Você está na página 1de 69

2ª FASE DA OAB - DIREITO PENAL!

!
PROFESSOR GILBOR MITER JÚNIOR!
!
Whatsapp: (16) 99181-7138!
!
Email: profgilbor@outlook.com!
!
Redes Sociais: Facebook, Instagram, Youtube - Gilbor ou Professor Gilbor!
!
!
BIBLIOGRAFIA!
!
1. VADE MECUM PENAL EDITORA LETRAMENTO OU QUALQUER VADE MECUM
ATUALIZADO!
2. QUALQUER DOUTRINA ATUALIZADA DE DIREITO PENAL E DIREITO PROCESSUAL
PENAL (OU SINOPSE JUSPODIVM)!
!
!
INTRODUÇÃO!
!
→ CONFIANÇA NO PROFESSOR!!!!
!
→ ASSIDUIDADE!!!!
!
→ PRESSUPOSTO QUE O CANDIDATO NÃO SABE NADA!!!!
!
!
O QUE MAIS REPROVA UM CANDIDATO!
!
1. O candidato não acredita no Professor!
2. A prática é diferente da OAB!
3. O aluno só assiste aula!
4. O aluno não faz ou não entrega as atividades para a correção!
!
!
QUANTAS PEÇAS E QUANTAS QUESTÕES?!
!
#Mas qual a mais importante, peça ou questões?!
R: Nenhuma, pois ambas valem 5,0 pontos. !
!
#Por qual devo começar?!
R:!
1º Questões (ler NO MÍNIMO 3 vezes!!!) (reservar as 2 horas iniciais para as questões)!
!
2ª Peça (ler NO MÍNIMO 3 vezes!!!) (reservar as 3 horas finais para a peça)!
!
!
O CANDIDATO SEMPRE DEVE BUSCAR A MELHORA PARA O RÉU? ATENÇÃO PARA AS
TESES DE DIREITO MATERIAL E TESES DE DIREITO PROCESSUAL!
!
!
!
!
1
PONTOS IMPORTANTES PARA A PROVA

!
1. Letra Legível!
2. Não abreviar expressões!
3. Se errar alguma palavra: utilize parênteses na palavra que errou, com um pequeno risco +
vírgula + digo + vírgula e continue escrevendo (ex.: o réu merece ser (condenado), digo,
absolvido…).!
!
!
PEÇAS!
!
1. Relaxamento de Prisão em Flagrante (peça simples)!
2. Requerimento de Liberdade Provisória (peça simples)!
3. Revogação da Liberdade Provisória (peça simples)!
4. Habeas Corpus (peça simples)!
5. Mandado de Segurança (peça simples)!
6. RESPOSTA À ACUSAÇÃO (Defesa Preliminar) (peça simples)!
7. MEMORIAIS (peça simples)!
8. Embargos de Declaração (peça simples)!
9. APELAÇÃO (peça composta)!
10. CONTRARRAZÕES DE APELAÇÃO (peça composta)!
11. RECURSO EM SENTIDO ESTRITO (peça composta)!
12. CONTRARRAZÕES DE RECURSO EM SENTIDO ESTRITO (peça composta)!
13. Requerimento para o Juiz da Vara das Execuções Criminais (peça simples)!
14. AGRAVO EM EXECUÇÃO (peça composta)!
15. EMBARGOS INFRINGENTES E/OU NULIDADE (peça composta)!
16. RECURSO ORDINÁRIO CONSTITUCIONAL (peça composta)!
17. Recurso Especial e Extraordinário (peça composta)!
18. Carta Testemunhável (peça composta)!
19. REVISÃO CRIMINAL (Justificação) (peça simples)!
20. QUEIXA-CRIME (peça simples)!
!
!
DICA PARA SOLUCIONAR QUALQUER PEÇA (RASCUNHO)!
!
O candidato deve responder 5 questões na folha de rascunho:!
!
1. Qual é a peça?!
2. Qual(is) o(s) endereçamento(s)?!
3. Quais as teses? CPP, CP, LE, CF e Súmulas!
4. O que o candidato não pode esquecer na peça?!
5. Qual o artigo para a fundamentação final?!
!
!
#QUEM NUNCA VIU UMA PEÇA?????????!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
2
PEÇA SIMPLES!
!
1. ENDEREÇAMENTO (vide abaixo)!
(escreva 8 linhas, mas pule apenas 2) !
2. PROCESSO Nº !
(2 linhas)!
3. PREÂMBULO:!
a) Nome do cliente com (qualificação completa);!
b) Procuração em anexo;!
c) Nome da peça;!
d) Prazo legal; !
e) Dispositivo legal; e!
f) Descontentamento!
(1 linha)!
4. DOS FATOS

(1 linha)!
5. DO DIREITO (Fundamentação: CPP + CF + CP + Súmulas + Leis Especiais etc..) (Separar
em tópicos) (Preliminar + Mérito)

(1 linha)!
6. Do Pedido (Separar em tópicos e resumir)

(1 linha) (entre os pedidos não pular linhas)!
7. Nesses Termos, Pede Deferimento

(2 linhas)!
8. Local e Data

(2 linhas - escreva 4 linhas)!
9. Espaço para a assinatura e OAB

!
!
!
→ MODELO DE PEÇA SIMPLES PARA A 1ª INSTÂNCIA (VARA CRIMINAL)!
!
!
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA … VARA CRIMINAL DA COMARCA DE …
ESTADO DE …!
!!
(pule 4 linhas - não precisa escrever)!
!
Processo nº…!
!
(pule 2 linhas - não precisa escrever)!
!!
NOME DO CLIENTE, (qualificação completa), por meio de seu
advogado (procuração anexa), vem, muito respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, apresentar
NOME PEÇA, no prazo legal de _________, nos termos do artigo ________, por não se conformar com a r.
decisão, pelos fundamentos de fato e de direito a seguir expostos. !
!
(pule 1 linha - não precisa escrever) 

! 1. DOS FATOS (resuma os fatos do enunciado: de 3 à 4
parágrafos de 5 à 6 linhas, cada)!
!
(pule 1 linha - não precisa escrever)!
!
2. DO DIREITO (aqui você vai colocar as teses de CPP + CP + CF
+ LEIS ESPECIAIS + SÚMULAS) (DIVIDIR AS TESES EM TÓPICOS 2.1, 2.2., 2.3., 2.4. etc.) (1 TÓPICO
PARA CADA TESE) (1 TESE EM CADA PARÁGRAFO)!
3
!2.1. (coloque um título; exemplo: DO FATO TÍPICO. E já comece a
escrever na frente, logo após o ponto final)!
(pule 1 linha quando terminar a tese - não precisa escrever)!
2.2. (da mesma forma acima)!
(pule 1 linha quando terminar a tese - não precisa escrever)!
2.3. (da mesma forma acima)!
(pule 1 linha quando terminar a tese - não precisa escrever)!
! 3. DOS PEDIDOS (TAMBÉM SEPARAR EM TÓPICOS - 3.1., 3.2.,
3.3., etc.) (1 pedido para cada linha(s))!
“Ex positis”, requer-se:!
3.1.!
(se couber no final, pule 1 linha após cada pedido)!
3.2.!
(se couber no final, pule 1 linha após cada pedido)!
3.3.!
!
(pule 1 linha - não precisa escrever)!
!
Nesses Termos,!
Pede Deferimento.!
!
(pule 2 linhas - não precisa escrever)!
!
Local, Data (colocar o prazo se a FGV pedir)!
!
(pule 2 linhas - não precisa escrever)!
!
______________________!
ADVOGADO OAB…!
!!
!!
→ PEÇA COMPOSTA!
!
1. Endereçamento!
(2 linhas) (escreva 8 linhas)!
2. Processo nº …

(2 linhas)!
3. PREÂMBULO:!
a) Nome do cliente com (qualificação completa);!
b) Procuração em anexo;!
c) Nome da peça;!
d) Prazo legal; !
e) Dispositivo legal; e!
f) Descontentamento.!
4. Demonstrar que as razões estão em anexo!
5. Requerer o recebimento + subida/remessa dos autos ao Egrégio Tribunal de Justiça.!
(1 linha)!
6. Nesses Termos, Pede Deferimento.!
(2 linhas) (escreva 4 linhas)!
7. Local e Data!
(4 linhas)!
8. Espaço para a assinatura.!
(duas linhas)!
9. Escrever: RAZÕES DE APELAÇÃO!

4
(2 linhas e começar no canto esquerdo, um embaixo do outro)!
10. Apelante!
11. Apelado!
12. Processo nº

13. Vara de Origem!
(1 linhas e começar no meio da folha)!
14. Formalidade!
a) Endereçamento!
b) Colenda Câmara!
c) Ilustre Desembargador Relator!
d) Nobre Desembargador Revisor (se for reclusão)!
e) Douto Representante do parquet!
(1 linha)!
15. Parágrafo de descontentamento (máximo 3 linhas)!
(1 linha)!
16. Dos Fatos!
(1 linha)!
17. Do Direito (dividir preliminar e mérito e teses em A, B, C, D…)!
(1 linha)!
18. Dos Pedidos (dividir em A, B, C, D…)

(1 linhas)!
19. Nestes Termos, Pede Deferimento.!
(2 linhas)!
20. Local e Data!
(2 linhas) (escreva 4 linhas)!
21. Campo para assinatura (não vai assinar!!!).!
!
!
!
!
→ MODELO DE PEÇA COMPOSTA (principalmente APELAÇÃO)!
!
!
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA … VARA CRIMINAL DA
COMARCA DE … ESTADO DE …!
!
(pule 4 linhas - não precisa escrever)!
!
Processo nº…!
!
(pule 2 linhas - não precisa escrever)!
!
NOME DO CLIENTE, (qualificação completa), por
meio de seu advogado (procuração em anexo), vem, muito respeitosamente, à presença de Vossa
Excelência, apresentar NOME DA PEÇA, no prazo legal de …, nos termos do artigo …, por não
se conformar com a r. decisão que (explicitar em síntese a decisão). !
A Defesa informa que as razões estão em anexo.!
Requer-se, ainda, que o presente recurso seja
recebido e remetido ao Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de .…!
!
(pule 1 linha - não precisa escrever)!
!
Nesses Termos,!
Pede Deferimento.!
!
(pule 2 linhas - não precisa escrever)!
5
!
Local, Data.!
!
(pule 2 linhas - não precisa escrever)!
!
________________________!
ADVOGADO OAB …!
!
(pule 1 linha - não precisa escrever)!
!
RAZÕES DE APELAÇÃO!
!
(pule 1 linha - não precisa escrever)!
!
Recorrente: Nome do Cliente!
Recorrido: Justiça Pública!
Processo de origem nº …!
Vara de origem …!
!
(pule 1 linha)!
!
!
Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de …!
Colenda Câmara!
Ilustre Desembargador Relator!
Douto Representante do “Parquet”!
!
!
(pule 1 linha - não precisa escrever)!
!
Excelências! O Recorrente interpôs o presente
recurso por não se conformar com a r. decisão que (mostrar o inconformismo). !
!
(pule 1 linha - não precisa escrever)!
!
1. DOS FATOS (resuma os fatos do enunciado: de
3 à 4 parágrafos de 5 à 6 linhas, cada)!
!
(pule 1 linha - não precisa escrever)!
!
2. DO DIREITO (colocar as teses de CPP + CP +
CF + LEIS ESPECIAIS + SÚMULAS) (DIVIDIR AS TESES EM TÓPICOS 2.1, 2.2., 2.3., 2.4. etc.)
(1 TÓPICO PARA CADA TESE) (1 TESE EM CASA PARÁGRAFO)!
!
2.1. (coloque um título; exemplo: DO FATO TÍPICO. E
já comece a escrever na frente, logo após o ponto final)!
(pule 1 linha quando terminar a tese - não precisa
escrever)!
2.2. (da mesma forma acima)!
(pule 1 linha quando terminar a tese - não precisa
escrever)!
2.3. (da mesma forma acima)!
(pule 1 linha quando terminar a tese - não precisa
escrever)!
!
6
(pule 1 linha (resuma os fatos do enunciado: de 3 à
4 parágrafos de 5 à 6 linhas, cada)!
!
! 3. DOS PEDIDOS (TAMBÉM SEPARAR EM TÓPICOS -
3.1., 3.2., 3.3., etc.) (1 pedido para cada linha(s))!
“Ex positis”, requer-se:!
3.1.!
(se couber no final, pule 1 linha após cada pedido)!
3.2.!
(se couber no final, pule 1 linha após cada pedido)!
3.3.!
!
(pule 1 linha - não precisa escrever)!
!
Nesses Termos,!
Pede Deferimento.!
!
(pule 2 linhas - não precisa escrever)!
!
Local, Data (colocar o prazo se a FGV pedir)!
!
(pule 2 linhas - não precisa escrever)!
!
______________________!
ADVOGADO OAB…!
!!
!!
!!
!!
!!
!!
!!
!!
!!
!!
!!
!!
!!
!!
!!
!!
!!
7
!
!
MODELOS DE ENDEREÇAMENTOS!
!
!
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA … VARA CRIMINAL DA
COMARCA DE … ESTADO DE …!
!
!
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA … VARA DO JUIZADO
ESPECIAL CRIMINAL DA COMARCA DE … ESTADO DE …!
!
!
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA … SUBSEÇÃO JUDICIÁRIA DE …
ESTADO DE …!
!
!
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA … VARA DO JUIZADO
ESPECIAL CRIMINAL DA COMARCA DE … ESTADO DE …!
!
!
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE …!
!
!
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR FEDERAL PRESIDENTE DO
EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA … REGIÃO!
!
!
!
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR MINISTRO PRESIDENTE DO EGRÉGIO SUPERIOR
TRIBUNAL DE JUSTIÇA!
!
!
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR MINISTRO PRESIDENTE DO EGRÉGIO SUPREMO
TRIBUNAL FEDERAL!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
8
!
PEÇAS!
!
RELAXAMENTO DE PRISÃO (PEÇA SIMPLES)!
!
→ TRATA-SE DE PRISÃO ILEGAL!!
!
→ Peça cabível na fase INQUISITORIAL OU PROCESSUAL!
!
→ Previsão legal (preâmbulo): art. 5º, LXV da CF e art. 310, I, do CPP (utilizar os 2) (o art. 310,
inciso I só se for relaxamento da prisão em flagrante)!
!
→ Peça simples sempre endereçada ao Juiz Competente!
!
→ Terminologia: Requerente, Peticionário, Postulante!
!
→ Requisito a ser abordado: ILEGALIDADE DA PRISÃO!!
!
ATENÇÃO : As hipóteses de flagrante estão no art. 302 do CPP. Caso não haja o
enquadramento, será hipótese de Flagrante ILEGAL, admitindo-se o Relaxamento. Exemplos:!
!
1. O indivíduo comete um crime e depois se apresenta espontaneamente, sendo preso em
flagrante (fundamentar o art. 302 do CPP)!
!
2. Flagrante PREPARADO/PROVOCADO + FORJADO/FABRICADO/MAQUINADO/URDIDO (S.
145 DO STF) (Esperado é lícito) (Prorrogado/Postergado/Retardado - Ação Controlada - é
lícito)!
!
3. Indiciado preso há mais de 10 dias sem que haja a conclusão do Inquérito Policial (art. 10 do
CPP)!
!
4. Ausência de oportunidade de assinatura do Termo de Compromisso (art. 69, parágrafo único,
da L. 9.099/95)!
!
5. Não comunicação dos Direitos Constitucionais (art. 5º, LXIII) (Aviso de Miranda)!
!
6. Não expedição da Nota de Culpa (art. 306, §2º, do CPP)!
!
7. Não comunicação da prisão ao Juiz (art. 5º, LXII, da CF)!
!
!
→ NÃO ESQUECER EM TODAS AS PEÇAS DE RELAXAMENTO!
!
1. Procuração em anexo (no prêambulo)!
2. Relaxamento da prisão (no pedido)!
3. Alvará de Soltura “Clausulado” (no pedido)!
!
!
!
!
!
!
!
!
9
!
PROBLEMA PRÁTICO!
!
No dia 10 de março de 2011, após ingerir um litro de vinho na sede de sua fazenda, José
Alves pegou seu automóvel e passou a conduzi-lo ao longo da estrada que tangencia sua
propriedade rural. Após percorrer cerca de dois quilômetros na estrada absolutamente
deserta, José Alves foi surpreendido por uma equipe da Polícia Militar que lá estava a fim
de procurar um indivíduo foragido do presídio da localidade. Abordado pelos policiais,
José Alves saiu de seu veículo trôpego e exalando forte odor de álcool, oportunidade em
que, de maneira incisiva, os policiais lhe compeliram a realizar um teste de alcoolemia em
aparelho de ar alveolar. Realizado o teste, foi constatado que José Alves tinha
concentração de álcool de um miligrama por litro de ar expelido pelos pulmões, razão pela
qual os policiais o conduziram à Unidade de Polícia Judiciária, onde foi lavrado Auto de
Prisão em Flagrante pela prática do crime previsto no artigo 306 da Lei 9.503/1997, c/c
artigo 2º, inciso II, do Decreto 6.488/2008, sendo-lhe negado no referido Auto de Prisão em
Flagrante o direito de entrevistar-se com seus advogados ou com seus familiares.!
Dois dias após a lavratura do Auto de Prisão em Flagrante, em razão de José Alves ter
permanecido encarcerado na Delegacia de Polícia, você é procurado pela família do preso,
sob protestos de que não conseguiam vê-lo e de que o delegado não comunicara o fato ao
juízo competente, tampouco à Defensoria Pública. Com base somente nas informações de
que dispõe e nas que podem ser inferidas pelo caso concreto acima, na qualidade de
advogado de José Alves, redija a peça cabível, exclusiva de advogado, no que tange à
liberdade de seu cliente, questionando, em juízo, eventuais ilegalidades praticadas pela
Autoridade Policial, alegando para tanto toda a matéria de direito pertinente ao caso.!
(Valor: 5,0)!
!
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA … VARA CRIMINAL DA
COMARCA DE … ESTADO DE …!
!
!
Autos de Flagrante nº…!
!
!
JOSÉ ALVES, (qualificação completa), por seu advogado
ao final firmado (procuração anexa), vem, “mui” respeitosamente, à presença de Vossa
Excelência, REQUERER O RELAXAMENTO DA PRISÃO EM FLAGRANTE, nos termos dos
artigos 5º, inciso LXV, da Constituição Federal, e 310, inciso I, do Código de Processo Penal, haja
vista a ilegalidade do ato. Vejamos.!
!
1. DOS FATOS!
!
Excelência! Consta do Auto de Prisão em Flagrante em
anexo que o Requerente teria ingerido um litro de vinho e, após, conduzido o seu veículo
10
automotor, quando então foi parado pela Polícia Militar, que atestou a sua embriaguez mediante o
teste de alcoolemia.!
!
Ao que consta, Excelência, os policiais obrigaram o
Requerente a fazer o teste do bafômetro, que resultou na concentração de álcool de um miligrama
por litro de ar expelido pelos pulmões, razão pela qual o Requerente fora conduzido à Delegacia e
preso em flagrante, pela prática do crime previsto no artigo 306 do Código de Trânsito Brasileiro.!
!
Vale ressaltar, Excelência, que o Requerente ficou preso
na Delegacia por dois dias sem a devida comunicação a sua família, ao Juiz competente, ao
Ministério Público, ao Advogado ou à Defensoria Pública.!
!
São os fatos.!
!
2. DO DIREITO!
!
2.1. Da ilegalidade da prisão pela ausência de
comunicação à Família família do preso, ao Juízo Competente e ao Ministério Público, no
prazo de 24h. Além disso, Excelência, o artigo 5º, inciso LXII, da Constituição Federal, dispõe que
a prisão de qualquer pessoa será imediatamente informada à família e ao Juiz competente. No
mesmo sentido, o artigo 306, “caput” e §1º do Código de Processo Penal. E não foi o que ocorreu,
Excelência, já que consta do Auto de Prisão em Flagrante que o Requerente ficara preso por dois
dias na Delegacia sem a respectiva comunicação, ultrapassando o prazo legal de 24h, razão pela
qual a prisão é ilegal.!
!
2.2. Da ilegalidade da prisão pela ausência de
comunicação ao Advogado ou à Defensoria Pública. Ademais, Excelência, o artigo 5º, inciso
LXIII, da Constituição Federal dispõe que o preso deverá ser informado de seus direitos, inclusive
o de ser assistido por um Advogado. De mesma sorte, o artigo 306, §1º, do Código de Processo
Penal. Ou seja, Excelência, fora negado ao Requerente a assistência por um Advogado ou por um
membro da Defensoria Pública, motivo pelo qual deve ser reconhecida a ilegalidade da respectiva
prisão.!
!
2.3. Da ilegalidade da prisão pela vedação da
autoincriminação e pela prova ilícita. Excelência, consta do Auto de Prisão em Flagrante que o
Requerente fora compelido a realizar o teste de alcoolemia, o que fere de morte o artigo 5º, inciso
LXIII, da Constituição Federal, que dispõe sobre o Princípio do “Nemo Tenetur Se Detegere”, isto
é, a proibição de produzir prova contra si mesmo. Assim, tal prisão é ilegal, já que baseada em
prova ilícita, nos termos dos artigos 5º, inciso LVI, da Constituição Federal e 157 do Código de
Processo Penal.!
!
3. DOS PEDIDOS!
!
“Ex Positis”, requer-se:!
!
3.1. o relaxamento da prisão em flagrante, nos termos
dos artigos 5º, inciso LXV, da Constituição Federal e 310, inciso I, do Código de Processo Penal,
já que a prisão é ilegal, nos termos do artigo 5º, incisos LXII, LXIII e LVI, da Constituição Federal,
e artigos 306, “caput” e §1º, e 157 do Codigo de Processo Penal.!
!
3.2. por consequência, a expedição do alvará de soltura
clausulado.!
!
Nesses Termos,!
Pede Deferimento.!
!
11
Local, Data.!
!
(pular 4 linhas)!
!
!
___________________________!
ADVOGADO OAB…!
!
!
LIBERDADE PROVISÓRIA (PEÇA SIMPLES)!
!
→ TRATA-SE DE PRISÃO DESNECESSÁRIA (LEGAL, MAS DESNECESSÁRIA)!
!
→ Peça cabível ANTES DA DECRETAÇÃO DA PRISÃO PREVENTIVA OU TEMPORÁRIA (ou
seja, cabível para a não conversão do flagrante em preventiva) (se converteu a prisão aí será
Relaxamento se ilegal ou Revogação se desnecessária)!
!
→ Previsão Legal: art. 5º, LXVI, da CF, e 310, III, do CPP!
!
→ Peça simples sempre endereçada ao Juiz Competente!
!
→ Terminologia: Requerente, Peticionário ou Postulante!
!
→ Tese a ser abordada:!
!
1. Não preenche os requisitos da Prisão Preventiva (arts. 312 e 313 do CPP)!
2. Primariedade;!
3. Bons antecedentes!
4. Residência Fixa!
5. Trabalho!
!
!
→ COMO IDENTIFICAR?!
!
1. O acusado foi preso EM FLAGRANTE, É PRIMÁRIO…!
2. O réu foi autuado EM FLAGRANTE, todavia é primário, residente no local dos fatos,
trabalhador…!
3. O acusado cometeu o delito diante de uma das excludentes de ilicitude.!
!
!
→ NÃO ESQUECER!
!
1. Procuração em anexo (no preâmbulo)!
2. Alvará de Soltura “Clausulado” (no pedido)!
3. Liberdade provisória nos termos do artigo…!
4. SUBSIDIARIAMENTE REQUERER MEDIDAS CAUTELARES DIVERSAS DA PRISÃO (ART.
319 DO CPP)!
!
!
!
!
!
!
12
→ PROBLEMA PRÁTICO!
!
CARLOS EURÍPEDES COSTA e LOURIVALDO CANHEDO SILVA viajavam de helicóptero,
quando, em razão de uma pane no motor, caíram no interior de uma ilha. Permaneceram
por dois meses. Em razão da falta de alimentação, CARLOS, utilizando de força física,
enforcou LOURIVALDO, passando a saciar sua fome com a carne do corpo deste, haja vista
que não havia outra forma de alimentação na ilha. Ocorre que CARLOS foi surpreendido
pela polícia florestal quando mastigava o braço de LOURIVALDO. Ato contínuo, CARLOS foi
preso em flagrante, posto que parte do corpo de LOURIVALDO ainda se encontrava quente.
O auto de prisão em flagrante, formalmente em ordem, foi encaminhado para distribuição
para uma das Varas Criminais da Comarca de Araguaína, Estado de Tocantins, para a
realização da audiência de Custódia. Porém, a família de CARLOS EURÍPEDES, contatada
por este, o procura para ingressar com a medida judicial cabível, privativa de advogado,
antes mesmo da realização da respectiva audiência. Sendo assim, redija a respectiva
medida. (Valor: 5,0)!
!
OBS.: é o mesmo modelo do Relaxamento (faça o exercício para treinar)!
!
!
!
!
REVOGAÇÃO DA PRISÃO!
!
!
→ TRATA-SE DE PRISÃO QUE SE TORNOU DESNECESSÁRIA!
!
→ Peça cabível na fase PROCESSUAL (não cabe na prisão em flagrante)!
!
→ Previsão legal: art. 316 do CPP!
!
→ Peça simples sempre endereçada ao Juiz Competente!
!
→ Terminologia: Requerente, Peticionário, Postulante!
!
→ Tese a ser abordada: ausência ou desaparecimento dos pressupostos para a prisão
preventiva previstos nos artigos 312 do CPP OU temporária previstos no artigo 1º, I e II, da Lei
7.960/89 (ou seja, se o juiz já converteu a prisão, em regra, pensar na revogação ou possível
relaxamento se a prisão for ilegal).!
!
→ COMO IDENTIFICAR?!
!
1. O Juiz determinou a prisão preventiva para garantir a instrução criminal. Após a audiência de
instrução e julgamento, o réu continua preso.!

