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31/01/2023 21:36 Gestão de recursos financeiros

Gestão de recursos financeiros


Prof. Matheus Moura

Descrição Introdução dos conceitos básicos de Finanças, gestão de recursos financeiros para geração de riqueza e funções da moeda.

Propósito Os conhecimentos sobre a história da moeda e suas principais funções, assim como a capacidade de captar e aplicar recursos
adequadamente, fornecem a base fundamental para o profissional que deseja atuar no ramo de Finanças e participar na gestão de
recursos financeiros.

Objetivos

Módulo 1 Módulo 2 Módulo 3

Funções da moeda Captação de recursos Gasto de investimento e conceitos


financeiros
Reconhecer as funções da moeda. Identificar formas de aplicação e captação de recursos.

Distinguir gasto de investimento com base na definição


de conceitos financeiros.

meeting_room Introdução
A globalização permitiu que as pessoas pudessem compartilhar diversos conhecimentos e implementar práticas
mais eficientes. Dessa forma, a inovação em diversos setores tem sido constante. Nesse sentido, a área financeira
tem obtido destaque por impulsionar profissionais a buscarem novas formas de especialização.

Conceitos financeiros: abordaremos os conhecimentos básicos que são pré-requisito para estudos complexos
fundamentais para profissionais que desejam atuar no ramo de Finanças.

Ativos financeiros, investimentos, alocação de recursos e captação de recursos: abordaremos os conhecimentos


básicos que são pré-requisito para estudos complexos fundamentais para profissionais que desejam atuar no ramo
de Finanças.

Conhecimentos financeiros: o profissional financeiro deve dominar os tópicos valiosos abordados neste conteúdo,
pois estes são a base do conhecimento para gestão de recursos financeiros. Além disso, é válido dar atenção aos
conhecimentos suplementares que sugeriremos ao final deste estudo.

A ideia é que este material possa ajudar em seu crescimento profissional, ressaltando a importância da contínua
sede por sabedoria e a pesquisa por novas informações sobre o tópico Finanças.

1 - Funções da moeda
Ao final deste módulo, você será capaz de reconhecer as funções da moeda.

História da moeda
Na Idade Média existiam, basicamente, três grandes classes:

1. o clero;
2. a nobreza;
3. os servos.

No entanto, nessa época, ainda não existia a ideia de empresa ou de organização.

Então, os servos, na maioria das vezes, eram cidadãos


humildes que plantavam alimentos ou criavam animais e
separavam parte do que produziam para alimentar o clero
e a nobreza, que, em troca, permitiam que eles vivessem
em suas terras.

Enquanto cada classe tinha uma função específica, os


servos eram responsaveis pela produção dos principais
insumos para o clero e a nobreza.

Nesse cenário, surgiu um acontecimento importante: a


melhoria nos meios de transporte! Com o passar do
tempo e com a melhoria nos meios de transporte, que
possibilitavam maiores viagens, as pessoas começaram a
trocar alguns dos insumos produzidos com outros reinos.
Essas trocas foram primordiais para a fundação das
primeiras cidades, como as conhecemos hoje, e ajudaram
no conhecimento e na expansão do mundo.

Inicialmente, este foi o principal meio de comercialização


de mercadoria entre cidadãos, dado que até aquele
momento não havia um meio de troca padronizado para
todos. Ou seja, não existiam cédulas ou moedas.

Escambo e negociociação de mercadorias


Para que você compreenda esse processo, vamos analisar alguns casos.

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Case 1

Enquanto o reino do duque Zé conseguia produzir apenas batatas, o reino vizinho, do conde Chico, tinha muito gado. Então, o duque Zé dava
alguns quilos de batata em troca de algumas cabeças de gado do conde Chico.

Case 1

No entanto, com base neste exemplo, você deve estar se perguntando: como saber quantos quilos de batata deveriam ser trocados por uma
cabeça de gado?

Case 1

Observa-se a equivalência das mercadorias! Assim, apesar de haver muita negociação no processo de escambo para que ambas as partes se
sintam confortáveis em trocar mercadorias, não é possível estabelecer a equivalência exata das mercadorias em unidades de valor (como
real, dólar ou euro, nos dias de hoje).

Independentemente do tempo que se passe negociando termos, um lado sempre sairá com vantagem nas negociações
que envolvem o escambo. Vejamos o segundo caso.

Case 2

Vamos comparar o tempo gasto para cultivar batatas (por volta de 180 dias, dependendo do solo e do clima) e o tempo que leva a gestação
de um bezerro (283 dias). Como é possível constatar, para se ter um bezerro, leva-se quase um ano, enquanto é possível produzir duas
plantações de batata por ano.

Case 2

Você deve ter imaginado que o valor do bezerro deveria ser equivalente ao dobro do valor da plantação de batata, de modo que a troca seria
justa. Porém note que bezerro se tornará vaca, produzirá leite por anos a fio e servirá como carne para alimentar dezenas de pessoas.

Por essa e outras questões, o escambo foi substituído por ser um método falho de negociação.

Desse modo, a criação de uma moeda única, que fosse aceita por todos, era essencial. Diante da necessidade da
compra e venda de produtos, antes usados apenas como subsistência (para consumo próprio), a moeda que hoje
conhecemos surgiu como um instrumento para melhorar a eficiência e a eficácia das trocas de produtos e serviços.

Ao longo dos anos, o feudalismo deixou de existir, dando origem às nações com um poder centralizado e unificado.
Dessa forma, o conceito de moeda foi expandido.

Hoje, há diversas maneiras de se trocar mercadorias com


base em um equalizador financeiro aceito dentro do país,
ou seja, uma moeda única em que todas as mercadorias
ou os serviços se baseiam.

No Brasil, essa moeda é o Real e, nos EUA, o Dólar.

Além disso, com a chegada da internet, foi possível comprar e vender a partir de meios digitais que, instantaneamente,
registram a entrada ou saída de dinheiro da conta, tornando todo o processo mais fácil, ágil, prático e seguro.

Funções da moeda
Observando os avanços históricos da moeda, apresentamos, a seguir, empresas que oferecem compra e venda a partir
de meios digitais, registrando a entrada ou saída de dinheiro na conta de forma segura. Veja:

Amazon

É uma empresa transnacional de tecnologia focada em comércio eletrônico, computação em nuvem, streaming digital e inteligência artificial.
Fundada por Jeff Bezos em julho de 1994, tem sua sede localizada em Seattle, estado de Washington, nos EUA.

Netshoes

Maior site de lifestyle esportivo da América Latina. É guiada pela inovação e conectividade, por isso é referência em serviço, entrega e
qualidade. A marca tem mais de 10 milhões de fãs nas redes sociais e é referência para o varejo digital há mais de 15 anos.

AliExpress

É um serviço de varejo on-line fundado em 2010 e pertencente ao Alibaba Group. O AliExpress é diferente da Amazon, pois atua apenas como
uma plataforma de e-commerce e não vende os produtos diretamente para os consumidores.

Americanas.com

No final do ano de 1999, a empresa Lojas Americanas iniciou a venda de mercadorias através da Internet, criando a controlada indireta
Americanas.com.

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Estamos acostumados a pensar no dinheiro como algo que serve, basicamente, para comprar produtos: bens e/ou
serviços. Produtos são bens (físicos, podemos ver e tocar) e/ou serviços (intangíveis, serviços prestados).

Exemplos de bens:

• celular;
• comida;
• eletrodomésticos.

Exemplos de serviços:

• cabelereiro;
• pedreiro;
• guia turístico.

No entanto, a moeda possui três funções básicas:

Instrumento de trocas expand_more

Esta função define a moeda como um instrumento usado para facilitar uma transação entre duas ou mais
pessoas.

Dessa forma, quando pagamos um jantar no restaurante, quando vendemos um carro, recebemos dinheiro por
prestarmos um serviço qualquer ou pagamos a um amigo por nos ajudar na mudança, estamos exercendo a
função da moeda de instrumento de troca.

Então, sempre que pensar em comprar ou vender algo, você desempenhará a moeda em sua função de troca.

Denominador comum monetário expand_more

Esta função se baseia na ideia de que a moeda coloca todos os produtos ou serviços sob o mesmo denominador
monetário. Caso você planeje viajar para o exterior, esta função também permite saber o preço de determinada
mercadoria estrangeira em moeda nacional, mesmo que o preço original esteja em dólar, euro ou libra.

Quando abordamos esta função da moeda, lembramos o problema que as pessoas tinham no passado, quando
precisavam encontrar uma troca justa no escambo. Como saber se dez peixes que você demorou um dia inteiro
para pescar eram suficientes para trocar por um litro de leite que outra pessoa demorou uma hora para
ordenhar?

Então, essa função proporciona uma maneira para que todos nós saibamos se determinado produto ou serviço
está caro ou barato. Dessa forma, é muito importante entender que uma das funções da moeda é a de ser um
denominador comum de valores.

Reserva de valor expand_more

Suponha que você tenha 20 anos e deseje uma renda mensal de R$5.000,00 quando se aposentar aos 60 anos.
Existem diversas formas para alcançar essa renda. Você pode ter imóveis alugados e receber mensalmente esse
valor de seus inquilinos.

Outra forma seria deter uma grande quantidade de dinheiro aplicada em algum ativo financeiro que gere essa
quantia por mês. No entanto, para conquistar essa renda, é necessário que você junte dinheiro ou receba uma
herança.

Nesses casos, o dinheiro possui uma nova função: a de reserva de valor, isto é, uma quantia que se manterá
quase sempre com o mesmo valor para que você a utilize quando quiser.

A partir da compreensão das principais funções da moeda, é possível tomar decisões mais esclarecidas a respeito da
gestão de recursos financeiros, seja de forma pessoal ou profissional.

Entender a função que a moeda assume em diferentes situações, tais como compra e venda de mercadorias,
investimento financeiro e equivalência de mercadorias de países diferentes, é um ponto primordial na tomada de
decisão estratégica de todo profissional da área financeira.

Investimentos financeiros

Ainda sobre a funcionalidade da moeda, apresentamos, a seguir, instituições que atuam com investimentos financeiros
e equivalência de mercadorias em diferentes países.

XP Investimentos Banco Central do Brasil


Por meio de assessoria, a XP oferece auxílio aos clientes para Apresenta dados de conversão de moedas.
tomarem as melhores decisões relacionadas aos seus investimentos,
sempre de acordo com seus objetivos e seu perfil de investidores. Efetua o cálculo, que tem caráter informativo, e não substitui as
disposições da norma cambial brasileira para casos específicos de
conversão.

video_library Surgimento e evolução da moeda


Confira agora alguns pontos importantes, como a importância da gestão dos recursos financeiros e o surgimento e a
evolução da moeda, bem como as suas funções.

Falta pouco para atingir seus objetivos.

Vamos praticar alguns conceitos?

Questão 1

Antes de existir uma moeda na sociedade, as pessoas negociavam os seus produtos por meio do método conhecido
como escambo, que se baseava na troca de mercadorias de forma direta. No entanto, ao longo dos anos, esse modelo
de negociação foi substituído por outros mais eficientes e eficazes.

Assinale a alternativa que possui uma crítica válida para a substituição do escambo.

O escambo baseava-se na troca de mercadorias de forma indireta, por exemplo, um pão por moedas
de prata ou ouro, que podiam comprar outras mercadorias. No entanto, como essas moedas não eram
A
aceitas em todo os reinos, os mercadores acabavam ficando limitados aos locais onde tais moedas
poderiam ser usadas.

O escambo não se baseava na troca de mercadorias, mas em uma negociação de uso com prazo
determinado. Por exemplo, o mercador A permitia que o mercador B colhesse frutas em seu pomar
durante o ano, enquanto o mercador A extraía leite da vaca do mercador B. No final do ano, o mercador
B
A devolvia a vaca, e o mercador B deixava de colher frutos do pomar do mercador A. No entanto, essa
prática acabava sempre por apresentar problemas, caso a vaca morresse, o pomar fosse assolado
pela peste ou o trato precisasse ser desfeito antes do período acordado.

O escambo baseava-se na troca de mercadorias de forma direta e baseada no peso, por exemplo,
cinco quilos de batata por cinco quilos de feijão. No entanto, como era possível comparar de forma
C
justa o preço de uma cabeça de gado com outras mercadorias, esse modelo foi rapidamente
descontinuado.

O escambo baseava-se na troca de mercadorias de forma direta, como, por exemplo, um pão por um
saco de arroz. No entanto, como esse modelo de negociação não se fundamentava em moeda única,
D
acabou se tornando um modelo injusto, pois um dos lados sempre acabava levando vantagem na
negociação.

O escambo baseava-se na troca de mercadorias de forma direta com base nos custos de produção de
E cada produto. Contudo, como não era observável a todos se o preço cobrado em moeda única de fato
era justo, um dos lados sempre acabava levando vantagem na negociação.

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Parabéns! A alternativa D está correta.

O escambo era um modelo de troca de mercadorias de forma direta, em que, sem muitas regras definidas, dois ou
mais comerciantes decidiam o que acreditavam ser uma troca justa pelos produtos que possuíam. Dessa forma, era
comum que algum comerciante terminasse a negociação se sentindo desfavorecido. Para encontrar um método mais
justo, foi, então, desenvolvida a moeda, pois, por meio dela, era possível equiparar diversos produtos a uma única
unidade.

Questão 2

A moeda possui três funções: instrumento de troca, denominador comum de valores e reserva de valor. Assinale a
alternativa que apresenta a principal diferença entre a função instrumento de troca e reserva de valor.

Reserva de valor refere-se à função que a moeda possui de comprar ou vender produtos ou serviços,
A enquanto instrumento de troca diz respeito à função que a moeda assume de ter seu valor igual,
evitando que perca, drasticamente, seu poder de compra ao longo dos anos.

Instrumento de troca diz respeito à utilização da moeda para compra ou venda de produtos ou
B serviços, enquanto reserva de valor refere-se à função que a moeda possui de ter seu valor igual,
evitando que perca, drasticamente, seu poder de compra ao longo dos anos.

Reserva de valor refere-se à função que a moeda possui de equiparar todos os produtos ou serviços a
C uma única unidade de valor, enquanto instrumento de troca diz respeito à função que a moeda assume
de ter seu valor igual, evitando que perca, drasticamente, seu poder de compra ao longo dos anos.

Instrumento de troca diz respeito à utilização da moeda para compra ou venda de produtos ou
D serviços, enquanto reserva de valor refere-se à função que a moeda assume de manter produtos e
serviços de diversos países em uma mesma unidade de valor.

Instrumento de troca diz respeito à utilização da moeda para compra ou venda de produtos ou
E serviços, enquanto reserva de valor refere-se à função que a moeda possui de avaliar riquezas
guardadas em sua forma física (por exemplo, imóveis e joias).

Parabéns! A alternativa B está correta.

A principal definição da função instrumento de troca refere-se à necessidade de compra e venda de mercadorias ou
serviços, enquanto reserva de valor destina-se à função que a moeda assume de ter seu valor o mais próximo de
constante ao longo dos anos, isto é, que ela não perca seu poder de compra de forma radical.

2 - Captação de recursos
Ao final deste módulo, você será capaz de identificar formas de aplicação e captação de recursos.

A origem do dinheiro
Vamos aprender conceitos mais avançados da moeda, como os princípios de oferta e demanda, as formas de captação
financeira e os benefícios de se captar recursos de terceiros, bem como utilizar os próprios recursos para financiar
projetos.

Com base nos conhecimentos adquiridos, será possível:

- Entender as principais formas de captação de recursos utilizadas em projetos movidos por empresas e pessoas
físicas.
- Oferecer melhor suporte ao gestor, quando questionado sobre decisões estratégicas da organização dentro da alçada
financeira.

Vamos começar com a seguinte situação: suponhamos que você queira comprar um carro de R$20.000, mas só tenha
R$10.000 guardado. De que maneira você poderia comprá-lo?

Empréstimo ou financiamento

Você pode buscar um empréstimo no banco de R$10.000,00. No entanto, dependendo da taxa de juros, você pagará quase o dobro ao banco, ou
seja, o preço de outro carro. O financiamento é parecido com o empréstimo, mas é para uma finalidade específica. Em um financiamento de
carro, por exemplo, a taxa de juros é menor, mas o carro servirá de garantia: não pagou a prestação? Poderá perder o carro.

Dinheiro guardado

Outra opção é você juntar dinheiro e guardar em casa. Este processo parece bom, mas, dependendo do quanto você pode juntar por mês e da
taxa de juros, é possível que demore anos para comprar o tão sonhado automóvel. Você deixa de investir tal recurso em outro investimento
(custos de oportunidade, pois poderia estar rendendo juros) e o dinheiro perde seu valor no decorrer do tempo (por causa da inflação).

Empréstimo com amigo

Outra opção seria você escolher um amigo em quem confie, que também disponha de R$ 10.000 e queira comprar um carro. A ideia é fazer um
acordo com ele. Na primeira semana, você fica com o carro e, na outra, ele desfruta do automóvel. Assim, vocês podem dividir despesas como
gasolina, revisão, IPVA etc.

Após a análise deste exemplo, é possível entender que existem diversas formas de comprar um carro, uma casa e até
mesmo montar uma empresa. Contudo, essas opções de financiamento são distintas.

Veja, a seguir, as principais diferenças entre ganhar ou captar dinheiro.

Aumento de recursos

Ganhar dinheiro

Quando falamos em aumento de recursos, estamos nos referindo a receber pagamento, seja pela venda de um produto
que você produziu ou por um serviço que você prestou.

Exemplo
Podemos “ganhar dinheiro” comprando canetas a R$1,00 e vendendo na rua a R$2,00, fazendo bolo e vendendo na porta de casa, vendendo o serviço
de eletricista (apenas se você for qualificado para tal) etc.

No exemplo acima, estamos mostrando a ideia de lucro nas operações. Nesse contexto, você já ouviu falar sobre os
conceitos de oferta e demanda?

Devido ao conceito de oferta e demanda, cada forma gera valores diferentes.

close
Demanda Oferta

Conforme afirmam Vasconcellos e Garcia (2008), a demanda Oferta, por sua vez, representa as quantidades que os
pode ser definida como a quantidade de certo bem ou serviço produtores desejam oferecer ao mercado em determinado
que os consumidores desejam adquirir em determinado período.
período.

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Dessa forma, podemos entender que a oferta corresponde a todos os produtos ou serviços disponíveis para a venda,
enquanto a demanda se refere a todas as pessoas com intenção de comprar esses produtos ou serviços.

Atenção!

Os princípios de oferta e demanda tendem a se igualar, pois uma empresa não produzirá mais do que consegue vender, assim como uma pessoa não
comprará mais de um produto depois que comprou o suficiente e se sente satisfeita. No entanto, quando há mais produtos sendo ofertados do que
demanda para eles, os preços tendem a cair. E quando há maior demanda do que produtos ofertados, os preços tendem a aumentar.

Para que fique mais claro, basta entender o primeiro caso:

Case 1

Suponha que você é um empresário do ramo de refrigerantes. No mês de janeiro, dos 100 refrigerantes que você produziu, vendeu apenas 90.
Como você sabe que, caso não os venda logo, estes estragarão (ou seja, você terá prejuízo), prefere vender os 10 refrigerantes que sobraram
mais baratos.

Da mesma forma, se dos 100 refrigerantes que você produziu no mês de janeiro, 150 pessoas quiserem comprar, você poderá aumentar o
preço dos refrigerantes, pois há maior demanda do que refrigerantes ofertados.

Case 1

Então, cabe a você pensar: autônomo ou empregado?

Vale a pena passar o dia inteiro produzindo 10 bolos que custaram R$10,00 cada um para serem feitos e, no final, vender cada um por R$50
reais (o que gera um lucro de R$400,00 por dia)?

Ou você prefere estudar e se qualificar (exatamente como está fazendo agora) e ser contratado por uma empresa que lhe paga os mesmos
R$400,00 por dia (total de R$8.800,00 por mês, antes dos impostos), mas com acesso a outros benefícios?

Cabe a cada um analisar os pontos positivos de ser um empreendedor e montar seu negócio ou oferecer seus serviços
técnicos avançados a uma empresa que lhe pagará o mesmo valor. No final, caberá a você tomar essa decisão por
conta própria.

Captação de recursos
A captação de recursos financeiros é uma forma de conseguir recursos para seus negócios ou investimentos, seja por
meio de terceiros ou dos próprios sócios (no caso da pessoa física, seus recursos).

Exemplo

Suponha que, após ler esta explicação, você decida produzir bolos, e que os negócios tenham dado muito certo. Agora, você está recebendo mais
pedidos do que é capaz de produzir. A única forma para atender a todos esses pedidos é contratando funcionários, comprando um forno novo e se
mudando para um galpão. Você, então, pesquisou e viu que, para fazer esse investimento, precisa de R$100.000,00, mas ainda não tem toda essa
quantia. Isso significa que você precisa captar recursos.

Vejamos, a seguir, algumas formas de captação:

attach_money Investimento de família ou amigos

Nesta opção, será necessário preparar uma apresentação formal que deixe bem claro seu objetivo, aonde sua
empresa vai chegar e quanto ela vai render. Tente vender a ideia para as pessoas que você conhece. Caso elas se
interessem em investir na sua ideia, existem diversas formas de fazer um acordo. Seu familiar ou amigo podem ser
seus sócios e ficar com uma porcentagem da empresa ou até mesmo lhe emprestar com o acréscimo de uma taxa
de juros.

attach_money Empréstimos em bancos

Caso a opção anterior não tenha dado certo, é possível ir aos bancos e solicitar um empréstimo. O banco analisará
seu histórico financeiro e verá se você tem condições de pagá-lo. Se sua ideia der errado, o banco poderá cobrar
uma taxa de juros mais elevada para compensar o risco.

attach_money Crowdfunding

Esta é uma forma recente de captar dinheiro. Nesta modalidade, é necessário, novamente, preparar uma
apresentação (em vídeo, texto etc.) e postar em sites de crowdfunding. Pessoas ao redor do mundo decidem,
então, emprestar recursos para que você tire sua ideia do papel.

attach_money Empresas de investimento e investidores anjos

Nesta modalidade de captação, empresas ou pessoas qualificadas analisam sua ideia e decidem se investirão ou
não nela.

Empresas de captação de recursos

A seguir, apresentamos algumas empresas que trabalham com tipos de captação. Veja!

Kickante

A Kickante é a plataforma de crowdfunding mais premiada do Brasil.

Nesse espaço, várias pessoas se identificam com um projeto ou um sonho e resolvem apoiá-lo financeiramente para que se realize. Baseado na
economia colaborativa, tem a premissa de que, juntos, todos podem conquistar seus objetivos.

BNDES

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) é um dos maiores bancos de desenvolvimento do mundo e, hoje, o principal
instrumento do Governo Federal para o financiamento de longo prazo e investimento em todos os segmentos da economia brasileira. Para isso,
apoia empreendedores de todos os portes, inclusive pessoas físicas, na realização de seus planos de modernização, de expansão e na
concretização de novos negócios, tendo sempre em vista o potencial de geração de empregos, renda e de inclusão social para o Brasil.

Ágora Investimentos

Um clube de investimentos é formado por um grupo de pessoas que, geralmente, se conhecem e têm objetivos parecidos, que decidem investir
juntas para otimizar tempo e custos, além de formar um capital maior, capaz de acessar melhores oportunidades.

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Shark Thank

Um dos exemplos deste tipo de investimento é o programa Shark Tank, no qual empreendedores mostram seus negócios ou ideias a uma banca
de empreendedores ricos e inteligentes que decidem se vão investir neles.

Recurso próprio ou de terceiros


Existe uma grande diferença entre usar o próprio dinheiro ou pedir o dinheiro dos outros para investir em algo.

Ao usar recursos próprios, você é o dono de tudo e toma decisões sem a necessidade de consultar
terceiros. Não é bom ser dono do próprio destino?

Usar dinheiro próprio dá a você a liberdade para fazer o que quiser com ele, mas também o risco de ficar sem nada, caso
o negócio não dê certo.

A outra opção, por sua vez, obriga você a ouvir a opinião de terceiros, mas isso também serve como orientação para não
cometer erros.

Veja, a seguir, os principais prós e contras de usar recursos próprios e de terceiros:

Recursos próprios Recursos de terceiros

• Liberdade para tomar qualquer decisão no que diz respeito à


• Arrecadar mais recursos para
Prós empresa.
a empresa.
• Não precisar pagar juros a ninguém.

• Obrigação de pagar juros,


• Assumir sozinho o risco de falência.
caso você tenha obtido
• Não ter alguém para ajudar na melhor tomada de decisão
Contras dinheiro emprestado.
para a empresa, a qual poderia ser compartilhada se houvesse
• Fazer concessões pontuais à
sócios envolvidos.
opinião de outras pessoas.

Elaborada por Matheus Moura

Definição da política de pagamento


Caso você decida pegar um empréstimo no banco ou em outra entidade, é necessário entender as políticas de
recebimento.

Mas, afinal, o que são as políticas de pagamento?

