Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
DINAMARCO
CAPÍTULOS DE
SENTENÇA
3- edição
Cândido Rangel Dinamarca
CAPÍTULOS
DE SENTENÇA
3^ edição
El^MALHEIROS
sVsEDITORES
CAPÍTULOS DE SENTENÇA
© Cândido Rangel Dinamarco
ISBN 978-85-7420-836-7
Composição
PC Editorial Ltda.
Capa
Criação: Vânia Lúcia Amato
Arte: PC Editorial Ltda.
Impresso no Brasil
Printed in Brazil
01.2008
SUMÁRIO
bibliografia 133
CAPÍTULO I
PREMISSAS METODOLÓGICAS
E CONCEITUAIS
1. Literalmente, o vocábulo italiano capo quer dizer cabeça ou, por exten
são, chefe.
14 CAPÍTULOS DE SENTENÇA
3. áreas de relevância
dos pela norma jurídica invocada etc., ele nada mais faz do que
plantar os pilares lógicos sobre os quais assentará em seguida
os preceitos concretos a serem formulados no decisório. Toda a
imperatividade da sentença está no decisório e não na motiva
ção {pague tal importância, ou desocupe o imóvel etc.)."^
Depois, já dividida a sentença em seus componentes estrutu
rais, no âmbito de cada um destes é também possível fazer cor
tes com vista a identificar capítulos - embora a utilidade dos
cortes na motivação dependam da tomada de posição que aceite
a cisão da sentença em capítulos a partir da existência de duas ou
mais questões solucionadas em sua fundamentação {infra, n. 8).
Os cortes que se fazem no decisório incidem x erticalmente,
atuando sobre o plano horizontal em que se distribuem os diver
sos preceitos contidos na sentença. Imaginem-se, lado a lado, e
portanto dispostos em linha horizontal, a pronúncia do juiz so
bre cada um dos pedidos cumulados pelo autor na petição inicial,
mais a procedência ou improcedência do pedido reconvencional
do réu, mais a imposição do custo do processo a uma das partes
ou a ambas etc. Esses verdadeiros preceitos concretos convivem
no mesmo decisório, todos eles dotados de imperatividade por
que são preceitos estatais destinados a .se impor aos sujeitos do
processo. Daí falar-se em uma incidência vertical sobre o plano
horizontal: é como uma faca incidindo verticalmente sobre o
plano horizontal de uma torta estendida cm uma bandeja, cor-
tando-a em pedaços sem mostrar o que está no fundo.
Inversamente, alinham-se verticalmente as diversas proposi
ções residentes na motivação da sentença: elas descem à pro
fundidade que o juiz entender nece.ssária, suficiente e adequada
para preparar as conclusões imperativas a serem lançadas de
pois, no decisório. Imagine-se agora a solução dada pelo juiz
quanto à ocorrência ou não-ocorrência de um fato ou .sobre a
interpretação de um texto legal etc. (questões de fato ou de di
reito): cada uma das proposições que o juiz então lançar terá
5. as diversas teorias
prio Carnelutti reconhece que sua teoria não contou com aceita
ção na doutrina em geral, aludindo apenas a um autor menos co
nhecido, Fietta, como seu seguidor.
9. teorias relativistas
24. Cfi\ L'impiignazione incidentals net processo civile, cap. II, n. 2, esp. p. 34.
25. Cfr., por todos, Liebman, Mannale di diritto processuale civile, II, n.
336, pp. 333-334. De certo modo o Mestre minimiza a relevância do recurso
no interesse da lei para o exame dos capítulos sentenciais, ao dizer que esse
não é um verdadeiro recurso ("Parte o 'capo' di scntenza", n. 8, esp. p. 61),
mas essa observação não tem grande importância para uma teoria pura dos ca
pítulos de sentença.
26. A menos que toda a matéria de fato esteja suficientemente esclarecida,
hipótese em que a própria Corte decide a causa, substituindo a sentença inferior e
indo pois além da pura cassação.
