ocorre em reacções em que os componentes envolvidos se
encontram em estado de agregação diferentes.

Um estado de equilíbrio químico caracteriza-se por:


 Não haver troca de matéria nem de energia com o meio exterior;
 As propriedades macroscópicas do sistema não se alteram com o tempo;
 Poder ser atingido partindo de reagentes ou de produtos;
 A rapidez das reacções directa ser igual à rapidez da reacção inversa (equilíbrio
dinâmico);
 Reagir as perturbações externas de uma forma reversível;
 De um modo geral, depender apenas das concentrações iniciais e da temperatura.

1.3. Reacções reversíveis e ponto de equilíbrio

Uma reacção é reversível ou incompleta quando ocorre simultaneamente nos dois sentidos
(directo e inverso), pelo que os reagentes não se transformam totalmente em produtos. Ou
seja trata-se de uma reacção em que os reagentes formam os produtos de reacção
(diminuindo a concentração dos reagentes, sem se esgotarem) e em que, simultaneamente,
os produtos da reacção reagem entre si para originar os reagentes iniciais.
EX.: N2 (g) + H 2 (g) ⇌ NH 3 (g)
 Reacção directa: A + B → C
 Reacção inversa: A + B ← C

1.4. Condições gerais e características do equilíbrio químico

Considerando a reacção reversível: 𝐴 + 𝐵 ⇌ 𝐶 + 𝐷. À medida que ocorre a reacção directa,


as concentrações molares de A e de B diminuem (A e B são consumidos), ao passo que as
concentrações molares de C e de D aumentam (C e D são formados).

Aplicando às reacções directa e inversa a lei de velocidades, conclui -se que, com o passar
do tempo, a velocidade da reacção directa diminui enquanto a velocidade da reacção
inversa aumenta.

Após um tempo t, as velocidades das reacções directas e inversa se igualam. Diz-se, então
que a reacção atingiu um estado de equilíbrio dinâmico, o equilíbrio químico .
Graficamente, tem-se:
 A partir do instante em que o sistema atinge o
estado de equilíbrio químico, tem-se a impressão
que a reacção cessou, pois não ocorre mais nenhuma
modificação observável. No entanto, as reacções
directas e inversa continuam a ocorrer com
velocidades iguais.
 Isto faz com que, ao ser atingido o equilíbrio, as
concentrações molares das substâncias
participantes permaneçam constantes; cada
transformação de moléculas reagentes em produtos
é compensada por uma transformação de moléculas
produtos em reagentes.

A variação das concentrações molares dos reagentes e produtos, dependendo das condições
em que se estabeleça o equilíbrio, pode ser representada por um dos seguintes diagramas:
Em qualquer condição que se estabeleça, o equilíbrio químico será caracterizado por:
 Ocorrer em um sistema fechado ou que se comporte como tal;
 Apresentar reagentes e produtos, pois a reacção não se processa totalmente;
 Apresentar velocidades iguais para as reacções directas e inversa;
 Apresentar constância das concentrações molares das substâncias participantes
1.4.1. Grau de equilíbrio
O grau de equilíbrio (α) é a relação entre o número de mols consumidos de
um reagente e o número de mols inicial desse reagente. α = (nº de mols
consumidos/nº de mols inicial) α é um número puro (não tem unidade)
1.5. Determinação da constante de equilíbrio. Lei de equilíbrio

O Equilíbrio químico fundamenta-se na lei da acção das massas ou lei de Guldberg e


Waage , cujo enunciado é o seguinte: a velocidade de uma reacção é directamente
proporcional ao produto das concentrações dos reagentes, a uma dada temperatura.

Quando as velocidades das reacções directa e da reacção inversa forem iguais e as


concentrações dos reagentes e dos produtos não variarem com o tempo, atinge -se o
equilíbrio químico (processo dinâmico). Assim sendo, quando numa reacção incompleta as
velocidades das reacções envolvidas igualam-se:
nA + mB ⇌ xC + yD
vD = k D [A]n [B]m
vI = k I [C]x [D]y
Como o equilíbrio se estabelece quando vD = v I, então: k D [A]n[B]m = k I [C]x [D]y
k D [C] x [D]y kD
= n m onde = kc
k I [A] [B] kI
[𝐂]𝐱 [𝐃]𝐲
⇒ 𝐊𝐂 = (𝟏)(𝐋𝐞𝐢 𝐝𝐞 𝐂𝐚𝐭𝐨 𝐆𝐮𝐥𝐝𝐛𝐞𝐫𝐠 − 𝐏𝐞𝐭𝐞𝐫 𝐖𝐚𝐚𝐠𝐞)
[𝐀]𝐧 [𝐁]𝐦
A equação (1) é a expressão matemática da Lei da acção das massas “que estabelece que,
para uma reacção incompleta em equilíbrio e a temperatura constante, há uma relação
constante K entre concentração dos reagentes e as dos produtos”

