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22/02/2009

Prof. Paulo Cesar  C. Rodrigues
E‐mail: prdr30@terra.com.br

INTRODUÇÃO ÀS FINANÇAS 
CORPORATIVAS
 O que é administração financeira?
 Qual sua importância para as corporações?
 Como são tomadas as decisões financeiras?
 Como as características a economia brasileira podem
limitar os instrumentos financeiros mais
tradicionais?

O que é Finanças?
 A área de finanças é ampla e dinâmica.
dinâmica Afeta
diretamente a vida de todas as pessoas e todas as
organizações: financeiras ou não financeiras,
privadas ou públicas, grandes ou pequenas, com ou
sem fins lucrativos.

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Administração Financeira
 Técnica utilizada para controlar da forma mais eficaz
possível, no que diz respeito à liberação de crédito para
clientes, planejamento, análise de investimentos e, de
meios viáveis para a obtenção de recursos para
financiar operações e atividades da empresa.

Objetivos da Administração 
Financeira
 Administração financeira serve para manusear da
melhor forma possível os recursos financeiros e
j
tem como objetivo otimizar o máximo q que se
puder o valor agregado dos produtos e serviços da
empresa a fim de se ter uma posição competitiva
mediante a um mercado repleto de concorrência,
proporcionando o retorno positivo a tudo o que
foi investido para a realização das atividades da
mesma, estabelecendo crescimento financeiro e
satisfação aos investidores.

Serviços Financeiros
 Área de finanças voltada à concepção e à prestação de
assessoria, tanto quanto à entrega de produtos
financeiros a indivíduos, empresas e governo.

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INTRODUÇÃO ÀS FINANÇAS 
CORPORATIVAS

 As
A finanças
fi corporativas
ti assumiram
i caráter
át
abrangente e elevaram sua importância para as
empresas.
 O Administrador financeiro passou a ser exigido e o
mercado espera um profissional com visão
integrativa da empresa e que se relacione com o
ambiente externo das organizações.

INTRODUÇÃO ÀS FINANÇAS 
CORPORATIVAS
 Como administrar é decidir, o processo decisorial básico que
garante o sucesso de toda empresa vem assumindo
complexidade e riscos cada vez maiores na economia
brasileira.

 Exemplos desta complexidade: desequilíbrios nas taxas de


juros, desajustes do mercado, ausência de poupança de longo
prazo, intervenções nas regras de mercado da economia,
comportamento das taxas de inflação, desafios do
crescimento da economia, entre outros.

Funções Básicas
 Análise, planejamento e controle financeiro;

 Tomada de decisões de investimento;

 Tomada de decisões de financiamentos;

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Áreas de Desempenho
 Analista financeiro;
 Gerente de orçamento de Capital;
 Gerente de projetos de financiamento;
 Gerente de caixa;
 Analista / Gerente de crédito;
 Gerente de fundos de pensão.

Finanças – uma Visão Geral

 As quatro áreas básicas
 Finanças corporativas
 Investimentos 
 Instituições Financeiras
 Finanças Internacionais

Finanças Corporativas

 Trata das finanças de corporações
 Sociedades Anônimas
 Finanças Empresariais
 Assuntos relevantes a todas as empresas.

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Investimentos

 Ativos Financeiros como Ações e Obrigações.


 O que determina o preço de um Ativo Financeiro.
 Quais os riscos e retornos associados ao
investimento.
 Qual é a melhor composição que se deve ter de
diferentes tipos de ativos financeiros.

Instituições Financeiras

 São os negócios que lidam com assuntos 
financeiros.
 Bancos e Companhias de Seguros.
 Tarefas relacionadas à Finanças.
 Avaliação de negócios – empréstimos e seguros.

Finanças Internacionais

 Não é uma área, mas uma especialização.
 Aspectos corporativos e de investimentos.
 Análise de carteira e de títulos não americanos.
 Análise de empréstimos em outros países
 Tópicos especiais.

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Marketing e Finanças

 Interessado em Marketing precisa conhecer Finanças.


 T b lh com orçamentos.
Trabalha
 Analisar custos e benefícios de projetos.
 Pesquisas de Mercado, projeto e canais de distribuição
estão vinculados à lucratividade que é melhor analisada
quando se tem conhecimento das ferramentas de
finanças.

Contabilidade e Finanças 

 O contador toma decisões financeiras


 O Administrador
Ad i i d deve
d conhecer
h a estrutura de
d um
Balanço
 Contabilidade de Custos e Finanças empresariais
estão correlacionadas.
 Analistas financeiros fazem uso das informações
contábeis.
 Regime de Caixa e Regime de Competência

Administração e Finanças

 Administração estratégica em finanças.
 Como os negócios afetam a rentabilidade da 
empresa.
 Quais as características das atividades que criam 
valor?
 É justamente isso que o estudo em finanças vai 
nos ensinar.