PREMISSAS METODOLÓGICAS E CONCEITUAIS 27
31. Para o exame desse pensamento, v. Araújo Cintra, Sobre os limites objeti
vos da apelação civil, cap. Ill, n. 2, esp. p. 44; José Afonso da Silva, Do recurso
adesivo tio processo civil brasileiro, tít. III, cap. Ill, § 3", esp. pp. 127-128.
32. Cfr. Diritto processuale civile italiano, n. 199, esp. p. 669.
33. Cfr. Instituições de direito processual civil, IV, n. 946, pp. 133-134.
34. Op. loc. cit., esp. p. 134.
PREMISSAS METODOLÓGICAS E CONCEITUAIS 29
35. Cfr. Araújo Cintra, Sobre os limites objetivos da apelação civil, cap. III.
n. 2, esp. pp. 45-46: Fazzalari. Instituzioni di diritto processuale, parte 2^ cap.
VII, § 1", esp. p. 362.
36. Cfr. Sobre os limites objetivos da apelação civil, cap. Ill, n. 2, esp. pp.
46-47; n. 4, pp. 49 ss.
37. Cfi\ Do recurso adesivo no processo civil brasileiro, tít. III, cap. Ill, § 3",
esp. p. 128.
30 CAPÍTULOS DE SENTENÇA
11. conceito dc capítulo de sentença no direito positivo brasileiro - 12. por uma
teoria pura dos capítulos de sentença - 13. capítulos dc mériío e capítulos dc
eficácia e.xclusivamente procc.ssual - 14. os dois significados da autonomia dos
capítulos de sentença - 15. capítulos independentes, dependentes e condicio-
nantes - 16. capítulos resultantes de uma cisão quantitativa - 17. capítulos das
decisões intcriocutórias e de outros pronunciamentos judiciais
6. Cfr. Liebman, Manuaíe cii clirillo processuale civile, II, n. 394, pp. 419-
421: V. ainda vol. I, nn. 74-75, pp. 153 s.s. irad.; sobre a tutela Jurisdicional que
por esse meio se outorga ao rcu, v. ainda Dinamarco, Fundamentos do proces
so civil moderno, II, n. 432, pp. 828-831.
OS CAPÍTULOS DE SENTENÇA NA TEORIA DESTA 39
7. Cf}\ Bnzvãá, Agravo de petição, nn. 56-68, esp. p. 115, a quem se deve a
locução pressupostos de admissibilidade do julgamento da lide, aqui emprega
da como acima se vê.
8. Cfr. Manual de direito processual civil, I, n. 73, esp. p. 152 trad.: v. ainda
Dinamarco, Fundamentos do processo civil moderno, II. n. 429. p. 820.
4 0 CAPÍTULOS DF. SENTENÇA
12. Assim, Dinamarco, Instituições de direito processual civil, csp. vol. II,
nn. 121-12% pp. 616-619; v.ainda vol. Ill, nn. 830-831, pp. 126-128.
13. Cfr. "Parte o 'capo' cli scnicnza". n. 5. esp. p. 55.
OS CAPÍTULOS DE SENTENÇA NA TEORIA DESTA 4 3
15. Isso não significa que os juros não possam ser objeto de uma demanda
autônoma, em processo ulterior e, portanto, para ser julgada por outra sentença.
Eles devem ser objeto de julgamento ainda quando não pedidos (os chamados
pedidos implícitos - CPC, art. 2Ó3, parte linal), mas .se a seu respeito se omitir
a sentença que julga procedente a demanda pelo principal, o direito substancial
a eles fica intacto e pode ser objeto de demanda autônoma e .separada. O mes
mo sucede com a correção monetária e a aplicação de critérios de conversão de
moeda estrangeira {infra, n. 25).
16. Exemplo suscitado por Araújo Cintra. Sobre os limites objetivos da ape
lação civil. cap. Ill, n. 4. p. 4^.
17. Mas seguramente e.ssa hipótc.se não esteve nas cogitações de Chioven-
da, o qual se limitava a considerar os capítulos de mérito.