As políticas de pagamento são normas que você se compromete a seguir quando aceita o dinheiro de terceiros. Entre
essas normas, está a quantia que você vai devolver por mês.

Como os economistas adoram dizer: “Não existe almoço grátis!”. Todo mundo quer receber o dinheiro que emprestou e,
na maioria das vezes, com juros, isto é, um pouco mais do que emprestaram.

A fim de não ter nenhuma surpresa no mês seguinte ao do


recebimento do empréstimo, você precisa ler todos os
detalhes do contrato, principalmente no que se refere:

A seguir, vamos tratar brevemente de cada detalhe.

Taxa de juros

Se você emprestar dinheiro para alguém por um ano, concorda que, durante esse período, deixará de realizar outras
atividades com esse dinheiro? Você poderia comprar aquele sapato novo, trocar de celular ou mesmo deixar o dinheiro
rendendo na poupança, certo?

Então, nada mais justo que, após esse período, a pessoa lhe devolva seu dinheiro adicionado de um montante extra.
Esse acréscimo é chamado de juros, e o número usado para o cálculo destes é a taxa de juros. Perceba que existe uma
diferença entre os dois conceitos.

Enquanto a taxa de juros é um percentual (0,5%, 1%, 10%)


usado para calcular quanto o dinheiro vai render, os juros
representam a diferença entre o dinheiro que você
emprestou e o quanto ele rendeu.

Para que fique mais claro, vamos analisar caso a seguir:

Case 2

Suponha que você empreste R$120,00 a um amigo e diga a ele que espera esse dinheiro de volta em um mês à taxa de 10% ao mês. Fazendo
um cálculo (R$120,00 x 10%), sabemos que 10% de R$120,00 é R$12,00. Assim, você emprestou R$120,00 e espera que seu amigo lhe devolva
R$132,00 (R$120,00 + R$12,00). Em outros termos, a taxa de juros foi de 10% ao mês, e os juros do período foram de R$12,00.

Case 2

Saber em detalhes a diferença entre taxa de juros e juros é muito importante para que você não pegue um empréstimo sem entender em
detalhes quanto será cobrado ao final do período, e se a taxa está de acordo com as práticas de mercado.

Por meio de uma rápida análise, é possível identificar os bancos com melhores taxas e, com isso, assessorar o gestor
da empresa sobre onde é mais vantajoso adquirir um empréstimo, por exemplo.

Prazo de pagamento

O prazo de pagamento corresponde ao período estabelecido para a devolução do dinheiro à pessoa que lhe emprestou.

Quando adquirimos um empréstimo, alguns termos são acordados, tais como taxa de juros, juros e prazo de
pagamento. A taxa de juros e o prazo de pagamento influenciam diretamente o valor total que será pago no final do
empréstimo. Por isso, é muito importante que você entenda esses conceitos quando optar por um empréstimo.

Para que fique mais claro, veja a situação a seguir:

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Case 3

Geraldo, um empresário do ramo têxtil, decidiu adquirir um empréstimo no banco para aumentar sua produção. No entanto, como ele
precisava adquirir dinheiro rapidamente, não pesquisou quais bancos ofereciam as melhores condições, mas optou por pegar um empréstimo
em um banco grande perto de sua empresa.

Case 3

Após uma análise de seu negócio, o gerente do banco lhe ofereceu o seguinte empréstimo: R$10.000,00 a uma taxa de 5% ao mês. Mas cabia
a Geraldo escolher a condição de pagamento do empréstimo: em 12 ou 36 meses. Como não entendia do assunto, Geraldo achou que o prazo
de pagamento de 36 meses seria melhor, pois as parcelas seriam menores.

Conforme podemos verificar, o prazo de pagamento é importantíssimo quando decidimos pegar um empréstimo, pois
alguns meses de diferença podem acarretar uma grande soma de dinheiro.

Valor mensal

Por mais que o valor mensal que você pague seja calculado com base no valor que recebeu de empréstimo, na taxa de
juros e no prazo de pagamento, ainda assim, é preciso confirmar o valor que você terá de pagar mensalmente
(trimestralmente, semestralmente, anualmente etc.). Afinal, muitas vezes, nos atentamos apenas ao montante recebido,
à taxa de juros e ao prazo de pagamento, mas esquecemos de verificar o valor que deve ser pago mensalmente.

Dica
Caso não tenha certeza de que pode arcar com o valor mensal de um empréstimo, um empresário corre o risco de ir à falência, pois não tem como
pagar todas as suas despesas mensais acrescidas à mensalidade do empréstimo. Dessa forma, a sugestão é que todos analisem o contrato com
calma e vejam se este apresenta o valor que deve ser pago. Caso o valor não esteja lá, é necessário calculá-lo.

Com base nos conhecimentos adquiridos até o momento, é possível tomar decisões mais seguras referentes a
financiamento por base de empréstimos. Afinal, ao longo da carreira em Finanças, desafios referentes a tomadas de
decisões estratégicas financeiras serão requeridos. O profissional que entende os principais conceitos sobre essa
modalidade de financiamento destaca-se frente a outros que os desconhecem.

video_library Controle da moeda no Brasil e no mundo


Confira o movimento histórico do controle da moeda no Brasil e no mundo, e as formas de captação de recursos
utilizadas por empresas e pessoas.

Falta pouco para atingir seus objetivos.

Vamos praticar alguns conceitos?

Questão 1

Empreendedores precisam decidir se utilizarão recursos próprios ou de terceiros para financiar seus projetos. Assinale
a alternativa que demonstra uma vantagem e uma desvantagem do uso de recursos próprios.

A Liberdade para tomar qualquer decisão sem consultar terceiros e captar recursos de sócios.

Liberdade para tomar qualquer decisão sem consultar terceiros e assumir todo risco de falência
B
sozinho.

Não precisar pagar juros a outras pessoas e mesmo assim poder consultar sócios na tomada de
C
decisão.

Liberdade para tomar qualquer decisão sem consultar terceiros e não precisar pagar juros a outras
D
pessoas.

O uso apenas de recursos próprios aumenta a capacidade de financiamento da empresa, e não é


E
necessário pagar juros.

Parabéns! A alternativa B está correta.

Ao longo da carreira, empresários e gestores precisam tomar decisões financeiras quanto a captar recursos de
terceiros ou usar recursos próprios. Essas duas modalidades possuem vantagens e desvantagens bem estruturadas
que devem ser do conhecimento de um profissional financeiro. Uma vantagem de utilizar recursos próprios é ter
liberdade de tomar as decisões de sua empresa sem fazer concessões às preferências dos sócios. Contudo, uma vez
que você não possui sócios, acabará tendo que assumir todo o risco de falência sozinho sem ter com quem
compartilhar os prejuízos.

Questão 2

Quando escolhemos obter um empréstimo, diversos fatores podem contribuir para o valor final que deverá ser pago.
Qual dos fatores a seguir, com seu respectivo motivo, influencia no valor final a ser pago no empréstimo?

Valor mensal, pois, quando pago pelo empréstimo, é usado para cálculo da taxa de juros, que, no final,
A
resultará no total a ser pago ao banco.

B Prazo de pagamento, pois, conforme a variação, influencia no valor total a ser pago ao banco.

Taxa de juros, pois pouco influencia no cálculo geral do empréstimo, constando no acordo apenas para
C
fins regulatórios do Banco Central.

Índice futuro, pois, baseado nos contratos de preços futuros, o valor final de um empréstimo varia,
D
mesmo quando a taxa de juros definida é de 1% ao mês.

Valor anual, pois é usado para cálculo da taxa de juros, que resultará no total a ser pago pelo banco
E
independente do prazo de pagamento.

Parabéns! A alternativa B está correta.

Quando um empréstimo é feito, devemos averiguar três informações principais: taxa de juros, prazo de pagamento e
valor mensal. No entanto, para fins de cálculo do valor final, apenas a taxa de juros e o prazo de pagamento são
necessários. O motivo que faz a taxa de juros impactar no valor final a ser pago é o fato de ser usada em cima do
montante, a fim de calcular os juros finais a serem pagos. Já o prazo de pagamento influencia no valor final a ser
pago, pois, quanto mais tempo demoramos para finalizar o pagamento do empréstimo, maior fica o valor final total a
ser pago.

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31/01/2023 21:36 Gestão de recursos financeiros

3 - Gasto de investimento e conceitos financeiros


Ao final deste módulo, você será capaz de distinguir gasto de investimento com base na definição de conceitos financeiros.

Formas de investimento
Vamos conhecer as principais formas de investimento e seus conceitos básicos. Assim, como gestor de uma empresa,
você será capaz de identificar as melhores opções de investimento.

Para onde vai o dinheiro? Vamos analisar os cenários a seguir.

Gastando Investindo

Vamos supor que você receba R$10.000,00 e Se você usar os mesmos R$10.000,00 na
gaste tudo em doces e guloseimas que comerá compra de doces e guloseimas que, depois,
ao longo do ano. Por mais delicioso que seja arrow_forward você usará para vender em uma loja a um
esse cenário, você estará apenas gastando preço maior do que pagou, isto é, com lucro,
esse dinheiro. você estará investindo esse dinheiro.

A partir desses dois cenários, é possível entender que o mesmo dinheiro pode ser usado para diferentes situações.
Dependendo de como é aplicado, o dinheiro é classificado de formas diferentes.

Decisão sobre gasto ou investimento

Gastar ou investir?

Se você decidir usar seu dinheiro em restaurantes, por exemplo, você o estará gastando. Mas se decidir usá-lo para que
gere mais dinheiro no futuro, estará investindo.

Quando falamos em investir, no entanto, não estamos falando apenas de produzir algo ou comprar um produto e vendê-
lo mais caro. Existem outras formas de investir dinheiro.

Resumindo
Investimento é tudo aquilo que você faz com seu dinheiro para aumentá-lo ao longo do tempo.

Vejamos, a seguir, algumas formas de investir:

Caderneta de poupança expand_more

Esta forma de investir o dinheiro é a mais conhecida entre os brasileiros. Neste tipo de investimento, você coloca
dinheiro no banco e este renderá, mensalmente, uma porcentagem a juros compostos. Contudo, essa
porcentagem é pequena.

CDB expand_more

Esta forma de investimento bancário é basicamente um empréstimo para o banco. Vamos dizer que você esteja
com dinheiro sobrando e queira emprestá-lo para alguém. Concorda que é muito difícil um banco grande lhe dar
um calote? Então, por que não emprestar a ele? No entanto, como o risco de o banco não lhe pagar (dependendo
do banco) é muito baixo, a taxa de juros cobrada é baixa. Afinal, na área de Finanças, o retorno é correlacionado
ao risco.

Tesouro direto ou títulos públicos expand_more

O governo se financia por meio da arrecadação de impostos. No entanto, às vezes, ele também precisa de
dinheiro emprestado para poder construir novas rodovias, hospitais, escolas etc. Para isso, bem como investir na
melhoria de saúde e transportes, o governo precisa de empréstimos. Dessa forma, pessoas e empresas podem
emprestar dinheiro ao governo por meio da compra de títulos públicos.

Títulos públicos são papéis emitidos pelo governo e comprados por pessoas e empresas, sendo acordada a
devolução do dinheiro em determinada data, acrescido de juros. Normalmente, o prazo de devolução do dinheiro
acrescido de juros é longo. Por isso, é mais indicado para aqueles que não precisarão do dinheiro em curto
prazo.

Ações expand_more

Quando uma empresa atinge um tamanho relativamente considerável, seus sócios podem decidir pela abertura
de seu capital, isto é, lançar ações na bolsa de valores. Esta operação faz com que as pessoas que comprarem
as ações da empresa se tornem sócias dela e, com isso, possam receber dividendos ou obter lucro por meio da
variação do preço da ação. Por exemplo, podemos comprar a ação a R$1,00 e vendê-la a R$2,00. No entanto,
como o preço das ações das empresas pode variar muito por diversos motivos, este tipo de investimento
apresenta um grande risco para aqueles que desejem se aventurar sem um profundo conhecimento técnico.
Assim, por mais que apresente uma grande oportunidade de enriquecer, o investimento em ações deve ser feito
apenas por aqueles que entendem do assunto e que não ficarão mais pobres caso percam parte do dinheiro
investido.

Conceitos financeiros
Na prática, toda vez em que precisamos comprar determinado produto para produzir uma mercadoria, dizemos que
estamos gastando dinheiro ou que isso é uma despesa, certo?

No entanto, na Administração e na Contabilidade, existe uma grande diferença entre despesa e custo.

Gastos

Toda saída de dinheiro da empresa. Independente do motivo da saída de dinheiro (seja para comprar uma máquina que
produzirá mais pão para sua padaria seja para aplicar na poupança), nós a chamamos de gasto.

Custos

Toda saída de recursos financeiros que está diretamente ligada à produção de seu produto ou à prestação de serviço.
Assim, em uma empresa que monta e vende celulares, o salário dos colaboradores que montam os aparelhos é um
custo, pois, sem esses profissionais, não é possível produzir os celulares.

Despesas

Toda saída de dinheiro que não está diretamente ligada à produção do bem ou à prestação de serviço. Seguindo o
mesmo exemplo anterior da empresa de celulares, caso o gestor decida comprar ventiladores para tornar o trabalho de
seus colaboradores mais eficiente, ele deve registrar essa compra como despesa, pois a aquisição de ventiladores não
influencia na produção dos aparelhos. Então, a compra de um ventilador para a empresa é uma despesa, pois não é
essencial para a prestação de serviço do montador de celular.

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31/01/2023 21:36 Gestão de recursos financeiros

Perdas

Todo os processos de produção e prestação de serviços envolvem perdas. Imagine que a manicure, ao pintar uma unha,
sempre use a quantidade exata de esmalte em seu cliente sem nunca borrar ou se sujar. Isso é impossível!

Uma boa manicure sabe que é sempre necessário passar um pouco mais de esmalte, esbarrando nas cutículas e até
mesmo na pele (e, depois, limpar usando acetona). Esse esmalte que não foi usado pode ser considerado uma perda.

O mesmo ocorre com a massa que sobra quando se vai


fazer um pão ou qualquer outro produto.

Então, quando um empreendedor for calcular seus custos


e suas despesas, é necessário que ele tome cuidado para
registrar também as perdas. Caso contrário, desperdiçará
dinheiro.

Políticas de recebimento
Agora que você conhece os conceitos de custos e despesas, e sabe que precisa contabilizar as perdas se decidir
montar o próprio negócio, é preciso entender sobre as políticas de pagamento.

Estamos acostumados a pensar em pagamento quando devemos a alguém (uma pessoa, um banco, o cartão de crédito
ou uma loja). Mas esquecemos que, quando empreendemos, precisamos definir políticas de recebimentos para que os
outros nos paguem.

Você concorda que, às vezes, bate aquela vontade de comer um doce, mas, nem sempre, temos
dinheiro para pagar por ele?

Quando conhecemos o dono da lojinha de guloseimas, é


muito comum que ele nos deixe pegar o doce hoje e só
pagar depois. É justamente isso que entendemos como
política de recebimento, também muito comum nos
cartões de crédito.

Precisamos ter muito cuidado com a política de pagamento, pois podemos ter um problema sério no fluxo de caixa se
não tivermos controle e organização sobre quanto vendemos e recebemos.

Veja algumas dicas de como ter um bom controle de fluxo de caixa e definir suas políticas de recebimento:

Fluxo de caixa
Controle gerencial que demonstra todas as entradas e saídas de dinheiro da empresa em determinado período.

Explicar suas normas aos clientes Fazer contrato


Caso você aceite receber o dinheiro depois da venda, é importante que Quando o valor da venda e o prejuízo por não recebimento forem muito
deixe bem claro quando espera receber o dinheiro de volta e se cobrará grandes, será importante fazer um contrato formal, assinado por um
juros sobre esse dinheiro. Uma boa conversa resolve muitos problemas advogado e registrado em cartório. Assim, caso seu cliente não lhe
no futuro! pague, você pode acionar a Justiça.

Aqui, aprendemos conceitos como gasto, despesa e custo. Além disso, discutimos sobre a tomada de decisão entre
gastar ou investir, as principais formas de investimento e a política de recebimento.

A partir desse conhecimento, é possível tomar melhores decisões estratégicas e ser mais eficiente quanto à aplicação
de recursos financeiros.

video_library Tipos de aplicação


Confira agora os tipos e as possibilidades de aplicação de recursos. Essa abordagem é fundamental para aqueles que
atuam em gestão, tanto com pessoas físicas quanto com grandes empresas.

Falta pouco para atingir seus objetivos.

Vamos praticar alguns conceitos?

Questão 1

Existem muitas dúvidas quanto à diferença entre gasto, custo e despesa. Enquanto gasto se refere à toda a saída de
recursos financeiros da organização, custo se refere à saída de dinheiro diretamente ligada à produção do produto ou
prestação de serviço. Por fim, despesa é toda saída financeira que não está diretamente ligada à produção do produto
ou prestação de serviço.

Assinale a alternativa que classifica, de maneira correta, cada uma das situações.

Em uma empresa de bijuterias, devemos classificar como custo a compra de mesas que serão usadas
A na montagem das joias, como despesa a compra de um carro de entrega, e como gasto todo o
dinheiro que saiu da empresa (custo ou despesa).

Em uma empresa de ração de cães, devemos classificar como custo a compra de um ar-condicionado
B para refrescar os funcionários do administrativo, como despesa a compra do maquinário usado para a
produção da ração, e como gasto apenas os custos que a empresa teve ao longo do período.

Em uma empresa de vestidos, devemos classificar como despesa a compra de tecido que será usado
C na produção dos vestidos, como custo o salário dos alfaiates, e como gasto o desembolso de dinheiro
relacionado apenas às despesas que a empresa teve ao longo do período.

Em uma empresa de computador, devemos classificar como custo a compra de peças que serão
D usadas para montar cada computador, como despesa o salário dos montadores de computador, e
como gastos todos aqueles que a empresa teve ao longo do período.

Em uma empresa de celular, devemos classificar como custo a compra de peças que serão usadas
E para montar cada celular, como despesa o salário dos desenvolvedores de software, e como gastos
todos aqueles que a empresa teve ao longo do tempo.

Parabéns! A alternativa A está correta.

Os conceitos de gastos, despesas e custos são diferentes. Por isso, precisamos refletir sobre a finalidade de cada
empresa, e se a despesa se refere ou não à produção de um produto/serviço. A alternativa A é a única que aloca,
corretamente, despesas, custos e gastos relacionados à empresa de bijuteria.

Questão 2

O entendimento correto de política de recebimento é muito importante para que o gestor financeiro possa saber
quando e como receberá pelos produtos vendidos ou pelos serviços prestados. Em caso específico, é altamente
recomendado que seja feito um contrato de pagamento.

Assinale a alternativa que explica corretamente o motivo de fazer um contrato de pagamento.

Quando a empresa faz negócio com um familiar do sócio, pois sempre que há família envolvida nos
A negócios, existe uma grande chance de tal familiar não pagar, e a empresa precisa assumir o prejuízo,
sem acarretar falência.

Quando a venda é feita a prazo, pois vendas a prazo não são muito arriscadas, e, com isso, a empresa
B
pode se sentir confortável em vender independente de quem seja o comprador.

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31/01/2023 21:36 Gestão de recursos financeiros

C O contrato de venda ou prestação de serviço é apenas uma formalidade que pouco influencia no
recebimento, pois, devido a uma justiça lenta e pouco eficiente, o gestor da empresa sempre precisará
arcar com o prejuízo, caso o comprador não o pague.

Quando o valor da venda de um produto ou prestação de serviço é muito alto, pois, caso haja não
pagamento ou atraso no pagamento, a empresa que vendeu o produto ou prestou o serviço pode ir à
D
falência. Por meio do contrato, o vendedor pode procurar meios legais de reaver seu dinheiro e não ir à
falência.

Quando a empresa faz negócio com um amigo, pois sempre que há um amigo envolvido nos negócios,
E existe uma grande chance de tal amigo não pagar, e a empresa precisa assumir o prejuízo, sem
acarretar falência.

Parabéns! A alternativa D está correta.

A política de recebimento é importante para que o gestor da empresa não corra o risco de não receber e, com isso,
venha a falir. Disto resulta a relevância do contrato: quando o valor de venda é alto, há risco de falência em caso de
falta de pagamento, e o contrato garante que isso não aconteça.

Considerações finais
Neste conteúdo, você adquiriu os conhecimentos necessários a um profissional de Finanças e aprendeu a realizar
corretamente a gestão de recursos financeiros.

Além disso, compreendeu as noções básicas sobre investimentos e política de recebimento, bem como a diferença
entre gastos, despesas e custos.

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Ouça agora um resumo do nosso conteúdo!

Referências
ASSAF NETO, A. Matemática financeira e suas aplicações. 14. ed. São Paulo: Atlas, 2019.

ASSAF NETO, A. Mercado financeiro. 14. ed. São Paulo: Atlas, 2018.

CERBASI, G. Cartas a um jovem investidor: enriquecer é uma questão de escolha. 4. ed. São Paulo: Elsevier, 2008.

CERBASI, G. Casais inteligentes enriquecem juntos. 3. ed. São Paulo: Sextante, 2014.

FORTUNA, E. Mercado financeiro: produtos e serviços. 22. ed. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2020.

HUBERMAN, L. História da riqueza do homem. 22. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2017.

KIYOSAKI, R. Independência financeira: o guia para a sua libertação. 1. ed. São Paulo: Alta Books, 2017.

KIYOSAKI, R.; LECHTER, S. Pai rico, pai pobre. 20. ed. São Paulo: Alta Books, 2018.

PASSOS, C.; NOGAMI, O. Princípios de economia. 7. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2015.

VASCONCELLOS, M. A. S.; GARCIA, M. E. Fundamentos de economia. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 2008.

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Para saber como começar a construir uma poupança e alcançar a independência financeira, assista ao vídeo GUIA BEM
BÁSICO para começar a investir com POUCO DINHEIRO! Saiba tudo em 10 minutos, disponível no canal Me Poupe!

Entre no site da Casa da Moeda do Brasil e leia o texto Origem do Dinheiro.

Entre no site do Banco Central do Brasil e leia o texto Origem e Evolução do Dinheiro.

Assista aos vídeos do canal Finanças 101, que traduz os conceitos de finanças para profissionais que não são da área.

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31/01/2023 21:38 Movimentações financeiras

Movimentações financeiras
Prof. Matheus Moura

Descrição Compreender os tipos de movimentação financeira, os principais fluxos financeiros da organização, bem como as demonstrações
financeiras e seus relatórios correspondentes.

Propósito Movimentações financeiras são parte cotidiana do trabalho de contadores, gestores e todos os profissionais que atuam na gestão
financeira de uma organização.

Preparação Antes de iniciar o estudo, tenha em mãos um computador com acesso à internet e aplicativo com funções matemáticas básicas.

Objetivos

Módulo 1 Módulo 2

Os tipos de movimentação financeira e os fluxos A importância das demonstrações financeiras


financeiros
Reconhecer a importância das demonstrações financeiras.

Identificar os principais tipos de movimentação financeira e os fluxos financeiros.

meeting_room Introdução
O sonho de muitos empreendedores é ter clientes para que possam vender o máximo de mercadorias e obter lucro
no final do ano. Para ser um profissional de Finanças altamente capacitado ou um empreendedor de sucesso, é
necessário ter um ótimo controle da entrada e saída de dinheiro da empresa. Por meio desse controle, o gestor
pode tomar decisões importantes, como: vender outros tipos de produtos; abrir uma nova loja; comprar um prédio
para fixar endereço empresarial; vender o carro da empresa; comprar computadores e pagar bônus para os
funcionários.

Para todos que desejam entender o básico de Finanças Corporativas, é muito importante ter o conhecimento de
controles, como: Fluxo de Caixa, Demonstrativo do Resultado e Balanço Patrimonial. É necessário compreender as
diversas formas de recebimento e pagamento que existem no mercado, como transações em espécie, entre outros,
com características próprias que impactam nos resultados financeiros da empresa, de modo que seja possível
identificar se ela terá ou não dinheiro no final do mês para pagar o salário de seus funcionários.

Neste conteúdo, você identificará os conceitos básicos de movimentação financeira e, após o estudo, poderá
aplicar esse conhecimento na empresa em que trabalha ou na abertura do próprio negócio.

1 - Os tipos de movimentação financeira e os fluxos financeiros


Ao final deste módulo, você será capaz de identificar os principais tipos de movimentação financeira e os fluxos financeiros.

Primeiras palavras
As constantes entradas e saídas de dinheiro nas empresas podem ocorrer de diversas maneiras. As empresas
funcionam por meio da venda de um produto ou serviço com a finalidade de gerar lucro para seus sócios, gerando a
constante transação de dinheiro na empresa. O gestor paga os fornecedores e, simultaneamente, compra material de
escritório, remunera os funcionários, recebe dinheiro da venda de mercadorias, dos juros após uma aplicação financeira,
da prestação de um serviço ou mesmo da venda de um móvel da empresa que não é mais usado. A seguir, vamos
conhecer as principais movimentações financeiras que ocorrem nas organizações!

