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Patologia celular

A célula

Membrana Celular

Funções da Membrana Celular:

Manter o equilíbrio osmótico: a regulação da osmose é importante para a viabilidade da célula

Estrutura da Membrana:

É semipermeável, contém canais, recetores e bombas iónicas.

Modelo do Mosaico Fluido:

Dupla camada fosfolipídica

Fosfolípidos (75%) + Colesterol (20%) + Glicolípidos (5%)

As regiões polares dos fosfolipídios estão orientadas para a superfície da membrana, em consequência de
sua atração para as moléculas de água polares no líquido extracelular e no citosol.

Assimétrica (glicolípidos só no exterior)

Glicocálice (… lípidos e … proteínas)

assinatura molecular: reconhecimento de moléculas

adesão das células de um tecido

anticatalítico: proteção contra enzimas

“hidratante”

Fluidez das membranas

Ligações duplas + colesterol → mobilidade + fluidez → reparação de ruturas

Colesterol:

Temperatura corporal → fortalece a MP

Temperatura baixa → aumenta a fluidez da MP

Funções das proteínas de membrana

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Identificação celular: reconhece as células, caso haja uma infeção é a membrana celular que reconhece as
bactérias e mobiliza os macrófagos (responsáveis pela fagocitose)

Proteínas de adesão: adesão entre a matriz e a célula

Permeabilidade seletiva

Permeável: moléculas apolares e neutras ( oxigénio, dióxido de carbono) e água

Impermeável: moléculas polares e/ou carga elétrica (ex:. glucose, sódio Na+)

Gradiente eletroquímico

Químico concentração sódio potássio

Mais potássio dentro e sódio fora

Elétrico relacionado com as protéinas na membrana dentro mais negativa

Transportes na Membrana Celular:

Osmose

Endocitose / Exocitose

Núcleo

A principal função do núcleo consiste no armazenamento e na transmissão da informação genética para a próxima
geração de células. Essa informação, codificada em moléculas de DNA, é também utilizada para sintetizar as proteínas
que determinam a estrutura e a função da célula.

Somente as células de organismos avançados, conhecidos como eucariotas, têm um núcleo. Geralmente, há
apenas um núcleo por célula, mas existem exceções, como as células musculares.

Organismos unicelulares mais simples (procariotas),como as bactérias e cianobactérias, não têm um núcleo.

O envelope nuclear separa o conteúdo do núcleo do citoplasma. O envelope tem poros nucleares. Em anexo
encontra-se o retículo endoplasmático, onde ocorre a síntese proteica.

A matriz semifluida chama-se nucleoplasma. Aí se encontra a cromatina, a forma menos condensada do DNA que
se organiza para formar cromossomas durante a mitose ou a divisão celular

Cromatina
A cromatina é um complexo organizacional de ácidos nucleicos, constituído por DNA e proteínas, que possibilita a
forma compacta dos cromossomas. A cromatina possibilita proteção do material genético bem como a regulação da

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transcrição e atividade dos genes.

Reticulo endoplasmático (ER), Ribossomas e Complexo de Golgi

rugoso (RER) vs liso (SER)

ribossomas (livres ou ligados ao ER)

Lisossoma

digestão enzimática

endocitose

Mitocôndria

Responsável pela respiração celular (produção de ATP)

Possui DNA mitocondrial

Características:

circular

não tem histonas logo é mais mutável

Complexo I→ rápida perda de função, ou seja, não produz ATP, +sensível


Complexo IV→ citocromo C

Transporte Transmembranar
TOM: transporte exterior da membrana
TIM: transporte interior da membrana

No transporte para as mitocôndrias, por exemplo, complexos protéicos presentes na membrana mitocondrial externa
(TOM) e na membrana mitocondrial interna (TIM), além de proteínas solúveis do espaço intermembrana, são
responsáveis pela importação das proteínas mitocôndrias.

Disfunção mitocondrial

Diminuição da produção de ATP

Distribuição anormal na célula

Radicais livres de oxigénio (ROS)

O excesso de ROS leva à abertura de poros de transição na membrana da mitocôndria (MPT);


Estes poros são canais de condutância através da membrana e levam à despolarização da mitocôndria.

