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Contabilidade
Pública
ISBN: 978-85-387-1596-2
CDD 657.61
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Orçamento público
33 | Conceitos
34 | Princípios orçamentários
36 | Orçamento tradicional, orçamento de resultados e orçamento-programa:
conceitos e objetivos
40 | Proposta orçamentária: elaboração, discussão, votação e aprovação
42 | Plano Plurianual (PPA), Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e
Lei Orçamentária Anual (LOA)
45 | Mecanismos de ajuste do orçamento
47 | O Orçamento e a Lei 4.320/64
53 | O Orçamento e a Lei Complementar 101/2000 (LRF)
63
A contabilidade aplicada ao setor público
63 | A contabilidade aplicada ao setor público à luz dos princípios de contabilidade
67 | Conceito de contabilidade aplicada ao setor público
68 | Objetivo e objeto da contabilidade aplicada ao setor público
70 | Campo de aplicação da contabilidade aplicada ao setor público
71 | Regime contábil para apuração dos resultados
72 | Exercício financeiro na Administração Pública
72 | Legislação aplicada à contabilidade aplicada ao setor público
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Estudo da receita e da despesa pública
mário
83 | Receita pública
94 | Despesa pública
107 | Despesas de exercícios anteriores
Sistemas de escrituração e os 115
demonstrativos contábeis aplicados ao setor público
115 | Sistemas contábeis na Administração Pública
117 | Registro contábil
118 | Plano de contas aplicado ao setor público
123 | Balanço orçamentário
128 | Balanço financeiro
131 | Demonstração das variações patrimoniais
136 | Balanço patrimonial
144 | Demonstração das mutações do patrimônio líquido
146 | Demonstração do resultado econômico
147 | Notas explicativas
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Anotações
Apresentação
Este livro tem o intuito de apresentar os princi-
Contabilidade Pública
pais conceitos da contabilidade aplicados ao setor
público.
Para isso, serão debatidos os conceitos básicos
da Administração Pública, os princípios contábeis,
os fundamentos do orçamento público e legislação
aplicada ao setor.
Com relação ao orçamento público, serão trata-
dos os principais tipos de orçamento, com ênfase
no orçamento-programa. Serão abordados, ainda,
os principais aspectos do plano plurianual, Lei
de Diretrizes Orçamentárias e Lei de Orçamento
Anual.
Em relação às receita e despesas públicas, serão
apresentados seus aspectos conceituais, sua classi-
ficação e fases ou estágios.
Serão objetos de estudo a contabilização e di-
vulgação das informações através dos balanços,
com o objetivo de dar maior transparência e pu-
blicidade aos atos de gestão dos administradores
públicos.
Por fim, para que o aluno tenha um contato
com a legislação relacionada à contabilidade apli-
cada ao setor público, todo o material é permeado
por trechos das mais diversas legislações aplicáveis
ao estudo.
Noções de Administração Pública
Administração Pública
O estudo da contabilidade aplicada ao setor público requer, como pri-
meiro passo, o conhecimento dos conceitos fundamentais de Administração
Pública.
Conceito
Nossa Constituição Federal (CF) define já em seu artigo 1.º, que o Brasil
é um país federalista e republicano, não deixando dúvidas em relação aos
fundamentos do Estado Brasileiro, conforme segue:
Art. 1.º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e
Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem
como fundamentos:
I - a soberania;
II - a cidadania;
III - a dignidade da pessoa humana;
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
V - o pluralismo político.
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes
eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.
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Noções de Administração Pública
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Noções de Administração Pública
[...]
II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei.
I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição;
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Noções de Administração Pública
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado
o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;
[...]
XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse
particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena
de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da
sociedade e do Estado;
Por fim, a publicidade deve ter como princípio norteador a diretiva de que
toda publicidade deve ter fins educativos, informativos ou de orientação social,
sendo vedada a promoção pessoal, através da divulgação de nomes, símbolos
ou imagens que lembrem pessoas.
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Noções de Administração Pública
DA ADMINISTRAÇÃO FEDERAL
Art. 1.º O Poder Executivo é exercido pelo Presidente da República auxiliado pelos
Ministros de Estado.
I - Autarquia - o serviço autônomo, criado por lei, com personalidade jurídica, patrimônio e
receita próprios, para executar atividades típicas da Administração Pública, que requeiram,
para seu melhor funcionamento, gestão administrativa e financeira descentralizada;
II - Empresa Pública - a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado,
com patrimônio próprio e capital exclusivo da União, criado por lei para a exploração de
atividade econômica que o Governo seja levado a exercer por força de contigência ou de
conveniência administrativa podendo revestir-se de qualquer das formas admitidas em
direito. (Redação dada pelo Decreto-Lei n.º 900, de 1969).
III - Sociedade de Economia Mista - a entidade dotada de personalidade jurídica de
direito privado, criada por lei para a exploração de atividade econômica, sob a forma de
sociedade anônima cujas ações com direito a voto pertençam em sua maioria à união ou
a entidade da Administração Indireta. (redação dada pelo Decreto-Lei n.º 7.596, de 1987).
IV – Fundação Púbica – a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado,
sem fins lucrativos, criada em virtude de autorização legislativa, para o desenvolvimento
de atividades que não exijam execução por órgãos ou entidades de direito público, com
autonomia administrativa, patrimônio próprio gerido pelos respectivos órgãos de direção,
e funcionamento custeado por recursos da União e de outras fontes. (Incluído pela Lei n.º
7.596, de 1987)
§1.º No caso do inciso III, quando a atividade for submetida a regime de monopólio estatal,
a maioria acionária caberá apenas à União, em caráter permanente.
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Noções de Administração Pública
§3.º As entidades de que trata o inciso IV deste artigo adquirem personalidade jurídica
com a inscrição da escritura pública de sua constituição no Registro Civil de Pessoas
Jurídicas, não se lhes aplicando as demais disposições do Código Civil concernentes às
fundações. (incluído pela Lei n.º 7.596, de 1987).
Serviços públicos
Na visão de Meirelles (2009, p. 332) “serviço público é todo aquele presta-
do pela administração ou por seus delegados, sob normas e controles esta-
tais, para satisfazer necessidades essenciais ou secundárias da coletividade
ou simples conveniências do Estado”.
Serviços industriais: são os que produzem renda para quem os presta, mediante a
remuneração da utilidade usada ou consumida, remuneração esta que, tecnicamente, se
denomina tarifa ou preço público, por ser sempre fixada pelo Poder Público, quer quando
o serviço é prestado por seus órgãos ou entidades, quer quando por concessionários,
permissionários ou autorizatários.
Serviços uti universi ou gerais: são aqueles que a Administração presta sem ter usuários
determinados, para atender à coletividade no seu todo, como os de polícia, iluminação
pública, calçamento e outros dessa espécie.
Serviço uti singuli ou individuais: são os que têm usuários determinados e utilização
particular e mensurável para cada destinatário, como ocorre com o telefone, a água e a
energia elétrica domiciliares. São sempre serviços de utilização individual, facultativa e
mensurável, pelo que devem ser remunerados, por taxa (tributo) ou tarifa (preço público),
e não por imposto. (MEIRELLES, 2009)
A Lei 8.987/95 nos dá, em seu artigo 2.º, a distinção clara entre concessão
e permissão, conforme segue:
Art. 2.º Para os fins do disposto nesta Lei, considera-se:
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Noções de Administração Pública
Art. 175. Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de
concessão ou permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos.
