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CENTRO FEDERAL DE EDUAÇÃO

TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS


-ENGENHARIA CIVIL -

Relatório de Laboratório de Química Aplicada


Cinética Química

Curvelo-MG
2022
CENTRO FEDERAL DE EDUAÇÃO
TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS
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Caio Henrique Dias Dupim


João Paulo de Oliveira
Kaique Batista Santana
Laiane Rabelo Braga
Natascha Raquel Cardoso da Silva
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1. Fundamentação teórica:
Equilíbrio químico é o ramo da Físico-Química que estuda as reações
reversíveis em que as concentrações dos participantes da reação não se alteram, uma
vez que, as reações direta e inversa estão ocorrendo na mesma velocidade.
Lembrando que, a reação direta é a reação que ocorre a transformação dos reagentes
em produtos, enquanto a reação inversa é o processo oposto em que os produtos se
transformam em reagentes.

Para que esse fenômeno ocorra é necessário que a temperatura do


sistema seja constante e que não ocorra trocas entre o sistema e o ambiente.Além
disso, pode-se medir o equilíbrio por meio do cálculo da constante de equilíbrio e o
grau de equilíbrio da reação.Como ocorre o equilíbrio químico?Para entender como
esse processo ocorre vamos considerar uma reação genérica:

A+B⇌C+D

A velocidade da reação de A + B para C + D é v1 sendo a velocidade da


reação direta, enquanto a velocidade da reação inversa de C + D para A + B é v2. O
equilíbrio é atingido quando ambas as velocidades são iguais, o que ocorre quando a
concentração de reagentes e dos produtos se torna constante na solução.

O que acontece é que no início da reação, v1 é máximo uma vez que a


concentração dos reagentes está no seu valor máximo, pois A e B são as únicas
espécies existentes no sistema. Já a concentração dos produtos é zero assim como v2
pois C e D não começaram a ser formados. À medida que a reação ocorre, A e B
diminui no sistema e C e D aumenta, o que implica também na diminuição de v1 e no
aumento de v2, até o momento que elas se tornam iguais e se atinge o equilíbrio.
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Condições de equilíbrio químico

Nesse instante, a reação continua acontecendo em níveis microscópicos


em ambos os sentidos e na mesma intensidade sendo então, uma situação de
equilíbrio dinâmico. Quando observamos o processo de fora, a reação aparenta ter
parado, já que as concentrações não mudam mais. Quais são as classificações do
equilíbrio químico? Os equilíbrios químicos podem ser classificados em: homogêneos e
heterogêneos.

Homogêneos: Os equilíbrios químicos homogêneos são as reações em


que todas as espécies estão em uma mesma fase e assim, constitui um sistema
homogêneo.

N2O4 (g) ⇄ 2 NO2 (g)

(nesse caso, reagentes e produtos estão na fase gasosa)

Heterogêneos: Os equilíbrios heterogêneos ocorrem em sistemas que as


espécies químicas envolvidas estão em mais de uma fase e por isso, formam um
sistema heterogêneo.

NH4Cl (s) ⇄ NH3 (g) + HCl (g)

(há mais de uma fase no sistema em equilíbrio, mais precisamente


reagente no estado sólido e produtos no estado gasoso)

Equilíbrio químico é o ramo da Físico-Química que estuda as reações


reversíveis em que as concentrações dos participantes da reação não se alteram, uma
vez que, as reações direta e inversa estão ocorrendo na mesma velocidade.
Lembrando que, a reação direta é a reação que ocorre a transformação dos reagentes
em produtos, enquanto a reação inversa é o processo oposto em que os produtos se
transformam em reagentes.

Para que esse fenômeno ocorra é necessário que a temperatura do


sistema seja constante e que não ocorra trocas entre o sistema e o ambiente. Além
disso, pode-se medir o equilíbrio por meio do cálculo da constante de equilíbrio e o
grau de equilíbrio da reação. Como ocorre o equilíbrio químico? Para entender como
esse processo ocorre vamos considerar uma reação genérica:

A+B⇌C+D
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A velocidade da reação de A + B para C + D é v1 sendo a velocidade da


reação direta, enquanto a velocidade da reação inversa de C + D para A + B é v2. O
equilíbrio é atingido quando ambas as velocidades são iguais, o que ocorre quando a
concentração de reagentes e dos produtos se torna constante na solução.

