Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
REAÇÕES COMPLETAS/INCOMPLETAS:
Nas reações completas verifica-se o esgotamento de pelo menos um dos reagentes, enquanto nas reações incompletas tal
não se verifica e por isso o rendimento é inferior a 100%.
RENDIMENTO DE UMA REAÇÃO:
Valorobtido
η= ×100
Valor previsto
A não ocorrência de um rendimento de 100% pode ser atribuída a vários fatores:
Perdas físicas (evaporação);
Perdas químicas (existência de reações secundárias em simultâneo, nas quais se formam produtos de reação
indesejáveis);
Erros sistemáticos e acidentais (os que decorrem de defeitos de equipamento, falta de cuidado do operador).
QUÍMICA VERDE
A química verde surge da necessidade de prevenir/reduzir a poluição causada pelos processos químicos que usem e
gerem maior ou menor quantidade de materiais, nomeadamente tóxicos e/ou inflamáveis.
ECONOMIA ATÓMICA PERCENTUAL: corresponde à razão entre a massa dos átomos dos reagentes incorporados no produto
da reação desejado (m) e a massa total dos átomos dos reagentes (m´), expressa em percentagem. Pode ser calculada
através da seguinte expressão:
m
EA= × 100
m´
ADIÇÃO DE CATALISADORES
Um catalisador é uma substância que altera, com a mesma intensidade, as velocidades da reação direta e inversa,
não afetando, nem o equilíbrio nem o rendimento da reação, obtendo-se o mesmo rendimento, mas em menos tempo.
A adição de catalisadores ao sistema reacional não afeta o equilíbrio, apenas contribui para que ele seja atingido em
menos tempo.
AUTOIONIZAÇÃO DA ÁGUA
Qualquer amostra de água, no estado líquido, contém sempre iões hidrónio (ou oxónio, H 3O+), e iões hidróxido, OH−,
provenientes da auto ionização da água, ou auto protólise da água, descrita através da seguinte equação química: H 2O()
+ H2O() ⇌ OH−() + H3O+()
A constante de equilíbrio correspondente a esta reação toma o nome de produto iónico da água é:
K W =¿ ¿
de tal modo que a 25° C Kw = 1,00×10−14
É uma reação de equilíbrio que é pouco extensa no sentido direto, pois a constante de equilíbrio tem um valor muito
pequeno, o que implica que estes iões estejam presentes em pequena quantidade.
Como qualquer constante de equilíbrio, o produto iónico da água varia com a temperatura, aumentando com o
aumento de temperatura. Em qualquer solução aquosa verifica-se sempre que:
K W =¿ ¿
Se ¿ ¿ então a solução é ácida.
Se ¿ ¿ então a solução é neutra.
Se ¿ ¿ então a solução é básica ou alcalina.
DISSOCIAÇÃO: é a separação dos iões do soluto iónico por ação das moléculas polares do solvente.
Estes iões ficam envolvidos por moléculas do solvente e a essa união entre os iões do soluto e as moléculas polares do
solvente dá-se o nome de solvatação.
IONIZAÇÃO: consiste na formação dos iões do soluto a partir das respetivas moléculas polares por ação de um solvente
polar. Estes iões formados também ficam solvatados.
GRAU DE IONIZAÇÃO E GRAU DE DISSOCIAÇÃO (α):
Corresponde ao quociente entre o número de moléculas (ou moles) ionizadas e o número de moléculas (ou moles)
ni
dissolvidas, tal que: α =
nd
Nota: para ácidos de concentração semelhante, quanto maior for a percentagem de ionização mais forte é o ácido.
VOLUMETRIA ÁCIDO-BASE
TITULAÇÃO: permite determinar a concentração ou título de uma solução através da reação completa com
outra solução de concentração conhecida.
Nota:
A titulação realiza-se pela adição de uma solução contida numa bureta, o titulante, a uma solução
contida num matraz, o titulado, até que se atinja o ponto de equivalência.
Numa titulação ácido-base determina-se a concentração de um ácido fazendo-o reagir com uma base
de concentração conhecida, ou a concentração de uma base fazendo-a reagir com um ácido de
concentração conhecida.
PONTO DE EQUIVALÊNCIA: é o instante da titulação em que o titulado reagiu completamente com o titulante.
O ponto de equivalência atinge-se quando as quantidades de ácido e de base estão nas proporções estequiométricas da
reação, as quais são mostradas pela equação química.
NOTA:
Quando se está a adicionar o titulante ao titulado, o pH da solução está a sofrer alteração e, perto do ponto de
equivalência sofre uma variação brusca, o que permite a deteção com recurso a um indicador ácido-base apropriado.
Quando o indicador ácido-base muda de cor diz-se que foi atingido o ponto final da titulação (ponto termo).
Se o indicador for o adequado, o ponto final da titulação estará muito próximo do ponto de equivalência.
Para conhecer o indicador mais adequado para uma dada titulação ácido-base é necessário conhecer o ponto de
equivalência, o que é conseguido através de uma curva de titulação, um gráfico que traduz a variação do pH da
solução titulada em função do volume de solução titulante.
INDICADORES ÁCIDO-BASE
Os indicadores ácido-base, também conhecidos como indicadores de pH, são ácidos fracos, ou bases fracas,
normalmente de natureza orgânica (como extratos de pigmentos de plantas) cuja cor da forma ácida é diferente da cor da
forma básica conjugada, ou seja:
NOTA:
Por adição a uma solução ácida, pelo princípio de Le Châtelier, aumentamos a concentração de iões H 3O+ em solução
e, consequentemente, o equilíbrio é deslocado no sentido de consumir parcialmente essa espécie, ou seja, o equilíbrio
é deslocado no sentido da reação inversa, favorecendo o aparecimento da cor A.
