Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Finanças Empresariais
Docente: Sofia Cruz Gomes 1
Materiais : adaptados de Finanças Empresariais, de Fábio Duarte e Jorge Cerdeira
1 – INTRODUÇÃO ÀS FINANÇAS EMPRESARIAIS
1.1. Princípios Basilares das Finanças Empresariais
Finanças Empresariais
Docente: Sofia Cruz Gomes 2
1 – INTRODUÇÃO ÀS FINANÇAS EMPRESARIAIS
1.1. Princípios Basilares das Finanças Empresariais
• Todas as decisões tomadas na empresa têm implicações financeiras, de uma
forma geral (Damodaran, 2014):
- Análise financeira da estratégia de preço e do produto à componentes da
análise de marketing
- Informação para uma adequada tomada de decisões à sistemas de informação
e contabilidade
- Avaliação e incremento do valor financeiro do capital humano – recursos
humanos e comportamento organizacional
- Consequências financeiras das decisões operacionais (ou de exploração) e de
produção à gestão operacional e da produção
- Avaliação do retorno financeiro dos negócios para criar ou aumentar as barreiras
à entrada no mercado à gestão estratégica
• Transversalidade da função financeira na empresa
Finanças Empresariais
Docente: Sofia Cruz Gomes
3
1 – INTRODUÇÃO ÀS FINANÇAS EMPRESARIAIS
1.1. Princípios Basilares das Finanças Empresariais
As matérias do domínio das Finanças Empresariais são fundadas EM TRÊS
PRINCÍPIOS BASILARES (DAMODARAN, 2014):
Finanças Empresariais
Docente: Sofia Cruz Gomes 4
1 – INTRODUÇÃO ÀS FINANÇAS EMPRESARIAIS
1.1. Princípios Basilares das Finanças Empresariais
Fonte: BREALEY, R.A.; MYERS, S.C. & ALLEN, F. (2013), Principles of Corporate Finance. New York: Mc-Graw Hill, 13th ed.
Finanças Empresariais
Docente: Sofia Cruz Gomes 5
1 – INTRODUÇÃO ÀS FINANÇAS EMPRESARIAIS
1.1. Princípios Basilares das Finanças Empresariais
Fonte: BREALEY, R.A.; MYERS, S.C. & ALLEN, F. (2013), Principles of Corporate Finance. New York: Mc-Graw Hill, 13th ed.
Finanças Empresariais
Docente: Sofia Cruz Gomes 6
1 – INTRODUÇÃO ÀS FINANÇAS EMPRESARIAIS
1.2. A Função Financeira e o Gestor Financeiro
ENTENDIMENTO da Estratégia Corporativa e da Atividade Operacional
da empresa
Finanças Empresariais
Docente: Sofia Cruz Gomes 7
1 – INTRODUÇÃO ÀS FINANÇAS EMPRESARIAIS
1.2. A Função Financeira e o Gestor Financeiro
Análise da Estratégia e Posição Competitiva – Reforço pela criação de valor
Análise da Atividade Operacional – Reforço pela criação de valor
Investimento
Maximização do Valor
Económico criado
Distribuição de Dividendos
Finanças Empresariais
Docente: Sofia Cruz Gomes 8
1 – INTRODUÇÃO ÀS FINANÇAS EMPRESARIAIS
1.2. A Função Financeira e o Gestor Financeiro
DECISÕES DE OPERACIONAIS INVESTIMENTO FINANCIAMENTO
GESTÃO
COMPONENTES
Taxa de Estrutura de
DE AVALIAÇÃO Cash-flow
Desconto Capital
Finanças Empresariais
Docente: Sofia Cruz Gomes 12
1 – INTRODUÇÃO ÀS FINANÇAS EMPRESARIAIS
1.3. A Função Objetivo e a Maximização do Valor
ÓTICA FINANCEIRA: Avaliar em que medida a empresa dispõe (ou pode vir a
dispor) dos meios financeiros adequados para corresponder às suas
necessidades. Com efeito, analisamos o equilíbrio financeiro da empresa e a
sua capacidade em honrar os compromissos tendo em conta a sua exigibilidade:
ü Análise de curto prazo - liquidez; (AC/PC)
ü Análise de médio e longo prazo – solvabilidade (CP/P)
Finanças Empresariais
Docente: Sofia Cruz Gomes 13
1 – INTRODUÇÃO ÀS FINANÇAS EMPRESARIAIS
1.3. A Função Objetivo e a Maximização do Valor
OBJETIVO PRIMORDIAL das Financias Empresariais:
“ Maximização do Valor Económico”
Finanças Empresariais
Docente: Sofia Cruz Gomes 14
1 – INTRODUÇÃO ÀS FINANÇAS EMPRESARIAIS
1.3. A Função Objetivo e a Maximização do Valor
Criação de valor para os shareholders ou para os stakeholders?
