Você está na página 1de 19

QUÍMICA – MÓDULO V

1. EQUILÍBRIO QUÍMICO

MATERIAL DE APOIO
PROFESSORA BÁRBARA SUELLEN FERREIRA RODRIGUES

ASSUNTOS:
Equilíbrio químico: reações reversíveis; conceito de equilíbrio; deslocamento de
equilíbrio.
Estequiometria: cálculo estequiométrico.

COMPETÊNCIAS:

H17 – Relacionar informações apresentadas em diferentes formas de linguagem e


representação usadas nas ciências físicas, químicas ou biológicas, como texto
discursivo, gráficos, tabelas, relações matemáticas ou linguagem simbólica.
H18 – Relacionar propriedades físicas, químicas ou biológicas de produtos,
sistemas ou procedimentos tecnológicos às finalidades a que se destinam.
H19 – Avaliar métodos, processos ou procedimentos das ciências naturais que
contribuam para diagnosticar ou solucionar problemas de ordem social,
econômica ou ambiental.
Equilíbrio Químico

Reações Reversíveis

A maioria das reações químicas acontecem em dois sentidos:

1. No sentido dos produtos – reação direta;

2. No sentido dos reagentes – reação inversa.

Reação reversível é aquela que se processa simultaneamente nos dois


sentidos. Ou seja, ao reagirem entre si, os reagentes formam os produtos, e
estes, à medida que se formam, reagem entre si, e regeneram os reagentes.
Tão logo a reação direta começa, a reação inversa também se inicia,
chegando a um determinado momento em que suas velocidades se igualam.
Neste ponto, a concentração dos reagentes e produtos não mais se altera e diz-
se que o sistema atingiu o equilíbrio químico.
Considere a reação, e a variação da concentração de seus reagentes e
produtos com o passar do tempo:

FELTRE, 2006.

Veja que, dos 40 aos 60 min, as concentrações não mudam — dando a


entender que, a partir desse ponto, permanecerão inalteradas.
Os valores dessa tabela podem ser traduzidos no seguinte gráfico:

FELTRE, 2006.
As velocidades das reações direta e inversa podem ser assim
representadas:

FELTRE, 2006.
FELTRE, 2006.

V1 = V2  sistema em equilíbrio

FELTRE, 2006.

É importante notar que toda reação reversível chega necessariamente a


um estado de equilíbrio, embora isso possa demorar um tempo maior ou menor;
desse modo, uma reação reversível nunca será completa.
Assim, surgem duas grandezas capazes de medir a extensão de uma
reação reversível:

 Grau de equilíbrio (α);

FELTRE, 2006.

 Constante de equilíbrio (K).

FELTRE, 2006.
Deslocamento de equilíbrio

Equilíbrios, desequilíbrios e reequilíbrios ocorrem freqüentemente em


fenômenos físicos, químicos e biológicos. Um exemplo dessas variações de
equilíbrio pode ser dado por um sistema de vasos comunicantes contendo água:

FELTRE, 2006.

Toda reação reversível tende para um estado de equilíbrio. Atingido o


equilíbrio, as velocidades das reações direta e inversa permanecem iguais; em
conseqüência, a reação química fica como se tivesse parado e as quantidades de
reagentes e produtos não mais se alteram. Em outras palavras, a partir do
instante de equilíbrio, o rendimento da reação permanece fixo.
Por que pode ser útil perturbar o equilíbrio de uma reação?
Ao deslocarmos o equilíbrio pra direita, por exemplo, estaríamos
aumentando o rendimento de uma reação.
“Deslocamento do equilíbrio é toda e qualquer alteração da
velocidade da reação direta ou da reação inversa, provocando modificações
nas concentrações das substâncias e levando o sistema a um novo estado
de equilíbrio.”
Equilíbrio deslocado para a direita

Equilíbrio deslocado para a esquerda

Os dois acontecimentos são porém passageiros, pois o sistema sempre


caminhará para um novo equilíbrio.
Princípio de Le Chatêlier

“Quando um fator externo age sobre um sistema em equilíbrio, este se


desloca, procurando minimizar a ação do fator aplicado.”

Os fatores externos que podem deslocar um equilíbrio químico são:

 alteração das concentrações de um ou mais participantes do equilíbrio;


 alteração da pressão total sobre o sistema;
 alteração da temperatura do sistema.

