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MARÇO/2001
ÍNDICE
CAPÍTULO I
CAPÍTULO II
CAPÍTULO III
CAPÍTULO IV
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CAPÍTULO I
O papel de finanças
e do administrador financeiro
Objetivos de aprendizagem
3
Administrar um negócio, seja um modesto empreendimento ou uma grande sociedade
anônima, envolve muitas funções diferentes. O lançamento de novos produtos,
abertura de filiais , o marketing e o atendimento aos clientes são pontos críticos para
o sucesso da empresa.
Mas, é finanças que faz com que tudo isso aconteça; é o que dirige todo o resto. Sem
capital que atenda às necessidades da empresa, seja para financiar seu crescimento
ou para atender às operações do dia-a-dia, não podemos desenvolver e testar novos
produtos, criar campanhas de marketing, comprar insumos, manter os atuais
investimentos. O papel do administrador financeiro é assegurar que esse capital
esteja disponível nos montantes adequados, no momento certo e ao menor custo. Se
isso não ocorrer, a empresa não sobreviverá. De fato, a causa número um do
fracasso das empresas no Brasil tem sido a inadequação de capital.
A área de Finanças está muito mais complexa e avança a passos mais rápidos
atualmente. Os mercados financeiros estão voláteis; as taxas de juros podem subir ou
cair acentuadamente, num período de tempo muito curto. Essas mudanças afetam
nossas decisões financeiras. Financiar projetos quando os juros estão a 19% é muito
diferente de quando estão a 12%.
Estas e outras decisões financeiras são orientadas por um objetivo básico: o valor da
empresa no longo prazo. Obviamente, você não atingirá o longo prazo, se não prestar
atenção nas questões de financiamento de curto prazo e às flutuações do mercado de
títulos. Mas, maximizar valor aos acionistas, a longo prazo, em termos de fluxo de
caixa, é essencial para assegurar o sucesso e a sobrevivência da empresa.
Demonstrações de lucros podem ser enganosas, devido às várias maneiras de se
apresentar a informação contábil. A verdadeira força da empresa – o que realmente
importa aos acionistas – baseia-se no fluxo de caixa.
O que é finanças?
Podemos definir Finanças como a arte e a ciência de administrar recursos.
Praticamente todos os indivíduos e organizações obtêm receitas ou levam fundos,
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gastam ou investem. Finanças ocupa-se do processo, instituições, mercados e
instrumentos envolvidos na transferência de fundos entre pessoas, empresas e
governos.
As principais áreas de finanças podem ser visualizadas por meio de uma revisão das
oportunidades de carreira nesse campo. Essas oportunidades podem, para facilitar,
ser dividas em duas amplas partes: Serviços Financeiros e Administração Financeira.
Serviços Financeiros
Administração Financeira
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Como resultado, muitos altos executivos da indústria e do governo provêm da área
financeira.
Quadro 1.1.
Área Oportunidade
Bancos e instituições correlatas Os analistas de crédito avaliam e fazem
recomendações relativas à concessão de
empréstimos a empresas, para aquisição de
imóveis e/ou para consumo. Os gerentes de
bancos de varejo administram agências e
supervisionam os programas oferecidos pelo
banco e seus clientes. O fiduciário administra os
fundos fiducioários para Estados, fundações e
empresas. Outros oferecem serviços financeiros,
como planejamento das finanças pessoais,
investimentos, bens imóveis e seguros.
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Espero que esta primeira exposição à instigante área de Finanças forneça as bases e
a inspiração para posteriores estudos, e até mesmo uma eventual carreira no futuro.
Quadro 1.2.
Cargo Descrição
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Firma Individual
Firma individual é uma empresa de propriedade de uma única pessoa que a opera
visando a seu próprio lucro. Cerca de 75% das empresas são firmas individuais,
tipicamente pequenos negócios, como mercearias, oficinas mecânicas e sapatarias.
Geralmente, o proprietário e alguns empregados operam o negócio. O capital
normalmente provém de recursos pessoais ou de empréstimos, ficando o proprietário
responsável por todas as decisões do negócio. O proprietário ou proprietária
individual tem responsabilidade ilimitada, ou seja, todos os seus bens, não apenas o
valor do investimento original, podem ser utilizados para satisfazer os credores. A
maioria dessas empresas concentram-se nos ramos atacadista, de serviços e de
construção civil. Os pontos fortes e fracos das firmas individuais estão resumidos no
Quadro 1.3.
Sociedades
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Sociedade anônima
Uma sociedade anônima é uma entidade empresarial intangível, criada por lei.
Freqüentemente designada “pessoa jurídica”, uma sociedade anônima tem poderes
semelhantes aos de uma pessoa, no sentido de que pode acionar e ser acionado
judicialmente, estabelecer contratos e ser parte deles, e adquirir propriedades em seu
próprio nome. Embora apenas cerca de 15% das empresas sejam sociedades
anônimas, esta é a forma dominante de organização empresarial. Responde por
aproximadamente 90% das receitas e 80% dos lucros líquidos. Uma vez que as
sociedades anônimas empregam milhões de pessoas e possuem milhares de
acionistas, suas atividades afetam a vida de todos. Embora as sociedades anônimas
estejam envolvidas com todos os tipos de negócios, as dedicadas à indústria
respondem pela maior parcela das receitas e dos lucros líquidos. Seus pontos fortes e
fracos estão resumidos no quadro 1.3.
11
estabelecidas pelo Conselho de Administração. Reporta-se periodicamente ao
Conselho de Administração da empresa.
Figura 1.1
ELEGEM
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
PRESIDENTE
12
Quadro 1.3.
Forma Legal
- Possibilidade de con-
tratar administradores
profissionais
- Maior capacidade de
expansão, devido ao
acesso ao mercado
de capitais
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- O proprietário tem res- - Os proprietários poderão - Os impostos são geral-
ponsabilidade ilimitada ter de cobrir dívidas de mente altos, uma vez que
outros sócios com menos os lucros são tributados
P - Todos os seus bens capacidade financeira na empresa e os dividen-
O podem ser reclamados dos pagos aos proprie-
N para saldar dívidas - Quando morre um sócio, tários também
T a sociedade se dissolve
O - A limitada capacidade de - Exige maiores gastos or-
S obtenção de fundos ten- - Dificuldades para liquidar ganizacionais do que ou-
de a inibir seu cresci- ou transferir a sociedade tras formas de empresa
mento
F - Dificuldades para alcançar - Sujeita-se a maior con-
R - O proprietário dever ser operações de grande es- trole governamental
A capaz de realizar qual- cala
C quer atividade - Os empregados freqüen-
O mente não possuem inte-
S - Dificuldades para ofere- resse pessoal na empresa
cer aos empregados
oportunidades de car- - Ausência de sigilo, pois os
reira a longo prazo acionistas devem receber
as demonstrações finan-
- Perda de continuidade ceiras
quando morre o pro-
prietário
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previsões úteis e tomar decisões, precisa ter a disposição e a capacidade de
conversar com todos, dentro da empresa. Para compreender a função da
Administração Financeira vamos, agora, focalizar seu papel na organização, seu
relacionamento com Economia e a Contabilidade, as atividades – chaves do
administrador financeiro e sua responsabilidade na administração total.
