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Governo de Angola
Ministério da Administração Pública, Emprego e Segurança Social
MANUAL DE
Governo de Angola
Ministério da Administração Pública, Emprego e Segurança Social
MANUAL DE
MANUAL DE NOÇÕES BÁSICAS
DE GESTÃO FINANCEIRA
NA GESTÃO DE PEQUENOS NEGÓCIOS
MANUAL PARA FORMANDO 2
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Manual de Noções Básicas de Gestão Financeira na Gestão de Pequenos Negócios
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Manual de Noções Básicas de Gestão Financeira na Gestão de Pequenos Negócios
ÍNDICE
UNIDADE 1
PLANEAMENTO FINANCEIRO
UNIDADE 2
CONCEITOS FINANCEIROS BÁSICOS
UNIDADE 3 4
A IMPORTÂNCIA DO FLUXO DE CAIXA
UNIDADE 4
DESENVOLVIMENTO FINANCEIRO
UNIDADE 5
OUTROS ASPECTOS FINANCEIROS A CONSIDERAR
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Manual de Noções Básicas de Gestão Financeira na Gestão de Pequenos Negócios
UNIDADE 6
O SISTEMA FISCAL ANGOLANO
IDEIAS A RETER
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Manual de Noções Básicas de Gestão Financeira na Gestão de Pequenos Negócios
UNIDADE 1
PLANEAMENTO FINANCEIRO
Objectivos da Unidade:
Nos pequenos negócios, a gestão é muitas vezes conduzida pelo proprietários ou familiares, que 6
nem sempre têm um conhecimento aprofundado de técnicas administrativas, dada a simplicidade
de funcionamento deste tipo de empresas.
Todavia, a falta de uma estrutura organizacional bem definida, bem como a falta de planeamento
e controlo das suas operações, e a consequente falta de análise do efeito das suas decisões, faz
com que muitas empresas acabem por ter sérios problemas administrativos e financeiros, quando
expostas a um ambiente mais competitivo.
Nesse sentido, a tarefa de gerir um negócio, seja ele de pequeno ou de grande porte, é uma
tarefa cada vez mais difícil. A gestão do negócio não pode ser feita de modo empírico, mas com
base na adopção de modelos de gestão decorrentes da missão estabelecida e dos propósitos e
objectivos a serem alcançados.
Além disso, a estratégia a seguir deve ser apoiada em informações fiáveis, com o auxílio a
instrumentos ou ferramentas de gestão na diminuição dos riscos, fornecendo o planeamento e o
controlo, directrizes para a consecução dos objectivos empresariais.
Nesse sentido, considera-se cada vez mais importante desenvolver capacidades de gestão
competitivas baseadas no planeamento.
Para que o planeamento tenha sucesso é necessário que esteja afinado com a filosofia da
empresa, porque se o planeamento for inadequado, o controlo é inócuo, mas se o planeamento
for adequado e a filosofia do controle for a constatação, existe uma falha de retro alimentação.
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Manual de Noções Básicas de Gestão Financeira na Gestão de Pequenos Negócios
De uma forma muito geral, planear consiste em definir os objectivos da empresa e desenhar um
caminho para os atingir. O planeamento é essencialmente o processo de criar o futuro que
queremos para a nossa empresa.
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Para que o planeamento tenha sucesso e atinja os seus objectivos é necessário um
acompanhamento e um controle, para eventuais ajustes e redefinições dos rumos a serem
seguidos.
O controle é tão essencial à empresa como o seu processo de planeamento, pois um depende do
outro para que ambos possam ser úteis e práticos.
É através do controle que obtém-se uma visão clara dos acontecimentos efectivos, executam-se
medições desses acontecimentos e apontam-se as distorções.
Através deste mecanismo, é possível uma análise contínua dos resultados esperados, fornecendo
aos gestores a realidade da empresa e permitindo a tomada de decisões que conduzam aos
objectivos traçados no planeamento.
