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Descrição Conceitos iniciais sobre planejamento e controle na área de Finanças dentro do meio empresarial.
Propósito Compreender os conceitos básicos do planejamento financeiro de curto e longo prazo de uma empresa, bem como a eficiência e a
eficácia do controle interno, é fundamental para a tomada de decisões na administração de empresas.
Preparação Antes de iniciar o conteúdo deste tema, tenha em mãos um computador com acesso à internet e aplicativo com funções financeiras.
Objetivos
meeting_room Introdução
Controlar a execução do planejamento é uma função vital em uma empresa, pois o planejamento ajuda a definir o
rumo tomado para uma meta preestabelecida que seja alcançada, enquanto o controle, por sua vez, ajuda a
empresa a não se desviar dessa rota.
Este conteúdo apresentará as diferentes funções dentro da área financeira e a atividade de cada uma, pois tal área
não pode ser considerada especializada, e sim generalista, já que trabalha com informações de todas as outras
áreas.
Portanto, nosso estudo revela-se uma jornada por meio do processo financeiro de uma empresa, apresentando as
funções, os planejamentos, os controles e as ferramentas necessárias para sua área financeira sempre fornecer
informações gerenciais precisas e relevantes a uma tomada de decisão.
O planejamento financeiro é tão importante que não se limita a questões econômicas. Como vemos neste vídeo,
assuntos ligados ao cotidiano também requerem uma conduta prudente em relação aos gastos e à forma com que
eles podem ser pensados.
video_library Introdução
Planejamento, portanto, integra o que deve ser feito à maneira como isso pode ser realizado ou atingido. Afinal, de que
adianta planejar se depois não podemos checar o que foi planejado?
Essa checagem é chamada de controle. Ainda de acordo com Sobral e Peci (2013), o controle pode ser considerado a
função da administração responsável pela geração de informações sobre a execução das atividades a fim de garantir o
cumprimento das metas planejadas, monitorando-as e corrigindo desvios significativos.
Exemplo
Tracei como meta emagrecer dois quilos até dezembro deste ano (meta: objetivo + prazo). Farei isso por meio de dieta e exercícios físicos, embora
meu planejamento também inclua a forma como esse controle será realizado: quantos minutos me exercito e quantos gramas perco por semana. Por
fim, após o planejamento, começarei a execução do plano e seu controle (monitoramento e correção caso seja necessário). O planejamento do
controle financeiro tem uma lógica semelhante.
O planejamento também é muito importante ao organizar a vida financeira, seja de uma pessoa física ou jurídica. As
metas são os objetivos com prazos que se deseja alcançar, enquanto a tática é a maneira ou o caminho para que elas
sejam alcançadas. Veja o exemplo.
Se a meta de uma empresa é dobrar o valor de sua receita em dois anos, suas táticas podem ser:
Note que as táticas geram e consomem recursos da entidade. Dessa forma, elas criam receitas (geram recursos) e
criam despesas (consomem recursos). Se o planejamento não for bem feito, as despesas podem superar as receitas,
não havendo, dessa forma, lucro – e sim prejuízo.
Alguém ainda pode se perguntar: “O que eu tenho de planejar?”. A resposta é: tudo (ou o máximo possível) que puder.
Quando desejar alcançar uma meta, você só será capaz de verificar se conseguiu fazê-lo de forma eficiente se tiver
planejado todos os passos relacionados a ela. Para entendermos isso melhor, imaginaremos a seguinte situação: você
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deseja dobrar sua receita, promovendo, como consequência disso, um aumento de 80% no valor do gasto em marketing.
Como podemos verificar se esse aumento foi grande ou pequeno? Não há como saber isso sem uma comparação. Se o
planejamento incluía um aumento de 50%, então o gasto foi maior que o planejado – e o motivo disso deve ser
verificado atentamente. Caso o aumento seja de 100%, se essa era a porcentagem pretendida, o gasto foi menor que o
esperado.