Patrimônio Público
A Norma Brasileira de Contabilidade Técnica NBC T 16.1 (Resolução CFC
1.128/2008) que trata da conceituação, objeto e campo de aplicação da con-
tabilidade aplicada ao setor público, define que o objeto da contabilidade
aplicada ao setor público é o Patrimônio Público.
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Noções de Administração Pública
O PRINCÍPIO DA ENTIDADE
I - o Ativo Financeiro;
II - o Ativo Permanente;
III - o Passivo Financeiro;
IV - o Passivo Permanente;
V - o Saldo Patrimonial;
VI - as Contas de Compensação.
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Noções de Administração Pública
§5.º Nas contas de compensação serão registrados os bens, valores, obrigações e situações
não compreendidas nos parágrafos anteriores e que, imediata ou indiretamente, possam
vir a afetar o patrimônio.
O passivo permanente é formado pela dívida fundada que, por sua vez,
pode ser desdobrada em:
A diferença entre o ativo real e o passivo real nos dará o resultado, sendo:
Ativo real líquido, quando o ativo real for maior que o passivo real;
Passivo real a descoberto, quando o passivo real for superior ao ativo real.
I - os débitos e créditos, bem como os títulos de renda, pelo seu valor nominal, feita a
conversão, quando em moeda estrangeira, à taxa de câmbio vigente na data do balanço;
II - os bens móveis e imóveis, pelo valor de aquisição ou pelo custo de produção ou de
construção;
III - os bens de almoxarifado, pelo preço médio ponderado das compras.
§1º Os valores em espécie, assim como os débitos e créditos, quando em moeda estran-
geira, deverão figurar ao lado das correspondentes importâncias em moeda nacional.
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Noções de Administração Pública
É claro que a contabilidade tem evoluído com o passar dos anos, o que,
com certeza, trará no futuro uma nova visão acerca da avaliação dos elemen-
tos patrimoniais também no setor público. Contudo, a Lei 4.320/64 continua
em vigência, devendo ser observada.
Ativos;
Passivos;
Patrimônio líquido.
a) Ativos são recursos controlados pela entidade como resultado de eventos passados
e do qual se espera que resultem para a entidade benefícios econômicos futuros ou
potencial de serviços;
c) Patrimônio Líquido é o valor residual dos ativos da entidade depois de deduzidos todos
seus passivos. (Redação dada pela Resolução CFC n.º 1.268/2009)
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Noções de Administração Pública
§1.º É assegurada, nos termos da lei, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, bem
como a órgãos da administração direta da União, participação no resultado da exploração
de petróleo ou gás natural, de recursos hídricos para fins de geração de energia elétrica e
de outros recursos minerais no respectivo território, plataforma continental, mar territorial
ou zona econômica exclusiva, ou compensação financeira por essa exploração.
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Noções de Administração Pública
§2.º A faixa de até cento e cinquenta quilômetros de largura, ao longo das fronteiras
terrestres, designada como faixa de fronteira, é considerada fundamental para defesa do
território nacional, e sua ocupação e utilização serão reguladas em lei.
E continua:
Art. 26. Incluem-se entre os bens dos Estados:
Art. 98. São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de
direito público interno; todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a que
pertencerem.
I - os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças;
II - os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou
estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os
de suas autarquias;
III - os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público,
como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades.
Art. 100. Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis,
enquanto conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determinar.
Art. 101. Os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as exigências da lei.
Art. 103. O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou retribuído, conforme for
estabelecido legalmente pela entidade a cuja administração pertencerem.
Art. 82. São móveis os bens suscetíveis de movimento próprio, ou de remoção por força
alheia, sem alteração da substância ou da destinação econômico-social.
Art. 84. Os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem empregados,
conservam sua qualidade de móveis; readquirem essa qualidade os provenientes da
demolição de algum prédio.
I - as edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, forem removidas
para outro local;
II - os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem.
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Noções de Administração Pública
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Noções de Administração Pública
Esta pode ser conceituada como um conjunto de práticas que implica uma
troca entre aquele que detém o poder decisório na política e quem detém o
poder econômico, visando à obtenção de vantagens, evidentemente ilícitas e
ilegais, para os envolvidos.
A corrupção estatal tem que ver com a incapacidade moral dos cidadãos
de assumir compromissos morais desinteressados de ações e instituições que
beneficiam a comunidade. Em consequência, quem é totalmente egoísta
é também totalmente corrupto, no sentido de que não possui lealdade, não
possui desinteresse nem compromisso com o bem comum.
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Noções de Administração Pública
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Noções de Administração Pública
Atividades de aplicação
1. Integram o patrimônio das entidades públicas:
V. os bens intangíveis.
a) I, II, III, IV e V.
b) I, III, IV e V.
d) II, III, IV e V.
e) I, II, IV e V.
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Noções de Administração Pública
e) autarquias federais.
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Noções de Administração Pública
Gabarito
1. D
2. C
3. E
4. A
5. A
Referências
ANDRADE, Dionísio Pires de. Administração Pública, seus princípios constitucio-
nais e corrupção. Reflexões Diárias. Disponível em: <www.reflexoes.diarias.nom.
br>. Acesso em: 24 ago. 2010.
BRASIL. Lei 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Novo Código Civil. Disponível em:
<www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/2002/L10406.htm>. Acesso em: 24 ago.
2010.
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Noções de Administração Pública
KOHAMA, Helio. Contabilidade Pública: teoria e prática. 8. ed. São Paulo: Atlas,
2001.
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. 35. ed. São Paulo: Ma-
lheiros, 2009.
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Orçamento público
Conceitos
Tanto em nossas vidas como na vida das empresas o orçamento é peça
fundamental no alcance dos objetivos determinados. No setor público não
é diferente.
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Orçamento público
Princípios orçamentários
A legislação brasileira traz em seu arcabouço princípios norteadores, que
devem ser observados na elaboração e execução do orçamento público.
Os citados princípios têm como fonte a Constituição Federal de 1988, a Lei
Federal 4.320/64 e mais atualmente a Lei Complementar 101/2000 – Lei de
Responsabilidade Fiscal.
Nesta esteira, a Lei Federal 4.320/64 traz em seu artigo 2.º os fundamen-
tos da transparência na gestão orçamentária, conforme segue:
Art. 2.º A Lei do Orçamento conterá a discriminação da receita e despesa de forma
a evidenciar a política econômica financeira e o programa de trabalho do Governo,
obedecidos os princípios de unidade universalidade e anualidade.
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Orçamento público
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Orçamento público
Orçamento bruto
O orçamento deverá conter as re-
ceitas e despesas pelo seu valor Lei 4.320/64, art. 6.º,
bruto, não podendo constar deste
Art. 6.º Todas as receitas e despesas constarão da Lei de Or-
receitas e despesas que tenham
çamento pelos seus totais, vedadas quaisquer deduções.
sofrido deduções, como forma de
evitar distorções na apresentação
de informações.
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Orçamento público
Orçamento-programa
A adoção do orçamento-programa na esfera federal ocorreu com o ad-
vento da Lei 4.320/64, nos termos do artigo 2.º do referido diploma legal.
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Orçamento público
Atualiza a discriminação da despesa por funções de que tratam o inciso I do §1.º do art. 2.º
e §2.º do art. 8.º, ambos da Lei n.º 4.320, de 17 de março de 1964, estabelece os conceitos
de função, subfunção, programa, projeto, atividade, operações especiais, e dá outras
providências.
