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2. OBJECTIVOS.....................................................................................................................................3
3.2. Planeamento................................................................................................................................4
3.4. Orçamento...................................................................................................................................7
4. CONCLUSÃO...................................................................................................................................18
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...............................................................................................19
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1. INTRODUÇÃO
Decorrente da actividade das organizações, a que ser necessário delimitar algumas estratégias
para o seu funcionamento de modo a prever o que se pretende com a instituição, acima
supracitada, as estratégias mais comuns são o planeamento e o controlo, que por sua vez
geralmente adoptam o orçamento como medida de planeamento e controlo orçamental das
finanças disponíveis em contabilidade para continuidade ou o começo de uma actividade. Este
trabalho pretende analisar as etapas envolvidas no processo orçamental, como é efectuado o seu
controlo e se a forma como estes dois instrumentos estão implementados contribuem não só para
o alcance da estratégia no geral como também para guiarem os gestores.
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2. OBJECTIVOS
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3. PLANEAMENTO E CONTROLO ORÇAMENTAL
3.2. Planeamento
Planeamento é a determinação dos objectivos e dos meios para atingir; é a preparação de
decisões para alcançar objectivos específicos tendo como finalidade melhorar o uso e gestão dos
recursos bem como a qualidade dos ambientes naturais e sociais.
O processo de planeamento envolve a fixação de objectivos e linhas gerais de gestão que servem
de base à definição da estratégia.
O planeamento é uma etapa fundamental para uma orçamentação dinâmica, eficaz, bem
elaborada e consequentemente para uma gestão de qualidade. Cada gestor deve investigar e
conhecer a metodologia e a funcionalidade dos diversos planos de acção que o compõem. O
plano estratégico tem como desafio a escolha da estratégia para o desenvolvimento da
organização e que o mesmo deve apresentar um grau reduzido de complexidade. O plano ideal
deve ser sustentável, exequível e aceite pelos membros da organização, ou seja, deve basear-se
num conjunto de objectivos e ideias simples e passíveis de atingir. Aldo Luis Pacheco Medeiros
(2013)
O processo do planeamento, engloba os seguintes itens, que são apresentadas por Brealey e
Myers (1998) apud Ricardo Jorge Fernandes Simão (2013):
Análise das opções de financiamento e de investimento que a organização dispõe.
Separação entre raciocínio e a acção, quando quem planeia não executa, nem controla.
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Todos os planos de acção têm as suas características bem definidas e individualizadas, contudo,
deve-se ter especial atenção para que todos estes planos se relacionem entre si, estabelecendo um
fio condutor e uma hierarquia de planos, que se inicia pelos objectivos mais genéricos, e que se
desenvolve com sentido para a acção. O resultado prático da referida hierarquia é o orçamento
anual (Pereira e Franco, 1994) apud Aldo Luis Pacheco Medeiros (2013).
Em 1980, Kenneth Andrews (1980: 18) apud Liliana Sofia Reis Jacinto Coelho (2013), descreve-
nos o conceito da seguinte forma: “Estratégia (…) é o padrão de decisões (…) que determina e
revela seus objectivos, propósitos ou objectivos, produz as principais políticas e planos para
alcançar objectivos (…) que (…) deve seguir … ”.
De uma forma mais prática Henry Mintzberg (1994) apud Liliana Sofia Reis Jacinto Coelho
(2013) aborda 4 perspectivas de descrever a estratégia, como: um plano que leva a organização a
atingir os seus objectivos; um padrão de acções ao longo do tempo que advém da aprendizagem
passada; a posição pretendida (…); e finalmente, a visão e direcção.
Kaplan e Norton (2004) apud Liliana Sofia Reis Jacinto Coelho (2013) aproximam-se da
definição já apresentada por Kenneth Andrews (1980) descrevendo-a como sendo a forma como
uma organização pretende criar valor sustentável para os seus stakeholders.
Na sua obra, Johnson et al. (2005: 9) apud Liliana Sofia Reis Jacinto Coelho (2013) definem o
conceito de forma bastante assertiva. Um sabre “Estratégia é a direcção e o escopo de uma
organização no longo prazo, o que alcança vantagem em um ambiente em mudança através de
sua configuração de recursos e competências com o objectivo de satisfazer as expectativas das
partes interessadas ”.