O planejamento deve ser feito usando números factíveis. Não adianta nada fazê-lo inflando os tetos de despesas só
para tornar mais fácil o seu alcance, pois isso, na verdade, atrapalha o processo de planejamento. Entretanto, há itens
cujo gasto de recursos no planejamento é maior que os ganhos a serem obtidos.
Exemplo
Em uma grande empresa com receita anual de milhões de reais, o valor dos materiais de escritório é irrelevante. Desse modo, todos os tipos de
despesas pequenas sem muita relevância normalmente são agrupados no subgrupo “Outras despesas”.
Obviamente, tudo precisa ser planejado. No entanto, a atenção, nesse processo, deve estar concentrada nos itens maiores e mais relevantes. Isso não
significa que os menores e menos relevantes não devam ser planejados. Eles, na verdade, são juntados para não haver o desperdício de vários recursos
no planejamento de um valor muito pequeno.
Fazer a estimativa de receitas previstas para um período (o anual é Estabelecer limites para as despesas que pretendemos realizar.
rotineiramente utilizado para períodos de curto prazo).
Para sabermos se as despesas fixadas são compatíveis com as receitas esperadas, fazemos uma comparação entre
ambas em períodos definidos ao longo do ano. Apesar de normalmente mensal, o período utilizado também pode ser
quinzenal, semanal, bimestral ou trimestral. Isso varia em cada tipo de organização.
Saiba mais
O orçamento é uma ferramenta de confronto entre essas receitas e despesas. A primeira linha se refere sempre à entrada de recursos, ou seja, tudo
que possui relação com a receita. As outras linhas abordam as despesas previstas. O lucro é a diferença entre receitas e despesas previstas.
Mas como podemos fazer esse tipo de previsão orçamentária? Comecemos com a linha de receita. Você pode pegar a
do último ano e usar como base para o próximo.
Nesse caso, qual é a expectativa: vender mais ou menos?
Atividade discursiva
Após fazer uma pesquisa, a empresa XYZ verificou ser capaz de alcançar os seguintes resultados para o próximo ano:
Se, neste ano, a empresa vendeu 45.000 produtos a R$38 cada, indique qual é a melhor estratégia a ser adotada no
planejamento do próximo ano.
Exibir soluçãoexpand_more
Verificamos que o Cenário C aumenta a receita para R$2.223.000. Mesmo que descontemos os R$50.000 da
despesa de marketing, o valor de R$2.173.000 ainda é o maior dos três cenários. Portanto, em suas projeções, o
planejamento do ano seguinte deve usar os seguintes valores: receita de R$2.223.000 e despesa de marketing de
R$50.000. Então, a resposta correta é o Cenário C.
Mas você pode estar se perguntando: essa previsão não aborda as outras despesas? Outros custos não mudam
muito no curto prazo.
Na tabela do planejamento trimestral de uma empresa que já mostramos, podemos ver que as despesas administrativas
(R$80.000) se mantiveram estáveis no período. Desse modo, para fazer um orçamento, deve-se:
Quando uma empresa decide investir em um novo projeto, ela precisa fazer um planejamento do tipo, pois ele não se
mostra rentável em curto prazo. Para vermos como isso é possível, será necessário entendermos os três conceitos
seguintes: payback, valor presente líquido (VPL) e taxa interna de retorno (TIR).
Payback
O payback de um projeto é o tempo necessário para que o investimento inicialmente efetuado seja recuperado, ou, em
outras palavras, o período em que o projeto “se paga”. Em função de sua simplicidade, esse método é bastante popular e
comumente utilizado em associação a outras metodologias, como a TIR e o VPL (falaremos sobre eles daqui a pouco).