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Como resultado a mitocôndria aumenta de volume, a
membrana exterior rompe e o citocromo C é excisado para o citoplasma.

Entrada excessiva de cálcio

Alteração do transporte de proteínas

Início do processo de apoptose

Processos de adaptação celular

Atrofia

Diminuição do tamanho da célula.

Pode dever-se a diminuição de uso, perda de inervação, redução do


aporte de sangue, desnutrição, estimulação endócrina reduzida, ou
envelhecimento.

Hipertrofia

Aumento do tamanho da célula.

Pode dever-se a aumento de síntese proteica e de organelos.

Pode ser fisiológica (ex.: exercício físico), ou patológica (ex.:


hipertrofia do miocárdio).

Hiperplasia

Aumento do número de células num órgão ou tecido


(aumento da divisão celular).

Pode ser compensatória (ex.: fígado), hormonal (ex.: útero) e


patológica (ex.: próstata)

Displasia

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Não é verdadeiramente uma adaptação celular. Alteração anormal do tamanho, forma e organização de células
adultas.

Geralmente associado com crescimento neoplásico. Pode ser visto como uma hiperplasia atípica.

Ex.: displasia do colo do útero

Metaplasia

É uma adaptação celular reversível, em que um tipo de célula adulta é substituído por outro tipo de célula adulta.
Pode ser uma resposta ambiental ou a condições de stress

Ex.: metaplasia gástrica

Processos de morte celular

Apoptose

No citoplasma, o citocromo c ligas-se à proteina Apaf-1 e inicia a


formação do apoptosoma, que por sua vez se liga à pro-caspase-9.
A oligomerization da pro-caspase-9 no apoptosoma activa a protease caspase-9.
A caspase-9 activada cliva as caspase-3 e caspase-7 completando o processo de activação de apoptose. (via de
apoptose intrinsica)

Necrose

Morte celular não programada (por oposição à apoptose).

Irreversível.

Pode dever-se a hipóxia, exposição a químico, ROS, respostas imunes, infecções, trauma.

Estadios:
a) iniciais - caracterizados por alterações morfológicas;
b) alterações nucleares - alterações de cromatina, redução do tamanho do núcleo;
c) alterações citoplasmáticas - desnaturação proteica, perda de ribossomas, rutura mitocondrial, autolise lisossomal.

Tipos de Necrose
a) Por coagulação: ocorre em órgãos sólidos como por exemplo no coração, rins, suprarrenais. Deve-se a hipoxia
(isquemia severa) ou exposição tóxica. A coagulação resulta da desnaturação da proteína albumina. Usualmente estas
células mantém a sua forma.

b) Por liquefação: ocorre usualmente no SNC. Está associada a infeções bacterianas e fúngicas. O tecido transforma-
se num líquido viscoso por ação hidrolítica (enzimática) formando uma massa purulenta (= pus).

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c) Caseosa: está associada a infeção por tuberculose (mycobacterium tuberculosis). O tecido fica com aspeto de
“queijo” (esponjoso).

Aspeto microscópico: Adipócitos mortos; Material amorfo; Presença de infiltrado inflamatório leucocitário; Adipócitos com
contornos imprecisos; Perda do núcleo periférico; Citoplasma torna-se uma massa amorfa rosa (conteúdo lipídico foi
lipolisado)

d) Gordurosa: Ocorre quando há extravasamento de enzimas lipolíticas para o tecido adiposo, o que leva à sua
liquefação. Característico da pancreatite aguda, e outras estruturas abdominais. Neste processo ocorre saponificação -
associação de ácidos gordos a iões (cálcio, magnésio, sódio) - como resultado o tecido necrosado tem uma aparência
opaca e esbranquiçada

e) Gangrenosa: É um tipo de necrose de coagulação que acontece principalmente nas extremidades de membros sem
aporte sanguíneo resultando em gangrena, isto é, necrose seguida de invasão bacteriana e putrefação do tecido. O
membro necrosado tem cor escura e odor fétido. Pode subdividir-se em seca e húmida.

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