Para atingir este nível de gestão, é necessário que a empresa se organize e disponha de
informações precisas e oportunas, estabeleça objectos ou metas a serem atingidas, planeie e
trabalhe no sentido de alcançar esses mesmos objectivos, para com base nos resultados
analisados e avaliados, sejam identificados os desvios e tomadas correspondentes medidas
correctivas.
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Manual de Noções Básicas de Gestão Financeira na Gestão de Pequenos Negócios
A análise Financeira tem em conta um processo que estuda a situação económica e a situação
financeira, através do uso de técnicas e aplicação de instrumentos com base nos principais
documentos contabilísticos (balanço, demonstração de resultados, rácios, etc.).
NOTAS PESSOAIS
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Manual de Noções Básicas de Gestão Financeira na Gestão de Pequenos Negócios
A razão mais importante pela gestão financeira em qualquer organização é de assegurar que a
empresa saiba de quanto dinheiro vai necessitar, como obter o dinheiro de que necessita e como
deve empregar esse dinheiro para alcançar os seus objectivos de forma ética, responsável e
sustentável.
1. Responsabilidade financeira:
Consiste em gerir as finanças de modo responsável e sustentável. Se a organização prevê
continuar a existir no futuro, deve certificar-se que recebe dinheiro suficiente e que o
gasta com prudência.
2. Prestação de contas:
A prestação de contas ajuda a empresa não só a saber o que fez com o dinheiro, mas
também ajuda a explicar as suas actividades às partes interessadas.
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NOTAS PESSOAIS
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A gestão financeira trata-se de uma tarefa e responsabilidade que abarca o passado, o presente
e o futuro.
Em primeiro lugar, uma boa gestão financeira exige que seja mantido um registo de todo
o dinheiro que a sua organização já recebeu ou gastou (o passado).
Uma boa gestão financeira ajuda a direcção da organização a planear para o futuro, uma vez que
indica quanto dinheiro tem em mão, quanto dinheiro é necessário e quanto custarão os planos
que tem para o futuro.
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A RETER
Nesse sentido, a tarefa de gerir um negócio, seja ele de pequeno ou de grande porte, é uma
tarefa cada vez mais difícil. A gestão do negócio não pode ser feita de modo empírico, mas com
base na adopção de modelos de gestão decorrentes da missão estabelecida e dos propósitos e 10
objectivos a serem alcançados.
Além disso, a estratégia a seguir deve ser apoiada em informações fiáveis, com o auxílio a
instrumentos ou ferramentas de gestão na diminuição dos riscos, fornecendo o planeamento e o
controlo, directrizes para a consecução dos objectivos empresariais.
Nesse sentido, considera-se cada vez mais importante desenvolver capacidades de gestão
competitivas baseadas no planeamento. Para que o planeamento tenha sucesso e atinja os seus
objectivos é necessário um acompanhamento e um controle, para eventuais ajustes e
redefinições dos rumos a serem seguidos.
UNIDADE 2
CONCEITOS FINANCEIROS BÁSICOS
Objectivos da Unidade:
Receita é uma recepção de valores em troca das vendas efectuadas ou serviços prestados.
As despesas e receitas dizem respeito às acções de pagar e receber.
Custo: representa o que foi gasto no consumo de um recurso que foi usado na produção;
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Balanço
O “Balanço” apresenta a situação patrimonial e financeira de uma dada entidade num
determinado momento, evidenciando os bens, os direitos, as obrigações da entidade e a posição
dos seus proprietários.
Exemplo de Balanço
Fonte: www.google.com
Demonstração de Resultados
Como é que uma dada entidade gerou os seus resultados líquidos num determinado exercício.
Resultados = Proveitos - Custos
Fonte: www.google.com
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Fonte: www.google.com
Activo
Algo que pertence a um indivíduo ou sociedade. Em termos das demonstrações financeiras o
activo de uma empresa encontra‐se disposto no lado esquerdo do balanço e o seu valor total é
igual ao somatório do passivo com a situação líquida da empresa.
Capitais Próprios
Constituídos pelo capital fornecido pelos sócios ou accionistas, juntamente com a riqueza gerada
pela própria empresa. / Valor com que os sócios ficariam depois da empresa cumprir todas as
obrigações financeiras perante terceiros, ou seja, após pagar todos os passivos.