Existem duas abordagens para o payback: o payback simples e o payback descontado:
O payback simples desconsidera o “custo do dinheiro” em sua análise e por isso não é capaz de apontar a viabilidade de
um projeto. No caso do payback descontado, para que o projeto seja considerado viável, é necessário que o prazo de
retorno dos recursos seja inferior à duração do projeto. Ou seja, se o payback descontado for inferior à vida útil do
projeto, este poderá ser considerado viável.
Comumente, empresas determinam paybacks limite para os projetos baseadas em suas experiências passadas. Entre
as possíveis razões para esse tipo de restrição, teríamos a suposição de um prazo até a obsolescência para a
tecnologia envolvida no projeto. Em indústrias com alto grau de inovação tecnológica, os paybacks limites para projetos
devem ser mais curtos do que em indústrias com baixo grau de inovação.
Exemplo
Os gestores da TSR gostariam de conhecer o tempo necessário para o retorno dos recursos investidos no novo projeto. Considerando o nível de risco
envolvido no empreendimento, a taxa estimada para o projeto seria de 15% ao ano. Com base no fluxo de caixa estimado e em seu custo de capital, é
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possível calcular o payback simples e o descontado do novo projeto da TSR. A tabela 1 demonstra a evolução do saldo de entradas e saídas de fluxos
de caixa do projeto de expansão da empresa.
0 -15.000 -15.000
1 4.140 -10.860
2 4.140 -6.720
3 4.140 -2.580
4 4.140
Como se pode observar, a coluna Saldo, ao término do terceiro ano, faltaria retornar $ 2,58 milhões. Considerando que
no decorrer do quarto ano o projeto produziria um fluxo de caixa de $ 4,14 milhões, adicionalmente aos três anos, a TSR
necessitaria de 0,62 anos (aproximadamente 7,5 meses) para obter o retorno dos recursos investidos no projeto. Dessa
forma, o payback simples do projeto de expansão seria de 3,62 anos (3 anos e 7,5 meses):
A tabela 2 demonstra a evolução do saldo atualizado de entradas e saídas de fluxos de caixa do projeto de expansão da
TSR.
Como podemos observar na coluna Saldo, ao término do quinto ano faltaria retornar $1,12 milhão. Considerando que no
decorrer do sexto ano o projeto produziria um fluxo de caixa descontado de $1,79 milhão, adicionalmente aos cinco
anos, a TSR necessitaria de 0,63 anos (aproximadamente 7,5 meses) para obter o retorno dos recursos investidos no
projeto.
Dessa forma, o payback descontado do projeto de expansão seria de 5,63 anos (5 anos e 7,5 meses), o que sugeriria sua
viabilidade, considerando que os recursos investidos no empreendimento retornariam capitalizados pelo custo de
oportunidade antes do término da vida do projeto.
Se soubermos a previsão de fluxo de receitas e gastos ao longo do tempo para determinada situação, conseguiremos
estimar o valor atual de um resultado que somente ocorrerá daqui a algum tempo. O VPL serve para melhorarmos
nossos processos de decisão.
Se eu tiver uma boa ideia do valor atual de um recurso que só existirá no futuro, poderei me planejar melhor para:
O VPL (também conhecido como VAL – valor atual líquido) é o cálculo que apresenta o resultado financeiro
atual/presente de um fluxo de caixa descontado a uma taxa de juros apropriada. Assim, também se pode definir VPL
como a soma algébrica (negativos e positivos) dos valores descontados de um fluxo de caixa. Quando em condições de
perpetuidade, valor constante de retorno e aplicação de taxa constante de crescimento, o valor do VPL é calculado da
seguinte forma:
Retorno
V PL = − Investimento Inicial
(i − c)
Em que:
i= é a taxa de desconto. Pode ser entendida como aquela que a empresa receberia investindo o mesmo dinheiro em
outro lugar, como títulos públicos e poupança, ou a responsável por fazer com que ele perca seu valor no tempo caso
não seja aplicado, como ocorre na inflação;
c= é a taxa de crescimento. Trata-se de qualquer taxa que o gestor acredite ser capaz de aumentar sua receita no
tempo. É importante, no entanto, que a taxa de crescimento seja menor do que a de desconto.