O que acontece é que no início da reação, v1 é máximo uma vez que a


concentração dos reagentes está no seu valor máximo, pois A e B são as únicas
espécies existentes no sistema. Já a concentração dos produtos é zero assim como v2
pois C e D não começaram a ser formados. À medida que a reação ocorre, A e B
diminui no sistema e C e D aumenta, o que implica também na diminuição de v1 e no
aumento de v2, até o momento que elas se tornam iguais e se atinge o equilíbrio.

Condições de equilíbrio químico

Nesse instante, a reação continua acontecendo em níveis microscópicos


em ambos os sentidos e na mesma intensidade sendo então, uma situação de
equilíbrio dinâmico. Quando observamos o processo de fora, a reação aparenta ter
parado, já que as concentrações não mudam mais. Quais são as classificações do
equilíbrio químico? Os equilíbrios químicos podem ser classificados em: homogêneos e
heterogêneos.

Homogêneos: Os equilíbrios químicos homogêneos são as reações em


que todas as espécies estão em uma mesma fase e assim, constitui um sistema
homogêneo.

N2O4 (g) ⇄ 2 NO2 (g)

(nesse caso, reagentes e produtos estão na fase gasosa)

Heterogêneos: Os equilíbrios heterogêneos ocorrem em sistemas que as


espécies químicas envolvidas estão em mais de uma fase e por isso, formam um
sistema heterogêneo.

NH4Cl (s) ⇄ NH3 (g) + HCl (g)

(há mais de uma fase no sistema em equilíbrio, mais precisamente


reagente no estado sólido e produtos no estado gasoso)
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VIANA, Aryanne. Equilíbrio químico. (Vai Química!) 2022. Disponível em:


https://vaiquimica.com.br/equilibrio-quimico/ . Acesso em: 10/11/2022

O equilíbrio químico pode ser descrito em termos de considerações


cinemática termodinâmicas. Cinematicamente, como é definido o equilíbrio químico?
O equilíbrio é um estado dinâmico, quem que cada espécie participa da reação se
forma exatamente na mesma taxa em que é consumida. Ou seja, as reações direta e
inversa se processam simultaneamente com a mesma velocidade.

a A + b B ⇌ c C + d D (3)


onde a, b, c e d são os coeficientes estequiométricos referentes
aos reagentes A e B produtos

C e D, respectivamente. De acordo com a “Lei da Ação das
Massas”, a velocidade da reação é proporcional às
concentrações em mol dos reagentes elevadas aos seus
coeficientes estequiométricos.

A “Lei da Ação das Massas” foi proposta pelos cientistas noruegueses G. M.


Guldenberg e P. Waage e apresentada, pela primeira vez, em 1864. Essa lei se
constitui no princípio básico para o estudo quantitativo de um sistema em
equilíbrio. É aplicável a qualquer reação reversível, tanto na direção direta quanto na
inversa.

Para o equilíbrio considerado, a velocidade da reação direta, vd, pode


ser expressa por:

enquanto, a velocidade da reação inversa, vi, é escrita como:


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Nessas duas equações de velocidade, kd e ki são constantes de


proporcionalidade que dependem, porém, de fatores externos como temperatura e
pressão.

O equilíbrio químico é alcançado quando as velocidades das reações direta e inversa


em um processo reativo tornam-se iguais:

Desta igualdade, utilizando as expressões das velocidades das reações direta (4a) e
inversa (4b), dadas pela lei da ação das massas, temos:

(6)
Rearranjando os termos dos lados direito e esquerdo desta equação, podemos
escrever,
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A nova constante Keq introduzida é a constante de equilíbrio da reação.