Visto que o equilíbrio químico pode ser homogéneo e heterogéneo então temos para a sua
representação:
Para equilíbrio homogéneo , em que temos mesmo estado de agregação:
nA (aq) + mB(aq) ⇌ xC(aq) + yD(aq)
[C] x [D]y
kc = constante de equilíbrio em termos de concentração
[A]n [B]m
Para gases temos: nA (g) + mB(g) ⇌ xC( g) + yD(g)
[C] x [D]y
kc = Constante de equilíbrio em termos de concentração
[A]n [B]m
PCx PD y
kp = (𝟐) Constante de equilíbrio em termos de pressão parcial
PA nPB m
Lembre-se que a pressão parcial de um gás é igual a: Pparcial = x. Ptotal (𝟑). Visto que trata-
se de gases podemos representar em termos de concentração e em termos de pressão ás
suas constantes, e conhecendo a relação entres gases que é dado pela equação de Clayperon
ou a famosa equação dos gases ideias que é 𝑃𝑉 = 𝑛𝑅𝑇. 𝑛𝐴 (𝑔) + 𝑚𝐵(𝑔) ⇌ 𝑥𝐶(𝑔) + 𝑦𝐷(𝑔)
[C]x [D]y PCx PD y
𝑆𝑒𝑢 k c = 𝑒 𝑜 𝑠𝑒𝑢 k p =
[A] n [B]m PA nPB m
𝑛
Se 𝑃𝑉 = 𝑛RT onde [Molaridade] = ⟹ 𝑃 = [𝐶 ]𝑅𝑇 substituindo na 𝐾𝑝
𝑣
([C]RT) x ([D]RT)y [C]x (RT) x[D]y (RT)y [C]x [D]y (𝑅𝑇) 𝑥+𝑦
Kp = ⇒ Kp = =
([A]RT) n([B]RT)m [A] n (RT)n[B]m (RT)m [A]n [B]m (𝑅𝑇) 𝑛+𝑚
Kp = Kc. (RT) (x+y)−(n+m) ⇒ 𝐊𝐩 = 𝐊𝐜 (𝐑𝐓)∆𝐧 (𝟓)
Onde:
 R é a constante dos gases 𝑅 = 0,0821 𝑎𝑡𝑚. 𝑑𝑚 3⁄𝑚𝑜𝑙. 𝑘
 Δn – variação do nº de moles entre os produtos e reagentes no estado gasoso
A expressão (5) é relação entre Kp e Kc.

O cálculo de K c aplica-se para os não electrólitos, nos sistemas homogéneos, líquidos


(concentrações- Kc) e gasosos (pressões parciais – Kp).
 Para equilíbrio heterogéneo que temos mais de duas fases de agregação, nesse
sistemas a expressão de Kc não são representados os componentes sólidos e
líquidos, pois considera-se que a sua concentração não varia.
nA (s) + mB(g) ⇌ xC(s) + yD(g)
[D]y
Kc =
[A]n
 Quando 𝐾𝑐 > 1 o equilíbrio se desloca para sentido directa, favorecendo a
formação de produtos;
 Quando 𝐾𝑐 < 1 o equilíbrio se desloca para o sentido inverso, favorecendo a
formação dos reagentes;

 Para equilíbrios múltiplos , aqueles cuja reacção pode ser expressa como a soma de
duas ou mais reacções, a constante de equilíbrio da reacção global é dada pelo
produto das contantes de equilíbrio das reacções individuais.
A + B ⇌ C + D (6)
C + D ⇌ E + F (7)
Teremos para a equação (6) e (7) os seguintes Kc.
[C][D] [E][F]
Kc ´ = & Kc ´" =
[A][B] [C][D]
[𝐄 ][𝐅]
Sendo a reacção global: A + B ⇌ E + F 𝐊𝐜 = [ 𝑜𝑢 𝑠𝑒𝑗𝑎 𝐾𝑐 = Kc ´ Kc´"
𝐀][𝐁]
Obs- Se multiplicarmos a equação por um escalar n então Kc=Xn e se dividirmos pelo mesmo valor
Kc=X1/n .
Em suma, as regras para a escrita das expressões da Kc, são:
1. Na fase condensada, as concentrações das especeis reagentes são expressa em
Molaridade, em fase gasosa as concentrações podem ser expressa em Molaridade
ou em Atmosfera. Kc relaciona-se com Kp por uma equação simples a (5);
2. As concentrações de sólidos puros, líquidos puros (em equilíbrio heterogéneo) e
solventes (em equilíbrios homogéneo) não aparecem nas expressões da constante
de equilíbrio;
3. As constantes Kc e Kp são tratadas como quantidades a dimensionais;
4. Ao atribuir um valor da constante de equilíbrio, devemos sempre especificar a
respectiva equação química balanceada e a temperatura;
5. Se a reacção puder ser expressa como a soma de duas ou mais reacções a constante
de equilíbrio da reacção é dada pelo produto das constantes das reacções individuas;