Analisemos o seguinte exemplo: uma empresa investiu R$100.000 em um projeto com rendimento de R$20.000 por ano
e inflação anual de 5%. Qual será o seu VPL?
Retorno = 20.000
i= 0,05
c= 0
20.000
V PL = − 100.000 = 300.000 − 100.000 = R$200.000, 00
(0, 05 − 0)
Vamos supor agora que ela acredite ser capaz de aumentar o retorno anualmente a uma taxa de 2%. Qual será o seu
VPL?
20.000
V PL = − 100.000 = 666.666, 67 − 100.000 = R$566.666, 67
(0, 05 − 0, 02)
Note que, pelo fato de a empresa ter feito seu retorno subir todo ano, o VPL do empreendimento aumentou bastante.
Retorno
− Investimento Inicial = 0
(T I R − c)
Retorno
T IR = + c
Investimento Inicial
Retorno = 20.000
c= 0,02
Investimento Inicial = 100.000
Então temos:
20.000
TIR = + 0, 02
100.000
TIR = 0, 2 + 0, 02
TIR = 0, 22
TIR = 22%
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Retorno = 20.000
i= 0,22
c= 0,02
Investimento Inicial = 100.000
20.000
V PL = − 100.000
(0, 22 − 0, 02)
V P L = 100.000 − 100.000
V PL = 0
Você deve estar se perguntando: para que me serve a TIR? Ela é a taxa de retorno de seu investimento.
No exemplo acima, o projeto está rendendo 22% ao ano de retorno para sua empresa. Você poderá usar essa
informação em seu planejamento para tomar as seguintes decisões:
Investimento Financiamento
Ao se utilizar uma TMA como taxa de juros de referência, aplicam-se métodos como o Valor Presente Líquido para se
determinar a viabilidade financeira de um investimento ou empréstimo. Caso o resultado seja positivo, a taxa interna de
retorno supera a TMA e o investimento é interessante. O contrário ocorre caso o resultado seja negativo. Se a TMA e a
Taxa Interna de Retorno forem as mesmas ou muito parecidas, o investimento é indiferente. É importante verificar
também se esses retornos, além de serem positivos, atendem às expectativas do investidor. Isso nem sempre ocorre.
Questão 1
Dos métodos de avaliação econômica de projetos descritos a seguir, assinale aquele que não é feito por fluxo de caixa
descontado:
C Payback simples.
O payback simples é fácil de calcular e compreender. Considera-se os fluxos de caixa operacionais do projeto de
investimento, sendo o período de payback o tempo necessário para se recuperar o investimento feito.
Questão 2
Uma empresa deseja investir em um projeto com custo de R$180.000 e receitas anuais de R$15.000. Sabendo que a
taxa de desconto é de 10% ao ano, indique o VPL desse projeto.
A Negativo em R$150.000.
B Negativo em R$30.000.
C Positivo em R$20.000.
D Positivo em R$30.000.
E Positivo em R$150.000.
15.000
V PL = − 180.000 = 150.000 − 180.000 = −R$30.000
(0, 1 − 0)
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Funciona nela tanto a parte administrativa do setor financeiro quanto o setor de análise financeira da empresa. A
parte financeira é um elo entre todos os setores. Por isso, a diretoria precisa coordenar o recebimento das
informações de todos os setores para fazer a análise financeira de forma correta e, consequentemente, auxiliar
na gestão da empresa.
Tesouraria expand_more
Sua principal função é administrar o caixa da empresa, sendo a responsável por manter a capacidade de pagar
as obrigações dela sem atrasos. Além disso, a Tesouraria precisa verificar a legitimidade dos pagamentos feitos
pela empresa, aferindo se eles se referem a compras realmente efetuadas.