§1.º Como função, deve entender-se o maior nível de agregação das diversas áreas de
despesa que competem ao setor público.
§2.º A função “Encargos Especiais” engloba as despesas em relação às quais não se possa
associar um bem ou serviço a ser gerado no processo produtivo corrente, tais como:
dívidas, ressarcimentos, indenizações e outras afins, representando, portanto, uma
agregação neutra.
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Orçamento público
§4.º As subfunções poderão ser combinadas com funções diferentes daquelas a que
estejam vinculadas, na forma do Anexo a esta Portaria.
Nesta esteira, a função pode ser entendida como o maior nível de agre-
gação das áreas de atuação do setor público, enquanto as subfunções são
vistas como desdobramentos dessas grandes áreas de atuação.
d) operações especiais, as despesas que não contribuem para a manutenção das ações
de governo, das quais não resulta um produto, e não geram contraprestação direta sob a
forma de bens ou serviços.
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Orçamento público
§2.º Até a entrada em vigor da lei complementar a que se refere o art. 165, §9.º, I e II, serão
obedecidas as seguintes normas:
I - o projeto do plano plurianual, para vigência até o final do primeiro exercício financeiro
do mandato presidencial subsequente, será encaminhado até quatro meses antes do
encerramento do primeiro exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento
da sessão legislativa;
II - o projeto de lei de diretrizes orçamentárias será encaminhado até oito meses e meio
antes do encerramento do exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento
do primeiro período da sessão legislativa;
III - o projeto de lei orçamentária da União será encaminhado até quatro meses antes
do encerramento do exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento da
sessão legislativa.
Por fim, destaca-se, mais uma vez, o texto Constitucional que define a
obrigatoriedade da votação dos projetos de lei orçamentária e, em especial,
a Lei de Diretrizes Orçamentárias:
Art. 57. O Congresso Nacional reunir-se-á, anualmente, na Capital Federal, de 2 de
fevereiro a 17 de julho e de 1.º de agosto a 22 de dezembro. (Redação dada pela Emenda
Constitucional n.º 50, de 2006)
§1.º As reuniões marcadas para essas datas serão transferidas para o primeiro dia útil
subsequente, quando recaírem em sábados, domingos ou feriados.
§2º A sessão legislativa não será interrompida sem a aprovação do projeto de lei de
diretrizes orçamentárias.
Diante das exigências legais, o ciclo orçamentário tem início com a ela-
boração da proposta orçamentária, passando pela apreciação por parte do
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Orçamento público
Poder Legislativo, seguindo para veto ou sanção por parte do Poder Execu-
tivo e por fim a entrada em vigência e a execução, conforme detalhamento
a seguir:
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Orçamento público
I - o plano plurianual;
II - as diretrizes orçamentárias;
III - os orçamentos anuais.
§1.º A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes,
objetivos e metas da administração pública federal para as despesas de capital e outras
delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada.
[...]
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Orçamento público
I - o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades
da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder
Público;
II - o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente,
detenha a maioria do capital social com direito a voto;
III - o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela
vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações
instituídos e mantidos pelo Poder Público.
§7.º Os orçamentos previstos no §5.º, I e II, deste artigo, compatibilizados com o plano
plurianual, terão entre suas funções a de reduzir desigualdades inter-regionais, segundo
critério populacional.
§2.º As emendas serão apresentadas na Comissão mista, que sobre elas emitirá parecer, e
apreciadas, na forma regimental, pelo Plenário das duas Casas do Congresso Nacional.
Nos parágrafo 3.º e 4.º do artigo 166 temos as limitações, sendo possível,
de acordo com o texto constitucional, a apresentação de emendas aos orça-
mentos, conforme segue:
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Orçamento público
§3.º As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem
somente podem ser aprovadas caso:
§4.º As emendas ao projeto de lei de diretrizes orçamentárias não poderão ser aprovadas
quando incompatíveis com o plano plurianual.
Isso faz com que, para haver a alteração dos valores fixados como despe-
sa, devam existir as condições favoráveis para isso, isto é, deve haver a fonte
dos recursos necessários para dar cobertura à despesa, bem como a neces-
sidade da materialização da despesa insuficientemente fixada ou mesmo
inexistente na LOA.
De acordo com a Lei 4.320/64 os créditos adicionais são valores que são
adicionados ao orçamento original, por motivo de não terem sido original-
mente incluídos no orçamento ou também por motivo de terem sido incluí-
dos no orçamento, mas de forma insuficiente.
Art. 44. Os créditos extraordinários serão abertos por decreto do Poder Executivo, que
deles dará imediato conhecimento ao Poder Legislativo.
Por fim, o referido instrumento legal cita, no artigo 43, quais são os recur-
sos considerados hábeis para a abertura de créditos adicionais, desde que
não comprometidos, sendo:
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Orçamento público
Apesar de ser uma lei anterior à Constituição Federal de 1988, foi per-
feitamente recepcionada pela CF, por não conflitar com os princípios
constitucionais.
receitas correntes;
receitas de capital.
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Orçamento público
tributária;
de contribuições;
patrimonial;
agropecuária;
industrial;
de serviços;
da constituição de dívidas;
Despesa – artigos 12 ao 21
De acordo com a Lei 4.320/64, a despesa orçamentária será classificada
nas seguintes categorias econômicas:
despesas correntes;
despesas de capital.
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Orçamento público
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Orçamento público
Art. 52. São objeto de lançamento os impostos diretos e quaisquer outras rendas com
vencimento determinado em lei, regulamento ou contrato.
Art. 53. O lançamento da receita é ato da repartição competente, que verifica a procedência
do crédito fiscal e a pessoa que lhe é devedora e inscreve o débito desta.
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Orçamento público
Art. 59. O empenho da despesa não poderá exceder o limite dos créditos concedidos.
§2.º Será feito por estimativa o empenho da despesa cujo montante não se possa
determinar.
Art. 61. Para cada empenho será extraído um documento denominado Nota de Empenho
que indicará o nome do credor, a representação e a importância da despesa, bem como a
dedução desta do saldo da dotação própria.
Art. 62. O pagamento da despesa só será efetuado quando ordenado após sua regular
liquidação.
Art. 63. A liquidação da despesa consiste na verificação do direito adquirido pelo credor
tendo por base os títulos e documentos comprobatórios do respectivo crédito.
§2.º A liquidação da despesa por fornecimentos feitos ou serviços prestados terá por base:
Art. 64. A ordem de pagamento é o despacho exarado por autoridade competente, de-
terminando que a despesa seja paga.
Art. 65. O pagamento da despesa será efetuado por tesouraria ou pagadoria regularmente
instituídos por estabelecimentos bancários credenciados e, em casos excepcionais, por
meio de adiantamento.
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Orçamento público
Contabilidade – artigos 80 ao 89
A Lei 4.320/64 determina que os serviços de contabilidade serão organi-
zados de forma a permitirem o acompanhamento da execução orçamentá-
ria, o conhecimento da composição patrimonial, a determinação dos custos
dos serviços industriais, o levantamento dos balanços gerais, a análise e a in-
terpretação dos resultados econômicos e financeiros, evidenciando os fatos
ligados à administração orçamentária, financeira, patrimonial e industrial.