Influência das concentrações dos participantes do equilíbrio

 Adicionando qualquer participante, o equilíbrio se desloca no sentido de


consumi-lo (tendendo a minimizar o efeito da adição);
 Retirando qualquer participante, o equilíbrio se desloca no sentido de recolocá-
lo (tendendo a minimizar o efeito da retirada).

Exemplo:

FELTRE, 2006.
FELTRE, 2006.

Influência da pressão total sobre o sistema

Vamos considerar, por exemplo, a síntese do amoníaco:

O que acontece se aumentarmos a pressão total durante a síntese do


amoníaco?
A tabela e o gráfico abaixo resumem alguns dados experimentais, obtidos
à temperatura constante de 450 °C:

FELTRE, 2006.
FELTRE, 2006.
FELTRE, 2006.

 O aumento da pressão total desloca o equilíbrio no sentido de menor volume,


pois a redução no volume minimiza o efeito da pressão aplicada;
 A redução da pressão total desloca o equilíbrio no sentido de maior volume,
pois o aumento de volume minimiza a redução da pressão.

Influência da temperatura

A variação da temperatura provoca variações nos valores de K p e Kc. Por


exemplo:

Nesse equilíbrio, sob pressão total constante de 100 atm, determinaram-


se experimentalmente os valores de Kc em função da temperatura, de acordo
com a tabela abaixo.

FELTRE, 2006.

FELTRE, 2006.
Todos os fatos que acabamos de expor podem ser generalizados a
partida própria síntese do NH3, que é uma reação exotérmica:

FELTRE, 2006.

 O aumento da temperatura desloca o equilíbrio no sentido


endotérmico (de modo que a absorção de calor pela reação venha a minimizar a
elevação da temperatura);
 A diminuição da temperatura desloca o equilíbrio no sentido
exotérmico (de modo que a liberação de calor pela reação venha a minimizar a
diminuição da temperatura).

FELTRE, 2006.

Influência do catalisador

Quando a reação é reversível, a influência do catalisador se faz sentir


tanto na reação direta como na reação inversa, como mostra o gráfico abaixo.
Aumentando por igual as velocidades das reações direta e inversa, o
catalisador diminui o tempo necessário para atingir o equilíbrio, mas não
altera o próprio estado de equilíbrio, isto é, não altera o rendimento obtido no
processo nem o valor das constantes de equilíbrio (Kc e Kp).
FELTRE, 2006.

FELTRE, 2006.

Quadro resumo acerca do deslocamento de equilíbrio

FELTRE, 2006.
2. ESTEQUIOMETRIA

Lei da conservação da massa

A lei da conservação da massa, ou lei de Lavoisier, diz que, em um sistema


fechado, a massa total dos produtos é a mesma dos reagentes.
Em outras palavras: em uma reação química, não ocorre criação nem
formação de novos átomos, apenas um rearranjo entre os átomos que já
estavam ali antes.

Cálculo Estequiométrico

Tanto no laboratório como na indústria química, é muito importante


calcular as quantidades das substâncias que são utilizadas ou produzidas nas
reações químicas.

Aliás, esse cálculo é importante também em nosso cotidiano. Ao


preparar um bolo, por exemplo, devemos misturar os ingredientes (farinha,
ovos, açúcar etc.) numa proporção adequada. Caso contrário, ao levar o bolo
ao forno, a reação química que aí se processa não atingirá o resultado
desejado.

De modo geral, esses cálculos são simples. Por exemplo, se fizermos


a seguinte pergunta:
“Se, para preparar um bolo, precisamos de 3 ovos, então quantos ovos serão
necessários para preparar dois bolos?
Qualquer pessoa responderá “de cabeça”: 6 ovos. Esse é um cálculo
típico entre duas grandezas (bolos e ovos) diretamente proporcionais.
Essa é também a ideia fundamental do cálculo estequiométrico.

Cálculo estequiométrico ou estequiometria (do grego:


stoikheion, elemento; metron, medição) é o cálculo das quantidades de
reagentes e/ou produtos das reações químicas feito com base nas leis
das reações e executado, em geral, com o auxílio das equações
químicas correspondentes.

O cálculo estequiométrico é uma decorrência das leis das reações


químicas e da teoria atômico molecular. Nesse cálculo, são utilizadas,
normalmente, as informações quantitativas existentes na própria equação que
representa a reação química. Por exemplo:
FELTRE, 2006.