Para os autores, a estratégia deve ser implementada tendo em conta a envolvência da actividade
(como por exemplo, internacionalização), os seus valores base, os seus objectivos e as
capacidades e competências dos seus recursos de modo a que sejam criadas oportunidades no
campo da diferenciação. Liliana Sofia Reis Jacinto Coelho (2013)
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Em 2008, Robert Grant apud Liliana Sofia Reis Jacinto Coelho (2013) define a estratégia como
os planos, as políticas e os princípios que guiam e unem um número específico de acções através
dos quais as organizações procuram atingir os seus objectivos.
Verificamos que todas estas definições têm um aspecto em comum, sublinham o facto de a
estratégia ser uma direcção a ser seguida, onde existem objectivos a serem cumpridos e onde os
recursos humanos e as expectativas (…) são variáveis consideráveis. Liliana Sofia Reis Jacinto
Coelho (2013)
3.4. Orçamento
Orçamento é o cálculo prévio ou estimativa das despesas necessárias para realizar uma
actividade; Previsão de receitas e despesas de uma família, empresa ou outra organização,
relativas a um determinado período de tempo.
O processo orçamental é uma fase essencial do controlo de gestão, sendo que o orçamento
representa um instrumento de gestão de apoio ao gestor no processo de alcançar os objectivos
propostos (…) (Jordan et al., 2011: 77) apud Coelho (2013).
Uma possível definição de orçamentação para Jordan et al (2002: 77) apud Ricardo Jorge
Fernandes Simão (2013) é a que o «orçamento é um instrumento de gestão de apoio ao gestor no
processo de alcançar os objectivos definidos para a empresa, ou seja, um instrumento de decisão
e acção», interessando para isso atingir os objectivos. Para Bhimani et al (2008) apud Ricardo
Jorge Fernandes Simão (2013) o orçamento é a expressão quantitativa do plano de acção para um
período futuro, devendo conter dados financeiros e não financeiros.
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Também Rayburn (1996) apud Ricardo Jorge Fernandes Simão (2013) apresenta uma definição
do orçamento, referindo que é o meio de coordenar e combinar os recursos de toda a
organização, para um plano de acção. Segundo o mesmo autor, este plano é baseado na
actividade passada e influenciada pelos factores do negócio no futuro. Jordan et al (2002)
classificam os objectivos, os planos de acção e os orçamentos como elementos chave para o
funcionamento de qualquer empresa.
A gestão orçamental pode ser definida “como o tipo de gestão das organizações que se
caracteriza pelo planeamento sistemático das actividades da organização, em que o planeamento
se traduz por orçamentos que são planos de acção que fixam a cada gestor em quantidades,
valores e prazos os meios a utilizar e os proveitos ou operações a realizar, comparando-se
periodicamente aqueles objectivos com as realizações (Pereira e Franco, 1994) apud Aldo Luis
Pacheco Medeiros (2013).
O orçamento assume assim, um papel fundamental de planeamento tendo em conta que coordena
os objectivos e os valores a atingir pelas actividades da empresa, estimando os seus gastos e
réditos. (Aldo Luis Pacheco Medeiros, 2013).
A valorização financeira dos objectivos definidos conduz ao orçamento, segundo Jordan et al
(2002) apud Ricardo Jorge Fernandes Simão (2013). Podemos comprovar que existe uma ligação
forte entre o planeamento e o orçamento, uma forma de implementar a estratégia e visão da
empresa aos vários centros de responsabilidade da organização.
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3.5.1. Orçamento Anual Tradicional
Van Derbeck (2010, p. 338) apud Aldo Luis Pacheco Medeiros (2013) refere que o orçamento
anual tradicional é preparado com um ano de antecedência face ao ano fiscal da empresa. O
mesmo autor refere também que este tipo de orçamento é normalmente dividido em
quadrimestres e detalhado por meses.