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dívida. Um administrador financeiro experiente pode fazer “hedge”, ou seja, proteger-
se deste e de outros riscos similares
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Quase todas as decisões financeiras, em última instância, implicam a avaliação dos
benefícios marginais versus os custos marginais. Um conhecimento básico de
Economia é, portanto, necessário para se compreender tanto o ambiente interno e
externo da empresa, quanto as técnicas de tomada de decisão em Administração
Financeira.
O administrador financeiro, por outro lado, enfatiza o fluxo de caixa, ou seja, entradas
e saídas de caixa. Ele mantém a solvência da empresa, analisando e planejando o
fluxo de caixa para satisfazer as obrigações e adquirir os ativos necessários ao
cumprimento dos objetivos da empresa. O administrador financeiro adota o regime de
caixa para reconhecer as receitas e despesas que efetivamente representam
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entradas e saídas de caixa. Veja no exemplo abaixo a visão do contador e do
financeiro:
A Nassau S/A, um pequeno negociante de iates, no final último exercício fiscal, vendeu um iate
por R$ 100.000,00; este foi adquirido durante o ano pelo custo de R$ 80.000,00. Embora a
empresa já tivesse arcado com o custo total do iate ao longo do ano, no encerramento do
exercício ainda não havia recebido os R$ 100.000,00 do cliente a quem a venda fora realizada.
As visões do contador e do financeiro, sobre o desempenho da empresa durante o ano, são
datas pelas demonstrações do resultado do exercício e do fluxo de caixa a seguir,
respectivamente:
Pode-se ver que, enquanto no sentido contábil a empresa é bastante lucrativa, em termos do
efeito fluxo de caixa ela é um fracasso. A falta de fluxo de caixa da Nassau S/A resultou da
quantia de R$ 100.000 ainda não recebida. Sem uma adequada entrada de caixa para quitar
suas obrigações, a empresa não sobreviverá apesar do nível de lucratividade.
Figura 1.2.
ATIVIDADES FINANCEIRAS
Balanço Patrimonial
Ativos Passivos
circulantes Circulantes
Ativos Recursos
permanentes Permanentes
(1) transformação dos dados financeiros, de forma que possam ser utilizados para
monitorar a situação financeira da empresa;
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desenvolver planos que assegurem que os recursos adequados estarão disponíveis
para o alcance dos objetivos.
DECISÕES DE INVESTIMENTO
DECISOES DE FINANCIAMENTO
Essa atividade relaciona-se com o lado direito patrimonial e envolve duas áreas
principais. Primeiro, a combinação mais apropriada entre financiamentos a curto e a
longo prazo deve ser estabelecida. Uma segunda preocupação, igualmente
importante, é que fontes individuais de financiamento, a curto ou a longo prazos, são
as melhores, em um dado instante. Muitas dessas decisões são ditadas pela
necessidade, mas algumas requerem urna análise aprofundada das alternativas de
financiamento disponíveis, de seus custos e suas implicações a longo prazo.
Novamente, é o efeito dessas decisões na realização dos objetivos da empresa que
realmente importa.
Maximizar o lucro?
O LPA é obtido pela divisão do lucro total disponível aos acionistas da empresa - os
proprietários da empresa - no período, pelo número de ações em circulação.
Pedro Cardoso, o administrador financeiro da Torres S/A, uma importante produtora de peças
para motores náuticos, está tentando optar entre dois importante investimentos, X e Y. Em cada
um deles espera-se obter os seguintes lucros por ação ao longo de um período de três anos.
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A maximização do lucro é falha por várias razões: ignora
(3) o risco.
Uma vez que a empresa pode obter rendimentos sobre os fundos que recebe, é
preferível que tais ingressos ocorram o mais cedo possível. Em nosso exemplo,
apesar de o total de lucros obtidos com o investimento X ser menor que o com o
investimento Y, o investimento X seria preferível por gerar um maior LPA no
primeiro ano. Esses retornos que são recebidos mais cedo poderiam ser
reinvestidos para gerar maiores rendimentos no futuro.
FLUXO DE CAIXA
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RISCO
A Bebidas S/A produtora de uísque tipos bourbon e blended, está interessada em iniciar uma
nova linha de produto e tem duas opções: gim ou vodca. Como a concorrência e a
disponibilidade de vodca são significativamente afetadas por eventos políticos, esta é vista
como uma linha de negócio mais arriscada do que a do gim. O custo atual de entrar em
qualquer desses mercados é de R$ 45,0 milhões. O fluxo de caixa anual para cada linha de
produto é, em média, R$ 9,0 milhões por ano, durante os próximos 10 anos, conforme
demonstrado na coluna 2 da tabela abaixo.
Estes valores foram encontrados, aplicando-se as técnicas de valor presente, as quais serão
abordadas e demonstradas em detalhes na disciplina Administração Financeira II.
Para ser compensada pelo maior risco da linha vodca, a empresa deverá obter
uma taxa de retomo superior à da linha gim, de baixo risco. A taxa de retomo
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requerida pela empresa para cada uma das linhas aparece na coluna 3 da tabela
precedente. Aplicando técnicas de valor presente - técnicas financeiras
quantitativas que são apresentadas na disciplina Administração Financeira II -
podemos encontrar o valor presente das entradas de caixa médias anuais durante
os próximos dez anos, para cada linha de produto, como consta na coluna 4 da
tabela.
1. Como os acionistas da empresa são avessos ao risco, eles deverão obter uma
taxa de retomo mais alta na linha vodca, de maior risco, do que na linha gim,
de menor risco.
2. Embora a linha vodca e a linha gim apresentem o mesmo valor esperado para
as entradas de caixa anuais, o maior risco da linha vodca faz com que seus
fluxos de caixa sejam, hoje, de menor valor que os fluxos de caixa da linha
gim (R$45,2 milhões para vodca versus R$50,9 milhões para gim).
Esse exemplo deve ter deixado claro que diferenças de risco podem afetar
significativamente o valor de um investimento e, portanto, a riqueza do
proprietário.