Exemplo 1: Para as reacções que se seguem, dê a expressão das constantes de equilíbrio


em termos de concentração e pressão:
a) CH3 COOH (g) + 5O2 (g) ⇌ 2CO2 (g) + 2H2 O(g)
b) Ba3 (PO4 )2 (aq) + Ag 2 (SO4 )(aq) ⇌ 3BaSO4 (aq) + 2Ag 3 (PO4 ) (s)
c) Cu (s) + H2 SO4 (aq) ⇌ CuSO4 (aq) + H2 (g)
Resolução:
[ CO2 ]2 [H2 O]2 [BaSO4 ]3 [CuSO4 ][H2 ]
a) Kc = b)Kc = c)Kc =
[CH3 COOH][O2 ]5 [Ba3 (PO4 )2 ][Ag 2 (SO4 )] [H2 SO4 ]
P(CO2 )2 P(2H2 O) Kp = Não existe Kc = P(2H2 )
Kp =
P(2CH3 COOH) P(2O2 )

1.5.1. Sentido de uma reacção:


O sentido de uma reacção reversível até atingir o equilíbrio depende dos valores
relativos de Qc e Kc. Repare que Kc é uma constante a uma dada temperatura,
mas Qc varia de acordo com as quantidades relativas presentes de reagentes e de
produtos. Assim quando:
1. 𝑄𝑐 < 𝐾𝑐 o sistema evolui da esquerda para directa (consumindo os
reagentes, formando produtos), até atingir o equilíbrio;
2. 𝑄𝑐 = 𝐾𝑐 as concentrações inicias são as concentrações de equilíbrio. O
sistema está em equilíbrio;
3. 𝑄𝑐 > 𝐾𝑐 o sistema evolui da directa para a esquerda (consumindo os
produtos, formando reagentes), até atingir o equilíbrio;

Onde o Qc (quociente da reacção), em vez da constante de equilíbrio, substituindo


as concentrações inicias na expressão da constante de equilíbrio.
nA + mB ⇌ xC + yD
[𝐶 ]0 𝑥 [𝐷]0 𝑦
𝑄𝑐 =
[𝐴]0 𝑛 [𝐵 ]0 𝑚

Lei do equilíbrio químico


O quociente entre o produto das concentrações dos produtos da reacção, elevados
aos seus coeficientes estequiométricos, e o produto das concentrações, também
elevados aos coeficientes estequiométricos, é sempre constante.
Exemplos:

1.5.2. Cálculo da concentração de equilíbrio


2. Expresse as concentrações de todas as espécies no equilíbrio em função das
concentrações inicias e de uma incógnita (x) que representa a variação na
concentração;
3. Escreva a expressão da Kc em função das concentrações no equilíbrio
conhecendo o valor da Kc, resolva x
4. Depois de resolver x, calcule as concentrações de todas as espécies no
equilíbrio.

Imaginemos a equação genérica: nA + mB ⇌ xC + yD

nA + mB ⇌ xC + yD

Inicio (M) d D 0 0
Variação (M) −𝑛𝑥 −𝑚𝑥 +𝑥𝑥 +𝑦𝑥

Equilíbrio (M) 𝑑 − 𝑛𝑥 𝑑 − 𝑚𝑥 +𝑥𝑥 +𝑦𝑥


x
[C] [D] y 𝑥
(𝑥𝑥 ) (𝑥𝑦) 𝑦
𝑆𝑒𝑛𝑑𝑜 k c = ⇒ Kc =
[A]n [B]m (𝑑 − 𝑛𝑥 )𝑛 (𝑑 − 𝑚𝑥 )𝑚
 Conhecendo Kc calcule x e terás as concentrações em equilíbrios.
 Quando temos todas as concentrações inicias, devemos calcular Qc para
comparar com Kc e assim saber o sentido da nossa reacção.

