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APRESENTAÇÃO

DE APOIO

GESTÃO FINANCEIRA DA CRISE


Professores
FÁBIO ASTRAUSKAS CLÁUDIO OLIVEIRA RIOS
Professor Convidado Professor PUCRS

Engenheiro (Escola Politécnica – USP) e economista (FEA-USP), Graduado em Ciências Contábeis, Especialista em
com MBA pela FIA-USP em gestão executiva internacional. É Mestre Contabilidade Aplicada ao Setor Público e Mestre em Economia
em Administração pela FEA–USP, com foco em planejamento e do Desenvolvimento. Atuação Profissional atual: Professor na
administração na Recuperação Judicial, sendo o autor do primeiro Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS)
estudo acadêmico sobre o tema no Brasil, o qual encontra-se entre vinculado à Escola de Negócios atuante na Graduação e Pós-
os mais visitados no site de teses da USP. No governo federal, foi Graduação; Contador na Universidade Federal do Rio Grande do
chefe do setor de informática da Divisão de Arrecadação da 8a SRF. Sul (UFRGS), atuando mais precisamente como Controller; e
É sócio fundador da consultoria Siegen, desde 1996, tendo Consultor Independente na área de gestão estratégica
participado de mais de 300 processos de reestruturação. Atua como empresarial. Áreas de interesse: inovação, sustentabilidade,
consultor em diversos clientes, sendo também, em alguns casos, controladoria, finanças e tributos; eficiência produtiva e
membro do Conselho Consultivo. Seu foco de atuação é no viabilidade econômica empresarial; gestão de custos logísticos e
Turnaround, gestão estratégica, sucessão, profissionalização de interação entre modais.
empresas familiares e elaboração de Planos de Recuperação Judicial.
Na área acadêmica, foi professor adjunto do Centro Universitário
FMU na Faculdade de Economia entre 1993 e 1999 e professor
convidado do Insper para o curso Turnaround de Empresas entre
2011 e 2021.
Ementa da disciplina
Visão geral da administração financeira na contemporaneidade.
Demonstrações contábeis no suporte à gestão conforme padrões nacionais e
internacionais (International Financial Reporting Standards). Instrumentos de avaliação de
desempenho financeiro. Análises focadas de liquidez, endividamento e rentabilidade.
Custeios e precificações. Administração do capital de giro frente a cenários empresariais
ou socioeconômicos desfavoráveis.
GESTÃO FINANCEIRA DA CRISE
Identificando conceitos de estratégia
• IDENTIFIQUE NO FILME:
• PERSONAGENS:
• “SÓCIO”
• “DIRETOR”
• “GERENTE”
• “CHEFE”
• “CONSULTORIA”

• MISSÃO
• PONTOS FORTES E FRACOS
• AMEAÇAS E OPORTUNIDADES

• A ESTRATÉGIA ADOTADA
• AS TÁTICAS ADOTADAS
• AS OPERAÇÕES REALIZADAS
GESTÃO FINANCEIRA DA CRISE
Análise SWOT
• Aspectos Internos
• Pontos Fortes e Pontos Fracos (strengths and weaknesses)
• Variáveis Controláveis
• Comparação com concorrência (benchmark)

• Ambiente Externo
• Oportunidades e Ameaças (opportunities and threats)
• Variáveis Incontroláveis
• Elaboração de cenários
GESTÃO FINANCEIRA DA CRISE
Estratégia, Tática, Operação
• Não se deve confundir estratégia, que sempre leva em consideração a
empresa como um todo, com a tática e o operacional. Estes são
ramificações da estratégia, a ela subordinadas.

• Tática é a metodologia gerencial que tem por finalidade otimizar


determinada área de resultado da empresa, visando a uma situação futura
desejada.

• O operacional é a formalização das metodologias de desenvolvimento e


para implementação de resultados específicos a serem alcançados pelas
áreas funcionais da empresa.
GESTÃO FINANCEIRA DA CRISE
Como estabelecer a Estratégia Ideal?

FONTE: ALMEIDA (2001)


GESTÃO FINANCEIRA DA CRISE
Características básicas do Planejamento Estratégico
• Pontos comuns:
• Grupo patrocinador

• Análise dos aspectos internos à empresa

• Análise do ambiente externo à empresa

• Estabelecimento de metas e objetivos

• Formulação de projetos e planos de ação

• Avaliação e controle do plano


GESTÃO FINANCEIRA DA CRISE
Plano de Reestruturação – Grupo Patrocinador
• Quem deve elaborar o plano?

• Devedor → estímulo

• Participação dos credores e demais atores envolvidos →


comprometimento

• Fatores que levam ao insucesso:


• Disputas pelo poder dentro da empresa
• Falta de comprometimento na geração de informações → demora no deferimento
e demais prazos
GESTÃO FINANCEIRA DA CRISE
Plano de Reestruturação – Aspectos Internos
• Como a empresa chegou à crise?

• Má administração e decisões econômicas incorretas

• Colapso financeiro é precedido por sinais de carência em estágios


progressivos

• Problemas tem caráter gerencial e operacional → reflexos na atividade


financeira

• Fatores que levam ao insucesso:


• Não reconhecimento dos erros e carências
• Focar a atenção somente na área financeira
GESTÃO FINANCEIRA DA CRISE
Plano de Reestruturação – Ambiente
• O que pode afetar o Plano de Negócios - Quais são os pontos críticos do Plano?