Tipos de movimentação financeira

Transações feitas em espécie


Este tipo de transação é nada mais do que o pagamento ou recebimento em dinheiro vivo. Quando pagamos uma
corrida de táxi a trabalho, compramos pão para o café da manhã dos funcionários ou recebemos o pagamento por um
serviço de cabeleireiro, costumamos pagar em dinheiro. Em outras palavras, pagamento ou recebimento de pequenos
valores costumam ser em dinheiro. Trata-se da conhecida transação em espécie.

As vantagens desse tipo de transação, são poucas, uma vez que têm um baixo nível de segurança. Geralmente, as
pessoas preferem fazer pagamentos nesta modalidade quando o valor é pequeno ou quando a empresa não possui
máquina de cartão.

Transação feita com cartão de crédito e cartão de débito


O cartão de crédito é uma modalidade de crédito destinada à aquisição de bens e serviços em estabelecimentos
comerciais previamente credenciados e para saques em caixas eletrônicas até o limite aprovado. As taxas são
prefixadas e delimitadas mensalmente. Se o total dos gastos faturados for liquidado na data do vencimento do cartão, o
usuário não pagará juros. Porém, ele poderá optar pelo pagamento de uma parcela mínima e financiar o saldo devedor
em pagamentos mensais. Nesse caso, haverá cobrança de juros em cada parcela. Independentemente da forma de
pagamento do saldo devedor, o usuário do cartão de crédito pagará uma taxa anual de administração.

O cartão de débito é utilizado para saques em espécie a débito de conta corrente (ou conta de poupança) e também
para pagamentos de transações realizadas. O uso do cartão de débito exige a existência de saldo bancário ou de um
limite de crédito disponibilizado.

Transferências bancárias

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31/01/2023 21:38 Movimentações financeiras

O Documento de Crédito (DOC) é uma forma adotada pelos bancos para transferência de recursos entre contas por
seus depositantes, mas tem limite de R$4.999,99. O crédito é reconhecido na conta do favorecido no dia útil seguinte à
sua emissão. Um ponto importante é, caso tenham sido fornecidas informações incorretas na emissão do DOC, a
decisão por creditar a conta do beneficiário ou devolver o valor ao cliente fica a critério da instituição destinatária. O
cliente deve se certificar que informou os dados corretos, porque a inexatidão das informações retira de sua instituição
e da instituição destinatária a responsabilidade pela demora ou não realização do DOC. Caso o DOC seja devolvido por
erro do cliente, pode haver cobrança de tarifa.

A Transferência Eletrônica Disponível (TED) é uma forma de transferir recursos entre instituições (financeiras ou
pagamentos) detentoras de contas no Banco Central do Brasil (BCB). É utilizada para transferir valores entre correntistas
de diferentes instituições, pessoas físicas e jurídicas, e entre as próprias instituições envolvendo pagamento de
obrigações ou não. Não há limite de valor para o envio da TED. O horário de envio é definido pelas instituições (em geral
até 17h dos dias úteis). Após o horário limite estabelecido pela instituição, ela pode ser agendada para o dia útil
seguinte ou data posterior.

A transferência entre contas de uma mesma instituição é a operação de transferência de recursos envolvendo contas de
clientes de uma mesma instituição financeira ou de pagamentos, comumente chamada de book transfer. Normalmente,
o valor transferido é creditado imediatamente na conta do credor, mesmo se a operação ocorrer em finais de semana ou
em dias não úteis – a instituição, no entanto, pode estabelecer critérios para esse tipo de situação. As regras aplicáveis
ao book transfer são de responsabilidade de cada instituição financeira ou de pagamentos. Não existe uma regra
específica do BCB ou do Conselho Monetário Nacional (CMN) sobre o assunto.

Boletos
Os boletos são uma modalidade de pagamento oferecida por algumas empresas para que seus clientes tenham maior
facilidade e segurança no pagamento por algum produto ou serviço.

Duplicatas e faturas
A duplicata é um título de crédito representativo de uma transação de compra e venda mercantil, ou prestação de
serviço. A emissão do título origina-se de um contrato de compra e venda a prazo.

O documento que substancia a venda a prazo é denominado de fatura. Uma fatura pode incorporar uma ou mais notas
fiscais, porém não é permitida a emissão de uma duplicata representativa de várias faturas.

Comentário

A duplicata é um título de crédito e a fatura é somente um documento que comprova a operação comercial realizada. A fatura discrimina as
mercadorias (ou serviços) e as demais informações das notas fiscais emitidas pelas transações realizadas (como valor, número da nota fiscal etc.).

PIX
Pix é o pagamento instantâneo brasileiro. O meio de pagamento criado pelo BCB em que os recursos são transferidos
entre contas em poucos segundos, a qualquer hora ou dia. A diferença é que, com o Pix, não é necessário saber onde a
outra pessoa tem conta. Você realiza a transferência a partir, por exemplo, de um telefone na sua lista de contatos,
usando a Chave Pix. O Pix já está disponível amplamente para todas as pessoas e empresas que possuem uma conta
corrente, conta poupança ou uma conta de pagamento pré-paga em uma das 734 instituições aprovadas pelo Banco
Central.

As transações por meio do Pix já equivaliam, no terceiro trimestre de 2021, a mais de 80% dos pagamentos feitos tanto
por meio de cartão de débito quanto cartão de crédito, segundo os dados disponibilizados pelo BCB através das
Estatísticas dos Meios de Pagamento conforme Gráfico 1. Nos três meses encerrados em setembro/2021, foram
realizadas aproximadamente 2,90 bilhões de transações com Pix. Durante o mesmo período, houve 3,33 bilhões de
transações no cartão de crédito e 3,52 bilhões no cartão de débito.

Transações trimestrais – em bilhões

video_library Tipos de movimentação financeira


Saiba mais sobre os tipos de movimentação financeira no vídeo a seguir.

Importância dos fluxos financeiros nas organizações

O que é fluxo de caixa?


Agora que sabemos que as empresas possuem diversas formas de pagar e receber dinheiro, precisamos entender a
melhor forma de controlar isso.

Caso não haja um bom controle dessas movimentações, a empresa pode ter sérios problemas.

O fluxo de caixa é um controle financeiro realizado, principalmente, por profissionais da área


financeira (mas pode ser feito por qualquer um, até para o controle das contas de casa) para
monitorar a quantidade de dinheiro que está entrando e saindo diariamente da empresa.

Confira o fluxo de caixa na tabela:

Fluxo de Caixa

Data Registros Entradas Saídas Saldo

01/02/2021 Saldo em Branco 100.000,00 100.000,00

01/02/2021 Aluguel 2.000,00 98.000,00

Matéria-prima (1
01/02/2021 10.000,00 88.000,00
parcela de 2)

01/02/2021 Computadores 20.000,00 68.000,00

01/02/2021 Maquinário 30.000,00 38.000,00

Vendas (1 parcela
01/07/2021 30.000,00 68.000,00
de 3)

15/01/2021 Carro 30.000,00 38.000,00

02/01/2021 Aluguel 2.000,00 36.000,00

02/01/2021 Telefone e internet 4.000,00 32.000,00

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31/01/2023 21:38 Movimentações financeiras

Fluxo de Caixa

02/01/2021 Salários 30.000,00 2.000,00

02/01/2021 Emprestimos 8.000,00 10.000,00

Matéria-prima (2
02/01/2021 10.000,00 -
parcelas de 2)

Vendas (2 parcelas
02/05/2021 30.000,00 30.000,00
de 3)

02/11/2021 Gasolina 500,00 29.500,00

Matéria-prima
20/02/2021 20.000,00 9.500,00
(compra à vista)

Vendas (3 parcelas
03/01/2021 30.000,00 39.500,00
de 3)

03/01/2021 Aluguel 2.000,00 37.500,00

03/01/2021 Telefone e internet 4.000,00 33.500,00

Emprestimo (1
03/01/2021 30.000,00 3.500,00
parcela de 3)

Vendas
03/01/2021 (recebimento à 90.000,00 90.000,00
vista)

Tabela: Fluxo de caixa.


Matheus Moura.

Exemplos de fluxo de caixa


Na prática, empresas usam programas avançados e caros para o controle do fluxo de caixa. No entanto, na falta de
dinheiro ou vontade de economizar, é possível usar planilha eletrônica de dados, que também pode ser eficiente, por
exemplo, o Excel. No desenvolvimento de um bom fluxo de caixa, são criadas três colunas:

check Recebimentos ou entradas

Colocamos todo o dinheiro que entra na empresa exatamente no dia em que foi recebido, lembrando que não vale colocar no dia
seguinte.

check Pagamentos, saídas ou desembolsos

Colocamos toda a saída de dinheiro. Aqui vale desde pagamento do salário dos funcionários até compra de caneta para uso do
escritório.

check Saldo

Subtraímos o dinheiro que entrou (da coluna recebimentos) e o dinheiro que saiu da empresa (da coluna pagamentos). No final de
cada dia, temos uma noção se a empresa tem dinheiro ou não naquele exato momento. Com base nesse saldo diário, é possível
entender se a empresa possui liquidez, isto é, dinheiro em caixa, para pagar quaisquer dívidas futuras.

Você pode se perguntar:

Como é possível perder o controle da entrada e saída de dinheiro ou pensar em gastar só depois
que receber?

Muitas vezes, empresas compram produtos a prazo, tais como matéria-prima, maquinário, equipamento de uso diário
etc. É possível que despesas antigas apareçam nos meses subsequentes. Caso não haja dinheiro suficiente em caixa
para pagá-las, será cobrada uma multa. A fim de evitar o risco de não ter dinheiro no momento de pagar todas as
dívidas, feitas ou não no passado, o fluxo de caixa surge como uma solução prática de análise diária que ajuda o gestor
a decidir se pode ou não adquirir novas dívidas, bem como se há necessidade de solicitar um empréstimo.

video_library Fluxo de caixa


Saiba mais sobre fluxo de caixa no vídeo a seguir.

Falta pouco para atingir seus objetivos.

Vamos praticar alguns conceitos?

Questão 1

Quais os principais tipos de movimentação financeira que ocorrem nas organizações?

Transações feitas em espécie; em cartão de crédito e débito; transferências bancárias; boletos;


A
duplicatas e faturas.

Transações feitas em espécie; em cartão de crédito e débito; transferências bancárias; boletos; Pix e
B
faturas.

Transações feitas em espécie; em cartão de crédito e débito; transferências bancárias; duplicatas e


C
Pix.

Transações feitas em espécie; em cartão de crédito e débito; transferências bancárias; boletos;


D
duplicatas e Pix.

E Transações feitas em espécie; em cartão de crédito e débito; transferências bancárias; Pix e faturas.

Parabéns! A alternativa D está correta.

As principais movimentações financeiras que ocorrem nas organizações são: transações feitas em espécie; em cartão
de crédito e débito; transferências bancárias; boletos; duplicatas e Pix. A fatura discrimina as mercadorias (ou
serviços) e as demais informações das notas fiscais emitidas pelas transações realizadas (como valor, número da
nota fiscal etc.).

Questão 2

Os principais tópicos necessários para um fluxo de caixa são:

A Ganhos futuros, perdas no momento e diferença entre os dois.

B Entrada e saída de dinheiro, e diferença entre as duas.

C Ganhos no momento, perdas no futuro e soma entre os dois.

D Entrada e saída de dinheiro, e soma entre as duas.

E Relação dos dispêndios e ingressos dos numerários.

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31/01/2023 21:38 Movimentações financeiras

Parabéns! A alternativa B está correta.

Em um fluxo de caixa, precisamos de três informações: a entrada de dinheiro ou recebimento, a saída de dinheiro ou
pagamento, e a diferença entre ambos, que pode ser nula ou zero, ou excesso de caixa, ou falta de caixa.

2 - A importância das demonstrações financeiras


Ao final deste módulo, você será capaz de reconhecer a importância das demonstrações financeiras.

Noções de resultados financeiros


Vamos analisar agora o resultado financeiro da organização, isto é, lucro ou prejuízo, e como determinados relatórios
são usados para demonstrar a saúde financeira da organização. Como essa parte da Gestão Financeira dialoga muito
com a área de Contabilidade, entenderemos, de forma resumida, alguns conceitos contábeis. Quando um gestor possui
bons controles sobre a entrada e saída de dinheiro da empresa, podemos afirmar que tem um bom controle de fluxo de
caixa.

Não basta estar ciente de quanto dinheiro a empresa possui em caixa em determinado momento. Também é necessário
saber:

Quantos ativos possui Quanto deve aos outros


Maquinário, estoque, dinheiro vivo, investimentos etc. Salários a pagar, impostos a recolher, empréstimos no banco etc.

Para esse tipo de informação e análise, foi criada a Demonstração Financeira (DF): trata-se de um relatório contábil que
demonstra, de forma resumida, dados financeiros da empresa. As demonstrações financeiras são compostas por três
relatórios principais:

Balanço Patrimonial (BP);

Demonstração do Resultado do Exercício (DRE);

Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC).

Como já aprendemos sobre o fluxo de caixa, focaremos nesses dois relatórios que ainda não mencionamos. Cada um
desses relatórios é muito importante na tomada de decisão estratégica da empresa, se deve continuar vendendo um
produto, se deve comprar outra empresa, se está gerando lucro etc., além de serem requeridos por lei em alguns casos (
além de elaborar, devem também publicar).

Comentário

Conforme dispõe a Lei 6.404/76, Lei 11.638/07 e Lei 11.941/09, as demonstrações contábeis de uma empresa são o Balanço Patrimonial (BP), a
Demonstração do Resultado do Exercício (DRE), a demonstração de lucros ou prejuízos acumulados, a Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC) e, se
a companhia for aberta, a demonstração do valor adicionado. As notas explicativas, relatório da diretoria e parecer da auditoria independente
complementam a apresentação dessas demonstrações.

Demonstrativo do Resultado do Exercício (DRE)


A Demonstração do Resultado de Exercício (DRE) consolida todas as informações de forma organizada, considerando
outros fatores, tais como outros tipos de receita, que não sejam a venda ou prestação de serviço, o pagamento de
impostos etc.

Quando uma empresa vende um produto ou presta um serviço, o dinheiro que entra, chamado na Contabilidade de
“receita operacional”, é contabilizado na DRE. Além disso, os custos de produção e do serviço prestado também são
tipos de despesas registrados na DRE.

Ao final da DRE, após a contabilização das receitas, dos custos e dos impostos, é possível ver se houve lucro ou prejuízo
no exercício. Veja, a seguir, um exemplo de DRE:

Demonstraçao do Resultado do Exercício

Receita Operacional Bruta

(-) Deduções e abatimentos

Impostos sobre vendas

Devoluções e abatimentos

(=) Receita operacional líquida

(-) Custo operacional

Custos das Mercadorias vendidas (CMV)

Custo dos produtos vendidos (CPV)

Custo dos serviços prestados (CSP)

(=) Lucro bruto

(-) Despesas operacionais

Despesas administrativas

Despesas de vendas

Despesas financeiras líquidas

(=) Lucro operacional

(=) Resultados não operacionais

Receitas não operacionais

Despesas não operacionais

(=) Lucro antes da contribuição social e do imposto de renda

(=) Provisão para a contribuição social e o imposto de renda

(=) Lucro após a contribuição social e o imposto de renda

(-) Participações e contribuições

Empregados

Administradores

Outras participações/contribuições

(=) Lucro ou prejuízo do exercício

Tabela: Modelo de DRE.


Matheus Moura.

video_library Demonstração do Resultado do Exercício


Entenda a seguir como se faz uma DRE.

Balanço Patrimonial (BP)


Na contabilidade, a palavra “balanço” remete à seguinte fórmula:

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31/01/2023 21:38 Movimentações financeiras

Ativo = Passivo + Patrimônio Líquido.

O termo “patrimonial” refere-se ao patrimônio da empresa, ou seja, ao conjunto de bens, direitos e obrigações. Os ativos
representam as aplicações de uma empresa, ou seja, em que itens ela investiu os recursos recebidos (bens ou direitos).
As fontes destes recursos serão as dívidas assumidas pela empresa (obrigações com terceiros ou passivo) ou os
recursos aportados pelos seus acionistas, quer na forma de ingresso de capital ou na retenção de lucros auferidos nas
atividades da empresa (capital próprio ou patrimônio líquido).

Juntando essas duas partes, obtém-se a expressão “Balanço Patrimonial” (BP) que apresenta o total de ativos de uma
empresa no lado esquerdo do Balanço Patrimonial, e sua correspondente origem distribuída entre capital próprio e
capital de terceiros no lado direito.

Grupos de contas do Balanço Patrimonial

Ativo

Ativo circulante
No ativo circulante, são contabilizados todos os lançamentos referentes a contas de curto prazo. Por curto prazo
entende-se o período de 360 dias ou o ciclo operacional da empresa, o que for maior. O ativo circulante possui cinco
subgrupos:

Caixa e equivalentes à caixa expand_more

É um subgrupo composto por contas que representam os recursos que não possuem restrições para utilização
imediata, tais como: caixa, banco conta movimento, aplicações de liquidez imediata.

Contas a receber expand_more

São os valores que representam vendas de mercadorias e prestações de serviços.

Estoques expand_more

Representam o coração do objeto de negócio da empresa, ou seja, os itens que ela explora como negócio.

Por exemplo, se empresa é revendedora de carros, aqui estarão os automóveis que ela adquiriu do fabricante
com o objetivo de revender para seus clientes. Se a empresa é uma fabricante de refrigerantes, aqui estarão
apresentados os itens de matéria-prima utilizada no processo fabril, nos seus vários estágios de processamento,
bem como os produtos já prontos para comercialização e consumo.

Quando vendidos, os estoques são baixados do Balanço Patrimonial e computados como custo na
Demonstração do Resultado do Exercício a fim de apurar o resultado da transação. Logo, uma empresa poderá
dar lucro ou prejuízo, dependendo do valor do custo confrontado com a receita.

Outros créditos expand_more

Nesse subgrupo classificam-se os recebíveis não originários da operação principal da empresa, ativos marcados
a valor justo contra resultado etc.

Despesas antecipadas expand_more

Servem para efetuar os lançamentos referentes a gastos efetuados por antecipação a sua competência.

Ativo não circulante


Neste grupo, são registrados todos os ativos que, pelo conceito de liquidez, têm expectativa de realização superior a 360
dias ou ao do ciclo operacional. Existem quatro subgrupos no ativo não circulante. São eles:

Ativo realizável a longo prazo expand_more

São classificadas nesse grupo com a mesma natureza do ativo circulante, que tenham realização após término
do exercício seguinte.

Também são lançados todos os direitos realizáveis após o término do exercício seguinte, assim como os
derivados de vendas, adiantamentos ou empréstimos a sociedades controladas ou coligadas, além de
adiantamentos a diretores e ativos disponíveis para a venda.

Investimento expand_more

Esse subgrupo comporta investimentos como incentivos fiscais, participações em outras sociedades, sendo
estas avaliadas pelo método de Equivalência Patrimonial.

Ativo imobilizado expand_more

É formado por ativos operacionais que são responsáveis pela geração de produtos e serviços das empresas.
Esses ativos operacionais podem ser de diferentes tipos, tais como: veículos, móveis e utensílios, máquinas e
equipamentos, terrenos, edifícios e equipamentos de informática.

Ativo intangível expand_more

Neste subgrupo estão classificados todos os ativos incorpóreos da empresa, tais como marcas e patentes, ágio
na aquisição de ações, licenças de uso de software etc.

Passivo
No lado do passivo, teremos o passivo circulante, o passivo não circulante e o patrimônio líquido. Veja, a seguir,
detalhes de cada um deles.

Passivo circulante
No passivo exigível circulante, são contabilizadas todas as dívidas a serem liquidadas até o encerramento do exercício
seguinte, tais como:

Salários a pagar;

FGTS a pagar;

INSS a pagar;

Fornecedores;

Duplicatas a pagar;

Dividendos a pagar;

Empréstimos e financiamentos;

Títulos a pagar;

Impostos a pagar;

Debêntures a pagar etc.

Passivo não circulante (Exigível a longo prazo)


No passivo exigível a longo prazo, são contabilizados todos os pagamentos a serem efetuados no longo prazo, tais
como:

Empréstimos e financiamentos;

Debêntures (títulos de dívida emitidos pelas empresas, as debêntures podem ser simples, quando sua liquidação
se dá de forma financeira, ou podem ser conversíveis, quando a liquidação da dívida se dará sob a modalidade de
ações da empresa);

Retenções contratuais;

Provisão de IR diferido (impostos apurados, mas ainda não devidos em função de o ganho só ter sido apurado do
ponto de vista da legislação tributária e não societária).

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31/01/2023 21:38 Movimentações financeiras

Patrimônio líquido
O patrimônio líquido, também chamado de capital próprio ou situação líquida, representa a parcela de financiamento
proporcionado pelo acionista da empresa. O patrimônio líquido é sempre apurado pela diferença entre ativo e passivo.
Os grupos do patrimônio líquido são os seguintes:

Capital Social
Corresponde à parcela aportada pelos sócios nas empresas ou pelos lucros incorporados a ele.

Reserva de Capital
São os valores, recebidos pela companhia, que não transitam pelo resultado, sendo sua contrapartida a entrega de bens
e serviços. Esse subgrupo é composto da seguinte forma:

Ágio na emissão de ações: Ocorre quando o novo acionista subscreve tais ações por um valor superior ao seu
valor nominal. Esta diferença será registrada como reserva de capital;

Alienação de partes beneficiárias e bônus de subscrição: A companhia pode emitir títulos negociáveis como
partes beneficiárias e bônus de subscrição, desde que dentro do limite de aumento de capital autorizado pelo
estatuto, que dão direito aos seus titulares de subscrever ações de capital social mediante apresentação e
pagamento do preço de emissão.

As reservas de capital somente podem ser utilizadas para:

check Absorver prejuízos quando estes ultrapassarem lucros acumulados e reservas de lucros.

check Resgatar, reembolsar ou comprar ações.

check Resgatar partes beneficiárias.

check Incorporar capital.

check Pagar dividendos.

Reserva de reavaliação
Registra a diferença entre o valor contábil e o valor de mercado dos bens do ativo imobilizado, sendo lançado a débito
da conta do ativo em contrapartida à reserva de reavaliação.

Comentário
A reavaliação de ativos está proibida no Brasil desde a introdução da Lei nº 11.63/2007; logo, as empresas que ainda apresentam estas reservas são
aquelas que tinham reavaliações prévias à Lei e que optaram por não baixar tais avaliações aguardando sua realização natural por ocasião de baixa ou
venda dos ativos reavaliados.

Ajustes de avaliação patrimonial


Esta conta foi criada pela Lei nº 11.638/2007 em preparação para a adoção do IFRS (International Financial Reporting
Standards) no Brasil. Seu objetivo é receber a contrapartida da marcação a valor justo dos ativos classificados como
disponíveis à venda.

Reservas de lucros
São as contas de reservas constituídas pela apropriação de lucros da companhia, tais como:

Reserva legal expand_more

Estabelecida pela Lei, trata-se de uma reserva compulsória correspondendo a 5% do lucro líquido ajustado de
cada período.

Reservas estatutárias expand_more

Constituídas de acordo com o estatuto social da empresa.

Reservas para contingências expand_more

Constituídas a fim de minimizar o impacto de redução de lucro por perda julgada como provável.

Reservas de lucros a realizar expand_more

Têm por objetivo evitar que a empresa pague dividendos acima do mínimo obrigatório quando o lucro ou parcela
dele ainda não tiver sido realizado financeiramente.

Reservas de lucro para expansão expand_more

Seu objetivo é cobrir o orçamento necessário para um projeto de expansão da empresa.

Reserva de incentivos fiscais expand_more

Criada pela Lei nº 11.638/2007 com o objetivo de evitar que a empresa pague dividendos sobre parcela do lucro
do período que tenha sido originada por incentivos fiscais recebidos.

Reserva especial para dividendo obrigatório não distribuído expand_more

Constituída quando a empresa não tem condições financeiras de pagar o dividendo mínimo obrigatório. Tão logo
a empresa tenha condições de pagar o dividendo, esta reserva será liquidada.

Ações em Tesouraria expand_more

São ações da própria empresa com o objetivo de utilizá-las para honrar compromissos de resgate, amortização
ou reembolso de ações ou com o objetivo de cancelamento. Enquanto permanecerem no patrimônio líquido,
apresentam sinal negativo, reduzindo o valor total.

Lucros Acumulados expand_more

Pela Lei nº 11.638/2007, o lucro do exercício tem que ter seu destino definido ainda dentro do próprio período do
exercício. Desta forma, a conta “lucros acumulados” se tornou uma conta transitória utilizada durante o ano para
acumular o lucro obtido. Seu valor em 31 de dezembro de cada ano deverá ser igual a zero.

Prejuízos Acumulados expand_more

Embora o lucro do exercício tenha que ser inteiramente destinado, o mesmo não ocorre com o prejuízo obtido,
que pode ser transferido para ser compensado em exercícios futuros.

