EQUILÍBRIO QUÍMICO

Física e Química A - 11ºA

2º Semestre - 2022/23

Trabalho realizado por:

Maria Luísa Nunes
Flávia Fernandes
Rodrigo Gaudêncio
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Índice
Introdução …………………………………………………………………………………………… 3
Equilíbrio Químico ……………………..…………………………………………………………… 4
Constante de Equilíbrio (Kc) ……………………………………………………………………….. 5
Quociente da Reação (Qc) ………………………………………………………………………… 6
Princípio de Le Châtelier ……………………………………………………………………...…… 7
Atividade Prática ………………….………………………………………………………………… 9

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Introdução
O tema do nosso trabalho é o Equilíbrio Químico, tema este que está inserido no domínio
“Equilíbrio Químico” e no subdomínio “Estado de equilíbrio e extensão das reações
químicas”. Este subdomínio está dividido nos seguintes temas: “Equilíbrio químico em
sistemas homogéneos", “Constante de equilíbrio e extensão das reações químicas” e
“Quociente da reação e princípio de Le Châtelier”. No nosso trabalho iremos abordar tdos
os temas presentes neste subdomínio. Neste subdomínio está também incluída a atividade
laboratorial “Efeito da concentração no equilíbrio químico”, que será a atividade que iremos
realizar em contexto de laboratório.
Neste trabalho iremos clarificar o que são o equilíbrio químico, a constante de equilíbrio e o
quociente da reação e iremos também explicar o que enuncia o princípio de Le Châtelier.
Iremos também descrever uma atividade laboratorial no âmbito deste tema.

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Equilíbrio Químico
Reações Reversíveis
As reações reversíveis são reações incompletas que podem ocorrer em dois sentidos:
sentido direto e sentido inverso. Quando o sistema evolui no sentido direto, gastam-se
reagentes e ocorre formação de produtos e quando este evolui no sentido inverso,
gastam-se produtos ocorre formação de reagentes.

Equilíbrio químico
Diz-se que um sistema está em equilíbrio químico quando as reações direta e inversa
ocorrem à mesma velocidade, o que faz com que os reagentes e os produtos se encontrem
em proporções estequiométricas. No estado de equilíbrio químico, as propriedades
químicas e físicas do sistema não se alteram, o que significa que, macroscópicamente, não
se observam variações de cor, de concentrações, de pressão, de temperatura nem de
volume. Apesar de estas propriedades não variarem, o estado de equilíbrio não deixa de ser
dinâmico, pois ambas as reações continuam a ocorrer. O que acontece é que, como ambas
ocorrem ao mesmo tempo e à mesma velocidade, as reações compensam-se, não havendo
alteração das concentrações dos produtos e dos reagentes.

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Constante de Equilíbrio (Kc)

Tendo como exemplo a seguinte reação:

Fig. 3. Exemplo de reação reversível

A uma temperatura constante, ao ser atingido o equilíbrio, todas as concentrações se mantêm

constantes, de forma a satisfazer a relação:

Fig. 4. Expressão da constante de equilíbrio

Ou seja, o produto das concentrações dos produtos da reação, elevadas aos respectivos coeficientes
estequiométricos, a dividir pelo produto das concentrações dos reagentes, também elevadas aos
respectivos coeficientes, é constante a uma determinada temperatura.

Apenas no estado de equilíbrio e a temperatura constante esta relação apresenta um valor

constante.
No caso do sistema ainda não ter atingido o estado de equilíbrio, a relação apresenta um valor
distinto de Kc e designa-se quociente da reação (Qc).
A reação vai progredindo ao longo do tempo e o valor de Qc vai se aproximando do valor de Kc.

A constante de equilíbrio de uma reação pode informar-nos sobre a extensão dessa reação. Reações
com Kc muito elevado demonstram ser reações muito extensas, ou seja, apresentam rendimentos
muito elevados.

A constante de equilíbrio de uma reação é igual ao inverso da constante de equilíbrio da reação

inversa. Por isso, quanto mais extensa for uma reação, menos extensa será a sua reação inversa.

Fig. 5. Expressão da constante de equilíbrio para uma reação inversa

A constante de equilíbrio depende da temperatura, podendo ser favorecida ou desfavorecida pelo

aumento da temperatura. Se as reações se revelarem exotérmicas, a constante de equilíbrio
aumenta com a diminuição da temperatura, se forem endotérmicas, a constante de equilíbrio
aumenta com o aumento da temperatura.

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Fig. 6. Variação constante de equilíbrio com a temperatura

Quociente da Reação (Qc)

O quociente da reação (Qc) é calculado através de uma equação semelhante à da constante
de equilíbrio (Kc) mas que se utiliza quando o sistema ainda não atingiu o estado de
equilíbrio.