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Finanças e o Administrador Financeiro
 É um alto executivo da empresa, geralmente
denominado Diretor Financeiro ou Vice Presidente de
Finanças.

 Coordena atividades de Tesouraria e Controladoria.

 A Tesouraria responde pelos Caixa, créditos e


planejamento de Capital.

 A Controladoria lida com a Contabilidade, custos,


pagamento de impostos e SIG

Estrutura de uma sociedade por ações

Decisões de Administração Financeira
 Orçamento de Capital como processo de planejamento e
gerência de investimentos a longo prazo.

 Estrutura de Capital como combinação específica entre


capital próprio e de terceiros para financiamento das
operações de investimentos.

 Administração de Capital de Giro como referência aos


estoques, passivos de curto prazo, tais como pagamento de
fornecedores. É atividade cotidiana que deve assegurar
recursos suficientes para a continuidade das operações da
empresa.

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Objetivos da Administração Financeira
 Maximização de Lucros – no curto prazo ou no longo
prazo, lucro líquido ou lucro bruto.

 O objetivo
j ç
da Administração Financeira numa
sociedade por ações é maximizar o valor corrente de
cada ação existente.

 Um outro objetivo é Maximizar o valor de mercado do


capital dos proprietários existentes.

 Com esse objetivo em mente, não importa a empresa, o


Administrador Financeiro deve tomar decisões que
aumentem o valor de mercado do capital dos donos.

Evolução da Administração Financeira

Parte de estudo das


PRIMÓRDIOS Ciências Econômicas

Passou a ser uma área


Anos 20 Independente

Abordagem Tradicional:
Até crise de 1929
Predominância dos aspectos
externos (fornecedores de
Capital)

Acionistas Banqueiros Poupadores

Evolução da Administração Financeira

Prevalecem Aspectos Internos

Taylor Fayol Ford

Após crise 29

Voltados a estrutura
organizacional

Foco na liquidez e solvência

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Evolução da Administração Financeira

Volta a enfocar as empresas


com base decisões externas

Década 40 a 50 Estudo das finanças focado


no ponto de vista de um
emprestador (aplicador) de
recursos

Investimentos empresariais
como gerador de riquezas

Década de 50 Base na Teoria Geral de Keynes


(investimento agregado como a
preocupação central das nações
e das corporações)

Evolução da Administração Financeira

Após Finanças Corporativas


Keynes

SELEÇÃO
ALOCAÇÃO
MAIS
MAIS
ADEQUADA
EFICIENTE
DE SUAS
DE
FONTES DE
RECURSOS
FINANCIAMENTOS

Retorno do Investimento
Surgem
Conceitos:
Custo de Capital

Em outras palavras:
A Administração Financeira passou
a incluir em seu horizonte de estudo
teórico e prático as questões
pertinentes aos
ATIVOS e PASSIVOS dos
Balanços das empresas, assumindo
uma definição mais abrangente

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A MODERNA TEORIA DAS FINANÇAS

Anos de
1950 - 1990
Reflexões sobre lógica econômica
no p
processo de tomada de
decisões financeiras das
corporações

Gestão de Risco

A PARTIR
DOS ANOS Derivativos Swaps
90

Opções Hedges

A moderna gestão de risco nasce da:

Teoria do Portfólio

O risco de um ativo deve ser avaliado com base


em sua contribuição ao risco total de um
Portfólio de ativos, e não de maneira isolada.

Na gestão de uma empresa não deve predominar


maior preocupação com o desempenho isolado de
um ativo, mas o reflexo que determinada
decisão promove sobre toda a empresa (portfólio)

Responsabilidades Contemporâneas da
Administração Financeira

A Administração Financeira é um campo


de estudo teórico e prático que objetiva,
essencialmente, assegurar um melhor e mais
eficiente processo empresarial de captação
e alocação de recursos de capital.

Escassez de Recursos

Envolve-se:

Realidade operacional e prática


da gestão financeira das empresas

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DINÂMICA DAS DECISÕES FINANCEIRAS

Planejamento Financeiro

Controle Financeiro
Funções
Administração de Ativos

Administração de Passivos

DINÂMICA DAS DECISÕES FINANCEIRAS

DECISÃO DECISÃO
DE DE
INVESTIMENTO FINANCIAMENTO
(aplicações de recursos) (captações de recursos)

Interdependência Econômica e 
Financeira

FINANCEIRO:
ECONÔMICO:
Sincronia
Relação entre TOMADA entre a
o retorno do DE capacidade de
Investimento e DECISÃO geração de
o custo de
caixa e o fluxo
Captação.
de desembolsos

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RISCOS ASSOCIADOS
AS DECISÕES FINANCEIRAS

Inerente a própria atividade


RISCO ECONÔMICO da empresa e às características
(operacional) do mercado que opera
opera. Reflete
as decisões de investimento.