13
!
2. O Juiz determinou a prisão preventiva para a garantia da ordem econômica, mas o crime não
atenta contra a economia.!
!
→ Artigo Final: art. 316.!
!
!
→ NÃO ESQUECER!
!
1. Procuração em anexo (no preâmbulo)!
2. Alvará de Soltura “Clausulado” (no pedido)!
3. Revogação da prisão (no pedido)!
4. SUBSIDIARIAMENTE, REQUERER MEDIDAS CAUTELARES DIVERSAS DA PRISÃO
(ART. 319 DO CPP)!
!
!
PROBLEMA PRÁTICO!
!
HOUSSEIN MOHAMAD, cidadão libanês, engenheiro, com residência fixa em Ribeirão Preto,
Estado de São Paulo, sem qualquer envolvimento anterior com aparato policial ou judicial,
foi preso em flagrante delito pelo crime de tráfico de drogas, previsto no artigo 33, caput,
da Lei nº 11.343/06, pois surpreendido, em blitz de rotina, com 1kg de cocaína prensada e
50 comprimidos de ecstasy. !
Encaminhado para a Audiência de Custódia, no prazo legal de 24h, o MM. Juiz de Direito da
1ª Vara Criminal de Ribeirão Preto, Estado de São Paulo, entendeu por bem converter a
prisão em flagrante em prisão preventiva, em face da intensa nocividade social do crime e,
ademais, da alta probabilidade de fuga do acusado, já que estrangeiro, e possibilidade de
ocultação de provas.!
Oferecida e recebida a denúncia, apresentada a respectiva defesa e realizada a audiência
de instrução e julgamento após 6 meses do fato, você é contratado como advogado de
HOUSSEIN, já que o mesmo se mostrou descontente com o advogado anterior, que não fez
qualquer pedido para a sua liberdade quando do encerramento da audiência.!
HOUSSEIN o consulta, então, sobre eventual pedido de liberdade, antes mesmo da defesa
final, e o pede para entregar o seu passaporte ao Juízo, pois, arrependido, quer contribuir
com a Justiça e pagar pelos seus erros. !
Face da situação apresentada, ingresse com a medida cabível, privativa de advogado, para
combater a prisão de HOUSSEIN MOHAMAD.!
!
!
OBS.: é o mesmo modelo do Relaxamento (faça o exercício para treinar)!
!
!
!
!
!
14
!
!
HABEAS CORPUS!
!
!
→ Previsão Legal: art. 5º, LXVIII, da CF e arts. 647 a 667 do CPP!
!
→ Terminologia: Paciente/Impetrante e Autoridade Coatora!
!
→ Recurso cabível do indeferimento do HC!
!
1. Se em 1º grau: RESE (art. 581, X, do CPP)!
2. Se em 2º grau: ROC (art. 102, II, e 105, II, da CF e L. 8.038/90)!
!
→ Como identificar ou saber se a OAB quer que você elabore um HC!
!
1. A sentença já transitou em julgado!
2. O processo está tramitando!
3. O processo está em andamento!
4. O processo está em curso!
5. O processo está encerrado!
6. O Inquérito Policial está tramitando!
7. O acusado está na iminência de ser preso!
8. O acusado está preso há mais de 100 dias e a instrução não fora concluída (ou
relaxamento)!
9. Foi expedido mandado de prisão!
!
→ Autoridade Coatora!
!
DELEGADO → JUIZ DE 1º GRAU → TJ, TRF ou TRE → TRIBUNAL SUPERIOR!
!
→ Modalidades ou Espécies de HC!
!
1. “HC” Liberatório ou Repressivo!
!-
O agente está sofrendo um constrangimento ilegal e/ou lesão;!
- Visa combater uma prisão ilegal!
!
ATENÇÃO: NÃO ESQUECER DE PEDIR ALVARÁ DE SOLTURA “CLAUSULADO”!
!
!
2. “HC” Preventivo!
!-
O agente está na iminência de sofrer um constrangimento ilegal e/ou lesão;!
- PREVENIR prisão ilegal!
!
ATENÇÃO: não esquecer:!
!
1. Salvo-conduto (ameaça concreta)!
2. Contramandado de prisão (se já tiver mandado expedido - o problema vai trazer)!
3. Trancamento e/ou Arquivamento do IP ou AP!
4. Anulação ou Renovação da AP!
5. Pedir informações à autoridade!
6. Não utilizar a expressão “HC” Liberatório ou Repressivo ou Preventivo (somente HC)!
!
15
OBSERVAÇÃO: caso o enunciado não determine se o paciente está preso ou solto, entenda que
ele está SOLTO.!
!
!
→ MODELO DE HABEAS CORPUS PARA O TRIBUNAL DE JUSTIÇA!
!
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO
EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE…!
!
Processo nº… (se for Inquérito: Inquérito nº…)!
!
NOME DO ADVOGADO, CPF…, RG…, estado civil…,
profissão…, OAB…, endereço completo…, vem, muito respeitosamente, à presença de
Vossa Excelência, impetrar HABEAS CORPUS, nos termos dos artigos 5º, LXVIII, da
Constituição Federal, e 647 do Código de Processo Penal, em favor do paciente NOME
DO CLIENTE, CPF…, RG…, estado civil…, profissão…, endereço completo…, haja vista
a ilegalidade praticada pela AUTORIDADE COATORA. !
!
1. DOS FATOS!
(1 linha)!
2. DO DIREITO!
(1 linha)!
3. DOS PEDIDOS!
(1 linha)!
“Ex positis”, requer-se: (formular os pedidos pertinentes)!
!
3.1. a concessão da ordem para … (soltura, para
trancamento por exemplo);!
3.2. notificação da autoridade coatora para que preste as
informações necessárias; e!
3.3. a expedição de (alvará ou contramandado ou salvo-
conduto).!
!
Nesses Termos,!
Pede Deferimento.!

16
!
Local e Data.!
!
___________________________________!
ADVOGADO OAB… !

!
!
MANDADO DE SEGURANÇA!
!
→ Ação de Impugnação garantidora de direito líquido e certo, não amparado por HC ou HD!
!
→ Previsão Legal: art. 5º, LXIX, da CF!
!-
Vide arts. 125 ao 144 (das Medidas Assecuratórias) que pode ensejar a impetração de MS, já
que se o direito líquido e certo de propriedade, previsto na CF (art. 5º, XXII), for tolhido, caberá
MS.!
!
SEQUESTRO BUSCA E APREENSÃO HIPOTECA LEGAL ARRESTO

Relacionado ao bem Relacionado ao Trata-se do “bloqueio” de Trata-se do “bloqueio” de


ADQUIRIDO pelo PRÓPRIO PRODUTO IMÓVEL LÍCITO e bem LÍCITO (imóvel ou
agente criminoso COM DA INFRAÇÃO determinado PARA móvel) PARA
O PRODUTO DA GARANTIR eventual e GARANTIR eventual e
INFRAÇÃO (basta futura INDENIZAÇÃO futura INDENIZAÇÃO
indícios da ilicitude do (necessária a certeza da (preventivo ou
bem) infração) subsidiário)

Finalidade de confisco Finalidade reparatória Finalidade reparatória Finalidade reparatória


!
→ ATENÇÃO: se no enunciado tiver que já teve procedimento específico de medida
assecuratória (incidente, por exemplo) e teve decisão do juiz dentro do procedimento (do
incidente), caberá Apelação nos termos do art. 593, II, do CPP.!
!
→ Prazo: 120 dias, contados do ato (art. 23 da Lei do Mandado de Segurança - 12.016/09)!
!
→ Trata-se de uma peça SIMPLES!!
!
→ Terminologia: Paciente, Autoridade Coatora e Impetrante!
!
!
→ COMO IDENTIFICAR O MANDADO DE SEGURANÇA?!
!
1. O acusado teve os seus bens sequestrados e agora, após ter sido absolvido, há negativa de
devolução de seus bens.!
!
2. Na fase inquisitorial ocorreu negativa dos direitos do advogado (acesso aos autos) (cabe tanto
RCL, nos termos da SV. 14, como também MS).!
!
3. Houve indeferimento do pedido de habilitação nos autos de assistente de acusação (art. 268
do CPP)!

17
!
!
→ COMPETÊNCIA!
!
DELEGADO → JUIZ DE 1º GRAU → TJ, TRF ou TRE → TRIBUNAL SUPERIOR!
!
!
→ NÃO ESQUECER!
!-
Requerer a notificação à autoridade apontada como coatora para que preste as informações
sobre o ocorrido, no prazo de 10 dias.!
- Requerer a participação do Ministério Público, caso entenda necessário.!
- Requerer a reforma da decisão.!
- Não cabe Embargos Infringentes (S. 597 do STF).!
!
Obs.: trata-se do mesmo modelo de HC, mas não precisa fazer em nome do advogado, já comece
em NOME DO CLIENTE. Há também a diferença que no MS tem o prazo de 120 dias, que deve
aparecer no preâmbulo (o HC não tem prazo). !
!
!
!
!
DEFESA PRÉVIA (PEÇA SIMPLES)!
!
!
→ Diferente da Resposta à Acusação do art. 396 e 396-A!
!
→ Peça cabível na fase ANTERIOR AO RECEBIMENTO da denúncia ou queixa!
!
→ O acusado não foi CITADO ainda, mas sim NOTIFICADO!
!
→ Previsão Legal: Lei de Drogas + Funcionários Públicos + JECRIM!
!
!
!
1. Art. 55 da L. 11.343/06 (Lei de Drogas) (DEFESA PRÉVIA). Possíveis Teses:!
!-
Preliminares: incompetência do juízo (vide S. 522 do STF) + Suspeição, Litispendência,
Ilegitimidade e Coisa Julgada (vide arts. 95 e seguintes do CPP)!
!-
Nulidades: ausência de notificação do acusado + ausência de laudo de constatação de droga
(vide art. 50, §1º da Lei 11.343/06)!
!-
Mérito: pensar nas seguintes teses: (É possível o plantio, a cultura e a colheita em certas
ocasiões: parágrafo único do art. 2º da LD) (não se trata de tráfico, mas sim posse para
consumo pessoal - fundamentar o art. 28, §2º da LD) (Desclassificação do Tráfico Convencional
para o Tráfico Anão previsto no art. 33, §3º, da LD - argumentar todos os requisitos descritos no
tipo legal) (a substância apreendida não é droga, nos termos do art. 1º da LD + Portaria do MS
nº 344/98) (Desclassificação do delito de Tráfico para o delito do 278 do CP + Sursi Processual
do art. 89 da L. 9.099/95) (Erro de Tipo - o acusado não sabe que se trata de droga - transporte
de UBER e pacote lacrado p. ex.) (Coação Moral Irresistível - ingresso com drogas em presídio
por ameaça do preso) (Pedido de Exame de Insanidade Mental do art. 45 e 46 da LD, se ainda
não realizado)!
!
!
18
2. Art. 514 do CPP (Crimes praticados por Funcionários Públicos) (DEFESA PRELIMINAR -
S. 330 do STJ) (Crimes dos arts. 312 e 326 - VIDE)!
!
ATENÇÃO: se o crime tiver pena máxima menor de 2 anos, o rito será o sumaríssimo (ex.:
peculato culposo + prevaricação) (se aplicar o parágrafo único do art. 312 cai no rito do art. 514)!
!
#E A SÚMULA 330 DO STJ?!
R: não vai se aplicar para a OAB! Ademais, os precedentes do STF é no sentido de que a defesa
prévia é necessária.!
!
!
3. Art. 81 da Lei 9.099/95 (DEFESA PRELIMINAR - Oral)!
!
→ Peça Simples!
!
→ Prazo: depende do que for estipulado pela Lei (Drogas 10 dias) (CPP 15 dias) (9.099 - na
audiência ou 10 dias - CPP)!
!
→ Endereçamento: onde tramita o processo!
!
→ BUSCAR IMPEDIR O RECEBIMENTO DA DENÚNCIA OU QUEIXA, FUNDAMENTANDO AS
HIPÓTESES DO ART. 395 DO CPP!
!
!
→ O QUE NÃO ESQUECER?!
!
- Número de testemunhas!
!
a) JECRIM: 3 (art. 34 da L. 9.099/95)!
b) Lei de Drogas: 5 (art. 55, §1º da Lei de Drogas)!
c) Crimes por Funcionário Público: 8 (art. 401 do CPP)!
!
→ ARTIGO FINAL: art. 395 do CPP (Pedir a rejeição da denúncia ou queixa)!
!
→ COMO IDENTIFICAR!
!
- O problema vai determinar que a denúncia ou queixa foi OFERECIDA e o réu foi citado, não
trazendo que a denúncia ou queixa foi recebida, nem maiores dados.!
!
!
→ PROBLEMA PRÁTICO!
!
Pablo é um famoso professor de direito da cidade de Uberlândia/MG, cujo trabalho é
reconhecido por todos os juristas da região. Seus livros, inclusive, são utilizados como
referência nos julgados proferidos em todo o país. !
No ano de 2016, Pablo foi convidado por um Desembargador do Tribunal de Justiça de
Minas Gerais para exercer o cargo comissionado de Oficial de Gabinete, cujas tarefas
abarcavam a organização, a supervisão e o controle das atividades administrativas dos
gabinetes dos magistrados, bem como a elaboração de minutas de despachos e decisões
judiciais. !
Insatisfeito com as funções exercidas, Pablo solicitou a sua exoneração do referido cargo
em julho de 2018, o que foi realizado no mesmo mês. Tão logo fora publicado no Diário de
Justiça o seu desligamento, Pablo retomou as suas atividades na docência e na advocacia.!