Para uma reação reversível do tipo:

Fig.7 reação reversível

O quociente da reação é calculado pela seguinte equação:

Fig.8 Equação do Quociente da reação

[C] e [D] são as concentrações dos produtos

[A] e [B] são as concentrações dos reagentes

[a], [b], [c] e [d] são os coeficientes estequiométricos

Ao contrário do Kc, o valor do Qc varia com o tempo. O valor do QC irá permitir avaliar em
que sentido irá evoluir o sistema até que este atinja o equilíbrio. Ao compararmos com o Kc
é possível descobrir como o sistema vai evoluir.

- Qc=Kc, o sistema encontra-se em equilíbrio

- Qc<Kc, o sistema evolui no sentido direto formando produtos e gastando reagentes
de forma a aumentar o valor de Qc até igualar o Kc.
- Qc>Kc, o sistema evolui no sentido inverso formando reagentes e gastando produtos
de forma a diminuir o valor de Qc até igualar o Kc.

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Fig.9 Relação entre Qc e Kc e evolução de um sistema químico.

Princípio de Le Châtelier
De acordo com o Princípio de Le Châtelier, se a um sistema em equilíbrio for introduzida
uma perturbação, este reage evoluindo no sentido de contrariar a perturbação introduzida
até atingir um novo estado de equilíbrio. Os principais fatores que causam a perturbação do
equilíbrio químico são: a alteração da concentração dos reagentes ou dos produtos da
reação, a variação da temperatura a que o sistema se encontra e a variação da pressão a
que o sistema está sujeito.

Variação da temperatura
Numa reação com dois sentidos, existe sempre um sentido em que a reação é endotérmica
(∆𝐻 > 0) e outro em que a reação é exotérmica (∆𝐻 < 0).
Se a temperatura do sistema aumentar, de acordo com o Princípio de Le Châtelier, o
sistema irá evoluir no sentido da reação endotérmica, uma vez que esta absorve energia e,
consequentemente, diminui a temperatura do sistema, de forma a compensar a perturbação
adicionada.
Se a temperatura do sistema diminuir, de acordo com o Princípio de Le Châtelier, o sistema
irá progredir no sentido da reação exotérmica, uma vez que esta liberta energia e,
consequentemente, aumenta a temperatura do sistema, de forma a compensar a
perturbação adicionada.

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Variação de concentrações
Se for adicionado ao sistema um reagente, o sistema irá progredir no sentido direto de
forma a gastá-lo, até atingir um novo equilíbrio. Se for adicionado um produto, o sistema
evolui no sentido inverso de forma a gastá-lo, até atingir um novo equilíbrio.

Se for retirado do sistema um reagente, o sistema irá progredir no sentido inverso de forma
a repô-lo, até atingir um novo equilíbrio. Se for retirado um produto, o sistema evolui no
sentido direto de forma a repô-lo, até atingir um novo equilíbrio.

Variação da pressão
Um aumento da pressão a que um sistema está sujeito, por diminuição de volume,
favorecerá o sentido da reação que diminui a pressão, isto é, que origina menor quantidade
de matéria gasosa, de forma a contrariar a perturbação.

Fig.12. Efeito do aumento da pressão de um sistema em equilíbrio

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Atividade prática - Efeito da Concentração no Equilíbrio Químico

Objetivos

Investigar alterações de equilíbrios químicos em sistemas aquosos por variação da

concentração.

Material

- Placa de microanálise
- Microvaretas
- Conta-gotas
- Nitrato de ferro (𝐹𝑒(𝑁𝑂3)2)

- Tiocianato de potássio (𝐾𝑆𝐶𝑁)

- Água
- Nitrato de prata (𝐴𝑔𝑁𝑂3)

- Oxalato de sódio (𝑁𝑎2𝐶2𝑂4)

Equações Químicas

3+ − 2+
𝐹𝑒 (𝑎𝑞) + 𝑆𝐶𝑁 (𝑎𝑞) ⇌ [𝐹𝑒𝑆𝐶𝑁] (𝑎𝑞)

+ −
𝐾𝑆𝐶𝑁 (𝑠) → 𝐾 (𝑠) + 𝑆𝐶𝑁 (𝑎𝑞)

3+ 3−
(𝐹𝑒(𝑁𝑂3)2(𝑠) → 𝐹𝑒 (𝑎𝑞) + 3𝑁𝑂 (𝑎𝑞)

+ −
𝐴𝑔 (𝑎𝑞) + 𝑆𝐶𝑁 (𝑎𝑞) → 𝐴𝑔𝑆𝐶𝑁(𝑠)