101/2000 (LRF)
A Lei Complementar 101/2000 – Lei de Responsabilidade Fiscal – esta-
belece normas de finanças públicas voltadas à responsabilidade na gestão
fiscal e dá outras providências, trata em seu conteúdo sobre os pressupostos
para a elaboração e controle dos orçamentos públicos.
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Orçamento público
Orçamento público
(SIQUEIRA, 2010)
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Orçamento público
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Orçamento público
de forças, de pressão e de prestígio, que nem sempre tem a ver com o verda-
deiro interesse público. Por isso, é sempre bom “fazer boa política com aque-
les caras do orçamento”.
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Orçamento público
Atividades de aplicação
1. Os créditos adicionais, valores que se adicionam ou acrescem ao orça-
mento, são classificados em suplementares, especiais e extraordiná-
rios. Sobre esses créditos, pode-se afirmar que:
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Orçamento público
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Orçamento público
Gabarito
1. E
2 C
3. D
Referências
BRASIL. Lei 4.320, de 17 de março de 1964. Disponível em: <www.planalto.gov.br/
ccivil_03/Leis/>. Acesso em: 1 set. 2010.
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A contabilidade aplicada
ao setor público
Princípio da entidade
Resolução CFC 750/93:
Art. 4.º O Princípio da entidade reconhece o Patrimônio como objeto da Contabilidade
e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciação de um Patrimônio
particular no universo dos patrimônios existentes, independentemente de pertencer a
uma pessoa, um conjunto de pessoas, uma sociedade ou instituição de qualquer natureza
ou finalidade, com ou sem fins lucrativos. Por consequência, nesta acepção, o Patrimônio
não se confunde com aqueles dos seus sócios ou proprietários, no caso de sociedade ou
instituição.
Parágrafo único – O patrimônio pertence à entidade, mas a recíproca não é verdadeira. A
soma ou agregação contábil de patrimônios autônomos não resulta em nova entidade,
mas numa unidade de natureza econômico-contábil.
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A contabilidade aplicada ao setor público
Princípio da continuidade
Resolução CFC 750/93,
Art. 5.º O Princípio da Continuidade pressupõe que a Entidade continuará em operação
no futuro e, portanto, a mensuração e a apresentação dos componentes do patrimônio
levam em conta esta circunstância.
Princípio da oportunidade
Resolução CFC 750/93,
Art. 6.º O Princípio da Oportunidade refere-se ao processo de mensuração e apresentação
dos componentes patrimoniais para produzir informações íntegras e tempestivas.
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A contabilidade aplicada ao setor público
I - custo histórico. Os ativos são registrados pelos valores pagos ou a serem pagos em
caixa ou equivalentes de caixa ou pelo valor justo dos recursos que são entregues para
adquiri-los na data da aquisição. Os passivos são registrados pelos valores dos recursos
que foram recebidos em troca da obrigação ou, em algumas circunstâncias, pelos valores
em caixa ou equivalentes de caixa, os quais serão necessários para liquidar o passivo no
curso normal das operações; e
II - variação do custo histórico. Uma vez integrado ao patrimônio, os componentes
patrimoniais, ativos e passivos, podem sofrer variações decorrentes dos seguintes
fatores:
I - a moeda, embora aceita universalmente como medida de valor, não representa unidade
constante em termos do poder aquisitivo;
II - para que a avaliação do patrimônio possa manter os valores das transações originais, é
necessário atualizar sua expressão formal em moeda nacional, a fim de que permaneçam
substantivamente corretos os valores dos componentes patrimoniais e, por consequência,
o do Patrimônio Líquido; e
III - a atualização monetária não representa nova avaliação, mas tão somente o ajustamento
dos valores originais para determinada data, mediante a aplicação de indexadores ou
outros elementos aptos a traduzir a variação do poder aquisitivo da moeda nacional em
um dado período.
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A contabilidade aplicada ao setor público
Nos registros dos atos e fatos contábeis será considerado o valor original dos compo-
nentes patrimoniais.
Valor Original, que ao longo do tempo não se confunde com o custo histórico,
corresponde ao valor resultante de consensos de mensuração com agentes internos ou
externos, com base em valores de entrada – a exemplo de custo histórico, custo histórico
corrigido e custo corrente; ou valores de saída – a exemplo de valor de liquidação, valor
de realização, valor presente do fluxo de benefício do ativo e valor justo.
Princípio da competência
Resolução CFC 750/93,
Art. 9.º O Princípio da Competência determina que os efeitos das transações e outros
eventos sejam reconhecidos nos períodos a que se referem, independentemente do
recebimento ou pagamento.
Os atos e os fatos que afetam o patrimônio público devem ser contabilizados por
competência, e os seus efeitos devem ser evidenciados nas Demonstrações Contábeis
do exercício financeiro com o qual se relacionam, complementarmente ao registro
orçamentário das receitas e das despesas públicas.
Princípio da prudência
Resolução CFC 750/93,
Art. 10. O Princípio da prudência determina a adoção do menor valor para os componentes
do ativo e do maior para os do passivo, sempre que se apresentem alternativas igualmente
válidas para a quantificação das mutações patrimoniais que alterem o patrimônio
líquido.
66
A contabilidade aplicada ao setor público
67
A contabilidade aplicada ao setor público
Gestão
patrimonial
69
A contabilidade aplicada ao setor público
Por fim, a Resolução 1.128/2008 que aprovou a NBC T 16.1 indica de forma
clara e inequívoca a classificação a ser dada para a unidade contábil:
10. Unidade Contábil é classificada em:
70
A contabilidade aplicada ao setor público
71
A contabilidade aplicada ao setor público
Legislação aplicada
à contabilidade aplicada ao setor público
Atualmente, a Secretaria do Tesouro Nacional (STN), em conjunto com
outros organismos, entre eles os Tribunais de Contas Estaduais e Municipais,
tem desenvolvido um brilhante trabalho no sentido de normatizar as ações
da contabilidade aplicada ao setor público.
72
A contabilidade aplicada ao setor público
Não é possível deixar de citar neste processo a Lei Federal 4.320/64, que
apesar de ser do ano de 1964 se mostra muito atual, estando ainda em
vigência.
73
A contabilidade aplicada ao setor público
prejuízo à nossa sociedade, que muitas vezes desconhece o uso dos recursos
públicos. A contabilidade pública constitui hoje um dos ramos mais complexos
da contabilidade, mas de menor divulgação, da mesma forma que é reduzido o
número de profissionais especializados na área.
Introdução
A contabilidade pública é tão importante quanto a contabilidade que é
aplicada nas empresas privadas. Ela não deve limitar-se tão somente a pres-
tar contas aos cofres públicos, através de dispositivos legais e constitucionais,
mas buscar transparência nos demonstrativos financeiros. Isso permitiria
que todos os cidadãos pudessem compreender as ações dos governantes e
fizessem uma análise crítica, verificando, assim, a atuação dos vários órgãos
no que diz respeito à subtração de parte do patrimônio público por meio de
tributos.
Materiais e métodos
Este trabalho é uma pesquisa bibliográfica, desenvolvida a partir de mate-
rial já elaborado, principalmente de livros e artigos científicos. O método foi a
análise das diferentes obras e compará-los, até obter-se um contexto harmo-
nioso e sensato para o desenvolvimento deste artigo.