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proprietários de uma sociedade anônima é medida pelo preço da ação, o qual, por
sua vez, baseia-se na data de ocorrência dos retornos (fluxos de caixa), em sua
magnitude e em seu risco. Ao considerar cada alternativa de decisão financeira
ou possíveis medidas, em termos de seu impacto no preço da ação da empresa,
os administradores financeiros devem implementar somente aquelas medidas que
se espera que elevem o preço da ação. (A Figura 1.3 descreve esse processo.)
Uma vez que o preço da ação representa a riqueza do proprietário na empresa, a
maximização do preço da ação é consistente com a maximização da riqueza do
proprietário. Note que o retorno (fluxos de caixa) e o risco são as variáveis-chaves
para a decisão, no processo de maximização da riqueza. Também é relevante
reconhecer que o lucro por ação (LPA), por ser um importante componente do
retomo da empresa (fluxos de caixa), afeta o preço da ação.
Figura 1.3.
Ações ou Aumentam
Administrador decisões Retorno? o preço da SIM
Financeiro financeiras Risco? Ação?
alternativas
NÃO Aceitar
Rejeitar
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Preservando a riqueza dos stakeholders (responsabilidade social)
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proprietários da empresa; consequentemente, os administradores podem ser
vistos como agents dos proprietários, que os contrataram e lhes delegaram
poderes para tomar decisões e administrar a empresa em benefício deles,
proprietários. Tecnicamente, qualquer administrador que possua menos de IOO%
da empresa é, em certa medida, um agent dos outros proprietários.
Desse conflito de objetivos da empresa e pessoais surge o que tem sido chamado
de problema de agency - a possibilidade de os administradores colocarem seus
objetivos pessoais à frente dos objetivos da empresa. Dois fatores - forças de
mercado e custos de agency - contribuem para evitar ou minimizar o problema da
representação.
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administração. Para assegurar a competência da administração e minimizar os
potenciais problemas de representação, esses acionistas têm usado seus votos
para demitir administradores de baixo desempenho e substituí-los por outros mais
capazes. Note que o mecanismo formal, através do qual esses acionistas atuam,
é o exercício do seu direito de voto na eleição de diretores, aos quais é outorgado
o poder de contratar e demitir os administradores. Além dos seus direitos legais
de voto, os grandes acionistas são capazes de expressar e exercer pressão sobre
os administradores, para que desempenhem bem ou sejam demitidos.
Nos últimos anos, outra força de mercado que tem compelido a administração a
desempenhar no melhor interesse dos acionistas é a possibilidade de aquisição
hostil. Uma aquisição hostil ocorre quando uma empresa (o alvo) é adquirida por
outra empresa ou grupo (a adquirente), sem a concordância da administração.
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(isto é, dissociado da maximização do preço da ação) por parte da
administração. Esses dispêndios são aplicados em auditorias e em medidas de
controle, objetivando avaliar e restringir o comportamento dos administradores
àquelas atuações que atendam aos melhores interesses dos proprietários.
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beneficiados com a valorização. Consequentemente, maiores preços futuros
das ações ensejarão maior compensação a administração. Embora,
teoricamente, essas opções devam motivar, com freqüência são criticadas e
têm perdido aceitação nos últimos anos, uma vez que a administração não
pode controlar o comportamento geral do mercado acionaria, o qual pode afetar
significativamente o preço da ação, mesmo que ocorram vendas positivas e
crescimento dos lucros. Até mesmo um desempenho positivo da administração
pode ser encoberto por um mercado acionaria fraco, no qual o preço das ações,
em geral, apresenta-se em declínio, devido a fatores econômicos e
comportamentais "das forças de mercado", fora do controle da administração.
VISÃO ATUAL
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desempenho, a execução de muitos desses planos tem sido objeto de análise
minuciosa nos últimos anos. Acionistas - individuais e institucionais - assim como
a Comissão de Valores Mobiliários, têm questionado publicamente a validade de
pacotes de compensação multimilionários (incluindo salários, gratificações e
outras compensações a longo prazo), concedidos a muitos executivos de
sociedades anônimas. Por exemplo, os três diretores executivos mais bem pagos
em 1992 foram (1) Thomas E Frist, Jr. do Hospital Corp. of America, que recebeu
US$ 127.002.000; (2) Sanford 1. Weill da Primeira, que recebeu US$ 67.635.000;
e (3) Charles Lazarus da Toys 'R' Us, que recebeu US$ 64.23 I.OOO. O décimo
da lista foi Louis E Bantle da UST Inc., que recebeu US$ 24.602.000. Em 1992, a
compensação média de um diretor executivo típico das maiores sociedades
anônimas dos Estados Unidos aumentou, aproximadamente, 42% em relação a
1991. Os diretores executivos das 365 grandes e médias companhias industriais
dos Estados Unidos, pesquisadas pela Business Week, que usou dados da
Standard and Poor's Compustat Services Inc. receberam, em média, US$ 3,8
milhões a título de compensação total; a média, para as vinte maiores empresas,
foi de US$33,7 milhões.
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custos para modernizar o processo de tomada de decisão da organização com o
fim de assegurar, ainda mais, a congruência de objetivos da administração e dos
proprietários. Alguns administradores podem ter outros objetivos além da
maximização do preço da ação, mas as evidências sugerem que a maximização
do preço da ação - enfocada por este capítulo - é o principal objetivo da maioria
das empresas.
O papel da ética
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aderir tanto à prescrição quanto ao espírito das leis e às regulamentações
concernentes a todos os aspectos da prática empresarial e profissional.
OPINlÕES
CONSIDERACÕES ÉTICAS
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Evidentemente, a consideração de tais questões antes de agir pode ajudar a
assegurar sua viabilidade ética.
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EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO
1)- O que é Finanças? Explique como essa área afeta a vida de todas as
pessoas de uma organização.
6)- Como a função de Finanças surge dentro de uma empresa? Que atividades
financeiras o tesoureiro, ou administrador financeiro, desempenha dentro de
uma empresa madura?
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9)- Quais são as três atividades-chaves do administrador financeiro?
Relacione-as com o balanço patrimonial.
12)- Que é risco? Por que o risco tanto quanto o retorno devem ser
considerados, pelo administrador financeiro, na avaliação de uma
alternativa de ação ou decisão?
16)- Defina custos de agency e explique por que as empresas incorrem neles.
Que são despesas de estruturação e como elas são usadas? Descreva e
diferencie incentivos e planos de compensação por desempenho. Qual é a
visão atual com relação à adoção de muitos planos de compensação?
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17)- Por que a ética empresarial tornou-se tão importante nos últimos anos?
Descreva o papel dos políticas e diretrizes de ética empresarial e discuta o
relacionamento que se acredita existir entre ética e preço da ação.
