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22/08/22, 20:31 Versão para impressão - INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA

INTRODUÇÃO
À
ADMINISTRAÇÃO
FINANCEIRA

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Apresentação 
Seja bem-vindo(a)!

Administração Financeira é um dos ramos da gestão que mais


demanda atualização do profissional, pois as organizações
precisam se antever às mudanças do mercado e garantir que suas
finanças estejam saudáveis.

Assim, para melhor compreensão desta temática, os conteúdos


estão organizados em tópicos de forma dinâmica e didática:

Os conceitos e a evolução da administração financeira.


Sistema Financeiro.
Demonstrações financeiras
Análise das demonstrações financeiras.

Palavras-chave da Unidade

Fundamentos Administração Financeira, Sistema Financeiro,


Análise das Demonstrações Financeiras

Objetivos
Compreender as responsabilidades e oportunidades da
carreira da área de finanças.
Conhecer a evolução da Administração Financeira.
Identificar os objetivos e as funções da Administração
Financeira.
Analisar as estruturas organizacionais.

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Desafio 
Em entrevista, para revista Isto é dinheiro , Otávio Damaso,
diretor de Regulação do Banco Central (BC), afirma que o sistema
financeiro deve se preparar para os desafios da autoridade
monetária nos próximos anos. De acordo com Damaso (2017, on-
line):

Temos todos que nos preparar para esse processo de


inovação. Olhando hoje parece ser extremamente
intenso e desafiador, com muitos debates interessantes.
Esse debate sobre inovação chegou agora com força no
centro do sistema financeiro, já atingiu outros segmentos
econômicos e transformou alguns de forma significativa
e agora chega ao centro financeiro.

Com base no material selecionado e nos conteúdos estudados,


responda à seguinte questão: Os mercados bancário e o financeiro
estão sentindo os impactos sociais, econômicos e principalmente
tecnológicos, dos últimos anos, logo, o que pode ser esperado por
estes mercados com tantas mudanças ocorrendo?

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Conteúdo 
Evolução da Administração Financeira

Em fase inicial o estudo de finanças está ligado ao processo do


mercantilismo, quando o método de produção e distribuição de
riqueza são alterados. É a partir do século XX, no início dos anos de
1920, que o mundo dos negócios tem uma explosão de consumo e
um aumento na complexidade nas operações comerciais,
consequentemente surge a necessidade de aprofundar os estudos
da administração financeira. As operações para captação de
recursos, para o financiamento dos negócios, se tornam o centro
das atenções dos profissionais de finanças, em formação nesta
época.

Em 1929, ocorreu a recessão econômica, também conhecida como


a Grande Depressão, que persistiu ao longo da década de 1930.
Neste período, as empresas buscaram se reestruturar, procuraram
por novas soluções para a resolução dos problemas. Surge, então,
as teorias da administração descrita por Ford, Taylor e Fayol, entre
outros, que influenciam a reestruturação organizacional. Além
disso, os indicadores de liquidez, insolvência e nível de
endividamento passaram a ser analisados pelas empresas.

A década de 1940 foi marcada pela guerra, consequentemente as


atenções estavam voltadas para questões externas. Logo, os
administradores financeiros tiveram como foco de gestão, o
empréstimo de recursos (aplicação externo).

A década seguinte, foi marcada pela grande expansão econômica,


quando os investimentos empresariais e a geração de riqueza
tornaram-se prioridades. A partir da Teoria Geral de Keynes, que
sucedeu o afloramento da ideia de que o investimento agregado
seria importante para o desenvolvimento das empresas, sendo
necessário uma alocação mais efetiva dos recursos, por meio da
seleção das fontes de financiamentos. Dois conceitos financeiros
foram difundidos nesse período: o retorno do investimento e o
custo de capital, o que implicou uma maior interdependência das
decisões financeiras, destacando os ativos e passivos dos
balanços das empresas. Outro fator de destaque nessa época,
refere-se à abordagem proposta por Franco Modigliani e Merton
Miller, com relação à irrelevância da estrutura de capital e de

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dividendos sobre o valor de mercado da empresa, levando a uma


reflexão sobre o processo decisório relativo às finanças das
empresas.

Verificou-se a redução de margem da empresa, durante a década


de 1960, e a Teoria do Portfólio ganhou destaque, partindo da
proposição de que o risco de um ativo deve ser avaliado de acordo
com sua contribuição nos resultados total de risco e retorno
produzidos na carteira de ativos (portfólio), e não de forma isolada.
Já as décadas de 70 e 80 enfatizaram a composição da estrutura
financeira.

É no final do século XX, o período de maior evolução das teorias de


finanças, concentrando-se nos anos de 1990, com destaque para
gestão de risco, o que orientou as empresas a adotarem
estratégias relacionadas com instrumentos derivativos, opções,
swaps, hedges, entre outros. O risco e retorno passam a ser o
centro das tomadas de decisões. Outro ponto de atenção é o
processo de globalização dos negócios e a intensiva utilização da
tecnologia da computação e comunicação, que contribuíram para
alavancar o estudo sobre finanças.

