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INSTITUIÇÃO

(2 enters, espaçamento entre as linhas 1,5)


ACADÊMICO

NBR 14724 (2005) – Apresentação de trabalhos acadêmicos


É um elemento obrigatório que deve conter o nome da instituição (opcional), o nome
do autor, o título, o subtítulo (se houver), o local (cidade) da instituição onde deve ser
apresentado o trabalho e o ano de depósito (entrega).
* Tudo em letra maiúscula e em negrito.

→ 3 CM
2 CM ←

TÍTULO DA MONOGRAFIA

Observar essas margens em todo o trabalho (superior e esquerda 3 cm, inferior e direita 2 cm).
(letra Arial ou Times New Roman, tamanho 12, caixa alta, negrito, espaçamento entre as
linhas 1,5, centralizado).

CIDADE
ANO

ACADÊMICO

↑2 cm
A folha de rosto deve conter os elementos essenciais à identificação do trabalho. O
que diferencia esta da capa é a nota explicativa que contém a natureza do trabalho (tese,
dissertação, trabalho de conclusão de curso e outros), objetivo (aprovação em disciplina, grau
pretendido e outros), nome da instituição a que é submetido, área de concentração, nome do
orientador e, se houver, do co-orientador, local (cidade) da instituição onde deve ser
apresentado o trabalho, ano de depósito (da entrega). Se for tese, o verso da folha de rosto
deve conter a ficha catalográfica, conforme o Código de Catalogação Anglo-Americano
vigente.

→ 3 CM
2 CM ←
TÍTULO DA MONOGRAFIA

Monografia apresentada à Banca Examinadora da


Universidade Estadual de Maringá, como
exigência parcial para obtenção do título de
bacharel em Direito, sob a orientação do Prof.
Dr.......

Na nota explicativa o recuo deve ser de 8 cm e


recomenda-se o uso da letra tamanho 11, sem
negrito.

LOCAL
ANO
ERRATA
(o título do item – ERRATA – deve ser centralizado, em negrito e caixa alta) Todo o texto
deve ser digitado em fone 12 e espaçamento entre linhas 1,5)

Página Parágrafo Linha Onde se lê Leia-se


15 2 13 frustação frustração
64 6 20 dano mora dano moral

↑2 cm
77 1 3 própio próprio
82 2 8 desviados derivados
112 4 18 eqüidade equidade

É um elemento eventual (utilizado caso necessário) que contém uma lista de folhas e
linhas, onde ocorreram erros, seguidos das devidas correções. Apresenta-se quase sempre em
papel avulso, acrescido no trabalho depois de finalizado.
Vale lembrar que a errata só serve para trabalhos que já foram publicados e que não há
a opção de corrigi-los. É apresentada em papel avulso ou encartado, acrescida ao trabalho
depois de impresso.

→ 3 CM
2 CM ←

ACADÊMICO
(1 enter, espaçamento entre as linhas 1,5)

TÍTULO DA MONOGRAFIA

É um elemento obrigatório, colocado logo após a folha de rosto, constituído pelo nome
do autor e título do trabalho em negrito, natureza, objetivo, nome da instituição a que é
submetido, área de concentração, data de aprovação, nome, titulação e assinatura dos
componentes da banca examinadora e instituições a que pertencem. A data de aprovação e
assinaturas dos membros componentes da banca examinadora é colocada após a aprovação do
trabalho.

→ 3 CM
2 CM ←

↑2 cm
Monografia apresentada à Banca Examinadora da
Universidade Estadual de Maringá, como
exigência parcial para obtenção do título de
Bacharel, sob a orientação do Prof. Dr........
(Recuo 8 cm, sem negrito, fonte 11).

Aprovada em:

BANCA EXAMINADORA

_______________________________
Profº. Drº.

_______________________________

_______________________________

CIDADE, DIA DE MÊS DE ANO


DEDICATÓRIA
(1 enter, espaçamento entre as linhas 1,5, título – DEDICATÓRIA - centralizado)

Dedico este trabalho aos meus pais e aos meus filhos, pela paciência diante da
privação de minha companhia.

É um elemento opcional, colocado após a folha de aprovação, onde o autor presta


homenagem ou dedica seu trabalho a quem desejar. Se preferir, nem precisa escrever
“dedicatória”, bastando apenas colocar, por exemplo, “Aos meus pais e irmãos”, ao final da
página.
* Evitar aqui excesso de sentimentalismo.

→ 3 CM

↑2 cm
2 CM ←

↑2 cm
(8 cm de recuo, 1,5 de espaçamento entre as linhas, letra tamanho 12 e a mesma fonte
utilizada no trabalho).

Dedico este trabalho aos meus pais e aos meus


filhos, pela paciência diante da privação de
minha companhia.

AGRADECIMENTOS
(1 enter, espaçamento entre as linhas 1,5, título – AGRADECIMENTOS - centralizado)

Ao Prof. Dr. XXXXX, pelo incentivo e atenção com que sempre me distinguiu.

É um elemento opcional que é destinado, apenas àqueles que contribuíram de maneira


efetiva para a pesquisa ou mesmo instituições de fomento (Fapesp, Capes, CNPq, orientador,
professores, colegas, etc.). Recomenda-se para digitação, a utilização de fonte tamanho 12
para todo texto, com espaçamento entre as linhas de 1,5, com exceção das citações de mais de
três linhas, notas de rodapé, paginação e legendas das ilustrações e das tabelas que devem ser
digitadas em um tamanho menor, uniforme e espaçamento entre as linhas simples. Cada
parágrafo inicia-se depois de um tab (1,25 cm – espaço de primeira linha no Word).

↑2 cm
→ 3 CM
2 CM ←

↑2 cm
É um elemento opcional, e traz a citação de um pensamento ou trecho de uma música,
de um poema, etc. Este deve estar correlato com o trabalho científico, e, ainda que de forma
indireta, deve se referir ao tema. Pode ser de autoria própria ou de outro autor.
Recomenda-se letra tamanho 12, fonte Arial ou Times New Roman, espaçamento
entre as linhas simples.

“Minha honra é minha vida; meu futuro de ambas


depende. Serei homem morto, se me privarem da
honra.” (Shakespeare, in Ricardo, ato I).