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CAPÍTULO II
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
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Um estudante planejando uma carreira em Administração de Empresas - na
realidade, qualquer pessoa que se encontre nos negócios - deve compreender o
ambiente total no qual a empresa opera. Esse ambiente é como um tecido com
muitos fios de linha diferentes - o governo federal e suas múltiplas entidades
reguladoras, as instituições financeiras, os mercados monetários e de capitais – e
cada fio é parte integrante do ambiente da empresa.
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econômicas mundiais, porque vendemos para indústrias que incluem transportes e
petróleo - que são muito sensíveis às mudanças econômicas. As taxas de juros
são influenciadas pelo ambiente político e empresarial, e se constituem em fator
crítico para a atividade econômica. Por exemplo, as intervenções do Federal
Reserve (FED) para diminuir as taxas de juros, geralmente, estimulam o nível de
atividades. Muitas decisões empresariais, tais como o momento oportuno para
dispêndios de capital e a oferta de títulos, baseiam-se nos níveis da taxa de juros;
assim, o administrador deve compreender os conceitos inerentes ao
comportamento das taxas de juros, antes de captar ou investir recursos.
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ambiente operacional a fim de planejar e controlar seu investimento
adequadamente. A habilidade para acompanhar, reconhecer e adaptar-se às
mudanças no contexto empresarial á uma capacitação gerencial chave, e que será
ainda mais crítica no futuro. Uma mudança fundamental em seu ambiente empre-
sarial pode afetar significativamente todo o seu empreendimento - em alguns
casos, expulsá-lo do negócio se você não estiver preparado.
INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS
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indivíduos, empresas e governos para empréstimos ou investimentos. Muitas
instituições financeiras, direta ou indiretamente, pagam aos poupadores juros
sobre os fundos depositados: outras prestam serviços que são cobrados de seus
depositantes (por exemplo, a taxa de serviços incidente sobre contas correntes).
Algumas instituições financeiras captam poupanças e emprestam esses fundos a
seus clientes; outras investem as poupanças de seus clientes em ativos rentáveis,
tais como bens imóveis ou ações e títulos de dívida; e ainda existem outras que
tanto emprestam fundos quanto investem as poupanças. O governo requer que as
instituições financeiras operem dentro de determinada diretrizes regulamentares.
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instituições financeiras, se bem que pela venda de títulos a várias instituições, os
governos, indiretamente, tomam empréstimos delas. O governo, como as
empresas, é tipicamente um tomador líquido de fundos: eles toma emprestado
mais do que poupa. Todos ouvimos sobre os déficts orçamentários que ocorrem
nos governos federais, estaduais e locais.
MERCADOS FINANCEIROS
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emissor – as sociedades anônimas ou o governo – é diretamente envolvido na
transação e recebe os benefícios diretos dessa emissão – ou seja, a empresa
efetivamente recebe pela venda de títulos. Quando os títulos começam a ser
negociados entre os indivíduos, empresas, governos ou instituições financeiras,
poupadores e investidores, tornam-se parte de mercado secundário. O mercado
primário é aquele no qual os “novos” títulos são vendidos; o mercado secundário
pode ser visto como um mercado de títulos “usados” ou “possuídos
anteriormente”.
Quadro 2.1
Instituições/Descrição
Banco Comercial
Aceita tanto depósito à vista (conta corrente) como depósito a prazo (poupança). Também oferece
contas com pedido de resgate negociáveis (NOW), que são contas de poupança que rendem juros e
sobre os quais se pode emitir cheques. Além disso, oferece contas de depósito no mercado monetário, o
qual paga juros a taxas competitivas em relação aos demais instrumentos de investimento a curto prazo.
Concede empréstimos diretamente aos tomadores de fundos ou através dos mercados financeiros.
Banco de poupança
Similar aos bancos comerciais, exceto que eles não mantêm depósitos à vista (conta corrente). Capta
fundos de poupança, de contas (NOW) e das contas de depósito do mercado monetário. Geralmente,
empresta ou investe fundos através dos mercados financeiros, apesar de alguns empréstimos
imobiliários serem feitos a indivíduos. Os bancos de poupança estão localizados principalmente nos
Estados Unidos. Aqui no Brasil os Bancos de Poupança são geralmente os próprios Bancos Comerciais.
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Cooperativas de Crédito
Intermediário financeiro que lida basicamente com as transferências de fundos entre os consumidores.
Para associar-se à cooperativa de crédito é necessário, geralmente, um vínculo comum, tal como
trabalhar para determinado empregador. A cooperativa de crédito aceita, de seus associados, depósitos
de poupança, contas NOW e contas de depósito do mercado monetário e empresta a maioria desses
fundos a outros associados, tipicamente para financiar compras de automóvel, eletrodomésticos ou
benfeitorias de imóveis.
Estabelecido para que funcionários de várias empresas ou dependências do governo recebem uma
renda após a aposentadoria. Freqüentemente, os empregadores contribuem ao fundo de pensão com
conjunto com seus empregados. Às vezes, os fundos são transferidos diretamente aos tomadores de
empréstimo, mas a maior parte é emprestada ou investida através dos mercados financeiros.
Fundo mútuo
Um tipo de intermediário financeiro que reúne fundos dos poupadores e os torna disponíveis às
empresas e governo que os demandam. Obtém fundos através da venda de quotas e usa esses
recursos para adquirir títulos de dívidas e ações emitidas por várias empresas e unidades do governo.
Cria uma carteira diversificada de títulos e a administra profissionalmente, com vistas a atingir um
objetivo de investimento específico, tal como liquidez com alto retorno. Existem centenas de fundos, com
uma variedade de objetivos de investimento. Os fundos mútuos do mercado monetário, que provêem
retornos competitivos e elevada liquidez, são bastante populares, especialmente Quando as taxas de
juros de curto prazo estão altas.
MERCADO MONETÁRIO
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não é uma organização real instalada em algum ponto central, embora a maioria
das transações realizadas nesse mercado ocorra nas grandes cidades, como São
Paulo (No nosso caso Curitiba ou Florianópolis dependendo do assunto). A
maioria das transações do mercado monetário é feita com valores mobiliários
negociáveis – que são instrumentos de dívida de curto prazo tais como Letras do
Tesouro, commercial paper e certificados de depósito negociáveis emitidos pelo
governo, empresas e instituições financeiras, respectivamente. O mercado
monetário existe porque indivíduos, empresas, governos e instituições financeiras
possuem, temporariamente, fundos ociosos que desejam aplicar em algum tipo de
ativo líquido ou de curto prazo que renda juros. Por outro lado, outros indivíduos,
empresas, governos e instituições financeiras encontram-se em situações em que
precisam de financiamento sazonal ou temporário. Desse modo, o mercado
monetário possibilita o encontro entre os fornecedores e tomadores de fundos
líquidos de curto prazo.