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31/01/2023 21:38 Movimentações financeiras

Agora que você aprendeu sobre todos as etapas necessárias para construir o Balanço Patrimonial, veja como ele fica na
prática:

Balanço Patrimonial

Ativo circulante Passivo circulante

Caixa Duplicatas a pagar

Bancos Impostos, taxas e contribuições a pagar ou a recolher

Aplicações financeiras Salários a pagar

Duplicatas a receber Encargos sociais

(-)Duplicatas descontadas Empréstimos

Estoques Dividendos a pagar

Despesas antecipadas Outras obrigações de curto prazo

Ativo não circulante Passivo não circulante

Ativo não realizável a longo prazo Financiamento

Valores a receber Debêntures

Investimentos Patrimônio líquido

Participações acionária em outras empresas Capital social

Imobilizado Reservas de capital

Prédios Ajustes de avaliação patrimonial

Máquinas e equipamentos Reservas de lucros

(-) Depreciação acumulada Prejuízos acumulados

Terrenos (-) Ações em tesouraria

Intangível

Fundo de comércio adquirido

Carteira de cliente adquirida

Patentes adquiridas

Tabela: Modelo de Balanço Patrimonial.


Matheus Moura.

Neste módulo, vimos as principais noções de resultado financeiro. Mais especificamente, abordamos os dois principais
relatórios que compreendem as demonstrações financeiras: o Balanço Patrimonial (BP) e a Demonstração do Resultado
do Exercício (DRE).

Com base no conhecimento aprofundado desses relatórios, você pôde entender os registros contábeis demonstrados
nessas DFs e, assim, observar quanto a empresa possui de bens e direitos – demonstrado nas contas do ativo – e suas
obrigações com terceiros – demonstrada nas contas do passivo.

Agora você já sabe identificar se a empresa obteve lucro ou prejuízo no exercício contábil, bem como compreender os
principais fatores que influenciaram o resultado apresentado.

Mas antes de concluirmos, vamos a mais um vídeo!

video_library Demonstrações financeiras


Saiba mais sobre a importância das demonstrações financeiras.

Falta pouco para atingir seus objetivos.

Vamos praticar alguns conceitos?

Questão 1

Quais são as demonstrações contábeis obrigatórias que as sociedades por ações são obrigadas a elaborar e publicar?

Balanço Patrimonial, Demonstrativo do Resultado do Exercício, Demonstração do Fluxo de Caixa e


A
Demonstração do Valor Adicionado.

Balanço Patrimonial, Demonstrativo do Resultado do Exercício, Demonstração do Fluxo de Caixa e


B
Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados.

Balanço Patrimonial, Demonstrativo do Resultado do Exercício, Demonstração do Fluxo de Caixa,


C
Demonstração do Valor Adicionado e Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados.

Balanço Patrimonial, Demonstrativo do Resultado do Exercício e Demonstração de Lucros ou Prejuízos


D
Acumulados.

E Balanço Patrimonial, Demonstrativo do Resultado do Exercício e Demonstração do Valor Adicionado.

Parabéns! A alternativa C está correta.

As sociedades por ações são obrigadas a elaborar e publicar, as seguintes demonstrações contábeis: Balanço
Patrimonial, Demonstração das Mutações Patrimoniais ou Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados,
Demonstração dos Resultados do Exercício, Demonstração dos Fluxos de Caixa e Demonstração do Valor Adicionado.

Questão 2

Qual das alterações abaixo é determinada pela compra de uma máquina a prazo com vencimento em 5 anos, no
Balanço Patrimonial?

A Aumento do ativo circulante e diminuição do passivo circulante.

B Aumento do passivo circulante e diminuição do ativo não circulante.

C Diminuição do ativo não circulante e diminuição do passivo não circulante.

D Aumento do ativo não circulante e aumento do passivo não circulante.

E Aumento do ativo não circulante e diminuição do passivo circulante.

Parabéns! A alternativa D está correta.

A máquina é considerada um bem e portanto deverá ser lançada no imobilizado (ativo não circulante) e a obrigação
lançada no passivo não circulante (obrigações com vencimento após o final do exercício seguinte).

Considerações finais

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31/01/2023 21:38 Movimentações financeiras

Vimos as principais movimentações financeiras, bem como os conceitos de Fluxo de Caixa, Balanço Patrimonial e
Demonstração do Resultado do Exercício (DRE). Com base nesses conceitos, é possível dar início a conhecimentos
mais avançados de finanças corporativas, tais como análise de custo.

Vimos ainda como cada um dos relatórios é elaborado e como são usados na tomada de decisão estratégica pelo
gestor financeiro das companhias.

O conhecimento aqui adquirido capacita você, futuro profissional, a exercer funções estratégicas nas áreas financeiras
das empresas, dando um suporte mais ativo na tomada de decisão para o gestor da companhia.

headset Podcast
Para encerrar, ouça um resumo dos principais tópicos abordados.

Referências
ASSAF NETO, A., LIMA, F. G. Curso de Administração Financeira. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2019.

ASSAF NETO, A. Finanças corporativas e valor. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2021.

BANCO CENTRAL DO BRASIL. (BACEN). Estatísticas de Meios de Pagamentos. Consultado na internet em: 28 de abr.
2022.

BREALEY, R., MYERS, S. Princípios de Finanças Corporativas. 10. ed. São Paulo: McGraw-Hill, Bookman, 2013.

DAMODARAN, A. Avaliação de Empresas. 2. ed São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007.

GITMAN, L. Princípios de administração financeira. 12 ed. São Paulo: Pearson, 2010.

MEGLIORINI, E., VALLIM, M. A. R. S. Administração Financeira: uma abordagem brasileira. São Paulo: Pearson Prentice
Hall, 2009.

PADOVEZE, C. L. Manual de Contabilidade Básica: Uma introdução à prática contábil. 10. ed. São Paulo: Atlas, 2016.

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Confira o que separamos especialmente para você!

Leia os seguintes artigos:

Impactos do início da harmonização contábil internacional (Lei 11.638/07) nos resultados das empresas abertas,
de Edilene Santana Santos e Laura Calixto. Essa lei concretizou a revisão do capítulo contábil das Sociedades por
Ações (Lei nº 6.404/1976). Entre outros avanços, ela permite a convergência das normas contábeis adotadas no
Brasil às normas internacionais.

O Papel do Contador no Processo de Desenvolvimento e Crescimento Brasileiro, de Janaina Trindade Pereira.

Acesse o site Damodaram e veja vídeos com análise dos principais indicadores financeiros de empresas dos EUA.

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31/01/2023 21:37 O papel do gestor em finanças

O papel do gestor em finanças


Prof. Matheus Moura

Descrição O perfil do gestor em finanças, as funções desempenhadas e a atuação nas áreas de Tesouraria, Contas a Pagar e a Receber e
Controladoria.

Propósito Capacitar gestores e compreender as finanças de uma organização e tomar decisões financeiras.

Objetivos

Módulo 1 Módulo 2

Competências e responsabilidades do gestor em Áreas de atuação do gestor em finanças


finanças
Identificar as áreas de atuação do gestor em finanças.

Reconhecer as principais competências e responsabilidades do gestor em finanças.

meeting_room Introdução
O gestor financeiro possui um papel fundamental para qualquer empresa. Saber como agir conforme aparecem os
desafios e desenvolver soluções eficientes são atitudes que exigem conhecimento prévio e preparação.

Neste conteúdo, você compreenderá as principais características desejáveis para desempenhar essa função e as
principais responsabilidades atribuídas aos profissionais dessa área. Você também terá a oportunidade de
conhecer campos de atuação para aplicar seus conhecimentos em finanças. Por fim, você será introduzido ao
conceito de análise ambiental em razão de sua importância para tomada de decisões quanto ao futuro da empresa.

1 - Competências e responsabilidades do gestor em finanças


Ao final deste módulo, você será capaz de reconhecer as principais competências e responsabilidades do gestor em finanças.

Características importantes para um gestor em finanças

video_library Vamos começar!


Assista ao vídeo do professor Antônio Carlos Magalhães para iniciar nossos estudos.

Um lição na área de finanças


De acordo com Dash (2011), na década de 1630, os
visitantes das prósperas cidades comerciais da Holanda
não puderam deixar de notar que milhares de cidadãos
holandeses, normalmente sóbrios e trabalhadores de
todas as esferas da vida, estavam envolvidos em um
extraordinário frenesi de compra e venda. O objetivo
dessa especulação sem precedentes era a tulipa, uma
importação oriental delicada e exótica que enfeitiçara
horticultores, nobres e proprietários de tabernas. Por
quase um ano, bulbos raros trocaram de mãos por somas
incríveis e sempre crescentes. Os historiadores
chamariam esse fenômeno de tulipomania. Esse foi o
primeiro mercado futuro da história e, como tantos outros
que se seguiram, caiu espetacularmente, mergulhando
especuladores e investidores em ruínas e desesperos
econômicos.

Os holandeses acreditavam que a tulipa, que vive em média cinco dias, era muito especial e começaram a comprar mais
a cada dia.

Com o tempo, essa flor começou a se tornar um símbolo de nobreza, e quem tivesse
algumas plantadas na frente de casa era considerado rico. Após uma alta demanda e
pequena oferta, o preço dessa flor ficou tão alto que se podia trocar uma pequena tulipa por
uma casa inteira.

Após um certo período de irracionalidade, os holandeses


perceberam que essa flor não valia tanto e pararam de
comprá-la, o que fez seu preço despencar e levar à
falência diversos negócios e comerciantes que tinham
construído sua fortuna com a venda de tulipas. Esse fato
foi relevante na área de Finanças, demonstrando uma
forte característica de especulação e a formação de uma
bolha no preço do produto, no caso, a tulipa.

Por mais interessante e antiga que seja essa história, ela está longe de ser ultrapassada.

Quantas vezes vemos negócios abrirem e fazerem muito sucesso, sendo que, de repente, desaparecem do ambiente
econômico?
Olhando para o presente, talvez investir em empresas com produtos novos possa parecer um ótimo negócio. No
entanto, será que elas terão um futuro próspero e o ajudarão a conquistar a sua independência financeira?

Ninguém sabe o dia de amanhã, mas existem certos estudos que ajudam a definir se o futuro de uma empresa é de
lucro, prejuízo ou até mesmo de falência. Para essas e outras análises, o papel do gestor de finanças é entrar em cena e
ajudar o empresário a decidir, através de uma avaliação financeira dos resultados do negócio, se o futuro provável é de
sucesso ou se a compra de determinada ação vale a pena ou não.

Se você está lendo este material, significa que está interessado em entender sobre as
organizações e seus resultados financeiros e, ainda mais, analisar esses números e tomar
decisões estratégicas que podem fazer a diferença entre um futuro próspero ou uma vida de
decepções.

Esperamos que os conceitos aqui passados sejam de grande valor e que você possa reconhecer a relevância das
finanças em seu cotidiano e em suas tomadas de decisão.

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31/01/2023 21:37 O papel do gestor em finanças

Perfil de um gestor em finanças


Antes de começarmos a estudar que atividades um gestor em finanças exerce ou que tipo de formação acadêmica as
empresas buscam em um profissional dessa área, vamos entender qual o perfil que as empresas procuram no gestor
financeiro e quais as características que você deve ter ou desenvolver para se tornar um profissional melhor e mais
capacitado.

calculate people
Se você é uma pessoa que sempre teve Cada ser humano é diferente e a forma como
dificuldade em matemática e que não entende processamos informações em nossos
o porquê de se aprender determinados temas, cérebros é única. A história está cheia de CEOs
ou que não encontrou em si as características de empresas famosas que nunca tiveram o
listadas aqui, não há nenhum problema! perfil que determinados profissionais de
Recursos Humanos dizem ser indispensável.
arrow_forward

CEOs
CEO (Chief Executive Officer) é um
nome em inglês que significa
presidente da empresa.

Atenção!

Sugerimos que você faça uma pesquisa a respeito de Jack Ma, sócio-fundador e CEO da empresa Alibaba, proprietária do AliExpress.

O que é o gestor em finanças?


Agora que você compreendeu que nada do que será dito aqui irá ditar com 100% de certeza o seu futuro, vamos
entender mais sobre o gestor em finanças.

Segundo Dias (2020), o gestor financeiro é responsável pela administração das finanças de uma empresa. É ele quem
cria e controla o planejamento financeiro em todos os níveis, sendo peça-chave no planejamento estratégico de uma
organização.

O gestor em finanças, diferentemente de um simples analista, deve possuir, além de conhecimentos técnicos avançados
em finanças, características de liderança, pois ele é responsável por uma equipe.

Sendo assim, é recomendado que, caso você não seja uma pessoa que se comunica bem, ou que não gosta de assumir
responsabilidades nem de fazer de tudo para entregar um trabalho de qualidade dentro do prazo, reveja seus conceitos
e trabalhe nesses pontos. Lembre-se de que essas são características importantes para exercer a maioria das funções.

O conhecimento na área de Finanças também será importante na sua educação financeira. A


questão previdenciária (formação de recursos para você em longo prazo) utiliza vários
conceitos dessa área.

Vejamos outras características importantes que um gestor em finanças deve possuir.

Capacidade analítica

O gestor financeiro precisa compreender os valores oriundos dos negócios. Diferentemente do mito popular, esse profissional não precisa
saber resolver contas de cabeça, nem fazer cálculos sem precisar de um computador ou calculadora. O gestor financeiro entende o que os
números apresentados querem dizer em cada relatório. Desse modo, é necessário que ele saiba o que é Resultado do Exercício, Fluxo de
Caixa, Receitas, Despesas e Custos, além de ter uma visão da economia, entre outras coisas, para tomar a melhor decisão. Então, uma
recomendação importante para você que deseja ser bem-sucedido nessa área: estude bastante e faça questão de entender cada detalhe
sobre o assunto, pois isso fará toda a diferença no mercado de trabalho.

Liderança

A liderança é uma competência rara e de extrema necessidade nas empresas. Conforme Melo (2013), a competência dos líderes mais citada
como desejada pelos executivos, por exemplo, foi a capacidade de desenvolver pessoas (88%). No entanto, apenas 31% deles admitem que
suas equipes possuem essa habilidade. Sendo assim, a capacidade de gerir pessoas é uma característica rara e de extremo valor.

Foco nos resultados

Se você fosse dono de uma empresa e contratasse um gerente para cuidar das coisas enquanto você se dedicava a encontrar novos clientes,
não gostaria que esse gerente fizesse de tudo para que a empresa produzisse mais e com menos custo? No entanto, a maioria dos
profissionais avalia o trabalho como uma tarefa que, “uma vez que terminada, ele está livre”, não se comprometendo para que a empresa
alcance seus objetivos e tenha sucesso. Em longo prazo, o perfil de quem tem foco nos resultados apresenta grandes frutos. Portanto, ser um
profissional movido pelos resultados da empresa é muito importante.

Boa comunicação

Quem já tentou explicar sobre determinado assunto e a outra pessoa não entendeu nada? E pior, disse que entendeu e, quando entregou o seu
trabalho, estava tudo diferente do que você havia pedido? Esse tipo de situação ocorre com mais frequência do que se imagina e, na maioria
das vezes, é porque o gestor não soube explicar em detalhes o que precisava para seu profissional. Por isso, é necessário que o gestor tenha
uma boa comunicação e saiba articular e explicar bem a sua ideia para que todos entendam e entreguem um trabalho de qualidade e dentro
do prazo.

Conhecimento técnico

Saber falar bem, motivar seus funcionários a trabalharem melhor e ter foco nos resultados é relevante. Porém, do que adianta saber vender
uma ideia se não souber como tirá-la do papel? Por isso, estudar é a base de tudo, sendo importante que você tire o máximo de proveito deste
estudo. Lembre-se de que entender os desafios e saber como resolvê-los é um fator decisivo na hora de ser contratado.

Atividades e tarefas de um gestor em finanças

Responsabilidades e atribuições
O gestor financeiro possui diversas características que faz dele um profissional de grande valor para a empresa. Um
profissional que deseja crescer na empresa, passando de estagiário a um gerente ou diretor, precisa saber quais são as
principais responsabilidades e atribuições que esse cargo exige.

check Gerir a equipe

Um gestor financeiro não é uma pessoa que fica atrás de um


computador de forma solitária (esse estereótipo já deixou de
existir faz tempo). O gestor financeiro que as organizações
buscam é uma pessoa motivada que traz animação e

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empolgação todos os dias para seus funcionários e ajuda na
conclusão de tarefas. Sendo assim, saber lidar com pessoas e
liderá-las na direção da conclusão de tarefas e alcance de
resultados é muito importante

check Ser eficaz na conclusão de tarefas

Um gestor financeiro precisa encontrar a melhor maneira de se


fazer algo com o mínimo de esforço possível. Como Bill Gates
disse uma vez: “Eu escolho uma pessoa preguiçosa para fazer
um trabalho duro, porque uma pessoa preguiçosa irá encontrar
uma forma fácil de fazer”. É claro que não estamos dizendo
para ninguém ser preguiçoso, mas um gestor em finanças tem
a responsabilidade de sempre encontrar meios fáceis e
corretos para se chegar ao resultado.

check Encontrar soluções

É responsabilidade do gestor financeiro encontrar soluções


onde ninguém as vê. Um gestor em finanças precisa conhecer
todas as tarefas que seus funcionários fazem diariamente para
saber o que pedir, quando pedir e como resolver, se algum
problema aparecer.

Multidisciplinaridade na formação

Administração expand_more

Os gestores em finanças normalmente são formados em Administração, Ciências Contábeis, Economia,


Engenharia e possuem vários cursos tecnológicos na área de Gestão. Cada curso dá uma visão diferente sobre
finanças, mas, de uma forma ou de outra, todos se completam e trazem conhecimentos importantes para um
gestor nessa área.

Economia expand_more

Conforme Rossetti (2008), a área da Economia é um estudo da humanidade nas atividades decorrentes da vida.
Examina a ação individual e social em seus aspectos mais estreitamente ligados à obtenção e ao uso das
condições materiais do bem-estar. Assim, de um lado, é um estudo da riqueza; do outro, o estudo do homem.
Pode-se entender que o profissional que se dedica à área econômica desenvolve uma visão mais abrangente
sobre o mercado, a sociedade e como um interage com o outro. Seu objetivo é garantir a saúde financeira de
uma indústria, órgão público e até mesmo nações. Por isso, os economistas veem muito mais do que números,
estudando temas como Microeconomia, Macroeconomia, Econometria e Finanças. Para os economistas que
decidam investir na área de Finanças, uma especialização, na maioria das vezes, faz-se necessária, para que
esses profissionais saibam de forma mais aprofundada a lidar com a dinâmica das organizações.

Contabilidade expand_more

A área da Contabilidade representa uma ferramenta administrativa que demonstra um diagnóstico das situações
econômicas e financeiras de todas as empresas. No Brasil, de acordo com Ávila (2010), a contabilidade consiste
em uma obrigatoriedade no mundo do trabalho, ou seja, todas as entidades, sejam elas públicas ou privadas,
com ou sem fins lucrativos, são obrigadas a manter os registros de suas transações comerciais. Esses registros
são processados pela contabilidade.

Atuar nessa área exige atenção e responsabilidade. O contador é responsável por registrar todas as finanças da
empresa em relatórios que serão usados pelos gestores para tomada de decisão e partes externas para
regulação. Para exercer suas atividades, o contador precisa ter um diploma de graduação em Contabilidade
reconhecido pelo MEC e obter o registro no Conselho Regional de Contabilidade (CRC). Técnicos em
Contabilidade também precisam obter o registro no CRC. Além disso, o contador igualmente estuda algumas
matérias dos cursos de Administração e Economia. No entanto, como seu curso é focado em informações
contábeis, esse profissional tende a possuir conhecimentos mais aprofundados em determinados assuntos.

Não possuo nenhuma dessas formações. E agora?

Se esse é o seu caso, não precisa se preocupar. As formações exibidas são algumas das mais comuns, mas os
profissionais de finanças podem ter diversas outras formações.

Uma alternativa para aprimorar os conhecimentos e disputar um cargo de gestor de finanças é especializar-se na área.

Falta pouco para atingir seus objetivos.

Vamos praticar alguns conceitos?

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Questão 1

Quais dessas características são requisitadas pelo gestor em finanças?

A Capacidade analítica, liderança, conhecimentos de programação PHP.

B Capacidade analítica, conhecimentos em línguas escandinavas, foco nos resultados.

C Conhecimentos em línguas escandinavas, liderança, conhecimentos de programação PHP.

D Capacidade analítica, liderança, foco nos resultados.

E Liderança, foco nos resultados e formação acadêmica em administração.

Parabéns! A alternativa D está correta.

A capacidade analítica é a compreensão dos valores oriundos dos negócios, isto é, saber o que os números
apresentados em um relatório significam. A liderança é a capacidade de gerir pessoas. Ter foco nos resultados
significa que o gestor em finanças deve comprometer-se para que a empresa alcance seus objetivos com sucesso.

Questão 2

Quais são as principais responsabilidades e atribuições de um gestor em finanças?

A Ser capaz de gerir pessoas, ser eficiente e eficaz e ser capaz de encontrar soluções inéditas.

B Ser capaz de gerir pessoas, ser eficiente e eficaz, ter noções de psicanálise.

C Ser eficiente e eficaz, ter especialização em alguma área de Direito e ser capaz de encontrar soluções.

D Ser eficiente e eficaz, ser capaz de gerir pessoas e ter fluência em inglês e espanhol.

Ser capaz de gerir pessoas, ter especialização em Economia e ser capaz de encontrar soluções
E
inéditas.

Parabéns! A alternativa A está correta.

As principais responsabilidades e atribuições que um profissional de gestão em finanças precisa ter são: ser capaz de
gerir pessoas e de desenvolver seu potencial; ser eficiente e eficaz, ou seja, buscar eficiência e eficácia na conclusão
de tarefas, encontrando a melhor maneira de se fazer algo com o mínimo de esforço possível; e ter a habilidade de
encontrar soluções inéditas em cenários que nenhum outro profissional enxergou.

2 - Áreas de atuação do gestor em finanças


Ao final deste módulo, você será capaz de identificar as áreas de atuação do gestor em finanças.

Áreas de atuação do gestor em finanças

video_library Vamos começar!


Assista a mais este vídeo do professor Antônio Carlos Magalhães para dar continuidade a nossos estudos.

Na organização
Os principais cargos que um gestor em finanças costuma ocupar são: gerente financeiro, gerente de controladoria e
gerente de contabilidade.

Vale destacar que muitos profissionais iniciam suas carreiras na área de Finanças como analistas e depois progridem
para as funções gerenciais. Cada área possui seus conhecimentos próprios e responsabilidades, conforme discutiremos
a seguir.

Gerente financeiro expand_more

O gerente financeiro é responsável por diversas áreas da empresa, tais como: Contas a Pagar, Contas a Receber
e Tesouraria. Como ele lida com tantos departamentos, precisa ser um profissional dinâmico e que entenda de
cada uma dessas áreas em detalhe.

Gerente de controladoria (ou controller) expand_more

A área de Controladoria pode ser entendida como uma evolução da Contabilidade, pois ela pega os dados
fornecidos por esta e os transforma em relatórios gerenciais, além de cuidar do orçamento da empresa (o
quanto ela vai poder gastar no próximo período). Como existe essa “conversa” entre ambas as áreas, o gerente
de controladoria (também conhecido como controller) precisa entender bastante sobre contabilidade. Os
controllers costumam ser formados em Administração ou Contabilidade e ter uma pós-graduação na área.

Gerente de contabilidade expand_more

O gerente de contabilidade é o responsável por pegar todas as compras e vendas da empresa e consolidar em
números que serão usados por toda a área financeira, além de ter que assinar um relatório chamado
Demonstração Financeira (apenas quando a empresa é grande). Como esse gerente é responsável por trazer os
números financeiros para o público, se torna uma figura muito importante na empresa. Para ser um gerente de
contabilidade, normalmente é necessária a formação em Ciências Contábeis.

Nas relações da organização com seu ambiente externo


A análise ambiental é algo necessário para o dono de uma empresa ou seus gestores tomarem decisões quanto ao
futuro. Desse modo, é possível saber como seus funcionários estão produzindo, se eles estão motivados, se o processo
é eficiente, entre outras informações do ambiente interno. Já a análise do ambiente externo fornece informações sobre
como estão seus concorrentes, se estão planejando alguma decisão que impactará a sua empresa, se os seus
fornecedores estão vendendo a um preço reduzido etc.