De acordo com as leis das reações, as proporções acima são constantes,


permitindo a montagem de uma regra de três para calcular as quantidades
envolvidas na reação. Por exemplo:

FELTRE, 2006.

Sendo assim, o cálculo das quantidades que reagem e são produzidas é


facílimo (!!!), quando feito em mols. Por exemplo, se fosse perguntado quantos
mols de NH3 são produzidos a partir de 10 mols de N2 , bastaria “olhar” para as
relações acima e responder “de cabeça” que são produzidos 20 mols de NH3 .
Esse cálculo é traduzido matematicamente pela seguinte regra de três:

FELTRE, 2006.

Veja que, no cálculo acima, usamos uma regra matemática: “Entre


grandezas diretamente proporcionais, a multiplicação ‘em cruz’ dará produtos
iguais”.
Generalizando, o cálculo estequiométrico (ou seja, a regra de três) poderá
ser feito em outras unidades — gramas, quilogramas, toneladas, número de
moléculas etc. Bastará “traduzir” a quantidade de mols que aparece na equação
química para a unidade que for mais conveniente à resolução do problema.

Regras fundamentais

1ª) Escrever a equação química mencionada no problema;


2ª) Balancear ou acertar os coeficientes dessa equação (lembre-se de que os
coeficientes indicam a proporção em mols existente entre os participantes da
reação);
3ª) Estabelecer uma regra de três entre o dado e a pergunta do problema,
obedecendo aos coeficientes da equação, que poderá ser escrita em massa, ou
em volume, ou em mols, conforme as conveniências do problema.

Exemplo 1: Quantos mols de ácido clorídrico são necessários para produzir 23,4
gramas de cloreto de sódio?
(Massas atômicas: Na = 23; Cl = 35,5)

Exemplo 2: Quantas moléculas de gás carbônico podem ser obtidas pela


queima completa de 4,8 g de carbono puro? (Massa atômica: C = 12, O =
16)
Exemplo 3: Quais são as massas de ácido sulfúrico e hidróxido de sódio
necessárias para preparar 28,4g de
sulfato de sódio? (Massas atômicas: H = 1; O = 16; Na = 23; S = 32)

EXERCITANDO I

[QUESTÃO 1 – INEP 2022] Uma transformação química que acontece durante o


cozimento de verduras e vegetais, quando o meio está ácido, é conhecida como
feofitinização, na qual a molécula de clorofila (cor verde) se transforma em
feofitina (cor amarela). Foi realizado um experimento para demonstrar essa
reação e a consequente mudança de cor, no qual os reagentes indicados no
quadro foram aquecidos por 20 minutos.

Finalizado o experimento, a cor da couve, nos béqueres 1, 2 e 3,


respectivamente, será:

a) verde, verde e verde


b) Amarela, verde e verde
c) verde, amarela e verde
d) amarela, amarela e verde
e) verde, amarela e amarela

[QUESTÃO 2 – INEP 2020] Para garantir que produtos eletrônicos estejam


armazenados de forma adequada antes da venda, algumas empresas utilizam
cartões indicadores de umidade nas embalagens desses produtos. Alguns
desses cartões contêm um sal de cobalto que muda de cor em presença de
água, de acordo com a equação química:

CoCl2(s) + 6H2O(g) ⇆ CoCl2.6H2O(s) ∆H < 0


(azul) (rosa)

Como você procederia para reutilizar, num curto intervalo de tempo, um cartão
que já estivesse com a coloração rosa?

a) Resfriaria no congelador.
b) Borrifaria com spray de água.
c) Envolveria com papel alumínio.
d) Aqueceria com secador de cabelos.
e) Embrulharia em guardanapo de papel.

[QUESTÃO 3 – INEP 2021] Um marceneiro esqueceu um pacote de pregos ao


relento, expostos à umidade do ar e à chuva. Com isso, os pregos de ferro, que
tinham a massa de 5,6 g cada, acabaram cobertos por uma camada espessa de
ferrugem (Fe2O3 ˑ H2O), uma substância marrom insolúvel, produto da oxidação
do ferro metálico, que ocorre segundo a equação química:
2 Fe (s) + 3/2 O2 (g) + H2O (l) → Fe2O3 ˑ H2O (s)

Considere as massas molares (g/mol): H = 1; O = 16; Fe = 56.