19
No dia 05/12/2018 (quarta-feira), Pablo foi notificado pelo Juízo da Segunda Vara Criminal
da Comarca de Uberlândia/MG para apresentar sua defesa, em razão de denúncia oferecida
pela suposta prática do crime de concussão (art. 316 do Código Penal).!
Conforme consta na denúncia, Pablo teria exigido vantagem indevida de outro advogado,
ainda que fora da função, mas na qualidade de Oficial de Gabinete do Desembargador, para
que um processo fosse colocado com urgência na pauta de julgamento no mês de
novembro de 2018.!
Desesperado com o ocorrido, Pablo o procura em seu escritório e informa que, no dia
13/11/2018, foi consultado por um advogado acerca de valores de seus honorários
advocatícios para diligenciar junto ao gabinete em que havia atuado como Oficial, mas que
o contrato não havia sido sequer assinado. !
Na condição de advogado de Pablo, e com base somente nas informações de que dispõe e
nas que podem ser inferidas pelo caso concreto acima, redija a peça cabível no último dia
do prazo, excluindo a possibilidade de Habeas Corpus, sustentando as teses jurídicas
pertinentes. !
!
!
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 2ª VARA CRIMINAL DA
COMARCA DE UBERLÂNDIA DO ESTADO DE MINAS GERAIS!
!
!
Processo nº …!
!
!
PABLO, (qualificação completa), por seu advogado ao final
firmado (procuração anexa), vem, “mui” respeitosamente, à presença de Vossa Excelência,
APRESENTAR DEFESA PRELIMINAR, no prazo legal de 15 dias, nos termos do artigo 514 do
Código de Processo Penal, face a denúncia apresentada pelo membro do Parquet, que lhe
imputou a prática do crime previsto no artigo 316 do Código Penal, o que, data maxima venia, não
merece prosperar, nos termos fáticos e jurídicos a seguir.!
!
1. DOS FATOS!
!
Consta da denúncia que Pablo, na qualidade de Oficial de
Gabinete de Desembargador, teria praticado o delito de concussão, previsto no artigo 316 do
Código Penal, pois teria exigido vantagem indevida de um advogado para que um processo fosse
colocado com urgência na pauta de julgamento no mês de novembro de 2018.!
!
Consta também que Pablo solicitou a exoneração do referido
cargo em julho de 2018, retomando as suas atividades na docência e na advocacia, e que
realmente um advogado o teria procurado em 13 de novembro de 2018 para diligenciar junto ao
gabinete em que havia atuado como Oficial, mas que o contrato jamais fora celebrado e finalizado.!
!
São os fatos.!
!
2. DO DIREITO!
!
2.1. Da Rejeição da Denúncia pela Atipicidade do Fato.
Excelência, constata-se do caso em tela que o crime em tese nunca ocorreu, pois não houve em
nenhuma momento a exigência de vantagem indevida por parte de Pablo. Demais disso, nota-se
que na época do suposto fato, qual seja, a eventual contratação de Pablo por parte do advogado,
Pablo nem exercia mais a função de Oficial de Gabinete de Desembargador, ou seja, nem era
funcionário público, elementar do tipo legal de concussão, previsto no artigo 316 do Código Penal.!
!
Destarte, Excelência, não há falar em tipicidade formal do fato
e, por consequência, em fato típico, pois Pablo sequer era funcionário público à época da suposta
20
exigência, que também sequer ocorreu. E diante da ilegitimidade passiva, ou até mesmo a
ausência de justa causa para a ação penal, pois ausente o lastro probatório, a denúncia merece
ser rejeitada, nos termos do artigo 395, incisos II e III, do Código de Processo Penal.!
!
3. DOS PEDIDOS!
!
“Ex positis”, requer-se:!
!
3.1. a rejeição da peça acusatória em virtude de manifesta
ausência de pressuposto processual ou condição para o exercício da ação, ou até mesmo pela
ausência de justa causa, nos termos dos artigos 395, incisos II e III, do Código de Processo Penal;!
!
3.2. subsidiariamente, em caso de prosseguimento da ação, o
que se admite por amor aos debates, a citação de Pablo para que apresente, posteriormente, a
respectiva Resposta à Acusação, nos termos dos artigos 396 e 396-A, ambos do Código de
Processo Penal; e!
!
3.3. a produção de todas as provas em direito admitidas,
mormente a testemunhal, nos termos do artigo 401 do Código de Processo Penal, apresentando o
rol a seguir:!
!
a) Testemunha, qualificação completa;!
b) Testemunha, qualificação completa;!
c) Testemunha, qualificação completa;!
d) Testemunha, qualificação completa;!
e) Testemunha, qualificação completa;!
f) Testemunha, qualificação completa;!
g) Testemunha, qualificação completa;!
h) Testemunha, qualificação completa (observação: se trouxer
as testemunhas no enunciado, coloque só as testemunhas indicadas; se não trouxer, coloque
o número correto de testemunhas igual no exemplo acima).!
!
!
Nesses Termos,!
Pede Deferimento.!
!
Uberlândia, 17 de dezembro de 2018.!
!
___________________________!
ADVOGADO OAB…!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
21
RESPOSTA ESCRITA OU À ACUSAÇÃO (PEÇA
SIMPLES)!
!
!
→ Peça cabível após o RECEBIMENTO da denúncia ou queixa!
!
→ Previsão Legal: !
!
a) No CPP e demais Leis sem previsão específica: arts. 396 e 396-A!
b) No Júri: art. 406 do CPP!
!
!
→ Peça Simples!
!
!
→ Prazo: 10 dias após a citação!
!
!
→ Terminologia: Indiciado, Acusado, Réu, Peticionário ou Indigitado Autor!
!
!
→ COMPETÊNCIA: ao Juiz Criminal onde tramita o processo!
!
!
→ CONTEÚDO: matérias preliminares (CPP) + Rejeição da Denúncia se cabível + Mérito (CP)
buscando sempre a ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA (art. 397 do CPP - inclusive no Júri)!
!
!
→ NÃO ESQUECER!
!-
Número de testemunhas (depende do procedimento - art. 394 do CPP)!
!
a) Procedimento Ordinário: 8 testemunhas (401 do CPP)!
b) Procedimento Sumário: 5 testemunhas (art. 532 do CPP)!
c) Procedimento Sumaríssimo: 3 testemunhas (art. 34 da L. 9.099/95)!
!
ATENÇÃO PARA OS CASOS DA LEI DE DROGAS E JÚRI!
!-
Lei Drogas: 5 testemunhas (art. 54, III, da Lei nº 11.343/06)!
- Júri: 8 na 1ª fase e 5 na 2ª fase (422 do CPP)!
!
!
→ ARTIGO FINAL: !
!
a) No CPP e demais Lei sem previsão legal: art. 397, buscando a ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA (as
teses estão no artigo)!
!
b) No Júri: art. 397!
!
→ COMO IDENTIFICAR!
!-
O problema vai determinar que já foi OFERECIDA e RECEBIDA a denúncia e o réu foi citado,
não trazendo dados sobre audiência, sentença etc..!
!
22
!
!
PROBLEMA PRÁTICO!
!
Visando abrir um restaurante, José pede vinte mil reais emprestados a Caio, assinando,
como garantia, uma nota promissória no aludido valor, com vencimento para o dia
15/05/2010. Na data mencionada, não tendo havido pagamento, Caio telefona para José e,
educadamente, cobra a dívida, obtendo do devedor a promessa de que o valor seria pago
em uma semana. Findo o prazo, Caio novamente contata José, que, desta vez, afirma estar
sem dinheiro, pois o restaurante não apresenta o lucro esperado. Indignado, Caio
comparece no dia 24/05/2010 ao restaurante e, mostrando para José uma pistola que trazia
consigo, afirma que a dívida deveria ser saldada imediatamente, pois, do contrário, José
pagaria com a própria vida. Aterrorizado, José entra no restaurante e telefone para a
Polícia, que, entretanto, não encontra Caio quando chega ao local. Os fatos acima referidos
foram levados ao conhecimento do delegado de polícia da localidade, que instaurou o
inquérito policial para apurar as circunstâncias do ocorrido. Ao final da investigação, tendo
Caio confirmado a ocorrência dos eventos em sua integralidade, o Ministério Público o
denuncia pela prática do crime de extorsão qualificada pelo emprego de arma de fogo.
Recebida a inicial pelo Juízo da 5ª Vara Criminal, o réu é citado no dia 18/01/2011.
Procurado apenas por Caio para representá-lo na Ação Penal instaurada, e sabendo-se que
Joaquim e Manoel presenciaram os telefones de Caio cobrando a dívida vencida, redija,
com base somente nas informações de que dispõe e nas que podem ser inferidas pelo caso
concreto, no último dia do prazo, a peça cabível, diferentemente de Habeas Corpus,
invocando todos os argumentos em favor de seu constituinte.!
!
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 5ª VARA CRIMINAL DA
COMARCA DE … ESTADO DE …!
!
!
Processo nº …!
!
!
CAIO, (qualificação completa), por seu advogado ao final
firmado (procuração anexa), vem, “mui” respeitosamente, à presença de Vossa Excelência,
APRESENTAR RESPOSTA À ACUSAÇÃO, no prazo legal de 10 (dez) dias, nos termos dos
artigos 396 e 396-A do Código de Processo Penal, face a denúncia apresentada pelo membro do
Parquet, que lhe imputou a prática do crime previsto no artigo 158, §1º, do Código Penal, o que,
data maxima venia, não merece prosperar, nos termos fáticos e jurídicos a seguir. !
!
1. DOS FATOS!
!
Consta da denúncia que José, visando abrir um
restaurante, pediu R$20.000,00 (vinte mil reais) emprestado a Caio, que prontamente lhe
concedeu. Porém, na data aprazada, qual seja, 15/05/2010, o pagamento não fora realizado,
razão pela qual Caio, por telefone e educadamente, cobrou José, que prometeu que adimpliria a
dívida no prazo de uma semana.!
23
Contudo, constata-se da peça Ministerial que José
também não cumpriu a obrigação no novo prazo estabelecido, motivo pelo qual Caio teria
comparecido, no dia 24/05/2010, ao restaurante de José, portando uma pistola e exigindo o
respectivo pagamento, o que levou José a ligar para a Polícia que, ao chegar no local, não
encontrara Caio.!
Por tal razão, o Ministério Público ofereceu denúncia em
face de Caio pelo crime de Extorsão Qualificada pelo emprego de arma de fogo, recebida pelo
Juízo da 5ª Vara Criminal, que citou o réu no dia 18/01/2011, razão pela qual oferece a presente
defesa.!
2. DO DIREITO!
!
2.1. Da atipicidade do fato pela ausência da elementar
“VANTAGEM INDEVIDA”. Excelência, o crime do artigo 158 do Código Penal reprime aquele
que, mediante constrangimento ou ameaça, obtenha para si ou para outrem indevida vantagem
econômica, o que não aconteceu no caso concreto, tendo em vista que a vantagem era DEVIDA,
já que o réu emprestou R$20.000,00 (vinte mil reais) à suposta vítima e esta não adimpliu a
dívida, de modo que não há falar em tipicidade formal do crime de Extorsão, motivo pelo qual o
réu deve ser absolvido sumariamente, nos termos do artigo 397, inciso III, do Código de Processo
Penal.!
!
2.2. Do crime de Exercício Arbitrário das Próprias
Razões (artigo 345 do Código Penal) e da absolvição pela decadência. Excelência,
subsidiariamente, caso não acolhida a tese acima, o crime do artigo 158, §1º, do Código Penal
deve ser desclassificado para o artigo 345 do Código Penal, observando o artigo 384 do Código
de Processo Penal, haja vista que a conduta do réu se amoldaria ao delito de Exercício Arbitrário
das Próprias Razões, já que o objeto material era seu. !
Contudo, Excelência, ainda que a desclassificação seja
realizada, o réu merece ser absolvido em razão da decadência, que leva à extinção da
punibilidade, nos termos do artigo 107, inciso IV, do Código Penal, combinado com o artigo 397,
inciso IV, do Código de Processo Penal. Ora, tal delito é de ação penal privada, conforme dispõe o
parágrafo único do artigo 345 do Código de Processo Penal, razão pela qual a suposta vítima teria
o prazo de 6 (seis) meses para o oferecimento de queixa crime, nos termos do artigo 38 do
Código de Processo Penal, e considerando a data do fato, qual seja, 24/05/2010 até o momento
atual já transcorreu-se tal prazo, ou seja, operou-se a decadência, causa extintiva da punibilidade,
conforme já mencionado.!
Destarte, Excelência, de rigor a absolvição sumária do
réu, seja pela atipicidade, seja pela extinção da punibilidade.!
!
3. DOS PEDIDOS!
!
“Ex positis, requer-se:!
!
3.1. a Absolvição Sumária do réu, nos termos do artigo
397, inciso III e ou IV do Código de Processo Penal;!
3.2. a produção de prova oral, com a oitiva das seguintes
testemunhas: !
a) Joaquim (qualificação completa);!
b) Manoel (qualificação completa);!
!
Nesses Termos,!
Pede Deferimento.!
!
Local, 28 de janeiro de 2011.!
!
___________________________!
ADVOGADO OAB…!
24
!
ALEGAÇÕES FINAIS OU MEMORIAIS (PEÇA
SIMPLES!
!
!
→ Peça típica da FASE PROCESSUAL!
!
→ Previsão Legal: art. 403, §3º do CPP (Júri e demais ritos especiais → 403, §3º c.c. 394, §5º)!
!
→ Peça simples endereçada ao Juiz onde tramita o processo !
!
→ Terminologia: denunciado, acusado ou réu!
!
!
ATENÇÃO:!
!
#Há processo? SIM!!
!
#Há sentença? NÃO!!
!
#Há momento específico para tal peça? SIM!!
!
#Qual momento? APÓS A AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO!!
→ COMO IDENTIFICAR!
!
1. Encerrada a instrução criminal, o Ministério Público apresentou alegações finais e pleiteou a
condenação do réu;!
!
2. Depois de ouvida as testemunhas e interrogado o réu, o Douto Promotor de Justiça pediu a
pronúncia do réu (memoriais do Júri)!
!
3. Após a instrução, elabore a DEFESA FINAL de seu cliente!
!
!
→ ARTIGO FINAL: !
!
a) Rito Ordinário e demais (excluído o Júri):!
!
i) Art. 386 do CPP, se a tese for de absolvição;!
!
ii) Demais artigos para as teses subsidiárias (crime menos grave, pena base-mínima, causa
atenuante, causa de diminuição, regime menos gravoso, substituição da pena privativa de
liberdade em restritiva de direitos, SURSI PENAL etc.).!
!
b) Rito do Júri: !
!
i) Art. 415 do CPP se a tese for de absolvição sumária (as teses absolutórias estão no próprio
artigo)!
ii) Art. 414 do CPP se a tese for de impronúncia (falta de indícios de autoria e prova da
materialidade); e!
iii) Art. 419 do CPP se a tese for de desclassificação.!
!
!
!
25
!
!
→ PROBLEMA PRÁTICO!
!
PROBLEMA 2!
Felipe, primário, com 18 anos de idade, em um bar com outros amigos, conheceu Ana, linda
jovem, por quem se encantou. Após um bate-papo informal e troca de beijos, decidiram ir
para um local mais reservado. Nesse local trocaram carícias, e Ana, de forma voluntária,
praticou sexo oral e vaginal com Felipe. Depois da noite juntos, ambos foram para as suas
residências, tendo antes trocado telefones e contatos nas redes sociais. No dia seguinte,
Felipe, ao acessar a página de Ana na rede social, descobre que, apesar da aparência
adulta, esta possui apenas 13 anos de idade, tendo Felipe ficado em choque com essa
constatação. Felipe então foi denunciado pelo crime previsto no art. 217-A, na forma do art.
71, do CP, c.c. o art. 61, II, h, do mesmo diploma. Apresentada a defesa, foi designada
audiência de instrução e julgamento, e nesta as testemunhas de acusação afirmaram que
não presenciaram os fatos, mas as de defesa, amigos de Felipe, disseram que a vestimenta
e o comportamento de Ana não era de uma menina menor de 14 anos. Encerrada a
Instrução, o Ministério Público pugnou pela condenação de Felipe, nos termos da
Denúncia, em regime fechado. A defesa de Felipe foi intimada da manifestação no dia 10 de
abril de 2014.!
Com base nas informações, redija a peça cabível, diferentemente de Habeas Corpus, no
último dia do prazo, sustentando as teses pertinentes.!
!
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA … VARA CRIMINAL DA
COMARCA DE … ESTADO DE …!
!
Processo nº …!
!
!
FELIPE, (qualificação completa), por meio de seu
advogado (procuração anexa), vem, muito respeitosamente, à presença de Vossa
Excelência, apresentar MEMORIAIS, no prazo legal de 5 dias, nos termos do artigo 403,
§3º, do Código de Processo Penal, por não se conformar com os pleitos formulados
pelo Ministério Público, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas.!
!
1. DOS FATOS!
!
Consta da denúncia que Felipe teria conhecido Ana em
um bar e teriam trocado conversas. Após, teriam ido a um local reservado e praticado
sexo oral e vaginal. Depois de tais fatos, Felipe teria adentrado à rede social e descoberto
que Ana teria 13 anos, motivo pelo qual está sendo processado por estupro de vulnerável
(artigo 217-A do Código Penal) em continuidade delitiva (artigo 71 do Código Penal) e
pela agravante da vítima criança (artigo 61, inciso II, alínea “h”, do Código Penal).!