O século XXI é marcado pela crise da liquidez e a gestão de curto


prazo, o que tem exigido do administrador financeiro a
coordenação durante todo processo, pois as decisões de curto
prazo impactam profundamente a longo prazo e ainda, não se pode
esquecer que este profissional tem a função de maximizar o valor
da empresa, desenvolvendo atividades tais como:

prever e planejar, juntamente com outros executivos, os


planos que envolvem a posição futura da empresa.
decidir sobre os investimentos necessários para ampliação
do negócio e sobre os financiamentos dos ativos.
coordenar e controlar o processo operacional da empresa de
forma eficiente, indicando as melhores decisões empresariais
a serem adotadas, buscando interagir sempre com as outras
áreas e os outros executivos da corporação.
transacionar com os mercados financeiros, negociando os
títulos da empresa.

É importante lembrar que quando se falava em administração


financeira, se referia ao conceito de gerenciar o caixa, controlando
o pagamento das contas e o recebimento. Na atualidade, a
administração financeira tem como principal objetivo potencializar
a riqueza dos acionistas, ou seja, maximizar o preço das ações da
empresa, considerando o valor presente líquido, o risco e o custo
de capital. Tendo consciência dessa complexidade, as atividades
do administrador financeiro podem ser divididas em dois grupos,
controladoria e tesouraria, conforme apresentado na tabela 1.

Tabela 1 – Atividades do Administrador Financeiro

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Curto Prazo Longo Prazo

Tesouraria Caixa. Financiamentos.


Crédito e Investimentos.
cobrança. Planejamento e
Risco. controle.
Câmbio. Proteção de
ativos.
Relações entre
acionistas e
investidores.
Relações com
bancos.

Controladoria Auditoria interna. Administração de


Contabilidade. custo e preços.
Patrimônio. Orçamento.
Planejamento
tributário.
Relatórios
gerenciais.
Desenvolvimento
e manutenção de
sistemas de
informação.

Fonte: Elaborada pelo autor, 2019.

As funções financeiras de curto prazo envolvem situações nas


quais as empresas precisam dispor de recursos para quitar os
compromissos, sendo conhecida como gestão do capital
circulante. Nesse caso, quando os recebimentos não são
compatíveis com os vencimentos das obrigações, as organizações
recorrem ao mercado financeiro para obter recursos.

Já as de longo prazo estão relacionadas com as decisões


financeiras estratégicas que implicam a “saúde” econômico-
financeira e visam a obtenção de recursos para projetos e
investimentos. Correspondem às políticas de investimento,
financiamentos e destinação de resultados.

Sistema Financeiro

Ambiente Financeiro

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As empresas desenvolvem-se dentro de um ambiente financeiro


complexo que engloba bancos, companhias de crédito, taxas de
juros e de câmbio, títulos de dívida, agentes com recursos
financeiros excedentes e outros com escassez.

É importante destacar que a maioria dos países organiza


formalmente o ambiente financeiro, por meio do Sistema
Financeiro, estruturado de acordo com sua própria legislação, mas
basicamente constitui-se de órgãos reguladores e executores.

Para o entendimento do ambiente financeiro é importante saber


alguns conceitos, tais como: ativos financeiros, mercado de ações,
mercado financeiro e taxa de juros.

Referente aos ativos financeiros, existem três formas básicas de


classificação que são negociados no mercado: renda (fixa ou
variável), prazo e emissão.

No ativo de renda fixa, os rendimentos dos títulos são definidos


previamente, no momento da aplicação, e podem ser prefixados ou
pós-fixados. Quando os rendimentos são prefixados, os juros totais
são preestabelecidos para todo o período da operação, sem
considerar o desempenho da economia. Já nos pós-fixados, uma
parcela dos juros é fixada de acordo com a taxa real, e a outra será
definida de acordo com um indexador de preços (IGP-M , TR )
estabelecido no contrato da operação.

No Brasil, existem vários exemplos de títulos de renda fixa, os


principais são: os Certificados de Depósitos Bancários (CDB),
Debêntures, Caderneta de Poupança, Fundos de Investimentos de
Renda Fixa, Letras de Câmbio e Letras Hipotecárias.

Acrescente-se ainda, que os ativos de renda fixa estão sujeitos a


riscos de inadimplência por parte do emissor do título, de
oscilações nas taxas de inflação e nas taxas de juros de mercado.

Já no ativo de renda variável, os rendimentos dos títulos são


determinados embasados no desempenho da empresa ou
instituição emissora do respectivo título, e o principal exemplo é a
ação emitida por uma sociedade anônima.

Para entender o mercado de ações, é preciso saber o que é uma


ação. É importante enfatizar que as ações são definidas como
títulos de renda variável, nominativos, negociáveis, emitidos por
sociedades anônimas, que representam a menor fração do capital
da empresa emitente. Além disso, quando o investidor compra uma
ação, ele se torna coproprietário da empresa e passa a correr o
risco do resultado do negócio: lucros ou prejuízos.