Exemplo 2: Quando 1 mol de álcool etílico puro é misturada com 1 mol de ácido acético à
temperatura ambiente, a mistura em equilíbrio contém 2/3 mol de éster e outro tanto de
água. Qual é o valor da constante de equilíbrio à temperatura de reacção sendo todas as
substâncias líquidas? Reacção é: C2 H5 OH (l) + CH3 COOH (l) ⇌ CH3 COOC2 H5 (l) + H2 O (l)

Resolução
C2 H5 OH (l) + CH3 COOH (l) ⇌ CH3 COOC2 H5 (l) + H2 O (l)

Inicio 1mol 1mol 0 0


Variação −𝑥 −𝑥 +𝑥 +𝑥
Equilíbrio 1−𝑥 1− 𝑥 +𝑥 +𝑥
𝑥 𝑥
Kc =
[CH3 COOC2 H5 ] × [H2 O]
⟹ Kc = V×V ⟹ Kc =
(𝑥 )2
[C2 H5 OH] × [CH3 COOH] 1 −𝑥 1− 𝑥 (1 − 𝑥 )2
×
V V
Lembrando que a mistura em equilíbrio contém 2/3 mol de éster e outro tanto de água, o que
representa o valor de 𝑥 = 2⁄3
( x) 2 ( 2⁄ 3) 2
Kc = 2
= ⟹ Kc = 4
( 1 − x) ( 1 − 2⁄3) 2
Observe que a concentração da água não é tão grande comparada à dos outros componentes da
reacção e que não permanece constante nas condições da reacção, a sua concentração deve,
portanto aparecer na equação química do Kc, juntamente com as outras substâncias

Exemplo 3: Numa câmara de 10 litros, onde se faz o vácuo, reagem 0,5 mol de H2 e 0,5 mol
de I2 a 448℃ segundo a reacção: H2(g) + I2(g) → 2𝐻𝐼(𝑔). Nesta temperatura, para reacção, K
= 50, quando as concentrações são expressas em mol por litros. Qual é a pressão total (em
atm) na câmara? Dado R = 0,0821
2.3 V= 10l n(H2)= 0,5 mol
n(I2)= 0,5 mol
T= 448 ºC= 271 K…. Kc= 50……Pt- ? R= 0,082 atm.l.1/mol.K
Resolução:

𝐻2 (𝑔) + 𝐼2 (𝑔) ⇌ 2𝐻𝐼(𝑔)

Inicio (M) 0,5 0,5 0


Variação (M) −𝑥 −𝑥 +2𝑥

Equilíbrio (M) 0,5 − 𝑥 0,5 − 𝑥 2𝑥


[HI]2 (2𝑥) 2
kc = ⇒ 50 =
[𝐻2 ]1 [𝐼2 ]1 (0,5 − 𝑥)(0,5 − 𝑥)
2
2𝑥
( ) 2𝑥 2
𝐾𝑐 = 10 50 = ( )
0,5 − 𝑥 2 0,5 − 𝑥
( )
10
2𝑥 √50 × 0,5
= √50 𝑥=
0,5 − 𝑥 2 + √50
X= 0,389~ 0,39 isso quer dizer que:
n(H2)= n(I2)= 0,5- x= 0,5-0,39 = 0,11mol
n(HI)= 2x= 2(0,39)= 0,78 mol
Pt= PH2 + PI2 + PHI (PV= nRT) P= nRT/V
( ) ( ) (
𝑛 𝐻2 . 𝑅𝑇 𝑛 𝐼2 . 𝑅𝑇 𝑛 𝐻𝐼 . 𝑅𝑇 )
𝑃𝑡 = + +
𝑉 𝑉 𝑉
0,0821𝑎𝑡𝑚. 𝑙. 𝑚𝑜𝑙−1 .𝑘 −1 . 271𝑘
𝑃𝑡 = (0,11 + ,0,11 + 0,78) 𝑚𝑜𝑙 ×
10𝑙
𝑃𝑡 = 5,919 𝑎𝑡𝑚
Exemplo 4: Considere a reacção da síntese do ácido iodídrico, e sabendo as concentrações
de 𝐻2 , 𝐼2 𝑒 𝐻𝐼 são 0,00623M, 0,00414M e 0,0224M respectivamente. Calcule as
concentrações dessas espécies em equilíbrio sendo que a temperatura de 430℃, a constante
de equílibrio para a reacção é 54,3.
𝐻2 (𝑔) + 𝐼2 (𝑔) ⇌ 2𝐻𝐼(𝑔)

Inicio (M) 0.00623 0.00414 0.0224


Variação (M) −𝑥 −𝑥 +2𝑥
Equilíbrio (M) 0.00623 0.00414 0.0224 + 2𝑥
−𝑥 −𝑥
[HI] 2 (0.0224 + 2𝑥 )2
kc = ⇒ 54.3 =
[𝐻2 ]1 [𝐼2 ]1 (0.00623 − 𝑥)(0.00414 − 𝑥)