74
A contabilidade aplicada ao setor público
Campo de atuação
Segundo Silva (2004), “a Contabilidade pública está intimamente ligada ao regime
democrático adotado pelos Estados Modernos, pois quando exerce o poder, se
exerce em nome do povo, e todos os aspectos da contabilidade encontram-se em
um ambiente propício para suas elaborações teóricas e para suas aplicações práticas.
Assim todo avanço da autocracia do despotismo implica retrocesso da contabilidade
como integrante do sistema de informações do Governo”.
75
A contabilidade aplicada ao setor público
76
A contabilidade aplicada ao setor público
- Contribuintes
- Eleitores
- Usuário dos serviços
Cidadãos
- Mídia (rádio, televisão, jornal)
- Associações e grupos de defesa do cidadão
- Estudiosos de finanças públicas
- Câmara Federal
Federal - Senado
- Tribunal de Contas da União
- Investidores institucionais
- Fornecedores e prestadores de serviço
Investidores e credores
- Agência de classificação de risco
- Instituições financeiras
77
A contabilidade aplicada ao setor público
Conclusão
Considerando as peculiaridades de suas atividades, a Contabilidade Públi-
ca precisa ser estudada mais a fundo, para que se torne um instrumento de
perfeita eficácia no cumprimento de sua missão e trazer, assim, a transparên-
cia e a clareza de sua execução perante a sociedade.
78
A contabilidade aplicada ao setor público
Atividades de aplicação
1. O exercício financeiro coincidirá com o:
a) ano fiscal.
e) ano civil.
a) I, III, IV e V.
c) I, II, IV e V.
d) I, II, III e V.
e) I, II e V.
79
A contabilidade aplicada ao setor público
Gabarito
1. E
2. B
3. A
Referências
BRASIL. Lei 4.320, de 17 de março de 1964. Disponível em: <www.planalto.gov.br/
ccivil_03/Leis/>. Acesso em: 24 ago. 2010.
BRASIL. Lei 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Novo Código Civil. Disponível em:
<www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/>. Acesso em: 24 ago. 2010.
80
A contabilidade aplicada ao setor público
KOHAMA, Helio. Contabilidade Pública: teoria e prática. 8. ed. São Paulo: Atlas,
2001.
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. 35. ed. São Paulo: Ma-
lheiros, 2009.
81
Estudo da receita
e da despesa pública
Receita pública
Do ponto de vista da administração pública, os ingressos de recursos
podem ser considerados como orçamentários ou extraorçamentários. Essa
classificação é de vital importância, na medida em que influencia toda a fase
de contabilização dos ingressos de recursos na administração pública.
Conceitos
Os ingressos de recursos na administração pública podem ser vistos sob
o aspecto orçamentário, isto é, todo ingresso de recursos que irá fazer frente
à despesa orçamentária pública é considerado um ingresso orçamentário e
por consequência é considerado uma receita orçamentária.
Por outro lado a mesma receita que faz frente à despesa orçamentária,
isto é à receita orçamentária, também poderá ocasionar aumento da situa-
83
Estudo da receita e da despesa pública
84
Estudo da receita e da despesa pública
blico, não sendo possível utilizá-lo para fazer frente à despesa pública.
Logo, é considerado um ingresso de natureza extra -orçamentária.
a) Receitas são aumentos nos benefícios econômicos durante o período contábil sob a forma
de entrada de recursos ou aumento de ativos ou diminuição de passivos, que resultem em
aumento do patrimônio líquido e que não sejam provenientes de aporte dos proprietários
da entidade.
85
Estudo da receita e da despesa pública
Art. 9.º O Princípio da Competência determina que os efeitos das transações e outros
eventos sejam reconhecidos nos períodos a que se referem, independentemente do
recebimento ou pagamento.
receitas correntes;
receitas de capital;
Receitas correntes
São os ingressos de recursos financeiros oriundos das atividades normais,
operacionais da entidade e que vão, normalmente, fazer frente às despesas
correntes, buscando o atingimento dos objetivos elencados no PPA, na LDO
e na LOA.
87
Estudo da receita e da despesa pública
88
Estudo da receita e da despesa pública
Também temos:
Receitas de capital
São ingressos de recursos provenientes de atividades que não são cor-
riqueiras nas entidades públicas como a venda de um bem de capital ou a
obtenção de empréstimos de organismos financiadores, nos termos do §2.º
do artigo 11 da Lei 4.320/64:
Art.11. [...]
89
Estudo da receita e da despesa pública
Também temos:
90
Estudo da receita e da despesa pública
A ilustração a seguir sintetiza essas fases da receita pública. (MINISTÉRIO DA FAZENDA, 2008)
CLASSIFICAÇÃO
DESTINAÇÃO
91
Estudo da receita e da despesa pública
Contudo, a Lei 4.320/64 define de outro modo tais estágios, sendo eles:
previsão, lançamento, arrecadação e recolhimento, conforme podemos ler nos
artigos que seguem. Na sequência, descrevemos cada uma dessas fases.
Art. 51. Nenhum tributo será exigido ou aumentado sem que a lei o estabeleça, nenhum
será cobrado em cada exercício sem prévia autorização orçamentária, ressalvados a tarifa
aduaneira e o imposto lançado por motivo de guerra
Art. 52. São objeto de lançamento os impostos diretos e quaisquer outras rendas com
vencimento determinado em lei, regulamento ou contrato.
Art. 53. O lançamento da receita é ato da repartição competente, que verifica a procedência
do crédito fiscal e a pessoa que lhe é devedora e inscreve o débito desta.
Art. 39. Os créditos da Fazenda Pública, de natureza tributária ou não tributária, serão
escriturados como receita do exercício em que forem arrecadados, nas respectivas
rubricas orçamentárias.
Art. 55. Os agentes da arrecadação devem fornecer recibos das importâncias que
arrecadarem.
§1.º Os recibos devem conter o nome da pessoa que paga a soma arrecadada, proveniência
e classificação, bem como a data e assinatura do agente arrecadador.
92
Estudo da receita e da despesa pública
9 – Recursos condicionados
93
Estudo da receita e da despesa pública
Dívida ativa
O artigo 39 da Lei 4.320/64 traz a definição clara de dívida ativa, conforme
segue:
Art. 39. Os créditos da Fazenda Pública, de natureza tributária ou não tributária, serão
escriturados como receita do exercício em que forem arrecadados, nas respectivas
rubricas orçamentárias.
§1.º Os créditos de que trata este Art., exigíveis pelo transcurso do prazo para pagamento,
serão inscritos, na forma da legislação própria, como Dívida Ativa, em registro próprio,
após apurada a sua liquidez e certeza, e a respectiva receita será escriturada a esse título.
§2.º Dívida Ativa Tributária é o crédito da Fazenda Pública dessa natureza, proveniente
de obrigação legal relativa a tributos e respectivos adicionais e multas, e Dívida Ativa
Não Tributária são os demais créditos da Fazenda Pública, tais como os provenientes de
empréstimos compulsórios, contribuições estabelecidas em lei, multas de qualquer origem
ou natureza, exceto as tributárias, foros, laudêmios, aluguéis ou taxas de ocupação, custas
processuais, preços de serviços prestados por estabelecimentos públicos, indenizações,
reposições, restituições, alcances dos responsáveis definitivamente julgados, bem assim
os créditos decorrentes de obrigações em moeda estrangeira, de sub-rogação de hipoteca,
fiança, aval ou outra garantia, de contratos em geral ou de outras obrigações legais.