Controladoria expand_more
Sua responsabilidade é acompanhar o setor financeiro da empresa e verificar se ela está seguindo o
planejamento de curto prazo estipulado no início do ano. A controladoria também ajuda no processo de tomada
de decisão, auxiliando em seu planejamento e acompanhamento.
Contabilidade expand_more
Prepara informações contábeis que serão utilizadas por todo o setor financeiro. A contabilidade também é
responsável por fazer todos os lançamentos contábeis e elaborar as demonstrações financeiras da empresa.
Os tributos devem ser pagos; afinal, sua evasão configura um crime fiscal. No entanto, uma empresa poderá
utilizar estratégias totalmente legais (chamadas de elisão fiscal) para minimizar o valor daqueles que precisar
pagar. Além de trabalhar a fim de otimizar o pagamento dos tributos, a gestão de tributos também a ajuda a
recolher os tributos dentro dos prazos, evitando, assim, multas e penalidades.
Organização da informação
São organizadas de diferentes formas. Analisaremos os tipos de informação financeira a seguir.
As demonstrações financeiras ou contábeis são os relatórios preparados com o objetivo de disponibilizar informações
sobre a situação patrimonial, econômica e financeira de uma organização para os usuários internos e externos. Dentre
outros, são dois os considerados mais importantes:
Balanço Patrimonial e Demonstrativo do Resultado do Exercício.
Balanço patrimonial
O balanço patrimonial é uma “fotografia” da empresa em determinada data. É uma padronização das informações da
empresa em bens e direitos (ativos) e obrigações (passivos ou exigíveis). A diferença entre os ativos e passivos é o que
denominamos de patrimônio líquido, capital dos acionistas ou capital próprio. Por isso, a equação do balanço (ou
identidade do balanço) é dada por:
PATRIMÔNIO LÍQUIDO=ATIVOS-EXIGÍVEIS
Passivo
O que ela possui de obrigações a pagar.
Ativo
Quanto a empresa detém de bens e direitos.
Patrimônio Líquido
Diferença entre o que ela tem e o que deve.
Vejamos um exemplo:
BALANÇO
Ativo Passivo
Empréstimos 30.000,00
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
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Tiago Sayão
Lucro=Receitas-Despesas
A DRE aponta, de forma simples e prática, todas as receitas e os gastos da empresa, demonstrando, no final do
processo, se ela obteve lucro ou prejuízo. Apresentamos, a seguir, um modelo de DRE:
Devoluções e abatimentos
Despesas administrativas
Despesas de vendas
Empregados
Administradores
Outras participações/contribuições
Receita operacional bruta: compreende o valor das vendas de mercadorias (empresa comercial), produtos
(empresa industrial) ou serviços (empresas prestadoras de serviços), nas condições à vista ou a prazo.
Deduções ou abatimentos: compreende as reduções da receita operacional bruta relativa a impostos sobre
vendas (IPI, ICMS e ISS) e devoluções e abatimentos (como vendas canceladas; descontos concedidos sobre o
valor da venda constante da nota fiscal etc.). As devoluções e abatimentos não incluem descontos financeiros
concedidos a clientes para pagamento antecipado, o qual é considerado uma despesa financeira.
Custo operacional: corresponde aos gastos incorridos pela empresa na obtenção do item objeto da venda
realizada. Assim, temos:
Custo das mercadorias vendidas (CMV), em empresas comerciais. Essas empresas são caracterizadas
por revenderem as mercadorias no mesmo estado em que as adquirem dos fabricantes. Nesse caso, o
custo de uma mercadoria engloba os valores pagos a seus fornecedores acrescidos de fretes e seguros,
quando de sua responsabilidade. O CMV corresponde à quantidade que foi vendida no exercício ao qual
a demonstração se refere.
Custo dos produtos vendidos (CPV), em empresas industriais. Essas empresas caracterizam-se por
transformar matérias-primas em produtos. Os custos dos produtos correspondem aos gastos relativos à
fabricação, composto pelo custo da matéria-prima, da mão de obra e por todos os demais custos do
processo.