Um outro ponto, a evidenciar, é que as ações são conversíveis em


dinheiro a qualquer momento, podendo ser negociadas em bolsa
de valores ou mercado de balcão. Nesse sentido, a liquidez do
mercado de ações permite ao investidor sair da sociedade quando
achar conveniente e migrar para outro negócio mais atraente.

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Para conseguir bons retornos no mercado acionário, o investidor


deve avaliar as empresas e analisar os seus fundamentos,
buscando comprar ações de organizações que apresentem lucros
sólidos e crescentes, e não se preocupar com as oscilações de
curto prazo das cotações das ações, visto que, no longo prazo, os
bons fundamentos tendem a prevalecer, levando a sua valorização.
Geralmente, organizações com histórico de crescimento contínuo,
apresentam grande demanda por suas ações, o que tende a
aumentar os seus preços. Saber identificar as melhores empresas
é o grande desafio do investidor. Conheça os dois tipos de ações:

Ações ordinárias (ON): o acionista tem direito de voto na


assembleia geral da sociedade e participa dos resultados da
empresa com o recebimento de dividendos.
Ações preferenciais (PN): O acionista tem preferência no
recebimento dos resultados ou no reembolso do capital em
caso de liquidação da sociedade, mas não tem direito de
voto.

Quanto à forma de emissão, as ações podem ser:

Nominativas: são cautelas ou certificados que apresentam o


nome do acionista, e sua transferência é realizada através da
entrega e averbação do termo, em livro próprio da sociedade
emissora, indicando o nome do novo acionista.
Escriturais: as ações funcionam como uma conta corrente
através dos lançamentos a débito ou a crédito dos acionistas,
sem a emissão das cautelas ou certificados, ou seja, sem a
movimentação física em papel. Na atualidade, as ações
escriturais são mais utilizadas, e os investidores, através da
Internet, utilizam os sistemas de home broker  das
corretoras interligados ao sistema de negociação da bolsa de
valores e emitem as suas ordens de compra ou venda de
ações.

A rentabilidade das ações é variável, sendo composta por


dividendos ou participação nos resultados, por benefícios
concedidos pela empresa e por eventuais ganhos de capital
decorrentes da venda das ações.

Dividendo: é a parcela do lucro apurado pela empresa,


distribuída em dinheiro aos acionistas, após o encerramento
do exercício social, em percentual definido pela empresa.
Juros sobre Capital Próprio: correspondem à remuneração
sobre o capital investido na empresa, paga ao acionista,
podendo substituir o dividendo total ou parcialmente, e deve
atender às condições específicas estabelecidas em
regulamentação.
Bonificação: refere-se à distribuição gratuita, aos acionistas,
de novas ações advindas do aumento de capital por
incorporação de reservas, lucros em suspenso ou reavaliação
do ativo.

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Subscrição: é o direito inerente a todo acionista de adquirir


novas ações por aumento de capital com preço e prazo
predeterminados. Como não é obrigatório o exercício da
preferência na subscrição de novas ações, o acionista poderá
vender a terceiros o seu direito de subscrição na bolsa de
valores.
Valorização: representa o ganho de capital alcançado pelo
acionista pela valorização de suas ações no mercado.

Vale ressaltar que o mercado financeiro é composto por


instituições, que exercem a função de intermediar recursos, por
meio da captação de fundos, dos agentes financeiros com
excesso, via remuneração e repasse do excedente aos agentes que
necessitam de recursos por meio de empréstimos.

Existem diferentes mercados financeiros, e cada um trabalha com


um tipo de instrumento, prazo e ativos, para atender ao perfil de
clientes específicos. Os principais mercados de intermediação
financeira podem ser classificados de acordo com:

Tipos de ativos comercializados


Mercado de ativos reais (físicos ou tangíveis): onde são
negociados produtos como trigo, automóveis, imóveis,
computadores e máquinas.
Mercado de ativos financeiros: onde são negociados
títulos, ações, notas, hipotecas, entre outros direitos de
ativos reais.

Prazos de entrega
Mercado à vista (SPOT): os ativos são negociados
(compra e venda) para entrega imediata.
Mercado futuro ou a termo: os ativos são negociados
(compra e venda) para entrega futura.

Prazos das dívidas


Mercado monetário: nesse tipo de mercado realizam-se
operações de títulos de dívida com vencimento antes de
um ano e permite o controle da liquidez monetária da
economia. O governo utiliza-se da emissão de títulos a
fim de auxiliar a política econômica.
Mercado de capitais: nesse tipo de mercado realizam-
se operações de títulos de dívida de longo prazo e
ações de sociedades anônimas. É uma grande fonte de
recursos para investimentos econômicos, por isso tem
papel importante no processo de desenvolvimento da
economia.

Tipos de crédito
Mercado de crédito ao consumidor: refere-se aos
empréstimos para compra de bens como automóveis,
eletrodomésticos, viagens, entre outros.

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Mercado hipotecário: corresponde a empréstimos para


compra de imóveis.