Fonte: www.google.com
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Passivo
Corresponde às obrigações assumidas por uma empresa relativamente
aos seus credores, sobre a forma de dívidas a pagar. Abrange os valores do passivo corrente
(exigível a curto prazo), mais o passivo do financiamento (exigível a longo prazo). Engloba ainda as
provisões para devedores duvidosos, no caso de estas ainda não terem sido deduzidas nas contas
dos clientes, e os proveitos antecipados.
O passivo de uma empresa corresponde ao agregado de todas as obrigações que essa empresa
possui para com terceiros. Ou seja, é o que a empresa deve a outras entidades.
O passivo é também chamado de capital alheio, pois constitui capital de terceiros que financia a
actividade da empresa (a actividade da empresa, o seu activo, é financiado por capitais próprios +
capitais alheios).
A importância da separação dos passivos em passivos de curto prazo e passivos de longo prazo
reside na sua implicação diferenciada ao nível da liquidez e da tesouraria. Enquanto o passivo de
curto prazo tem uma implicação directa nos níveis de liquidez da entidade, o passivo de longo
prazo terá implicação sobre a liquidez mas apenas num horizonte de tempo mais longo.
O passivo exigível trata-se das obrigações com terceiros, como duplicatas a pagar, notas
promissórias a pagar, fornecedores, impostos a recolher, contas a pagar, títulos a pagar,
contribuições a recolher e outras, que terão seu vencimento após o encerramento do próximo
exercício financeiro em relação ao fato corrente.
Rácios
Os Rácios são indicadores de gestão que dão informação há cerca do comportamento financeiro
da empresa.
São como o balanço e demonstração de resultados, mas dão a informação através de um valor
que resulta do quociente entre duas grandezas correlacionadas e típicas da situação, da
actividade ou do rendimento, potencial ou efectivo, de uma empresa.
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Existem vários tipos de rácios, dependendo das classificações tais como: rácios financeiros,
económicos e económicos.
NOTAS PESSOAIS
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Existem várias técnicas de análise desenvolvidas para determinar a estabilidade financeira das
empresas.
Estas têm como objectivo fornecer aos empresários informações sobre as fraquezas e as forças
financeiras existentes no negócio de modo a poderem ser tomadas medidas apropriadas.
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A análise dos rácios permite verificar a performance competitiva da sua empresa em relação a
negócios semelhantes ao seu. De referir que a análise dos rácios não indica tudo o que necessita
sobre a performance financeira do seu negócio.
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Este rácio analisa a parcela dos activos que é financiada por capital próprio. Em muitos países, a
autonomia financeira ou AUF situa-se geralmente entre 25% e 30%.
2. Solvabilidade
Representa a parcela do passivo que é financiada por capital próprio. Se for inferior a 0,5 é
considerada má.
Indicam a liquidez da empresa, ou seja, a facilidade com que a empresa pode dispor de fundos
(dinheiro em caixa ou depósitos) para fazer face aos seus compromissos imediatos, ou, por outras
palavras, traduz a facilidade com que a empresa pode transformar créditos em dinheiro. 16
Liquidez Geral = Activo Circulante / Passivo de Curto Prazo
A liquidez geral deve ser superior a 1 e a liquidez reduzida deve ser inferior a 1.
4. Rácios de rentabilidade
Indicam quanto é que a empresa ganhou de resultado líquido por unidade de Capital Próprio
investido.
5. Estrutura financeira
Indica a relação existente entre o Passivo e o Capital Próprio, ou a capacidade de a empresa fazer
face aos seus compromissos exclusivamente com o capital próprio
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Manual de Noções Básicas de Gestão Financeira na Gestão de Pequenos Negócios
O custo médio do capital emprestado indica se a empresa ganha ou perde com o recurso a
financiamentos externos e calcula-se da seguinte forma:
Pode ser usada de várias formas, pois pode-se desdobrar da seguinte maneira:
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A RETER
A análise Financeira tem em conta um processo que estuda a situação económica e a situação
financeira, através do uso de técnicas e aplicação de instrumentos com base nos principais 18
documentos contabilísticos (balanço, demonstração de resultados, rácios, etc.).