Custo dos serviços prestados (CSP), em empresas prestadoras de serviços. Os custos nessas
empresas, basicamente, são compostos de mão de obra e de custos relacionados à estrutura de que a
empresa dispõe para realizar os serviços. Em algumas delas, isso inclui, também, os custos com
materiais aplicados na execução dos serviços.
Despesas operacionais: correspondem aos gastos decorrentes do funcionamento normal da empresa, exceto
aquelas classificadas como custos operacionais. Integram esse grupo: despesas administrativas, despesas de
vendas, despesas financeiras líquidas e outras despesas operacionais.
Resultados não operacionais: compreendem os ganhos e as perdas de capital, sendo resultantes de operações
relacionadas à baixa por obsolescência ou à venda de bens ou direitos do ativo não circulante.
Provisão para a contribuição social e os impostos de renda: a contribuição social e o IR têm como base de
cálculo o lucro real, no caso de empresas que fizeram opção por esse modo de contribuição. Para apurá-lo, a
empresa deve obrigatoriamente escriturar o livro de apuração do lucro real (LALUR), no qual devem ser feitos
os ajustes no lucro apurado contabilmente – adições, exclusões e compensações – prescritos ou autorizados
pela legislação do IR.
Lucro ou prejuízo do exercício: o lucro líquido é a parcela do lucro remanescente do exercício social. Todo ou
parte dele será transferido para a conta ‘reserva de lucros’, e o eventual prejuízo para ‘prejuízos acumulados’,
constante do patrimônio líquido no BP. A parcela não retida pela empresa é distribuída a seus acionistas ou
proprietários.
Normalmente, as contábeis-financeiras são fornecidas pelo departamento contábil, enquanto as tributárias são da
alçada do departamento de gestão de tributos. A informação gerencial, por sua vez, é responsabilidade da diretoria
financeira, que também é habitualmente assistida pelo departamento contábil.
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Questão 1
É a demonstração da situação patrimonial e financeira da empresa em determinada data; geralmente, sua publicação
refere-se ao último dia do ano civil:
A Balanço patrimonial.
C Orçamento.
E Nota explicativa.
O balanço patrimonial é uma demonstração financeira que evidencia, resumidamente, a situação patrimonial e
financeira da entidade, quantitativamente e qualitativamente, em dado momento (normalmente em 31 de dezembro de
cada ano). É a situação estática do patrimônio e apresenta todos os bens (tangíveis e intangíveis), direitos e
obrigações da empresa, bem como a situação líquida.
Questão 2
Bancos 25.000,00
Caixa 5.000,00
Capital 200.000,00
Custos 320.000,00
Despesas 60.000,00
Vendas 420.000,00
A 20.000,00
B 30.000,00
C 40.000,00
D 50.000,00
E 60.000,00
Vendas 420.000,00
Embora tenhamos falado de receitas, também é papel do controle financeiro verificar a curva das despesas,
determinando se elas estão dentro do que foi orçado e planejado. Caso um setor da empresa esteja tendo gastos
maiores que o esperado, deve-se verificar então se está havendo desperdício de recursos e se eles podem ser geridos
de forma mais eficiente e eficaz. Pode-se, contudo, tanto ser eficaz sem mostrar-se eficiente quanto ser eficiente sem
revelar-se eficaz. É função do controlador buscar a convergência de ambos ao executar o orçamento das despesas da
empresa.
Existem diferentes ferramentas para o efetivo controle financeiro de uma empresa. Listaremos a seguir as mais usadas.