A análise de ambiente externo tem o objetivo principal de identificar oportunidades e ameaças para a empresa. Assim,
podemos classificar as oportunidades e as ameaças da seguinte maneira:

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Ambiente externo

Oportunidades
Vejamos, a seguir, detalhes sobre os tipos de oportunidades.

thumb_up Naturais

As oportunidades naturais são aquelas que aparecem para a empresa decorrentes da sua atividade-fim ou de recursos que ela já
possui. Um exemplo seria começar a vender a sobra de plástico não utilizado para uma empresa de reciclagem. Como essa é uma
maneira de ganhar dinheiro extra e não está definido como a atividade-fim da empresa, é uma oportunidade natural. Cabe ao
gestor de finanças observar se a empresa possui oportunidades de ganhar mais dinheiro (ou deixar de perder) no que diz respeito
ao uso de dinheiro e informar ao administrador da empresa.

thumb_up De evolução

As oportunidades de evolução surgem conforme a empresa vai funcionando e ganhando formato. Por exemplo, vamos supor que
uma empresa venda sorvetes e raspadinhas. Ao longo dos anos, ela percebe que a raspadinha que produz e vende também é
muito usada no preparo de drinks chiques vendidos em hotéis e boates. Enxergando essa oportunidade nova, ela, então, começa a
produzir raspadinhas voltadas para esses drinks. Como o gestor de finanças precisa estar sempre antenado às chances que
surgem, é preciso que ele enxergue essas oportunidades de negócios para a administração do dinheiro da empresa e saiba investir
melhor seus recursos.

thumb_up Sinérgicas

Essa expressão se refere às oportunidades que surgem na empresa e que a fazem criar uma nova área somente para atender a
esse novo produto ou serviço que ela decidiu prestar. Um exemplo de oportunidade sinérgica foi a Lamborghini, que no começo de
sua história vendia tratores agrícolas, mas, depois de uma resposta de ninguém menos que Enzo Ferrari (criador da marca Ferrari),
o senhor Ferruccio Lamborghini decidiu criar uma divisão de produção de carros esportivos. O gestor financeiro precisa ser uma
pessoa rápida e dinâmica e enxergar no próprio negócio as oportunidades futuras de se investir dinheiro em outros negócios que
vão gerar maior riqueza para sua empresa.

thumb_up De inovação

Essa oportunidade, normalmente, acontece devido a uma necessidade. Quando a empresa está com resultados desfavoráveis por
estar ultrapassada, ela precisa se atualizar e inovar para não falir. Como o gestor financeiro é o responsável pela saúde financeira
da empresa, esse profissional tem a responsabilidade de enxergar como a empresa está caminhando e se ela precisa se inovar
para não morrer no esquecimento.

Saiba mais
Para saber mais sobre o exemplo de oportunidade sinergética, leia o texto ”Lamborghini‒ História”, publicado no site da MotorConsult.

Ameaças
Vejamos, a seguir, detalhes sobre os tipos de ameaças.

trending_up Naturais

As ameaças naturais são problemas que a empresa pode encontrar na sua linha de negócio, seja por ineficiência seja porque o
mercado não quer mais aquele produto (alguém lembra do Frozen Yogurt e dos food trucks?). Por isso, o gestor financeiro precisa
analisar os números da empresa e enxergar se ela está sendo ineficiente ou se a receita está diminuindo e entender o porquê das
coisas. Depois disso, precisa informar ao dono da empresa, que irá tomar uma decisão sobre como agir nesse caso.

file_upload Aceitáveis

Existem ameaças que a empresa deve aceitar. Como diria algum sábio da história: “Não é possível abraçar o mundo com as
pernas”. Em outras palavras, por mais que a empresa deva se preocupar com todas as ameaças, ela não vai conseguir se proteger
contra tudo e, por isso, deve focar no que acredita ser mais perigoso para seu futuro e “jogar os outros riscos para escanteio”. O
gestor financeiro, sabendo que é necessário escolher bem suas batalhas, deve saber onde colocar o dinheiro da empresa e com o
que não se preocupar.

download Inaceitáveis

É com essas ameaças que o gestor financeiro deve se preocupar e lutar para vencer. Esse tipo de ameaça se refere a todos os
riscos e problemas externos que a empresa pode encontrar e que podem gerar sérios danos ao negócio. Dessa forma, é
importante que o gestor financeiro, com base nos números, saiba o que está acontecendo no cenário externo e faça uso do
dinheiro para vencer na batalha econômica.

Análise SWOT
Por fim, completaremos nossa jornada apresentando uma forma simples, porém muito útil, de identificar fraquezas e
ameaças internas e externas à sua empresa.

A análise SWOT é frequentemente utilizada pelas empresas, além de ser muitas vezes usada como ferramenta para
analisar o potencial analítico de um candidato. Esse tipo de análise ainda possibilita ter em mãos de forma prática as
forças internas da empresa e suas oportunidades externas, conforme imagem abaixo.

Análise SWOT

Uma forma de praticar essa análise é desenhar uma matriz similar à tabela acima (sinta-se livre para desenhá-la usando
toda sua criatividade!) e listar, em cada uma das caixas (Forças, Fraquezas, Oportunidades e Ameaças), os itens que
você classifica como prioritários para estabelecer estratégias financeiras para a empresa.

Sugerimos que você faça uma pesquisa a respeito da Análise SWOT e veja diversas dicas de como segui-la de forma
eficaz.

Falta pouco para atingir seus objetivos.

Vamos praticar alguns conceitos?

Questão 1

Existem 3 principais cargos que o gestor em finanças costuma assumir: gerente financeiro, gerente de contabilidade e
gerente de controladoria (controller). Qual das respostas abaixo se refere às funções que um controller exerce?

Como a controladoria é uma área referente à Tesouraria, o controller tem a principal função de cuidar
A
dos investimentos feitos pela organização.

O controller, que sempre é um contador, fica responsável por supervisionar a contabilidade e ser o
B
chefe do contador sênior.

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O controller é um profissional altamente capacitado que cuida tanto dos investimentos da empresa
C
quanto dos lançamentos contábeis.

Como a controladoria é uma área que conversa com a contabilidade, o controller tem como principal
D
responsabilidade montar relatórios gerenciais e cuidar do orçamento da empresa.

Como a controladoria é uma área que conversa com a contabilidade, o controller tem como principal
E responsabilidade cuidar do orçamento da empresa. Essa função exige graduação e pós-graduação em
Contabilidade.

Parabéns! A alternativa D está correta.

Conforme estudamos neste módulo, a área de Controladoria conversa com a Contabilidade. Dessa forma, o gerente de
controladoria (também conhecido como controller) precisa entender bastante sobre contabilidade, pois ele pega os
dados fornecidos pela contabilidade e os transforma em relatórios gerenciais. A resposta da alternativa “d” é a única
que descreve de forma correta as funções que um controller exerce dentro de empresas.

Questão 2

Um gestor em finanças deve estar atento às oportunidades e ameaças que podem ocorrer com a empresa referentes
à área de Finanças. Levando essa ideia em consideração, qual das respostas abaixo apresenta uma oportunidade e
uma ameaça, respectivamente, que um gestor financeiro deveria observar e informar ao gestor da organização?

O gestor financeiro deveria observar a oportunidade sinérgica de a empresa possuir muito dinheiro em
caixa sem uso e sugerir ao gestor que esse dinheiro seja gasto da forma que ele bem entender, sem
A uma análise prévia adequada quanto às despesas futuras. Além disso, o gestor financeiro deveria
enxergar a ameaça inaceitável da empresa concorrente, que pode colocar o futuro de seu negócio em
risco, e sugerir ao gestor da empresa que faça uma oferta para comprar a concorrente.

O gestor financeiro deveria observar a oportunidade de evolução pelo fato de a empresa possuir muito
dinheiro em caixa sem uso e sugerir ao gestor que tal dinheiro seja aplicado para render juros e, com
isso, aumentar a riqueza da empresa. Além disso, o gestor financeiro deveria enxergar a ameaça
B
aceitável de a empresa estar apresentando prejuízo nos últimos cinco anos e recomendar ao gestor da
organização que não se preocupe, apesar de ela não ter mais recursos para sobreviver, caso uma ação
imediata seja tomada.

O gestor financeiro deveria observar a oportunidade de evolução, pois a empresa possui muito dinheiro
em caixa sem uso, e sugerir ao gestor da empresa que esse dinheiro seja aplicado para render juros e,
com isso, aumentar a riqueza da empresa. Além disso, o gestor financeiro deveria enxergar a ameaça
C
natural representada pelo fato de o mercado não estar mais adquirindo o produto da empresa por
causa de seu elevado preço e recomendar ao gestor uma diminuição desse valor, de modo que ele se
torne mais competitivo.

O gestor financeiro deveria observar a oportunidade de evolução sinalizada pelo fato de a empresa
possuir pouco dinheiro em caixa e sugerir ao seu gestor que este pegue um empréstimo no banco a
juros altos para que, em caso de incertezas, a empresa possua bastante dinheiro disponível. Além
disso, o gestor financeiro deveria enxergar a ameaça inaceitável de diversos concorrentes estarem
D
surgindo no mercado e, apesar de isso não ser um risco em médio prazo, uma vez que a fatia de
mercado de sua empresa esteja segura, ele deveria sugerir igualmente ao gestor da empresa que este
compre todos os seus concorrentes, para que sua empresa seja a única no mercado a oferecer
determinado produto, mesmo que isso a leve à falência.

O gestor financeiro deveria observar a oportunidade de evolução, pois a empresa possui muito dinheiro
em caixa sem uso, e sugerir ao gestor da empresa que esse dinheiro seja aplicado para render juros e,
E com isso, aumentar a riqueza da empresa. Além disso, o gestor financeiro deveria enxergar a empresa
concorrente como ameaça inaceitável, que pode colocar o futuro de seu negócio em risco, e sugerir ao
gestor da empresa que faça uma ação para levar a concorrente à falência o mais rápido possível.

Parabéns! A alternativa C está correta.

Existem diferentes tipos de oportunidades (naturais, de evolução, sinérgicas e de inovação) e de ameaças (naturais,
aceitáveis e inaceitáveis). As oportunidades de evolução são aquelas que surgem conforme a empresa vai
funcionando e ganhando formato. No exemplo mostrado na resposta da alternativa “c”, a oportunidade é o fato de a
empresa possuir dinheiro em caixa que não está sendo usado. Esse dinheiro que, de grosso modo, constitui uma
sobra, vem a ser a oportunidade ideal para que a empresa evolua, ou seja, amplie sua riqueza, ao investir essa soma
em uma aplicação financeira. A ameaça (do tipo natural) é representada no exemplo pelo produto da empresa ter um
preço elevado e não estar sendo comprado. O preço alto compromete a competitividade no mercado e, por isso, deve
ser recomendada ao gestor uma diminuição desse preço.

Considerações finais
Conforme pôde ser visto ao longo deste estudo, o gestor em finanças é um profissional com ensino superior e fortes
características, como capacidade analítica, liderança, foco nos resultados, boa comunicação e conhecimento técnico.

Os principais cargos ocupados nas organizações pelo gestor financeiro são: gerente financeiro, gerente contábil e
controller, que se complementam a fim de gerir os recursos financeiros das organizações, provendo suporte ao gestor
da empresa. Para tal, o gestor financeiro lida diariamente com oportunidades e ameaças e, ao lado do gestor da
organização, possui conhecimento técnico para buscar eficácia na sua gestão.

headset Podcast
Para encerrar, ouça a seguir um breve resumo sobre nosso estudo.

Referências
ÁVILA, C. A. Contabilidade básica. 1. ed. Curitiba: LT, 2010.

CHIAVENATO, I. Administração nos novos tempos. 2. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005.

CHIAVENATO, I. Cartas a um jovem administrador: O futuro está na administração. 1. ed. São Paulo: Campus, 2006.

DASH, M. The story of the world’s most coveted flower and the extraordinary passions it aroused. 1. ed. UK: Hachette,
2011.

DIAS, E. Gestor financeiro. Dicionário Financeiro. Consultado em meio eletrônico em: 3 abr. 2020.

FRANCO, G. H. B. Cartas a um jovem economista: conselhos para seus planos econômicos. 1. ed. São Paulo: Campus,
2010.

GITMAN, L. Administração Financeira. 12. ed. São Paulo: Pearson, 2010.

MELO, L. O que as empresas precisam e os chefes não têm. Exame. Consultado em meio eletrônico em: 5 abr. 2020.

MOTORCONSULT. Lamborghini‒ História. MotorConsult. Consultado em meio eletrônico em: 5 abr. 2020.

NEVES, S. das; VICECONTI, P. E. V. Contabilidade básica. 16. ed. São Paulo: Saraiva, 2013.

ROSSETTI, J. P. Introdução à Economia. 20. ed. São Paulo: Atlas, 2008.

Explore +
Para aprender mais sobre os assuntos tratados neste estudo, recomendamos as seguintes leituras:

Os livros da área de Administração: Cartas a um jovem administrador (2006) e Administração nos novos tempos (2005),
ambos de Idalberto Chiavenato.

Os livros da área de Contabilidade: Contabilidade básica (2017), de Paulo Eduardo Viceconti e Silvério das Neves.

Os livros da área de Economia: Cartas a um jovem economista: conselhos para seus planos econômicos (2010), de
Gustavo H. B. Franco.

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31/01/2023 21:38 Planejamento e controle em finanças

Planejamento e controle em finanças


Prof. Tiago Sayão

Descrição Conceitos iniciais sobre planejamento e controle na área de Finanças dentro do meio empresarial.

Propósito Compreender os conceitos básicos do planejamento financeiro de curto e longo prazo de uma empresa, bem como a eficiência e a
eficácia do controle interno, é fundamental para a tomada de decisões na administração de empresas.

Preparação Antes de iniciar o conteúdo deste tema, tenha em mãos um computador com acesso à internet e aplicativo com funções financeiras.

Objetivos

Módulo 1 Módulo 2 Módulo 3

Planejamento financeiro nos As funções e as formas de Ferramentas de controle financeiro


horizontes de curto e longo prazo organização da informação na área para a tomada de decisão
financeira
Reconhecer o planejamento financeiro nos horizontes Aplicar as ferramentas de controle financeiro para a
de curto e longo prazo. tomada de decisão.
Identificar as funções e as formas de organização da
informação na área financeira.

meeting_room Introdução
Controlar a execução do planejamento é uma função vital em uma empresa, pois o planejamento ajuda a definir o
rumo tomado para uma meta preestabelecida que seja alcançada, enquanto o controle, por sua vez, ajuda a
empresa a não se desviar dessa rota.

Este conteúdo apresentará as diferentes funções dentro da área financeira e a atividade de cada uma, pois tal área
não pode ser considerada especializada, e sim generalista, já que trabalha com informações de todas as outras
áreas.

Portanto, nosso estudo revela-se uma jornada por meio do processo financeiro de uma empresa, apresentando as
funções, os planejamentos, os controles e as ferramentas necessárias para sua área financeira sempre fornecer
informações gerenciais precisas e relevantes a uma tomada de decisão.

O planejamento financeiro é tão importante que não se limita a questões econômicas. Como vemos neste vídeo,
assuntos ligados ao cotidiano também requerem uma conduta prudente em relação aos gastos e à forma com que
eles podem ser pensados.

video_library Introdução

1 - Planejamento financeiro nos horizontes de curto e longo prazo


Ao final deste módulo, você será capaz de reconhecer o planejamento financeiro nos horizontes de curto e longo prazo.

Planejamento financeiro: o que planejar?


Para entendermos o planejamento financeiro no âmbito empresarial, é importante que antes compreendamos o próprio
conceito de planejamento. Segundo Sobral e Peci (2013), ele pode ser definido como:

Função da administração responsável pela definição dos objetivos da organização e pela


concepção de planos que integram e coordenam suas atividades.

(SOBRAL; PECI, 2013)

Planejamento, portanto, integra o que deve ser feito à maneira como isso pode ser realizado ou atingido. Afinal, de que
adianta planejar se depois não podemos checar o que foi planejado?

Essa checagem é chamada de controle. Ainda de acordo com Sobral e Peci (2013), o controle pode ser considerado a
função da administração responsável pela geração de informações sobre a execução das atividades a fim de garantir o
cumprimento das metas planejadas, monitorando-as e corrigindo desvios significativos.

Exemplo

Tracei como meta emagrecer dois quilos até dezembro deste ano (meta: objetivo + prazo). Farei isso por meio de dieta e exercícios físicos, embora
meu planejamento também inclua a forma como esse controle será realizado: quantos minutos me exercito e quantos gramas perco por semana. Por
fim, após o planejamento, começarei a execução do plano e seu controle (monitoramento e correção caso seja necessário). O planejamento do
controle financeiro tem uma lógica semelhante.

O planejamento também é muito importante ao organizar a vida financeira, seja de uma pessoa física ou jurídica. As
metas são os objetivos com prazos que se deseja alcançar, enquanto a tática é a maneira ou o caminho para que elas
sejam alcançadas. Veja o exemplo.

Se a meta de uma empresa é dobrar o valor de sua receita em dois anos, suas táticas podem ser:

investir mais em marketing;


contratar mais funcionários para o departamento comercial;
aumentar a rede de distribuição;
iniciar uma nova linha de produção.

Note que as táticas geram e consomem recursos da entidade. Dessa forma, elas criam receitas (geram recursos) e
criam despesas (consomem recursos). Se o planejamento não for bem feito, as despesas podem superar as receitas,
não havendo, dessa forma, lucro – e sim prejuízo.

Esta é a importância do planejamento: alcançar as metas por meio de maneiras eficazes


(atingir o alvo) e eficientes (utilizando menos recursos, como tempo, dinheiro, pessoas e
materiais).

Alguém ainda pode se perguntar: “O que eu tenho de planejar?”. A resposta é: tudo (ou o máximo possível) que puder.

Quando desejar alcançar uma meta, você só será capaz de verificar se conseguiu fazê-lo de forma eficiente se tiver
planejado todos os passos relacionados a ela. Para entendermos isso melhor, imaginaremos a seguinte situação: você

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deseja dobrar sua receita, promovendo, como consequência disso, um aumento de 80% no valor do gasto em marketing.

Como podemos verificar se esse aumento foi grande ou pequeno? Não há como saber isso sem uma comparação. Se o
planejamento incluía um aumento de 50%, então o gasto foi maior que o planejado – e o motivo disso deve ser
verificado atentamente. Caso o aumento seja de 100%, se essa era a porcentagem pretendida, o gasto foi menor que o
esperado.

O planejamento deve ser feito usando números factíveis. Não adianta nada fazê-lo inflando os tetos de despesas só
para tornar mais fácil o seu alcance, pois isso, na verdade, atrapalha o processo de planejamento. Entretanto, há itens
cujo gasto de recursos no planejamento é maior que os ganhos a serem obtidos.

Exemplo

Em uma grande empresa com receita anual de milhões de reais, o valor dos materiais de escritório é irrelevante. Desse modo, todos os tipos de
despesas pequenas sem muita relevância normalmente são agrupados no subgrupo “Outras despesas”.
Obviamente, tudo precisa ser planejado. No entanto, a atenção, nesse processo, deve estar concentrada nos itens maiores e mais relevantes. Isso não
significa que os menores e menos relevantes não devam ser planejados. Eles, na verdade, são juntados para não haver o desperdício de vários recursos
no planejamento de um valor muito pequeno.

Tipos de planejamento de curto prazo


Falaremos agora sobre dois tipos de planejamento: o de curto prazo, que normalmente tem o período de um ano, e o de
longo prazo, que se estende por vários anos. Detalharemos a seguir as principais diferenças entre esses dois tipos de
planejamento. A principal ferramenta utilizada na área de finanças para estruturar e materializar tal planejamento é:

Fazer a estimativa de receitas previstas para um período (o anual é Estabelecer limites para as despesas que pretendemos realizar.
rotineiramente utilizado para períodos de curto prazo).

Para sabermos se as despesas fixadas são compatíveis com as receitas esperadas, fazemos uma comparação entre
ambas em períodos definidos ao longo do ano. Apesar de normalmente mensal, o período utilizado também pode ser
quinzenal, semanal, bimestral ou trimestral. Isso varia em cada tipo de organização.

Saiba mais
O orçamento é uma ferramenta de confronto entre essas receitas e despesas. A primeira linha se refere sempre à entrada de recursos, ou seja, tudo
que possui relação com a receita. As outras linhas abordam as despesas previstas. O lucro é a diferença entre receitas e despesas previstas.

Janeiro Fevereiro Março

Receitas R$500.000 R$400.000 R$450.000

(-) Custo das mercadorias


R$120.000 R$110.000 R$115.000
vendidas

(-) Despesas administrativas R$80.000 R$80.000 R$80.000

(-) Despesas financeiras R$55.000 R$55.000 R$55.000

(-) Outras despesas R$25.000 R$25.000 R$25.000

(-) Impostos R$66.000 R$39.000 R$52.500

(=) Lucro R$154.000 R$91.000 R$122.500

Tabela: Previsão orçamentária


Tiago Sayão

Mas como podemos fazer esse tipo de previsão orçamentária? Comecemos com a linha de receita. Você pode pegar a
do último ano e usar como base para o próximo.
Nesse caso, qual é a expectativa: vender mais ou menos?

Vamos analisar o exemplo e responder à pergunta.

Atividade discursiva
Após fazer uma pesquisa, a empresa XYZ verificou ser capaz de alcançar os seguintes resultados para o próximo ano:

Cenário A: aumentar em 15% o preço de venda e diminuir em 10% a quantidade vendida;


Cenário B: diminuir em 8% o preço e aumentar em 20% a quantidade;
Cenário C: manter o preço, gastando R$50.000 em marketing para aumentar em 30% a quantidade vendida.

Se, neste ano, a empresa vendeu 45.000 produtos a R$38 cada, indique qual é a melhor estratégia a ser adotada no
planejamento do próximo ano.

Digite sua resposta aqui

Exibir soluçãoexpand_more

Primeiramente, temos de saber a receita total deste ano:


45.000 x R$38 = R$1.710.000

Portanto, para os cenários apresentados, ela fica em:


Cenário A: (45.000 x 90%) x (R$38 x 115%) = R$1.769.850;
Cenário B: (45.000 x 120%) x (R$38 x 92%) = R$1.887.840;
Cenário C: (45.000 x 130%) x R$38= R$2.223.000 - R$50.000 = R$2.173.000.

Verificamos que o Cenário C aumenta a receita para R$2.223.000. Mesmo que descontemos os R$50.000 da
despesa de marketing, o valor de R$2.173.000 ainda é o maior dos três cenários. Portanto, em suas projeções, o
planejamento do ano seguinte deve usar os seguintes valores: receita de R$2.223.000 e despesa de marketing de
R$50.000. Então, a resposta correta é o Cenário C.
Mas você pode estar se perguntando: essa previsão não aborda as outras despesas? Outros custos não mudam
muito no curto prazo.

Na tabela do planejamento trimestral de uma empresa que já mostramos, podemos ver que as despesas administrativas
(R$80.000) se mantiveram estáveis no período. Desse modo, para fazer um orçamento, deve-se:

Estimar a receita e as despesas que aumentam ou diminuem em relação à variação da receita;


Colocar as despesas que não devem mudar no período.

Tipos de planejamento de longo prazo


Este tipo de planejamento leva em consideração os gastos da empresa obtidos em longo prazo. Tomemos um exemplo:
uma empresa que fabrica produtos precisa renovar seu maquinário ocasionalmente, porém esse gasto não acontece
todo ano, e sim em períodos maiores. Por isso, ele deve ser planejado em longo prazo.

Quando uma empresa decide investir em um novo projeto, ela precisa fazer um planejamento do tipo, pois ele não se
mostra rentável em curto prazo. Para vermos como isso é possível, será necessário entendermos os três conceitos
seguintes: payback, valor presente líquido (VPL) e taxa interna de retorno (TIR).

Payback
O payback de um projeto é o tempo necessário para que o investimento inicialmente efetuado seja recuperado, ou, em
outras palavras, o período em que o projeto “se paga”. Em função de sua simplicidade, esse método é bastante popular e
comumente utilizado em associação a outras metodologias, como a TIR e o VPL (falaremos sobre eles daqui a pouco).
Existem duas abordagens para o payback: o payback simples e o payback descontado:

Payback simples Payback descontado


Utiliza os fluxos de caixa do projeto sem qualquer tipo de ajuste. Trabalha com fluxos de caixa atualizados, trazidos a valor presente, pelo
custo de capital do projeto.

O payback simples desconsidera o “custo do dinheiro” em sua análise e por isso não é capaz de apontar a viabilidade de
um projeto. No caso do payback descontado, para que o projeto seja considerado viável, é necessário que o prazo de
retorno dos recursos seja inferior à duração do projeto. Ou seja, se o payback descontado for inferior à vida útil do
projeto, este poderá ser considerado viável.

Comumente, empresas determinam paybacks limite para os projetos baseadas em suas experiências passadas. Entre
as possíveis razões para esse tipo de restrição, teríamos a suposição de um prazo até a obsolescência para a
tecnologia envolvida no projeto. Em indústrias com alto grau de inovação tecnológica, os paybacks limites para projetos
devem ser mais curtos do que em indústrias com baixo grau de inovação.

Exemplo
Os gestores da TSR gostariam de conhecer o tempo necessário para o retorno dos recursos investidos no novo projeto. Considerando o nível de risco
envolvido no empreendimento, a taxa estimada para o projeto seria de 15% ao ano. Com base no fluxo de caixa estimado e em seu custo de capital, é

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31/01/2023 21:38 Planejamento e controle em finanças

possível calcular o payback simples e o descontado do novo projeto da TSR. A tabela 1 demonstra a evolução do saldo de entradas e saídas de fluxos
de caixa do projeto de expansão da empresa.