o Empresas anglo-saxónicas (EUA, UK) (fortemente orientadas para o
mercado de capitais); Objetivo: criação de valor para os shareholders
Finanças Empresariais
Docente: Sofia Cruz Gomes 15
1 – INTRODUÇÃO ÀS FINANÇAS EMPRESARIAIS
1.3. A Função Objetivo e a Maximização do Valor
Finanças Empresariais
Docente: Sofia Cruz Gomes 16
1 – INTRODUÇÃO ÀS FINANÇAS EMPRESARIAIS
1.3. A Função Objetivo e a Maximização do Valor
Finanças Empresariais
Docente: Sofia Cruz Gomes 17
1 – INTRODUÇÃO ÀS FINANÇAS EMPRESARIAIS
1.3. A Função Objetivo e a Maximização do Valor
PERSPECTIVA DO “STAKEHOLDER”
Finanças Empresariais
Docente: Sofia Cruz Gomes 18
1 – INTRODUÇÃO ÀS FINANÇAS EMPRESARIAIS
1.3. A Função Objetivo e a Maximização do Valor
PERSPECTIVA DO “STAKEHOLDER”
«O objetivo global de uma empresa não é o [da criação de] valor para o
acionista. Aumentar o valor investido pelo acionista é uma condição
necessária para a sobrevivência da empresa a longo prazo, tal como são a
satisfação do cliente, o envolvimento dos trabalhadores, etc. O objetivo
global de uma empresa é o de encontrar a sustentabilidade/viabilidade
para o seu crescimento e desenvolvimento a longo prazo.»
Referências (tradução e adaptação):
Mirow, M. (2002). Chancen und Risiken globalisierter Unternehmen im Spannungsfeld zwischen Kooperation und Wettbewerb. In:
Oesterle, M.J. (ed.), Risiken im unternehmerischen Handeln durch Individualisierung und Globalisierung. Bremen: Aschenbeck, pp. 50-
61.
Hinterhuber, M.; Matzler, K.; Pechlaner, H. & Renzl, B. (2004). Corporate governance in multinational companies. In: Chen, J.,
International Institutions and Multinational Enterprises: Global Players - Global Markets. Cheltenham, UK: Edward Elgar, Chapter 3, p. 54.
Finanças Empresariais
Docente: Sofia Cruz Gomes 19
1 – INTRODUÇÃO ÀS FINANÇAS EMPRESARIAIS
1.3. A Função Objetivo e a Maximização do Valor
PERSPECTIVA DO “STAKEHOLDER”
Uma visão norte-americana: Milton Friedman (Prémio Nobel da Economia
em 1976):
«A doutrina da responsabilidade social levada a sério ampliaria o alcance do
mecanismo político a toda a atividade humana. Não difere, na sua filosofia, da
doutrina mais explicitamente coletivista. E apenas difere desta ao professar a
crença de que os fins coletivistas podem ser alcançados por meios não coletivistas. É
por essa razão que no meu livro Capitalism and Freedom lhe chamei uma “doutrina
fundamentalmente subversiva” numa sociedade livre, tendo referido que numa
sociedade deste tipo “existe um e um só tipo de responsabilidade social nos
negócios: aplicar os seus recursos em atividades destinadas a aumentar os seus
lucros, desde que se cumpram as regras do jogo, ou seja, que se desenrolem em
concorrência livre e aberta, sem fraudes ou estratagemas.” »
Referência (tradução e adaptação): Friedman, M. (1970). The social responsibility of business is to increase its profits. The New York Times Magazine,
September 13, pp. 32-33/122-124.