RESUMO
1 enter entre o título e texto do resumo

(Parágrafo americano, com 100 a 250 palavras, espaçamento entre linhas simples)
O tema – responsabilidade civil por danos morais no âmbito familiar – é objeto de muitas
controvérsias na doutrina e na jurisprudência brasileira e estrangeira. Inicia-se o presente
trabalho com a análise do dano moral, suas espécies e sua evolução em nosso ordenamento
jurídico. A Constituição Federal de 1988 elevou a reparabilidade dos danos morais à condição
de garantia de direitos individuais, inserindo-a como cláusula pétrea no artigo 5º, incisos V e
X. Considerando que, devido aos vínculos afetivos, os danos morais podem repercutir com
maior ênfase no âmbito familiar, faz-se mister o seu exame no Direito de Família. Em
decorrência do novo Código Civil (lei n.º 10.406, de 10/01/2002), que entrará em vigor em
11/01/2003, será feito um paralelo entre o Código atual (Lei n.º 3.071, de 01/01/1916) e a
nova sistemática civil. O primeiro instituto do Direito de Família a merecer comentários será
o dos esponsais. Outro instituto a ser analisado também será o do casamento putativo. No qual
um dos nubentes ou ambos contraem matrimônio acreditando tratar-se de ato válido. A boa fé
não suprime os impedimentos previstos no Direito pátrio. Seguindo a mesma linha de
raciocínio, será discutida a possibilidade de indenizar o menoscabo moral sofrido pelo

↑2 cm
cônjuge que contraiu casamento sem conhecimento do erro essencial quanto à pessoa do outro
cônjuge. É incontestável a reparabilidade dos danos morais oriundos da separação judicial
litigiosa e do divórcio, já que a dissolução e a ruptura da sociedade conjugal implicam,
eventualmente, prejuízos de ordem material e moral ao cônjuge inocente.
(1 enter)
Palavras-Chaves: Família. Responsabilidade Civil. Danos Morais.

É um elemento obrigatório que deve ser um texto claro, conciso e objetivo. Deve ter
introdução, desenvolvimento e conclusão correspondentes a estes elementos do trabalho, de
modo que, quem o leia, saiba do que o texto se trata, tendo subsídio para optar pela leitura
integral ou não. Para trabalhos de conclusão de curso e dissertações, a extensão deverá ser de
até 250 palavras, e teses de até 500 palavras. Ao final, deve indicar as palavras (de 3 a 5, no
máximo) mais representativas do conteúdo do texto (palavras-chave). Deve ser digitado em
parágrafo americano e com espaço simples nas entrelinhas.
No resumo não poderá conter citações, pois se caracteriza por uma síntese do trabalho
monográfico. Será seguido das palavras representativas do conteúdo do trabalho separadas
por ponto constituídas das palavras-chave, o mínimo de 3 e o máximo de 5 palavras.

ABSTRACT
(Parágrafo americano, 1 enter, espaçamento entre as linhas simples)
The thema – civil liability for moral damages in the familiar ambit – is object of many
controversies in the Brazilian and foreign jurisprudence and doctrine. The presente work
begins with the analysis of moral damages, its species, and evolution in our legal system. The
Federal Constitution of 1988 raised of moral damages to the status of na individual right
guarantee, including it as na unchageable clause in the art. 5, V and X. Considering that, due
to affection relations, moral damages may have na emphatic repercussion in the Family
environment, its examination is fundamental in Family Law. As a consequence of the new
Civil Code (Law n.º 10.406, of 10/01/2002), which will be enforceable form 11/01/2003 on,
we will establish a parallel between the current civil rules and the new ones. The fist Family
Law institute which deserve comments is the promise to marry, in which the parties
comprimise on getting married. Althought it is not regulated in our statute, the breach
without a just cause enables the abandoned party to sue the other to recover moral and
material damages, applying the Extracontractual Civil Liability Theory. Another Institute
analyzed is the putative marriage, in which one of the parties or both of them get married
assuming it is valid. Good – Faith does not suppress the impediments provided by our
national law. Following the thought, the possibility of indemnifying the party the suffered the
moral mitigation due to marrying without knowledge of the essential error about the other
party is discussed.
1 enter
Key-words: Family. Civil Liability. Moral Damages.

↑2 cm
Deve ser digitado em folha separada em outra língua.

LISTA DE ILUSTRAÇÕES
(1 enter, espaçamento entre as linhas 1,5, título sem numeração deve ser centralizado)

Quadro 1 – Quantidade de crianças vítimas de danos morais por ano.....................................01


Gráfico 1 – Aumento comparativo anual de vítimas de violência doméstica por classe
social.........................................................................................................................................08
Quadro 2 – Apresentação da evolução da afetividade no âmbito familiar...............................57
Figura 1 – Logotipo da “ONG para proteção da mulher”.........................................................74
Figura 2 – Imagem da fachada do Lar Abrigo para meninas violentadas.................................93
Figura 3 – Alunos em debates com sobre abandono afetivo...................................................128

É um elemento opcional e dificilmente aparece em Trabalhos de Conclusão do curso


de Direito, mas se houver necessidade deve ser disposta na mesma ordem em que aparece no
texto. Recomenda-se uma lista para cada tipo de ilustração. Exemplo: fotos, quadros, gráficos,
etc.

↑2 cm
(Deve ser digitado em letra tamanho 12, espécie utilizada no trabalho, recomenda-se
Times New Roman ou Arial).

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS


(1 enter, espaçamento entre as linhas 1,5, título sem numeração e centralizado)

CCB – Código Civil Brasileiro


CF – Constituição Federal
CPC – Código de Processo Civil
ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente
FAO - Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação
FMI – Fundo Monetário Internacional
LDB – Lei de Diretrizes e Bases
NAFTA – Acordo do Livre Comércio da América do Norte
ONG – Organização Não Governamental
OPEP – Organização dos Países Exportadores de Petróleo
ORG – Organizador
PAA - Processo de Apoio Administrativo

↑2 cm
PBS - Pedido de Bens e Serviços
PCP - Processo de Capacitação Presencial
UFC - Universidade Federal do Ceará
UNICEF - Fundo das Nações Unidas para a Infância

É um elemento opcional e consiste na relação alfabética das palavras abreviadas e das


siglas utilizadas no texto pelo autor, seguidas das palavras ou expressões correspondentes
grafadas por extenso. Recomenda-se uma lista para cada tipo. Não é necessária a utilização
desta em TCC porque os textos não são tão longos e não costumam conter tantas abreviaturas
a ponto de confundir o leitor. Cite-se como exemplo: “Superior Tribunal Federal – STF”, ou
ainda “Código de Processo Civil – CPC”.
*No texto, quando as abreviaturas e siglas aparecem pela primeira vez, devem ser precedidas
pelo nome integral e pela sigla entre parênteses logo à frente.

SUMÁRIO

(O título sem numeração deve ser centralizado, 1 enter, espaçamento entre as linhas 1,5)

É um elemento obrigatório e consiste na enumeração das principais divisões, seções e outras


partes do trabalho, na mesma sequência em que aparecem. Não se confunde com o “índice”
porque este consiste em uma relação de palavras ou frases ordenadas, segundo determinado
critério, que localiza e remete para as informações contidas no texto.
Espaçamento entre linhas de 1,5 - porém com 1 “enter” entre uma seção e outra.