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UNIDADE 3
A IMPORTÂNCIA DO FLUXO DE CAIXA
Objectivos da Unidade:
Desta forma, o objectivo principal da função financeira é prover a empresa de recursos de caixa
suficientes para cumprir com os compromissos assumidos, maximizando a riqueza da organização.
O Fluxo de Caixa surge então como uma ferramenta que possibilita o planeamento e o controlo
financeiro da empresa, permitindo identificar o processo de circulação do dinheiro, a liquidez da
empresa e as necessidades futuras de caixa.
Podemos definir de forma simples o fluxo de caixa como um instrumento que permite
demonstrar as operações financeiras que são realizadas pela empresa. Isto visa possibilitar ao
empreendedor melhores análises e decisões quanto à aplicação dos recursos financeiros que a
empresa dispõe.
A gestão do fluxo de caixa visa fundamentalmente manter um certo nível de liquidez imediata,
para fazer face à incerteza associada ao fluxo de recebimento e pagamento.
Nesse sentido, representa uma ferramenta de importância fundamental para o gestor e para a
empresa. Deve ser estruturada de acordo com a dimensão da empresa e as necessidades do
gestor e ter capacidade informativa de fácil interpretação e compreensão.
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Manual de Noções Básicas de Gestão Financeira na Gestão de Pequenos Negócios
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NOTAS PESSOAIS
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É necessário um maior nível de detalhe à medida que aumentam as funções do fluxo de caixa. 21
Dessa forma, é recomendável que os objectivos do fluxo de caixa se limitem às informações sobre
a posição de caixa da empresa, não devendo incluir funções de controlo financeiro.
O fluxo de caixa contém as principais entradas e saídas de caixa periódicas (diárias, semanais,
mensais, etc.), o stock inicial de dinheiro da empresa (caixa, depósitos bancários à ordem e
aplicações financeiras de liquidez diária) e o saldo de caixa no final de cada período de informação
(dia, semana, mês, etc.)
Grau de precisão:
Vai variar em função do seu prazo de cobertura. Para um fluxo de caixa mensal, uma variação até
10% entre os valores previstos e realizados é considerada satisfatória; já para o fluxo de caixa
trimestral, semestral ou anual, uma margem de variação até 15% é aceitável.
O fluxo de caixa deve ser encarado como um instrumento de planeamento financeiro. Existem
outras funções, como o controlo dos incumprimentos ou incobrável, controlo bancário, ou
mesmo controle de gastos não devem ser objecto do fluxo de caixa. Estes tipos de controlo
devem ser obtidos através de relatórios específicos.
É recomendável que o item diversos (na entrada ou saída de caixa) não ultrapasse 10% do
respectivo total das entradas e saídas.
Se tal não acontecer, a utilidade do fluxo de caixa fica bastante comprometida, uma vez que passa
a ter um dado não especificamente identificado, com valor substancial.
Fonte: www.google.com
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Este tipo de instrumento permite ao gestor ter um sistema de informações essenciais que lhe
permita conhecer a situação financeira da empresa e tomar as decisões mais adequadas,
maximizando seus resultados.