• Estabelecer canais imediatos de negociação


• Dono / Acionista → segunda chance
• Credores financeiros → caixa
• Fornecedores → não interrupção do fornecimento
• Clientes → manutenção de acordos e contratos
• Empregados → motivação e evitar perda de qualidade Metas e Objetivos

Ações
• Evitar a cadeia: Rumores Desconfiança Medo
reativas

• Fatores que levam ao insucesso:


• Visão focada no dia-a-dia da empresa
• Falta de informações atualizadas e periódicas
• Demora na correção de desvios
• Falta de Negociação / Falta de clareza nas ações
GESTÃO FINANCEIRA DA CRISE
Plano de Reestruturação – Metas e Objetivos
• Como a empresa pretende solucionar seus problemas e se
recuperar?

• Retorno ao fluxo de caixa positivo

• Eliminação dos focos de prejuízo

• Buscar novas formas de capitalização

• Fatores que levam ao insucesso:


• Reduções de custo não planejadas
• Financiamento da operação com alto custo
• Falta de um plano de ação com metas e objetivos claramente definidos
GESTÃO FINANCEIRA DA CRISE
Plano de Reestruturação – Metas e Objetivos
• Uma empresa em recuperação vive uma situação bastante atípica
com relação à gestão do capital de giro:
• situação de falta de liquidez financeira, associada a uma geração de fluxo de
caixa desfavorável.
• indicadores financeiros altamente desfavoráveis para concessão de crédito.

• Se houver Recuperação Judicial, mais duas características


particulares irão impactar diretamente a administração de capital de
giro da empresa:
• impossibilidade de manter fluxos de caixa negativos por longos períodos.
• necessidade de formar um volume de recursos financeiros para honrar os
compromissos com os credores.
GESTÃO FINANCEIRA DA CRISE
Plano de Reestruturação – Planos de Ação
• Quais as ações mais comumente empregadas em um Plano de
Recuperação?

• Reduzir escopo de atuação

• Remodelagem do negócio

• Análise de fatores específicos que afetam a decisão

• Fatores que levam ao insucesso:


• Manutenção da estrutura imobilizada, falta de atenção a novas oportunidades e
parcerias de negócio.
GESTÃO FINANCEIRA DA CRISE
Plano de Reestruturação – Planos de Ação
• Avaliar o Ciclo Operacional e o Ciclo Financeiro
• Rotação de estoque: lead time e ciclo produtivo
• Prazo de Pagamento de Fornecedores
• Prazo de Recebimento de Clientes

• Definir os níveis de geração/consumo de caixa


• Operacional
• Investimentos
• Financiamento

• Reduzir escopo de atuação


• Corte de custos
• Terceirização
• Parcerias
• Desmobilização de estruturas ociosas

• Focar no resultado
• Objetivos e metas claramente definidos e comunicados
• Definir claramente os indicadores de desempenho
GESTÃO FINANCEIRA DA CRISE
Plano de Reestruturação – Avaliação e Controle
• Qual o papel do comitê e do Administrador de crise?

• Experiência em administração de crises

• Estabelecer correções do plano

• Estabelecer indicadores de desempenho

• Fatores que levam ao insucesso:


• Visão focada no dia-a-dia da empresa
• Falta de informações atualizadas e periódicas
• Demora na correção de desvios
GESTÃO FINANCEIRA DA CRISE
Administração do Fluxo de Caixa para empresas em crise

Cash is KING!!!
GESTÃO FINANCEIRA DA CRISE
Premissas para elaborar Fluxo de Caixa
Avaliar o Ciclo Operacional e o Ciclo Financeiro
Rotação de estoque: lead time e ciclo produtivo
Prazo de Recebimento de Clientes
Prazo de Pagamento de Fornecedores

Definir os níveis de geração/consumo de caixa


Operacional
Investimentos
Financiamento

Reduzir escopo de atuação


Corte de custos
Terceirização
Parcerias
Desmobilização de estruturas ociosas

Focar no resultado
Objetivos e metas claramente definidos e comunicados
Definir claramente os indicadores de desempenho
GESTÃO FINANCEIRA DA CRISE
Elaboração e Controle do Fluxo de Caixa
• Estabelecer uma data de corte
• Compromissos gerados após data de corte devem ser cumpridos sem atrasos
• Endividamento gerado antes da data de corte deve ser equacionado a partir da capacidade de geração
de caixa operacional

• Criar um comitê de fluxo de caixa


• Pessoas chaves: Comercial, Produção, Suprimentos, RH, Financeiro

• Elaborar Fluxo de Caixa a partir de Orçamento de Caixa:


• Definir prioridades antecipadamente: ex. MP, salários
• Estabelecer 3 níveis de orçamento de caixa: semanal, mensal e “13 semanas” (TWCF)

• Estabelecer comparativo previsto x realizado


• Conciliação bancária diária
• Realimentação do orçamento diária
GESTÃO FINANCEIRA DA CRISE
Elaboração e Controle do Fluxo de Caixa
• Reuniões curtas diárias: 30 - 45 min
• Ajustes do dia
• Análise de imprevistos

• Reuniões semanais: 90 minutos


• Ideias: apresentação livre
• Metas: claras, curto prazo
• Autonomia: resolver problemas e conduzir o projeto
• Recursos: humanos, financeiros, tempo
• Apoio: da consultoria e entre os membros da equipe
• Reavaliação: erros e acertos, conquistas e problemas
GESTÃO FINANCEIRA DA CRISE
Fechamento, conclusões e espaço para discussão
• Os conceitos de administração estratégicas podem e devem ser utilizados para empresas
em crise, restringindo apenas o escopo
• A atenção ao fluxo de caixa é a principal ferramenta de apoio

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