1.6. Factores que afectam o estado de equilíbrio. Princípio de Lê Chatelier Braum.


O equilíbrio químico resulta de um balanço entre as reacções directas e inversa. As
variáveis que podem ser controladas experimentalmente são a concentração, pressão,
volume e temperatura. Pois cada uma dessas variáveis pode afectar um sistema reaccional
em equilíbrio.
Deslocamento do equilíbrio é toda e qualquer alteração da
velocidade da reacção directa ou da reacção inversa,
provocando modificações nas concentrações das substâncias e
levando o sistema a um novo estado de equilíbrio.
Quando a velocidade da reacção directa aumenta, dizemos que o equilíbrio está se
deslocando para a direita, pelo contrário, quando aumenta a velocidade da reacção inversa
dizemos que o equilíbrio está se deslocando para a esquerda. O deslocamento do equilíbrio
químico é influência pelos seguintes factores:
1. Concentração dos reagentes e/ou produtos
2. Pressão
3. Temperatura
4. Catalisadores

O estado de equilíbrio de uma reacção pode sofrer PRINCÍPIO DE LE CHATELIER


modificações em função dos factores de equilíbrio a
Quando um sistema em equilíbrio é
que está submetido o sistema. Os factores que
sujeito a uma perturbação, o equilíbrio
provocam essa alteração são a concentração dos
desloca-se no sentido que contraria
participantes, a pressão e a temperatura. O efeito
essa alteração, até se estabelecer um
provocado pela alteração de qualquer um dos
novo estado de equilíbrio”.
factores de equilíbrio é regido pelo Princípio de Le
Chatelier, que estabelece:
Obs: Nas reacções endotérmicas o valor de Kc aumenta com a temperatura e nas reacções
exotérmicas o valor de Kc diminui com a temperatura

 Influência da concentração dos participantes: Regra geral:

Adição de Desloca o equilíbrio no Perturbação Deslocamento


uma sentido que irá consumi-la para:
substância (lado oposto) ↑ [𝑅𝑒𝑎𝑔𝑒𝑛𝑡𝑒𝑠] Produtos (Directo)

Retirada de Desloca o equilíbrio no ↑ [𝑃𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑜𝑠] Reagentes


uma sentido que irá refazê-la (Inverso)
substância (mesmo lado) ↓ [𝑅𝑒𝑎𝑔𝑒𝑛𝑡𝑒𝑠] Reagentes
(Inverso)
↓ [𝑃𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑜𝑠] Produtos (Directo)

Supondo a reacção em equilíbrio: 𝑁2 (𝑔) + 3𝐻2 (𝑔) ⇌ 2𝑁𝐻3 (𝑔) .


 A adição de uma certa quantidade de 𝑁2 (𝑔) ao reactor que contém o equilíbrio, aumentará
a concentração desta substância e isto provocará um deslocamento deste equilíbrio para
a direita (lado oposto daquele onde se encontra o 𝑁2 (𝑔), ou seja, no sentido da reacção que
consome o 𝑁2 (𝑔).
 A retirada de uma certa quantidade de 𝑁2(𝑔) do reactor que contém o equilíbrio,
diminuirá a concentração desta substância e isto provocará um deslocamento deste
equilíbrio para a esquerda (mesmo lado em que se encontra o 𝑁2 (𝑔), ou seja, no sentido
da reacção que refaz o 𝑁2 ( 𝑔)).

 Influência da pressão: Regra geral:

Supondo a reacção em equilíbrio:


Aumento da Desloca o equilíbrio no
pressão sentido de sentido menor
volumes (moles)

Diminuição da Desloca o equilíbrio no


pressão sentido de sentido maior Observe que os coeficientes dos gases da equação
balanceada nos fornecem a relação em volume entre
volume
esses gases.

 Se a pressão sobre este equilíbrio for aumentada, ocorrerá deslocamento para a direita
(sentido de menor volume).
 Se a pressão sobre este equilíbrio for diminuída, ocorrerá deslocamento para a esquerda
(sentido de maior volume).
Observação : Quando o volume total do sistema permanecer constante, a variação da
pressão não afectará o estado de equilíbrio desse sistema. No equilíbrio:
Não ocorre variação de volume. Neste caso, a
pressão não afectará o estado de equilíbrio da
reacção.