OS CAPÍTULOS DE SENTENÇA NA TEORIA DESTA 45
21. Rectiiis: àquele que houver dado causa ao processo (Chiovcnda, Pajar-
di, Cahali - cfr. Dinamarco, Fundamentos do processo civil moderno, I, n. 351.
pp. 669-671).
22. A condenação por despesas e honorários deve ocorrer inclusive quando
é vencido o beneficiário da assistência judiciária, porque assim dispõe a lei
(lei n. 1.060, de 5.2.1950. arts. II. § 1- c 12) e porque o advogado do vencedor
não lhe patrocinou os interesses, já estando e.xaurido o escopo do próprio institu
to. que é o de permitir a dcfe.sa dos direitos em juízo (Dinamarco, Instituições
de direito processual civil, II. n. 769, pp. 677-678). Mas um capítulo alusivo a
despesas e honorários é sempre indispensável em toda sentença, ainda que para
declarar que não são devidos.
OS CAPÍTULOS DE SENTENÇA NA TEORIA DESTA 47
25. Não é correta a definição legal de decisão interlocutória, como "ato pelo
qual o juiz, no curso do processo, resolve questão incidente" (CPC, art. 162,
§ 2°), pela mesma razão pela qual a sentença não é somente o ato com que o
Juiz decide questões sobre o mérito ou sobre a vida do processo. Tanto lá quan
to cá, o Juiz soluciona questões ao construir o suporte lógico do preceito impe
rativo a ser imposto (Dinamarco, Instituições de direito processual civil, II, n.
652, pp. 490-491). O preceito imperativo contido nas decisões interlocutórias
consiste na determinação que elas contenham, como ao determinar a realização
de uma prova, ao anular parcialmente o processo e determinar a repetição de
atos, ao conceder ou negar uma medida urgente etc.
26. Cfr. Paulo Cezar Aragão, Recurso adesivo, n. 33, pp. 26-27, o qual, em
bora não aluda de modo expresso aos capítulos de decisão interlocutória, co
gita de uma sucumbência parcial em casos assim; ele refere ainda a hipótese de
sucumbência parcial no Julgamento da exceção de incompetência (o qual se faz
sempre por decisão interlocutória e não por sentença), em caso de o Juiz decla
rar-se incompetente mas determinar a remessa do processo a outro foro, que
não aquele pelo qual o excipiente haja declinado.
OS CAPÍTULOS DE SENTENÇA NA TEORIA DESTA 4 9
8. C/r. Diritío delle pandette, Turim, 1904, I, pp. 107 ss. trad.; v. Chioven-
da, "L'azione nel sistema dei diritti", n. 3, nota 19, p. 58. Cfr. ainda Emilio
Betti, "Ragione e azione", n. 1, texto e nota 3, p. 206.
9. Sobre o sentido assertório da palavra pretensão, em contraste com esse
que vem das Pandectas, v. esp. Betti, Diritto processuale civile italiano, n. 15,
esp. p. 64. Endossando Camelutti, manifesto minha adesão a esse modo de
pensar, in Fundamentos do processo civil moderno, I, n. 116, pp. 270-271.
10. Sobre a actio romana e a impropriedade de sua confusão com a ação do
direito moderno, v. Dinamarco, Fundamentos do processo civil moderno, nn.
146-148, pp. 267 ss. As especulações acerca dessa comparação remontam,
como é notório, ao estudo com que Bemhard Windscheid deu início à histórica
polêmica com Theodor Muther {cfr. Polemica inlorno ali'adio).
11. Sobre o sincretismo vigorante no estudo do processo antes da indepen
dência metodológica introduzida a partir da obra de von Bülow, v. Dinamarco,
A instrnmentalidade do processo, n. 1, pp. 17 ss..
56 CAPÍTULOS DE SENTENÇA
significaria ter direito a havê-lo pela via judicial. Por isso mes
mo que sincrético, o conceito de pretensão pertence ao segmen
to histórico-metodológico que antecedeu a independência cien
tífica do direito processual. Sào retrógradas, porque valem por
uma volta ao passado metodológico já superado, as tentativas
de inserir no sistema moderno essa falsa categoria jurídica, que,
por ser sincrética, é própria do pandectismo já superado.