Sazonalidade do mercado
Tecnologia
Concorrência
Fatores
de risco Estrutura de Custos
Qualidade dos produtos
Variação na taxa de juros

RISCOS ASSOCIADOS
AS DECISÕES FINANCEIRAS

Reflete o risco associado às


RISCO FINANCEIRO decisões de financiamento.
Com a capacidade liquidar
seus compromissos financeiros.

Descompasso de fluxo de caixa


Fatores Má administração do capital de giro
de risco
Uso inadequado das fontes de financiamento
Dependência de recursos de terceiros

Decisões financeiras em
ambiente de inflação
A inflação provoca desequilíbrio estruturais
motivados pela erosão do poder aquisitivo da moeda.
moeda
 A inflação atua de maneira desproporcional sobre a
economia e sobre os agentes econômicos.
 A partir de 1995 a correção monetária dos balanços
foi extinta  demonstrações expressas em valores
nominais.
 Desenvolver a cultura de TAXA REAL.

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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E O
OBJETIVO DA EMPRESA

Objetivo da empresa deve estar voltado


para a satisfação
ti f ã dod retorno
t exigido
i id por
seus proprietários ou por algum
parâmetro de desempenho mais
abrangente que incorpora o bem-estar
da sociedade.

O NEOLIBERALISMO

Medição do
objetivo
da empresa

Maximização do
Lucro ?

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Medição do
objetivo
da empresa

Potencial Qualidade
de Tecnologia Estratégias
de seus
Lucro absorvida Financeiras
produtos

Participação
Preço Imagem no Pessoal
Mercado

MAXIMIZAR O LUCRO

MAXIMIZAR
A
RIQUEZA

Ambiente financeiro e valor da 
empresa
As decisões financeiras são tomadas no mundo real, 
considerando leis e regulamentos.
As cotações de mercado a longo prazo é que permitirão 
estimar o valor das empresas.
O mercado de ações é uma sinalização.
Desafio: mensurar o valor da empresa em empresas de 
pequeno porte.

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Objetivo da empresa em outras 
economias
E
Europa e Ásia: além da maximização da riqueza, 
   Á i   lé  d   i i ã  d   i  
atribuem importância à participação dos empregados e 
outras referências sociais e de responsabilidade das 
corporações perante a sociedade.

Dinâmica das decisões financeiras no 
Brasil
 Realidade da economia: taxas de juros subsidiadas, 
taxas de juros de curto prazo elevadas, carências de 
recursos de longo prazo, elevado grau de concentração 
recursos de longo pra o  ele ado grau de concentração 
industrial, entre outros.

Desequilíbrio das leis de mercado

6.3 Índices Econômico


Econômico--Financeiros de Análise
4 grupos de indicadores básicos:

Liquides e atividade

Endividamento e estrutura

rentabilidade

Análise de ações

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6.3.1 Indicadores de liquidez

Visam medir a capacidade de pagamento da


empresa

Exprimem uma posição financeira em um dado


momento (liquides estática)

Os valores considerados sofrem alterações constantes devido


à dinâmica das empresas

6.3.1 Indicadores de liquidez

Ativo Circulante
Liquides Corrente 
Passivo Circulante
p
Do total de recursos aplicados em
haveres e direitos circulantes , quanto a
empresa deve a curto prazo

Ativo Circulante (-) Estoques (-) Despesas Antecipadas


Liquides Seca 
Passivo Circulante

Relaciona os ativos circulantes de maior


liquidez com o total do passivo circulante

6.3.1 Indicadores de liquidez

Disponível
Liquides Imediata 
Passivo Circulante
Reflete a porcentagem das dívidas de
curto prazo que pode ser saldada
imediatamente pela empresa

Ativo Circulante  Realizável a Longo Prazo


Liquides Geral 
Passivo Circulante  Exigível a Longo Prazo

Retrata a saúde financeira de longo prazo


da a empresa

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6.3.2 Indicadores de atividade


Visam à mensuração das diversas durações
de um “ciclo operacional”

Fases compreendidas desde a


aquisição de insumos básicos até o
recebimento das vendas realizadas

Permitem uma análise mais dinâmica


do desempenho de uma empresa

6.3.2 Indicadores de atividade

Estoque Médio
Prazo Médio de Estocagem   360 3
C t dos
Custo d Produtos
P d t Vendidos
V did