Needle (2010, p. 256) apud Aldo Luis Pacheco Medeiros (2013) refere que um orçamento
tradicional é composto por um conjunto de orçamentos operacionais e financeiros que detalham
o planeamento financeiro de uma organização por um período contabilístico específico. Os
orçamentos operacionais servem de base aos orçamentos financeiros. Os orçamentos
operacionais de uma empresa de retalho incluem normalmente orçamentos de vendas, compras,
custos comerciais, despesas administrativas e custo dos produtos vendidos.
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O orçamento incremental normalmente utiliza tendências agregadas (mais generalistas) e falha
na análise mais detalhada das receitas e despesas.
Para Edwards et al. (1993) e Needle (2010) apud Aldo Luis Pacheco Medeiros (2013), o
orçamento base zero é uma alternativa ao orçamento tradicional e determina que os responsáveis
operacionais tenham de justificar detalhadamente todos os recursos solicitados e todas as
despesas que prevêem efectuar, sempre que elaboram um novo orçamento.
De acordo com Caiado (2008) apud Aldo Luis Pacheco Medeiros (2013), as etapas que integram
os procedimentos do orçamento de base-zero são as seguintes:
1. Identificação das unidades de decisão;
6. Controlo de resultados.
Este tipo de orçamento parte do zero. A elaboração do orçamento para cada ano é um exercício
de previsão e planeamento independente, que identifica as actividades essenciais, possibilitando
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uma alocação de recursos mais eficiente (Edwards et al., 1993) apud Aldo Luis Pacheco
Medeiros (2013).
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A base para elaboração do orçamento flexível é a perfeita distinção entre custos fixos e custos
variáveis, pois estes últimos seguirão o volume de actividade da empresa.
O conceito de orçamento flexível dificulta a continuidade do processo orçamental, uma vez que
as principais variáveis de nível de actividade não são fixadas à partida. A aplicação deste tipo de
orçamento é importante em ambientes de grande volatilidade, onde é difícil prever o que vai
acontecer.
Jordan et al. (2005) apud Aldo Luis Pacheco Medeiros (2013) acrescentam que o orçamento é
um instrumento de descentralização, uma vez que a administração define os objectivos globais
da empresa e participa na fixação dos objectivos dos centros de responsabilidade, mas delega a
execução e o controlo das tarefas aos responsáveis.
Para Edwards et al. (1993) apud Aldo Luis Pacheco Medeiros (2013) quanto maior for a
incerteza acerca do futuro de uma organização, maior é a necessidade da elaboração de um
orçamento, não podendo o contexto de incerteza ser motivo para o não cumprimento dos
objectivos traçados.
O orçamento potencia a função de controlo pois permite detectar eventuais constrições em
determinadas áreas antes que estas ocorram (Mortal, 2007) apud Aldo Luis Pacheco Medeiros
(2013).
O orçamento também tem um papel importante no processo e facilitação das relações
interpessoais numa organização, dado que obriga a uma maior comunicação entre os
intervenientes, uma vez que a sua elaboração necessita da intervenção dos gestores (responsáveis
por perceber os objectivos) e do estabelecimento de políticas que definem a própria organização.
De acordo com os parágrafos anteriores, conclui-se que a elaboração de um orçamento em todas
as áreas de uma organização, permite:
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1. Coordenar as operações entre todas as áreas da empresa (que têm orçamento);
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Obrigar a um acompanhamento da actividade, comparando as realizações com as
previsões efectuadas.
Para Margerin (1991) apud Ricardo Jorge Fernandes Simão (2013), o controlo orçamental visa,
essencialmente, permitir aos responsáveis verificar que as suas instruções foram bem seguidas
pelos executantes.
Estas acções permitem que o controlo orçamental seja um ponto de ligação entre o presente e o
futuro, levando segundo Jordan el al (2002: 184) apud Ricardo Jorge Fernandes Simão (2013) o
«gestor a preocupar-se mais com o futuro do que com o passado», servindo para Drury (2004)
apud Ricardo Jorge Fernandes Simão (2013) influenciar os colaboradores a terem
comportamentos para aumentar a produtividade, para se atingirem os resultados fixados pela
organização.