INTRODUÇÃO.......................................................................................................................14
1 ENTER
1 DO DANO MORAL.............................................................................................................17
1.1 DO CONCEITO..................................................................................................................18
1.2 DA CLASSIFICAÇÃO DO DANO MORAL....................................................................20

↑2 cm
1.3 DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS DO DANO MORAL NO ÂMBITO DO DIREITO
BRASILEIRO...........................................................................................................................30
1.4 DOS TITULARES E DOS RESPONSÁVEIS PELO DANO MORAL..............................40

1.5 DA CALÚNIA, DA INJÚRIA E DA DIFAMAÇÃO........................................................50


1.6 DA PROVA NO DANO MORAL......................................................................................60
1.7 DO ÔNUS DA PROVA NO DANO MORAL...................................................................70
1.8 DA PROVA LÍCITA E ILÍCITA NO DANO MORAL.....................................................80
1.9 DA EXTENSÃO E DA QUANTIFICAÇÃO DO DANO MORAL..................................90
1 ENTER
2 DA RESPONSABILIDADE CIVIL NO DIREITO DE FAMILIA...............................100
1 ENTER
3 DOS ESPONSAIS..............................................................................................................120
3.1 DO CONCEITO................................................................................................................130
3.2 DA NATUREZA JURÍDICA...........................................................................................140
3.3 DA REGULAMENTAÇÃO LEGAL...............................................................................150
3.4 DOS REQUISITOS..........................................................................................................160
3.5 DA PROVA DOS ESPONSAIS.......................................................................................170
3.6 DA RUPTURA DOS ESPONSAIS E DOS SEUS EFEITOS..........................................180
1 ENTER
4 DO CASAMENTO PUTATIVO.......................................................................................190
4.1 DO CONCEITO................................................................................................................200
4.2 DOS REQUISITOS..........................................................................................................210
4.3 DAS PROVAS..................................................................................................................220
4.4 DOS EFEITOS EM RELAÇÃO AOS CÔNJUGES, À PROLE E A
TERCEIROS...........................................................................................................................130
4.5 DOS FUNDAMENTOS DA INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL...........................140
1 ENTER
5 DO CASAMENTO NULO POR ERRO QUANTO À PESSOA DO
CÔNJUGE.............................................................................................................................150
5.1 DO CONCEITO................................................................................................................160
5.2 DAS ESPÉCIES................................................................................................................170
5.2.1 DO ERRO CONCERNENTE À IDENTIDADE DO OUTRO CÔNJUGE..................180
5.2.2 DO ERRO CONCERNENTE À HONRA E BOA FAMA...........................................190
5.2.3 DA IGNORÂNCIA ANTERIOR DE CRIME..............................................................200
5.2.4 DA IGNORÂNCIA ANTERIOR DE DEFEITO FÍSICO IRREMEDIÁVEL..............210

↑2 cm
5.2.5 DA IGNORÂNCIA ANTERIOR DE MOLÉSTIA GRAVE E TRANSMISSÍVEL
.................................................................................................................................................220
5.2.6 DO DEFLORAMENTO DA MULHER IGNORADO PELO MARIDO.....................230
5.3 DOS FUNDAMENTOS DA INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS........................240
1 ENTER
CONSIDERAÇÕES FINAIS ..............................................................................................250
1 ENTER
REFERÊNCIAS....................................................................................................................255

↑2 cm
15

1 INTRODUÇÃO

(O título deve ser alinhado à esquerda, 1 enter, espaçamento entre as linhas 1,5).

No desenvolvimento do texto recomenda-se parágrafos com espaço de 1,25 cm nas


primeiras linhas.
Em trabalhos digitados todas as folhas, a partir da folha de rosto, devem ser contadas
sequencialmente, considerando sempre o anteverso. A numeração deve figurar a partir da
primeira folha da parte textual, (introdução), em algarismos arábicos, no canto superior direito
da folha, a 2 cm da borda superior, ficando o último algarismo a 2 cm da borda direito da
folha.
Na introdução do trabalho científico deverá aparecer os elementos que foram
abordados anteriormente no projeto de pesquisa, tais como: a) o problema proposto, que
deverá ser enunciado de forma clara para o leitor, demonstrando a natureza da questão
investigada; b) os objetivos que também deverão ser enunciados e neste momento auxiliarão o
leitor a compreender a delimitação do problema; d) a justificativa, que na introdução terá a
função de destacar a importância do tema abordado no trabalho científico, além de demonstrar
que o autor está contribuindo para o desenvolvimento do assunto no campo científico; d) e por
fim, a metodologia, que deverá demonstrar quais foram o(s) método(s) que foi (foram)
utilizados para esclarecer o problema proposto.
Não se deve discutir, definir ou conjecturar na introdução, pois esta tem apenas a
função de delimitar o assunto e de fornecer uma visão panorâmica do trabalho ao leitor.
Não é regra, mas na introdução deve-se fazer um parágrafo para cada capítulo do
trabalho e recomenda-se que tenha, no máximo, até 3 (três) páginas.
Modelo:
Nos últimos anos, o dano moral foi consagrado não só pela nossa legislação, mas por
outras em decorrência de que o homem ao se deparar com o vexame e a humilhação de ver-se
enganado o sente antes mesmo do dano patrimonial.
Embora a doutrina, há algum tempo, defenda a reparação do dano moral, ainda assim
prevalecia uma forte corrente no sentido de que a dor era insuscetível de avaliação econômica,
e apenas em casos especiais era albergada aquela reparação.
Daí o nosso empenho em aprofundar um estudo do tema, ampliando-o nas relações
familiares.
O presente trabalho procurou esgotar todas as situações em que potencialmente
ocorrem danos morais no Direito de Família, procurando suprir eventuais lacunas, porque
nada destrói mais em uma família do que o dano causado pelos seus próprios membros e a
reparabilidade funcionaria como uma forma de fortalecer os valores atinentes a dignidade e ao
respeito humano.