26
Por tais fatos, após a audiência de instrução e julgamento,
em que os amigos de Felipe teriam informado que as vestes e o comportamento da
suposta vítima não seriam de uma pessoa menor de 14 anos, o Ministério Público
postulou a condenação de acusado em regime fechado, o que não merece prosperar.
Vejamos.!
!
2. DO DIREITO!
!
2 . 1 . D A A B S O LV I Ç Ã O P O R E R R O D E T I P O
INVENCÍVEL. Excelência, no caso em tela Felipe está sendo processado pois teria
praticado sexo oral e vaginal com pessoa menor de 14 anos. Ocorre que Felipe não tinha
conhecimento da idade da suposta vítima, pois ambos não haviam conversado sobre
idade. Além disso, as testemunhas de defesa foram firmes em seus depoimentos no
sentido de Ana não se comportar como pessoa menor de 14 anos, nem ter vestes de
pessoas que tais. !
Demais disso, Ana estava em um ambiente apropriado
para pessoas maiores, o que contribuiu para o erro de Felipe. Sendo assim, Felipe agiu
em erro de tipo invencível, pois todos da sociedade poderiam cometer tal erro. !
E o artigo 20, caput, do Código Penal, dispõe que tal erro
enseja a atipicidade do fato, pois excluído o dolo e a culpa. Nesse caso, então, Felipe
merece ser absolvido, nos termos do artigo 386, inciso III, do Código Penal.!
!
2.2. DA CIRCUNSTÂNCIA COMPORTAMENTO DA
VÍTIMA. Subsidiariamente, Excelência, em caso de condenação, o comportamento da
vítima deve ser considerado na primeira fase da aplicação da pena, nos termos do artigo
59 do Código Penal, haja vista estar frequentando local para maiores, com vestes não
condizente com a sua idade e também com comportamento maduro, o que certamente
contribuiu para o erro de Felipe. !
!
2 . 3 D A AT E N U A N T E D A M E N O R I D A D E .
Subsidiariamente, Excelência, em caso de condenação, deve ser aplicada a atenuante da
menoridade, prevista no artigo 65, inciso I, do Código Penal, uma vez que Felipe, ao
tempo dos fatos, possuía 18 anos, ou seja, menor de 21. !
!
2.4. DA NÃO APLICAÇÃO DA AGRAVANTE COM
RELAÇÃO À CRIANÇA. Excelência, ainda na segunda fase da aplicação da pena, não
deve ser reconhecida a agravante prevista no artigo 61, inciso II, alínea “h”, do Código
Penal, haja vista que Ana não era criança, nos termos do artigo 2º do Estatuto da Criança
e do Adolescente. !
!
2.5. DO NÃO RECONHECIMENTO DA CONTINUIDADE
DELITIVA. Excelência, no caso concreto não há falar em continuidade delitiva prevista no
artigo 71, caput, do Código Penal, pois os atos foram praticados no mesmo contexto
fático. Assim, por ser um tipo misto alternativo e não haver atos em momentos diferentes,
há falar-se em crime único.!
!
2.6. DO REGIME MAIS BRANDO. Excelência, o
Ministério Público pleiteou, em caso de condenação, a aplicação do regime fechado.
Porém, com a primariedade, com o reconhecimento da atenuante da menoridade e da
não aplicação da continuidade delitiva, a pena deverá ser acomodada no mínimo legal e,
por consequência, o regime a ser fixado deverá ser o semiaberto, nos termos do artigo
33, §2º, alínea “c”, do Código Penal. Ademais, o Supremo Tribunal Federal já entendeu
27
pela inconstitucionalidade do artigo 2º, §1º, da Lei 8.072/90, pelo princípio da
individualização da pena, nos termos da Súmula Vinculante 26, ou seja, a fixação do
regime fechado aos crimes hediondos de forma abstrata é inconstitucional. !
!
3. DOS PEDIDOS!
!
Ex positis, requer-se:!
!
3.1. a absolvição por atipicidade, nos termos do artigo
386, inciso III, do Código de Processo Penal, expedindo-se o respectivo alvará de soltura
clausulado;!
!
3.2. a consideração do comportamento da vítima na
primeira fase da aplicação da pena, nos termos do artigo 59 do Código Penal; !
!
3.3. a aplicação da atenuante da menoridade, nos termos
do artigo 65, inciso I, do Código Penal;!
!
3.4. a não aplicação da agravante prevista no artigo 61,
inciso II, alínea “h”, do Código Penal;!
!
3.5. o não reconhecimento da continuidade delitiva
prevista no artigo 71, caput, do Código Penal; e !
!
3.6. a fixação do regime semiaberto, nos termos do artigo
33, §2º, alínea “b”, do Código Penal, fazendo-se, assim, medida de Justiça!!
!
!
Nesses Termos,!
Pede Deferimento.!
!
!
Local, 15 de abril de 2014.!
!
!
!
____________________________!
ADVOGADO OAB ____!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
28
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO!
!
!
→ Peça cabível em fase RECURSAL (PEÇA SIMPLES)!
!
!
→ Previsão Legal:!
!
a) Contra sentença: art. 382 do CPP!
b) Contra acórdão: arts. 619 e 620 do CPP!
!
!
→ Terminologia: Embargante/Embargado, Recorrente/Recorrido ou Recursante/Recursado!
!
!
→ Prazo:!
!
a) Regra geral: 02 dias!
!
b) Exceção: Lei 9.099/95: 05 dias, art. 83 da Lei.!
!
!
→ COMPETÊNCIA: ao Juiz Sentenciante ou ao Relator do Acórdão!
!
!
→ CABIMENTO: sempre que a sentença apresentar:!
!
a) Obscuridade;!
b) Omissão;!
c) Contradição; ou!
d) Ambiguidade.!
!
!
→ COMO IDENTIFICAR!
!
1. o problema vai falar que a Câmara não se manifestou quanto a ponto importante da decisão,
ou a Camara foi omissa;!
2. Elabore a medida que ataque a omissão do acórdão ou da sentença;!
3. A sentença foi omissa.!
4. O acórdão foi omisso, não analisou as provas.!
!
OBS.: trata-se de uma peça simples (modelo da peça simples), em que deve ser pleiteado ao Juiz
ou Desembargador para sanar a Obscuridade, ou a Omissão, ou a Contradição ou a
Ambiguidade. !
!
!
!
!
!
!
29
APELAÇÃO (PEÇA COMPOSTA)!
!
!
→ PEÇA COMPOSTA!
!
→ Recurso interposto de SENTENÇA (sem trânsito em julgado) (se transitou será Revisão
Criminal ou Agravo em Execução se negado algum benefício da execução penal)!
!
→ Previsão Legal (preâmbulo): regra geral, art. 593, I ou II ou III, do CPP!
!-
Exceção:!
!
1. JECRIM: art. 82 da L. 9.099/95.!
!
2. Impronúncia do Júri: apelação, nos termos do art. 416 do CPP!
!
3. Absolvição Sumária no Júri: apelação, nos termos do art. 416 do CPP!
!
!
#APENAS COM O INTUITO DE LEMBRAR: Qual o recurso cabível contra a pronúncia e
desclassificação?!
R: RESE. No caso de pronúncia, art. 581, IV, do CPP. No caso de desclassificação, art. 581, inciso
II, do CPP.!
!
→ Terminologia: apelante/apelado, recorrente/recorrido ou recursante/recursado!
!
→ Recurso composto por duas petições!
!
!
1ª Petição: Petição de Interposição (Endereçamento? 2ª pergunta)!
!-
Prazo de 5 dias (art. 593, caput, do CPP) (Exceção: apelação no JECRIM, prazo de 10 dias, art.
82, §1º, da L. 9.099/95) (Exceção: assistente de acusação - art. 598 do CPP).!
- Observação: não recebida ou denegada a apelação é cabível RESE (art. 581, XV, CPP)!
!
2ª Petição: Razões de Apelação!
!-
Prazo de 8 dias (art. 600, caput, do CPP) (Exceção 1: L. 9.099/95, art. 82, §1º, prazo de 10 dias
junto com a petição de interposição)!
- Assistente de acusação tem o prazo de 3 dias depois do MP (art. 600, §1º, do CPP).!
!
!
ATENÇÃO: SEMPRE HAVERÁ 2 PEÇAS?!
R: Sim! Mas se o enunciado trouxer que o réu já apelou ou o advogado já apresentou a petição de
interposição, elabore a petição de juntada (e não a petição de interposição) + a petição de razões
de apelação. !
!
!
→ Como identificar se a OAB quer que você elabore uma apelação?!
!
1. O réu foi condenado e intimado da sentença!
2. A sentença condenatória ainda não transitou em julgado!
3. A sentença condenatória foi prolatada e o acusado, por meio de seu advogado, foi intimado
para apresentação da medida cabível!
4. O réu foi condenado e a r. sentença transitou em julgado para a acusação!
30
!
!
ATENÇÃO: caso o enunciado do problema NÃO determine se a sentença transitou ou não em
julgado, ENTENDA QUE AINDA NÃO TRANSITOU.!
!
!
→ TESES PARA APELAÇÃO (DO DIREITO - 3ª PERGUNTA)!
!
1. Nulidades (PRELIMINARES): arts. 563 e 564 do CPP!
!
2. Prescrição!
!
3. Absolvição (art. 386 do CP) (NÃO É O ART. 397)!
!
4. Desclassificação (MÉRITO) (indicar o artigo desclassificado) (não falar sobre o art. 383 ou 384
do CPP, que são específicos para o momento anterior à sentença, qual seja, alegações finais -
S. 453 do STF)!
!
5. Buscar melhorar a pena (passar pelas fases da aplicação da pena)!
!
a) 1ª Fase: afastar as circunstâncias judiciais (aplicar a do comportamento da vítima) (art. 59 do
CP)!
b) 2ª Fase: afastar as agravantes e aplicar as atenuantes (arts. 61 ao 66 do CP)!
c) 3ª Fase: causas de aumento e diminuição (espalhadas pelo Código Penal)!
d) “4ª Fase”: regime menos gravoso (art. 33, §2º, alíneas “a”, “b” e “c”, do CP + Súmulas 269 e
440 do STJ + Súmulas 718 e 719 do STF + SV. 26 e Inconstitucionalidade do §1º do art. 2º da
Lei nº 8.072/90)!
e) “5ª Fase”: possibilidade de Substituição da PPL em PRD (art. 44 do CP)!
f) “6ª Fase”: possibilidade de SURSI (art. 77 do CP) (benefício subsidiário ao art. 44 do CP)!
!
!
OBSERVAÇÃO 1: no caso de crime comuns, a absolvição está ligada ao art. 386:!
!
I - PROVA CABAL da inexistência do fato;!
!
II - FALTA DE PROVAS sobre a existência do fato!
!
III - ATIPICIDADE (fato atípico)!
!
IV - PROVA CABAL da não autoria ou participação!
!
V - FALTA DE PROVAS de autoria ou participação!
!
VII - HIPÓTESE RESIDUAL DE FALTA DE PROVAS!
!
!
OBSERVAÇÃO 2: no caso da 1ª fase do Júri, é possível falar também em absolvição, mas, em
regra, quando cabível a apelação (Impronúncia e Absolvição Sumária - o preâmbulo da APL é o
art. 416 do CPP e as teses é o art. 415 do CPP). Nesse caso o MP é quem fará o recurso,
cabendo, então, a defesa fazer as contrarrazões. Mas é possível, também, excepcionalmente, que
a defesa faça o recurso de APL:!
!
!
!
!
!
31
!
1. Contra a decisão de Impronúncia (art. 414 do CPP):!
!
a) buscar nulidades (art. 564 do CPP)!
b) buscar a reforma para a absolvição sumária (art. 415 do CPP)!
!
!
2. Contra a decisão de Absolvição Sumária!
!
a) buscar nulidades (art. 564 do CPP)!
b) buscar a reforma dentre as hipóteses de absolvição sumária (mudar os incisos para não haver
ação civil ex delicto - arts. 65, 66 e 67)!
!
!
OBSERVAÇÃO 3: no caso da 2ª fase do Júri (art. 593, III, do CPP), é possível a ANULAÇÃO
como também a ABSOLVIÇÃO:!
!
OCORRÊNCIAS PEDIDOS

- 593, “a”! Anulação e NOVO JÚRI


Nulidade POSTERIOR à Pronúncia


- 593, “b” e “c”
 Reforma JUNTO AO TRIBUNAL (não é novo júri).



 Possível falar em Absolvição, nos termos do artigo
1. Equívoco do Juiz Presidente na aplicação da lei 386 do CPP, e não do artigo 415 (pois não é
(Pena ou MS)
 sumária)

2. Desrespeito à decisão dos jurados (soberana)!

593, “d”! NOVO JÚRI (possível uma única vez - §3º do 593)
Contradição dos Jurados quanto às provas (provas
indicam absolvição e os jurados condenam)


→ O QUE NÃO ESQUECER NA APELAÇÃO? !
!
1. Não há Juízo de Retratação!
2. No pedido, pleitear o “recebimento e provimento do presente recurso com a reforma da r.
decisão” (fazer esse pedido em todos os recursos)!
!
!
→ A FUNDAMENTAÇÃO FINAL DEVE VIR COM QUAL ARTIGO (5ª pergunta)!
!
1. Regra Geral: se houver tese absolutória, art. 386 do CPP (não é o art. 397 do CPP, pois esse
é o artigo da Resposta à Acusação)!
!
2. Exceção: se for Júri 1ª fase é o art. 415 (se for 2ª fase é o art. 386)!
!
!
3. Citar os artigos (e súmulas) das teses subsidiárias.!
!
!
!
!
!
32
!
→ Observação Importante!
!
Da decisão que REJEITA a denúncia ou queixa cabe:!
!
a) CPP: RESE, art. 581, I.!
b) Lei 9.099/95: APELAÇÃO, art. 82.!
!
!
ATENÇÃO: da decisão que RECEBE a denúncia ou queixa não cabe recurso (é irrecorrível).
Cabe falar apenas em Habeas Corpus.!
!
!
→ PROBLEMA PRÁTICO!
!
Durante o carnaval do ano de 2015, no mês de fevereiro, a família de Joana resolveu
viajar para comemorar o feriado, enquanto Joana, de 19 anos, decidiu ficar em sua
residência, na cidade de Natal, sozinha, para colocar os estudos da faculdade em
dia. Tendo conhecimento dessa situação, Caio, vizinho de Joana, nascido em 25 de
março de 1994, foi até o local, entrou sorrateiramente no quarto de Joana e,
mediante grave ameaça, obrigou-a a praticar com ele conjunção carnal e outros
atos libidinosos diversos, deixando o local após os fatos e exigindo que a vítima
não contasse sobre o ocorrido para qualquer pessoa.!
Apesar de temerosa e envergonhada, Joana contou o ocorrido para sua mãe. A
seguir, as duas compareceram à Delegacia e a vítima ofertou representação. Caio,
então, foi denunciado pela prática como incurso nas sanções penais do Art. 213 do
Código Penal, por duas vezes, na forma do Art. 71 do Estatuto Repressivo. Durante
a instrução, foi ouvida a vítima, testemunhas de acusação e o réu confessou os
fatos. Foi, ainda, juntado laudo de exame de conjunção carnal confirmando a
prática de ato sexual violento recente com Joana e a Folha de Antecedentes
Criminais (FAC) do acusado, que indicava a existência de duas condenações,
embora nenhuma delas com trânsito em julgado. Em alegações finais, o Ministério
Público requereu a condenação de Caio nos termos da denúncia, enquanto a defesa
buscou apenas a aplicação da pena no mínimo legal. No dia 25 de junho de 2015 foi
proferida sentença pelo juízo competente, qual seja a 1ª Vara Criminal da Comarca
de Natal, condenando Caio à pena privativa de liberdade de 10 anos e 06 meses de
reclusão, a ser cumprida em regime inicial fechado. Na sentença consta que a pena
base de cada um dos crimes deve ser aumentada em seis meses pelo fato de Caio
possuir maus antecedentes, já que ostenta em sua FAC duas condenações pela
prática de crimes, e mais 06 meses pelo fato de o acusado ter desrespeitado a

33
liberdade sexual da mulher, um dos valores mais significativos da sociedade,
restando a sanção penal da primeira fase em 07 anos de reclusão, para cada um
dos delitos. Na segunda fase, não foram reconhecidas atenuantes ou agravantes.
Afirmou o magistrado que atualmente é o réu maior de 21 anos, logo não estaria
presente a atenuante do Art. 65, inciso I, do CP. Ao analisar o concurso de crimes, o
magistrado considerou a pena de um dos delitos, já que eram iguais, e aumentou
de 1/2 (metade), na forma do Art. 71 do CP, justificando o acréscimo no fato de
ambos os crimes praticados serem extremamente graves. Por fim, o regime inicial
para o cumprimento da pena foi o fechado, justificando que, independente da pena
aplicada, este seria o regime obrigatório, nos termos do Art. 2º, § 1º, da Lei nº
8.072/90. Apesar da condenação, como Caio respondeu ao processo em liberdade,
o juiz concedeu a ele o direito de aguardar o trânsito em julgado da mesma forma.
Caio e sua família o (a) procuram para, na condição de advogado (a), adotar as
medidas cabíveis, destacando que estão insatisfeitos com o patrono anterior.
Constituído nos autos, a intimação da sentença ocorreu em 07 de julho de 2015,
terça-feira, sendo quarta-feira dia útil em todo o país. Com base nas informações
acima expostas e naquelas que podem ser inferidas do caso concreto, redija a peça
cabível, excluída a possibilidade de Habeas Corpus, no último dia do prazo para
interposição, sustentando todas as teses jurídicas pertinentes. (Valor: 5.00 pontos)!
!
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 1ª VARA CRIMINAL DA
COMARCA DE NATAL, ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE!
!
!
!
!
Processo nº …!
!
!
!
CAIO, (qualificação completa), por seu advogado ao final
firmado (procuração anexa), vem, “mui” respeitosamente, à presença de Vossa Excelência,
INTERPOR APELAÇÃO, no prazo legal de 5 dias, nos termos do artigo 593, inciso I, do Código
de Processo Penal, por não se conformar, “data maxima venia”, com a r. sentença proferida pelo
Juízo, que aplicou erroneamente a pena do recorrente.!
A Defesa requer o recebimento e o processamento do
presente recurso e, após os trâmites legais, a sua remessa ao Egrégio Tribunal de Justiça do
Estado do Rio Grande do Norte.!
!
Nesses Termos,!
Pede Deferimento.!
!
Natal, 13 de julho de 2015.!