NOTAS PESSOAIS
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Exemplo de um modelo de fluxo de caixa
BALANÇO 2010 2011
Activo fi xo bruto 11.337 12.135
Amortiza ções a cumul a da s 4.575 5.214
Activo fi xo l íqui do 6762 6.921
Exi s tênci a s 56 54
Cl i entes 460 559
Tes oura ri a a ctiva 2000 984
Activo tota l 9277 8518
Histórico Pressuposto
RÁCIOS 2010 2011 2012
Ta xa de cres ci mento da s venda s 10,17% 10,00%
Rendi bi l i da de l íqui da da s venda s 14,27% 14,50% 14,50%
Ta xa de di s tri bui çã o 40,00%
Ta xa de a mortiza çã o 5,39% 5,27% 5,25%
Inves timentos 798 800
Neces s i da des em fundo de ma nei o 63 50
NFM % 2,02% 1,47% 1,75%
ESTIMATIVA DAS NECESSIDADES DE FINANCIAMENTO 2012
Venda s 3.747
Res ul tados l íqui dos 543
Res ul tados retidos 326
Amortiza ções 658
NFM 66
Acés ci mo NFM 16
Inves timento em a ctivo fi xo 800
Necessidade de financiamento adicionais 168
Fonte: www.google.com
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A RETER
O Fluxo de Caixa surge então como uma ferramenta que possibilita o planeamento e o controlo
financeiro da empresa, permitindo identificar o processo de circulação do dinheiro, a liquidez da 24
empresa e as necessidades futuras de caixa.A gestão do fluxo de caixa visa fundamentalmente
manter um certo nível de liquidez imediata, para fazer face à incerteza associada ao fluxo de
recebimento e pagamento.
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UNIDADE 4
DESENVOLVIMENTO FINANCEIRO
Objectivos da Unidade:
O Plano deverá ser apresentado sob a forma de uma tabela dividida em duas partes:
Na parte esquerda deverão aparecer todos os activos de longo prazo que fazem parte do projecto
e na parte direita deverão ser discriminados todos os meios de financiamento do longo prazo que
serão necessários para financiar os investimentos da mesma natureza.
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Fundo de Maneio
Consiste na diferença entre as necessidades de exploração da empresa (stocks médios e
dívidas de clientes) e os recursos da mesma natureza (dívidas a fornecedores e ao Estado)
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Este instrumento do estudo financeiro poderá ser apresentado sob o aspecto de uma lista, ou,
como é mais comum, sob a forma de uma tabela. Esta demonstração apresenta uma ideia da
actividade da empresa para cada um dos três primeiros exercícios.
Por custo e perdas do exercício entendem-se não apenas os custos ligados à actividade mas
também as amortizações dos bens e equipamentos comprados, as provisões do exercício, os
custos e perdas extraordinárias e ainda os custos financeiros (exemplo: juros).
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Apesar de nesta fase inicial ser um instrumento falível, constitui um ponto de partida para a
determinação da rentabilidade esperada de uma empresa.
Dado o tipo de investimentos por vezes avultados que a empresa necessita de realizar nos
primeiros anos, não são expectáveis resultados líquidos significativos. Os lucros são mais
frequentes quando a actividade da empresa estiver já em velocidade cruzeiro.
NOTAS PESSOAIS
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Plano de Tesouraria
Representado por uma tabela onde estão presentes todas as saídas e entradas e dinheiro durante
um determinado ano, em doze colunas, representativas de cada mês. Desta forma pode-se 27
analisar as entradas e saídas de fundos em cada coluna mensal.
Possibilita que seja determinado o saldo de tesouraria de cada mês e o saldo acumulado, de
forma a saber se os pagamentos a efectuar serão cobertos pelas disponibilidades de cada
momento.
O objectivo deste instrumento financeiro é prevenir a empresa se debater com uma grave crise a
curto prazo, não dispondo de meios para a remediar.
Segundo os peritos da área, muitas empresas mais jovens deparam-se com situações de crise,
deve-se ao facto de darem pouca atenção a este instrumento de gestão financeira corrente.
É muitas vezes realizado um estudo a cinco anos, seguindo o mesmo princípio do plano de
financiamento inicial: uma tabela projectiva, a evolução no final de cada ano dos activos
duradoiros e das fontes de financiamento.
Para o primeiro ano, o conteúdo da tabela será muito similar ao previsto no plano de
financiamento inicial.
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Para os anos seguintes será necessário prever as novas entradas de activo fixo, bem como os
recursos financiadores desses novos activos.
Outros indicadores
Paralelamente aos quatro instrumentos anteriormente apresentados, podemos ter ainda outros
auxiliares.
Assim, como ajuda aos planos financeiros pode-se elaborar uma tabela como todos os
investimentos a realizar, a data do respectivo investimento, o seu valor, vida útil e fim a que se
destinam, bem como todas as informações que sejam relevantes. Também é possível desenvolver
uma tabela que descrimine as anuidades de crédito (se houver financiamentos).