Origem dos títulos


Mercado primário: os títulos são emitidos pelas
empresas. A companhia envia novas ações para
captação de recursos para financiar e promover o seu
crescimento.
Mercado secundário: as ações existentes são
renegociadas entre os investidores. Não ocorre o
lançamento de um novo ativo financeiro, logo, os
recursos não são destinados para o financiamento da
empresa.

Abrangência geográfica
Mundial, nacional, regional ou local: as organizações
podem tomar empréstimos em qualquer parte do
mundo, como também no mercado interno.
Mercado cambial: nesse mercado ocorrem diversas
operações de compra e venda de moedas estrangeiras
conversíveis. Engloba os agentes financeiros
interessados em realizar operações com o exterior, tais
como importadores, exportadores, investidores e
instituições financeiras.

Sistema Financeiro Nacional

A estrutura atual do Sistema Financeiro Nacional ( SFN), resultou


da reforma institucional do biênio 64/65, sendo regido,
principalmente, pela Lei 4.595, de 31 de dezembro de 1964, que
criou o Conselho Monetário Nacional (CMN) e o Banco Central (
BACEN). Posteriormente, foi incorporada ao quadro institucional a
Comissão de Valores Mobiliários – CVM, através da Lei 6.385, de 7
de dezembro de 1976. O SFN é composto por órgãos normativos,
entidades supervisoras e operadores, conforme a figura 1.

Figura 1- SFN – Órgãos Normativos

Fonte: Elaborada pelo autor, 2020.

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O Conselho Monetário Nacional (CMN), instituído pela Lei 4.595, de


31 de dezembro de 1964, teve a sua composição reformulada para
se adaptar à junção de ministérios, que formou o Ministério da
Economia. É responsável por expedir diretrizes para o bom
funcionamento do Sistema Financeiro Nacional.

Acrescenta-se, ainda, que o CMN era formado pelos ministros da


Fazenda, que exercia a função de presidente do conselho, e do
Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, e pelo presidente do
Banco Central. Na atualidade o conselho é formado pelo ministro
da Economia, que o presidirá; o presidente do Banco Central; e o
secretário Especial de Fazenda, do Ministério da Economia.

O Banco Central do Brasil (BACEN)  é uma autarquia vinculada ao


Ministério da Economia. É o principal executor das orientações do
Conselho Monetário Nacional e responsável por garantir o poder de
compra da moeda nacional, tendo por objetivos:

Zelar pela adequada liquidez da economia.


Manter as reservas internacionais em nível adequado.
Estimular a formação de poupança.
Zelar pela estabilidade e promover o permanente
aperfeiçoamento do sistema financeiro.

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) é um órgão normativo


do SFN, autônomo e descentralizado, voltado para o
desenvolvimento, a disciplina e a fiscalização do mercado de
valores mobiliários não emitidos pelo Sistema Financeiro e pelo
Tesouro Nacional, constituído basicamente do mercado de ações e
debêntures.

A Superintendência de Seguros Privados (SUSEP) é uma autarquia


vinculada ao Ministério da Economia, que atua na normatização, no
controle e na fiscalização dos mercados de seguro, resseguro,
previdência privada aberta e capitalização.

Outra instituição normativa é a Superintendência Nacional de


Previdência Complementar ( PREVIC). Uma autarquia que atua na
fiscalização das atividades das entidades fechadas de previdência
privada (fundos de pensão).

Existe, ainda, outra parte do sistema financeiro, os operadores, tais


como:

Instituições financeiras captadoras de depósitos à vista.


Demais instituições financeiras.
Bancos de Câmbio.
Outros intermediários financeiros e administradores de
recursos de terceiros.
Bolsas de mercadorias e futuros.
Bolsas de valores.
Resseguradores.
Sociedades seguradoras.

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Sociedades de capitalização.
Entidades abertas de previdência complementar.
Entidades fechadas de previdência complementar (fundos de
pensão).

É importante evidenciar que, em especial, os bancos múltiplos


atuam no mercado brasileiro.

Eles têm a finalidade de racionalizar a administração das


instituições financeiras, podendo assim, empresas do mesmo
grupo constituírem uma única instituição com personalidade
jurídica própria e com um único balanço e caixa, o que implica na
redução de custos. As funções de cada empresa são mantidas
separadamente, com a vantagem de contabilizar as operações
como uma só instituição.

Os bancos múltiplos são instituições financeiras


privadas ou públicas que realizam as operações ativas,
passivas e acessórias das diversas instituições
financeiras, por intermédio das seguintes carteiras:
comercial, de investimento e/ou de desenvolvimento, de
crédito imobiliário, de arrendamento mercantil e de
crédito, financiamento e investimento. Essas operações
estão sujeitas às normas legais e regulamentares
aplicáveis às instituições singulares correspondentes às
carteiras. A carteira de desenvolvimento somente
poderá ser operada por banco público. O banco
múltiplo deve ser constituído com, no mínimo, duas
carteiras, sendo uma delas, obrigatoriamente, comercial
ou de investimento, e ser organizado sob a forma de
sociedade anônima. As instituições com carteira
comercial podem captar depósitos à vista. Na sua
denominação social deve constar a expressão “Banco”
(BCB, 1994).