 Influência da temperatura: Regra geral


Supondo a reacção em equilíbrio:

Aumento da Desloca o equilíbrio no 𝑁2 (𝑔) + 3𝐻2 (𝑔) ⇌ 2𝑁𝐻3 ( 𝑔) ∆𝐻 = −92𝐾𝑗


temperatura sentido de sentido
A ∆𝐻 que acompanha a equação está associada à
Endotérmico
reacção directa.
Portanto, a reacção directa é exotérmica e a
inversa é endotérmica.
Diminuição da Desloca o equilíbrio no
temperatura sentido de sentido
Exotérmico

 Se a temperatura do sistema for aumentada, o equilíbrio se deslocar á para a esquerda


(sentido endotérmico).
 Se a temperatura do sistema for diminuída, o equilíbrio se deslocará para a direita
(sentido exotérmico).

Exemplo 5: O ozónio é formado quando o oxigénio é submetido a alguns tipos de radiação


ultravioleta por meio da seguinte reacção endotérmica: 3𝑂2 (𝑔) ⇌ 2𝑂3 (𝑔) . Como seria
afectada a posição de equilíbrio, com:
a) Aumento da temperatura? Favorece a reacção endotérmica, que, nesse caso, é a
reacção directa, ou seja, produz mais ozónio.
b) Diminuição da temperatura? Favorece a reacção exotérmica, que, nesse caso, é a
reacção inversa, ou seja, o ozónio é consumido, diminuindo sua concentração.
c) Aumento da pressão? Favorece a reacção que ocorre com contracção do volume, que,
nesse caso, é a reacção directa, isto é, de formação do ozónio.
d) Diminuição da pressão? Favorece a reacção que ocorre com expansão do volume,
que, nesse caso, é a reacção inversa.
e) Aumento da concentração de gás ozónio? Favorece o consumo do ozónio, deslocando
o equilíbrio para a esquerda

OBSERVAÇÕES:
 A variação da pressão não afecta as substâncias sólidas, porque elas são
incompressíveis. Assim, um aumento da pressão em um equilíbrio que contém
sólido irá deslocar o equilíbrio no sentido desses sólidos e não da substância
gasosa.
 Se os volumes (números de mol) dos gases nos reagentes e nos produtos forem
iguais, a variação da pressão não deslocará o equilíbrio.
 A adição de um gás inerte não afecta o equilíbrio químico de uma reacção,
apesar dele aumentar a pressão total do sistema. Isso ocorre porque ele não
participa da reacção e as concentrações e as pressões parciais dos gases
participantes da reacção não são alteradas.

1.7. Equilíbrio ácido & base


Caso particular de equilíbrio químico em que participam iões que se encontram em solução aquosa, pelo
que também se pode falar em equilíbrio em meio aquoso.

1.7.1. Conceito de ácido e base, segundo a teoria protónica

Em 1923, uma teoria mais abrangente (uma extensão da teoria de Arrhenius) de ácidos e
bases foi proposta independentemente pelo químico dinamarquês Johannes Bronsted e
pelo químico inglês Thomas Lowry. De acordo com a teoria de Bronsted-Lowry, um ácido
e qualquer substância (molécula ou ião) que pode transferir um protão (ião H+) para outra
substancia, e uma base e qualquer substancia que pode aceitar um protão. Em outras
palavras, ácidos são espécies doadoras de protões, bases são espécies aceptores de protões
e reacções acido-base são tidas como reacções de transferência de protões. Na teoria acido-
base de Bronsted-Lowry haverá a formação de um par acido-base conjugado, isto e, sempre
o ácido terá a sua base conjugada e vice-versa, ou seja, a base certamente terá o seu ácido
conjugado.
Exemplos:

Teoria protónica de Bronsted-Lowry: o comportamento Ácido ou básico das substâncias


resulta da sua capacidade de, por transferência, ceder ou receber protões (iões H+).
 Ácido- espécie química capaz de ceder o H+.
 Base – espécie química capaz de captar o H+.
 Reacção de ácido – base – reacção em que existe transferência de protões do
ácido para a base.

1.7.2. Constante de equilíbrio de ácido e base, p roduto de solubilidade

Soluções aquosas de ácidos e bases também são encontradas na situação de equilíbrio, que
pode ser representado simplificadamente da seguinte maneira:
ácidos HA ( aq) ⇌ H(+aq) + A−(aq)
bases BOH( aq) ⇌ B(+aq) + OH(−aq)
As expressões da constante de equilíbrio correspondem às suas constantes de ionização,
que, nos ácidos, são representadas por Ka.
[𝐻 + ][𝐶𝑁− ]
𝐻𝐶𝑁 ⇌ 𝐻 + + 𝐶𝑁 − ⇒ 𝐾𝑎 =
[𝐻𝐶𝑁]
As expressões da constante de equilíbrio correspondem às suas c onstantes de ionização,
que, nas bases, são representadas por Kb.
+
[𝑁𝐻4 + ][𝑂𝐻− ]