Qual foi a massa de ferrugem produzida ao se oxidar a metade (50%) de um
prego?
a) 4,45 g b) 8,90 g c) 17,80 g d) 72,00 g e) 144,00 g

EXERCITANDO II

[QUESTÃO 4 – ENEM 2009] Sabões são sais de ácidos carboxílicos de cadeia


longa utilizados com a finalidade de facilitar, durante processos de lavagem, a
remoção de substâncias de baixa solubilidade em água, por exemplo, óleos e
gorduras. A figura a seguir representa a estrutura de uma molécula de sabão.
Em solução, os ânions do sabão podem hidrolisar a água e, desse modo, formar
o ácido carboxílico correspondente. Por exemplo, para o estearato de sódio, é
estabelecido o seguinte equilíbrio:

Uma vez que o ácido carboxílico formado é pouco solúvel em água e menos
eficiente na remoção de gorduras, o pH do meio deve ser controlado de maneira
a evitar que o equilíbrio acima seja deslocado para a direita.

Com base nas informações do texto, é correto concluir que os sabões atuam de
maneira:
a) mais eficiente em pH básico.
b) mais eficiente em pH ácido.
c) mais eficiente em pH neutro.
d) eficiente em qualquer faixa de pH.
e) mais eficiente em pH ácido ou neutro.

GABARITO COMENTADO

A questão afirma “o pH do meio deve ser controlado de maneira a evitar que o


equilíbrio acima seja deslocado para a direita.”

Se o intuito é evitar o deslocamento para a direito, devemos, através do pH,


deslocá-lo para a esquerda, o que pela equação descrita, pode ser alcançado
acrescentando-se OH-, isto é, elevando-se o pH do meio, tornando-o mais
básico.
Opção correta: item a.

[QUESTAO 5 - Enem 2015] Hipoxia ou mal das alturas consiste na diminuição


de oxigênio (O2) no sangue arterial do organismo. Por essa razão, muitos atletas
apresentam mal-estar (dores de cabeça, tontura, falta de ar) ao praticarem
atividade física em altitudes elevadas. Nessas condições, ocorrerá uma
diminuição na concentração de hemoglobina oxigenada (HbO 2) em equilíbrio no
sangue, conforme a relação:
A alteração da concentração de hemoglobina oxigenada no sangue ocorre por
causa:

a) da elevação da pressão arterial.

b) do aumento da temperatura corporal.

c) da redução da temperatura do ambiente.

d) da queda da pressão parcial de oxigênio.

e) da diminuição da quantidade de hemácias."

GABARITO COMENTADO

Em altitudes elevadas, a pressão atmosférica diminui, e por consequência,


diminui também a disponibilidade de O2 (pressão parcial do O2). Pelo equilíbrio
dado na questão, ao se diminuir a disponibilidade de O2, desloca-se o equilíbrio
para a esquerda, diminuindo, portanto, a concentração de hemoglobina no
sangue, levando à hipóxia.

Opção correta: item d.

[QUESTÃO 6 – INEP 2021] A obtenção de etanol utilizando a cana-de-açúcar


envolve a fermentação dos monossacarídeos formadores da sacarose contida
no melaço. Um desses formadores é a glicose (C 6H12O6 ), cuja fermentação
produz cerca de 50 g de etanol a partir de 100 g de glicose, conforme a equação
química descrita.

Em uma condição específica de fermentação, obtém-se 80% de conversão


em etanol que, após sua purificação, apresenta densidade igual a 0,80 g/mL. O
melaço utilizado apresentou 50 kg de monossacarídeos na forma de glicose.
O volume de etanol, em litro, obtido nesse processo é mais próximo de

a) 16
b) 20
c) 25
d) 64
e) 100
GABARITO COMENTADO

A questão solicita o volume de etanol produzido em uma processo de


fermentação de melaço, composto por uma massa de monossacarídeos. Como
dados, a questão fornece a relação estequiométrica entre as massas de glicose
– representando os monossacarídeos de forma geral, e de etanol (100:50); a
densidade do etanol (08 g/mL) – com a qual calculamos o volume do mesmo; e
o rendimento da reação – 80%.