Período Fluxo de caixa Saldo

0 -15.000 -15.000

1 4.140 -10.860

2 4.140 -6.720

3 4.140 -2.580

4 4.140

Tabela: Payback Simples do projeto de expansão da TSR


Tiago Sayão

Como se pode observar, a coluna Saldo, ao término do terceiro ano, faltaria retornar $ 2,58 milhões. Considerando que
no decorrer do quarto ano o projeto produziria um fluxo de caixa de $ 4,14 milhões, adicionalmente aos três anos, a TSR
necessitaria de 0,62 anos (aproximadamente 7,5 meses) para obter o retorno dos recursos investidos no projeto. Dessa
forma, o payback simples do projeto de expansão seria de 3,62 anos (3 anos e 7,5 meses):

Payback Simples=3 anos+2,58/4,14 =3,62 anos

A tabela 2 demonstra a evolução do saldo atualizado de entradas e saídas de fluxos de caixa do projeto de expansão da
TSR.

Período Fluxo de caixa Fator de desconto Fluxo de caixa descontado Saldo

0 -15.000 1,00 -15.000 -15.000

1 4.140 1,15 3.600 -11.400

2 4.140 1,32 3.130 -8.270

3 4.140 1,52 2.722 -5.547

4 4.140 1,75 2.367 -3.160

5 4.140 2,01 2.058 -1.122

6 4.140 2,31 1.790

Tabela: Payback Descontado do projeto de expansão da TSR


Tiago Sayão

Como podemos observar na coluna Saldo, ao término do quinto ano faltaria retornar $1,12 milhão. Considerando que no
decorrer do sexto ano o projeto produziria um fluxo de caixa descontado de $1,79 milhão, adicionalmente aos cinco
anos, a TSR necessitaria de 0,63 anos (aproximadamente 7,5 meses) para obter o retorno dos recursos investidos no
projeto.

Dessa forma, o payback descontado do projeto de expansão seria de 5,63 anos (5 anos e 7,5 meses), o que sugeriria sua
viabilidade, considerando que os recursos investidos no empreendimento retornariam capitalizados pelo custo de
oportunidade antes do término da vida do projeto.

Payback Descontado=5 anos+1,12/1,79 =5,63 anos

video_library Viabilidade financeira


Veja como é feito o cálculo da viabilidade financeira de um projeto.

Valor presente líquido (VPL)


Mesmo sendo possível termos uma ideia de quanto poderemos ter no futuro, resta a questão: Quanto valeria hoje o
recurso (dinheiro) que, afinal, só poderei ter no futuro? Para descobrir isso, existe uma ferramenta chamada VPL.

Se soubermos a previsão de fluxo de receitas e gastos ao longo do tempo para determinada situação, conseguiremos
estimar o valor atual de um resultado que somente ocorrerá daqui a algum tempo. O VPL serve para melhorarmos
nossos processos de decisão.

Se eu tiver uma boa ideia do valor atual de um recurso que só existirá no futuro, poderei me planejar melhor para:

quando ele realmente existir.


escolher uma alternativa que aparentemente possa me retornar menos em um futuro mais próximo, mesmo tendo
um valor presente maior.

O VPL (também conhecido como VAL – valor atual líquido) é o cálculo que apresenta o resultado financeiro
atual/presente de um fluxo de caixa descontado a uma taxa de juros apropriada. Assim, também se pode definir VPL
como a soma algébrica (negativos e positivos) dos valores descontados de um fluxo de caixa. Quando em condições de
perpetuidade, valor constante de retorno e aplicação de taxa constante de crescimento, o valor do VPL é calculado da
seguinte forma:

 Retorno 
V PL = −  Investimento Inicial 
(i − c)

Em que:

i= é a taxa de desconto. Pode ser entendida como aquela que a empresa receberia investindo o mesmo dinheiro em
outro lugar, como títulos públicos e poupança, ou a responsável por fazer com que ele perca seu valor no tempo caso
não seja aplicado, como ocorre na inflação;

c= é a taxa de crescimento. Trata-se de qualquer taxa que o gestor acredite ser capaz de aumentar sua receita no
tempo. É importante, no entanto, que a taxa de crescimento seja menor do que a de desconto.

Analisemos o seguinte exemplo: uma empresa investiu R$100.000 em um projeto com rendimento de R$20.000 por ano
e inflação anual de 5%. Qual será o seu VPL?

Retorno = 20.000
i= 0,05
c= 0

Investimento Inicial = 100.000


Então temos:

20.000
V PL = − 100.000 = 300.000 − 100.000 = R$200.000, 00
(0, 05 − 0)

Vamos supor agora que ela acredite ser capaz de aumentar o retorno anualmente a uma taxa de 2%. Qual será o seu
VPL?

20.000
V PL = − 100.000 = 666.666, 67 − 100.000 = R$566.666, 67
(0, 05 − 0, 02)

Note que, pelo fato de a empresa ter feito seu retorno subir todo ano, o VPL do empreendimento aumentou bastante.

Taxa interna de retorno (TIR)


TIR é a taxa que deixa o VPL na perpetuidade igual a zero:

 Retorno 
−  Investimento Inicial  = 0
(T I R − c)

Reordenando essa fórmula, vemos que a TIR é:

 Retorno 
T IR = + c
 Investimento Inicial 

Para o exemplo anterior, temos a seguinte taxa:

Retorno = 20.000
c= 0,02
Investimento Inicial = 100.000

Então temos:

20.000
 TIR  = + 0, 02
100.000

 TIR  = 0, 2 + 0, 02

 TIR  = 0, 22

 TIR  = 22%

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31/01/2023 21:38 Planejamento e controle em finanças

Vamos testar agora a TIR no cálculo do VPL:

Retorno = 20.000
i= 0,22
c= 0,02
Investimento Inicial = 100.000

20.000
V PL = − 100.000
(0, 22 − 0, 02)

V P L = 100.000 − 100.000

V PL = 0

Você deve estar se perguntando: para que me serve a TIR? Ela é a taxa de retorno de seu investimento.

No exemplo acima, o projeto está rendendo 22% ao ano de retorno para sua empresa. Você poderá usar essa
informação em seu planejamento para tomar as seguintes decisões:

Em qual projeto devo investir?

Vale a pena abrir um novo projeto?

video_library Planejamento financeiro


Neste vídeo, saiba um pouco mais sobre a importância do planejamento financeiro.

Relação entre conceitos

Conexão entre VPL e TIR


Há uma íntima relação entre esses dois objetos matemáticos, sendo que as considerações sobre eles devem resultar de
análises invertidas quando se tratar de investimentos ou financiamentos. A razão dessa inversão é que alguém, ao
realizar um investimento de capital, espera ampliá-lo, ao passo que, ao realizar um financiamento de um bem, espera
reduzir a aplicação.

Investimento Financiamento

Em um investimento, se VPL for positivo, a TIR Em um financiamento, se VPL for positivo, a


é maior do que a taxa de juros de mercado. Se TIR é menor do que a taxa de juros de
VPL for negativo, a TIR é menor do que a taxa mercado. Se VPL for negativo, a TIR é maior do
de juros de mercado e se VPL = 0 então a taxa close que a taxa de juros de mercado. E se VPL = 0,
de juros de mercado coincide com a TIR. então a taxa de juros de mercado coincide com
Conclusão: em um investimento, se VPL é a TIR. Conclusão: em um financiamento, se
maior então a taxa (TIR) também é maior. VPL é maior, então a TIR é menor.

Relação entre TMA e TIR


A taxa mínima de atratividade (TMA) é uma taxa de juros que representa o mínimo que um investidor deseja ganhar
quando faz um investimento, ou o máximo que um tomador de dinheiro emprestado pretende pagar ao fazer um
financiamento. Essa taxa é formada a partir de três componentes básicas:

Custo de oportunidade Risco do negócio Liquidez


Remuneração obtida em alternativas que não as O ganho tem que remunerar e justificar o risco Capacidade ou velocidade em que se pode sair
analisadas. Exemplo: caderneta de poupança, inerente de uma nova ação ou um novo de uma posição no mercado para assumir
fundo de investimento, aplicações no mercado investimento. Quanto maior o risco, maior a outra. Uma empresa com boa liquidez
financeiro em geral. É a taxa efetiva que sendo remuneração esperada. normalmente muda de classificação no
utilizada no mercado neste momento. mercado em uma velocidade muito rápida.

Ao se utilizar uma TMA como taxa de juros de referência, aplicam-se métodos como o Valor Presente Líquido para se
determinar a viabilidade financeira de um investimento ou empréstimo. Caso o resultado seja positivo, a taxa interna de
retorno supera a TMA e o investimento é interessante. O contrário ocorre caso o resultado seja negativo. Se a TMA e a
Taxa Interna de Retorno forem as mesmas ou muito parecidas, o investimento é indiferente. É importante verificar
também se esses retornos, além de serem positivos, atendem às expectativas do investidor. Isso nem sempre ocorre.

Falta pouco para atingir seus objetivos.

Vamos praticar alguns conceitos?

Questão 1

Dos métodos de avaliação econômica de projetos descritos a seguir, assinale aquele que não é feito por fluxo de caixa
descontado:

A Valor presente líquido.

B Taxa interna de retorno.

C Payback simples.

D Custo equivalente anual.

E Taxa interna de retorno modificada.

Parabéns! A alternativa C está correta.

O payback simples é fácil de calcular e compreender. Considera-se os fluxos de caixa operacionais do projeto de
investimento, sendo o período de payback o tempo necessário para se recuperar o investimento feito.

Questão 2

Uma empresa deseja investir em um projeto com custo de R$180.000 e receitas anuais de R$15.000. Sabendo que a
taxa de desconto é de 10% ao ano, indique o VPL desse projeto.

A Negativo em R$150.000.

B Negativo em R$30.000.

C Positivo em R$20.000.

D Positivo em R$30.000.

E Positivo em R$150.000.

Parabéns! A alternativa B está correta.

15.000
V PL = − 180.000 = 150.000 − 180.000 = −R$30.000
(0, 1 − 0)

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31/01/2023 21:38 Planejamento e controle em finanças

2 - As funções e as formas de organização da informação na área financeira


Ao final deste módulo, você será capaz de identificar as funções e as formas de organização da informação na área financeira.

Organização e funções na área financeira


Todos os gastos da área de finanças devem estar categorizados corretamente; além disso, cada categoria precisa se
referir a um tipo de gasto. Uma empresa deverá organizá-los nessas categorias para eles poderem ser controlados ao
longo do tempo. Veremos a seguir de que forma essa organização é estruturada, destacando ainda as principais
funções na área financeira.

Determinadas por cada empresa, as principais funções são:

Diretoria Financeira expand_more

Funciona nela tanto a parte administrativa do setor financeiro quanto o setor de análise financeira da empresa. A
parte financeira é um elo entre todos os setores. Por isso, a diretoria precisa coordenar o recebimento das
informações de todos os setores para fazer a análise financeira de forma correta e, consequentemente, auxiliar
na gestão da empresa.

Tesouraria expand_more

Sua principal função é administrar o caixa da empresa, sendo a responsável por manter a capacidade de pagar
as obrigações dela sem atrasos. Além disso, a Tesouraria precisa verificar a legitimidade dos pagamentos feitos
pela empresa, aferindo se eles se referem a compras realmente efetuadas.

Controladoria expand_more

Sua responsabilidade é acompanhar o setor financeiro da empresa e verificar se ela está seguindo o
planejamento de curto prazo estipulado no início do ano. A controladoria também ajuda no processo de tomada
de decisão, auxiliando em seu planejamento e acompanhamento.

Contabilidade expand_more

Prepara informações contábeis que serão utilizadas por todo o setor financeiro. A contabilidade também é
responsável por fazer todos os lançamentos contábeis e elaborar as demonstrações financeiras da empresa.

Gestão de Tributos expand_more

Os tributos devem ser pagos; afinal, sua evasão configura um crime fiscal. No entanto, uma empresa poderá
utilizar estratégias totalmente legais (chamadas de elisão fiscal) para minimizar o valor daqueles que precisar
pagar. Além de trabalhar a fim de otimizar o pagamento dos tributos, a gestão de tributos também a ajuda a
recolher os tributos dentro dos prazos, evitando, assim, multas e penalidades.

Organização da informação
São organizadas de diferentes formas. Analisaremos os tipos de informação financeira a seguir.

Organização da informação contábil-financeira


As informações de uma empresa são organizadas seguindo diretrizes do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC).
O CPC foi criado pelo Conselho Federal de Contabilidade, que possui membros de diversas áreas.

As demonstrações financeiras ou contábeis são os relatórios preparados com o objetivo de disponibilizar informações
sobre a situação patrimonial, econômica e financeira de uma organização para os usuários internos e externos. Dentre
outros, são dois os considerados mais importantes:
Balanço Patrimonial e Demonstrativo do Resultado do Exercício.

Balanço patrimonial
O balanço patrimonial é uma “fotografia” da empresa em determinada data. É uma padronização das informações da
empresa em bens e direitos (ativos) e obrigações (passivos ou exigíveis). A diferença entre os ativos e passivos é o que
denominamos de patrimônio líquido, capital dos acionistas ou capital próprio. Por isso, a equação do balanço (ou
identidade do balanço) é dada por:

PATRIMÔNIO LÍQUIDO=ATIVOS-EXIGÍVEIS

A estrutura patrimonial representativa do balanço patrimonial é a seguinte:

Passivo
O que ela possui de obrigações a pagar.
Ativo
Quanto a empresa detém de bens e direitos.
Patrimônio Líquido
Diferença entre o que ela tem e o que deve.

Quadro: Estrutura patrimonial do balanço patrimonial


Tiago Sayão

Vejamos um exemplo:

BALANÇO

Ativo Passivo

ATIVO CIRCULANTE (AC) PASSIVO CIRCULANTE (PC)

Caixa 10.000,00 Salários a pagar 30.000,00

Bancos 50.000,00 Provisão de férias 150.000,00

Aplicações Financeiras 30.000,00 Fornecedores 320.000,00

Empréstimos 30.000,00

TOTAL DO AC 90.000,00 TOTAL DO PC 530.000,00

ATIVO NÃO CIRCULANTE (ANC) PASSIVO NÃO CIRCULANTE (PNC)

Investimentos 100.000,00 Empréstimos 20.000,00

Imobilizado 500.000,00 Obrigações tributárias 50.000,00

Intangíveis 40.000,00 Debêntures 10.000,00

TOTAL DO PNC 80.000,00

PATRIMÔNIO LÍQUIDO

Capital Social 100.000,00

Reserva de Capital 15.000,00

Ações em tesouraria 5.000,00

TOTAL DO ANC 640.000,00 TOTAL DO PL 120.000,00

ATIVO TOTAL 730.000,00 PASSIVO + PATRIMÔNIO LÍQUIDO 730.000,00

Quadro: Balanço Patrimonial

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31/01/2023 21:38 Planejamento e controle em finanças

Tiago Sayão

Demonstração do resultado do exercício


A demonstração do resultado do exercício (DRE) mede o desempenho da empresa ao longo de determinado período,
geralmente um ano. É o resumo das operações realizadas pela empresa, durante o exercício social, elaborado de forma
a destacar o resultado líquido do período. A equação básica da demonstração de resultados é:

Lucro=Receitas-Despesas

A DRE aponta, de forma simples e prática, todas as receitas e os gastos da empresa, demonstrando, no final do
processo, se ela obteve lucro ou prejuízo. Apresentamos, a seguir, um modelo de DRE:

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO

RECEITA OPERACIONAL BRUTA

(-) DEDUÇÕES E ABATIMENTOS

 Impostos sobre vendas

 Devoluções e abatimentos

(=) RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA

(-) CUSTO OPERACIONAL

 Custo das Mercadorias vendidas (CMV)

 Custo dos produtos vendidos (CPV)

 Custo dos serviços prestados (CSP)

(=) LUCRO BRUTO

(-) DESPESAS OPERACIONAIS

 Despesas administrativas

 Despesas de vendas

 Despesas financeiras líquidas

(=) LUCRO OPERACIONAL

(=) RESULTADOS NÃO OPERACIONAIS

 Receitas não operacionais

 Despesas não operacionais

(=) LUCRO ANTES DA CONTRIBUIÇÃO SOCIAL E DO IMPOSTO DE RENDA

(=) PROVISÃO PARA A CONTRIBUIÇÃO SOCIAL E O IMPOSTO DE RENDA

(=) LUCRO APÓS A CONTRIBUIÇÃO SOCIAL E O IMPOSTO DE RENDA

(-) PARTICIPAÇÕES E CONTRIBUIÇÕES

 Empregados

 Administradores

 Outras participações/contribuições

(=) LUCRO OU PREJUÍZO DO EXERCÍCIO

Quadro: Demonstração do resultado do exercício


Tiago Sayão

Vejamos a seguir, de forma simplificada, cada item da demonstração:

Receita operacional bruta: compreende o valor das vendas de mercadorias (empresa comercial), produtos
(empresa industrial) ou serviços (empresas prestadoras de serviços), nas condições à vista ou a prazo.

Deduções ou abatimentos: compreende as reduções da receita operacional bruta relativa a impostos sobre
vendas (IPI, ICMS e ISS) e devoluções e abatimentos (como vendas canceladas; descontos concedidos sobre o
valor da venda constante da nota fiscal etc.). As devoluções e abatimentos não incluem descontos financeiros
concedidos a clientes para pagamento antecipado, o qual é considerado uma despesa financeira.

Custo operacional: corresponde aos gastos incorridos pela empresa na obtenção do item objeto da venda
realizada. Assim, temos:

Custo das mercadorias vendidas (CMV), em empresas comerciais. Essas empresas são caracterizadas
por revenderem as mercadorias no mesmo estado em que as adquirem dos fabricantes. Nesse caso, o
custo de uma mercadoria engloba os valores pagos a seus fornecedores acrescidos de fretes e seguros,
quando de sua responsabilidade. O CMV corresponde à quantidade que foi vendida no exercício ao qual
a demonstração se refere.

Custo dos produtos vendidos (CPV), em empresas industriais. Essas empresas caracterizam-se por
transformar matérias-primas em produtos. Os custos dos produtos correspondem aos gastos relativos à
fabricação, composto pelo custo da matéria-prima, da mão de obra e por todos os demais custos do
processo.

Custo dos serviços prestados (CSP), em empresas prestadoras de serviços. Os custos nessas
empresas, basicamente, são compostos de mão de obra e de custos relacionados à estrutura de que a
empresa dispõe para realizar os serviços. Em algumas delas, isso inclui, também, os custos com
materiais aplicados na execução dos serviços.

Despesas operacionais: correspondem aos gastos decorrentes do funcionamento normal da empresa, exceto
aquelas classificadas como custos operacionais. Integram esse grupo: despesas administrativas, despesas de
vendas, despesas financeiras líquidas e outras despesas operacionais.

Resultados não operacionais: compreendem os ganhos e as perdas de capital, sendo resultantes de operações
relacionadas à baixa por obsolescência ou à venda de bens ou direitos do ativo não circulante.

Provisão para a contribuição social e os impostos de renda: a contribuição social e o IR têm como base de
cálculo o lucro real, no caso de empresas que fizeram opção por esse modo de contribuição. Para apurá-lo, a
empresa deve obrigatoriamente escriturar o livro de apuração do lucro real (LALUR), no qual devem ser feitos
os ajustes no lucro apurado contabilmente – adições, exclusões e compensações – prescritos ou autorizados
pela legislação do IR.

Participações ou contribuições: as participações compreendem as parcelas do resultado distribuídas aos


empregados, administradores, debenturistas e outros interessados que tenham direito de participação no lucro
da empresa. Já as contribuições compreendem as parcelas do resultado destinadas a instituições como
fundos de assistência ou previdência dos funcionários.

Lucro ou prejuízo do exercício: o lucro líquido é a parcela do lucro remanescente do exercício social. Todo ou
parte dele será transferido para a conta ‘reserva de lucros’, e o eventual prejuízo para ‘prejuízos acumulados’,
constante do patrimônio líquido no BP. A parcela não retida pela empresa é distribuída a seus acionistas ou
proprietários.

Informação gerencial e tributária


Diferentemente da organização da informação contábil-
financeira (regulada pelo CPC e voltada para os usuários
externos), a de informações financeiras gerenciais não
precisa seguir obrigatoriamente nenhuma
regulamentação, pois seu propósito é estritamente
interno. Enquanto a informação contábil-financeira tem
um viés histórico (contabilizando transações já ocorridas),
a gerencial pode utilizar previsões sobre o futuro em seu
planejamento interno.

Altamente regulada, a geração de informações tributárias


tem como finalidade o cálculo de tributos para que uma
empresa faça o recolhimento e o pagamento dos valores
corretos dentro do prazo estipulado pelo órgão público.
Essas informações são geradas por diferentes funções
dentro da área financeira.

Normalmente, as contábeis-financeiras são fornecidas pelo departamento contábil, enquanto as tributárias são da
alçada do departamento de gestão de tributos. A informação gerencial, por sua vez, é responsabilidade da diretoria
financeira, que também é habitualmente assistida pelo departamento contábil.

video_library Organização financeira


Veja mais sobre as principais áreas existentes em uma organização financeira.

https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/00148/index.html# 6/9
31/01/2023 21:38 Planejamento e controle em finanças

Falta pouco para atingir seus objetivos.

Vamos praticar alguns conceitos?

Questão 1

É a demonstração da situação patrimonial e financeira da empresa em determinada data; geralmente, sua publicação
refere-se ao último dia do ano civil:

A Balanço patrimonial.

B Demonstração do resultado do exercício.

C Orçamento.

D Demonstrativo do fluxo de caixa.

E Nota explicativa.

Parabéns! A alternativa A está correta.

O balanço patrimonial é uma demonstração financeira que evidencia, resumidamente, a situação patrimonial e
financeira da entidade, quantitativamente e qualitativamente, em dado momento (normalmente em 31 de dezembro de
cada ano). É a situação estática do patrimônio e apresenta todos os bens (tangíveis e intangíveis), direitos e
obrigações da empresa, bem como a situação líquida.

Questão 2

Considerando os dados abaixo, o valor do lucro (em R$) é:

Contas Valores (R$)

Bancos 25.000,00

Caixa 5.000,00

Capital 200.000,00

Custos 320.000,00

Despesas 60.000,00

Duplicatas a Receber 50.000,00

Edifícios de Uso 135.000,00

Móveis e Utensílios 15.000,00

Prejuízos Acumulados 20.000,00

Vendas 420.000,00

A 20.000,00

B 30.000,00

C 40.000,00

D 50.000,00

E 60.000,00

Parabéns! A alternativa C está correta.

Montando a DRE, temos:

Contas Valores (R$)

Vendas 420.000,00

(-) Custos 320.000,00

(-) Despesas 60.000,00

(=) Lucro 40.000,00

3 - Ferramentas de controle financeiro para a tomada de decisão


Ao final deste módulo, você será capaz de aplicar as ferramentas de controle financeiro para a tomada de decisão.

Controle financeiro e suas ferramentas


Seu objetivo é verificar se uma empresa segue um planejamento – normalmente, o de curto prazo – anteriormente
determinado. Tomemos um exemplo: se a empresa estimou que receberia receitas muito acima do que se verifica na
realidade, é papel do controle financeiro fazer ajustes nas estimações das despesas a fim de que elas não saiam dos
trilhos e acabem gerando prejuízo. Por outro lado, se uma organização obtém receitas maiores que o previsto, é papel
da controladoria, levando em conta a nova projeção, realizar reestimativas da receita para os meses seguintes.

Embora tenhamos falado de receitas, também é papel do controle financeiro verificar a curva das despesas,
determinando se elas estão dentro do que foi orçado e planejado. Caso um setor da empresa esteja tendo gastos
maiores que o esperado, deve-se verificar então se está havendo desperdício de recursos e se eles podem ser geridos
de forma mais eficiente e eficaz. Pode-se, contudo, tanto ser eficaz sem mostrar-se eficiente quanto ser eficiente sem
revelar-se eficaz. É função do controlador buscar a convergência de ambos ao executar o orçamento das despesas da
empresa.

Existem diferentes ferramentas para o efetivo controle financeiro de uma empresa. Listaremos a seguir as mais usadas.

Cartas de Controle expand_more

Representadas graficamente, as cartas de controle apresentam dados ao longo de um período (série temporal) e
possuem limites de controle (um limite superior e outro inferior). Ao longo do tempo, são feitas medições. Caso
o valor esteja flutuando dentro desses limites, consideramos que tudo está dentro da normalidade. Alguma ação
só será necessária se ele estiver abaixo do limite mínimo ou acima do máximo. Conforme podemos observar no

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31/01/2023 21:38 Planejamento e controle em finanças

gráfico, a equipe de marketing teve uma série de gastos ao longo do ano de 2021. Como o limite superior é de
R$300.000,00 e o inferior, de R$100.000,00, eles estiveram fora do seu limite nos meses abril, julho e setembro.