↑2 cm
16

O tema estava dividido em nove capítulos, contudo foi inserido o décimo para tratar
do dano moral relativo ao nascituro.
No primeiro capítulo, analisam-se o conceito de dano moral, sua classificação, sua
quantificação, bem como a prova, proporcionando uma visão panorâmica do problema. O
trabalho é árduo, porquanto, ao investigar o dano moral, depara-se com divergências
doutrinárias e jurisprudenciais em todos os seus aspectos, além dos critérios e efeitos
manifestados no foro íntimo das pessoas.
No segundo capítulo, abordam-se a influência do Direito romano na constituição e
estrutura da família, centrada no páter-famílias, e as transformações daquela no contexto
histórico. Vê-se que a família passa a ter uma acepção de abrangência maior e,
concomitantemente, desencadeia responsabilidade jurídica (e não apenas de vínculo moral)
entre os seus entes, donde emergir a problemática do dano moral em caso de agressão à
dignidade de algum de seus membros por outro.
O terceiro capítulo trata dos esponsais, abordando a natureza jurídica desse instituto,
os requisitos e os efeitos de sua ruptura.
No quarto capítulo, enfoca-se o casamento putativo, fixando-lhe os requisitos e os
efeitos em relação aos cônjuges, à prole e a terceiros.
O quinto capítulo aborda o erro essencial a respeito da pessoa do outro cônjuge ao
contrair casamento, analisando suas diversas espécies.
No sexto capítulo, analisam-se os aspectos da separação judicial e do divórcio, com
suas múltiplas causas (adultério material e virtual, injúria, abandono do lar, mútua assistência
etc.), bem como a polêmica questão da prova lícita e ilícita, demarcando-se criteriosamente os
seus limites, dentro da doutrina e jurisprudência.
O sétimo capítulo aprofunda-se na união estável, delineando seus requisitos, bem
como os direitos e deveres oriundos dessa união, os casos que ensejam a ruptura da união
estável e os danos provenientes dessa ruptura.
No oitavo capítulo, atém-se à filiação, seja quanto à presunção legal da paternidade e
maternidade, seja quanto à contestação destas, analisando-se os problemas processuais
inerentes à ação de investigação de paternidade, bem como os danos morais oriundos da
procrastinação pelo não-reconhecimento da paternidade.
Já no capítulo nono, analisa-se a quebra dos deveres paternais e filiais, enfatizando o
dano moral decorrente do abandono material, intelectual e moral.
No capítulo décimo, pode-se verificar a possibilidade do nascituro pleitear a
indenização por danos morais por meio de seus representantes legais (genitora ou curador do

↑2 cm
17

ventre), quando não houver sido prestada pelo pai a devida assistência moral e material, ou
tendo sido violada sua imagem, sua honra, quando perder um de seus genitores por acidente
provocado por outrem.
Por fim, foi utilizado, para realização da pesquisa, o método teórico que consiste na
consulta de obras, artigos de periódicos, documentos eletrônicos, bem como da legislação
pertinente que trata do tema.

1 O DANO MORAL
(1 enter, espaçamento entre as linhas 1,5).

↑2 cm
18

Desenvolvimento: este consiste na parte principal do trabalho científico e contém a exposição


ordenada e pormenorizada dos assuntos, divide-se em seções e subseções.
As regras gerais de apresentação das seções e subseções são:
a) a numeração em algarismos arábicos;
b) o indicativo de seção é alinhado na margem esquerda, precedendo o título, dele separado
por um espaço;
c) a numeração progressiva deverá se limitar até a seção quinária;
d) nas seções primárias, o indicativo deverá ser grafado em números inteiros a partir do
número 1;
e) nas seções secundários, o indicativo é constituído pelo indicativo da seção primária que
pertence, seguido do número que lhe for atribuído na seqüência do assunto e separado por
ponto, repetindo com relação às outras seções;
f) não se usa ponto, hífen, travessão ou qualquer sinal após o indicativo de seção ou de seu
título;
g) destaca-se gradativamente os títulos das seções, utilizando os recursos de negrito, itálico ou
grifo, caixa alta ou versal e outro. O título das seções (primárias, secundárias etc.) deve ser
colocado após sua numeração, dele separado por um espaço. O texto deve iniciar-se em outra
linha, e em todas as seções deve ter um texto relacionado a elas;
h) quando for preciso enumerar os diversos assuntos de uma seção sem título, deverá dividi-la
em alíneas. Essas se cumulativas ou alternativas, podem ser acrescentadas ao final delas
ponto-e-vírgula, exceto na última, devem ser ordenadas alfabeticamente, começando o texto
com letra minúscula. Exemplo:

1 SEÇÃO PRIMÁRIA
1.1 Seção secundária
1.1.1 Seção terciária
1.1.1.1 Seção quaternária

1.1 Conceito
(1enter do título para o subtítulo, espaçamento entre as linhas é de 1,5, título numerado deverá
ser justificado à esquerda, espaço na primeira linha de 1 tab [1,25 cm])

↑2 cm
19

A análise do dano material ou moral, bem como a reparação desse dano, é tarefa das
mais árduas, gerando incertezas e suscitando controvérsias na doutrina e jurisprudência.
Em sentido comum, dano significa o “mal ou ofensa pessoal; prejuízo moral; prejuízo
material causado a alguém pela deterioração ou inutilização de bens seus; estrago,
deterioração, danificação”. 1
Juridicamente, o termo “dano”, que tem origem no latim – damnum, “consiste na lesão
(diminuição ou destruição) que, devido a certo evento, sofre uma pessoa, contra sua vontade,
em qualquer bem ou interesse jurídico, patrimonial ou moral.”2
Hans Albrecht Fisher define o dano como “todo prejuízo que alguém sofre na sua
alma, corpo ou bens, quaisquer que sejam o autor e a causa da lesão”.3
Hodiernamente, o dano não consiste apenas na diminuição ou subtração de um bem
jurídico material, mas também extrapatrimonial, como os direitos da personalidade e os
direitos de família.
Cada doutrinador apresenta uma classificação própria de dano, mas todos eles
reconhecem que o dano pode ofender a integridade patrimonial ou moral das pessoas físicas
ou jurídicas.
As referências podem aparecer no formato de rodapé ou no formato AUTOR,
data:
Modelo de notas de rodapé:

Nesse sentido, estabelecemos a seguinte classificação:


Quanto ao sujeito, o dano pode ser direto ou indireto. O primeiro ocorre quando
provoca lesão imediata à pessoa. Já no segundo, o prejuízo atinge outra pessoa que não a
vítima, sofrendo o efeito ricochete. 4.

Espaçamento entre as linhas é simples, letra tamanho 10 e o texto justificado.


As notas de rodapé são digitadas dentro da margem, ficando separadas do texto por um filete de 5,0 cm a
partir da margem esquerda, em fonte menor que o texto;
1 Verbete “dano”. In: FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo Aurélio século XXI: Dicionário
eletrônico. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999.
2 DINIZ, Maria Helena. Dicionário jurídico. São Paulo: Saraiva 1998. v. 2. p. 3.
3 FISCHER, Hans Albrecht. A reparação dos danos no Direito Civil. Coimbra: A. Amador, 1938. p. 7.
4 MARMITT, Arnaldo. Perdas e danos. Rio de Janeiro: Aide, 1987, p. 11-20; AMARANTE, Aparecida.
Responsabilidade civil por dano à honra. Belo Horizonte: Del Rey, 1998, p. 238-239; FERREYRA, Roberto
Antonio Vázquez. Responsabilidad por daños: elementos. Buenos Aires: Depalma, 1993, p. 177-179; 32;
BREBBIA, Roberto Horacio. El daño moral: doctrina, legislación, jurisprudencia, precedida de una teoría
rurídica del daño. corregida y aumentada. 2. ed. Buenos Aires: Orbir, 1967, p. 51-66; MATIELO, Fabrício
Zamprogna. Dano moral, dano material e reparação. Porto Alegre: Sagra Luzzatto, 1998, p. 13-16.
OLIVEIRA, Marcius Geraldo Porto de. Dano moral: proteção jurídica da consciência. Leme: LED, 1999, p. 29-
31; VARGAS, Glaci de Oliveira Pinto. Reparação do dano moral: controvérsias e perspectivas. 3. ed. Porto
Alegre: Síntese, 1998, p. 17; DIAS, José de Aguiar. Da responsabilidade civil. 10. ed. Rio de Janeiro: Forense,