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A maioria das operações no mercado monetário é realizada por telefone. Uma
empresa que deseja comprar um determinado valor mobiliário negociável pode
ligar para seu banco e este tentará comprar o título contatando um banco
conhecido por “manter ofertas firmes de compra de venda”, ou procurará negociar
o título em questão.
MERCADO FINANCEIRO
Subdivisão
MERCADO
MONETÁRIO OU DE MERCADO CAMBIAL MERCADO DE
CRÉDITO CAPITAIS
PARTICIPANTES-CHAVES
PESSOAS FÍSICAS
TOMATORES
PESSOAS
POUPADORES
JURÍDICAS
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AMBIENTE
(Grossklags, 2000) INTERNO DA EMPRESA
Contas a Receber
Contas a Pagar
Tesouraria
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- Controlar os saldos de caixa e bancos
- Realizar o lançamento das taxas bancárias, empréstimos com os cheques
emitidos e valores depositados em conta corrente
- Efetuar a conciliação do extrato bancário com os cheques emitidos e valores
depositados em conta corrente.
- Fluxo de Caixa: posição financeira considerando valores a receber, pagar,
saldos e previsões; projeção por período de pagamentos e recebimentos;
acompanhamento do previsto x realizado; simulações; exportação dinâmica de
dados para planilhas.
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EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO
2)- O que são mercados financeiros e qual é o papel que eles desempenham
em nossa economia? Que relação existe entre instituições financeiras e
mercados financeiros?
3)- O que é mercado de monetário? Onde está estabelecido? Como este difere
do mercado de capitais?
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CAPÍTULO III
Objetivos de aprendizagem
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1. ABORDAGEM INICIAL
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A importância de sua administração também é sentida fora da empresa, por
bancos, fornecedores e clientes que utilizam as informações sobre a situação
de caixa para avaliação.
A sua administração também foi valorizada pela disseminação das novas
técnicas de gerenciamento da produção, onde os processos de otimização
utilizados conduzem à busca de eficiência na geração de caixa. A
administração não é mais dependente única e exclusivamente da área
financeira, pois requer a participação ativa de todos os envolvidos na geração
ou diminuição do caixa (Exemplo: Sistema Camban).
Em fase disso, uma empresa que possa antever o momento em que irá ocorrer
um excedente ou uma escassez de recursos, poderá planejar seus
investimentos de forma segura e da mesma maneira poderá projetar as
possíveis fontes de financiamento para suprir a sua necessidade futura de
caixa. Possibilitando evitar a programação de desembolsos vultuosos para os
períodos em que o ingresso de numerário orçado é baixo por questões de
mercado.
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CONCEITOS
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de caixa, previsão de caixa, e outras.
OBJETIVOS
“O fluxo de caixa tem como objetivo básico, a projeção das entradas e das
saídas de recursos financeiros para determinado período, visando detectar a
necessidade de captar empréstimos ou aplicar excedentes de caixa nas
operações mais rentáveis para a empresa”. ZDANOWICZ (19991:24)
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- Desenvolver o uso eficiente e racional do disponível;
- Financiar as atividades sazonais ou cíclicas da empresa;
- Providenciar recursos para atender aos projetos de implantação, expansão,
modernização ou relocalização comercial;
- Fixar o nível de caixa, em termo de capital de giro;
- Auxiliar na análise dos valores a receber e estoques, para que se possa
julgar a conveniência em aplicar nesses itens ou não;
- Estudar um programa saudável de empréstimos ou financiamentos;
- Projetar um plano efetivo de resgate de débitos;
- Analisar a conveniência de serem comprometidos os recursos pela empresa;
- Saldar as obrigações na data do vencimento;
- Participar e integrar todas as atividades da empresa, facilitando assim os
controles financeiros;
- Otimizar a aplicação de recursos próprios e de terceiros nas atividades mais
rentáveis pela empresa.
2.1. IMPORTÂNCIA
Para que o fluxo de caixa apresente uma eficiência durante a sua execução,
deverá considerar as funções de planejamento e de controle de todas as
atividades operacionais da empresa para o período que está sendo projetado.
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necessária uma verdadeira equipe para desempenhar estas funções, pois a
maioria das informações já existem na empresa. Basta alguém para coordená-las
através de um bom esquema para transformá-las em fluxo de caixa. O elemento
humano deverá ter certas qualificações e conhecer as atividades econômicas da
empresa.
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√ Treinamento do pessoal envolvido para implantá-lo;
√ Comprometimento dos responsáveis das diversas áreas, no sentido de
alcançar os objetivos e metas propostas;
√ Controles financeiros adequados, especialmente da movimentação bancária;
√ utilização da informação para avaliar com antecedência os efeitos da tomada
de decisões que tenham impacto financeiro;
√ Fluxograma das atividades, ou seja, definir as atividades meio e as atividades
fins.
"As informações usadas no fluxo de caixa são obtidas a partir dos principais
sistemas informatizados existentes na empresa. Estes podem conter apenas os
dados previstos de entradas e saídas, como também fornecer projeções a serem
utilizadas pelo fluxo de caixa." MOTA (1990,17)
O desejável seria que o tivesse uma interface com os sistemas informatizados que
lhe enviam dados. Assim, o processo de recebimento das informações seria
61
automático.
Contas a Receber
Contas a Pagar
Folha de Pagamento
FLUXO
DE
Financiamentos CAIXA
Tributos e Taxas
Aplicações Financeiras
62
2.3. PRAZOS DE PLANEJAMENTO
Como toda empresa tem mais de uma espécie de necessidade financeira, precisa
ter estimativas com prazos variáveis, de acordo as respectivas finalidades.
É importante trabalhar com um planejamento mínimo para três meses. O fluxo de
caixa mensal deverá posteriormente, transformar-se em semanal e este em diário.
O modelo diário fornecerá a posição dos recursos em função dos ingressos e
desembolso de caixa, e constitui-se em poderoso instrumento de planejamento e
de controle financeiro.
63
base mensal ou trimestral.
64
esses últimos, a geração e saldos de caixa constituem-se em grandes e
importantes elementos. O passo seguinte consiste em harmonizar as metas
especificas de liquidez, dentro das características de "timing" e recursos
disponíveis para a empresa.