Com a relação estequiométrica, calculamos a massa de etanol produzida,


partindo-se de 50kg de monossacarídeos

Como o rendimento da reação é de 80%, aplicamos esse percentual ao valor


calculado para o etanol:

25 kg x 80% = 20 Kg

20 kg é o valor obtido de etanol, a partir do qual, juntamento com a densidade,


calcularemos o volume:

d = m/V  d = 0,8 g/mL ou 0,8 kg/L  0,8 kg/L = 20 kg/V  V = 25 L

Opção correta: item c.

[QUESTÃO 7 – INEP 2021] O consumo excessivo de sal de cozinha é


responsável por várias doenças, entre elas a hipertensão arterial. O sal rosa é
uma novidade culinária pelo seu baixo teor de sódio se comparado a de outros
sais. Cada 1 g desse sal contém cerca de 230 mg de sódio contra os cerca de
400 mg de sódio encontrados nessa mesma quantidade de um sal de cozinha
tradicional. Estima-se que no Brasil a dose diária de consumo de sal de cozinha
seja de 12 g, e a dose máxima recomendada é de menos de 5 g por dia.
Considere a massa molar do sódio igual a 23 g/mol.

MILL, J. G. et al. Estimativa do consumo de sal pela população brasileira:


resultado da Pesquisa Nacional de Saúde 2013. Rev. Bras. Epidemiol.,
n. 22, 2019 (adaptado).

Considerando-se a dose estimada de consumo de sal de cozinha no Brasil, em


30 dias um indivíduo que substituir o sal de cozinha tradicional pelo sal rosa
promove uma redução na quantidade de sódio ingerida, em mol, mais próxima
de:

a) 1,1
b) 2,7
c) 3,6
d) 6,3
e) 9,9

GABARITO COMENTADO

Ao substituir o sal de cozinha pelo sal rosa, a cada grama deste sal consumido,
deixa-se de consumir 170 mg de sódio (400-230). Considerando a média diária
brasileira de consumo de sal como sendo 12 g, a substituição pelo sal rosa
diminui o consumo de sódio em 2,04 g por dia e 61,2 g por mês.
Transformando-se essa massa em mols, tem-se:

61,2 g x 1mol/23 g = 2,66 mols

Opção correta: item b.

[QUESTÃO 8 – ENEM 2015] O cobre presente nos fios elétricos e instrumentos


musicais é obtido a partir da ustulação do minério calcosita (Cu 2S). Durante esse
processo, ocorre o aquecimento desse sulfeto na presença de oxigênio, de
forma que o cobre fique “livre” e o enxofre se combine com o O 2 produzindo SO2,
conforme a equação química:

As massas molares dos elementos Cu e S são, respectivamente, iguais a 63,5


g/mol e 32 g/mol.
CANTO, E. L. Minerais, minérios, metais: de onde vêm?, para onde vão? São Paulo: Moderna,
1996 (adaptado).
Considerando que se queira obter 16 mols do metal em uma reação cujo
rendimento é de 80%, a massa, em gramas, do minério necessária para
obtenção do cobre é igual a:

a) 955.
b) 1018.
c) 1590.
d) 2035.
e) 3180.

GABARITO COMENTADO

A questão quer saber qual a massa de minério de cobre - Cu 2S – necessária


para a obtenção de 16 mols de Cu, supondo-se um processo de 80% de
rendimento.
Como a questão já fornece a equação química corretamente balanceada,
percebemos que a relação entre Cu2S e Cu é de 1:2.

Em um processo cujo rendimento é 80% (ou 0,8), para se obter 16 mol de Cu,
deve-se partir de uma quantidade de reagentes capaz de fornecer 20% a mais
de produtos. Para isso, multiplicamos o resultado que se quer obter pelo próprio
rendimento: 16 x 0,8 = 20 mols de Cu.

Assim, trabalharemos com a proporção capaz de fornecer 20 mols de Cu (pois


com rendimento de 80%, ao final, restará 16 mols de Cu), que pela relação 1:2
vista na equação, requer, portanto, 10 mols de Cu2S.

A massa molar do Cu2S é de 63,5 x 2 + 32 = 159 g/mol. Sendo necessários 10


mols, tem-se a massa de 1590 g.

Opção correta: item C.

GABARITO EXERCITANDO I

1- C; 2 – D; 3 - A

Você também pode gostar