Demonstrações Financeiras

Durante o processo decisório financeiro, o administrador dispõe de


informações internas e externas. Os dados internos são obtidos
por meio das demonstrações financeiras que envolvem variáveis
de curto prazo, como volume de vendas, preços cobrados, contas a
receber e a pagar, tributos a recolher e de longo prazo, tais como
dívidas contraídas, as possibilidades de obter recursos e as formas
de sua aplicação. As informações externas refletem os dados

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sobre a tendência do mercado, as ações de empresas


concorrentes, as decisões político-econômicas tomadas pelo
governo e o mercado internacional, e são obtidas através de
noticiários, revistas especializadas, associações e sindicatos,
concorrentes, entre outras.

As sociedades por ações são obrigadas a elaborar e publicar as


demonstrações financeiras, que são estruturadas da seguinte
forma:

Balanço patrimonial.
Demonstração das mutações patrimoniais ou Demonstração
dos lucros ou prejuízos acumulados.
Demonstração do resultado do exercício.
Demonstração das origens e aplicações de recursos.

Deve-se complementar as informações por meio de Notas


Explicativas ou outras demonstrações contábeis, quando
necessário, com o Parecer do Conselho Fiscal, Parecer dos
Auditores Independentes, Relatório do Conselho de Administração
ou da Diretoria.

As demonstrações financeiras são elaboradas de acordo com a


prática contábil do regime de competência, descrita na Resolução
CFC n° 750/93, modificada pela Resolução CFC n° 1.282/10:

Art. 9º - O Princípio da Competência determina que os


efeitos das transações e outros eventos sejam
reconhecidos nos períodos a que se referem,
independentemente do recebimento ou pagamento.

Parágrafo único. O Princípio da Competência


pressupõe a simultaneidade da confrontação de receitas
e de despesas correlatas. (BRASIL, 1993; 2020).

Existem algumas ressalvas quanto à publicação de alguns itens


descritos na Lei das S.A. No Brasil, as demonstrações financeiras
são reguladas pela Lei n° 6.404/76, modificada pelas Leis nº
10.303/01 e 10.411/02, relativas às sociedades por ações, e pelo
Decreto-Lei n° 1.598/77. Em conformidade com a legislação, todas
as formas de organização que estejam sujeitas à tributação, ficam
obrigadas a seguir as normas referentes à contabilidade e às
demonstrações financeiras da Lei das S.A. O Ministério da Fazenda
e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) são os órgãos que
regulam as demonstrações financeiras nacionais; e o Conselho
Federal de Contabilidade e o Instituto Brasileiro de Contabilidade (
IBRACON) sintetizam os conceitos contábeis utilizados no Brasil.
Quando a empresa negocia com o mercado internacional, deve,
ainda, seguir as exigências estabelecidas pelo Comitê Internacional

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de Padrões Contábeis ( International Accounting Standards


Comitee - IASC) e pelo Financial Accounting Standards Board
(FASB).

O balanço patrimonial é uma demonstração financeira que


apresenta uma visão estática e sintética dos bens, direitos,
obrigações e capital de uma empresa, com os respectivos valores
monetários, em uma data específica, que muitas vezes
corresponde ao encerramento do exercício social. A tabela 2
apresenta, de forma sintetizada, os principais grupos de contas do
Balanço Patrimonial.

Tabela 2 - Balanço Patrimonial

ATIVO PASSIVO

Ativo Circulante Passivo Circulante

Ativo Não Circulante Passivo Não Circulante

Ativo Permanente Resultados de Exercícios Futuros

Investimentos Patrimônio Líquido

Imobilizado Capital

Diferido Reservas de Capital

  Reservas de Reavaliação

  Reservas de Lucros

  Lucros ou Prejuízos Acumulados

Fonte: Elaborada pelo autor, 2019.

As contas do ativo registram os bens e direitos da empresa, sendo


dividido em três grupos: ativo circulante, ativo não circulante e ativo
permanente.

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Já as contas do passivo, correspondem às dívidas e obrigações da


empresa, sendo dividido em dois grupos: circulante e não
circulante. As contas de resultados de exercícios futuros
correspondem às receitas líquidas de exercícios futuros. O
patrimônio líquido apresenta a diferença entre o valor do ativo total
e do passivo total, representando os valores dos direitos dos
acionistas na empresa.

É importante destacar que a demonstração das mutações


patrimoniais não é mais obrigatória, mas é um instrumento útil de
análise, visto que apresenta a movimentação de todas as contas
do patrimônio líquido, dentro de um exercício social. A tabela 3,
exemplifica uma demonstração dos lucros ou prejuízos
acumulados.

Tabela 3 - Demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados

  Saldo anterior

(± Ajustes de exercícios anteriores)

(– Dividendos extraordinários)

(– Incorporação ao capital)

= Lucro líquido do exercício)

(– Transferência para reserva legal)

(– Transferência para outras reservas de lucros)

(– Dividendos propostos)

= Saldo final

Fonte: Elaborada pelo autor, 2019.

