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CURSO TÉCNICO INTEGRADO EM INFORMÁTICA

PROFESSOR: ULYSSES VIEIRA


DISCIPLINA: QUÍMICA II
ASSUNTO: TERMOQUÍMICA
TÍTULO: OS CALORES NAS TRANSFORMAÇÕES QUÍMICAS E NAS MUDANÇAS DE ESTADO FÍSICO.
PRÁTICA Nº 01
ALUNAS (OS):__________________________________________________________________.

INTRODUÇÃO
Conhecer sistematicamente os calores ou as entalpias de reação e de mudanças de estado físico é uma
importante tarefa realizada pelos químicos e que pode ajudar as pessoas a decidir entre diferentes combustíveis
e alimentos.
Na atividade que segue, vamos utilizar uma forma de determinar entalpias de reação e de mudanças de
estado físico com o objetivo de obter dados sobre diferentes combustíveis, alimentos e materiais. Para determinar
esses valores, será usada a expressão que relaciona calor à variação de temperatura e à massa do sistema medidas
à pressão atmosférica constante (Q = m x cp x ΔT), para medir a variação de entalpia para algumas reações
químicas e mudanças de estado físico. Obteremos essas variações de entalpia por meio de medidas de
temperatura numa quantidade de água que se situa na vizinhança do sistema e recebe fluxo de calor a partir dele.
Esperamos que esses experimentos contribuam para vocês possam entender um pouco mais sobre a energia
envolvida nas reações químicas e mudanças de estado físico.
Cada grupo de alunos deverá trabalhar na determinação da entalpia de reação ou da entalpia de
solidificação de um dos tipos de material relacionados a seguir:
COMBUSTÍVEIS COMPOSTOS QUÍMICOS

ALIMENTOS
A seguir, estão relacionadas as atividades que deverão fazer em cada caso. Ao final, deverão apresentar os seus
dados e o resultado das discussões sugeridas para toda a turma. Tentem realizar a atividade da forma mais
independente possível. Façam os cálculos, analisem os resultados obtidos, comparem com os valores tabelados
e, se necessário, retornem ao laboratório para refazer algumas medidas.

PARTE A – DETERMINANDO O CALOR DE COMBUSTÃO DO ÁLCOOL ETÍLICO (ETANOL) E


DO QUEROSENE
O procedimento experimental descrito a seguir refere-se à determinação do calor de combustão do etanol.
Para determinar o calor de combustão do querosene, sigam o mesmo procedimento, usando querosene no lugar
do etanol. Para resolver as questões, procurem os dados relativos ao querosene. Lembrem-se de que, ao contrário
do etanol, o querosene é uma mistura, e vocês deverão fazer aproximações quanto a massa molar, calor de
combustão, etc.
MATERIAL
Equipamentos
Balança, lamparina, termômetro, suporte universal, garra, tripé, tela de amianto, fita crepe, folhas de jornal.
Vidraria
Erlenmeyer de 250 mL, proveta de 50 mL.
Substâncias=ingredientes
Álcool etílico ou querosene.
Procedimento Experimental
1. Preparem a lamparina colocando quantidade suficiente de álcool etílico para que a combustão possa ser
realizada. Coloquem uma quantidade razoável, pois é importante perceber uma diferença de massa após a
combustão ter sido realizada.
2. Determinem a massa do sistema álcool + lamparina antes da combustão e anotem______.
3. Determinem a massa do erlenmeyer vazio e anotem_______.
4. Pesem 100 g de água em um erlenmeyer. Envolvam as paredes laterais do erlenmeyer com jornal e prendam
com fita crepe. Prendam-no no suporte utilizando a garra.
5. Meçam a temperatura da água e anotem o valor.
6. Acendam a lamparina e coloquem-na sobre o suporte na tela de amianto, para aquecer a água durante
aproximadamente durante 5 minutos. Após esse tempo, apaguem a lamparina e meçam a temperatura da água,
anotando seu valor. Deixem a lamparina esfriar e determinem a massa do sistema álcool + lamparina após a
combustão.
DADOS:
i) Para calcular a massa do álcool etílico utilizada – málcool = minicial – mfinal.
ii) Para calcular o calor de combustão em cal/g de álcool etílico – Q = (mágua x 1 cal x g-1 x °C-1 x ΔT) + (merlenmeyer
x 0,2 cal x g-1 x °C-1 x ΔT) / málcool. Em que mágua é a massa da água, merlenmeyer é a massa do erlenmeyer vazio,
málcool é a massa de álcool utilizada no experimento e ΔT é a variação de temperatura sofrida pela água em
consequência do aquecimento.
iii) A primeira expressão entre parênteses corresponde à parte do calor de combustão do álcool, ao passo que a
segunda expressão entre parênteses corresponde ao que foi gasto com o aquecimento do erlenmeyer.