Assim entendido, o conceito de pretensão guarda alguma si
militude com o de direito à tutela jurisdicional em sua moderna
perspectiva concreta.'^ Quem pensar na situação do demandante
que tenha razão e reúna as três condições da ação, dirá que ele
tem direito à tutela jurisdicional e que também tem "pretensão"
ao bem pretendido. Até aí a diferença seria pouco mais que ver
bal e mais revelaria uma opção metodológica do observador. Mas
o conceito de tutela jurisdicional é bem mais amplo que o de pre
tensão e abrange também a proteção recebida pelo demandado
mediante o exercício da jurisdição. O de pretensão, naquele sen
tido pandectista, casa muito bem com a superada concepção do
processo civil do autor^^ e inclui necessariamente a existência de
um direito, o que não se dá no conceito de tutela jurisdicional em
sua visão moderna, nem no direito de ação em sua perspectiva abs
trata. Além disso, não explica a tutela que se outorga ao próprio
autor nas ações declaratórias negativas, em que direito algum exis
te e, portanto, nenhuma pretensão nesse sentido proscrito.''
22. Tal é a proposta que venho fazendo há alguns anos e me parece coerente
com o sistema (v. Dinamarco, Fundamentos do processo civil moderno, 1. nn.
110 e 119, pp.254-55 e 273-276).
23. Cfr. Francesco Carnelutti, ístituzioni dei processo civile italiano, I, n.
13, esp. p. 13; Enrico Tuilio Liebman, Manual de direito processual civil, I, n.
80, pp. 170-171, trad.; Edoardo Garbagnati, "Question! di mérito e question!
pregiudiziali", p. 257.
24. Sobre o objeto de conhecimento do juiz, que também já se denominou
objeto formal do processo, v. Liebman, Manual de direito processual civil. 1,
n. 78, pp. 165 ss.. trad.
CAPÍTULOS DE MÉRITO ()l
37. Cfi: Dinaniarco, Mumtal dos juizados cíveis, nn. 35-56. pp. 116 ss.
6S CAPÍTULOS DE SENTENÇA
27. litisconsórcio
quando não seja possível ter todos os três. Por isso, a sentença
nesse caso poderá ser composta de três capítulos - um que con
dene ou deixe de condenar Carreras ao cumprimento, outro rela
tivo a Plácido e o terceiro, a Pavarotti. A sentença poderá conde
nar um deles e não os demais; poderá ser válida cm um desses
capítulos c inválida em outro (p.ex., porque o advogado de um
deles não foi intimado da data da audiência); poderei recorrer de
todos os capítulos, se todos me forem desfavoráveis; se todos
houverem sido condenados, a apelação de cada um reverterá so
mente em seu proveito e não dos outros (CPC, art. 509) etc. Nada
disso ocorreria no caso da dupla sertaneja, cm que o litisconsór-
cio seria unitário, não comum - havendo por isso uma decisão
única, sem capítulos. Também não se reparte em capítulos a sen
tença que julga procedente a demanda de anulação do casamento
promovida pelo Ministério Público em face de ambos os cônju
ges (CC-16, art. 208, par., inc. II; CC-2()02. art. 1.549) porque ali
a decisão é uma só c jamais poderia cindir-.se em duas.^-
44. "São fungíveis os bens móveis que podem ser substituídos por outros
do mesmo gênero, qualidade e quantidade" (Clóvis Beviláqua. Teoria geral do
direito civil, § 35, p. 167). Assim também o direito positivo: "são fungíveis os
móveis que podem, e não rungíveis os que não podem subsliluii-se por outros
da mesma espécie, qualidade e quantidade" (CC-1916. art. 50; CC-2002. art.
85).
72 capítulos DF. SENTENÇA
52. CJr. Liebman, "11 titolo cseciiiivo riguardo ai tend", nn. 4-5, pp. 359 ss.;
Rognoni, Condanna generica e provvisionalc ai daiini, n. 6. esp. p. 67; Dina-
marco. Execução civil, 8^ ed., n. 347, p. 537.