Portanto, verifica-se que a receita exigível, e que não foi arrecadada no de-
correr do exercício, deverá obrigatoriamente ser registrada como dívida ativa,
sendo que esta tem presunção de liquidez, tornando-se um direito a receber.
Despesa pública
Na administração pública, os dispêndios de recursos podem ser consi-
derados como despesas. Dessa forma, conhecer os conceitos, a legislação
acerca do assunto, é muito importante para a formação da base conceitual
para a análise e interpretação dos demonstrativos emanados da contabilida-
de aplicada ao setor público.
Conceitos
Aliomar Baleeiro (2002) apresenta o conceito de despesa pública que é
amplamente aceito entre os estudiosos do assunto:
[...] o conjunto dos dispêndios do Estado, ou de outra pessoa de direito público, para o
funcionamento dos serviços públicos... ; ou; [...] a aplicação de certa quantia, em dinheiro,
94
Estudo da receita e da despesa pública
Dessa forma, é por meio das despesas que o Poder Público vai dar conse-
cução aos seus objetivos, que, em última análise, concorrem para a satisfa-
ção das necessidades da população.
Dispêndios orçamentários
e extraorçamentários
Igualmente à receita pública, a despesa pública tem relação com a Lei
Orçamentária Anual (LOA), sendo classificada como:
despesas orçamentárias;
despesas extraorçamentárias.
pagamento de consignações.
[...]
Lei 4.320/64:
Art. 85. Os serviços de contabilidade serão organizados de forma a permitirem o acom-
panhamento da execução orçamentária, o conhecimento da composição patrimonial, a
determinação dos custos dos serviços industriais, o levantamento dos balanços gerais, a
análise e a interpretação dos resultados econômicos e financeiros.
96
Estudo da receita e da despesa pública
Classificação institucional
Tem como objetivo evidenciar as diversas unidades administrativas que
são responsáveis pela execução da despesa. Dessa forma, dentro de um
mesmo ente da federação podemos identificar o órgão e a sua unidade que
são responsáveis pelas despesas. É uma forma de gerenciamento da despesa
pública, atribuindo o valor despendido a quem realmente realiza o gasto.
XX YYY
Órgão Unidade
Classificação funcional
Permite a vinculação das dotações orçamentárias às várias áreas de atua-
ção do governo conforme o planejamento estabelecido, indicando os objeti-
vos para cada uma delas e também as ações necessárias ao atendimento de
tais metas da administração pública. Serve como um catalisador dos gastos
públicos por área de ação do governo e é condição inicial para a implantação
do orçamento-programa.
Nos parágrafos 1.º , 2.º e 3.º do artigo 1.º da Portaria SOF 42/99, temos os
seguintes conceitos:
Art. 1.º [...]
§1.º Como função, deve entender-se o maior nível de agregação das diversas áreas de
despesa que competem ao setor público.
§2.º A função “Encargos Especiais” engloba as despesas em relação às quais não se possa
associar um bem ou serviço a ser gerado no processo produtivo corrente, tais como:
dívidas, ressarcimentos, indenizações e outras afins, representando, portanto, uma
agregação neutra.
99
Estudo da receita e da despesa pública
XX YYY
Função Subfunção
Funções Subfunções
Estrutura programática
Dada a partir da evolução da classificação funcional-programática, passou
a ser adotada, no âmbito da União, no ano de 1999, com a elaboração do
Plano Plurianual (PPA) para o período de 2000 a 2004 e para a Lei Orçamen-
tária Anual (LOA) de 2000, visando, basicamente, ser um elo entre o planeja-
mento e o orçamento, dando atendimento aos anseios da população através
de programas e ações, classificadas em projetos, atividades e operações es-
peciais, sendo:
100
Estudo da receita e da despesa pública
Onde:
101
Estudo da receita e da despesa pública
Para dar atendimento aos preceitos da LRF, foi publicada a Portaria Inter-
ministerial SOF/STN n.º 163/2001 e suas alterações, na qual consta a classifi-
cação da despesa segundo sua natureza, o que esclarecemos a seguir.
investimentos;
inversões financeiras;
amortização da dívida.
102
Estudo da receita e da despesa pública
Créditos adicionais
Pode ser que o valor da despesa autorizado no orçamento público (LOA)
seja insuficiente ou que até mesmo a despesa não tenha sido fixada original-
mente no orçamento.
planejamento;
execução;
controle e avaliação.
Planejamento
É a fase da despesa onde é feito todo o planejamento dos gastos a serem
realizados, com a finalidade de alcançar os objetivos contidos no planeja-
mento público. É a fase da despesa onde temos a elaboração da LOA.
processo de licitação.
103
Estudo da receita e da despesa pública
Fixação da despesa
É a fase da despesa onde temos a elaboração da LOA, pois neste estão
contidas todas as despesas orçamentárias.
[...]
Art. 9.º Se verificado, ao final de um bimestre, que a realização da receita poderá não
comportar o cumprimento das metas de resultado primário ou nominal estabelecidas
no Anexo de Metas Fiscais, os Poderes e o Ministério Público promoverão, por ato
próprio e nos montantes necessários, nos trinta dias subsequentes, limitação de
empenho e movimentação financeira, segundo os critérios fixados pela lei de diretrizes
orçamentárias.
104
Estudo da receita e da despesa pública
Licitação
Nos termos do artigo 3.º da Lei Federal 8.666/93 temos:
Art. 3.º A licitação destina-se a garantir a observância do princípio constitucional da
isonomia, a seleção da proposta mais vantajosa para a administração e a promoção do
desenvolvimento nacional, e será processada e julgada em estrita conformidade com
os princípios básicos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da
publicidade, da probidade administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, do
julgamento objetivo e dos que lhes são correlatos.
Execução
Os estágios da execução da despesa orçamentária pública na forma pre-
vista na Lei 4.320/64 são: empenho, liquidação e pagamento.
Empenho
Segundo o artigo 58 da Lei 4.320/64:
Art. 58. O empenho de despesa é o ato emanado de autoridade competente que cria para
o Estado obrigação de pagamento pendente ou não de implemento de condição”.
§2.º Será feito por estimativa o empenho da despesa cujo montante não se possa
determinar.
Art. 61. Para cada empenho será extraído um documento denominado “nota de empenho”
que indicará o nome do credor, a representação e a importância da despesa bem como a
dedução desta do saldo da dotação própria.
105
Estudo da receita e da despesa pública
Liquidação
De acordo com artigo 63 da Lei 4.320/64 temos:
Art. 63. A liquidação da despesa consiste na verificação do direito adquirido pelo credor
tendo por base os títulos e documentos comprobatórios do respectivo crédito.
§2.º A liquidação da despesa por fornecimentos feitos ou serviços prestados terá por
base:
Pagamento
A fase do pagamento da despesa orçamentária consiste na transferência
dos recursos ao credor, após a regular liquidação da despesa orçamentária.
Controle e avaliação
Essa etapa da despesa consiste em todo controle exercido pela sociedade
e pelos órgãos de controle externo, relativamente à boa aplicação dos recur-
sos públicos.
Restos a pagar
As despesas empenhadas e não pagas no encerramento do exercício fi-
nanceiro devem ser inscritas em restos a pagar.
106
Estudo da receita e da despesa pública
Parágrafo único. Os empenhos que sorvem à conta de créditos com vigência plurienal,
que não tenham sido liquidados, só serão computados como Restos a Pagar no último
ano de vigência do crédito.