↑2 cm
20

Em relação ao objeto, o dano pode ser patrimonial ou moral. Aquele produz a perda ou
deterioração total ou parcial de um bem material, suscetível de valoração pecuniária. Este
provoca no ser humano uma lesão em seus valores mais íntimos, tais como o sentimento, a
honra, a boa fama, a dignidade, o nome, a liberdade, etc. O dano moral, embora não seja
suscetível de aferição econômica, é ressarcido apenas para compensar a injustiça sofrida pela
vítima, atenuando em parte o seu sofrimento.
O dano quanto à responsabilidade se distingue em extracontratual e contratual. O dano
extracontratual provém de um ato ilícito que viola direito alheio, por culpa ou dolo do agente,
provocando perda ou desfalque no patrimônio da vítima, ao passo que o dano contratual surge
em decorrência da transgressão de uma ou mais cláusulas de um pacto juridicamente válido e
legalmente eficaz.
No que diz respeito ao tempo, o dano se apresenta como transitório ou permanente. O
dano transitório é aquele no qual a lesão não permite que a vítima exerça as atividades
rotineiras por um período determinado. Já o dano permanente é aquele em que não há
perspectiva de a vítima retornar ao status quo ante. A avaliação é efetuada no momento em
que se consolida a lesão.
Denota-se que, além da caracterização do dano, é mister caracterizar o dolo ou a culpa,
o nexo de causalidade e a ação ou omissão do agente.
Entre as diversas correntes doutrinárias existentes acerca da definição do dano moral,
duas se destacam, a que se fundamenta nos efeitos da ofensa e a que se baseia na natureza do
direito subjetivo violado.
Artur Oscar de Oliveira Deda, um dos defensores da primeira corrente, afirma que:

Citação direta que contenha mais de três linhas tem um recuo de 4 cm à esquerda,
o espaçamento entre as linhas é simples, a fonte é a mesma utilizada ao longo do trabalho
(Arial ou Times New Roman) e o tamanho da fonte é 11.

O caráter patrimonial ou moral do dano não deriva da natureza do direito


subjetivo atingido, mas precisamente dos efeitos da lesão jurídica. E isto é
tão certo, que do ataque a um bem jurídico de valor econômico pode resultar
uma perda inestimável pecuniariamente. Por outro lado, da ofensa a um
direito subjetivo extrapatrimonial podem resultar prejuízos materiais.

2003, p. 713-64; SILVA, Wilson Mello da. O dano moral e sua reparação. 3. ed. Rio de Janeiro: Forense,
1999, p. 311-329.

↑2 cm
21

Inclusive pode acontecer que, da violação de direito subjetivo, seja qual for
sua índole, resultem concomitantemente prejuízos de ordem moral e danos
de natureza patrimonial.5
1 ENTER
José Aguiar Dias, adepto da mesma corrente, enfatiza que “o dano moral é o efeito
não-patrimonial da lesão de direito e não a própria lesão abstratamente considerada”.6
Wilson Melo da Silva, adepto dessa corrente doutrinária, entende que os danos morais
podem ser provados por todos os meios em Direito permitidos, inclusive as presunções
estabelecidas pelo sistema processual. Contudo, se aquele que pleiteia a reparação por danos
morais não tem a presunção da qual necessita, juris tantum, terá que provar os danos
sofridos.7
Alguns julgados amparam tal posição:
1 ENTER
INDENIZAÇÃO – RESPONSABILIDADE CIVIL – DANO MORAL –
ACIDENTE DE VEÍCULO - INSUFICIÊNCIA DE PROVAS. Só
ocorre o dano moral desgarrado do material, salvo com prova detalhada de
sofrimento moral intenso causador daquelas repercussões materialmente
aferidas pelas beneficiárias ou dependentes da vítima.8 (grifo nosso).
1 ENTER
Em contraposição ao posicionamento anteriormente citado, há uma corrente
doutrinária que sustenta que os danos morais se provam por si mesmos (in re ipsa). Por
exemplo: ofensa à honra, calúnia, difamação ou injúria.
Para a fixação do quantum da indenização por danos morais em razão de abuso da
imprensa, o juiz deverá embasar-se nos critérios dos arts. 53 e 54 da Lei nº 5.250/1967.
No arbitramento da indenização em reparação do dano moral, o juiz terá em conta,
notadamente:
1 ENTER
I - a intensidade do sofrimento do ofendido, a gravidade, a natureza e
repercussão da ofensa e a posição social e política do ofendido; II - a
intensidade do dolo ou o grau da culpa do responsável, sua situação
econômica e sua condenação anterior em ação criminal ou cível fundada em
abuso no exercício da liberdade de manifestação do pensamento e
informação; III - a retratação espontânea e cabal, antes da propositura da
ação penal ou cível, a publicação ou transmissão da resposta ou pedido de
retificação, nos prazos previstos na Lei e independentemente de intervenção
judicial, e a extensão da reparação por esse meio obtida pelo ofendido.

5 DEDA, Artur Oscar de Oliveira. A controvérsia teórica sobre a reparabilidade dos danos morais. Revista de
Direito Civil, Imobiliário, Agrário e Empresarial. São Paulo, a. 1, p. 16, jul./set. 1977.
6 DIAS, José de Aguiar. Da responsabilidade civil. 10. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2003. v. 2, p. 737.
7 SILVA, Wilson Melo da. O dano moral e sua reparação. 2. ed. Rio de Janeiro: Forense, 1969, p. 659.
8 TJSP – AC 173.189.07 – Moji das Cruzes – 3 ª C. Cível Rel. Des. Joaquim Garcia – J. 21.01.2007. Disponível
em: http://cjo.tj.sp.gov.br/esaj/jurisprudencia/consultaCompleta.do. Acesso em 21 jan. 2008.