O objetivo da Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) é


apurar o lucro ou o prejuízo do exercício, e para isso engloba as
receitas, as despesas, os ganhos e as perdas do exercício. O

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resultado obtido, apurado através do Regime de Competência, é


transferido para a conta Lucros ou Prejuízos Acumulados, que
compõe o patrimônio líquido. Veja a seguinte tabela.

Tabela 4 – Demonstrativo do Resultado do Exercício (DRE)

  Receita Bruta de Venda de Bens e Serviços

(– Impostos sobre vendas)

(– Devoluções, Descontos Comerciais e Abatimentos)

= Receita Líquida

(– Custos dos Produtos e Serviços Vendidos)

= Lucro Bruto

(– Despesas de Vendas)

(– Despesas Administrativas)

(– Despesas Financeiras Líquidas)

(– Outras Despesas Operacionais)

+ Outras Receitas Operacionais

= Lucro Operacional

+ Receitas não Operacionais

(– Despesas não Operacionais)

= Lucro antes do Imposto de Renda

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(– Provisão para o Imposto de Renda)

(– Participantes de Debent., Empreg., Adm. e Partes Beneficiárias)

= Lucro (ou Prejuízo) Líquido do Exercício

Fonte: Elaborada pelo autor, 2019.

A Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos(DOAR)


estabelece a fonte dos recursos financeiros e a sua aplicação (ou
destino) na empresa. A DOAR apresenta as variações das contas
dos balanços patrimoniais em dois períodos consecutivos.

Se uma conta do ativo aumenta o seu valor em comparação ao


exercício anterior, indica que a empresa destinou recursos para
esse ativo. Se ocorrer uma redução do valor aplicado, significa que
esse ativo foi a fonte geradora de recursos.

Se uma conta do passivo aumenta seu montante em relação ao


período precedente, resulta na obtenção de recursos, o que
equivale ao aumento das fontes de financiamentos. No sentido
oposto, se o valor diminui, isso implica a aplicação de recursos da
empresa.

No Brasil, a DOAR reflete as variações do Capital Circulante Líquido


( CCL), ou seja, o ativo circulante menos o passivo circulante. A
utilização desse instrumento amplia a utilidade das demonstrações
financeiras, pois com a sua apuração é possível definir a “folga”
financeira de curto prazo. Assaf Neto  (2012, p. 94) conforme
tabela 5, um exemplo da DOAR.

Tabela 5 – Demonstrativo das Origens e Aplicações de Recursos

ORIGENS

(–) Depreciação acumulada

Duplicatas a pagar

Outras contas a pagar

Exigível de longo prazo

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Reservas

Lucros retidos/acumulados

APLICAÇÕES

Caixa

Títulos negociáveis

Duplicatas a receber

Estoques

Maquinário

Móveis e utensílios

Títulos a pagar

Exigível de longo prazo

AUMENTO OU REDUÇÃO DO CCL

CCL de início e fim de exercício:

AC Inicial                        AC Final                 Variação no AC

 PC Inicial                        PC Final                  Variação no PC

CCL Inicial                       CCL Final                Variação no CCL

Fonte: Assaf Neto, 2012.

As notas explicativas acompanham as demonstrações financeiras


e são parte integrante delas. Apresentam informações relevantes,
complementares ou suplementares, que visam esclarecer o que
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não foi evidenciado nas demonstrações contábeis, por exemplo, os


critérios utilizados na elaboração das demonstrações dos eventos
que ocorreram após o fechamento do balanço.

Análise das Demonstrações Financeiras

Uma análise eficiente deve mostrar os pormenores da composição


patrimonial baseando-se em mais de um exercício social,
preferencialmente no exercício de três anos, para que se possa ter
uma visão da tendência dos vários índices.

A análise passa por três fases: verificação e reclassificação de


contas, apuração dos índices e interpretação dos dados. Além
disso, envolve o aspecto estático, que considera a situação
momentânea da empresa, sem se importar com os anos passados
e futuros, e o aspecto dinâmico que analisa a evolução da
organização e dos negócios, considerando os resultados atuais e
comparando-os com os anteriores, bem como projeta as evoluções
futuras.

O analista financeiro, através da comparação dos valores


disponíveis nas demonstrações financeiras, avaliará a situação da
empresa perante os enfoques econômico, financeiro e de
rentabilidade.

Existem algumas técnicas utilizadas na análise das demonstrações


financeiras, tais como:

Análise horizontal: demonstra a evolução das contas


patrimoniais e do resultado dentro de uma série de exercício
social. Além disso, permite avaliar e acompanhar a evolução
das receitas e despesas e os investimentos realizados.
Análise vertical: demonstra a estrutura econômico-financeira
da empresa e permite determinar a participação relativa de
cada conta no grupo total.
Indicadores econômico-financeiros: utilizam índices que
ajudam a analisar a liquidez, a atividade, o nível de
endividamento, a rentabilidade e as ações para chegar a uma
melhor conclusão sobre a empresa.