Finanças Empresariais
Docente: Sofia Cruz Gomes 20
1 – INTRODUÇÃO ÀS FINANÇAS EMPRESARIAIS
1.3. A Função Objetivo e a Maximização do Valor
QUAL DEVE SER O OBJETIVO NO PROCESSO DE TOMADA DE DECISÕES PELOS
GESTORES?
Finanças Empresariais
Docente: Sofia Cruz Gomes 21
1 – INTRODUÇÃO ÀS FINANÇAS EMPRESARIAIS
1.3. A Função Objetivo e a Maximização do Valor
Maximização do valor da Maximização do valor de
empresa mercado do capital próprio
• Direitos fixos/limitados
sobre o valor dos cash-
Investimento em • Geração de Cash-Flows flows gerados;
Ativo para futuros por investimentos • Papel inexistente ou mínimo Dívida
Crescimento em projetos futuros na gestão da empresa;
• Maturidade fixa/limitada;
• Deduções Fiscais
Finanças Empresariais
Docente: Sofia Cruz Gomes 22
1 – INTRODUÇÃO ÀS FINANÇAS EMPRESARIAIS
1.3. A Função Objetivo e a Maximização do Valor
MAXIMIZAÇÃO DO VALOR DE MERCADO
(CENÁRIO COM MENORES CUSTOS)
ACIONISTAS
MERCADOS
Finanças Empresariais FINANCEIROS
Docente: Sofia Cruz Gomes 23
1 – INTRODUÇÃO ÀS FINANÇAS EMPRESARIAIS
1.3. A Função Objetivo e a Maximização do Valor
MAXIMIZAÇÃO DO VALOR DE MERCADO
(MUNDO REAL)
Porque falha o objetivo da maximização da cotação das ações?
o Os gestores agem no seu interesse pessoal – os interesses pessoais normalmente
colidem com os dos acionistas;
o Credores desprotegidos – credores sem garantias de reembolso das suas dívidas e
do seu rendimento por práticas de expropriação dos gestores;
o Mercados ineficientes – os mercados financeiros nem sempre avaliam a informação
disponível de forma razoável e racional; por vezes sobreavaliam a informação;
problemas “in-side information”, etc.
o Grandes custos sociais – existem custos sociais que em alguns casos, apesar de
consideráveis, não podem ser transferidos para a empresa (dilema ético e moral:
sobreviver ou prosseguir os interesses da sociedade)
Finanças Empresariais
Docente: Sofia Cruz Gomes 24
1 – INTRODUÇÃO ÀS FINANÇAS EMPRESARIAIS
1.3. A Função Objetivo e a Maximização do Valor
MAXIMIZAÇÃO DO VALOR DE MERCADO
(MUNDO REAL – PIOR DOS CENÁRIOS)
ACIONISTAS
MERCADOS
Finanças Empresariais FINANCEIROS
Docente: Sofia Cruz Gomes 25
1 – INTRODUÇÃO ÀS FINANÇAS EMPRESARIAIS
1.3. A Função Objetivo e a Maximização do Valor
MAXIMIZAÇÃO DO VALOR DE MERCADO
(MUNDO REAL – EFEITOS CORRETIVOS)
ACIONISTAS
1. Investidores mais intervenientes; 1. Os gestores de empresas com performances
2. Tomadas de controlo (“Takeovers”) hostis pobres são comunicados
1. Políticas de
Responsabilidade
1. Autoproteção Social
CREDORES GESTORES SOCIEDADE
1. Cláusulas restritivas; 1. Legislação;
2. Novos Produtos/formas de 2. Abstencionismo de
financiamento investidores/credores
MERCADOS
Finanças Empresariais FINANCEIROS
Docente: Sofia Cruz Gomes 26
1 – INTRODUÇÃO ÀS FINANÇAS EMPRESARIAIS
1.4. Os Conflitos de Agências e a Corporate Governance
• CONFLITOS DA AGÊNCIA
Finanças Empresariais
Docente: Sofia Cruz Gomes 27
1 – INTRODUÇÃO ÀS FINANÇAS EMPRESARIAIS
1.4. Os Conflitos de Agências e a Corporate Governance
• CONFLITOS DA AGÊNCIA
Finanças Empresariais
Docente: Sofia Cruz Gomes 28
1 – INTRODUÇÃO ÀS FINANÇAS EMPRESARIAIS
1.4. Os Conflitos de Agências e a Corporate Governance
• CONFLITOS DA AGÊNCIA
O excedente de liquidez (free cash flows) corresponde ao montante de fundos que não se
encontram aplicados, após o financiamento de todos os projetos de investimento com valor
atualizado positivo.