↑2 cm
22

Artigo 54. A indenização do dano material tem por finalidade restituir o


prejudicado ao estado anterior.
1 ENTER
Esses artigos servem como parâmetros gerais, mas não há mais limitação, em face do
advento da Constituição Federal de 1.988 (art 5º, inciso V), em que foram derrogados, ficando
ao arbítrio do juiz a fixação do quantum.
(1 enter antes de começar novo título ou subtítulo).
Modelo de citação por autor-data:
3.6 Da ruptura dos esponsais e seus efeitos
(1 enter do título para o subtítulo, espaçamento entre as linhas é de 1,5, título numerado
deverá ser justificado à esquerda, espaço na primeira linha de 1 tab [1,25 cm])
Como já demonstrado, a qualquer instante o(a) noivo(a) arrependido(a) poderá
proceder à ruptura ou desfazimento da promessa, uma vez que ninguém está obrigado a se
casar.
Guy Aymond afirma que os esponsais não passam de um “idílio sem conseqüência
jurídica” (RAYMOND,1979, p.256) por não implicarem nenhuma obrigatoriedade, podendo
serem desfeitos a qualquer tempo pelos noivos, até mesmo por ocasião da cerimônia nupcial.
É evidente que o rompimento da promessa de casamento causa sérias repercussões no
foro íntimo daquele que foi abandonado, em decorrência do afeto que nutria pelo outro,
ocorrendo o desmoronamento de um sonho, muitas vezes acalentado durante meses e quem
sabe durante anos (BRASIL, 2000, p.56).
O ordenamento jurídico suíço e o português determinam a devolução dos presentes
entre os nubentes, caso o noivado seja desfeito.
É o que preceitua o Código Civil suíço:

Art. 94: Os presentes que os desposados fizeram recìprocamente, podem, no


caso de invalidação dos esponsais, ser exigidos de volta. Se os presentes
não mais existirem, terá lugar a liquidação de acôrdo com as disposições
sôbre o enriquecimento ilícito. Se os esponsais forem rompidos pela morte
de um dos desposados, ficará excluída a repetição (DINIZ, 1961, n.p)

O Código Civil português assim dispõe:

Artigo 1.592. 1. No caso de o casamento deixar de celebrar-se por


incapacidade ou retractação de algum dos promitentes, cada um deles é
obrigado a restituir os donativos que o outro ou terceiro lhe tenha feito em
virtude da promessa e na expectativa do casamento, segundo os termos
prescritos para a nulidade ou anulabilidade do negócio jurídico. 2. A
obrigação de restituir abrange as cartas e retratos pessoais do outro
contraente, mas não as coisas que hajam sido consumidas antes da
retractação ou da verificação da incapacidade (PORTUGUAL, 1966, n.p)

↑2 cm
23

A par da devolução dos presentes, o nubente que, sem justo motivo, abandonar o outro
poderá, também, ser responsabilizado por danos materiais e morais.

2 CONSIDERAÇÕES FINAIS
(1 enter do título, espaçamento entre as linhas é de 1,5, espaço na primeira linha de 1 tab [1,25
cm])
É um elemento obrigatório que consiste na parte final do trabalho que apresenta as
conclusões correspondentes as hipóteses e aos objetivos. Não é regra, mas também deve ter
um parágrafo conclusivo para cada capítulo. Recomenda-se que tenha até 3 páginas.
Modelo:
Após percorrer tema tão enriquecedor, e ao mesmo tempo ensejador de tantas
controvérsias, chega-se às seguintes conclusões:
Hodiernamente, o dano não consiste apenas na diminuição ou subtração de bens
jurídicos materiais, mas também de valores extrapatrimoniais, como os direitos da
personalidade e os direitos de família.
A natureza do dano moral está na ofensa ao direito subjetivo, podendo ter como efeito
a diminuição ou não do patrimônio da vítima.
Embora os doutrinadores não sejam unânimes quanto à sua classificação, conclui-se
que o dano moral consiste em uma lesão sofrida por pessoa física ou jurídica no âmbito
personalíssimo, em decorrência de ato ilícito praticado por outrem.
Mesmo antes da promulgação da atual Carta Magna, já se permitia deduzir, com base
nos arts 75, 76, 159, 1.547, 1.548, 1.549, 1.550 e 1.553 do Código Civil de 1916 (Lei nº
3.071, de 1º de janeiro de 1916), dentre outros, e na Lei de Imprensa (Lei nº 5.250, de 09 de
fevereiro 1967), que, além dos danos materiais, os morais também eram ressarcíveis.
Ressalte-se que a Constituição Federal de 1988 apenas elevou a reparabilidade dos
danos morais à condição de garantia dos direitos individuais, passando a constituir cláusula
pétrea, consoante se infere do art. 60, §4º, inciso IV.
Entende-se, pois, ser pacífica em nosso ordenamento jurídico a reparabilidade do dano
moral, uma vez que o Código de Defesa do Consumidor (Lei nº 8.078, de 11 de setembro de
1990), em seu art. 6º, incisos VI e VII, e o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei nº
8.069, de 13 de julho de 1990), no art. 17, combinado com o art. 201, incisos V, VIII e IX,
admitiram a reparação por danos patrimoniais e morais.

↑2 cm
24

É importante salientar que o Superior Tribunal de Justiça editou a Súmula 37, de


17.03.1992, que permite a cumulação de indenizações por danos materiais e danos morais,
quando oriundos do mesmo fato.
O novo Código Civil (Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002) ratifica o que foi
preceituado pela Carta Magna, quando faz menção expressa da indenização por dano moral
no art. 186.
Quanto aos titulares e responsáveis pelo dano moral, inserem-se nesse contexto as
pessoas que tenham praticado ato ilícito, civil ou penal (responsabilidade extracontratual), por
fato próprio, por fato de outrem ou pelo fato da coisa.
Em relação à análise da prova do dano moral, esta deve dar-se em dois momentos
distintos. O primeiro é aquele no qual se faz a demonstração do fato através da atividade
probatória. O segundo envolve a avaliação subjetiva do dano moral, sendo este presumido nas
circunstâncias em que não for exigida prova de sua existência, mas apenas do fato que lhe deu
origem, admitindo, contudo, presunção juris tantum.
Quanto aos meios de prova a serem utilizados por ocasião da comprovação dos danos
morais, estes devem ser juridicamente idôneos, ressalvados os princípios da ampla defesa, do
contraditório, da proporcionalidade e da razoabilidade. O ônus da prova em matéria de dano
moral, em alguns casos, caberá ao lesado, em outros o julgador poderá imaginar o prejuízo
sofrido pelo homem médio, dispensando a prova direta.
Já em relação à utilização ou não da prova ilícita, o julgador deverá valer-se do
princípio da proporcionalidade e avaliar a possibilidade da sua utilização. Nesse momento,
sopesará os valores constitucionais em confronto, para que haja a efetividade da prestação
jurisdicional, sob pena de ser proferida uma sentença injusta e imoral.