QUESTÕES
a) Escrevam a equação que representa a reação de combustão do etanol.
b) Vocês calcularam o calor de combustão do álcool etílico em cal/g. Considerando que a massa molar do álcool
etílico é 46 g/mol, calculem o valor do calor de combustão em kcal/mol.
c) Considerando que 1 cal = 4,18 J, calculem o valor do calor de combustão do álcool etílico em kJ/mol.
d) O valor tabelado do calor de combustão do álcool é – 1.369 kJ/mol. Comparem e discutam sobre esses valores.
e) Por que o calor de combustão tem um sinal negativo?
f) Qual a função do jornal usado para envolver as paredes laterais do erlenmeyer?
g) Representem a variação de entalpia do etanol por meio de um diagrama.
h) Preparem uma apresentação para socializar os resultados com a turma.
PARTE B – ESTIMANDO A QUANTIDADE DE ENERGIA FORNECIDA PELOS ALIMENTOS
Os alimentos fornecem várias substâncias importantes para nossa sobrevivência, como proteínas,
carboidratos, gorduras, fibras, etc. Gorduras e carboidratos são nossas principais fontes de energia. Essas
substâncias são metabolizadas em nosso organismo, que delas obtém a energia necessária para nos manter vivos
e ativos. Quando comemos mais alimentos do que precisamos, nosso organismo acumula o excesso sob a forma
de gorduras, cuja presença no organismo é importante, mas que em excesso podem causar obesidade e vários
problemas de saúde. O balanço entre o consumo e o gasto de energia é, portanto, essencial para uma dieta sadia.
Nesta atividade, vamos calcular a quantidade de energia que um grão de amendoim pode fornecer ao
corpo. Para isso, vamos queimar um grão de amendoim e usar o calor produzido nesse processo para aquecer
uma quantidade conhecida de água. Com a variação da temperatura da água será possível calcular a energia
fornecida pelo amendoim. Ao fazerem seus cálculos, considerem que as gorduras são responsáveis por cerca de
55% da composição do amendoim.
Para determinar a energia fornecida por uma castanha – do – pará e por uma castanha de caju, sigam o
mesmo procedimento. Ao fazerem seus cálculos, considerem que as gorduras são responsáveis por cerca de 74%
da composição desses dois tipos de castanha.
MATERIAL
Equipamentos
- Lata de leite em pó vazia, clipes de papel, abridor de latas, balança, lamparina, termômetro, suporte universal,
garra, tripé, tela de amianto, fita crepe, folhas de jornal.
*Devem remover a tampa e o fundo da lata, e fazer pequenas aberturas nas laterais na parte inferior para a entrada do ar. Envolvam essa lata com jornal
para obter um melhor resultado.
Vidraria
Erlenmeyer de 125 mL, proveta de 50 mL.
Substâncias=ingredientes
Amendoim, castanha de caju e castanha-do-pará.
Procedimento Experimental
1. Pesem um grão de amendoim sem casca. Anotem o valor da massa.
2. Pesem 100 g de água e transfiram para o erlenmeyer que está dentro da lata.
3. Com o clipe, façam um suporte para o amendoim.
4. Prendam o erlenmeyer com a garra, presa ao suporte, de modo que possa ficar próximo (2 cm) do amendoim.
5. Meçam e anotem no caderno a temperatura da água dentro do erlenmeyer.
6. Coloquem o amendoim sob a tela de amianto e aproximem uma chama, de modo que o amendoim comece a
queimar.
7. Coloquem o termômetro dentro da água contida no erlenmeyer e observem o aumento da temperatura. Anotem
o valor da temperatura ao final da queima. Qual foi a temperatura de variação da água?
DADOS:
i) Para calcular o calor de combustão em cal/g do amendoim – Q = (mágua x 1 cal x g-1 x °C-1 x ΔT) + (merlenmeyer
x 0,2 cal x g-1 x °C-1 x ΔT). Em que mágua é a massa da água, merlenmeyer é a massa do erlenmeyer vazio e ΔT é a
variação de temperatura sofrida pela água em consequência do aquecimento.
ii) A primeira expressão entre parênteses corresponde à parte do calor de combustão do amendoim, ao passo que
a segunda expressão entre parênteses corresponde ao que foi gasto com o aquecimento do erlenmeyer.
QUESTÕES