𝑁𝐻4 𝑂𝐻 ⇌ 𝑁𝐻4 + 𝑂𝐻 ⇒ 𝐾𝑏 =
[𝑁𝐻4 𝑂𝐻]

1.7.3. Equilíbrio iónico da água. Constante do Produto iónico de água


 Equilíbrio iónico da água

Medidas experimentais de condutibilidade eléctrica e outras evidências mostram que a


água, quando pura ou quando usada como solvente, se ioniza numa extensão muito
pequena, originando a condição de equilíbrio:
H2 O( l) + H2 O( l) ⇌ H3 O(+aq) + OH(−aq)
ou, simplificadamente:
H2 O( l) ⇌ H(+aq) + OH(−aq)
As concentrações de iões H+ e OH– presentes no equilíbrio variam com a temperatura,
mas serão sempre iguais entre si:
água pura ⇒ [H + ] = [ OH −]
A 25ºC, as concentrações em mol/L de H+ e OH– na água pura são iguais entre si e
apresentam o valor 10–7 mol L–1.
água pura a 25 ºC ⇒ [H + ] = [OH − ] = 10−7 mol⁄dm3

 Produto iónico da água (kw)


Considerando o equilíbrio da água: H2 O(l) ⇌ H(+aq) + OH(−aq). sua constante de ionização
corresponde ao Kw e é expressa por: Kw = [H + ]. [OH − ] a 25℃ Kw = 10 −14

Na água, as concentrações de H+ e OH– são sempre iguais, independentemente da


temperatura; por esse motivo, a água é neutra. Quaisquer soluções aquosas em que [ H +] =
[OH − ] também serão neutras.

Em soluções ácidas ou básicas notamos que:


 quanto maior a [H + ] ⇒ mais ácida é a solução.
 quanto maior a [OH − ] ⇒ mais básica (alcalina) é a solução.

1.7.4. Grau de ionização

Grau de ionização – razão entre a quantidade ionizada e a dissolvida total. Expressa-se


em percentagem.
Obs.: no caso de bases iónicas designa-se grau de dissociação.
Quando   100 ⇒ Acido e base forte e se  for muito inferior a 100 % ⇒ Acido e base fraca.
 Lei da diluição de Ostwald
A lei da diluição de Ostwald relaciona o grau de ionização com o volume (diluição) da
solução. Podemos deduzi-la usando a tabela já explicada nos cálculos do equilíbrio. Vamos
supor n (mols) do electrólito BA, dissolvidos em V (litros) de solução, e apresentando o grau
de ionização igual a α. Teremos:

BA B+ + A−
Quantidade inicial de mols N zero Zero
Quantidade de mols ionizados N𝛼 n𝛼 n𝛼
Quantidade de mols no equilíbrio 𝑛 − 𝑛𝛼 n𝛼 n𝛼
Concentrações em mol/L no 𝑛(1 − 𝛼) 𝑛𝛼 𝑛𝛼
equilíbrio 𝑉 𝑉 𝑉
Portanto:
𝑛𝛼 𝑛𝛼
[𝐵 +][𝐴− ] .
𝑉 𝑉 𝐧𝛂𝟐 𝑛𝛼2
𝐾= [𝐵𝐴]
⇒𝐾= 𝑛(1−𝛼) ⇒ 𝐊= ⇒𝐾=
𝐕( 𝟏−𝛂) 𝑉
𝑉

Essa última fórmula é a chamada lei da diluição de Ostwald. Observe que, para electrólitos
muito fracos, α é muito pequeno, e podemos admitir, nesse caso, que (𝟏 − 𝛂 ) seja igual a 1.
Assim, a lei de Ostwald pode ser particularizada:
Obs. Para ácido diprotico (H 2SO4): [𝐻 + ] = 2n𝛼 e Triprotico(H 3PO4): [𝐻 +] = 3 n𝛼

1.7.4. Conceito de pH, pOH. Escala de pH, classificação das soluções em função da escala
de pH
O termo pH (potencial hidrogeniónico) foi introduzido, em 1909, pelo bioquímico
dinamarquês Soren Peter Lauritz Sorensen (1868-1939), com o objectivo de facilitar seus
trabalhos no controle de qualidade de cervejas.
O cálculo do pH pode ser feito por meio das expressões:
 pH = colog [H+] ou 𝑝𝐻 = − log [𝐻 +]