Explicitamente, a constante de equilíbrio é definida em termos das concentrações das
espécies no equilíbrio, como uma razão direta das concentrações dos produtos e
inversa das concentrações dos reagentes, tendo os respectivos coeficientes
estequiométricos como suas potências. As concentrações utilizadas em uma constante
de equilíbrio são, mais frequentemente, expressas em mol. Implicitamente, as
constantes de equilíbrio são funções da temperatura e pressão utilizadas no
experimento. Um aspecto importante que deve ser apreciado, é que a constante de
equilíbrio de qualquer reação química independe das concentrações iniciais [A]0 e [B]0
dos produtos. Na expressão da constante de equilíbrio, Keq, aparecem apenas as
concentrações dos reagentes e dos produtos medidas após o equilíbrio ter sido
estabelecido. Não importa a quantidade inicial dos reagentes ou produtos adicionados:
equilíbrio haverá sempre uma proposição fixa das concentrações dessas espécies de
tal forma a fazer sempre uma concentração fixa dessas espécies de tal forma a fazer
Keq uma constante numérica. Termodinamicamente, como é definido o equilíbrio
químico? Antes de mais nada a termodinâmica é a área da ciência que estuda os
efeitos de trabalho e calor envolvidos em um processo físico e as limitações impostas
pela natureza nas conversões de calor em trabalho.

A termodinâmica tem como objetivos estabelecer os critérios para se


determinar a estabilidade da matéria, as condições e a direção com que uma
transformação física ou química espontânea ocorre. Com a definição acima, podemos
estabelecer que equilíbrio químico é um estado máxima estabilidade termodinâmica

para o qual um sistema químico tende espontaneamente, à temperatura e pressão


fixas
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A termodinâmica nos ensina que a variação da quantidade denominada


energia livre de Gibbs, ∆G, (que combina os efeitos de troca de energia, ∆H, e os
estados de organização de um sistema físico, ∆S), é a quantidade chave que nos indica
o sentido da estabilidade termodinâmica de uma transformação física ou química. A
estabilidade termodinâmica é alcançada quando 0, pTG , a uma dada
temperatura T e pressão p.

IONE Maria F de Oliveira, MARIA José de S F da Silva, SIMONE de F B Tófani.


Fundamentos de Química Analítica. Universidade Federal de Minas Gerais – ICEx -
Departamento de Química, 2009. Disponível em:
https://www2.ufjf.br/quimicaead//files/2013/05/FQAnalitica_Aula2.pdf . Acesso em:
10/11/2022.

No texto “Reações Reversíveis e Equilíbrio Químico”, quando uma


reação reversível encontra-se em um sistema fechado, ela acaba por entrar em
equilíbrio químico, ou seja, as taxas de desenvolvimento das reações direta e inversa
ocorrem com a mesma velocidade. Se não houver nenhuma alteração no sistema, ele
permanecerá indefinidamente assim.

O cientista francês Henry Louis Le Chatelier (1850-1936) percebeu isso e


passou a estudar esse fenômeno. Ele dedicou-se ao estudo de possíveis maneiras de se
conseguir deslocar o equilíbrio químico e descobriu aspectos importantes que são até
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hoje usados por indústrias, por exemplo, para aumentar a produção de determinados
produtos com menor custo.

Uma das coisas que ele descobriu foi o que passou a ser chamado de
Princípio de Le Chatelier, que pode ser enunciado da seguinte maneira:“Quando se
provoca uma perturbação em um sistema em equilíbrio, este se desloca no sentido
que tende a anular essa perturbação, procurando se ajustar a um novo equilíbrio. ”Os
principais fatores que causam esse deslocamento no equilíbrio químico são:
concentração dos reagentes ou produtos participantes da reação, pressão e
temperatura.

O uso de catalisadores apenas acelera a velocidade das reações, isto é,


no caso de reações reversíveis, faz com que elas atinjam o equilíbrio mais
rapidamente. Mas os catalisadores não interferem no deslocamento do equilíbrio, pois
eles atuam igualmente tanto no sentido da reação direta quanto no sentido da reação
inversa.

Consideremos um exemplo em que haverá variação na concentração:


temos o seguinte sistema aquoso em que os íons abaixo estão em equilíbrio químico:

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2 CrO42-(aq) + 2 H+(aq) ↔ 2 Cr2O72-(aq) + 2 H2O(l)

Os íons CrO42- conferem amarelo ao sistema, enquanto os íons Cr2O72-


conferem a cor alaranjada.

Assim, imagine que adicionemos algumas gotas de limão a esse sistema.