53. A locução cisão jurídica do pedido vem da obra de Liebman: v. "Parte o
'capo' di sentenza", n. 4, esp. p. 53.
CAPÍTULOS DE MÉRITO 75
54. O que está dito neste Item liga-se à premissa, já colocada, de que a pre
tensão deduzida em juízo é sempre bifronte, endereçada ao bem da \ ida a que
aspira o demandante e ao provimento jurisdicional mediante o qual espera
obtê-lo. Tanto o bem da vida quanto o provimento pode, em circunstâncias
adequadas, submeter-se ao processo de decomposição aqui alvitrado.
7 6 CAPÍTULOS DE SENTENÇA
55. C/r. Dinamarco. Instituições de direito processual civil. II. n. 456. pp.
138-139; III, nn. 940-951. pp. 273 ss.
7S CAPÍTULOS DE SENTENÇA
56. Cfr. ainda Instituições de direito processual civil, 111, nn. 946-948, pp.
280 ss.
CAPÍTULO IV
CAPÍTULOS HETEROGÊNEOS
(MÉRITO E PRELIMINARES)
33. ainda a estrutura bifronte da demanda - 34. capítulo ou capítulos de efeitos
exclusivamente processuais - .35. capítulos heterogêneos (processuais e de mérito)
36. na própria teoria da sentença - 37. eficácia dos diversos capítulos - 38. nuli-
dades parciais da sentença - 39. sentenças ultra vcl extra pciita - 40. sentenças
citra pctita
9. IcL, ib.
9 0 CAPÍTULOS DE SENTENÇA
10. Decidir citra petita é decidir aquém do pedido, i.é, de modo incomple
to. Não é o mesmo que decidir infra petita, o que significa decidir sobre todo o
objeto do processo mas conceder ao autor menos do que o postulado (proce
dência parcial). Nisso, obviamente, não há vício algum.
11. Cfr. Liebman, Manuale di diritto processuale civile, 11, n. 271, esp. p.
226, nota 11.
91
REPERCUSSÕES NA TEORIA DA SENTENÇA
44. visão gLT.il e lemas lundamenlais - 45. recurso integral e recurso parcial -
46. recurso parcial por força de lei (capítulos recorríveis c capítulos irrecorrí-
veis) - 47. rccorribilidade parcial (interesse e legitimidade) - 4cS. recurso parcial;
devolução limitada - 4^). devolução além dos capítulos impugnados: sentença
terminativa - 50. devolução além dos capítulos impugnados: capítulos heterogê
neos - 51. devolução além dos capítulos impugnados: capítulos dependentes -
52. recurso parcial, recurso adesis o e rcfoniititio in pejus - 53. uma só sentença,
um .só recurso - 54. dilerentes regimes quanto aos efeitos da interposição dos
recursos - 55. efeitos do julgamento dos recursos - 56. recebimento parcial e
agravo - 57. prazos e trânsito em julgado - 58. ação rescisória: alguns temas e
soluções cotnuns aos recursos - 5ó. capítulos de sentença e devolução oficial
3. Cfr. Araújo Cintra. Sobre os limites objetivos cia apelação civil, cap. ill,
n. 5, p. 51.
REPERCUSSÕES NA TEORIA DOS RECURSOS 101
15. O § 3" do art. 515 do Código de Processo Civil manda o tribunal passar
ao julgamento do meritiim causa; quando, afastando a razão pela qual o juiz
106 CAPÍTULOS DE SENTENÇA
16. Sobre esse rico e inexplorado lema, cfr. Ailorio, "Litisconsorzio alternati
vo passivo e impugnazione incidentale", n. 1, p. 515; Tarzia, "Appunii sulie de
mande alternative", n. 7, p. 295: Dinamarco, Liiisconsórcio, n. 82. pp. 390-400.
108 CAPÍTULOS DE SENTENÇA
18. Cfr. Dinamarco, A Reforma da Reforma, n. 108, esp. p. 263; Nova era
do processo civil, n. 88, pp. 173-174.