34
______________________________!
ADVOGADO OAB…!
!
!
RAZÕES DE APELAÇÃO!
!
!
!
!
Apelante: Caio!
Apelado: Justiça Pública!
Processo nº…!
Vara de Origem: 1ª Vara da Comarca de Natal, Estado do Rio Grande do Norte!
!
!
!
Egrégio Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do
Norte!
Colenda Câmara!
Ilustre Desembargador Relator!
Nobre Desembargador Revisor!
Douto Representante do “Parquet”!
!
Excelências! O Recorrente interpôs a presente Apelação
por não se conformar com a r. sentença proferida pelo MM. Juiz de 1ª Grau, que aplicou
erroneamente a pena do recorrente. Vejamos.!
!
1. DOS FATOS!
!
Consta do processo que durante o carnaval de 2015,
Caio, menor de 21 anos, teria praticado, no mesmo contexto fático, dois atos sexuais com Joana,
contra a sua vontade, razão pela qual foi denunciado e processado pelo crime de estupro, previsto
no artigo 213 do Código Penal, por duas vezes, na forma do artigo 71 do Código Penal, ou seja,
em continuidade delitiva.!
Após os trâmites legais, Caio foi condenado, nos termos
da denúncia, pelo Juízo da 1ª Vara Criminal da Comarca de Natal, Estado do Rio Grande do
Norte, à pena privativa de liberdade de 10 anos e 06 meses de reclusão, a ser cumprida
inicialmente em regime fechado.!
Na r. sentença, o juiz: na primeira fase, aumentou a pena
base em 06 meses por Caio possuir maus antecedentes, bem como em mais 06 meses por ter
desrespeitado a liberdade sexual de uma mulher; na segunda fase, não reconheceu agravantes e
atenuantes, afirmando, inclusive, que Caio era maior de 21 na data dos fatos; na terceira fase,
aumentou de 1/2 a pena em razão da continuidade delitiva prevista no artigo 71 do Código Penal;
e quanto ao regime inicial, fixou o fechado, fundamentando o artigo 2º, §1º, da Lei nº 8.072/90.!
Contudo, Excelências, a r. sentença não merece
prosperar, pelas razões jurídicas a seguir.!
!
2. DO DIREITO!
!
2.1. Do Crime Único. Excelências! Equivocado o
entendimento do nobre Magistrado ao reconhecer a continuidade delitiva no caso concreto. Ora,
embora tenha ocorrido dois atos sexuais, os mesmos foram praticados no mesmo contesto fático,
de modo que não há falar em crime continuado, previsto no artigo 71 do Código Penal, mas sim
em crime único, razão pela qual a continuidade delitiva deve ser afastada.!
!
35
2.2. Da Diminuição de Pena. Subsidiariamente,
Excelências, caso a tese da descontinuidade delitiva não seja afastada, o que se admite por amor
aos debates, o aumento do artigo 71 do Código Penal deve ser diminuído de 1/2 para 1/6, por ter
havido, no entendimento do Magistrado, apenas dois crimes, critério esse utilizado para fixar o
aumento respectivo.!
!
2.3. Da Súmula 444 do Superior Tribunal de Justiça.
Excelências, no que tange à primeira fase, o Magistrado também errou ao aumentar a pena em 06
meses pelos supostos maus antecedentes do apelante. Ora, Excelências, a Súmula 444 do
Superior Tribunal de Justiça dispõe que ações e Inquéritos penais em andamento não podem ser
considerados como maus antecedentes, de modo que tal aumento, então, deve ser afastado.!
!
2.4. Do aumento pela Gravidade em Abstrato. E ainda
na primeira fase, Excelências, o Magistrado não poderia ter aumentado a pena por Caio ter
desrespeitado a liberdade sexual de Joana, haja vista que tal aumento é abstrato, o que é vedado.
Ora, Excelências, a liberdade sexual já é o bem jurídico protegido pelo artigo 213 do Código
Penal, de modo que não há falar em aumento por conta disso, haja vista que a sanção do delito já
é grave e penaliza suficientemente àquele que transgride a regra.!
!
2.5. Da Atenuante da Menoridade. Excelências, o
Magistrado errou, também, na 2ª fase da aplicação da pena, vez que não aplicou a atenuante da
menoridade, por considerar que Caio era maior de 21 anos na data da sentença. Porém, a data da
sentença não tem relevância, no ponto, mas sim a data dos fatos, nos termos do artigo 65, inciso
I, do Código Penal, quando o apelante contava com 20 anos (março de 1.994 e fevereiro de
2015), sendo de rigor, então, a aplicação da respectiva atenuante.!
!
2.6. Da Atenuante da Confissão. Ainda na segunda
fase, Excelências, deveria ter sido reconhecida a atenuante da Confissão, prevista no artigo 65,
inciso III, alínea “d”, do Código Penal, já que o Apelante confessou os fatos em Juízo, de modo
que tal benesse deve ser aplicada ao mesmo.!
!
2.7. Da fixação do regime menos gravoso. Por fim,
Excelências, considerando que o Juiz deveria ter aplicado a pena mínima, diante da retirada de
todos os aumentos e aplicação das atenuantes, o regime que deveria ter sido fixado era o
semiaberto, nos termos do artigo 33, §2º, alínea “b”, do Código Penal. Vale ressaltar que a
imposição de regime inicial fechado de forma obrigatória caiu por terra, já que o Supremo Tribunal
Federal declarou inconstitucional o §1º, do artigo 2º, da Lei 8.072/90, em razão do Princípio da
Individualização da Pena. No mesmo sentido, as Súmulas 440 do Superior Tribunal de Justiça e
718 e 719 do Supremo Tribunal Federal vedam a fixação de regime considerando a gravidade em
abstrato. Dessa forma, o regime menos gravoso é medida que se impõe.!
!
3. DOS PEDIDOS!
!
“Ex positis, requer-se:!
!
3.1. O recebimento do presente recurso e, após, o seu
provimento para a reforma da r. sentença, no sentido de:!
a) reconhecer o crime único, afastando a continuidade
delitiva prevista no artigo 71 do Código Penal;!
b) subsidiariamente, em caso de não acolhimento do
crime único, que o aumento do crime continuado seja diminuído de 1/2 para 1/6, em razão da
quantidade de delitos, qual seja, dois, nos termos do artigo 71 do Código Penal;!
c) o afastamento dos maus antecedentes, nos termos da
Súmula 444 do Superior Tribunal de Justiça;!
d) o afastamento do aumento em razão da proibição do
reconhecimento da gravidade abstrata;!
36
e) o reconhecimento da atenuante da menoridade, nos
termos do artigo 65, inciso I, do Código Penal;!
f) o reconhecimento da atenuante da confissão
espontânea, nos termos do artigo 65, inciso III, alínea “d”, do Código Penal;!
g) após, a aplicação da pena mínima;!
h) por fim, a fixação de regime menos gravoso, qual
seja, o semiaberto, nos termos do artigo 33, parágrafo 2º, alínea “b”, do Código Penal, em
razão da inconstitucionalidade do §1º, do artigo 2º da Lei nº 8.072/70, bem como nos termos
das Súmulas 440 do Superior Tribunal de Justiça, 718 e 719 do Supremo Tribunal Federal.!
!
Nesses Termos,!
Pede Deferimento.!
!
!
Natal, 13 de julho de 2015.!
!
!
___________________________!
ADVOGADO OAB…!
!
!
!
!
!
CONTRARRAZÕES DE APELAÇÃO (PEÇA
COMPOSTA)!
!
!
→ Peça elaborada quando houver recurso da Acusação pela parte contrária (no enunciado
vai estar escrito que o Recurso de Apelação ou o Recurso da Sentença já foi interposto)!
!
!
→ Previsão Legal: art. 600 do CPP!
!
!
→ Prazo: 8 dias (exceção: L. 9.099/95, prazo de 10 dias, art. 82, §2º)!
!
!
→ Peça composta por duas petições:!
!
1. Petição de Juntada (não é interposição!!!)!
!
2. Petição de Contrarrazões de Apelação (não é de Razões de Apelação) (art. 600 do CPP)!
!
!
→ Não esquecer em todas as peças de contrarrazões (4ª pergunta)!
!-
Regra da RECLUSÃO e DETENÇÃO!
- NÃO há Juízo de Retratação.!
!
!
→ Com qual artigo a peça deverá ser fundamentada ao final?!
!
1. Regra Geral: art. 386 do CPP!
37
!
2. Exceção:!
!
a) Tribunal do Júri: art. 593, III, do CP!
b) Impronúncia: art. 414 do CPP!
c) Absolvição Sumária: art. 415 do CPP!
!
!
→ Como identificar se é contrarrazões de apelação?!
!
1. O Juiz absolveu o acusado (ou proferiu decisão favorável ao acusado) e o MP apelou/
recorreu!
2. Os senhores jurados absolveram o acusado e o MP apelou/recorreu!
!
!
→ MODELO DE CONTRARRAZÕES DE APELAÇÃO!
!
!
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA … VARA CRIMINAL DA
COMARCA DE … ESTADO DE …!
!
!
Processo nº …!
!
!
APELADO, (qualificação completa), por seu advogado ao
final firmado (procuração anexa), vem, “mui” respeitosamente, à presença de Vossa Excelência,
requerer a juntada das CONTRARRAZÕES DE APELAÇÃO, no prazo legal de 8 (oito) dias, nos
termos do artigo 600 do Código de Processo Penal, pois a r. sentença não merece reparo.!
Após os trâmites legais, a defesa requer a remessa dos
autos ao Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de …!
!
Nesses Termos,!
Pede Deferimento.!
!
!
Local, Data.!
!
!
______________________________!
ADVOGADO OAB…!
!
!
!
CONTRARRAZÕES DE APELAÇÃO!
!
!
Apelante: Justiça Pública!
Apelado: Réu!
Processo nº…!
Vara de Origem:!
!
!
Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de …!
Colenda Câmara!
Ilustre Desembargador Relator!
38
Nobre Desembargador Revisor (se for crime de reclusão)!
Douto Representante do “Parquet”!
!
Excelências! O presente recurso não merece provimento,
haja vista que a r. sentença foi proferida de acordo com as provas e a legislação vigente, de modo
que não merece reforma. !
!
1. DOS FATOS!
!
2. DO DIREITO (analise se o MP interpôs o recurso no
prazo correto; caso não observado o prazo, pedir o não recebimento do recurso pela
intempestividade) (buscar no mérito a manutenção da r. sentença, rebatendo todas as teses que o
MP trouxer na Apelação, uma à uma, pois o enunciado vai trazer)!
!
3. DOS PEDIDOS!
!
“Ex positis, requer-se:!
!
a) tese preliminar se houver (ex.: não recebimento do
recurso); e!
b) o não provimento do recurso e a manutenção da r.
sentença (o pedido é simples, fica pequeno mesmo; não precisa colocar todas as teses
rebatidas; basta pedir o não provimento do recurso e a manutenção da r. sentença)!
!
Nesses Termos,!
Pede Deferimento.!
!
!
Local, Data.!
!
!
!
___________________________!
ADVOGADO OAB…!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
39
R E C U R S O E M S E N T I D O E S T R I TO ( P E Ç A
COMPOSTA)!
!
!
→ Recurso Típico de DECISÕES INTERLOCUTÓRIAS!
!
→ Previsão Legal: art. 581 e segts. do CPP!
!
→ Terminologia: Recorrente/Recorrido ou Recursante/Recursado!
!
→ Recurso composto por DUAS petições!
!
1ª Petição de Interposição: prazo de 5 dias (art. 586 do CPP)!
!
!
2ª Petição de Razões: prazo de 02 dias (art. 588 do CPP)!
!
Dicas: como identificar ou saber se a OAB quer que você rediga um RESE:!
!
1. O réu foi pronunciado hoje; e!
2. A decisão de pronúncia foi prolatada e o réu foi intimado.!
!
!
→ Não esquecer em todas as peças de RESE!
!-
JUÍZO DE RETRATAÇÃO (art. 589 do CPP)!
!-
SÓ EXISTE RELATOR (independentemente se é reclusão ou detenção)!
!
!
→ Hipóteses de RESE (art. 581)!
!
Art. 581. Caberá recurso, no sentido estrito, da decisão, despacho ou sentença:!
!
I - que não receber a denúncia ou a queixa;!
!
II - que concluir pela incompetência do juízo;!
!
III - que julgar procedentes as exceções, salvo a de suspeição;!
!
IV – que PRONUNCIAR o réu;!
!
V - que conceder, negar, arbitrar, cassar ou julgar inidônea a fiança, indeferir requerimento de
prisão preventiva ou revogá-la, conceder liberdade provisória ou relaxar a prisão em flagrante;
(Redação dada pela Lei nº 7.780, de 22.6.1989)!
!
VI - (Revogado pela Lei nº 11.689, de 2008)!
!
VII - que julgar quebrada a fiança ou perdido o seu valor;!
!
VIII - que decretar a prescrição ou julgar, por outro modo, extinta a punibilidade;!
!
IX - que indeferir o pedido de reconhecimento da prescrição ou de outra causa extintiva da
punibilidade;!
40
!
X - que conceder ou negar a ordem de habeas corpus (ATENÇÃO PARA O ROC)!
!
XI - que conceder, negar ou revogar a suspensão condicional da pena (agravo)!
!
!
XII - que conceder, negar ou revogar livramento condicional (agravo)!
!
!
XIII - que anular o processo da instrução criminal, no todo ou em parte;!
!
!
XIV - que incluir jurado na lista geral ou desta o excluir;!
!
!
XV - que denegar a apelação ou a julgar deserta;!
!
!
XVI - que ordenar a suspensão do processo, em virtude de questão prejudicial (agravo)!
!
!
XVII - que decidir sobre a unificação de penas (agravo)!
!
!
XVIII - que decidir o incidente de falsidade;!
!
!
XIX - que decretar medida de segurança, depois de transitar a sentença em julgado (agravo)!
!
!
XX - que impuser medida de segurança por transgressão de outra (agravo)!
!
!
XXI - que mantiver ou substituir a medida de segurança, nos casos do art. 774 (agravo)!
!
!
XXII - que revogar a medida de segurança (agravo)!
!
!
XXIII - que deixar de revogar a medida de segurança, nos casos em que a lei admita a revogação
(agravo)!
!
!
XXIV - que converter a multa em detenção ou em prisão simples (agravo)!
!
!
→ Fundamento Final!
!-
Arts. 581 e seus incisos do CPP!
!-
Exceção: Tribunal do Júri: arts. 413, 414, 415 e 419 do CPP.!
!
!
!
!
!
41
!
!
!
RESE DE JURÍ: PRINCIPAIS TESES PARA COMBATER A PRONÚNCIA!
!
X Nulidade Anulação da Sentença

X Prescrição Prescrição

Mérito a) Inexistência do fato! Pedir absolvição sumária (art.


b) Negativa de autoria! 415)

c) Atipicidade! 

d) Excludente de ilicitude! Obs.: no caso da alínea “a” e “b”
e) Excludente de culpabilidade deve-se pedir, subsidiariamente,
à Impronúncia.

Mérito Falta de provas para a Pedir a Impronúncia (art. 414)


condenação

Subsidiária de Mérito! Todos os crimes excluídos da Pedir a Desclassificação (art.