O interessante em termos do que se pode esperar do instrumento está ligado a
seu alcance. Em algumas organizações, o fluxo de caixa é visto como um
instrumento tático, a ser utilizado no dia-a-dia apenas. Em outras, ele na verdade
tem alcance maior, que poderíamos chamar de utilização estratégica do fluxo de
caixa nos negócios da empresa. Qual a diferença entre ambas as abordagens? O
que a empresa pode ganhar com a ampliação do conceito? Vamos ver:
65
"O planejamento estratégico não envolve decisões futuras e sim a futuridade das
decisões atuais. O que interessa ao administrador é, os efeitos que a sua decisão,
hoje, terá no futuro previsível. As conseqüências e efeitos futuros desejados são
as molas propulsoras do ato de decidir agora." DRUCKER (1984:125)
O exemplo mais objetivo está ligado a uma construtora que utiliza o fluxo de caixa
em suas reuniões de diretoria para discutir questões ligadas aos novos projetos de
investimento. Nesse sentido, porque tem definição clara quanto ao financiamento
de suas operações, tal empresa só decide se e quando compra o terreno para
novo projeto quando percebe que sobra de caixa permanente existe. Nesse caso,
a disponibilidade de liquidez afetou o processo de tomada de decisão. Como se
percebe, os enfoques tático e estratégicos podem requerer diferentes abordagens
dos instrumentos e mesmo diferentes detalhamentos. O que se pretende é o
questionamento e a avaliação de toda empresa, para que não se perca uma
oportunidade de otimização do instrumento por falta de percepção. Neste último
caso, o conceito é o seguinte: posso ser muito eficiente e ter sucesso hoje e, ao
mesmo tempo, descobrir que estou falido daqui a cinco anos, não podendo arcar
com encargos financeiros, se não reverter a queda da margem, por exemplo.
Significa que todos aqueles que tomam decisões sobre o fluxo de caixa de uma
empresa devem, de alguma forma, ter conhecimento da situação e possibilidades
de caixa para o referido período. Em outras palavras, o gestor da verba de
comunicação de uma empresa, por exemplo, com poderes para negociar
antecipações e pagamentos à vista, tem que ter conhecimento da situação de
caixa da empresa para poder tomar uma decisão adequada.
Além disso, deve ter sensibilidade sobre o nível de taxa de juros que afeta a
empresa em função das operações que desenvolve, pelas conseqüências
66
provocadas sobre a liquidez e o resultado econômico da empresa.
Todo profissional que atue na empresa e tome decisões que afetem a liquidez da
empresa deve ser chamado a participar, de alguma forma, no estabelecimento de
metas de geração de liquidez do período. Seja ele o responsável pela venda do
produto e quem decida prazos, taxas de juros e mesmo o momento de
faturamento a negociar com clientes, ou aquele que tem responsabilidade sobre
os suprimentos da empresa, tendo liberdade para fazer compras à vista em
momentos de oportunidade comercial, suas participações são essenciais.
A forma e a intensidade dessa participação é uma questão de peculiaridade de
cada empresa; o importante é que ele deve entender o status de liquidez da
organização, os efeitos de suas ações sobre o fluxo de caixa e dos resultados,
bem como seus compromissos.
Isto nem sempre é fácil de ser implementado, e muitas vezes nem mesmo é
desejado pelos executivos, mas certamente existe uma estreita dependência de
como a alta administração encara e prioriza a gestão da liquidez da empresa. Em
uma organização em que o Presidente seja um persistente questionador do status
e das possibilidades de otimização da liquidez, o tesoureiro terá orgulho de
perseguir o maior nível de desempenho possível para seu fluxo de caixa
projetado.
67
ao planejamento realista, ao controle dinâmico e à comunicação efetiva, um
programa amplo de planejamento e controle de resultados fornece bases para a
harmonização, sincronização e uniformização de esforços em termos
permanentes, o que significa que há coordenação efetiva.
Existem indícios bastante nítidos de que uma administração seriamente
comprometida com o uso do enfoque de planejamento e controle de resultados,
deverá ser capaz de elevar rapidamente o seu nível de sofisticação conceitual,
aumentando assim a rentabilidade potencial da empresa a longo prazo.
A administração de caixa compreende o trabalho de controle e a eficiente
utilização dos recursos líquidos da empresa, de investimentos facilmente
conversíveis em caixa e das fontes externas de fundos que podem proporcionar
imediato recursos quando necessários. Portanto, a administração de caixa regula
a situação de liquidez da empresa, isto é, a capacidade de pagamento das
obrigações assumidas, nos prazos certos, utilizando-se dos recursos que se
formam, em cada período, como por exemplo, o recebimento das vendas, ou de
serviços, incluindo antecipações propiciadas por operações bancárias, bem como
os recursos originados de outras operações: financiamentos, adiantamentos de
clientes, rendas de aplicação de capital, vendas de ativos e aumento do capital.
Enquanto à Contabilidade, opera pelo “Regime de Competência", isto é, registra
as operações de compra e venda nas datas de suas realizações, por outro lado à
Administração de Caixa, opera pelo "Regime de Caixa", isto é, registra estas mes-
mas operações quando há movimentação efetiva do caixa entradas e saídas de
numerário.
68
2.5.2. Análise global das operações da empresa
O mundo do tesoureiro não é apenas aquele que sobra depois que as vendas e
compras já ocorreram; ao contrário, dele se espera atuação incisiva com base nos
elementos de formação do capital de giro. É o exemplo do tesoureiro que
questiona seus pares pela não-venda de um terreno, um ativo não operacional
que, uma vez vendido, poderia liberar recursos para tornar a situação de caixa
mais confortável, depender menos dos bancos e auferir melhor resultado pela
queda dos juros. Significa que a organização busca a liquidez prioritariamente das
operações que justificam sua missão. Entretanto, o instrumento a ser utilizado pelo
tesoureiro deve vislumbrar o fluxo de caixa operacional.
O processo de renovação da empresa, deve ser muito bem monitorado e deve ir
para uma direção de prosperidade. Pois as decisões de hoje comprometem para o
futuro os recursos correntes de tempo e dinheiro. Para isto é necessário que o
administrador financeiro vislumbre o fluxo de caixa operacional. Pois toda a
informação que se observada adequadamente refletem nos diversos setores da
empresa, mercado e concorrência, se administradas de forma coerente estas
informações antecipam tendências e auxiliam a tomada de decisões.
69
g) Informar à alta administração sobre as condições econômica-financeira atual e
tendências futura da empresa;
h) Interpretar as demonstrações financeiras da empresa;
i) Manter-se atualizado em relação ao mercado e as linhas de crédito oferecidas
pelas instituições financeiras.
A empresa não opera num vácuo financeiro; pelo contrário, está em contato direto
com os vários intermediários e mercados financeiros. Esta relação íntima entre as
várias instituições financeiras permite que a empresa obtenha o financiamento
necessário e também invista fundos ociosos nos vários instrumentos financeiros.
As grandes empresas acham necessários estar em contato constante com o
mercado, ao passo que esta preocupação é relativamente menor para as
pequenas.