No que respeita à análise do ponto crítico das vendas, esta é bastante útil, uma vez que
representa o nível de actividade que permite, graças à sua margem (diferença entre o valor das
vendas e os custos variáveis das mesmas), ter meios para pagar todos os outros custos do
exercício, o mesmo será dizer, os custos fixos.
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4.2. EXEMPLO DE APLICAÇÃO DE UM PLANO FINANCEIRO
Neste capítulo aproveitamos para dar um exemplo de desenvolvimento de plano financeiro, com
base numa situação fictícia.
RECEBIMENTOS E PAGAMENTOS
Nesta primeira fase, devemos iniciar o plano descriminando todos os produtos que tencionamos
vender ou serviços a prestar, com um preço unitário para cada um dele, neste caso um preço
médio. Para cada um deles deverá ser estipulado um preço e um número provisional de vendas
ou de prestações desse serviço, obtendo um valor mês e finalmente um valor ano que
corresponde aos recebimentos.
Poderemos também definir o preço em função dos custos, ou seja, identificar as várias despesas
associadas à aquisição/compra do produto que vamos comercializar e/ou serviço a prestar.
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Tendo como base os cinco produtos, fazemos uma estimativa de quantos poderemos vender no
primeiro ano de actividade.
Multiplicamos então o preço base (preço médio calculado) pelo número que pensamos vender
por ano e temos uma previsão das receitas (Quadro 2 e 3).
Muitas vezes torna-se necessário adquirir serviços, matérias-primas e/ou produtos para dar
origem aos nossos produtos finais.
Devemos calcular uma margem entre os custos totais (quadro 4) e as receitas (quadro 3), ou seja,
a diferença entre os preços médios por produto já definido e os custos de produção ou aquisição
dos mesmos, iremos chegar à nossa margem bruta.
Para simplificar vamos admitir um cenário de recebimento a pronto pagamento e sem créditos de
fornecedores.
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QUADRO 5
RECEBIMENTOS
Prazo de recebimentos a pronto pagamento.
PAGAMENTOS
Não se admitiu qualquer crédito para o pagamento das despesas
Existem outros cálculos necessários a calcular, como os custos como ordenados (custos com o
pessoal – quadro 6) e despesas gerais como água, luz, rendas, etc. (fornecimento e Serviços
externos – ver Quadro 7).
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Neste exemplo partimos de uma base com 4 postos de trabalho, remunerados com o mesmo
ordenado.
Assim temos:
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No quadro abaixo apresenta-se o cálculo dos salários e encargos sociais a preços correntes.
Determina - se, também, o volume de pagamentos, admitindo um prazo de 2 meses para os
Encargos sociais. Outro tipo de custos a ter em conta são os gastos gerais (FSE – Fornecimentos e
Serviços externos – Quadro 7) que incluem rendas, águas, luz, despesas de representação,
comunicações, etc.
Optou-se por considerar uma liquidação imediata para este tipo de serviços
Considerou-se um aumento médio anual de 5% para estes fornecimentos e serviços
O tipo de produto/serviços;
Um preço médio;
O número de produtos que irias vender ou serviços que irias prestar;
As despesas associadas à venda desse produto/serviço;
O valor de recebimentos e pagamentos anual;
O número de pessoas a empregar e os custos associados para empresa
Os gastos gerais (água, luz, rendas, etc...)