↑2 cm
25

REFERÊNCIAS
(1 enter do título, espaçamento entre as linhas é de 1,5, título não numerado, as referências
deverão ser inseridas em ordem alfabética, alinhadas à esquerda, usando espaçamento simples
entre as linhas e entre cada referência (consultar ABNT NBR 6023 e atualizações 2018).
É um elemento obrigatório que consiste no conjunto padronizado de informações que
indicam os materiais consultados. É a relação dos documentos efetivamente utilizados na
redação do trabalho.

ACQUAVIVA, Marcus Cláudio. Dano e ação indenizatória. São Paulo: Jurídica Brasileira,
2000.

↑2 cm
26

AGAR, José Tomás Martín de. El error sobre las propiedades esenciales del matrimonio.
n. 69. Pamplona: Ius Canonicum, 1995.

______; CHINELATO, Silmara June Abreu. O nascituro no código civil e no direito


constituendo do Brasil. Revista de Informação Legislativa, a. 25, n. 97, p. 181, jan./mar.
1988.

ALSINA, Jorge Bustamante. Responsabilidad civil y otros estúdios. Buenos Aires: Abeledo
Verrot, 1992.

ALTERINI, Atilio Anibal; CABANA, Roberto Lopez. Temas de Responsabilidad Civil.


Buenos Aires: Ciudad Argentina, 1999.

ALVARENGA, Maria Amália de Figueiredo Pereira. O quantum da indenização do dano


moral. Revista Jurídica da Universidade de Franca, a. 2, n. 2, p. 123, jul. 1999.

ANDORNO, Luis Orlando. La reparación del daño moral. Anais […]. Cordoba: Academia
Nacional de Derecho y Ciencias Sociales de Cordoba, 1986.

AZEVEDO, Dermi. Sarney Convida Igrejas Cristãs para Diálogo sobre o Pacto. Folha de São
Paulo, São Paulo, 22 out. 1985, p. 13.

BERGEL, Jean Louis. Teoria geral do direito. São Paulo: Martins Fontes, 2001.

BITTAR, Carlos Alberto. Os direitos da personalidade. 7 ed. Rio de Janeiro: Forense


Universitária, 2004.

BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as Diretrizes e Bases da


Educação Nacional. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, DF, v. 134,
n. 248, 23 dez. 1996. Seção 1, p. 27834-27841.

CALHAU, Lélio Braga. Direito à prova e as provas ilícitas. Disponível em:


http://www.datavenia.inf.br/artigos/braga.html. Acesso em: 15 mar. 2005.

BRASIL. Código Civil. 2. ed. São Paulo: C. Teixeira & C.A. Editores, 1917.

DIAS, Maria Berenice. O dever de fidelidade. Revista AJURIS, n. 85, t. 1, p. 477-479, mar.
2002.

↑2 cm
27

GLOSSÁRIO
(1 enter, espaçamento entre as linhas simples, título sem numeração deve ser centralizado) –
elemento opcional realizado em ordem alfabética.
Elemento opcional, elaborado em ordem alfabética.

Ad argumentandum tantum – Somente para argumentar.


Ad cautelam – Por cautela.
Ad hoc – Para isso. Diz-se de pessoa ou coisa preparada para determinada missão ou
circunstância: secretário ad hoc, tribuna ad hoc.
Ad referendum – Para aprovação.

↑2 cm
28

Adição da denúncia – É o ato pelo qual o promotor público, após ter oferecido a denúncia,
vem aditá-la para incluir novos nomes ou novos fatos, que a ela se integram.
Concussão – É um dos crimes praticados por funcionário público contra a administração.
Consiste em exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função
ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida. A pena prevista é de reclusão,
de dois a oito anos, e multa (artigo 316 do Código Penal).
Deprecar – Requisitar de juiz de jurisdição estranha à sua a prática de ato ou diligência, que
se mostra necessária ao andamento do processo, sob sua direção, no território sob jurisdição
do juiz para quem se depreca.
Emolumento – Pela Constituição Federal de 1988, é a remuneração que os notários e os
oficiais registradores recebem pela contraprestação de seus serviços. É uma contribuição paga
por toda pessoa que se favoreça de um serviço prestado por uma repartição pública, tal como
o que decorre de uma certidão por esta fornecida.
Improbus litigator – Litigante desonesto. O que entra em demanda sem direito, por ambição,
malícia ou emulação.
Locupletamento – Enriquecimento.
Occasio legis – Oportunidade da lei.
Plágio – Apresentação, como própria, de trabalho ou obra intelectual produzida por outrem.
Repristinação – Instituto pelo qual se restabelece a vigência de uma lei revogada pela
revogação da lei que a tinha revogado. Ex: a lei "A" é revogada pela lei "B"; advém a lei "C",
que revoga a lei "B" e diz que a lei "A" volta a viger. Deve haver dispositivo expresso, não
existindo repristinação automática (nem a Constituição Federal pode repristinar
automaticamente uma lei).
Tergiversação – Pratica tergiversação o advogado que, simultânea ou sucessivamente,
defende e patrocina as mesmas partes, sendo passível de sanção penal. Ver artigo 335,
parágrafo único, do Código Penal.
Usurpação – É uma ação forçada para retirar uma coisa de alguém, ou ainda, exercer sem
qualquer legitimidade uma função.

APÊNDICE
(1 enter, espaçamento entre as linhas simples, título sem numeração deve ser centralizado).
É um elemento opcional que consiste no texto ou documento elaborado pelo autor para

comprovar, ilustrar ou sugerir algo. São identificados por letras maiúsculas e travessão,

seguido do título e pode ser indicado ao longo do texto na nota de rodapé (Cf. APÊNDICE A

– Projeto de lei que altera a maioridade penal para 16 anos). Exemplo: APÊNDICE A –

Projeto de lei que altera a maioridade penal para 16 anos.

↑2 cm
29

PROPOSTA DE ANTEPROJETO DE LEI

Cria mecanismos para coibir o abandono


materno e dispõe sobre o instituto do parto
anônimo e dá outras providências.

Art. 1° Esta Lei cria mecanismos para coibir e prevenir o abandono materno de crianças
recém-nascidas, e instituí no Brasil o parto anônimo nos termos da presente lei.