Finanças Empresariais
Docente: Sofia Cruz Gomes 29
1 – INTRODUÇÃO ÀS FINANÇAS EMPRESARIAIS
1.4. Os Conflitos de Agências e a Corporate Governance
• CONFLITOS DA AGÊNCIA
Conflitos de Agência
(Relações “Agente-Principal”)
Finanças Empresariais
Docente: Sofia Cruz Gomes 30
1 – INTRODUÇÃO ÀS FINANÇAS EMPRESARIAIS
1.4. Os Conflitos de Agências e a Corporate Governance
• CONFLITOS DA AGÊNCIA
- Os custos de agência advêm de problemas de “moral hazard” e “adverse selection”.
- O problema de moral hazard (risco moral) - o agente empreende ações não controladas
pelo principal, pelo que desconhece se o resultado final é produto do esforço do
agente, de circunstâncias alheias, ou de comportamentos oportunistas.
- O problema de adverse selection (seleção adversa) - o agente está melhor informado do
que o principal, servindo-se desta vantagem para atuar em conformidade com os
seus interesses, em detrimento dos interesses do principal. Este último desconhece, em
que medida o agente atuou em detrimento da sua função utilidade.
- Os acionistas incorrem em “monitoring costs” e “screening costs” para limitar o
comportamento dos gestores, mitigando os problemas de “moral hazard” e “adverse
selection”, respetivamente.
Finanças Empresariais
Docente: Sofia Cruz Gomes 31
1 – INTRODUÇÃO ÀS FINANÇAS EMPRESARIAIS
1.4. Os Conflitos de Agências e a Corporate Governance
• CORPORATE GOVERNANCE
Um bom sistema de governação da empresa garante a minimização dos conflitos de
agência e, por conseguinte, os seus custos.
A OCDE define “Corporate Governance” como o conjunto de procedimentos e processo
que regem o modo como uma organização é dirigida e controlada. A estrutura de
corporate governance especifica a distribuição de direitos e responsabilidades entre os
diferentes participantes na organização – conselho de administração, gestores
executivos, acionistas e outros stakeholders – e define as regras e procedimentos para
a tomada de decisão na organização
Finanças Empresariais
Docente: Sofia Cruz Gomes 32
1 – INTRODUÇÃO ÀS FINANÇAS EMPRESARIAIS
1.4. Os Conflitos de Agências e a Corporate Governance
• CORPORATE GOVERNANCE
Finanças Empresariais
Docente: Sofia Cruz Gomes 33
1 – INTRODUÇÃO ÀS FINANÇAS EMPRESARIAIS
1.4. Os Conflitos de Agências e a Corporate Governance
• CORPORATE GOVERNANCE
Nos anos mais recentes muitas das preocupações dominantes em sede de Corporate
Governance têm-se centradas à volta de alguns temas principais (Mota & Custódio,
2012):
o O respeito pelos direitos dos acionistas e sobretudo a igualdade no tratamento entre
todos;
o As limitações ao princípio de “uma ação, um voto”, nomeadamente definindo os tetos de
votos e mecanismos defensivos de OPA´s;
o O respeito pelos interesses do conjunto dos Stakeholders da empresa;
o Integridade e comportamento ético dos gestores da empresa;
o Observância de um ambiente de transparência e de divulgação de informação a todos
os interessados na empresa;
o O alinhamento das remunerações dos gestores com os interesses dos acionistas e
definidas numa ótica de sustentabilidade de longo prazo;
o Os potenciais conflitos entre os interesses da empresa e o de partes interessadas
(gestores, acionistas).
Finanças Empresariais
Docente: Sofia Cruz Gomes 34