Folha de Verificação expand_more

Deve existir uma forma sistematizada para coletar os dados a serem utilizados em nossos controles financeiros.
Embora haja, na maioria das situações, elementos automatizados para a coleta deles por meio eletrônico, ainda
é possível deparar-se com outras em que ela é feita manualmente. Para casos do tipo, são necessárias folhas de
verificação. Trata-se de um modelo de formulário para coletar os dados. Suas folhas são usadas para fazer o
input de dados coletados (financeiros ou não) pela controladoria. Utilizar um formulário padronizado ajuda tanto
na coleta dos dados quanto na futura análise deles.

Histograma expand_more

O histograma é um gráfico de frequência que mostra quão comum é o aparecimento de certo tipo de valor para o
dado. Desse modo, valores muito pequenos ou altos podem ser visualizados facilmente e verificados pelo
departamento de controle. É constituído por retângulos que têm base no intervalo de classe e área proporcional
às frequências ou às frequências relativas (porcentagens) de cada classe. A área total sob o histograma é igual à
soma das frequências, ou seja, 100%.

Gráfico de Dispersão expand_more

Também conhecido como scatterplot, este tipo de gráfico permite a análise de uma associação entre duas
variáveis. Com ele, é possível verificar a existência de uma relação positiva (gráfico inclinado para cima) ou
negativa (para baixo) entre ambas. Além disso, o gráfico de dispersão também permite a análise de valores
destoantes do resto para uma possível verificação.

Diagrama de Pareto expand_more

A Lei de Pareto atesta que 80% dos efeitos provêm de 20% das causas. Assim, tal diagrama relaciona causas e
efeitos de forma gráfica a fim de identificar possíveis pontos de melhoria e alcançar tanto a eficácia quanto a
eficiência. Ou seja, o diagrama de Pareto é um gráfico de barras ordenadas, usado em gestão de qualidade para
mostrar a ordem em que devem ser sanadas causas de perdas, de reclamações ou de outros tipos de fracasso.

Tomada de decisão
O objetivo de um controle financeiro eficiente é auxiliar na tomada de decisão da empresa sobre assuntos financeiros e
operacionais.

Para que uma empresa possa tomar boas decisões, é necessário que esse controle trabalhe com os planejamentos de
curto e de longo prazo. O controle, portanto, precisa acompanhá-los, assegurando que o processo de tomada de decisão
da administração será o melhor possível.

Planejamento de curto prazo (orçamento)


O controle coleta informações para verificar se cada setor e tipo de projeto da empresa está seguindo o que foi orçado e
planejado. Caso o planejamento não esteja sendo cumprido, ele buscará os motivos para isso. Destacaremos a seguir
os dois mais comuns:

Impactos na economia com um todo

Choques macroeconômicos, recessão, variação cambial, inflação e outros eventos fora do controle da empresa afetam suas receitas e
despesas. Nesse caso, o controle fornece à administração informações para que seu planejamento possa ser refeito, levando em
consideração o novo cenário econômico.

Ineficiência de algum setor dentro da empresa

O controle pode fornecer à administração dela informações sobre quais setores estão sendo ineficientes, explicando como a eficiência deles
pode ser aumentada.

Planejamento de longo prazo


O controle pode:

Fornecer informações

Elas podem versar sobre:

• Renovação do maquinário da empresa;


• Manutenção de um imóvel;
• Gastos que sejam recorrentes, ou seja, acontecem todos os anos.

Verificar estimativas

O controle avaliará se a taxa de retorno estimada de um projeto corresponde à sua realidade. Como exemplo, citamos: estimada em 20%, a
TIR de um projeto, em seu desenvolvimento, revela-se muito menor: 2%. Nesse caso, não é mais vantajoso para a empresa continuar com ele.
Será preferível abortá-lo.

Acompanhar o payback de um projeto

Isso é necessário para aferir se ele:

• Gera o retorno de acordo com o tempo planejado;


• Requer investimentos adicionais.

video_library Relevância do controle financeiro


Veja uma explicação sobre a relevância do controle financeiro.

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31/01/2023 21:38 Planejamento e controle em finanças

Falta pouco para atingir seus objetivos.

Vamos praticar alguns conceitos?

Questão 1

É uma forma de mostrar a distribuição dos dados, apresentando-os sob a forma de barras justapostas sobre um eixo.
Cada barra representa uma classe, ou um grupo de unidades:

A Diagrama de ramo e folhas.

B Diagrama de linhas.

C Gráfico de pontos.

D Histograma.

E Diagrama de Pareto.

Parabéns! A alternativa D está correta.

Quando os dados são contínuos e a amostra é grande, não se deve fazer um gráfico de pontos. É mais conveniente
condensar os dados, organizando uma tabela de distribuição de frequência e construir um histograma.

Questão 2

A expressão “poucos são vitais, muito são triviais” ficou famosa pelo seu autor, resultando na forma gráfica
denominada:

A Gráfico de setores

B Gráfico de barras

C Histograma

D Gráfico de linhas

E Diagrama de Pareto

Parabéns! A alternativa E está correta.

O diagrama de Pareto é um gráfico de barras ordenadas, das mais altas para as mais baixas. Então as categorias da
variável ficam ordenadas de acordo com as frequências – porque o comprimento da barra é dado pela frequência da
categoria. O diagrama de Pareto é usado em gestão de qualidade quando se procuram os erros mais comuns, os
motivos das perdas, as causas das reclamações. Nesses casos, é preciso trabalhar nas barras mais altas, isto é, sanar
os erros que ocorrem com grande frequência. As barras mais baixas, embora possam ser muitas, indicam erros
eventuais ou erros de menor ocorrência. Por essa razão se cunhou a expressão “poucos são vitais, muitos são
triviais”.

Considerações finais
O planejamento deve vir antes da execução. Não devemos misturar essas duas etapas. No planejamento, devemos
saber aonde queremos chegar e qual caminho escolhido para isso. Ademais, o controle deve ser detalhado. Sem isso,
não saberemos se nossos planos foram ou não bem-sucedidos. O controle nos permite identificar oportunidades de
melhoria, bem como saber o que está dando certo, o que foi e está sendo executado, favorecendo a transparência e a
justiça.

Planejamento e controle são como gêmeos siameses, vivem juntos, andam lado a lado. Quem é que, objetivando
edificar uma torre, não se dedicaria a fazer primeiro as contas dos gastos? Do contrário, poderia se tornar alvo de
escárnio. Bons médicos pedem exames detalhados para tomar suas decisões. Os gestores profissionais fazem o
mesmo: buscam tomar decisões racionais a partir de alternativas e critérios, mas geralmente baseados em informações
provenientes do controle. Planejamento e controle bem gerenciados são o diferencial de um gestor competente.

Depois de compreender a diferença e a importância dos planejamentos de curto e de longo prazo, você estará
capacitado a entender a organização da área financeira, bem como a tomar decisões racionais a partir do controle
financeiro. Em finanças, sabemos que não adianta ganhar muito dinheiro se não soubermos gerenciá-lo bem.

Referências
FREZZATI, F. Orçamento empresarial: planejamento e controle gerencial. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2014.

GELBCKE, E. R. et al. Manual de contabilidade societária: aplicável a todas as sociedades de acordo com as normas
internacionais e do CPC. São Paulo: Grupo Editorial Nacional, 2010.

HOJI, M. Orçamento Empresarial. 1. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2018.

MEGLIORINI, E., VALLIM, M. A. R. S. Administração Financeira: uma abordagem brasileira. São Paulo: Pearson Prentice
Hall, 2009.

NASCIMENTO, A. M., REGINATO, L. (organizadores). Controladoria: um enfoque na eficácia organizacional. 3. ed. São
Paulo: Atlas, 2013.

PADOVEZE, C. L. Manual de Contabilidade Básica: Uma introdução à prática contábil. 10. ed. São Paulo: Atlas, 2016.

PEREZ JUNIOR, J. H.; OLIVEIRA, L. M. de; SILVA, C. A. dos S. Controladoria estratégica: textos e casos práticos com
solução. 11. ed. São Paulo: Atlas, 2014.

SOBRAL, F.; PECI, A. Administração: teoria e prática no contexto brasileiro. 2. ed. São Paulo: Pearson Education do
Brasil, 2013.

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assunto.

Acesse o site institutoassaf.com.br e conheça os indicadores médios de liquidez das companhias abertas brasileiras.

Leia o artigo Gestão do Capital de Giro em Micro e Pequenas Empresas, de Marcos Antônio Barreto Trindade e outros
(2011), publicado na RACE: Revista de Administração, Contabilidade e Economia.

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31/01/2023 21:36 Conceitos básicos de finanças

Conceitos básicos
de finanças
Prof. Matheus Moura, Prof. Luiz Ozorio

Descrição Conceito de finanças corporativas e alinhamento das principais áreas do setor financeiro dentro das organizações. Definição dos tipos
de receita e despesa e conceituação de risco e retorno.

Propósito Definir os conceitos iniciais de finanças, isto é, as principais noções sobre receita, despesa e finanças corporativas e como o estudo das
finanças pode ser útil na vida de qualquer pessoa.

Objetivos

Módulo 1 Módulo 2

Fluxo de caixa Finanças corporativas

Identificar os principais tipos de receitas e despesas e a importância do fluxo de caixa. Compreender o conceito de finanças corporativas e suas principais áreas em uma
organização.

Módulo 3 Módulo 4

Investimento e financiamento Finanças

Compreender o conceito de investimentos e financiamento. Descrever as noções de risco e o retorno em Finanças.

Introdução
O físico Neil deGrasse Tyson tem um comentário muito interessante sobre Matemática. Ele diz que, “essa é a única
matéria em que as pessoas se divertem ao falar que não entendem ou não sabem quase nada. Sempre que alguém
pergunta qual era a matéria mais difícil da escola, nove entre dez pessoas respondem Matemática (e ainda soltam
uma leve gargalhada depois de responder)”.

Apesar deste tema não ser de Matemática, nem ter nenhuma conta, ainda assim a palavra finanças carrega o medo
que a maioria das pessoas tem de Matemática e acaba criando uma reputação ruim, o que é muito difícil de ser
evitado. No entanto, veremos que estudar Finanças é fácil e importante para todos, seja um administrador, seja um
dentista, seja um professor, seja um artista, seja uma dona de casa, pois todos nós devemos entender, pelo menos, o
mínimo sobre Finanças para administrarmos nossas contas de casa, decidir se vale a pena ou não comprar algo ou
onde investir nosso dinheiro.

Neste contúdo, apresentaremos importantes conceitos básicos em Finanças, que o ajudarão a entender como
aplicar o dinheiro para gerar mais riqueza (e, quem sabe, viver apenas de renda no futuro).

1 - Fluxo de caixa
Ao final deste módulo, você será capaz de identificar os principais tipos de receitas e despesas e a importância do
fluxo de caixa.

Conceitos e tipos de receitas

A receita pode ser definida como o valor cobrado por uma pessoa física ou jurídica pela venda de um produto ou
serviço. Para contabilidade, vender consiste na entrega do produto ou serviço ou produto ao cliente, diferente do
conceito de venda para área comercial, que pode ser entendido como “tirar o pedido”. Outra aspecto que vale ressaltar é
que nem todos os recursos relativos a receita entram no caixa da empresa imediatamente. Mais especificamente, no
caso em que a empresa concede prazo aos seus clientes, haverá diferença entre a receita gerada e o recebimento dos
recursos apurados no período.

A seguir temos a diferenciação entre Vender um produto e prestar um serviço:

Vender um produto Prestar algum serviço


Quando uma padaria vende um pão, quando uma pessoa Quando uma pessoa maqueia uma noiva, quando um
vende os bolos que fez, quando um pecuarista vende o salão de beleza atende uma cliente, quando você usa um
leite produzindo em sua fazenda etc. serviço de aplicativo etc.

Classificação da receita

Agora que entendemos o que é uma receita, é importante saber que ela pode ser caracterizada de diferentes formas.
Veja a seguir:

Receita principal (Primária) expand_more

Essa forma de receita se refere aos recursos que uma organização cobra por sua atividade-fim. Se
perguntassem a você o que uma hamburgueria faz, muito provavelmente você responderia algo como “vende
hambúrguer”.

Então, podemos dizer que a receita da venda de hambúrgueres, batatas fritas e refrigerantes é a receita principal
ou primária de uma hamburgueria, pois essa é a sua atividade-fim.

Receita secundária expand_more

Podemos entender a receita secundária como um produto ou serviço que a organização vende ou presta, mas
que é diferente da receita principal.

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31/01/2023 21:36 Conceitos básicos de finanças

Imagine que a venda de ração de cachorro é a atividade-fim de uma organização, com 90% de sua receita. Como
já aprendemos, a venda de ração de cachorro é a receita principal (ou receita primária) da organização. No
entanto, a organização imaginária também promove exposição de cães de raça e ganha um dinheiro extra com a
inscrição dos donos para esses eventos. Sendo assim, 10% da receita da empresa correspondem à organização
de eventos de cães.

Então, a receita proveniente desse negócio é chamada de receita secundária.

Receitas financeiras expand_more

Agora que sabemos que existe receita principal e receita secundária, podemos entender o que são receitas
financeiras. Você concorda que, após a hamburgueria receber o dinheiro de um mês inteiro pela venda de
hambúrgueres (e pagar seus funcionários), ela fica com bastante dinheiro em caixa?

Uma hamburgueria pode, com esse dinheiro, fazer várias coisas: comprar mais maquinário, contratar mais
funcionários ou efetuar aplicações financeiras.

Sim! Uma empresa de hambúrguer pode aplicar seus recursos livres em títulos bancários (CDBs por exemplo) ou
títulos públicos de renda fixa. Assim, chamamos de receita financeira os recursos recebidos pela empresa
provenientes de juros de aplicações financeiras (a não ser que a empresa do exemplo em questão seja um
banco).

Para que não restem dúvidas, precisamos pensar que a atividade-fim varia de organização para organização, ou
seja, precisamos sempre analisar a atividade em si para entendermos a aplicação desses conceitos.

Receitas não operacionais expand_more

Uma empresa, normalmente, tem alguns computadores, às vezes, um carro e, em raras situações, um prédio.
Todas essas coisas são usadas para que a empresa, por intermédio de seus colaboradores, funcione.

No entanto, se a empresa decidir comprar computadores mais modernos e deixar de usar os antigos, ou se a
empresa decidir se mudar de uma cidade para outra e vender o prédio que possui, o tipo de dinheiro gerado pela
venda de algo que era usado pela empresa não se enquadra em receita principal, nem em receita secundária,
muito menos em receita financeira.

Então, como classificar essas receitas extraordinárias?

Para esse tipo de receita, foi criado, então, o conceito de receitas não operacionais. Mais especificamente, a
receita não operacional consiste na diferença auferida por uma empresa pela venda de ativos permanentes
(imóveis, veículos, computadores etc.) e o valor contábil deprecidado desses ativos. Como exemplo, tomemos
um veículo adquirido pela empresa no ano 0 (zero) por R$50 mil e, passados 2 anos, vendido pela empresa por
R$35 mil. Considerando que o prazo da depreciação de automóveis é de 5 anos, teremos 20% de seu valor
original sendo abatido anualmente de seu valor contábil. Dessa forma, passados 2 anos, contabilmente, o carro
valerá R$30 mil. Considerando que a venda foi efetuada por R$35 mil, a receita não operacional correspondente
seria de R$5 mil (R$35 mil relacionado à venda menos R$30 mil referente ao valor contábil).

Caixa
É a denominação que usamos em finanças para o local em que são registrados os valores de recursos imediatamente disponíveis para serem utilizados; é
o dinheiro que fica livre e disponível para a utilização que for necessária.

Atenção

É importante não confundir receita primária com receita secundária por causa do produto (ou serviço) que gera mais
dinheiro para a empresa. Se uma empresa produz lápis e canetas, mas ela é mais famosa por suas canetas, não significa
que a receita pela venda de canetas seja sua receita principal e a venda de lápis, sua receita secundária, pois a proposta
da empresa é vender os dois produtos, mesmo que um deles seja mais requisitado do que o outro.

Então, o que diferencia receita primária de receita secundária?

É basicamente o produto ou serviço que a empresa busca realmente vender ou prestar (receita principal) e o produto ou
serviço que a empresa faz para “ganhar um extra”.

Conceitos e tipos de despesas

Depois de conhecer as principais formas de receita, nada mais justo do que aprender os principais tipos de despesa.

Quando usamos o termo despesa, principalmente no nosso cotidiano, acabamos utilizando-o para todo tipo de gasto
que é realizado; assim, de acordo com o conceito popular, despesa consistiria em qualquer saída de dinheiro. É dessa
forma que estamos acostumados a lidar com esse termo no dia a dia.

Porém, quando aplicamos a palavra despesa nas organizações, em termos financeiros, ela ainda representa uma saída
de dinheiro da organização, mas há outros conceitos também relacionados a gastos. Assim, o conceito de despesa nas
organizações tem um entendimento mais específico do que aquele que usamos.

Despesa são os gastos corrrentes efetuados por uma organização necessários para
realização de suas atividades operacionais.

Além das despesas, outro gasto relevante para o funcionamento das empresas são os custos, que consistem nos
recursos despendidos na confecção de produtos ou serviços vendidos, como:

materia prima;

mão de obra de produção;

e energia elétrica utilizada na confecção dos produtos.

Por fim, além dos custos e despesas, as empresas geramente necessitam efetuar investimentos para realizar suas
atividades, como aquisição de máquinas, edificações, veículos e etc. Esses ativos serão usados pela empresa para
realização de suas atividades. Veja alguns exemplos:

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arrow_forward Exemplo 1

Quando uma empresa adquire um imóvel para abrigar suas


atividades, isso será considerado um investimento,
considerando que os os benefícios da utilização do imóvel se
proporgará por muitos anos, refletindo no resultado da
empresa.

arrow_forward Exemplo 2

Quando a empresa efetua uma pintura, ou uma pequena obra


de manuteção em suas instalações, isso será considerado uma
despesa, porque o benefício desse gasto se observará somente
no curto prazo (ano corrente).

arrow_forward Exemplo 3

Da mesma forma, salários, gastos com energia, telefonia,


alugueis etc. são tratados como despesas, considerando que
esses geram benefíficios correntes para empresa.

arrow_forward Exemplo 4

Quando a empresa consome materia-prima e gasta energia na


produção de seus produtos ou paga salaríos aos seus
operários, isso seria um custo.

Principais tipos de despesas


Assim como as receitas, as despesas também podem ser classificadas. Em alguns casos, podemos fazer isso de
maneira mais intuitiva, como nas organizações e em nossos controles pessoais de gastos.

Para aglutinar tipos de despesas parecidos, podemos ter os seguintes exemplos:

Salários das áreas administrativas e comerciais.

FGTS, INSS e outras despesas relacionadas aos salários.

Gastos com telefonia, Internet, energia elétrica, água e demais contas de pagamento mensal.

Comissões sobre as vendas realizadas.

Aluguéis de instalações (prédios, veículos, equipamentos, computadores e outros bens móveis e imóveis).

Impostos, juros bancários, multas e taxas diversas.

Material de escritório.

Serviços e material de limpeza.

Passagens, gastos com transporte e alimentação em deslocamentos.

Pode haver inúmeros tipos de despesas, dependendo do tipo de atividade da organização e da complexidade dela.

Uma prática muito comum é reunir esses tipos em agrupamentos mais abrangentes, como:

attach_money credit_card request_page


Despesas gerais e Despesas comerciais Outras despesas
administrativas Aquelas que relacionamos ao esforço de Aquelas que não se enquadram nos exemplos

Aquelas necessárias ao funcionamento vendas. anteriores.

administrativo da organização.

Por fim, em relação ao entendimento de como classificar as despesas, ainda temos várias situações na gestão contábil
e financeira, em que classificamos as despesas em fixas e variáveis. Veja:

Despesas fixas Despesas variáveis

As despesas fixas são aquelas que ocorrem Podem ter valores diferentes de um mês para o
todo mês, por exemplo, o aluguel de uma outro em função de situações relacionadas,
instalação (sala, prédio, casa, loft, studio, como a variação de determinado gasto ou do
galpão, impostos fixos, seguros, softwares e close próprio volume de produção (ou prestação de
sistemas, conta de energia elétrica, água e serviços) da organização. Um exemplo é a
internet.) e variam apenas em função de comissão sobre vendas realizadas. Se
condições contratuais (como no caso de um vendemos mais, essa despesa é maior; se
aluguel, que é reajustado anualmente). vendemos menos, é menor.

Atenção

Ainda existe a possibilidade de uma despesa ter um comportamento simultâneo, com despesas fixas e variáveis; neste
caso, ela é chamada de semivariável. Um exemplo simples é a conta de energia elétrica. Mesmo que nosso gasto de
energia no mês seja nulo, existe um valor mínimo a ser pago mensalmente; porém, dependendo do consumo real de
energia, esse gasto varia.

Gestão de receitas e despesas


Agora que está claro o que são receitas e despesas e suas classificações, vamos aprender um pouco sobre sua gestão.
Para isso vamos aprender o conceito de fluxo de caixa.

Fluxo de caixa

É um controle utilizado para registrar todas as entradas e saídas de dinheiro da empresa. Esse controle serve para que a
empresa saiba, diariamente, se tem dinheiro em caixa para pagar o salário de seus funcionários, os fornecedores, as
contas de luz, água etc.

Quando uma empresa vende a prazo, isto é, entrega o produto hoje para receber o dinheiro no mês seguinte, o controle
de fluxo de caixa é muito importante. Por exemplo, quando acontece uma venda de R$100 em mercadorias, o dinheiro
só será recebido 30 dias depois e, enquanto isso, a empresa precisa lidar, no mês atual, com diversos gastos. Se ela não
souber exatamente se pode ou não vender a prazo, poderá “meter os pés pelas mãos” e ficar devendo a alguém.

video_library Resumo
Acompanhe os principais assuntos deste módulo com o professor Matheus Moura. Vamos lá!

Falta pouco para atingir seus objetivos.

Vamos praticar alguns conceitos?

Questão 1

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31/01/2023 21:36 Conceitos básicos de finanças

Dona Gisele decidiu abrir uma fábrica de bolos. Depois de dois anos, a fábrica cresceu e se tornou a empresa mais
comentada do bairro. No entanto, além da produção e venda de bolos, Gisele começou a prestar esporadicamente um
serviço de buffet em festas, incluindo toda estruturação da parte gastronômica dos eventos. Esse tipo de receita
deveria ser classificada como

A receita financeira.

B receita secundária.

C receita não operacional.

D receita principal.

E receita intermediária.

Parabéns! A alternativa B está correta.

A receita secundária diz respeito a toda receita que provém de uma atividade econômica constante, que não é a
atividade-fim da organização. Dessa forma, como a atividade-fim da empresa da dona Gisele era a fabricação e venda
de bolos, a venda de caldas de chocolate passou a ser um “extra” e, por isso, deve ser classificada como receita
secundária, conforme a alternativa B.

Questão 2

Gabriela, empresária do ramo de moda, percebeu que, embora seus vestidos vendessem muito, no final do mês, o que
sobrava entre a receita que obtinha da venda menos os seus gastos era pouco. Gabriela começou a classificar os seus
gastos e percebeu que havia algumas despesas muito elevadas. Especificamente, ela ficou assustada com o valor do
aluguel da loja, onde a exposição dos vestidos e a venda ao público ocorrem. Até aquele momento, ela não tinha muito
controle financeiro de sua empresa (ela era uma estilista, e não aprendeu sobre finanças na faculdade) e tinha medo
de não conseguir manter o empreendimento se continuasse gastando mais do que recebia.

Ao organizar os tipos de despesa de sua empresa, Gabriela classificou o aluguel que paga na loja onde vende os
vestidos como

A despesa principal.

B despesa secundária.

C despesa comercial.

D despesa variável.

E despesa temporária.

Parabéns! A alternativa C está correta.

Em conceitos e tipos de despesas, há a discriminação de cada uma das despesas existentes. A despesa comercial
está diretamente ligada a tudo aquilo referente à venda de um produto ou à prestação de um serviço. Como a empresa
da Gabriela produz e vende vestidos, o aluguel da loja onde ela expõe os vestidos para sua venda deveria ser
classificado como despesa comercial, já que não está diretamente ligado à produção dos vestidos.

2 - Finanças corporativas
Ao final deste módulo, você será capaz de compreender o conceito de finanças corporativas e suas principais áreas
em uma organização.

O que são finanças corporativas?

O professor Gitman, em seu livro Princípios de Administração Financeira, define finanças como “a arte e a ciência de
administrar dinheiro”. Dessa forma, podemos entender que as finanças corporativas são a administração dos recursos
financeiros (dinheiro) da empresa.