É bom lembrar que a LRF veda ao gestor público, no último ano de man-
dato, deixar em estoque restos a pagar sem a devida provisão de caixa para
o próximo gestor pagar.
107
Estudo da receita e da despesa pública
108
Estudo da receita e da despesa pública
Educação
Professor de Finanças Públicas da UnB, Piscitelli afirma ainda que a Educa-
ção receberá mais recursos por causa do fim da Desvinculação das Receitas
da União (DRU – Mecanismo criado por emenda constitucional que permite
a desvinculação de 20% das receitas da União. Segundo o governo, o excesso
de vinculações no Orçamento Geral da União cresceu nos últimos anos, o que
levou a União a se endividar no mercado para pagamento de despesas obri-
gatórias quando dispunha de recursos sobrando em outros itens. Por isso foi
criado o Fundo Social de Emergência (FSE), depois transformado em Fundo
de Estabilização Fiscal (FEF) e finalmente DRU) para o setor. A DRU retirava
20% das receitas antes que fosse separado o piso constitucional de 18% que
deve ser destinado à Educação. “A DRU reduziu consideravelmente os recur-
sos destinados à Educação nos últimos 15 anos – estima-se que houve uma
perda de R$ 100 bilhões. O fim da desvinculação irá representar um acréscimo
considerável de recursos. Acho que o ano de 2011 poderá ser o ano da Edu-
cação”, argumenta.
109
Estudo da receita e da despesa pública
Atividades de aplicação
1. Assinale a opção que indica a ocorrência de restos a pagar processados.
3. Os restos a pagar:
110
Estudo da receita e da despesa pública
a) receitas correntes.
b) receitas patrimoniais.
c) receitas de capital.
d) receitas industriais.
Gabarito
1. D
2. A
3. C
4. C
Referências
BALEEIRO, Aliomar. Uma Introdução à Ciência das Finanças. 16. ed. Rio de Ja-
neiro: Forense, 2002.
111
Estudo da receita e da despesa pública
112
Sistemas de escrituração
e os demonstrativos contábeis
aplicados ao setor público
115
Sistemas de escrituração e os demonstrativos contábeis aplicados ao setor público
§1.º Consideram-se recursos para o fim deste artigo, deste que não comprometidos;
[...]
§2º Entende-se por superávit financeiro a diferença positiva entre o ativo financeiro e o
passivo financeiro, conjugando-se, ainda, os saldos dos créditos adicionais transferidos e
as operações de crédito a eles vinculadas.
b) avaliação dos resultados obtidos na execução dos programas de trabalho com relação
à economicidade, à eficiência, à eficácia e à efetividade;
Registro contábil
Segundo a Resolução CFC 1.132/2008, que aprova a NBC T 16.5 – Registro
Contábil, “registro contábil deve ser feito pelo método das partidas dobradas,
em idioma e moeda corrente nacionais, em livros ou meios eletrônicos que
permitam a identificação e o seu arquivamento de forma segura” e nos res-
pectivos subsistemas contábeis, conforme sua natureza seja orçamentária,
financeira, patrimonial e de compensação, aplicando-se procedimentos uni-
formes de registros contábeis, “por meio de processo manual, mecanizado ou
eletrônico, em rigorosa ordem cronológica, como suporte às informações”.
Comparabilidade
Compreensibilidade
Confiabilidade
Fidedignidade
Imparcialidade
Integridade
Objetividade
Representatividade
Tempestividade
Uniformidade
Utilidade
117
Sistemas de escrituração e os demonstrativos contábeis aplicados ao setor público
Verificabilidade
Visibilidade
Ativo
Passivo
119
Sistemas de escrituração e os demonstrativos contábeis aplicados ao setor público
Controles devedores
Controles credores
Ativo Não Circulante: compreende os demais ativos não classificados como circulante
segregado em ativo realizável a longo prazo, investimentos, imobilizado e intangível.
(MANUAL TÉCNICO DE CONTABILIDADE APLICADA AO SETOR PÚBLICO, 2009, VOLUME III)
120
Sistemas de escrituração e os demonstrativos contábeis aplicados ao setor público
Por fim, temos a classe de controles credores que visam controlar a execu-
ção dos atos potenciais, isto é, aqueles atos que podem alterar a situação do
patrimônio da entidade como, por exemplo, a execução da administração
financeira, a execução da dívida ativa, a apuração de custos.
121
Sistemas de escrituração e os demonstrativos contábeis aplicados ao setor público
122
Sistemas de escrituração e os demonstrativos contábeis aplicados ao setor público
Código Título
7.3 Dívida ativa
7.4 Riscos fiscais
7.5 Custos
7.6 Outros controles
8 Controles credores
8.1 Execução dos atos potenciais
8.2 Execução da administração financeira
8.3 Execução da dívida ativa
8.4 Execução dos riscos fiscais
8.5 Apuração de custos
8.6 Outros controles
Balanço orçamentário
O artigo 102 da Lei 4.320/64 determina que o balanço orçamentário evi-
dencia as receitas previstas e as despesas fixadas em confronto com as recei-
tas e as despesas realizadas, conforme segue:
Art. 102. O balanço orçamentário demonstrará as receitas e despesas previstas em
confronto com as realizadas.”
123
Sistemas de escrituração e os demonstrativos contábeis aplicados ao setor público
124
Sistemas de escrituração e os demonstrativos contábeis aplicados ao setor público
125
Sistemas de escrituração e os demonstrativos contábeis aplicados ao setor público
AMORTIZAÇÃO DA DÍVIDA/ –
REFINANCIAMENTO (VII)
Amortização da Dívida Interna
Dívida Mobiliária
Outras Dívidas
Amortização da Dívida Externa
Dívida Mobiliária
Outras Dívidas
126
Sistemas de escrituração e os demonstrativos contábeis aplicados ao setor público
127
Sistemas de escrituração e os demonstrativos contábeis aplicados ao setor público
Balanço financeiro
O artigo 103 da Lei 4.320/64 traz de forma clara e inequívoca a finalidade
e a composição do balanço financeiro, conforme segue:
Art. 103. O balanço financeiro demonstrará a receita e a despesa orçamentárias, bem
como os recebimentos e os pagamentos de natureza extraorçamentária, conjugados com
os saldos em espécie proveniente do exercício anterior, e os que se transferem para o
exercício seguinte.
128
Sistemas de escrituração e os demonstrativos contábeis aplicados ao setor público
129
Sistemas de escrituração e os demonstrativos contábeis aplicados ao setor público
TOTAL TOTAL
27. As variações qualitativas são decorrentes de transações no setor público que alteram a
composição dos elementos patrimoniais sem afetar o patrimônio líquido.
132
Sistemas de escrituração e os demonstrativos contábeis aplicados ao setor público
(MINISTÉRIO DA FAZENDA –
TESOURO NACIONAL, 2009)
VARIAÇÕES PATRIMONIAIS QUALITATIVAS
(Decorrentes da execução orçamentária)
Exercício Exercício
Atual Anterior
Incorporação de ativo
Desincorporação de passivo
Incorporação de passivo
Desincorporação de ativo
Variações quantitativas
Como variações quantitativas temos aquelas que decorrem de fatos con-
tábeis que causam um aumento ou diminuição da situação líquida da enti-
dade, sendo classificadas em variações patrimoniais aumentativas e varia-
ções patrimoniais diminutivas.