De maneira semelhante, podemos determinar o pOH (potencial hidroxiliônico) de uma


solução:
 pOH = colog [OH–] ou 𝑝𝑂𝐻 = − log [𝑂𝐻 − ]
Uma vez que o pH é simplesmente um modo de exprimir a concentração hidrogeniónica,
as soluções ácidas e básicas a 25ºC podem ser distinguidas pelos seus valores de pH como
segue:

 Soluções ácidas: [H + ] > 1,0 × 10−7 M ⟹ pH < 7,00


 Soluções neutras: [H + ] = 1,0 × 10−7 M ⟹ pH = 7,00
 Soluções básicas: [ H +] < 1,0 × 10−7 M ⟹ pH > 7,00

Exemplo 7.14: Calcule o pH de uma solução de CH 3COOH 0,02M sabendo que o 𝐾𝑎 = 1,7 × 10−5
Resolução
pH-? 𝑆𝑒 𝐶𝑎 > 100 × 𝐾𝑎 𝑋2 𝑝𝐻 = − log[𝐻 +]
𝐾𝑎 =
𝐶𝑎 − 𝑋 𝑝𝐻 = − log[5,8 × 10−4 ]
𝐾𝑎 = 1,7 × 10−5 𝑋≅0
Sendo que: Ca-X=Ca e que 𝑋 =
𝐶𝑎 = 0,02 𝑀 100 × 𝐾𝑎 = 100 × 1,7 × 10−5
[𝐻 + ]
𝐾𝑎 = 0,0017 𝑝𝐻 = 3,2
[𝐻 +]2
0,0017 < 0,02𝑀 𝐾𝑎 = ⟹ [𝐻 +] = √𝐾𝑎 × 𝐶𝑎
𝐶𝑎
Então: [𝐻 + ] = √1,7 × 10−5 × 0,02
𝐶𝑎 − 𝑋 ≅ 𝐶𝑎
[ 𝐻 +] = 5,8 × 10−4 𝑀

Obs. Solução tampão: É uma solução que tem o efeito de manter o pH do meio
aproximadamente constante quando nele são introduzidos íons H + ou OH– (efeito
tampão).
𝐶𝑎
[𝐻 + ] = 𝐾𝑎.
𝐶𝑏(𝐶𝑜𝑛𝑗𝑢𝑑𝑎𝑑𝑜)
𝐶𝑎
𝑝𝐻 = 𝑝𝐾𝑎 − log( ( ) sendo: 𝑝𝐾𝑎 = −𝑙𝑜𝑔𝐾𝑎
𝐶𝑏 𝐶𝑜𝑛𝑗𝑢𝑑𝑎𝑑𝑜)

Não consta hidrolise Salina:


𝐾𝑤 𝐾𝑤
𝐾ℎ = ou 𝐾ℎ = Constante de hidrólise
𝐾𝑏 𝐾𝑎

Equilibrio de solubilidade: Para FeCl2 (S) ------------Fe2+ +2Cl-

𝐾𝑝𝑠 = [𝐹𝑒 2+ ]. [𝐶𝑙 − ]2 produto de solubilidade


Se Kps tabelado > [𝐹𝑒 2+ ]. [𝐶𝑙 −]2 Solução sobresaturada (Corpo de fundo)
Se Kps tabelado < [ 𝐹𝑒 2+ ]. [𝐶𝑙 −]2 Solução não saturada (aceita soluto)
Se Kps tabelado = [ 𝐹𝑒 2+ ]. [𝐶𝑙 −]2 Solução saturada
Obs. A constante Ka só depende da temperatura e, quanto mais alto for o seu
valor, maior é a concentração do cátion hidrogênio, indicando maior grau de
ionização do ácido (eletrólito). Como a intensidade de ionização (ou
concentração de H+) indica a força de um ácido, temos a seguinte convenção:
 ácidos fortes → Ka > 1, ácidos semi -fortes → 1 > Ka > 10-4 e ácidos
fracos → Ka < 10 - 4
Existe também a convenção baseada no grau de equilíbrio ou grau de
ionização (α). α = (nº de mols ionizados / nº de mols inicialmente dissolvidos) x
100. ácidos fortes → α > 50% , ácidos semi-fortes → 50% ≥ α ≥ 5% , ácidos
fracos → α ≤ 5%
Actividade Química: Numa solução diluída, o soluto segue a lei de Henry e a
atividade pode ser substituída por uma variável de concentração (fração molar,
molaridade ou molalidade), cada variável definindo um estado padrão próprio. Na
qual o estado padrão é o soluto de molalidade unitária obedecendo a lei de Henry ,
de modo que a atividade é expressa pela produto a= γ.C. Numa dada temperatura,
o coeficiente de atividade (y) é função da concentração, mas se aproxima da unidade
quando a concentração se aproxima de zero.

Você também pode gostar