Visto que o limão é ácido, estaríamos aumentando a concentração dos íons H+(aq).
Seguindo o princípio de Le Chatelier, o sistema irá, então, deslocar-se no sentido de
consumir os íons H+, ou seja, no sentido da reação direta (para a direita). Isso
provocaria mais produção dos íons Cr2O72- e a solução passaria de amarela para o
alaranjado.
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Exemplo de deslocamento de equilíbrio segundo o Princípio de Le Chatelier

O contrário também é verdadeiro, se adicionarmos alguma solução


básica ao meio, os íons OH- dessa solução irão reagir com os íons H+ e haveria o
aumento da concentração da água (H2O(?)) no meio. Por isso, o equilíbrio se
deslocaria no sentido de consumir a água, ou seja, para a esquerda, no sentido inverso,
e o sistema líquido ficaria amarelo.

Por meio desse exemplo, podemos generalizar o seguinte:


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Variação da concentração e deslocamento do equilíbrio

Quanto à variação da pressão e da temperatura, podemos dizer o seguinte:

Variação da pressão e da temperatura e deslocamento do equilíbrio químico

FOGAÇA, Jennifer. Reações Reversíveis e Equilíbrio Químico. Manual da


química. Disponivel em: https://www.manualdaquimica.com/fisico-quimica/reacoes-
reversiveis-equilibrio-quimico.htm. Acesso em: 10/11/2022.

2. Objetivos
O objetivo desta aula sobre cinética química foi para vermos a
velocidades das reações químicas e os fatores que influenciam no resultando obtido,
com a possibilidade de tornar a reação mais rápida ou mais lenta, mostra também
como podemos intervir fazendo com que a reação aumente ou diminuem a
velocidade.
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3. Materiais necessários

Equipamentos e vidrarias Reagentes


Almofariz (1 por bancada) Comprimidos antiácidos efervescentes
Pistilo (1 por bancada) Água destilada
Béqueres de 250 mL (3 por bancada) Solução de ácido muriático 6,0 mol/L
Tubos de ensaio (2 por bancada) Solução de ácido muriático 0,06 mol/L
Suporte para tubos de ensaio (1 por bancada) Ferro metálico (limalhas)
Pipeta graduada ou volumétrica de 10 mL (2 Água oxigenada 10 V
por bancada)
Pera (1 por bancada) Batata
Espatula (1 por bancada) Detergente neutro
Proveta de 250 mL (1 por bancada)
Cronometro
Chapa de aquecimento

4. Procedimento experimental:
4.1. Medir o calor de dissolução do Hidróxido de Sódio (NaOH);
- Medir 50 mL de água em uma proveta e transferir para um béquer (calorímetro).

- Medir a temperatura da água dentro do béquer. (24°C)

- Pesar aproximadamente 4 g de hidróxido de sódio e dissolver no calorímetro.

Massa: 3.96 g / Temperatura do sistema: 35°C

4.2. Medir o calor de dissolução do Cloreto de Potássio (KCl):


- Medir 50 mL de água em uma proveta e transferir para um béquer (calorímetro).

- Medir a temperatura da água dentro do calorímetro. (24°C)

- Pesar aproximadamente 5 g de KCl (anotar a massa exata) e dissolver no calorímetro.


Temperatura: 22°C
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5. Resultados e Discussão:

5.1) Efeito da superfície de contato e da temperatura


Nessa primeira parte do experimento, analisamos o efeito da superfície
de contato e da temperatura. Sabemos que no hodierno, a indústria química busca
cada vez mais aumentar a velocidade das reações química, já que isso aumenta a
capacidade produtiva das empresas. Neste caso para que uma reação química
aconteça, é necessário que ocorra colisões efetivas, ou seja, é exatamente aí que a
superfície de contato se torna fundamental, pois quanto maior a superfície de contato
dos reagentes, maior será o número de colisões entre as moléculas, o que
consequentemente aumenta a probabilidade de ocorrências de colisões efetivas e
maior será a velocidade da reação.