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Para que se possa identificar claramente o responsável pelo desvio, é fundamental não só que o
desvio seja identificado, mas principalmente que sejam detectados os factores que estão na sua
origem e quais as suas relevâncias, para Jordan et al (2002) apud Ricardo Jorge Fernandes Simão
(2013). No caso de existirem desvios, é essencial fazer a distinção dos desvios que resultam da
envolvente externa e os que resultam da envolvente interna.
Essa distinção deverá começar por se efectuar a distinção dos valores entre os vários centros de
responsabilidade que compõem o relatório financeiro apresentado. Segundo Drury (2004) apud
Ricardo Jorge Fernandes Simão (2013) é apropriado imputar a certa área, todos os valores dos
custos que são significativamente afectadas apenas por esta área, ou se os custos apenas
dependem da mesma.
O ponto fulcral da análise dos desvios é para Jordan et al (2002: 190) apud Ricardo Jorge
Fernandes Simão (2013) a adopção de «acções correctivas de forma a ultrapassar os desvios
desfavoráveis que possam existir», para se conseguirem atingir os objectivos pela empresa para a
direcção e para e globalidade da organização.
Outro ponto importante das análises dos desvios, é servir para serem formulados novos
objectivos e previsões para a empresa, podendo eventualmente existir um orçamento
rectificativo, de forma a aumentar a eficiência e eficácia da empresa. Para isso, é também
necessário para o controlador de gestão, ter conhecimento das variáveis macroeconómicas do
país onde se insere a empresa.
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Desta forma, muitos autores consideram que a gestão baseada no orçamento é um processo
antiquado, baseado em actividades time-consuming, com enfoque no trabalho de dados ao invés
da análise de informação e na simulação de cenários.
Já para Hope e Fraser (2003) apud Aldo Luis Pacheco Medeiros (2013), as empresas modernas
rejeitam a centralização, o planeamento inflexível e o controle absoluto. Estes autores enumeram
uma série de desvantagens ou problemas proporcionados pelo processo orçamental, dos quais se
destacam:
1. O processo orçamental começa pelo menos quatro meses antes do início do ano fiscal, ou seja,
é um processo demorado e com ênfase no curto prazo (geralmente um ano);
3. Num sistema tradicional de processo orçamental, as metas de custo inflexíveis podem ter o
efeito de limitar o volume de negócios assumido por uma área da empresa;
Assim, é evidente que o modelo de gestão baseado no orçamento pode acarretar alguns
problemas, nomeadamente financeiros, estratégicos (modelo estático e centralizado) e
comportamentais.
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4. CONCLUSÃO
O planeamento e controlo através da utilização do orçamento são essenciais para alcançar o
objectivo principal de qualquer organização com fins lucrativos (maximizar a rendibilidade
atingindo o maior volume de vendas ao menor custo possível). A realização do orçamento nas
empresas resulta em vantagens no planeamento e controlo das mesmas. Importa referir que o
controlo orçamental é uma importante ferramenta no controlo de gestão, permitindo a acção e a
tomada de decisões por parte do gestor. Para Jordan et al (2002: 218) «não existindo controlo
orçamental, os objectivos do processo de planeamento ficariam limitados e a actuação dos
gestores no sentido de procurar a realização desses objectivos nas melhores condições, ficaria
limitada».
O Controlo Orçamental deverá ser usado então com precaução e utilizado em conjunto com
outras ferramentas, que possuem também uma visão de avaliação de desempenho organizacional,
não estando tão focados nos indicadores financeiros.
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5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
COELHO, Liliana Sofia Reis Jacinto. A importância do processo e controlo Orçamental para
o alcance da estratégia, numa Empresa de TI. Projecto de Mestrado em Finanças. Outubro
2013.
MEDEIROS, Aldo Luís Pacheco. Gestão orçamental – estudo de caso no sector retalho.
Dissertação de mestrado em ciências económicas e empresariais. Ponta Delgada, Setembro de 2013
SIMÃO, Ricardo Jorge Fernandes. Projectos estratégicos: o controlo orçamental - estudo da
construção de redes de nova geração por parte da zon. Lisboa, Julhode 2013.
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