(pode ser a tese principal) competência do Júri 419)

Subsidiária de Mérito! Crime mais leve incluído na Pedir a desclassificação ou até


(pode ser a tese principal) competência do júri mesmo a exclusão da causa
qualificadora (desqualificação) ou
de aumento
!
!
!
→ PROBLEMA PRÁTICO!
!
João, em 05/01/2011, foi denunciado pelo crime de homicídio duplamente qualificado: por
motivo fútil (discussão anterior por dívida de jogo) e por uso de recurso que impossibilitou
a defesa (a surpresa com que agiu). Procurado para ser citado, João não foi encontrado,
realizando-se a sua citação por edital e sendo declarada a sua revelia. Foi-lhe nomeado
defensor dativo, que apresentou a resposta à acusação. Durante a instrução foram ouvidas
duas testemunhas. A primeira, arrolada pela acusação, afirmou ter visto quando João, por
ela reconhecido fotograficamente na audiência, surgiu de repente e logo desferiu disparos
em direção à vítima Antônio, causando-lhe a morte, tendo sabido pela esposa da vítima que
o motivo era discussão em virtude de dívida. A segunda testemunha, arrolada pela defesa,
afirmou que conhecia João há muito tempo, sabendo que, na data do fato, ele não estava
no Brasil e, por isso, não podia ser o autor dos disparos. Após os debates, João foi
pronunciado por homicídio duplamente qualificado, nos termos da denúncia, sob o
fundamento de que o depoimento da testemunha da acusação, por ser ela presencial,
merece crédito, além do que, em caso de dúvida, deve o acusado ser pronunciado, já que,
nessa fase processual, vigora o in dubio pro societate. João, intimado da decisão no dia
12/09/2011 (segunda-feira), deu ciência, no mesmo dia, ao seu advogado. Redija a peça
processual mais adequada à sua defesa, no último dia do prazo.!
!
42
!
!
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO PRESIDENTE DA … VARA
CRIMINAL DO JÚRI DA COMARCA DE …, ESTADO DE …!
!
!
Processo nº …!
!
!
JOÃO, (qualificação completa), por seu advogado ao final
firmado (procuração anexa), vem, “mui” respeitosamente, à presença de Vossa Excelência,
INTERPOR RECURSO EM SENTIDO ESTRITO, nos termos do artigo 581, inciso IV, do Código
de Processo Penal, no prazo legal de 05 (cinco) dias, nos termos do artigo 586 do Código de
Processo Penal, por não se conformar com a r. decisão que o Pronunciou pelo crime de homicídio
duplamente qualificado.!
A Defesa requer que Vossa Excelência exerça o JUÍZO
DE RETRATAÇÃO, nos termos do artigo 589 do Código de Processo Penal, reformando a r.
decisão.!
No entanto, caso entenda pela manutenção da r. decisão,
requer o RECEBIMENTO e PROCESSAMENTO do presente recurso, com as razões já inclusas,
remetendo, após os trâmites legais, ao Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de …!
!
Nesses Termos,!
Pede Deferimento.!
!
!
Local, 19 de setembro de 2011.!
!
!
!
______________________________!
ADVOGADO OAB…!
!
!
!
RAZÕES DE RECURSO EM SENTIDO ESTRITO!
!
!
Recorrente: João!
Recorrido: Justiça Pública!
Processo nº…!
Vara de Origem…!
!
Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de …!
Colenda Câmara!
Ilustre Desembargador Relator!
Douto Representante do “Parquet”!
!
Excelências! O Recorrente interpôs o presente Recurso
em Sentido Estrito por não se conformar com a r. decisão de pronúncia do Juízo de 1º Grau, haja
vista que a Absolvição Sumária ou, subsidiariamente, a Impronúncia é medida de rigor. Vejamos.!
!
1. DOS FATOS!
!
Excelências! O Recorrente, em 05/01/2011, foi
denunciado pelo crime de homicídio duplamente qualificado. Citado por edital, João não foi
43
encontrado e nem constituiu advogado, o que levou o Juiz à nomear defensor dativo para
apresentação de defesa.!
!
Durante a Instrução, foram ouvidas duas testemunhas, e
uma delas afirmou que João estava fora do Brasil na data dos fatos. Contudo, mesmo assim, o
Recorrente foi Pronunciado nos termos da denúncia e intimado no dia 12/09/2011, data em que
deu ciência ao seu advogado.!
!
Ocorre, Excelências, que o Recorrente não deveria ter
sido Pronunciado, mas sim Absolvido Sumariamente ou, ao menos, Impronunciado nos termos a
seguir.!
!
!
2. DO DIREITO!
!
2.1. Da nulidade pela não suspensão do processo.
Excelências! O processo deve ser anulado desde o momento da nomeação de Defensor Dativo ao
Recorrente, visto que, citado por edital, o mesmo não compareceu e nem constituiu advogado,
razão pela qual o processo deveria ter sido suspenso pelo Ilustre Magistrado de 1º Grau, nos
termos do artigo 366 do Código de Processo Penal.!
Porém, não foi o que aconteceu, visto que o Magistrado
não observou o procedimento legal e deu prosseguimento ao processo, inclusive Pronunciando o
Recorrente, motivo pelo qual o reconhecimento da nulidade processual é medida que se impõe,
nos termos do artigo 564, inciso IV, do Código de Processo Penal.!
!
2.2. Da Absolvição Sumária. Subsidiariamente,
Excelências, caso não anulado o processo, o que se admite por amor aos debates, o Recorrente
deve ser Absolvido Sumariamente.!
Consta dos autos que o Recorrente, na data em que
ocorreu o homicídio descrito na denúncia, estava viajando ao Estrangeiro, razão pela qual surge a
indagação: como o Recorrente poderia estar em 2 lugares ao mesmo tempo? E a resposta é
simples, Excelências, não foi o Recorrente o autor do delito.!
Ora, Excelências, a testemunha de defesa foi enfática ao
narrar que o Recorrente estava fora do Brasil e, por isso, não poderia ser ele o autor dos disparos.
Destarte, o Recorrente não concorreu para a prática do homicídio duplamente qualificado, razão
pela qual deve ser Absolvido Sumariamente da acusação lhe imputada, nos termos do artigo 415,
inciso II, do Código de Processo Penal, fazendo-se, assim, Justiça!!
!
2.3. Da Impronúncia. Subsidiariamente, Excelências,
caso não acolhida a tese de Absolvição Sumária, “ad argumentandum tantum”, o Recorrente deve,
ao menos, ser Impronunciado, haja vista que, embora a testemunha de acusação tenha
reconhecido o Recorrente por fotografia, a testemunha de defesa foi categórica ao afirmar o álibi
de João. Ou seja, não há prova suficiente para a Pronúncia de João, o que leva à Impronúncia do
mesmo.!
!
3. DOS PEDIDOS!
!
“Ex positis, requer-se:!
!
3.1. O recebimento do recurso e a decretação da
nulidade do processo, nos termos do artigo 366 e 564, inciso IV, ambos do Código de Processo
Penal;!
3.2 Subsidiariamente, o provimento do recurso e a
reforma da r. decisão que Pronunciou João, para:!
a) Absolvê-lo Sumariamente da acusação lhe imputada,
nos termos do artigo 415, inciso II, do Código de Processo Penal;!
44
b) Subsidiariamente, Impronunciá-lo, nos termos do artigo
414 do Código de Processo Penal, fazendo-se, assim, a mais pura e cristalina Justiça.!
Nesses Termos,!
Pede Deferimento.!
!
!
Local, 19 de setembro de 2011.!
!
!
___________________________!
ADVOGADO OAB…!
!
!
!
CONTRARRAZÕES DE RECURSO EM SENTIDO
ESTRITO (PEÇA COMPOSTA)!
!
!
→ Peça elaborada quando houver interposição de RESE!
!
!
→ Previsão legal: art. 588 do CPP!
!
!
→ Peça composta por 2 petições (idem à apelação)!
!
!
1ª) Petição de Juntada: 2 dias (art. 588)!
!
2ª) Petição de Contrarrazões: 2 dias (art. 588)!
!
!
!
→ Como identificar?!
!
1. O magistrado prolatou decisão favorável ao acusado (dentro das não revogadas do art. 581 do
CPP) e o MP recorreu.!
!
!
→ Não esquecer em todas as peças de contrarrazões de RESE!
!-
NÃO TEM JUÍZO DE RETRATAÇÃO!
- Só existirá relator.!
!
!
→ Artigo Final: regra geral art. 581 do CPP (exceção: Tribunal do Júri: 413, 414, 415 e 419).!
!
→ MODELO DE CONTRARRAZÕES DE RESE: IGUAL A DE CONTRARRAZÕES DE
APELAÇÃO, APENAS COM OS ARTIGOS DIFERENTES (NÃO TEM JUÍZO DE RETRATAÇÃO)!
!
Obs.: trata-se do mesmo modelo das Contrarrazões de Apelação (lembre-se de rebater todas as
teses alegadas pelo MP, pois a decisão do Juiz de 1ª instância vai ser favorável ao réu; deve-se
aplaudir a decisão do Magistrado).!
45
REQUERIMENTO AO JUÍZO DA VARA DAS
EXECUÇÕES (PEÇA SIMPLES)!
!
→ Peça (não é recurso) típica da FASE EXECUTÓRIA (o réu foi condenado e, após preencher
algumas condições, faz jus a um benefício previsto no art. 66 da Lei de Execução Penal - Lei nº
7.210/84 - Vide artigo, pois deve-se buscar algum benefício lá presente). !
!
→ Endereçamento: Juiz da Vara das Execuções Criminais (Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz
de Direito da … Vara de Execução Penal da Comarca de … Estado de …)!
!
→ Teses cabíveis: art. 66 da Lei nº 7.210/84 (LEP)!
!
→ Terminologia: peticionário, requerente, postulante ou condenado ou executado!
!
!
→ COMO IDENTIFICAR: o réu já foi condenado, já está cumprindo pena, porém o Juiz da
Execução não examinou matéria referente à execução da pena (art. 66 da LEP).!
!
!
ATENÇÃO: para ser a peça de REQUERIMENTO AO JUIZ DA EXECUÇÃO, não houve nenhum
requerimento prévio para melhora da situação do réu, pois se houve e foi negado o benefício (no
enunciado vai estar escrito que o Juiz da Execução negou o benefício) caberá, então, AGRAVO
EM EXECUÇÃO (peça - recurso - a seguir).!
!
!
→ NÃO ESQUECER!
!
- Todas as hipóteses estão no art. 66 da LEP.!
!
!
→ Artigo final: art. 66 da LEP.!
!
!
→ Observação: S. 611 do STF.!
!
!
OBS.: Trata-se de uma peça simples (modelo de peça simples). No direito, deve-se buscar
alguma das teses do artigo 66 do LEP!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
46
AGRAVO EM EXECUÇÃO (PEÇA COMPOSTA)!
!
!
→ Recurso típico da FASE EXECUTÓRIA DA PENA (já houve o requerimento e ele foi negado)!
!
→ Previsão Legal: art. 197 da L. 7.210/84!
!
→ Teses: art. 66 da Lei de Execução Penal (são as matérias de competência do Juízo da
Execução)!
!
→ Terminologia: Agravante, Recursante ou Recorrente!
!
→ RECURSO COMPOSTO POR DUAS PETIÇÕES!
!
!
1ª Petição: Petição de Interposição (endereçada ao Juiz da Vara das Execuções)!
!-
Prazo de 5 dias (S. 700 do STF ou art. 586 do CPP)!
!-
Se o juiz não receber ou obstar o seguimento do Agravo: Carta Testemunhável!!
!
!
2ª Petição: Petição de Razões (endereçada ao Tribunal)!
!
- Prazo de 2 dias!
!
!
→ NÃO ESQUECER!
!-
HÁ JUÍZO DE RETRATAÇÃO!
!-
Só existe RELATOR (independentemente de Reclusão ou Detenção)!
!
!
→ Artigo Final: art. 66 da LEP!
!
!
→ COMO IDENTIFICAR?!
!
1. O condenado postulou a aplicação da lei mais favorável e o juiz da execução indeferiu o pleito;!
!
2. O executado requereu a unificação das penas e o juiz da execução negou o pedido;!
!
3. O executado requereu o benefício da anistia concedida pelo congresso nacional e o juiz da
execução indeferiu tal postulação;!
!
4. O executado requereu o benefício da saída temporária e o juiz da execução negou.!
!
!
→ PROBLEMA PRÁTICO!
!
Gilberto, quando primário, apesar de portador de maus antecedentes, praticou um
crime de roubo simples, pois, quando tinha 20 anos de idade, subtraiu de Renata,
mediante grave ameaça, um aparelho celular. Apesar de o crime restar consumado,
47
o telefone celular foi recuperado pela vítima. Os fatos foram praticados em 12 de
dezembro de 2011. Por tal conduta, foi Gilberto denunciado e condenado como
incurso nas sanções penais do Art. 157, caput, do Código Penal a uma pena
privativa de liberdade de 04 anos e 06 meses de reclusão em regime inicial fechado
e 12 dias multa, tendo a sentença transitada em julgado para ambas as partes em 11
de setembro de 2013. Gilberto havia respondido ao processo em liberdade, mas,
desde o dia 15 de setembro de 2013, vem cumprindo a sanção penal que lhe foi
aplicada regularmente, inclusive obtendo progressão de regime. Nunca foi punido
pela prática de falta grave e preenchia os requisitos subjetivos para obtenção dos
benefícios da execução penal. No dia 25 de fevereiro de 2015, você, advogado(a) de
Gilberto, formulou pedido de obtenção de livramento condicional junto ao Juízo da
Vara de Execução Penal da comarca do Rio de Janeiro/RJ, órgão efetivamente
competente. O pedido, contudo, foi indeferido, apesar de, em tese, os requisitos
subjetivos estarem preenchidos, sob os seguintes argumentos: a) o crime de roubo
é crime hediondo, não tendo sido cumpridos, até o momento do requerimento, 2/3
da pena privativa de liberdade; b) ainda que não fosse hediondo, não estariam
preenchidos os requisitos objetivos para o benefício, tendo em vista que Gilberto,
por ser portador de maus antecedentes, deveria cumprir metade da pena imposta
para obtenção do livramento condicional; c) indispensabilidade da realização de
exame criminológico, tendo em vista que os crimes de roubo, de maneira abstrata,
são extremamente graves e causam severos prejuízos para a sociedade. Você,
advogado(a) de Gilberto, foi intimado dessa decisão em 23 de março de 2015, uma
segunda-feira. Com base nas informações acima expostas e naquelas que podem
ser inferidas do caso concreto, redija a peça cabível, excluída a possibilidade de
habeas corpus, no último dia do prazo para sua interposição, sustentando todas as
teses jurídicas pertinentes. (Valor: 5,00) !
!
!
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA … VARA DA EXECUÇÃO
CRIMINAL DA COMARCA DO RIO DE JANEIRO, ESTADO DO RIO DE JANEIRO!
!
!
!
Processo nº …!
!
!
GILBERTO, (qualificação completa), por seu
advogado (procuração anexa), vem, “mui” respeitosamente, à presença de Vossa
Excelência, INTERPOR AGRAVO EM EXECUÇÃO, nos termos do artigo 197 da Lei nº
7.210/84, no prazo legal de 5 (cinco) dias, nos termos do artigo 586 do Código de
Processo Penal e da Súmula 700 do Supremo Tribunal Federal, por não se conformar,
“data maxima venia”, com a r. decisão que indeferiu, embora presentes os requisitos, o
benefício de livramento condicional, previsto nos artigos 131 da Lei 7.210/84 combinado
com o artigo 83 do Código Penal.!

