Atenção ao mundo – Distribuição desigual

das vacinas para a COVID-19

Olá, bom dia,

Há dias vi uma notícia na televisão que me suscitou uma reflexão que quero partilhar
convosco. A noticia era sobre uma crítica feita pelo secretário-geral das Nações Unidas,
António Guterres, aos países desenvolvidos por acumularem as vacinas da covid-19. Guterres
considerou que é um “ultraje moral” a incapacidade de se assegurar igualdade no processo de
vacinação.

O problema que formulei, e ao qual vou tentar responder, é o seguinte: “Será correto que a
riqueza/pobreza de um país influencie o direito á saúde da sua população?”

Como se sabe, muitos países deram prioridade de vacinação aos trabalhadores na área da
saúde e aos idosos, visto estas serem as pessoas que estão mais em risco face à doença. No
entanto, muitos idosos e médicos de países pobres ainda não têm a vacina, enquanto muitos
jovens dos países ricos já estão a tomar a dose de reforço. Isto significa que, enquanto os
países mais ricos já compraram mais doses de vacinas do que o número de habitantes na
Terra, estima-se que os países mais pobres poderão ficar sem vacinas contra a COVID-19 até
2024.

Esta desigualdade na vacinação tem diversas consequências para os países mais pobres. Por
exemplo, a previsão do produto interno bruto (PIB) dos países em desenvolvimento para 2021
aumentaria 33,5 bilhões de euros se eles tivessem taxas de vacinação semelhantes às de
países desenvolvidos.

Para além disso, o facto de a COVID-19 não estar a ser impedida nos países em
desenvolvimento, torna propícia a formação de novas variantes da doença nesses mesmos
países, que vêm depois a afetar todo o mundo.

Para concluir, e respondendo ao problema que formulei, penso que a distribuição da vacina
contra a COVID-19 deve ser feita de uma forma mais igualitária e justa e que não é correto que
a distribuição da mesma seja feita com base na riqueza dos países, visto que isso afeta todo o
mundo devido à formação de novas variantes.

Maria Luísa Lopes Nunes nº16 10ºA