Em nosso experimento observamos a influência da superfície de contato


através de comprimidos antiácidos efervescentes. Foram usados três comprimidos: um
comprimido antiácido intacto, um comprimido antiácido triturado e outro comprimido
antiácido intacto, os quais foram adicionados em béqueres enumerados de 1 a 3. Os
comprimidos foram adicionados simultaneamente e cronometramos o tempo de
efervescência do comprimido em cada béquer com 100 ml de água à temperatura
ambiente. O primeiro béquer que cotinha o comprimido antiácido intacto demorou
mais tempo para efervescer, com tempo de 1min e 20s. Já o béquer com o segundo
comprimido antiácido triturado demorou menos tempo para efervescer que no
primeiro béquer, gastando 57 s. É o último béquer que continha o comprimido
antiácido intacto demorou menos tempo para efervescer, gastando 50 s. Ressaltando
que no béquer 3, a água adicionada foi aquecida.

Com isso, notamos que o comprimido adicionado em água quente


reagiu muito mais rápido. Isso ocorre porque o aumento da temperatura aumenta a
energia cinética das moléculas, aumentando os números de colisões e,
consequentemente, a velocidade da reação. Mas vale ressaltar que o comprimido
triturado também influencia porque aumenta a superfície de contato. Nesse sentido
percebemos que a temperatura e o fato do comprimido antiácido ter sido triturado
aumenta a superfície de contato, aumentando a velocidade da reação. Na
cronometragem do tempo de efervescência também vimos que o tempo de
efervescência foi bem próximo. O fato de ter aquecido a água antes de adicioná-la no
béquer e o fato de ter triturado o comprimido antiácidos influenciou o tempo da
reação, pois leva em consideração a superfície de contato, fator muito importante
para acelerar a velocidade das reações. Observe as figuras a seguir que ilustram nosso
experimento.
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Acervo pessoal,2022 Acervo pessoal,2022


Acervo pessoal,2022

5.2) Efeito da concentração dos reagentes


Nessa parte do experimento analisamos o efeito da concentração dos
reagentes. Usamos dois tubos de ensaio. Enumeramos o tubo de ensaio 1, no qual foi
adicionado 20 ml de solução de ácido muriático 6,0 mol/l e enumeramos o tubo de
ensaio 2, no qual foi adicionado 20 ml de ácido clorídrico 0,006 mol/l. A concentração
de ácido no primeiro tubo foi bem maior, mas não aconteceu a reação esperada.
Pesamos 5 gramas de palha de aço e adicionamos simultaneamente a palha de aço
dentro de cada tubo de ensaio. Quanto maior a concentração dos reagentes, maior
será a velocidade de uma reação. Então nesse caso esperávamos que o tubo de ensaio
com maior concentração de ácido muriático tivesse gastado menos tempo para reagir,
mas ambas as reações não reagiram. Observe as figuras a seguir que ilustram nosso
experimento.

Acervo pessoal,2022 Acervo pessoal,2022


Acervo pessoal,2022
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5.3) Efeito do catalisador


Na última parte do experimento, analisamos o efeito catalisador. Em um
tubo de ensaio, adicionamos 100ml de água oxigenada 10V. Em seguida adicionamos
10 gotas de detergente neutro e por fim adicionamos pedações de batatas. Cada vez
que cortamos a batata, aumentamos a superfície de contato e quanto maior a
superfície de contato, maior, mais veloz é a reação. Observamos que a batata reage e
libera gás, esse gás é liberado da matéria orgânica. Quando colocamos o pedaço de
batata em contato com a água oxigenada, ocorreu uma reação de decomposição que
produz água e gás oxigênio como produtos. Observamos que quando se coloca em
contato a batata com a água oxigenada ocorre uma efervescência, ou seja, a batata
acelera a decomposição da água oxigenada. A água oxigenada se decompõe
naturalmente de forma bem lenta somente pela exposição à luz solar. Mas, nesse caso,
ela ocorreu de forma mais intensa, porque a batata possui uma enzima,
chamada catalase, que atua como catalisadora da reação de decomposição da água
oxigenada.

A partir desse experimento que a batata exerceu a função de um


catalizador. Os catalisadores conseguem aumentar a velocidade das reações porque
eles atuam mudando o mecanismo da reação por diminuir a energia de ativação da
reação. Assim, com uma quantidade de energia de ativação menor, fica mais fácil para
as partículas reagentes atingirem essa energia e reagirem. Observe as figuras a seguir
que ilustram nosso experimento.