Indica o tempo médio necessário para a


completa renovação dos estoques da
empresa

6.3.2 Indicadores de atividade

Prazo Médio de Pagamento Contas a Pagar a Fornecedores (Média)


  360
a Fornecedores Compras Anuais a Prazo

Revela o tempo médio que a empresa


tarda em pagar suas dívidas

Valores a Receber Provenientes


Prazo Médio de Vendas a Prazo (Média)
  360
de Cobrança Vendas Anuais a Prazo
Revela o tempo médio que a empresa depende
em receber suas vendas realizadas a prazo

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6.3.3 Indicadores de endividamento e estrutura

Utilizados para auferir a composição das fontes passivas


de recursos de uma empresa

Mostram a proporção de recursos


de terceiros em relação ao capital
próprio

Avalia o grau de comprometimento


financeiro da empresa perante seus
credores

6.3.3 Indicadores de endividamento e estrutura

Exigível Total (Passivo Circulante 


Relação Capital de Exigível a Longo Prazo)

Terceiros / Capital Próprio Patrimônio Líquido
Revela o nível de dependência da empresa em
relação a seu financiamento por meio de
recursos próprios
Relação Capital de Exigível Total

Terceiros / Passivo Total Passivo Total

Mede a porcentagem dos recursos totais da


empresa que se encontra financiada por capital
de terceiros

6.3.3 Indicadores de endividamento e estrutura

Imobilização dos Ativo Permanente



Recursos Permanentes Exigível a Longo Prazo

Revela a porcentagem dos recursos passivos a


longo prazo que se encontra imobilizada em
itens ativos

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6.3.4 Indicadores de rentabilidade

Lucro Gerado pelos Ativos (Operacional)


ROA 
Ativo Total Médio
Revela o retorno produzido pelo total das aplicações
realizadas por uma empresa em seus ativos

Lucro Gerado pelos Ativos (Operacional) Passivo Oneroso (+)


ROI  Patrimônio Líquido
Investimento Médio

Mostra o retorno produzido pelos recursos


deliberadamente levantados pela empresa e
aplicados em seu negócio

6.3.4 Indicadores de rentabilidade

Lucro Líquido Mensura o retorno dos


ROE  recursos aplicados na empresa
Patrimônio Líquido Médio por seus proprietários

Lucro Líquido
Margem Operacional 
PL Médio
Medem a eficiência de uma Lucro Líquido
empresa em produzir lucro por Margem Líquida 
meio de suas vendas Vendas Líquidas

6.3.5 Indicadores de análise de ações

Lucro Líquido
LPA 
Número de Ações Emitidas

Ilustra o benefício auferido por cada ação emitida pela


empresa

A distribuição desse lucro dependerá da política de dividendos


adotada pela empresa

Indica o número de anos que Preço de Mercado (Aquisição) da Ação


um investidor tardaria em P/L 
recuperar o capital aplicado Lucro por Ação (LPA)

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6.4.1 Decomposição do ROE


Retorno sobre o Rentabilidade das vendas Giro
do = x

Patrimônio Líquido (ROE) (Margem Líquida) Patrimônio


Líquido

Lucro Líquido Lucro Líquido Vendas Líquidas


 
Patrimônio Líquido Vendas Líquidas Patrimônio Líquido

6.4.1 Decomposição do ROA


Retorno sobre o Margem Giro do
= x
Ativo (ROA) Operacional Ativo Total

Lucro Operacional Lucro Operacional


(Após IR) (Após IR) Vendas Líquidas
 
Ativo Total Médio Vendas Líquidas Ativo Total Médio

Independência financeira

Patrimônio
Líquido
Relação
ç Capital
p
Próprio / Ativo
Total

Ativo Total

Revela a porcentagem do ativo que é financiada mediante


recursos próprios da empresa

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6.5 Análise Discriminante

Técnica estatística de previsão sobre eventuais


situações de solvência/insolvência de uma empresa

Enquadra a empresa em análise em um grupo


de maior afinidade de comportamento

Atenção à época em que os modelos foram desenvolvidos


e ao segmento econômico em que foi aplicado

Compromisso com a Ética
 De nada vale se conseguir recursos e capital a
partir de mentiras e trabalho “sujo”, sofrimento e
desilusão dos colaboradores,
colaboradores parceiros e agentes
internos ou externos que de uma forma ou de outra
são a razão da existência da empresa, e fazem o
empreendimento “caminhar”, por isso deve‐se ter
responsabilidade e compromisso com todos os
tipos de atividades, logicamente visionando a
lucratividade, mas jamais decorrentes da dor e
prejuízo de outrem.

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