Representadas graficamente, as cartas de controle apresentam dados ao longo de um período (série temporal) e
possuem limites de controle (um limite superior e outro inferior). Ao longo do tempo, são feitas medições. Caso
o valor esteja flutuando dentro desses limites, consideramos que tudo está dentro da normalidade. Alguma ação
só será necessária se ele estiver abaixo do limite mínimo ou acima do máximo. Conforme podemos observar no
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gráfico, a equipe de marketing teve uma série de gastos ao longo do ano de 2021. Como o limite superior é de
R$300.000,00 e o inferior, de R$100.000,00, eles estiveram fora do seu limite nos meses abril, julho e setembro.
Deve existir uma forma sistematizada para coletar os dados a serem utilizados em nossos controles financeiros.
Embora haja, na maioria das situações, elementos automatizados para a coleta deles por meio eletrônico, ainda
é possível deparar-se com outras em que ela é feita manualmente. Para casos do tipo, são necessárias folhas de
verificação. Trata-se de um modelo de formulário para coletar os dados. Suas folhas são usadas para fazer o
input de dados coletados (financeiros ou não) pela controladoria. Utilizar um formulário padronizado ajuda tanto
na coleta dos dados quanto na futura análise deles.
Histograma expand_more
O histograma é um gráfico de frequência que mostra quão comum é o aparecimento de certo tipo de valor para o
dado. Desse modo, valores muito pequenos ou altos podem ser visualizados facilmente e verificados pelo
departamento de controle. É constituído por retângulos que têm base no intervalo de classe e área proporcional
às frequências ou às frequências relativas (porcentagens) de cada classe. A área total sob o histograma é igual à
soma das frequências, ou seja, 100%.
Também conhecido como scatterplot, este tipo de gráfico permite a análise de uma associação entre duas
variáveis. Com ele, é possível verificar a existência de uma relação positiva (gráfico inclinado para cima) ou
negativa (para baixo) entre ambas. Além disso, o gráfico de dispersão também permite a análise de valores
destoantes do resto para uma possível verificação.
A Lei de Pareto atesta que 80% dos efeitos provêm de 20% das causas. Assim, tal diagrama relaciona causas e
efeitos de forma gráfica a fim de identificar possíveis pontos de melhoria e alcançar tanto a eficácia quanto a
eficiência. Ou seja, o diagrama de Pareto é um gráfico de barras ordenadas, usado em gestão de qualidade para
mostrar a ordem em que devem ser sanadas causas de perdas, de reclamações ou de outros tipos de fracasso.
Tomada de decisão
O objetivo de um controle financeiro eficiente é auxiliar na tomada de decisão da empresa sobre assuntos financeiros e
operacionais.
Para que uma empresa possa tomar boas decisões, é necessário que esse controle trabalhe com os planejamentos de
curto e de longo prazo. O controle, portanto, precisa acompanhá-los, assegurando que o processo de tomada de decisão
da administração será o melhor possível.
Choques macroeconômicos, recessão, variação cambial, inflação e outros eventos fora do controle da empresa afetam suas receitas e
despesas. Nesse caso, o controle fornece à administração informações para que seu planejamento possa ser refeito, levando em
consideração o novo cenário econômico.
O controle pode fornecer à administração dela informações sobre quais setores estão sendo ineficientes, explicando como a eficiência deles
pode ser aumentada.
Fornecer informações
Verificar estimativas
O controle avaliará se a taxa de retorno estimada de um projeto corresponde à sua realidade. Como exemplo, citamos: estimada em 20%, a
TIR de um projeto, em seu desenvolvimento, revela-se muito menor: 2%. Nesse caso, não é mais vantajoso para a empresa continuar com ele.
Será preferível abortá-lo.
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31/01/2023 21:38 Planejamento e controle em finanças
Questão 1
É uma forma de mostrar a distribuição dos dados, apresentando-os sob a forma de barras justapostas sobre um eixo.
Cada barra representa uma classe, ou um grupo de unidades:
B Diagrama de linhas.
C Gráfico de pontos.
D Histograma.
E Diagrama de Pareto.