Acervo pessoal,2022 Acervo pessoal,2022


Acervo pessoal,2022
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6. Experimento Bônus:
Durante o experimento conhecemos o carbureto; o carbeto de cálcio,
popularmente chamado de carbureto de cálcio e muitas vezes apenas como
"carbureto", é o composto químico com a fórmula CaC2. O material é incolor, mas
muitas amostras apresentam protuberâncias pretas a branco-acinzentadas,
dependendo do grau de pureza. Seu principal uso industrial é na produção
de acetileno. Carbeto de cálcio é produzido industrialmente em um forno de arco
elétrico carregado com uma mistura de cal e carvão a aproximadamente 2000 °C. Este
método continua o mesmo desde a sua invenção em 1888:

CaO + 3C → CaC2 + CO

O Carbureto de Calcio pode ser usado em aplicações diversas. Ele


também é matéria-prima na indústria química como, por exemplo, na obtenção de
PVC, fertilizantes, explosivos, plásticos, produtos medicinais, etc. Produto
normalmente utilizado para o aceleração no amadurecimento de frutas. O "carbureto"
quando adicionado à água produz o etino. O etino ou "acetileno" é um gás utilizado
em processos de soldagem (solda oxiacetilênica). A forma mais segura de se
transportar o acetileno é através do carbureto (material sólido e mais estável).

O acetileno é o nome usualmente empregado para o alquino, gás etino


que possui cheiro intenso e desagradável. É produzido pela reação do carbeto de cálcio
(ou carbureto - CaC2(s) ) com a água, como descreve a reação abaixo, não balanceada:

CaC2 + H2O Ca(OH)2 + C2H2

Os compostos orgânicos podem participar de vários tipos de reação, dentre elas a


oxidação (combustão), onde o carbono tem seu estado de oxidação alterado.
Dentro dessa classe de reações podemos destacar:
• combustão completa, onde o material orgânico é queimado na presença de oxigênio
e como resultado obtém-se dióxido de carbono (CO2) e água (H2O);

C2H6 + 7/2O2 CO2 + H2O

Observamos que o carbureto, quando adicionado água, reage com a


água e começa a efervescer, liberando um gás (acetileno), que com o ar, forma um gás
inflamável, como podemos ver nas figuras abaixo:
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(Acervo pessoal, 2022)

7. Conclusões:
Concluímos com os experimentos que a Cinética química
estuda a velocidade das reações químicas. Elas geralmente são expressas por M/s
"molaridade por segundo". Aprendemos que quanto maior for a temperatura, maior
será a velocidade, existindo fatores que influenciam nessa velocidade, como
“superfície”, “temperatura” e "concentração dos reagentes", onde, quanto maior for a
superfície de contato maior será a velocidade de reação, quanto maior a temperatura
maior será a velocidade de reação, quanto maior for a concentração dos reagentes
maiores será a velocidade de reação. Conforme os experimentos, com o auxílio de um
cronômetro determinamos o tempo de efervescência dos comprimidos que estavam
nos béqueres. Logo após observamos o tempo da reação em cada tubo de ensaio, e
notamos que os tempos de reação são diferentes para cada experimento, usando um
mesmo reagente, fazendo a comparação entre eles mesmo, focando na velocidade de
cada experimento.
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8. Referências Bibliográficas:

1. ALBUQUERQUE, Juan Pablo Ferraz. Cinética Química: A importância da


superfície de contato. 2021. Disponível em: https://infoenem.com.br/cinetica-
quimica-a-importancia-da-superficie-de-contato/. Acesso em: 05 nov. 2022.
2. FOGAÇA, Jennifer. EXEMPLO DE REAÇÃO DE DECOMPOSIÇÃO. Disponível em:
https://educador.brasilescola.uol.com.br/estrategias-ensino/exemplo-reacao-
decomposicao.htm. Acesso em: 05 nov. 2022.
3. Brasil escola. Produção de acetileno Disponível em:
<https://educador.brasilescola.uol.com.br/estrategias-ensino/producao-
acetileno.htm>Acesso em: 07 nov. 2022.

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