70
mercado monetário e o mercado de capitais. As transações em instrumentos de
dívida a curto prazo ou em títulos negociáveis se realizam no mercado monetário.
Os títulos a longo prazo (ações e debêntures) são negociados no mercado de
capitais.
O fluxo de informações deve ser gerenciado de forma disciplinada, pois alterações
na tributação, tipos de investimentos ou captações disponíveis podem tornar-nos
mais ou menos eficientes em termos de geração de riqueza para a empresa.
As oportunidades estão aí, esperando serem identificadas e exploradas. Ler
jornais, falar com as instituições do mercado, comparecer a eventos são opções
por demais importantes na gestão da liquidez. Contatos com outras empresas no
sentido de manter em evolução a percepção de benchmarking também se revelam
cada dia mais decisivos sobre a possibilidade de sobrevivência e sucesso da
organização.
Um bom tesoureiro deveria dedicar 30% de seu tempo negociando, 15%
controlando as operações e 55% buscando e pensando alternativas para aumento
da rentabilidade e diminuição do risco da organização. O aumento de seu
conhecimento sobre o mercado e mecanismos é parte importante do sucesso em
seu impacto sobre os resultados.
É fato claro que devemos procurar manter a empresa sempre num estado de
renovação, embora isto consuma mais energia de todos, evita que a empresa caia
na vala comum da mesmice, podendo ser comparada com outras empresas
também comuns, com baixa rentabilidade e grandes dificuldades financeiras no
futuro em função da estagnação de seu mercado. E não é isto que necessitamos,
necessitamos de uma empresa forte com direção ao futuro e com forte percepção
estratégica.
71
Estas instituições atraem fundos dos indivíduos, empresas e governo, que
acumulados resultam em grandes montantes, e realizam certos serviços para
conceder empréstimos vantajosos a indivíduos e empresas.
Como diz GITMANN (1997:680) "Estabelecer e manter estreitas relações com
bancos é um dos elementos mais importantes para uma efetiva administração de
caixa.
72
que, além do poder de barganha intrínseco ao relacionamento comercial, as
expectativas em termos de compromissos (metas de geração de liquidez, redução
de compras, por exemplo) estejam dentro do nível de realidade percebida no
momento.
Uma empresa, no ambiente econômico atual, com baixo valor médio de faturas,
sem outras possibilidades de reciprocidade bancária, terá dificuldade em ter
créditos em DO (utilização no próprio dia do vencimento) sem tarifa... Contudo,
expectativas realísticas podem significar que certos apertos em termos de redução
de gastos, uma vez executados, podem levar a organização a ter problemas
sérios em alguma área. Isto costuma acontecer, por exemplo, quando a empresa
trava seus pedidos de compra em momentos de crise, sem avaliar
adequadamente as conseqüências sobre a falta de produto e a geração da
receita. Tal problema pode ser claro e fácil de ser percebido ou não. Neste último
caso, o que é pior, o dano só será percebido muito mais à frente.
Segundo SANTOS (1995:208) "Além de muita cautela no preparo das previsões
de vendas e de outras estimativas incluídas no orçamento de caixa, há dois
modos de se reduzir a incerteza do orçamento de caixa. Um é elaborar vários
orçamentos de caixa, um baseado em previsão pessimista, outro com base em
previsão mais provável, e um terceiro com previsão otimista”.
Dentro de toda a área financeira, as ações corretivas devem ser tomadas com
grande presteza e rapidez. Em particular, a área de tesouraria, que gerência os
73
recursos de liquidez, tem que dispor de sistema de informações que permita
monitorar o já ocorrido em termos financeiros, quer seja a entrada de cobrança, o
crédito de juros bancários ou mesmo os débitos de despesas bancárias. A
reconciliação bancária, por exemplo, tem que ser desenvolvida de maneira
eficiente e rápida no sentido de permitir que correções sejam processadas o mais
breve possível, evitando perdas. Sendo desenvolvida diariamente, ela irá
acompanhar as atividades e permitir proatividade por parte do tesoureiro.
A tarefa mais importante do tesoureiro é criar valor a partir das atividades de
orçamento de capital, financiamentos e liquidez da empresa.
1. A empresa deve procurar comprar ativos que gerem mais dinheiro que
custam.
2. A empresa deve vender obrigações, ações e outros instrumentos
financeiros que gerem mais dinheiro do que custam.
Infelizmente não é tão fácil observar os fluxos de caixa diretamente. Grande parte
das informações que recebemos está sob forma de demonstrações contábeis, e
boa parte de analistas financeiros é extrair informações contábeis.
74
Além de dar ciência aos membros da organização que se está atento as boas
iniciativas, encoraja à perpetuação desta atitude, pois nada mais estimulante do
que um voto de agradecimento e confiança que nos é depositado, principalmente
pelos de nível hierárquico superior, como um reconhecimento, por nossos
serviços.
75
Cada vez mais, essa abordagem será valorizada no tesoureiro e sua contribuição
para o sucesso da organização será crescente nesse sentido. Alongamentos de
captação de recursos, abertura do capital ou recompra de ações, enfim, atividades
ligadas ao suporte do negócio, são viabilizadores dos projetos futuros.
Em geral , o orçamento de caixa cobre um ano, embora possa ser desenvolvido
para qualquer período. O período coberto normalmente é subdividido em
intervalos. O número e o tipo de intervalos vão depender da natureza do negócio.
Quanto mais sazonais e incertos forem os fluxos de caixa da empresa, tanto mais
numerosos devem ser os intervalos. Uma vez que o orçamento de caixa é
apresentado mês a mês.
As empresas com padrões estáveis de fluxo de caixa podem usar intervalos
trimestrais ou anuais. Se for feito um orçamento de caixa para um período superior
a um ano, justificam-se intervalos temporais menos freqüentes devido à
dificuldade e incerteza de se prever vendas e itens que envolvem caixa.
76
legitimidade das operações de caixa.
Tal procedimento irá permitir que se faça um controle de todas as operações
realizadas pela empresa, em determinado período.
3. MODELOS E APLICAÇÃO
77
Entradas de caixa
Saídas de caixa
ITENS 1 2 3 4 5
1. ENTRADA DE CAIXA
1.1 Vendas a vista 35 28 27 28 25
1.2 Vendas a prazo 350 280 243 252 225
1.3 Outras entradas 30 50
1.4 Total das entradas 415 308 270 330 250
2. SAÍDAS DE CAIXA
2.1 Fornecedores 260 180 140 300 260
2.2 Folha de pagamento 36
2.3 Impostos 40
2.4 Taxas 20
78
2.5 Despesas Financeiras 15
2.6 Outras saídas 60
2.7 Total das saídas 300 216 175 360 260
79
- A partir do quarto dia da análise, percebe-se que os desembolsos são
maiores que os desembolsos, em virtude de pagamentos a fornecedores.