Através da adição a uma solução básica, a concentração dos iões H 3O+ vai diminuir e o equilíbrio é deslocado no
sentido de aumentar parcialmente a concentração dessa espécie, ou seja, o equilíbrio vai deslocar-se no sentido direto,
favorecendo o aparecimento da cor B.
Ao intervalo de pH no qual coexistem as cores A e B, ou seja, as cores das formas ácida e básica, dá-se o nome de
zona de viragem do indicador.
CRITÉRIOS PARA A SELEÇÃO DO INDICADOR MAIS ADEQUADO:
A zona de viragem do indicador deve estar contida na zona de variação brusca do pH.
A zona de viragem do indicador deve conter o valor do pH no ponto de equivalência.
A zona de viragem do indicador deve ser o mais estreita possível.
OXIDAÇÃO-REDUÇÃO
OXIDAÇÃO: é o processo que ocorre com perda de eletrões (semirreação de oxidação).
REDUÇÃO: é o processo que ocorre com ganho de eletrões (semirreação de redução).
AGENTE REDUTOR OU ESPÉCIE OXIDADA: é a espécie química que se sofre oxidação (pois possibilita a redução de outrem).
AGENTE OXIDANTE OU ESPÉCIE REDUZIDA: é a espécie química que sofre redução (pois possibilita a oxidação de outrem).
NÚMERO DE OXIDAÇÃO de uma espécie química: é o número de eletrões que esse átomo perde ou ganha na ligação iónica
ou que perderia ou ganharia se, na ligação covalente, os eletrões da ligação fossem transferidos para o átomo mais
eletronegativo.
REGRAS PARA A DETERMINAÇÃO DE NÚMEROS DE OXIDAÇÃO (n.o.)
1ª: O número de oxidação de um átomo de um elemento no estado livre ou numa substância elementar é zero.
2ª: O número de oxidação de um ião monoatómico é igual à respetiva carga elétrica. Nos iões poliatómicos, mas
constituídos apenas por uma única espécie de átomos, o número de oxidação é dado como o quociente entre a carga do
ião e o número de átomos que o constituem.
3ª: A soma dos números de oxidação dos átomos numa molécula é zero.
4ª: A soma dos números de oxidação dos átomos que constituem um ião poliatómico é igual à carga do ião.
5ª: Os átomos dos metais alcalinos (grupo 1), quando combinados com átomos de outros elementos químicos, em
substâncias compostas, apresentam sempre o n.o. igual a +1.
6ª: O hidrogénio, quando combinado com outros elementos, apresenta sempre o n.o. igual a +1,exceto nos hidretos em
que apresenta o n.o. igual a -1.
7ª: Os átomos dos metais alcalino-terrosos (grupo 2), quando combinados com átomos de outros elementos químicos, em
substâncias compostas, apresentam sempre o n.o. igual a +2.
8ª: O oxigénio apresenta sempre o n.o. igual a -2, exceto nos peróxidos, em que este é igual a -1, e no fluoreto de
oxigénio, OF2, em que é igual a +2.
9ª: O flúor apresenta sempre o n.o. igual a -1, quando combinado com outros elementos.
Nota:
Uma espécie oxida-se quando aumenta o seu número de oxidação e reduz-se quando diminui o seu número de
oxidação.
Uma reação designa-se redox quando decorre com variação dos números de oxidação de alguns átomos que nela
intervêm.
REAÇÕES DE DISMUTAÇÃO OU DE AUTO-OXIDAÇÃO-REDUÇÃO: são reações em que um elemento é simultaneamente oxidado e
reduzido. Ex.: 3CO2-(g) 2CO3-(g) + C-(g)
PARES CONJUGADOS DE OXIDAÇÃO-REDUÇÃO:
Nas reações redox, uma espécie que cede um ou mais eletrões (redutor) dá origem a outra espécie (oxidante) capaz de
aceitar esses eletrões regenerando a primeira. Estas espécies constituem um par de oxidação-redução conjugado.
Ex.: Zn(s) Zn2+(aq) + 2e- O par conjugado redox é: Zn2+/ Zn
NOTA:
Nas reações redox, quanto mais forte é o oxidante mais fraco é o seu redutor conjugado e quanto mais forte é o redutor
mais fraco é o seu oxidante conjugado.
O poder redutor traduz a tendência para a oxidação e o poder oxidante traduz a tendência para a redução.
EFEITO DO IÃO COMUM: Também, de acordo com o princípio de Le Chatelier, um aumento da concentração de qualquer
dos iões em solução leva o equilíbrio a deslocar-se no sentido inverso, causando uma diminuição na solubilidade do sal
em causa.
EFEITO DA ADIÇÃO DE ÁCIDOS: Quando, o anião do sal pouco solúvel, é uma base, esse sal pode ser solubilizado através
da adição de um ácido forte. Pelo princípio de Le Chatelier, o equilíbrio de solubilidade desloca-se no sentido direto
aumentando a solubilidade.
EFEITO DA FORMAÇÃO DE IÕES COMPLEXOS: A formação de iões complexos à custa de iões do sal pouco solúvel vai fazer
diminuir a concentração desses iões. Pelo princípio de Le Chatelier, o equilíbrio desloca-se no sentido direto,
aumentando a solubilidade do sal.