IK) CAPÍTULOS DE SENTENÇA
19. Cfr. Dinamarco, Instituições de direito processual civil, II. n. 470, esp.
p. 162.
20. Cfr. ainda histituições de direito processual civil, III, n. 995, csp. p.
365.
11 2 CAPÍTULOS DE SENTENÇA
21. C/r. "Istituti dei dirilio comune ncl processo civile brasiliano", n. II,
esp. pp. 508-509
RF.PHRCUSSÓF.S NA TEORIA DOS RECURSOS 11 3
22. Já não estamos falando de vícios que inquinam somente um dos capítu
los sentenciais, sem atingir outros - caso em que, em sede alguma, com ou sem
recuso, jamais se legitima a anulação do capítulo não contaminado (supra, n.
38). Falamos no presente tópico de capítulos que estão, sim. atingidos pelo ví
cio mas que, não tendo sido objeto de recurso, restam fora de qualquer aprecia
ção pelo tribunal.
REPERCUSSÕES NA TEORIA DOS RECURSOS 11 5
25. Cfr. Flávio Luiz Yarsiiell, Ação Rescisória (Jtiíios rescindente e rescisó
rio), São Paulo, Mallieiros Editores, 2005.
REPRRCUSSÒRS NA TEORIA DOS RECURSOS 121
3. Cfr. ainda Instiluiçòes de direito processual civil. 11. n. 472, e.sp. pp. 166-
167; III, n. 996. p. 368.
EXECUÇÃO FORÇADA E LIQÜIDAÇÃO DE SENTENÇA 129
4. Id., ib.
130 CAPÍTULOS DE SENTENÇA
Betti, Emilio. Diritto processiiale civile italiano, Roma, Foro it., 1936.
"Ragione e azione", in Riv. proc. civ., 1932.
Beviláqua, Clóvis. Teoria geral do direito civil, 7" ed.. Rio de Janeiro,
Francisco Alves, 1955.
Buzaid, Alfredo. Do agravo de petição no sistema do Código de Processo
Civil, São Paulo, Saraiva, 1956.
"Nova conceituação do recurso extraordinário na Constituição
do Brasil", in Estudos de direito, São Paulo, Saraiva, 1972.
134 CAPÍTULOS DE SENTENÇA
♦ * *
GRÁFICA PAYM
O o o Te l . ( 0 11 ) 4 3 9 2 - 3 3 4 4
^ \J íCt payin@tcTra.com.br
capítulos de sentença
Cândido Rangel Dinamarco
O Autor vem, já há alguns anos, discorrendo sobre os capí
tulos de sentença em palestras, aulas acadêmicas e trabalhos
profissionais, sendo crescente seu interesse por esse tema ain
da pouco versado em doutrina, mas de imensa importância e
valia para a solução de muitos problemas práticos e teóricos.
Visando a divulgar o conhecimento do tema entre os opera
dores do processo civil no país - com a convicção de que a fami-
liaridade com os conceitos a ele inerentes poderá ser um instru
mento de muita utilidade na prática do processo civil o Autor
elaborou este livro, condensação das idéias por ele desenvolvi
das, tendo como ponto de partida a proposta de uma teoria pura
dos capítulos de sentença. Rechaça o pensamento dos que pre
tendem situar os capítulos na teoria dos recursos, iludidos pela
influência maior que sobre essa área a divisão da sentença em
capítulos exerce. A colocação metodológica assim assumida
consiste em afirmar que o tema dos capítulos de sentença per
tence à teoria desta, não obstante as repercussões que projeta
sobre outras áreas. São examinadas as principais doutrinas que
se formaram a respeito do tema, tomando o Autor decidida posi
ção a respeito, realizando o confronto com o direito positivo bra
sileiro e analisando as repercussões que a divisão da sentença
em capítulos projeta sobre a disciplina da própria sentença, da
sua nulidade, dos encargos da sucumbência, dos recursos, da
execução civil e da liquidação.
9ll788574ll208367