a) Calculem a quantidade de energia, em calorias, fornecida pelo amendoim, considerando a porcentagem de
gorduras em sua composição.
c) Calculem a quantidade de energia por grama de amendoim.
d) Sabendo que uma pessoa do sexo masculino que trabalha numa atividade sedentária gasta, em média, 2.300
kcal por dia, calculem a quantidade de amendoim, em g, que forneceria essa energia para essa pessoa.
e) A queima do amendoim é uma reação química? Por quê?
f) Por que o calor de combustão tem um sinal negativo?
g) Qual a função da lata nesse experimento?
h) Qual a função do jornal usado para envolvê-la?
i) Por que foi necessário fazer aberturas laterais na lata?
j) Preparem uma apresentação para socializar os resultados com a turma.
PARTE C – DETERMINANDO O CALOR DE SOLIDIFICAÇÃO DA NAFTALINA
Nesta atividade vocês determinarão o calor de solidificação da naftalina, a partir da variação de
temperatura de uma massa conhecida de água pela introdução de um tubo de ensaio com naftalina líquida na
temperatura de ebulição.
O procedimento experimental descrito a seguir refere-se à determinação do calor de solidificação da
naftalina. Para determinar o calor de solidificação da cânfora, siga o mesmo procedimento.
MATERIAL
Equipamentos
Balança, chapa aquecedora, termômetro, fita crepe, folhas de jornal.
Vidraria
Tubo de ensaio grande, dois béqueres de 250 mL, proveta de 50 mL.
Substâncias=ingredientes
Naftalina e cânfora.
Procedimento Experimental
1. Transfiram 150 mL de água para um béquer (béquer 1) de 250 mL.
2. Adicionem água até 2/3 no outro béquer (béquer 2) de 250 mL e coloquem esse béquer para aquecer na chapa.
3. Pesem na balança 5 bolinhas de naftalina.
4. Coloquem-nas, previamente trituradas, em um tubo de ensaio e disponham o tubo em banho-maria na
previamente aquecida no béquer 2, até que toda a naftalina sólida se transforme em líquido. Não continuem a
aquecer a naftalina líquida.
5. Utilizando um termômetro, meçam a temperatura da água que está no béquer 1 e anotem.
6. Assim que toda a naftalina tiver se transformado em líquido, retirem o tubo de ensaio do banho-maria e
deixem-no esfriar. Deixem a naftalina resfriar até que perceba o primeiro sinal de turvação, que indica que a
solidificação está começando. Imediatamente, coloquem o tubo de ensaio com a naftalina no béquer 1. Tenham
cuidado de garantir que a naftalina dentro tubo esteja abaixo do nível da água. Agitem a água continuamente
usando o próprio tubo de ensaio. Observem a temperatura da água até ela atingir um valor máximo, o que deve
coincidir com a solidificação de toda a naftalina dentro do tubo. Anotem esse valor.
DADOS:
i) Para calcular o calor de solidificação em cal/g da naftalina – Q = (mágua x 1 cal x g-1 x °C-1 x ΔT) + (mtubodeensaio
x 0,2 cal x g-1 x °C-1 x ΔT). Em que mágua é a massa da água, mtubodeensaio é a massa do tubo de ensaio vazio e ΔT
é a variação de temperatura sofrida pela água em consequência do aquecimento.
ii) A primeira expressão entre parênteses corresponde à parte do calor de solidificação da naftalina, ao passo que
a segunda expressão entre parênteses corresponde ao que foi gasto com o aquecimento do tubo de ensaio.
QUESTÕES
a) O valor tabelado do calor de solidificação da naftalina é -35,06 cal/g. Comparem esse valor como resultado
obtido pelo seu grupo e discutam as possíveis causas de erro no experimento que podem ter levado a um valor
diferente.
b) Por que o calor de solidificação da naftalina tem um sinal negativo?
c) Qual seria o valor do calor de fusão da naftalina?
d) Por que é possível dizer que o calor de solidificação da naftalina tem o mesmo valor da variação de entalpia
para o processo de fusão da naftalina?
e) Representem a variação de entalpia no processo de solidificação da naftalina por meio de um diagrama.
f) Preparem uma apresentação para socializar os resultados com a turma.

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