Por ser um dado numérico estático, o índice não deve ser


considerado isoladamente, mas dentro de um contexto mais
amplo, juntamente com outros indicadores e variáveis. Por
exemplo, ao considerar o índice de endividamento de uma
empresa, pode-se constatar que ele é muito alto, mas isso não
significa, necessariamente, que a organização esteja a caminho da
falência, pois outros fatores podem justificar o elevado
endividamento sem que comprometa-se a sua capacidade de
solvência.

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Existem diversos índices de análise, entretanto, serão


apresentados apenas os indicadores básicos, que estão
classificados em quatro grupos:

Índices de liquidez: medem a capacidade financeira da


empresa de pagar seus compromissos. Se o índice for
superior a 1, a “saúde” financeira da instituição é favorável,
mostrando a existência de capital de giro próprio. Se for
inferior a 1, tem-se uma situação desfavorável, evidenciando
a dependência de capital de terceiros.

Ao analisar esse índice, o ideal é compará-lo aos de outras


empresas do mesmo setor de atividade, pois assim pode-se chegar
a conclusões mais satisfatórias sobre o indicador. Veja a tabela
seguinte.

Tabela 6 - Análise de índices

Liquidez Corrente (LC) Ativo Circulante (AC)

Passivo Circulante (PC)

Liquidez Imediata (LI) Disponibilidades

Passivo Circulante (PC)

Liquidez Seca (LS) Ativo Circulante (AC) – Estoques

Passivo Circulante (PC)

Liquidez Geral (LG) Ativo Circulante + Ativo Não Circulante

Passivo Circulante + Passivo Não


Circulante

Fonte: Elaborada pela autora, 2020.

Índices de estrutura: indicam a segurança oferecida pela


empresa aos seus credores, que representam o capital de
terceiros, bem como revelam a sua política de obtenção de
outros recursos e suas respectivas alocações.

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A análise de índice de Garantia de Capital de Terceiros


procura mostrar a relação entre o Capital de Terceiros
(Passivo Circulante + Passivo Não Circulante) com o Capital
Próprio (Patrimônio Líquido). Através da análise desse índice
busca-se mensurar a proporção entre o Capital Próprio e o
Capital de Terceiros, a fim de melhorar a política de obtenção
e aplicação de recursos adotada pela empresa.

O Grau de Endividamento ou Endividamento Geral indica a


dependência de recursos de terceiros (Passivo Não
Circulante) no financiamento do Ativo.

Através do índice de Composição do Endividamento mostra-


se a participação de dívidas de curto prazo em relação à
dívida total.

As dívidas de curto prazo vencem dentro do exercício


seguinte e as de longo prazo após o fim do exercício
seguinte, o que proporciona uma “folga” para a empresa.

Índices de rentabilidade: interpretam o desempenho global


da empresa, medindo a capacidade da geração de bens. Os
resultados mais utilizados são: o lucro operacional e o lucro
líquido.
Através do Retorno sobre o Ativo pode-se medir o que foi
produzido pelo total das aplicações realizadas no ativo de
uma empresa.

Esse índice considera o lucro operacional que apresenta o


resultado da empresa antes das despesas financeiras e
determina as decisões de investimentos. Ele define o valor
financeiro máximo de que uma organização poderá dispor na
hora de captar fundos.

A medida de Retorno sobre o Investimento apresenta o


retorno produzido pelo total de recursos levantados pela
empresa sibre os aplicados em seus negócios.

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O índice de Retorno sobre o Patrimônio Líquido mede a taxa


de retorno do investimento dos acionistas, ou seja, afere o
quanto cada acionista terá de lucro por ter investido na
empresa.

OU

Por meio do índice de rentabilidade das vendas pode-se


medir a eficiência da empresa na geração de lucro através de
suas vendas.

Índices de análise de ações: a partir delesé possível avaliar


os reflexos do desempenho da empresa sobre as suas ações.

O lucro líquido obtido por ação da empresa em determinado


período de tempo, ou seja, revela a parcela do lucro líquido
referente a cada ação.

Entretanto, a forma de distribuição dependerá da política de


dividendos de cada empresa.

O índice Preço/Lucro mostra quanto os investidores querem


pagar por uma unidade monetária de lucros correntes. Por
ser uma análise estática, o seu resultado só é válido para o
dia da apuração, e seu cálculo apresenta a relação entre o
preço de aquisição do título e o lucro unitário anual.

Diagrama de índices: corresponde à construção de


diagramas de índices para obter os resultados finais do
desempenho da empresa no transcorrer do tempo e
determinar as causas das variações ocorridas no período
analisado, que influenciaram os indicadores finais de
rentabilidade.

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Finalizando a Unidade 

Durante décadas o estudo de finanças vem evoluindo


conceitualmente e, na prática, tornando-se mais complexo,
exigindo responsabilidades mais intensas dos
administradores financeiros, além de uma visão mais
questionadora em relação ao comportamento do mercado.