134
Sistemas de escrituração e os demonstrativos contábeis aplicados ao setor público
Tributos e contribuições
Financeiras
Transferências
Pessoal e encargos
Benefícios previdenciários
Benefícios assistenciais
Financeiras
Transferências
Tributos e contribuições
Variações qualitativas
Correspondem às decorrentes da execução orçamentária que consiste
em incorporação e desincorporação de ativos, bem como incorporação e
desincorporação de passivos. São fatos permutativos.
135
Sistemas de escrituração e os demonstrativos contábeis aplicados ao setor público
Balanço patrimonial
O balanço patrimonial é a demonstração que evidencia, em uma deter-
minada data, a situação patrimonial de uma entidade, trazendo em seu con-
teúdo as contas de ativo, passivo, patrimônio líquido, além das contas de
compensação.
(b) Passivos são obrigações presentes da entidade, derivadas de eventos passados, cujos
pagamentos se esperam que resultem para a entidade saídas de recursos capazes de
gerar benefícios econômicos ou potencial de serviços;
(c) Patrimônio Líquido é o valor residual dos ativos da entidade depois de deduzidos todos
seus passivos. (Redação dada pela Resolução CFC n.º 1.268/2009)
9. Os demais passivos devem ser classificados como não circulante. (RESOLUÇÃO CFC N.º
1.129/2008)
136
Sistemas de escrituração e os demonstrativos contábeis aplicados ao setor público
§5.º Nas contas de compensação serão registrados os bens, valores, obrigações e situações
não compreendidas nos parágrafos anteriores e que, imediata ou indiretamente, possam
vir a afetar o patrimônio.
137
Sistemas de escrituração e os demonstrativos contábeis aplicados ao setor público
138
Sistemas de escrituração e os demonstrativos contábeis aplicados ao setor público
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Exercício Exercício
ESPECIFICAÇÃO Atual Anterior
Patrimônio Social/Capital Social
Reservas de Capital
Ajustes de Avaliação Patrimonial
Reservas de Lucros
Resultados Acumulados
Ações/Cotas em Tesouraria
TOTAL DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO
TOTAL TOTAL
Compensações
(MINISTÉRIO DA FAZENDA –
TESOURO NACIONAL, 2009)
ESPECIFICAÇÃO ESPECIFICAÇÃO
Exercício Exercício Exercício Exercício
Saldo dos Atos Saldo dos Atos
Atual Anterior Atual Anterior
Potenciais do Ativo Potenciais do Passivo
TOTAL TOTAL
139
Sistemas de escrituração e os demonstrativos contábeis aplicados ao setor público
31. A Demonstração dos Fluxos de Caixa deve ser elaborada pelo método direto ou indireto
e evidenciar as movimentações havidas no caixa e seus equivalentes, nos seguintes fluxos:
a) das operações;
b) dos investimentos; e
c) dos financiamentos.
140
Sistemas de escrituração e os demonstrativos contábeis aplicados ao setor público
INGRESSOS
RECEITAS DERIVADAS
Receita Tributária
Receita de Contribuições
Outras Receitas Derivadas
RECEITAS ORIGINÁRIAS
Receita Patrimonial
Receita Agropecuária
Receita Industrial
Receita de Serviços
Outras Receitas Originárias
Remuneração das Disponibilidades
TRANSFERÊNCIAS
Intergovernamentais
a Estados
a Municípios
Intragovernamentais
141
Sistemas de escrituração e os demonstrativos contábeis aplicados ao setor público
INGRESSOS
ALIENAÇÃO DE BENS
AMORTIZAÇÃO DE EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS CONCEDIDOS
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Sistemas de escrituração e os demonstrativos contábeis aplicados ao setor público
INGRESSOS
OPERAÇÕES DE CRÉDITO
DESEMBOLSOS
AMORTIZAÇÃO/REFINANCIAMENTO DA DÍVIDA
FLUXO DE CAIXA LÍQUIDO DAS ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO
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Sistemas de escrituração e os demonstrativos contábeis aplicados ao setor público
Capital social
Reservas de capital
Reservas de lucros
Ações/cotas em tesouraria
Resultados acumulados
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Quadro 7 – Modelo de demonstração das mutações no patrimônio líquido
<ENTE DA FEDERAÇÃO>
Constituição/reversão de reservas
Dividendos
Saldo final exercício anterior
Saldo inicial exercício atual
Ajustes de exercícios anteriores
Aumento de capital
Resultado do exercício
Constituição/reversão de reservas
Dividendos
Saldo final exercício atual
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Sistemas de escrituração e os demonstrativos contábeis aplicados ao setor público
a) receita econômica dos serviços prestados e dos bens ou dos produtos fornecidos;
37. A receita econômica é o valor apurado a partir de benefícios gerados à sociedade pela
ação pública, obtido por meio da multiplicação da quantidade de serviços prestados,
bens ou produtos fornecidos, pelo custo de oportunidade.
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Receita Econômica (RE) – valor apurado a partir de benefícios gerados à sociedade pela
ação pública, obtido por meio da multiplicação da quantidade de Serviços Prestados (N),
bens ou produtos fornecidos, pelo Custo de Oportunidade (CO), daí: RE = N x CO.
Custo de Execução (CE) – valor econômico despendido pela Entidade na ação objeto da
apuração do Resultado Econômico Apurado. É dividido em custos diretos e indiretos.
(MANUAL DE CONTABILIDADE APLICADA AO SETOR PÚBLICO, 2009, VOLUME V)
REA = RE – CE, ou
REA = (N*CO) – CE
Notas explicativas
As notas explicativas têm como objetivo fornecer informações comple-
mentares e relevantes a todos os interessados, não têm uma formatação
padrão, devendo ser elaboradas de acordo com as necessidades de esclare-
cimentos adicionais de cada entidade.
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Estimativas realizadas;
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Sistemas de escrituração e os demonstrativos contábeis aplicados ao setor público
Nesses 45 anos é possível verificar que foi o estudo das falhas administra-
tivas (ou os escândalos) que provocaram o aprimoramento da Contabilidade
Pública. Entre eles podemos citar os seguintes:
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Sistemas de escrituração e os demonstrativos contábeis aplicados ao setor público
Atividades de aplicação
1. No balanço patrimonial, não constarão:
a) os restos a pagar.
c) as receitas correntes.
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a) das operações.
b) dos investimentos.
c) dos financiamentos.
Sendo que:
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Sistemas de escrituração e os demonstrativos contábeis aplicados ao setor público
a) I e II estão corretas.
d) I está correta.
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Sistemas de escrituração e os demonstrativos contábeis aplicados ao setor público
Gabarito
1. C
2. B
3. E
4. E
5. A
Referências
BRASIL. Lei 4.320, de 17 de março de 1964. Disponível em: <www.planalto.gov.br/
ccivil_03/Leis/L4320.htm>. Acesso em: 24 ago. 2010.
BRASIL. Lei 6.404, de 15 de dezembro de 1976. Lei das Sociedades por Ações.
Disponível em: <www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L6404consol.htm>. Acesso
em: 15 out. 2010.
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Sistemas de escrituração e os demonstrativos contábeis aplicados ao setor público
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Sistemas de escrituração e os demonstrativos contábeis aplicados ao setor público
SILVA, Lino Martins da. A Nova Contabilidade Pública: patologia dos balanços
públicos. 2009. Disponível em: <http://linomartins.wordpress.com>. Acesso em:
25 out. 2010.
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Anotações
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Anotações
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Anotações
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