48
Tendo em vista que presentes os requisitos para a
concessão do livramento condicional, nos termos do artigo 83 do Código Penal, de rigor a
retratação de Vossa Excelência, nos termos do artigo 589 do Código de Processo Penal. !
Contudo, caso Vossa Excelência não exerça o Juízo
de Retratação, requer o recebimento do presente recurso e, após o seu processamento, a
remessa ao Egrégio Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro.!
!
Nesses Termos,!
Pede Deferimento.!
!
Rio de Janeiro, 30 de março de 2015.!
!
______________________________!
ADVOGADO OAB…!
!
!
RAZÕES DE AGRAVO EM EXECUÇÃO!
!
!
Agravante: Gilberto!
Agravado: Justiça Pública!
Processo nº…!
Vara de Origem: ___ Vara da Execução Penal da Comarca do Rio de Janeiro, Estado do
Rio de Janeiro!
!
!
Egrégio Tribunal de Justiça do Estado do Rio de
Janeiro!
Colenda Câmara!
Ilustre Desembargador Relator!
Douto Representante do “Parquet”!
!
!
Excelências! O Agravante interpôs o presente
recurso por não se conformar com o indeferimento do benefício de livramento condicional,
haja vista que presentes os requisitos para a sua concessão. Vejamos.!
!
1. DOS FATOS!
!
Consta dos autos que Gilberto, quando primário,
apesar de portador de maus antecedentes, fora condenado à 4 anos e 6 meses de
reclusão e 12 dias-multa, em regime fechado, pois teria praticado, em face de Renata,
Roubo Simples de um aparelho celular, previsto no artigo 157, caput, do Código Penal.!
!
Demais disso, consta que Gilberto respondeu o
processo em liberdade, mas que desde 15 de setembro de 2013 vem cumprindo,
regularmente, a sanção penal lhe aplicada, sem cometer qualquer falta grave, além de ter
sido beneficiado com progressão de regime.!
!
Verifica-se, ainda, que Gilberto, aos 25 de fevereiro
de 2015, pugnou por seu livramento condicional, o que foi indeferido, sob os argumentos
de: a) infração hedionda e não cumprimento de 2/3 da pena; b) mesmo que não hediondo
49
o crime, não teria cumprido 1/2 da pena, já que ostenta maus antecedentes; e c)
indispensabilidade da realização de exame criminológico.!
!
Contudo, Excelências, o MM. Juiz se equivocou,
posto que presentes todos os requisitos para a concessão do livramento condicional,
conforme será demonstrado a seguir.!
!
2. DO DIREITO!
!
2.1. Do Livramento Condicional. Excelências, nos
termos dos artigos 66, inciso III, alínea “e” e 131 da Lei nº 7.210/84, o executado faz jus
ao benefício de livramento condicional se presentes os requisitos do artigo 83 do Código
Penal, quais sejam: a) se primário, cumprimento de mais de 1/3 da pena; b) se
reincidente, cumprimento de mais da 1/2 da pena; c) comportamento satisfatório; d)
reparação do dano, salvo impossibilidade de fazê-lo; e) se crime hediondo, e não
reincidência específica, cumprimento de mais de 2/3 da pena; e f) constatação de
ausência de periculosidade do executado.!
Ora, Excelências, estão presentes todos os
requisitos elencados acima, de modo que se equivocou o MM. Juiz.!
!
2.2. Da Natureza NÃO HEDIONDA do Crime de
Roubo Simples. Excelências, o Crime de Roubo Simples, previsto no artigo 157 do
Código Penal, não se encontra no rol do artigo 1º da L. 8.072/90, de modo que não se
trata, então, de Crime Hediondo, já que o rol é fechado, isto é, taxativo, o que demonstra
o erro do Magistrado de 1º Grau, razão pela qual de rigor o afastamento da hediondez do
delito.!
!
2.3. Do cumprimento de 1/3 e não 1/2 da Pena.
Além disso, o MM. Juiz de 1º Grau errou ao enquadrar a hipótese dos autos ao inciso II
do artigo 83 do Código Penal, visto que, por não ser reincidente, o inciso que se adequa à
situação é o I, ou seja, o executado deve cumprir 1/3 da pena, e não 1/2, de modo que
deve ser afastada a analogia in malam partem feita pelo Magistrado. E conforme se
constata dos autos, o requisito temporal do inciso I está presente. !
!
2.4. Da prescindibilidade do Exame
Criminológico. No ponto, Excelências, o Magistrado se furtou da aplicação da Súmula
439 do Colendo Superior Tribunal de Justiça, que dispõe ser prescindível o Exame
Criminológico, e não imprescindível, como fundamentou o Ilustre Juiz, fundamentação
essa abstrata, que também merece ser rechaçada. !
!
2.5. Do comportamento satisfatório do
Executado. Rechaçados os argumentos do Ínclito Julgador de 1º grau, necessário frisar
que estão presentes os demais requisitos, como o bom comportamento do Executado,
que nunca cometeu falta grave e ainda lhe fora concedida progressão de regime, requisito
esse necessário para a concessão, nos termos do inciso III do artigo 83 do Código Penal.!
!
2.6. Da reparação do dano. Ademais, está presente
também o requisito previsto no inciso IV do artigo 83 do Código Penal, qual seja, a
reparação do dano, haja vista que a vítima recuperou o aparelho celular, conforme se
verifica nos autos. !
!
50
2.7. Da ausência de periculosidade do
Executado. Por fim, Excelências, o bom comportamento do Executado faz presumir que
ele não voltará a delinquir, razão pela não há motivos para a não concessão do benefício
do livramento condicional.!
!
3. DOS PEDIDOS!
!
“Ex positis, Excelências, requer-se:!
!
3.1. o recebimento do presente recurso e, após, o
seu provimento para a reforma da r. decisão, no sentido de concessão do benefício de
livramento condicional, nos termos dos artigos 66, inciso III, alínea “e” da Lei nº 7.210/84,
combinado com os artigos 131 da mesma Lei e 83 do Código Penal; e!
3.2. a expedição do alvará de soltura “clausulado”,
fazendo-se, assim, mais pura e cristalina JUSTIÇA!!!!
!
Nesses Termos,!
Pede Deferimento.!
!
!
Rio de Janeiro, 30 de março de 2015.!
!
!
!
___________________________!
ADVOGADO OAB…!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
51
EMBARGOS INFRINGENTES OU DE NULIDADE
(PEÇA COMPOSTA)!
!
!
→ RECURSO cabível quando da decisão de 2x1!!!!
!
!
→ Previsão legal: art. 609, parágrafo único, do CPP!
!
!
→ Recurso EXCLUSIVO DA DEFESA!!!!
!
!
→ Terminologia: Embargante, Recursante ou Recorrente!
!
!
→ RECURSO COMPOSTO POR 2 PETIÇÕES!
!
!
1ª Petição: Interposição (já com as razões)!
!-
Prazo de 10 dias!
!-
Endereçamento: Excelentíssimo Senhor Doutor Desembargador Relator do v. Acórdão nº… da
… Câmara Criminal do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de …!
!
!
2ª Petição: Razões de Embargos: endereçada ao mesmo Tribunal Competente.!
!
!
→ CABIMENTO!
!-
Sempre que uma APELAÇÃO, RESE ou AGRAVO EM EXECUÇÃO for improvido por 2x1!!!!
!
!
ATENÇÃO!!!!
!
A = APELAÇÃO!
R = RESE!
A = AGRAVO EM EXECUÇÃO!
!
!
→ NÃO ESQUECER EM TODAS AS PEÇAS DE EMBARGOS INFRINGENTES!
!-
Julgado por 5 membros de uma Câmara!
!-
SEMPRE haverá RELATOR e REVISOR!
!
!
!
!
!
!
!
52
!
→ EMBARGOS INFRINGENTES OU DE NULIDADES?!
!
!
1. INFRINGENTES: se o voto vencido agasalhar matéria de mérito!
!
2. NULIDADE: se o voto vencido agasalhar matéria de nulidade (processo penal)!
!
!
!
ATENÇÃO: o candidato está limitado a matéria do VOTO VENCIDO! NÃO IR ALÉM!!!!
!
!
!
→ COMO IDENTIFICAR?!
!
1. O problema vai trazer maioria de votos, ou 2 votos a 1, sempre relatando o voto vencido…!
!
2. Por maioria de votos, o acusado foi condenado, ou mantida a apelação, porém o voto vencido
esclarecia que…!
!
!
!
→ Artigo final: depende da matéria (absolvição, desclassificação etc.).!
!
!
!
→ PROBLEMA PRÁTICO!
!
O indivíduo A, primário, com 19 anos de idade, furtou para si, de uma loja, mediante fraude,
cinco canetas esferográficas, avaliadas em R$5,00. Tramitou o processo observando-se
todas as formalidades e, ao final, A foi condenado pelo juiz da 30ª Vara Criminal de São
Paulo a cumprir pena de 2 anos de reclusão, em regime inicial aberto, substituída por duas
penas restritivas de direitos. Inconformado com a sentença condenatória, interpôs recurso
de apelação. Julgada a apelação, a sentença de 1ª instância foi mantida por maioria de
votos. O voto divergente, embora mantivesse a condenação, reduzia a pena a 8 meses de
detenção, em face do disposto no §2º, do art. 155 do CP, excluindo uma das penas
restritivas de direito. Você, na qualidade de advogado contratado por A, redija a
peça cabível em seu favor, diferentemente de Habeas Corpus, no prazo legal,
considerando a intimação datada em 18/03/2019, segunda-feira, sendo terça-feira
dia útil em todo o país. !
!
!
!
!
!
53
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR RELATOR DO v.
ACÓRDÃO Nº … DA … CÂMARA CRIMINAL DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA
DO ESTADO DE SÃO PAULO!
!
!
Processo nº …!
!
!
!
“A”, (qualificação completa), por seu advogado ao
final firmado (procuração anexa), vem, “mui” respeitosamente, à presença de Vossa
Excelência, INTERPOR EMBARGOS INFRINGENTES, no prazo legal de 10 dias, nos
termos do artigo 609, parágrafo único, do Código de Processo Penal, por não se
conformar com o v. acórdão que o condenou por furto qualificado mediante fraude à pena
de 2 (dois) anos de reclusão, em regime aberto, substituída a pena privativa de liberdade
por duas restritivas de direito, estando correto o v. acórdão vencido, conforme razões.!
Assim, requer o recebimento do presente recurso
para, ao final, ser dado provimento, nos termos do voto vencido.!
!
Nesses Termos,!
Pede Deferimento.!
!
!
São Paulo, 28 de março de 2019.!
!
!
!
______________________________!
ADVOGADO OAB…!
!
!
RAZÕES DE EMBARGOS INFRINGENTES!
!
Embargante: “A”!
Embargado: Justiça Pública!
Processo nº…!
Vara de Origem: 30ª Vara Criminal da Comarca de São Paulo, Estado de São Paulo!
!
!
Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo!
Colenda Câmara!
Ilustres Desembargadores!
Douto Representante do “Parquet”!
!
Excelências! O Embargante interpôs o presente
recurso por não se conformar com os votos vencedores, posto que o acórdão vencido,
sim, está em conformidade com o ordenamento jurídico pátrio. Vejamos.!
!
1. DOS FATOS!
!
Consta dos autos que “A”, com 19 anos de idade,
teria furtado para si, de uma loja, mediante fraude, 5 (cinco) canetas esferográficas,
54
avaliadas em R$5,00, razão pela qual fora processado perante à 30ª Vara Criminal da
Comarca de São Paulo, Estado de São Paulo, e condenado a 2 anos de reclusão, em
regime inicial aberto, substituída a pena privativa de liberdade por 2 (duas) restritivas de
direito. !
!
Inconformado, o Embargante interpôs apelação, mas
o v. acórdão foi mantido por maioria de votos. Vale ressaltar que o voto vencido,
conquanto mantivesse a condenação, reduziu a pena a 8 meses, em face do Furto
Privilegiado, previsto no §2º do artigo 155, do Código Penal, excluindo uma das penas
restritiva de direito.!
!
Desse modo, o Embargante interpõe, agora, os
presentes Embargos Infringentes visando a prevalência do voto vencido, que fez Justiça
no caso concreto, conforme a seguir. !
!
2. DO DIREITO!
!
2.1. Da causa de diminuição de pena. Excelências,
o artigo 155, §2º, do Código Penal traz a figura do Furto Privilegiado, ou seja, possível
causa de diminuição de pena quando o agente criminoso for primário e a coisa for de
pequeno valor. Todavia, Excelências, tal causa não fora aplicada, erroneamente, já que as
canetas somam R$5,00 (pequeno valor) e “A” é primário, conforme consta de sua FAC -
Folha de Antecedentes Criminais. !
!
2.2. Da possibilidade de Furto Qualificado-
Privilegiado. Além disso, Excelências, já decidiu o Colendo Superior Tribunal de Justiça,
na Súmula 511, que é perfeitamente possível a combinação da privilegiadora com a
qualificadora, quando esta for de ordem objetiva, o que ocorreu no caso concreto (fraude
combinada com primariedade e valor da coisa). !
Dessa forma, de rigor o reconhecimento do Furto
Privilegiado para reduzir a pena à 8 meses, nos termos do voto vencido.!
!
2.3. Da exclusão de uma das penas restritivas de
direito. Excelências, aplicada a redução da pena pelo Furto Privilegiado, a sanção ficará
aquém de 1 ano, razão pela qual perfeitamente possível a aplicação de apenas uma pena
restritiva de direitos, nos termos do artigo 44, §2º, parte inicial, do Código Penal, o que se
postula desde já, com fulcro no voto vencido.!
Destarte, o v. acórdão merece reforma, também, no
ponto.!
!
3. DOS PEDIDOS!
!
“Ex positis, Excelências, requer-se:!
!
3.1. o recebimento do presente recurso e, após, o
seu provimento para a reforma do v. acórdão, no sentido do voto vencido, ou seja:!
a) reconhecimento do Furto Privilegiado, nos termos
do artigo 155, §2º, do Código Penal, combinado com a Súmula 511 do Superior Tribunal
de Justiça, reduzindo a pena do Embargante à 8 meses; e!
b) consequentemente, exclusão de uma das penas
restritivas de direitos, nos termos do artigo 44, §2º, primeira parte, do Código Penal,
fazendo-se, assim, a mais bela e brilhante JUSTIÇA!!!!
55
Nesses Termos,!
Pede Deferimento.!
!
!
São Paulo, 28 de março de 2019.!
!
!
!
_________________________!
ADVOGADO OAB…!
!
!
RECURSO ESPECIAL (PEÇA COMPOSTA)!
!
!
!
→ RECURSO cabível da decisão FINAL dos Tribunais!
!
!
→ CABIMENTO: art. 105, III, da CF:!
!
“a” decisão que contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhe vigência!
!
“b” decisão que julgar válido ato de governo local contestado em face de lei federal!
!
“c” decisão que der à lei federal interpretação diversa da que lhe haja atribuído outro tribunal!
!
!
→ COMPETÊNCIA:!
!
1. Petição de Interposição: ao presidente do Tribunal que proferiu a decisão;!
!
2. Petição de Razões: ao STJ.!
!
!
→ PRAZO: 15 dias (art. 26 da L. 8.038/90 - revogado pelo 1.003, §5º do NCPC) (dias corridos -
STF, AgInt no AREsp 1.175.202/MG)!
!
!
→ TESES e REQUERIMENTO!
!
1. Na interposição: Recebimento e Processamento do Recurso!
!
2. Nas razões, deve-se arguir a violação à lei federal, ou, ainda, uma das outras hipóteses de
cabimento do recurso.!
!
!
!
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE …!
!
OU!
56
!
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR FEDERAL PRESIDENTE DO
EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA … REGIÃO (SE O PROCESSO TRAMITOU
NO TRF POR SER CRIME FEDERAL)!
!
!
Processo nº …!
!
!
!
NOME DO RECORRENTE, (qualificação completa), por
seu advogado ao final firmado (procuração anexa), vem, “mui” respeitosamente, à presença de
Vossa Excelência, INTERPOR RECURSO ESPECIAL, nos termos do artigo 105, inciso III, alínea
“a” OU “b” OU “c”, da Constituição Federal, no prazo legal de 15 dias, nos termos do artigo 1.003,
§5º, do Código de Processo Civil, por não se conformar, “data maxima venia”, com o v. acórdão
deste Tribunal que (mostrar o inconformismo). !
O Recorrente requer o recebimento do presente recurso,
com as razões já inclusas, e, após os trâmites legais, a remessa ao Colendo Superior Tribunal de
Justiça para posterior provimento.!
!
Nesses Termos,!
Pede Deferimento.!
!
!
Local, Data (15 dias corridos)!
!
!
______________________________!
ADVOGADO OAB…!
!
!
!
RAZÕES DE RECURSO ESPECIAL!
!
!
Recorrente: Nome do Recorrente!
Recorrido: Justiça Pública!
Processo nº…!
Vara de Origem: …!
!
(pule 1 linha)!
!
Colendo Superior Tribunal de Justiça!
Colenda Turma!
Ilustres Ministros!
Douto Representante do “Parquet”!
!
Excelências! O Recorrente interpôs o presente Recurso
Especial por não se conformar com o v. acórdão que (mostrar o inconformismo). Vejamos.!
!
1. DOS FATOS!
!
2. DO DIREITO (uma diferença das demais peças:
abrir parágrafo de prequestionamento, conforme abaixo) (após, demonstrar alguma das
hipóteses do artigo 105, inciso III, alíneas “a”, “b” ou “c”, da CF)!
!
57
2.1. Do Prequestionamento. !
!
Conforme se verifica do acórdão impugnado, o artigo …
da Lei …, não foi aplicado corretamente. Vê-se que a doutrina e jurisprudência tem se inclinado
(colocar como deveria ter decidido o Tribunal).!
Diante disso, a matéria não foi apenas examinada pelo
Tribunal a quo, como o dispositivo pertinente (art. …) está expressamente mencionado no v.
acórdão, donde o prequestionamento encontra-se, então, explícito.!
!
2.2. (LEVANTAR AS TESES PRELIMINARES E
MERITÓRIAS, SEPARANDO POR TÓPICOS)!
!
3. DOS PEDIDOS!
!
!
“Ex positis, requer-se:!
!
3.1. O recebimento do presente recurso e, após, o seu
provimento para a reforma do v. acórdão, no sentido de (fazer os pedidos).!
!
Nesses Termos,!
Pede Deferimento.!
!
Local, Data (15 dias corridos)!
!
!
!
___________________________!
ADVOGADO OAB…!
!
!
!
RECURSO EXTRAORDINÁRIO (PEÇA COMPOSTA)!
!
!
!
→ RECURSO cabível da decisão FINAL dos Tribunais!
!
!
→ CABIMENTO: art. 102, III, da CF:!
!
1. Decisão que contrarie dispositivo constitucional;!
!
2. Decisão que declarar a INCONSTITUCIONALIDADE de tratado ou lei federal;!
!
3. Decisão que julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face da CF;!
!
4. Decisão que julgar válida lei local contestada em face de lei federal.!
!
!
!
→ COMPETÊNCIA:!
!
1. Petição de Interposição: ao presidente do Tribunal que proferiu a decisão;!
58
!
2. Petição de Razões: ao STF!
!
!
→ PRAZO: 15 dias corridos (art. 26 da Lei 8.038/90 - revogado pelo 1.003, §5º do NCPC)!
!
!
→ TESES E REQUERIMENTO!
!
1. Na Interposição: Recebimento e Remessa do Recurso ao STF!
!
2. Nas Razões: arguir a violação à CF ou as demais teses de cabimento.!
!
!
!
!
→ MODELO!
!
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE …!
!
OU!
!
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR FEDERAL PRESIDENTE DO
EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA … REGIÃO (SE O PROCESSO TRAMITOU
NO TRF POR SER CRIME FEDERAL)!
!
!
Processo nº …!
!
!
NOME DO RECORRENTE, (qualificação completa), por
seu advogado ao final firmado (procuração anexa), vem, “mui” respeitosamente, à presença de
Vossa Excelência, INTERPOR RECURSO ESPECIAL, nos termos do artigo 102, inciso III, alínea
“a” OU “b” OU “c”, da Constituição Federal, no prazo legal de 15 dias, nos termos do artigo 1.003,
§5º, do Código de Processo Civil, por não se conformar, “data maxima venia”, com o v. acórdão
deste Tribunal que (mostrar o inconformismo). !
O Recorrente requer o recebimento do presente recurso,
com as razões já inclusas, e, após os trâmites legais, a remessa ao Egrégio Supremo Tribunal
Federal para posterior provimento.!
!
Nesses Termos,!
Pede Deferimento.!
!
!
Local, Data (15 dias corridos)!
!
!
______________________________!
ADVOGADO OAB…!
!
!
!
!
!
59
RAZÕES DE RECURSO EXTRAORDINÁRIO!
!
Recorrente: Nome do Recorrente!
Recorrido: Justiça Pública!
Processo nº…!
Vara de Origem: …!
!
Egrégio Supremo Tribunal Federal!
Colenda Turma!
Ilustres Ministros!
Douto Representante do “Parquet”!
!
Excelências! O Recorrente interpôs o presente Recurso
Especial por não se conformar com o v. acórdão que (mostrar o inconformismo). Vejamos.!
!
1. DOS FATOS!
!
2. DO DIREITO (uma diferença das demais peças:
abrir parágrafo de prequestionamento, conforme abaixo) (após, demonstrar alguma das
hipóteses do artigo 105, inciso III, alíneas “a”, “b” ou “c”, da CF)!
!
2.1. Do Prequestionamento. !
!
Conforme se verifica do acórdão impugnado, o artigo …
da Lei …, não foi aplicado corretamente. Vê-se que a doutrina e jurisprudência tem se inclinado
(colocar como deveria ter decidido o Tribunal).!
Diante disso, a matéria não foi apenas examinada pelo
Tribunal a quo, como o dispositivo pertinente (art. …) está expressamente mencionado no v.
acórdão, donde o prequestionamento encontra-se, então, explícito.!
!
2.2. (LEVANTAR AS TESES PRELIMINARES E
MERITÓRIAS, SEPARANDO POR TÓPICOS)!
!
3. DOS PEDIDOS!
!
“Ex positis, requer-se:!
!
3.1. O recebimento do presente recurso e, após, o seu
provimento para a reforma do v. acórdão, no sentido de (fazer os pedidos).!
!
!
Nesses Termos,!
Pede Deferimento.!
!
!
Local, Data (15 dias corridos)!
!
!
___________________________!
ADVOGADO OAB…!
!
!
!
60
RECURSO ORDINÁRIO CONSTITUCIONAL (PEÇA
COMPOSTA)!
!
!
→ CABIMENTO (art. 102, II, ou 105, II, da CF)!
!
1. Art. 102, II, “a” da CF


- Decisões DENEGATÓRIAS de HC ou MS, HD ou MI proferidas em ÚNICA instância pelos
Tribunais Superiores (STJ, STM e TSE)