Quando os dados são contínuos e a amostra é grande, não se deve fazer um gráfico de pontos. É mais conveniente
condensar os dados, organizando uma tabela de distribuição de frequência e construir um histograma.
Questão 2
A expressão “poucos são vitais, muito são triviais” ficou famosa pelo seu autor, resultando na forma gráfica
denominada:
A Gráfico de setores
B Gráfico de barras
C Histograma
D Gráfico de linhas
E Diagrama de Pareto
O diagrama de Pareto é um gráfico de barras ordenadas, das mais altas para as mais baixas. Então as categorias da
variável ficam ordenadas de acordo com as frequências – porque o comprimento da barra é dado pela frequência da
categoria. O diagrama de Pareto é usado em gestão de qualidade quando se procuram os erros mais comuns, os
motivos das perdas, as causas das reclamações. Nesses casos, é preciso trabalhar nas barras mais altas, isto é, sanar
os erros que ocorrem com grande frequência. As barras mais baixas, embora possam ser muitas, indicam erros
eventuais ou erros de menor ocorrência. Por essa razão se cunhou a expressão “poucos são vitais, muitos são
triviais”.
Considerações finais
O planejamento deve vir antes da execução. Não devemos misturar essas duas etapas. No planejamento, devemos
saber aonde queremos chegar e qual caminho escolhido para isso. Ademais, o controle deve ser detalhado. Sem isso,
não saberemos se nossos planos foram ou não bem-sucedidos. O controle nos permite identificar oportunidades de
melhoria, bem como saber o que está dando certo, o que foi e está sendo executado, favorecendo a transparência e a
justiça.
Planejamento e controle são como gêmeos siameses, vivem juntos, andam lado a lado. Quem é que, objetivando
edificar uma torre, não se dedicaria a fazer primeiro as contas dos gastos? Do contrário, poderia se tornar alvo de
escárnio. Bons médicos pedem exames detalhados para tomar suas decisões. Os gestores profissionais fazem o
mesmo: buscam tomar decisões racionais a partir de alternativas e critérios, mas geralmente baseados em informações
provenientes do controle. Planejamento e controle bem gerenciados são o diferencial de um gestor competente.
Depois de compreender a diferença e a importância dos planejamentos de curto e de longo prazo, você estará
capacitado a entender a organização da área financeira, bem como a tomar decisões racionais a partir do controle
financeiro. Em finanças, sabemos que não adianta ganhar muito dinheiro se não soubermos gerenciá-lo bem.
Referências
FREZZATI, F. Orçamento empresarial: planejamento e controle gerencial. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2014.
GELBCKE, E. R. et al. Manual de contabilidade societária: aplicável a todas as sociedades de acordo com as normas
internacionais e do CPC. São Paulo: Grupo Editorial Nacional, 2010.
MEGLIORINI, E., VALLIM, M. A. R. S. Administração Financeira: uma abordagem brasileira. São Paulo: Pearson Prentice
Hall, 2009.
NASCIMENTO, A. M., REGINATO, L. (organizadores). Controladoria: um enfoque na eficácia organizacional. 3. ed. São
Paulo: Atlas, 2013.
PADOVEZE, C. L. Manual de Contabilidade Básica: Uma introdução à prática contábil. 10. ed. São Paulo: Atlas, 2016.
PEREZ JUNIOR, J. H.; OLIVEIRA, L. M. de; SILVA, C. A. dos S. Controladoria estratégica: textos e casos práticos com
solução. 11. ed. São Paulo: Atlas, 2014.
SOBRAL, F.; PECI, A. Administração: teoria e prática no contexto brasileiro. 2. ed. São Paulo: Pearson Education do
Brasil, 2013.
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Leia o artigo Gestão do Capital de Giro em Micro e Pequenas Empresas, de Marcos Antônio Barreto Trindade e outros
(2011), publicado na RACE: Revista de Administração, Contabilidade e Economia.
https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/00148/index.html# 9/9