↑2 cm
30

Art. 2º Toda mulher, independente de classe, raça, etnia, idade e religião, será assegurado as
condições para a realização do “parto anônimo”
Parágrafo Único - Todas as unidades gestoras do Sistema Único de Saúde, obrigam-se a criar
um programa especifico com a finalidade de garantir, em toda sua rede de serviços o
acompanhamento e a realização do parto anônimo.
Art. 3º O Estado, através do sistema único de saúde, as instancias competentes do sistema
educacional, promoverá condições e recursos informativos, educacionais para orientação as
mulheres.
Art. 4º A rede do SUS garantira as mães, antes do nascimento, que comparecerem aos
Hospitais declarando que não deseja a criança, contudo, quer realizar o pré-natal e o parto,
sem ser identificada.
Art. 5º Os hospitais deverão criar estruturas físicas adequadas que permitam o acesso sigiloso
da mãe ao hospital e o acolhimento da criança pelos médicos.
Art. 6º A mulher que, antes ou no momento do parto, demandar o sigilo de sua identidade será
informada das conseqüências jurídicas desse pedido e da importância para as pessoas em
conhecer sua origem genética e sua história.
Parágrafo Único – A instituição de saúde garantira a toda mulher que demandar ao Hospital o
parto anônimo acompanhamento psicológico.
Art. 7º A mulher que, antes ou no momento do parto, demandar o sigilo de sua identidade será
informada das conseqüências jurídicas desse pedido e da importância para as pessoas em
conhecer sua origem genética e sua história.
Art. 8° A mulher que se submeter ao parto anônimo s erá informada da possibilidade de
fornecer informações sobre sua saúde ou a do pai, as origens da criança e as circunstâncias do
nascimento, bem como, sua identidade que será mantida em sigilo, e só revelada nas hipóteses
do art. 11º desta lei.
Art. 9º A criança só será levada à adoção após oito semanas da data em que chegou ao
Hospital, período em que a mãe ou parentes biológicos poderão reivindicá-la.
Parágrafo único. Quando o parto ocorrer no Hospital, sob sigilo de identidade da mãe, a
criança será levada à adoção após oito semanas de seu nascimento.
Art. 10º As formalidades e o encaminhamento à adoção serão de responsabilidade dos
médicos e enfermeiros que acolheram a criança abandonada, bem como, do diretor do
Hospital.
Art. 11º A identidade dos pais biológicos será revelada pelo Hospital, caso possua, somente
por ordem judicial ou em caso de doença genética do filho.
Art. 12º A parturiente, em casos de parto anônimo, fica isenta de qualquer responsabilidade
civil ou criminal em relação ao filho.
Art. 13º Modifica-se ou derroga-se toda disposição que se oponha ao disposto na presente lei.
Art. 12 Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

JUSTIFICAÇÃO

↑2 cm
31

O abandono trágico de crianças no Brasil em valas, esgotos, lixões, portas de casas de


desconhecidos e em calçadas têm se tornado atos constantes que em sua maioria é ligado a
questões socioeconômicas. Essa atitude tem, que por muitas vezes ocasionando o falecimento
da criança.
A Lei do parto anônimo protege as mulheres angustiadas, desesperadas com uma gravidez
indesejada, que cometem o aborto, podendo matar até a si próprias com ingestão de
medicamentos e em clinicas clandestinas ou, até mesmo, o infanticídio tendo como escopo um
acompanhado por um rápido processo de adoção da criança por uma família.
Este rápido processo de adoção da criança servirá para que ela não fique esperando por anos
dentro de um abrigo, sem uma família que possa dar o que ela precisa e merece, pois há
muitas quer querem fazer adoção, mas o processo no Brasil é por demais demorado.
O parto anônimo já era praticado na Idade Média, através da roda dos expostos e que, em
alguns países desenvolvidos, como Alemanha, Japão e França, estão reeditando essa prática e
aprovando legislação que garanta o anonimato das mães que querem entregar seus filhos para
a adoção.
Por isso, em alguns países de língua germânica, há outras alternativas às mães que não
querem abortar ou abandonar seu filho. Esses países oferecem opções que além de salvar a
vida do bebê, eximem as genitoras de qualquer responsabilidade judicial. Depois da criação
das famosas ‘janelas-camas', em hospitais austríacos e alemães, onde a mãe pode depositar de
forma anônima o recém-nascido, que posteriormente será dado em adoção, os hospitais da
França e de Luxemburgo institucionalizaram o chamado parto anônimo.
Esta forma de ‘dar a luz', permite que a mulher que não pode ou não quer o filho seja atendida
de forma gratuita no hospital, durante toda a gravidez, sem ter de fornecer seu nome ou seus
dados verdadeiros. Tendo sua identidade mantida em segredo, com um nome fictício, a
grávida realiza o parto com todas as condições sanitárias necessárias. O problema é que a
criança em questão não tem identidade até que seja adotada por uma família. A mãe ainda
deve autorizar que o filho seja adotado, renunciando ao poder familiar, sem possibilidade de
arrepender-se. Esse consentimento de dar o filho em adoção deve ser feito num certo período
após o parto:
Hoje o parto anônimo é permitido na Áustria, Estados Unidos, França, Itália, Luxemburgo e
Bélgica e a intenção é implementar também no Brasil.

ANEXO A
(1 enter, espaçamento entre as linhas simples, título sem numeração deve ser centralizado).

É um elemento opcional que consiste no texto ou documento não elaborado pelo autor
para comprovar ou ilustrar. São identificados por letras maiúsculas e travessão, seguido do
título e pode ser indicado ao longo do texto na nota de rodapé (Cf. ANEXO A – Lei Estadual
que altera a extensão da reserva legal no Estado do Paraná). Exemplo: ANEXO A - Lei
Estadual que altera a extensão da reserva legal no Estado do Paraná.

↑2 cm
32

Presidência da República
Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos

LEI Nº 11.106, DE 28 DE MARÇO DE 2005.

Altera os arts. 148, 215, 216, 226, 227, 231 e


acrescenta o art. 231-A ao Decreto-Lei no 2.848, de 7
de dezembro de 1940 – Código Penal e dá outras
providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono


a seguinte Lei:

Art. 1o Os arts. 148, 215, 216, 226, 227 e 231 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de
1940 – Código Penal, passam a vigorar com a seguinte redação:

"Art. 148.......................................................................

§ 1o .............................................................................

I – se a vítima é ascendente, descendente, cônjuge ou companheiro do agente ou maior de 60


(sessenta) anos;

Brasília, 28 de março de 2005; 184o da Independência e 117o da República.

LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA


Márcio Thomaz Bastos
José Dirceu de Oliveira e Silva

Este texto não substitui o publicado no D.O.U. de 29.3.2005.

ÍNDICE REMISSIVO
Elemento opcional, elaborado conforme a NBR 6034.
(Os números referem-se às páginas).

abandono – 29, 96, 100, 158, 169, 178, 180, 205, 233, 240, 241, 249, 250, 252, 271
alimentos – 110, 120, 122, 123, 160, 161, 162, 187, 200, 203, 204, 205, 210, 228, 254, 255,
256, 257, 258, 259, 260, 261, 262, 263, 264, 265, 266, 267, 268, 271
ascendente – 29, 107, 109, 123, 148, 163, 207, 209, 254, 263, 264, 265, 266, 267, 268

↑2 cm
33

avaliação – 17, 43, 65, 148


ato ilícito – 17, 20, 21, 23, 27, 28, 42, 43, 64, 70, 71, 78, 184, 185, 186, 187, 210, 211, 212,
214, 231, 260, 261, 262

↑2 cm

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