Assim como um indivíduo (pessoa física) deve organizar e planejar as suas finanças, uma empresa (pessoa jurídica)
deve fazer o mesmo com o intuito de alcançar seus objetivos a curto, médio e longo prazos. Entretanto, a empresa é um
“organismo” bem mais complexo, em termos financeiros, do que um indivíduo. Assim, utiliza-se de ferramentas e
análises específicas. Finanças corporativas se constitui na tomada de decisões estratégicas em relação às ações
financeiras de uma empresa.

A seguir temos uma série de perguntas, entre outras, que Finanças Corporativas tentam responder:

Os fluxos de caixa da empresa dão conta dos nossos compromissos de curto prazo?

No que a empresa deve investir com a sobra de caixa?

O projeto que a empresa está pensando em realizar é lucrativo?

Qual estratégia de financiamento devemos utilizar?

A empresa é sustentável no longo prazo?

Como diminuir o risco dos negócios da empresa?

As atividades comuns em finanças corporativas são:

monetization_on shopping_cart local_offer


Pagamento de fornecedores Compra de máteria-prima Venda de produtos

local_atm control_point
Pagamento do salário dos funcionários Objetivos das finanças das organizações

Gerir as finanças nas organizações é um dos pilares de sustentação das empresas, pois, assim, é possível controlar a
entrada e saída de recursos financeiros, bem como se expandir (interação das Finanças com outras áreas, como
Estratégia e Marketing). Então, sempre que pensar em finanças nas organizações, lembre-se das diversas áreas que
servem para controlar as atividades e dar apoio ao gestor na hora de tomar decisão.

Principais áreas financeiras


As principais áreas relacionadas às finanças nas empresas são:

Contas a pagar expand_more

Essa área é responsável por administrar todas as despesas da empresa e garantir que tudo seja pago dentro do
prazo, com o cuidado de saber se a empresa tem dinheiro em caixa para fazer os pagamentos no dia estipulado.

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Contas a receber expand_more

Da mesma forma que o setor de contas a pagar é responsável pelo dinheiro que sai da empresa, a área de
contas a receber é responsável por controlar o dinheiro que entra. Sendo assim, os funcionários da área de
contas a receber têm a responsabilidade de verificar se estão pagando no dia certo (se não, buscar entender o
motivo), se o dinheiro está indo para a conta correta, se tem dinheiro em caixa suficiente para o setor de contas a
pagar usar, entre outros.

Tesouraria expand_more

Em algumas empresas menores, os setores de contas a pagar e de contas a receber ficam dentro da Tesouraria.
No entanto, quando a empresa é maior, com vários funcionários, o que demanda muito esforço de todos para
buscar a eficiência no trabalho, a Tesouraria se torna uma área separada com a função específica de gerar
relatórios financeiros para a tomada de decisão estratégica pelos gestores.

Além disso, é essa área que cuida para que a empresa não perca dinheiro em situações externas (como
importações, que sofrem impacto das taxas cambiais). Sendo assim, a Tesouraria, quando eficiente, evita que a
empresa perca dinheiro, desperdice oportunidades com relação ao dinheiro e fornece informação valiosa aos
gestores, para que eles tomem decisões rápidas.

Controladoria expand_more

Essa área é uma interseção entre a Contabilidade e a área de Finanças. Na Controladoria, os contadores e
administradores ficam responsáveis por cuidar do orçamento da empresa. Como pode ser entendida como uma
“evolução da Contabilidade”, ela é usada para controle estratégico dos gestores na tomada de decisão.

Quando você decide comprar uma roupa nova no cartão, não pensa primeiro se vai ter dinheiro disponível para
fazer a compra (ou pelo menos deveria)? Da mesma forma, a Controladoria cuida para que a empresa não dê um
“passo maior do que a perna” e fique sem dinheiro para pagar suas dívidas futuras.

video_library Finanças corporativas


Para complementar o assunto sobre finanças corporativas, assista ao vídeo com o professor Matheus Moura. Vamos lá!

Falta pouco para atingir seus objetivos.

Vamos praticar alguns conceitos?

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Questão 1

Dentre as respostas a seguir, qual se assemelha mais à definição de finanças corporativas?

Desenvolver as melhores práticas de gestão administrativa nas diversas áreas da empresa, dentre elas
A
o setor financeiro.

Administrar o dinheiro que sai da empresa, mas o que entra é de responsabilidade do setor de contas a
B
receber.

C Administrar todos os recursos da organização: matéria-prima, dinheiro, gastos e logística.

D Administrar os recursos financeiros que a empresa detém.

E Administrar os recursos de terceiros, investindo no mercado de capitais.

Parabéns! A alternativa D está correta.

Em “O que são finanças corporativas?”, as finanças corporativas são definidas como a administração dos recursos
financeiros (dinheiro) da empresa. Dentre as respostas apresentadas na questão, a que mais se assemelha a essa
definição é a letra D.

Questão 2

Qual é a diferença entre as áreas de contas a receber e Tesouraria?

Enquanto o setor de contas a receber se destina a cuidar das receitas da empresa, a Tesouraria fica
A responsável por cuidar das entradas e saídas de recursos para emitir relatórios gerenciais, que serão
usados pelos gestores para a tomada de decisão.

Contas a receber é uma área responsável apenas pela entrada de dinheiro na empresa, enquanto a
B
Tesouraria é responsável pelo controle da saída desse dinheiro.

A Tesouraria é uma área estratégica, que busca a eficiência na aplicação dos recursos financeiros,
C
enquanto o setor de contas a receber cuida das entradas e saídas do dinheiro da empresa.

Não existem grandes diferenças entre as duas áreas, pois ambas cuidam dos recursos financeiros da
D
empresa.

Enquanto o setor de contas a receber responde pela entrada de rescursos na empresa, a tesouraria
E
responde pelo pagamento de contas, aplicação de recursos e tomada de dívidas da companhia.

Parabéns! A alternativa A está correta.

A área de contas a receber é responsável por controlar o dinheiro que entra, enquanto a Tesouraria possui a função
específica de gerar relatórios financeiros para a tomada de decisão estratégica pelos gestores. Dentre as respostas
apresentadas na questão, apenas a letra A define de forma correta as duas áreas.

3 - Investimento e financiamento
Ao final deste módulo, você será capaz de compreender o conceito de investimentos e financiamento.

Noções de investimento

A noção de investimento começa a surgir quando a organização conta com um recurso que não precisará ser gasto no
processo produtivo nem para pagar despesas existentes.

A partir dessa definição, podemos fazer as seguintes perguntas sobre o que fazer com esses recursos:

Dessa forma, investimento pode ser definido como toda aplicação de dinheiro em algo com o objetivo de gerar mais
dinheiro no futuro.

Suponha que o país entre em uma crise e uma empresa precise fechar as portas, fazendo com que cada funcionário
receba 30 mil reais de indenizações. Veja dois casos, em que Maria e Ricardo tomaram a decisão de como investir esse
dinheiro:

O que Maria fez

chevron_right Maria decide pegar seus 30 mil e tornar-se sócia na loja de


roupas da irmã.

chevron_right Por mês ganhará mil reais e poderá arranjar outro emprego.

O que Ricardo fez

keyboard_arrow_right Ricardo, por outro lado, acredita que logo será contratado por
outra empresa, pois possui boa formação acadêmica.

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31/01/2023 21:36 Conceitos básicos de finanças

keyboard_arrow_right Assim, ele decide fazer uma viagem com os recursos de sua
indenização.

keyboard_arrow_right Vai se divertir no exterior, enquanto espera ser contratado por


outra empresa.

Não existe uma resposta certa ou errada para as decisões da Maria e do Ricardo. Cada um faz o que achar melhor com
o seu dinheiro.

No entanto, apenas um deles investiu. Você sabe dizer quem? expand_more

Quem respondeu Maria acertou, pois investimento é tudo aquilo que é feito para gerar mais dinheiro no futuro.
Por outro lado, efetuar uma viagem é apenas uma despesa, pois, diretamente, isso não produzirá dinheiro.

Noções de financiamento
Você, provavelmente, conhece alguém que sempre compra no cartão de crédito e diz fazer isso sem se preocupar, pois
pagará suas dívidas em várias parcelas. Há também aqueles que compram tudo à vista, para não pagar juros ou ter uma
dívida “eterna”. Esse processo de comprar em um momento e pagar depois é chamado de financiamento, e é muito
comum entre pessoas, empresas e até países.

Você sabia que um país pode comprar algo de outro país e pagar depois?

Em Finanças, é explicado que, muitas vezes, é mais vantajoso pagar por um produto ou serviço depois, pois o dinheiro
pode perder seu valor com o tempo. Não pretendemos ensinar conceitos matemáticos, mas explicaremos, de maneira
rápida e simples, porque isso acontece. Existe algo na economia chamado inflação, que faz com que os preços dos
produtos e serviços aumentem.

Exemplo

Se, nos anos 2000, você conseguia comprar um refrigerante por R$1, hoje, ele custa, em média, R$4,00. Então, o mesmo R$1 que comprava uma bebida
no passado não compra nem meio refrigerante atualmente.

Desse modo, empresas se beneficiam comprando produtos a prazo, o que, por sua vez, as auxilia a financiar seus
estoques e o prazo concedido aos seus clientes.

Por outro lado, quando as empresas resolvem efetuar compras a prazo devem avaliar se os preços cobrados pelos
fornecedores foram acrescidos de juros e se esses (juros) são maiores ou menores do que os praticados no mercado.
Sendo assim:

Caso a empresa possua recursos Caso a empresa não possua


disponíveis recursos disponiveis

Deve comparar os juros cobrados pelos close A comparação deverá ser efetuada com os
fornedores com os juros que seriam recebidos juros cobrados por empréstimos bancários.
em aplicações financeiras.

Dessa forma, a decisão de compra a prazo ou a vista deve ser tomada com base nas seguintes regras:

arrow_forward Regra 1

Considerando uma empresa superavitária, se os juros cobrados pelos fornecedores forem maiores do que os juros de aplicações
financeiras e menores do que os cobrados em empréstimos bancários, é preferível que a empresa efetue pagamentos a vista.

arrow_forward Regra 2

Considerando uma empresa superavitária, se juros cobrados pelos fornecedores forem menores do que os juros de aplicações, é
preferível que a empresa efetue pagamentos a prazo.

arrow_forward Regra 3

Caso a empresa não possua recursos disponiveis, se os juros cobrados pelos fornecedores forem menores do que os cobrados
em empréstimos bancários, é preferível que a empresa compre a prazo.

arrow_forward Regra 4

Caso a empresa não possua recursos disponiveis, se os juros cobrados pelos fornecedores forem maiores do que os cobrados em
empréstimos bancários, é preferível que a empresa tome recursos emprestados e compre a vista.

Atenção

É muito comum pessoas perderem o controle no cartão de crédito e, no final, sofrerem grandes problemas financeiros.
Caso decida comprar a prazo, faça contas antes de sair comprando, a fim de saber se terá dinheiro para pagar a fatura
do cartão de crédito no futuro!

video_library Investimentos e financiamentos


Você conseguiu entender o que são investimentos e financiamentos? Assista ao vídeo com o professor Matheus Moura,
que explica e exemplifica melhor esse assunto. Vamos lá!

Falta pouco para atingir seus objetivos.

Vamos praticar alguns conceitos?

Questão 1

Dentre as opções a seguir, qual é a única que não se enquadra como investimento?

A Adquirir um maquinário que aumentará a produção e gerará maior lucro.

B Comprar uma lancha para o gestor usar durante suas férias.

C Aplicar em títulos do governo federal, que renderão juros.

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31/01/2023 21:36 Conceitos básicos de finanças

D Comprar uma obra de arte que pode triplicar de valor em cinco anos, conforme especialistas da área
sugerem.

E Comprar um imóvel que abrigará as operações de uma empresa.

Parabéns! A alternativa B está correta.

Conforme explicado em Noções de investimento, investimento é tudo aquilo que é feito para gerar mais dinheiro no
futuro. Dessa forma, todas as respostas apresentam alguma forma de investimento, pois partem do pressuposto de
que se ganhará mais dinheiro no futuro com o desembolso de dinheiro hoje, com exceção da resposta B, que se refere
exclusivamente à compra de um bem de consumo que não tem a intenção de gerar mais riqueza no futuro.

Questão 2

Qual é o principal motivo que faz o financiamento se tornar vantajoso?

A O fato de o dinheiro perder seu valor com o tempo.

B O fato de não precisar se preocupar com o desembolso de dinheiro no momento.

C As vantagens tributárias que permitem amortizar o valor.

D O fato de o risco diminuir com o recebimento das mercadorias agora.

E O fato da empresa não precisar pagar o empréstimo no futuro.

Parabéns! A alternativa A está correta.

Devido à inflação, os produtos que eram comprados a R$1 no passado, atualmente custam mais. Dessa forma, o
dinheiro perde seu valor ao longo do tempo, pois deixa de comprar a mesma quantidade de produtos. Como a
alternativa A é a única que menciona o fato de o dinheiro perder seu valor ao longo do tempo, ela é a resposta correta.

4 - Finanças
Ao final deste módulo, você será capaz de descrever as noções de risco e o retorno em Finanças.

Noções de risco em finanças


Nesta vida, temos apenas duas certezas: pagaremos impostos e morreremos (como diria um contador de carteirinha).
Além disso, estamos todos sempre passíveis a risco, isto é, alguma coisa pode dar errado e jogar nossos planos para
escanteio.

Risco financeiro é qualquer grau de incerteza que associamos às transações financeiras e à


utilização do dinheiro no tempo.

Sendo assim, entre vários riscos, há alguns que precisamos entender para evitá-los ou mitigá-los. São eles:

Risco operacional expand_more

Esse risco se refere ao fato de a empresa começar a dar prejuízo. Suponha que um empresário tenha uma
padaria e venda seus pães a R$0,10 cada. No entanto, como não estudou esse conteúdo, ele não sabia que
existe algo chamado fluxo de caixa e, por isso, não se lembrou de controlar as entradas e saídas e verificar
quanto custava produzir um pão. No final de um ano, ele percebeu que cada pão custava R$0,15 para ser
produzido, ou seja, ele tinha prejuízo e precisava fechar a sua padaria. Dessa forma, risco operacional se refere
ao risco que qualquer empresa tem de seu negócio dar prejuízo, seja por vender mais barato do que deveria, seja
por não ter clientes suficientes.

Risco de crédito expand_more

Riscos de crédito, como o nome diz, ocorrem quando um empreendedor ou seu cliente não consegue pagar uma
dívida e acaba pagando multa por isso. Se uma padaria comprar muita matéria-prima para produzir pão a prazo e
não conseguir vender sua produção, ela não terá dinheiro para pagar a sua dívida. No final, a padaria terá de
pagar multa, podendo até falir.

Risco de liquidez expand_more

Quando uma empresa não sabe se está recebendo mais do que gastando (mesmo que haja garantias de receber
mais dinheiro no futuro), existe a possibilidade de que a empresa não seja líquida (não tenha dinheiro
rapidamente) e, com isso, não possa pagar os gastos do momento, como salários, fornecedores etc. Então, é
preciso ter cuidado com a ideia de que receberá muito mais dinheiro do que o gasto para produzir, pois, se a
empresa receberá esse dinheiro apenas no final do ano, é bom que separe uma boa reserva de dinheiro para
pagar seus funcionários até lá.

Risco de mercado expand_more

Os riscos de mercado se relacionam à economia como um todo. Como exemplo, suponha que a inflação
aumente repentinamente e, para combatê-la, o Banco Central eleve os juros da economia. Essa elevação dos
juros, por sua vez, poderia gerar um arrefecimento do crescimento do PIB, o que, de uma forma ou de outra
impactará, basicamente, em todos os tipos de negócios, reduzindo suas vendas e lucros. Esse tipo de risco é
denominado de risco de mercado.

Riscos legais expand_more

Os riscos legais aparecem com mudanças de leis em vigor ou quando alguém é processado. Imagine que você
tenha criado a mais nova empresa de tecnologia, que você acredita que dará lucro. Após dois meses
funcionando e ficando famoso, vem o “banho de água fria”, isto é, uma empresa está processando você com a
alegação de que está copiando suas ideias (em outras palavras, eles chegaram primeiro). Por mais que eles
estejam errados, e você mereça ter aquela empresa ou, até mesmo, que o juiz lhe dê razão, existe a chance de
você constituir um advogado e até mesmo parar de funcionar até o meritíssimo chegar a uma conclusão.

Enquanto isso, você precisa pagar o salário dos funcionários, o aluguel da sua sala, entre outras despesas. Por
fim, você pode chegar à falência simplesmente porque alguém não concordou com o seu negócio. Dessa forma,
é preciso se preocupar com os riscos legais e fazer tudo dentro da legalidade, se possível com a ajuda de um
advogado experiente.

Além disso, é necessário entender que, quanto mais arriscado é um investimento, mais retorno será requerido pelos
investidores. Em outras palavras, você apostaria uma quantia grande de dinheiro no cavalo de corrida que ficou em
último colocado na corrida passada? Provavelmente, não, pois o risco de perder é muito alto. Para que as pessoas se
sintam mais atraídas a investirem nele, o prêmio pago tem de ser mais alto também. O inverso acontece com o cavalo
campeão da corrida passada, que paga um prêmio mais baixo, já que ele tem grandes chances de ganhar.

Noções de retorno em finanças

Retorno significa o quanto você ganhou pelo dinheiro investido.

Desse modo, se você depositou R$1.000 na poupança no começo do ano, e você obteve R$1.042,36 no último dia do
mesmo ano, você conseguiu um retorno de R$42,36. Para muitos, esse retorno pode não ser muito alto, pois a taxa de
juros não foi muito alta, e o prazo investido, neste caso, é de um ano. Além disso, a taxa de juros é altamente
influenciada pelo risco. Então, como o risco de o banco não pagar o investidor é muito baixo, ele dará uma taxa de juros

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muito baixa também. Caso você consiga uma taxa de juros mais atraente (com um risco um pouco maior) e invista por
um prazo maior, você poderá obter um retorno melhor.

Dessa forma, todas as pessoas que desejam trabalhar com finanças ou administrar suas finanças pessoais devem
estudar um pouco de Matemática Financeira, principalmente juros compostos, para poder juntar uma riqueza para a
aposentadoria.

Exemplo

No livro de finanças pessoais, Casais inteligentes enriquecem juntos, o escritor Gustavo Cerbasi demonstra que, com uma pequena aplicação mensal de
R$100, pode se formar um bom dinheiro a longo prazo, com uma taxa de juros de 1% ao mês.

Meses de Total Aplicado


Anos Juros recebidos Saldo final
aplicação Acumulado

1 Primeiro Ano R$ 100,00 R$ 1,00 R$ 101,00

2 Primeiro Ano R$ 200,00 R$ 3,01 R$ 203,01

3 Primeiro Ano R$ 300,00 R$ 6,04 R$ 306,04

4 Primeiro Ano R$ 400,00 R$ 10,10 R$ 410,10

5 Primeiro Ano R$ 500,00 R$ 15,20 R$ 515,20

6 Primeiro Ano R$ 600,00 R$ 21,35 R$ 621,35

... ... ... ... ...

119 9 anos R$ 11.900.00 R$ 11.003,87 R$ 22.903

120 10 anos R$ 12.000,00 R$ 11.233,91 R$ 23.233

121 10 anos R$ 12.100,00 R$ 11.467,25 R$ 23.567

... ... ... ... ...

240 20 anos R$ 24.000,00 R$ 75.914,79 R$ 99.914

360 30 anos R$ 36.000,00 R$ 316.991,38 R$ 352.99

480 40 anos R$ 48.000,00 R$ 1.140.242,02 R$ 1.188.2

Tabela: Tabela de rendimento de uma aplicação de R$100 mensais a juros de 1% ao mês.


Extraída de: Gustavo Cerbasi, 2004.

Quando falamos de empresas, há diversas formas de medir o retorno financeiro, bem como variados tipos de aplicações
financeiras para ganhar um dinheiro extra (que seriam classificadas como receita financeira).

Veja algumas a seguir:

Poupança

Essa forma de investir o dinheiro é a mais conhecida entre os brasileiros. Nesse tipo de investimento, o cliente coloca dinheiro no banco, e ele,
mensalmente, renderá uma porcentagem a juros compostos. Porém, essa porcentagem é bem baixinha. Então, não espere ficar milionário
com isso, a não ser que você espere algumas décadas e deposite mensalmente uma boa quantia.

CDB

O CDB é, basicamente, um empréstimo do cliente ao banco. Vamos dizer que você esteja com dinheiro sobrando e queira emprestá-lo a
alguém. Concorda que é muito difícil um banco grande lhe dar um calote? Então, por que não emprestar para ele. No entanto, como o risco de
o banco não pagar a você (dependendo do banco) é muito baixo, a taxa de juros cobrada também é muito baixa.

Tesouro Direto (também conhecido como títulos públicos)

Nesse tipo de investimento, você empresta dinheiro para o governo. Apesar de, no passado, o governo já ter dado um calote nos cidadãos, o
sistema financeiro e governamental evoluiu muito, o que torna esse tipo de investimento muito atraente e com risco muito baixo. No entanto,
para investir nessa modalidade, é necessário saber que o dinheiro deve ficar emprestado por bastante tempo.

Ações

Esse tipo de investimento é recomendado apenas para aqueles que estudaram sobre o assunto e têm dinheiro que nunca fará falta, caso eles
o percam. Como é possível que o preço de uma ação varie muito, o investidor poderá perder muito dinheiro. No entanto, como existe certo
risco, o ganho costuma ser maior do que as outras oportunidades mencionadas.

Dica

Caso queira investir em ações, é necessário estudar bastante sobre o tema.

video_library Riscos e retornos em Finanças


Agora que entendemos os conceitos de riscos e retornos em Finanças, vamos conferir exemplificações do assunto.

Falta pouco para atingir seus objetivos.

Vamos praticar alguns conceitos?

Questão 1

Quando um empresário vende a prazo e não tem os devidos controles, ele pode acabar recebendo menos dinheiro do
que precisa por mês para quitar seus gastos mensais. Sendo assim, que risco seria esse?

A Risco operacional

B Risco de crédito

C Risco de mercado

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D Risco de liquidez.

E Risco de falência

Parabéns! A alternativa D está correta.

O risco de liquidez ocorre quando uma empresa não possui dinheiro para pagar suas dívidas no momento, mesmo
quando possui a expectativa de receber mais dinheiro no futuro (como ocorre na venda a crédito).

Questão 2

O CDB é uma forma de investimento muito famosa. Qual é a melhor definição de CDB?

O CDB é um papel que você recebe do banco, informando que você emprestou dinheiro e que ele irá
A
pagá-lo em determinado tempo acrescido de juros.

O CDB é uma forma de investimento em que você empresta dinheiro para empresas, e elas irão pagá-lo
B
em determinado tempo acrescido de juros.

O CBD é um título que você recebe por emprestar dinheiro para o governo, e ele irá pagá-lo em
C
determinado tempo acrescido de juros.

O CDB é um investimento bancário em que o banco pega o seu dinheiro na conta corrente e o devolve
D
quando você precisar dele, sem o acréscimo de juros.

O CDB é um título emitido por empresas, que concede aos seus detentores participação nos lucros
E
corporativos.

Parabéns! A alternativa A está correta.

Conforme definido, CDB é quando uma pessoa ou organização empresta dinheiro ao banco com o intuito de recebê-lo
de volta no futuro acrescido de juros.

Considerações finais
Ao longo deste tema, estudamos conceitos de Finanças corporativas e suas principais áreas. Com isso, você se torna
capacitado a entender e exercer diversas funções dentro da área financeira, uma vez que conhece de forma abrangente
as principais atribuições que cada área exige.

Adicionalmente, explicamos alguns conceitos, como Receita e Despesa, Investimento e Financiamento, além de Risco e
Retorno.

Esses conhecimentos compreendem um vasto aprendizado, que é imprescindível para um profissional que deseje
ingressar na área financeira organizacional.

headset Podcast
Para encerrar, com a palavra o professor Antônio Carlos Magalhães da Silva e suas considerações sobre o conteúdo.

Referências
CERBASI, G. Casais inteligentes enriquecem juntos. 1. ed. São Paulo: Sextante, 2004.

FORTUNA, E. Mercado financeiro: produtos e serviços. 3. ed. Rio de Janeiro: QualityMark, 1994.

GITMAN, L. Princípios de Administração Financeira. 12. ed. São Paulo: Pearson, 2010.

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Caso tenha se interessado em aprender mais sobre o fluxo de caixa, recomendamos que você invista em softwares de
planilhas eletrônicas. Assim, você pode criar planilhas gerenciais bem bonitas e práticas, que irão auxiliá-lo e ajudá-lo a
saber se você tem dinheiro ou não no momento.

Além disso, busque vídeos sobre fluxo de caixa, pois, assim, será possível ver, na prática, como ele é feito.

Pesquise também a Calculadora do Cidadão, do Banco Central, para calcular a correção pela caderneta de poupança
facilmente.

Recomendamos também o livro Princípios de Administração Financeira, escrito pelo professor Gitman.

https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/00151/index.html# 10/10

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