!
!
2. Art. 105, II, “a” da CF!
!
- Decisões DENEGATÓRIAS de HC, proferidas em ÚNICA ou ÚLTIMA, instância pelos TJs e
TRFs.!
!
!
ATENÇÃO: se o HC for denegado em primeira instância cabe RESE (art. 581, X, do CPP)!
!
!
!
→ COMPETÊNCIA E PEÇAS (2 PEÇAS)!
!
1. STF, nos casos do art. 102!
!
a) Petição de Interposição: Tribunal a quo!
b) Petição de Razões: Tribunal ad quem (STF)!
!
!
2. STJ, nos casos do art. 105.!
!
a) Petição de Interposição: Tribunal a quo!
b) Petição de Razões: Tribunal ad quem (STJ)!
!
!
→ PRAZO: !
!
1. STJ: !
!
a) HC: 5 dias, já com as razões (art. 30 da L. 8.038/90)!
b) MS: 15 dias, já com a razões (art. 33 da L. 8.038/90)!
!
!
2. STF!
!
HC e MS = 5 dias (S. 319 do STF)!
!
!
→ PROBLEMA PRÁTICO!
Cristiano, engenheiro ativo, residente e domiciliado na Comarca de São Paulo, primário e
de bons antecedentes, foi denunciado pela prática do delito tipificado no artigo 155, §2º, do

61
Código Penal, pois teria subtraído, de um Hipermercado, uma garrafa de whisky, no valor
de R$400,00. No curso da instrução criminal, o magistrado que presidia o feito decretou a
prisão preventiva do réu, com o intuito de garantir a ordem pública, argumentando, de
forma sucinta, que estão presentes todos os requisitos dos artigos 312 e 313 do Código de
Processo Penal. Você, na qualidade de advogado de Cristiano, inconformado com a
fundamentação da medida constritiva de liberdade, impetrou Habeas Corpus perante o
Tribunal de Justiça, no intuito de atacar a prisão, já que a considerava desnecessária e
ausentes os requisitos para tanto, além do que toda decisão deve estar amparada em uma
fundamentação idônea. Porém, o Tribunal de Justiça, por unanimidade, não concedeu a
ordem, entendendo que a decisão que decretou a prisão preventiva estava corretamente
fundamentada. Você, intimado da decisão aos 02/10/2017, segunda-feira, sendo terça-feira
dia útil em todo o país, deverá apresentar a medida cabível, diferentemente de Habeas
Corpus, no último dia do prazo, em favor de Cristiano. !
!
!
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO!
!
!
Processo nº …!
!
!
CRISTIANO, (qualificação completa), por seu advogado
ao final firmado (procuração anexa), vem, “mui” respeitosamente, à presença de Vossa
Excelência, INTERPOR RECURSO ORDINÁRIO CONSTITUCIONAL, nos termos do artigo 105,
inciso II, alínea “a”, da Constituição Federal, no prazo legal de 5 (cinco) dias, nos termos do artigo
30 da Lei nº 8.038/90, por não se conformar, “data maxima venia”, com o r. acórdão deste Tribunal
que denegou a ordem de Habeas Corpus. !
A Defesa requer o recebimento do presente recurso, com
as razões já inclusas, e, após os trâmites legais, a remessa ao Colendo Superior Tribunal de
Justiça.!
!
Nesses Termos,!
Pede Deferimento.!
!
São Paulo, 09 de outubro de 2017.!
!
______________________________!
ADVOGADO OAB…!
!
!
RAZÕES DE RECURSO ORDINÁRIO CONSTITUCIONAL!
!
Recorrente: Cristiano!
Recorrido: Justiça Pública!
Processo nº…!
Vara de Origem: … Vara Criminal da Comarca de São Paulo, Estado de São Paulo!
!
(pule 1 linha)!
62
!
!
Colendo Superior Tribunal de Justiça!
Colenda Turma!
Ilustres Ministros!
Douto Representante do “Parquet”!
!
Excelências! O Recorrente interpôs o presente Recurso
Ordinário Constitucional por não se conformar com o v. acórdão que denegou a ordem de Habeas
Corpus, quando deveria conceder, já que ausentes os requisitos para a prisão preventiva.
Vejamos.!
!
1. DOS FATOS!
!
Consta do processo que Cristiano teria furtado uma
garrafa de Whisky em um Hipermercado, no valor de R$400,00, razão pela qual foi denunciado e
processado pelo crime do artigo 155, §2º, do Código Penal.!
Além disso, compulsando os autos constata-se, também,
que o Ilustre Magistrado decretou a prisão preventiva de Cristiano para a garantia da ordem
pública, posto que o crime vem assombrando a população de São Paulo, argumentando, ainda, a
presença dos requisitos dos artigos 312 e 313 do Código de Processo Penal.!
Contudo, Excelências, tais requisitos não estão
presentes, conforme se verifica a seguir.!
!
2. DO DIREITO!
!
Excelências! Ainda que Cristiano tivesse cometido o
delito lhe imputado, o que se admite por amor aos debates, se equivocou o Magistrado, com o
devido respeito, ao decretar a prisão preventiva de Cristiano, haja vista que pela mera leitura do
artigo 313 do Código de Processo Penal, bem como por uma análise mais cautelosa dos fatos,
não há motivos para a segregação cautelar. !
O artigo 313 do Código de Processo Penal dispõe que
será admitida a decretação da prisão preventiva nos crimes dolosos punidos com pena privativa
de liberdade máxima superior a 4 (quatro) anos. Ora, Excelências, o delito supostamente
praticado por Cristiano é o de furto simples, previsto no artigo 155 do Código Penal, que tem como
pena máxima a de 4 (quatro) anos, e não superior a 4 (quatro), de modo que ausente o primeiro
requisito.!
De mesma sorte, não presente o requisito também do
inciso II do artigo 313, do Código de Processo Penal, qual seja, a reincidência, haja vista que
analisando a FAC - Folha de Antecedentes Criminais - constante dos autos, Cristiano é primário e
tem bons antecedentes.!
Demais disso, Excelências, ausente também a ofensa
efetiva à ordem pública. Verifica-se dos autos que Cristiano é engenheiro ativo, ou seja, possui
Trabalho, bem como que tem domicílio certo na Cidade de São Paulo. O que ocorreu foi uma
mero lapso, um descuido, posto que Cristiano nunca cometeu qualquer delito, é um cidadão de
bem, razão pela qual não há falar em ofensa à sociedade.!
Cabe ressaltar que Cristiano já reparou o dano ao
Hipermercado e se mostra completamente arrependido, conforme se extrai do processo.!
Assim, Excelências, o v. acórdão merece reforma a fim de
que Cristiano seja libertado, posto que ausentes os requisitos para a decretação da prisão
preventiva.!
!
3. DOS PEDIDOS!
!
“Ex positis, requer-se:!
!
63
3.1. O recebimento do presente recurso e, após, o seu
provimento para a reforma do v. acórdão, no sentido de:!
c) conceder a liberdade ao recorrente, já que ausentes
os requisitos para a prisão preventiva, com fulcro nos artigos 312 e 313 do Código de
Processo Penal; e!
d) expedir alvará de soltura “clausulado”.!
!
!
Nesses Termos,!
Pede Deferimento.!
!
!
Local, 09 de outubro de 2017.!
!
!
!
!
!
___________________________!
ADVOGADO OAB…!
!
!
!
!
!
!
!
REVISÃO CRIMINAL (PEÇA SIMPLES)!
!
!
!
→ AÇÃO cabível APÓS O TRÂNSITO EM JULGADO DA SENTENÇA CONDENATÓRIA!
!
!
→ Previsão Legal: art. 621 incisos I OU II OU III do CPP!
!
!
1) INCISO I !
!-
Sentença CONDENATÓRIA contrária a texto expresso de lei OU à prova dos autos (art. 621, I)!
!-
Condenação por aborto ou estupro e AUSÊNCIA DE CORPO DE DELITO (art. 158 do CPP)!
!-
Condenação baseada em interceptação telefônica não autorizada por juiz, ou por crime que
tenha pena de detenção, ou por ausência de indícios razoáveis de autoria (L. 9.296/96)!
!-
Defesa comprova CABALMENTE erro de tipo, coação física, excludentes da ilicitude, doença
mental, etc., e mesmo assim há condenação.!
!
!
!
!
!
!
!
64
2. INCISO II!
!
- Quando a sentença condenatória se fundar em depoimentos, exames ou documentos
comprovadamente falsos (art. 621, II)!
!
!
3. INCISO III!
!
- Quando, APÓS A SENTENÇA, se descobrirem novas provas de inocência do condenado ou de
circunstâncias que determine ou autorize diminuição especial da pena (art. 621, III, do CPP)!
!
!
→ É uma peça simples, ENDEREÇADA AO TRIBUNAL COMPETENTE (art. 624 do CPP)!
!
ATENÇÃO: Juiz de 1ª instância não julga Revisão Criminal. A competência é definida onde houve
o trânsito em julgado. Geralmente a competência será do TJ. !
!
!
→ AÇÃO PRIVATIVA DA DEFESA (desconstituir o decreto condenatório)!
!
Obs.: é cabível contra sentença de absolvição imprópria!!!!
!
!
→ NÃO HÁ PRAZO (pode ser intentada até mesmo pos mortem)!
!
!
→ NÃO ESQUECER!
!
1. A procuração encontra-se em anexo (no preâmbulo)!
2. Consta em anexo a certidão do trânsito em julgado da r. Sentença Revisanda (no preâmbulo)!
3. SEMPRE HAVERÁ RELATOR E REVISOR (no início do pedido)!
4. Requerer o apensamento dos autos originário (no pedido)!
5. Intimação da testemunha (se houver) (no pedido)!
6. Se o condenado tiver preso: ALVARÁ DE SOLTURA “CLAUSULADO” (no pedido)!
7. Pedido de indenização mínima (630 do CPP) (no pedido)!
8. Valor à causa (no pedido)!
!
!
!
→ ARTIGO FINAL!
!-
Depende do que for requerido:!
!
“Art. 626. Julgando procedente a revisão, o tribunal poderá alterar a classificação da infração,
absolver o réu, modificar a pena ou anular o processo”.!
!
!
Obs.: geralmente, ABSOLVIÇÃO, com base no art. 386 do CPP.!
!
!
ATENÇÃO: no caso de erro do Judiciário, poderá ainda haver requerimento à indenização, nos
termos do art. 630 (sempre pedir!!!)!
!
“Art. 630. O tribunal, se o interessado o requerer, poderá reconhecer o direito a uma justa
indenização pelos prejuízos sofridos”.!

65
!
#É CABÍVEL DA DECISÃO PROFERIDA PELO JÚRI?!
R: A despeito do princípio constitucional da soberania dos veredictos, a revisão criminal é
perfeitamente cabível para desconstituir o decreto condenatório preferido pelos jurados ao final do
procedimento do júri. Ou seja, por via de revisão criminal é possível ao Tribunal modificar o que
havia antes sido decidido pelo conselho de sentença, sendo inclusive admissível pedir-se aos
desembargadores absolvição do revisionando que fora condenado pelo tribunal do júri (não
precisa de novo júri) (extraído do livro Prática Penal da editora Revista dos Tribunais).!
!
!
→ COMO IDENTIFICAR A REVISÃO CRIMINAL!
!
1. A sentença transitou em julgado, porém, surgiu uma prova nova ou fatos novos.!
!
2. Após o trânsito em julgado da sentença condenatória, descobriu-se que não foi Fulano quem
praticou o crime…!
!
!
→ MODELO REVISÃO CRIMINAL!
!
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR (OU MINISTRO SE FOR STJ OU
STF) PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE …!
!
!
!
Processo em referência nº …!
!
!
NOME, (nacionalidade), (estado civil), (profissão), (CPF), (RG),
(endereço completo), por meio de seu advogado (procuração anexa), vem, muito
respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, oferecer REVISÃO CRIMINAL, nos termos do
artigo 621, (I, ou II ou III), do Código de Processo Penal, pois houve equívoco do judiciário na
condenação proferida no processo em referência (certidão do trânsito em julgado em anexo).!
!
1. DOS FATOS (2/3 parágrafos de 5/6 linhas)!
!
2. DO DIREITO (teses ligadas aos incisos do 621 do CPP)!
!
3. DOS PEDIDOS!
!
“Ex Positis”, requer-se:!
!
a) o recebimento da presente Revisão Criminal, nos termos do
artigo 621 (I ou II ou III), do Código de Processo Penal, direcionando aos Ilustres
Desembargadores Relator e Revisor;!
b) a intimação da testemunha (se houver) OU a juntada do novo
documento (se houver);!
c) ao final, a procedência da presente Revisão Criminal, nos
termos do artigo 626 do Código de Processo Penal, para … (formular o pedido fundamentado no
direito);!
d) a expedição de alvará de soltura clausulado (se houver tese
de absolvição e o enunciado trouxer que o cliente está preso); e!
e) a fixação da indenização mínima, nos termos do artigo 630
do Código de Processo Penal.!
!
Dá-se à causa o valor de …!
66
!
Nesses Termos,!
Pede Deferimento.!
!
!
Local, Data.!
!
!
____________________________!
ADVOGADO OAB ___!
!
!
!
QUEIXA-CRIME (PEÇA SIMPLES)!
!
!
→ PEÇA cabível em crimes de AÇÃO PENAL PRIVADA!
!
→ PREVISÃO LEGAL: art. 41 do CPP OU art. 100, §2º do CP c.c. art. 30 do CPP!
!
ATENÇÃO PARA O ARTIGO 29 DO CPP e ARTIGO 5º, LIX DA CF (AÇÃO PENAL PRIVADA
SUBSIDIÁRIA DA PÚBLICA - COLOCAR O ART. 41 C.C. O ART. 29, AMBOS DO CPP!
!
→ PEÇA SIMPLES + PROCURAÇÃO ESPECÍFICA (basta indicar no preâmbulo a procuração
específica, conforme modelo abaixo)!
!
!
→ COMPETÊNCIA: local dos fatos (art. 63 da Lei 9.099/95) (ATENÇÃO PARA O ARTIGO 73 DO
CPP)!
!
→ Terminologia: querelante/requerente ou querelado/requerido!
!
→ Requisitos: os mesmos da denúncia, previstos no art. 41 do CPP!
!
!
→ PRAZO!
!
1. 06 meses (art. 10 do CP)!
!
a) do conhecimento da autoria (art. 38 do CPP)!
b) do prazo para a propositura da denúncia pelo MP (art. 38 do CPP)!
!
!
→ NÃO ESQUECER EM TODAS AS PEÇAS DE QUEIXA CRIME!
!-
Indicar Procuração específica (art. 44 do CPP) (preâmbulo)!
- Pedir recebimento da queixa (pedido)!
- Pedir citação do querelado (pedido)!
- Pedir designação da audiência preliminar de conciliação (se for JECRIM) (pedido)!
- Pedir condenação (pedido)!
- Fixação da indenização mínima (387, IV, do CPP (pedido) (valor da causa)!
- Requerer Intimação do MP (pedido)!
- Indicar Rol de Testemunhas com número legal (34 da L. 9.099/95);!
!
67
!
→ DIFERENÇA ENTRE CALÚNIA vs. DIFAMAÇÃO e INJÚRIA!
!
1. Calúnia: é a imputação FALSA de um CRIME DETERMINADO!
!
2. Difamação: é a imputação, de FATO DETERMINADO OFENSIVO À REPUTAÇÃO!
!
3. Injúria: é falar algo de alguém que lhe ofenda a dignidade, mas sem maiores especificações
(genérico)!
!
!
→ COMO IDENTIFICAR?!
!
1. O problema vai falar em crime de ação penal privada;!
2. O candidato vai ser colocado na posição de acusador.!
!
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA … VARA DO JUIZADO
ESPECIAL CRIMINAL DA COMARCA DE … ESTADO DE …!
!
OU!
!
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CRIMINAL DA
COMARCA DE … ESTADO DE …!
!
!
!
!
!
QUERELANTE, (nacionalidade), (profissão), (estado civil),
(CPF), (RG), (endereço completo), por seu advogado ao final firmado (procuração anexa com
poderes especiais - artigo 44 do Código de Processo Penal), vem, muito respeitosamente, à
presença de Vossa Excelência, ajuizar QUEIXA-CRIME, nos termos do artigo 41 do Código de
Processo Penal, no prazo legal de 6 meses, nos termos do artigo 38 do Código de Processo
Penal, em face de QUERELADO, (nacionalidade), (profissão), (estado civil), (CPF), (RG),
(endereço completo), pelas razões de fato e de direito a seguir expostas (ATENÇÃO: PERCEBA
QUE TEVE A QUALIFICAÇÃO DO QUERELANTE E DO QUERELADO)!
!
1. DOS FATOS (descrever melhor os fatos, pois são
pontuados)!
2. DO DIREITO (descrever, principalmente, os crimes
cometidos, imputando a prática dos delitos ao Querelado)!
3. DOS PEDIDOS (não esquecer de pedir condenação)!
!
“Ex positis”, requer-se:!
!
3.1. o recebimento e processamento da queixa-crime;!
3.2. a citação do querelado;!
3.3. a intimação do Ministério Público;!
3.4. a designação de audiência preliminar (se for JECRIM);!
3.5. a procedência da queixa-crime, com a condenação do
querelado nas penas dos crimes de (indicar o(s) crime(s)), previstos, respectivamente, nos
artigos (indicar os artigos dos crimes) (não esquecer as causas de aumento se tiver);!
3.6. a fixação de indenização mínima, nos termos do artigo
387, inciso IV, do Código de Processo Penal; e!
3.7. a intimação das seguintes testemunhas (colocar o rol)!

68
!
Dá-se à causa o valor de R$ …!
!
Nesses Termos,!
Pede Deferimento.!
!
!
Local, data.!
!
!
______________________________!
ADVOGADO OAB…!
!
!
!
SE POR ACASO O ENUNCIADO FOR CLARO E PEDIR QUE REDIJA A
PROCURAÇÃO (SÓ SE PEDIR), SEGUE MODELO:!
!
!
PROCURAÇÃO!
!
(8 linhas)!
!
!
QUERELANTE, nacionalidade, profissão, estado civil,
CPF, RG, endereço completo, constitui e nomeia seu advogado e procurador Dr.(a) ________,
nacionalidade, estado civil, CPF, RG, endereço completo, advogado, OAB nº, com escritório
profissional no endereço completo, a quem confere todos os poderes, inclusive os da cláusula “ad
judicia”, especialmente para propor Queixa-Crime em face de QUERELADO, nacionalidade,
profissão, estado civil, CPF, RG, endereço completo, por ter esse proferido as seguintes ofensas
ao QUERELANTE (colocar aqui as ofensas, entre aspas), cometendo, assim, os crimes de
(colocar os crimes e os artigos respectivos)!
!
(2 linhas)!
Local e Data.!
_____________________________!
!
QUERELANTE!
!
!
!
!
!
!
!
69

Você também pode gostar