3+ 2−
𝐹𝑒 (𝑎𝑞) + 3𝐶2𝑂4 (𝑎𝑞) → 𝐹𝑒𝐶2𝑂4 [ ]3−(𝑎𝑞)

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Procedimento:

1 2 3

A A1 A2 A3

B B1 B2 B3

C C1 C2 C3

D D1 D2 D3
(Placa de microanálise)

a) Adicionar a cada célula uma gota de 𝐹𝑒(𝑁𝑂3)2 (aq) e uma gota de 𝐾𝑆𝐶𝑁 (aq).
2+
b) Agitar com uma microvareta até observar a cor vermelha característica de [𝐹𝑒𝑆𝐶𝑁]
(aq)
c) Adicionar:

- 2 gotas de água nas células da coluna 1

-1 gota de água nas células da coluna 2

d) Adicionar:

A2: 1 gota de 𝐹𝑒(𝑁𝑂3)2 (aq)

A3: 2 gotas de 𝐹𝑒(𝑁𝑂3)2 (aq)

B2: 1 gota de 𝐾𝑆𝐶𝑁 (aq)

B3: 2 gotas de 𝐾𝑆𝐶𝑁 (aq)

C2: 1 gota de 𝐴𝑔𝑁𝑂3(aq)

C3: 2 gotas de 𝐴𝑔𝑁𝑂3(aq)

D2: 1 gota de 𝑁𝑎2𝐶2𝑂4 (aq)

D3: 2 gotas de 𝑁𝑎2𝐶2𝑂4 (aq)

e) Registar as alterações observadas

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Cuidados de segurança

● Não misturar substâncias ao acaso

● Ler com atenção as instruções da atividade
● Verificar bem o rótulo dos frascos, em especial os símbolos de aviso
● Manusear o material com o máximo de cuidado possível
● Manter a mesa de trabalho limpa
● Arrumar os reagentes e materiais após a sua utilização
● Prender cabelos longos

Conclusão
O equilíbrio químico apresenta várias aplicações no quotidiano, mesmo que nem sempre
sejam imediatamente perceptíveis.
Os refrigerantes com gás são um bom exemplo , já que este tipo de bebidas têm na sua
composição dióxido de carbono (CO2 ), dissolvido sob pressão. Quando a garrafa de
refrigerante é fechada, a pressão interna impede que o CO2 escape para a atmosfera. No
entanto, o CO2 continua a dissolver-se na água, de maneira a formar ácido carbônico
(H2CO3) através da seguinte reação: CO2(g) + H2O(l) ⇌ H2CO3(aq). Essa reação é
reversível, o que significa que o ácido carbônico se pode decompor novamente em dióxido
de carbono e água. No entanto, como a garrafa está fechada, o equilíbrio é estabelecido
entre a reação direta (formação do ácido carbônico) e a reação inversa (decomposição do
ácido carbônico). À medida que o equilíbrio é atingido, a quantidade de CO2 dissolvido na
água mantém-se constante. É essa a razão da efervescência e das bolhas quando a garrafa
é aberta. Ao abrir a garrafa, a pressão é reduzida e a reação inversa torna-se mais
favorável, libertando CO2 em forma de bolhas.
O equilíbrio químico também está presente em outros produtos do quotidiano, como
cervejas, espumantes e até mesmo em processos de fermentação utilizados na produção
de pães e bebidas alcoólicas.
Este trabalho permitiu-nos aprender um pouco mais sobre o que é o equilíbrio químico,
levando-nos a conhecer um pouco mais do que aprendemos em contexto de sala de aula, e
deu-nos a conhecer situações do dia a dia em que este está presente.

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Bibliografia
PAIVA, João; MATOS, Maria Goreti; MORAIS, Carla; FIOLHAIS, Carlos - 11Q: Química
11ºano. Texto Editores, 2022

Ana Luiza Lorenzen Lima. Manual da Química. Equilíbrio Químico. https://www.manualdaqui

mica.com/fisico-quimica/equilibrio-quimico.htm (06/05/2023)

Maria José de Sousa F. da Silva. Equilíbrio Químico. https://www2.ufjf.br/quimicaead//files/2

013/05/FQAnalitica_Aula2.pdf (07/05/2023)

Khan Academy. Constante de equilíbrio K. https://pt.khanacademy.org/science/chemistry/ch

emical-equilibrium/equilibrium-constant/a/the-equilibrium-constant-k (13/05/2023)

Escola Virtual. Estado de equilíbrio e extensão das reações químicas. https://app.escolavirtu

al.pt (07/05/2023)

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