É importante evidenciar que a administração financeira está


relacionada à maximização da riqueza dos acionistas, ou
seja, potencializar o preço das ações da empresa. Para isso,
os profissionais, que atuam nessa área, devem buscar obter
os recursos necessários para elevar o valor da empresa.

De forma sucinta, abordou-se que, para compreender o


ambiente financeiro é necessário desvendar conceitos como
ativos financeiros, mercado de ações e mercado financeiro e
o papel de cada um deles na economia.

Para finalizar, foi apresentado a importância do papel do


Administrador Financeiro, na análise das demonstrações
financeiras.  É por meio do cálculo de vários índices
financeiros, que destacam-se os pontos fortes e fracos de
uma empresa, para então compará-la com outras do mesmo
ramo. Além disso, avaliar se houve melhora ou piora na
situação da organização ao longo do tempo, sob os enfoques
econômico, financeiro e de rentabilidade.

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Dica do Professor 
Leia o livro: Análise de Demonstrativos Financeiros e da
Performance Empresarial - Para Empresas não Financeira, de Flávio
Kezam Málaga. 

https://conteudo.catolica.edu.br/conteudos/unileste_cursos/disciplinas/nucleo_formacao_geral/Administracao_financeira_e_orcamentaria/tema… 24/27
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Saiba Mais 
Leia o artigo: “Análise das Demonstrações Financeiras ”, de
Reinaldo Luiz Lunelli. O autor apresenta, de forma sucinta, que o
objetivo da Análise das Demonstrações Financeiras, que é propiciar
uma investigação sobre a real situação econômica e financeira da
instituição, usando relatórios gerados pela Contabilidade e outros
dados.

https://conteudo.catolica.edu.br/conteudos/unileste_cursos/disciplinas/nucleo_formacao_geral/Administracao_financeira_e_orcamentaria/tema… 25/27
22/08/22, 20:31 Versão para impressão - INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA

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Referências 
ASSAF NETO, Alexandre. Finanças corporativas e valor. São
Paulo: Atlas, 2012.

BANCO CENTRAL DO BRASIL. Resolução CMN 2.099, de 17


de agosto de 1994. Aprova regulamentos que dispõem sobre
as condições relativamente ao acesso ao Sistema Financeiro
Nacional, aos valores mínimos de capital e patrimônio líquido
ajustado, à instalação de dependências e à obrigatoriedade
da manutenção de patrimônio líquido ajustado em valor
compatível com o grau de risco das operações ativas das
instituições financeiras e demais instituições autorizadas a
funcionar pelo Banco Central. Brasília: Conselho Monetário
Nacional, 1994. Disponível em:
<https://www.bcb.gov.br/pre/composicao/bm.asp?
idpai=SFNCOMP&frame=1 >. Acesso em: 10 mar. 2020.

BRASIL. Decreto-Lei no 1.598, de 16 de dezembro de 1977.


Altera a legislação do imposto sobre a renda. Brasília:
Presidência da República, 1977.Brasília: Presidência da
República, 1977. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil/Decreto-
Lei/Del1598.htm#art54 

BRASIL. Lei no 6.404, de 15 de dezembro de 1976. Dispõe


sobre as Sociedades por Ações. Brasília: Presidência da
República, 1976. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L6404compilada.htm

BRASIL. Lei no 10.303, de 31 de outubro de 2001. Altera e


acrescenta dispositivos na Lei no 6.404, de 15 de dezembro
de 1976, que dispõe sobre as Sociedades por Ações, e na Lei
no 6.385, de 7 de dezembro de 1976, que dispõe sobre o
mercado de valores mobiliários e cria a Comissão de Valores
Mobiliários. Brasília: Presidência da República, 2001.
Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/LEIS_2001/L10303.htm

BRASIL. Lei no 10.411, de 26 de fevereiro de 2002. Altera e


acresce dispositivos à Lei no 6.385, de 7 de dezembro de
1976, que dispõe sobre o mercado de valores mobiliários e
https://conteudo.catolica.edu.br/conteudos/unileste_cursos/disciplinas/nucleo_formacao_geral/Administracao_financeira_e_orcamentaria/tema… 26/27
22/08/22, 20:31 Versão para impressão - INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA

cria a Comissão de Valores Mobiliários. Brasília: Presidência


da República, 2002. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/2002/L10411.htm
. Acesso em: 10 mar.2020.

CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. Resolução CFC


n.º 750/93, de 29 de dezembro de 1993. Brasília: CFC, 1993.
Disponível em:
http://www.cfc.org.br/sisweb/sre/docs/RES_750.doc  .

 CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. Resolução CFC


n.º 1.282/10, de 28 de maio de 2010. Atualiza e consolida
dispositivos da Resolução CFC n.º 750/93, que dispõe sobre
os Princípios Fundamentais de Contabilidade. Brasília: CFC,
2010. Disponível em: http://
www.cfc.org.br/sisweb/sre/docs/RES_1282.doc  .

https://conteudo.catolica.edu.br/conteudos/unileste_cursos/disciplinas/nucleo_formacao_geral/Administracao_financeira_e_orcamentaria/tema… 27/27

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