Onde os pagamentos são R$ 360,00 e as entradas são de R$ 330,00,
ocorrendo com isso um resultado de déficit financeiro no dia. Neste período
porém o resultado negativo fará com que seja resgatado das aplicações
existentes o valor de R$ 30,00, neste caso hipotético. Porém em uma
situação real, poderia ser usado outras formas de evitar a situação de déficit
apresentado (por exemplo: buscar aumentos das vendas a vista, melhorar
desempenhos nas cobranças ou negociações junto a fornecedores, etc.).
80
CAPÍTULO IV
Objetivos de aprendizagem
81
1 ABORDAGEM INICIAL
82
1.2 CONCEITO
83
duplicatas a receber, que após recebidas, finalmente se tornam caixa conforme
demonstrado na figura 1.
84
(ser conversível em numerário) em prazo inferior a 360 dias, ou seja, um exercício
social “.
De acordo com a Lei das S/A (Lei das Sociedades Anônimas), estes ativos são
dinheiro e/ou outros ativos que serão transformados em dinheiro no prazo de no
máximo um ano.
Portanto, o grupo de circulante é representado pelas seguintes contas: caixa,
bancos, aplicações de curto prazo (cujo vencimento seja, no máximo de um ano),
duplicatas a receber até o mesmo prazo, os estoques, créditos de acionistas e de
sociedades coligadas e controladas provenientes de transações operacionais, etc.
Podemos ainda inferir da Lei 6.404/76, que são considerados como de curto
prazo, quaisquer ativos cuja previsão de realização financeira seja enquadrada
num prazo de um ano.
85
Todas as contas apresentadas do passivo circulante são as obrigações da
empresa para com terceiros, de exigibilidade a curto prazo ou dentro do próximo
ciclo operacional da empresa, sendo composto de dívidas, obrigações, riscos e
contingências.
Para obter o capital de giro líquido deduzimos as exigibilidades a curto prazo das
aplicações no ativo circulante. É representada pela fórmula, conforme ilustrada na
figura 2:
FIGURA 2: CAPITAL DE GIRO LÍQUIDO
CGL = AC - PC
CGL = 27.200 – 15.200
CGL = 12.000
86
FIGURA 3: CAPITAL DE GIRO LÍQUIDO
87
b) AC = PC : quando o ativo circulante é igual ao passivo circulante
Neste caso a necessidade de capital de giro é igual a zero e portanto a
empresa não tem necessidade de financiamento para o giro.
88
Podendo ocorrer em alguns períodos, maior necessidade de capital de giro devido
atividades que apresentam características sazonais, como por exemplo, a venda
de brinquedos, cujas vendas se concentram em maior quantidade no segundo
semestre de cada ano, devido, em grande parte, no dia das crianças e as festas
natalinas. Com esse efeito há uma necessidade maior de capital de giro para
suportar os investimentos nos estoques, buscando junto a instituições financeiras
desconto de duplicatas e outros.
Os supermercados tem de forma geral suas vendas quase na totalidade a vista,
operam com a margem bruta de lucro aparentemente pequena, mas seu giro de
estoques é rápido, ao mesmo tempo suas compras junto a seus fornecedores são
efetuadas a prazo.
A necessidade de capital de giro advém de mudanças na política da empresa,
mudanças no ciclo financeiro, necessidade de capital para financiamento de
terceiros no setor de vendas e outros fatores como por exemplo a má
administração de valores.
89
A falta de investimento em capital de giro para expandir a produção e vendas pode
resultar em perda de mercado e lucros, afetando negativamente o crescimento da
empresa. Por outro lado, excesso de capital de giro reduz a rentabilidade e pode
gerar problemas de liquidez, caso os ativos circulantes não possam ser
convertidos em caixa com rapidez caso necessário.
90
O risco aumenta devido a duas razões:
91
Podemos dizer que os recursos investidos nos ativos permanentes, se encontram
para financiamento nas operações ativas.
Então, quando uma empresa tem capital de giro líquido negativo não existe capital
de giro próprio, isto é, tem um limite de capital de giro que é zero, assim
efetivamente não existe negativo.
92
- Facilidade na negociação com os credores;
93
- Fontes bancárias de fundos a curto prazo – financiamento concedido por
bancos, é feito a curto prazo como um reforço do capital de giro,
cobrindo aumentos sazonais em estoques ou duplicatas a receber;
94
- Estoque – o empréstimo sobre o estoque é garantido por um caução de
parte ou todo o estoque de empresa. Alguns tipos mais de empréstimos:
vínculo geral, recibo de depósito e financiamento de estoque
armazenado.
95
Tomemos o exemplo da Linda Brinquedos Ltda, fabricante de brinquedos, que
apresenta os seguintes itens no seu balanço anual:
• Estoques.................................... 20.000
• Contas a Receber...................... 18.000
• Contas a Pagar.......................... 12.000
• Vendas anuais ........................... 99.000
• Custo Produtos Vendidos .......... 50.000
96
Existem fontes de recursos importantes: como ter uma boa rotação dos estoques
de materiais e produtos acabados, negociar os prazos de pagamentos dos
materiais adquiridos pelos fornecedores e também uma redução nos prazos de
produção através de processos mais dinâmicos.
O saldo de caixa sempre deve manter seu nível para conseguir atender às
necessidades da empresa, determinando a liquidez das obrigações em seu
vencimento. Desta forma, a empresa diminui sua preocupação em possuir valores
ociosos neste tipo de ativo.
97
giro dos estoques e consequentemente também, ampliação no prazo de
pagamento das duplicatas com os fornecedores.
98
FIGURA 5: CICLO OPERACIONAL
Recebimento
fase 3 fase 4
fase 2
Ciclo de caixa
fase 1 original
52 dias
PMPC = 85 dias
0 74 85
dias
Fase 1 : Prazo médio de estocagem de matérias-primas
Fase 2: Prazo médio de estocagem de produtos em processo
Fase 3: Prazo médio de estocagem de produtos acabados.
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A soma dos prazos operacionais de cada uma das fases indicadas com o tempo
médio decorrido desde a compra de matéria-prima até que seja transformada em
um produto final resultando no recebimento do valor da venda. Quanto mais longo
se apresentar o período, maior será o volume de recursos a serem destinados a
empresa para financiar o giro.
100
EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO
500
400 100
1 2 1 2
Ano Ano
500
300
1 2 1 2
Ano Ano
Capital Reservas
500
200
400
1 2 1 2
Ano Ano
101
das aplicações dos recursos no período considerado; c) Avalie a política de
aplicações de recursos da Cia. Beta, justificando sua resposta.
102