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Devemos identificar todos os investimentos que sejam necessários para dar início à actividade e
depois agrupá-los tendo em conta as seguintes rubricas:
2012
VALOR IVA TOTAL
A) Capital Fixo Corpóreo 36.786 4.782 41.569
. Terrenos
. Infra – estruturas
. Adaptação de instalações
28.282 3.677 31.958
. Equipamentos produtivos
6.729 875 7.604
. Equipamentos administrativos
1.776 231 2.007
. Transp, seguros, manuseamento e montagem de equipamento
. Material de carga e transporte
B) Capital Fixo Incorpóreo
. Estudos, projectos 1.496 195 1.691
. Escrituras e outras despesas de constituição e arranque 1.496 195 1.691
. Gráfica linha, impressos, publicidade
C) Diversos
D) Fundo de Maneio 2.539 2.539
2012 %
APLICAÇÕES
Investimento total 40.822 100%
ORIGENS
1. Capitais Próprios
Capital Social 5.000 12%
2. Capitais Alheios
Empréstimos Bancários
17.452 43%
3. Subsídio
18.370 45%
Neste caso, os sócios da empresa, através do capital social da sua empresa, contribuíram com
cerca de 12% do investimento (5.000), cerca de 43% foram buscar à banca através de um
empréstimo (17.452) e os restantes 45% foram suportados através de um programa de incentivo 33
do governo (18.370), perfazendo assim a totalidade do investimento.
Para simplificar o processo, passamos agora para os quadros que irão fornecer dados importantes
relativamente a viabilidade económica e financeira. Assim temos os quadros 10 e 11:
Demonstração de Resultados Provisionais e Balanço.
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Manual de Noções Básicas de Gestão Financeira na Gestão de Pequenos Negócios
2. Variação da Produção
Custos e perdas 34
7. Custo Merc. V. Mat. Consumidas (c)123.026 133.065 143.923 155.667 168.370
(d)18.356 18.906 19.474 20.058 20.660
8. Fornecimento e Servi. Externos
(e)18.449 19.371 20.340 21.357 22.425
9. Encargos com o Pessoal (f)4.044 4.045 4.045 2.699 2.255
10. Amortizações do exercício
11. Provisões do exercício
12. Impostos
12.1. Indirectos
12.2. Directos
13. Outros cust. operacionais
17.1. de funcionamento
(h)873 818 600 382 164
17.2. de financiamento
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Além destes custos temos ainda a amortização do exercício (f), que embora a sua
determinação seja mais complexa é importante que fiquemos com a noção que todo o
investimento que este negócio fez (equipamento, remodelações, estudos) tem um
determinado valor na altura da compra, mas depois tem uma determinada depreciação,
ou seja, não vale o mesmo no ano seguinte. 35
O valor dessa depreciação é dado sob uma forma de uma taxa fixa anual. O valor
encontrado e que consta da Demonstração de resultados, é obtido através dessa taxa
sobre o valor da compra, neste caso temos 4.045 de amortização nos 3 primeiros anos e
2.269 no 4.º ano e 2.255 no 5.º ano.
Isto acontece porque nos primeiros 3 anos foram amortizadas determinadas despesas de
investimento que depois são subtraídas ao activo, ou seja:
Acabamos por chegar ao resultado líquido (k) da actividade da empresa no ano em causa e nos
anos subsequentes.
Aquilo a que normalmente se chama o lucro da empresa: representa a diferença entre todas as
receitas e todas as despesas durante um ano de exercício, depois de pagos todos os impostos.
Aparece tanto no Balanço (Situação Líquida) como na Demonstração de Resultados.
Uma empresa com boa saúde financeira deve ter sempre Resultados Líquidos positivos.
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O Balanço começa pelo ACTIVO e nesse campo pelo Imobilizado (também conhecido por
activo fixo): Imobilizações corpóreas – Aplicações tangíveis de carácter permanente, de
uma empresa, como por exemplo, terrenos, edifícios e equipamento, etc. e Imobilizações
incorpóreas – Aplicações intangíveis de carácter permanente, de uma empresa, tais como
despesas de instalação, despesas de investigação e desenvolvimento, trespasses, etc.
Temos ainda o Activo Circulante de uma empresa, isto é, aquele que é, facilmente,
convertível em numerário num prazo inferior a 1 ano (exemplos: caixa, depósitos, 37
existências, clientes, etc.)
Além de outras rubricas, tens também os resultados líquidos que foram determinados no
quadro anterior (10) – Demonstração de Resultados Provisionais.
Logo abaixo encontramos o PASSIVO, que corresponde às obrigações assumidas por uma empresa
relativamente aos seus credores, sobre a forma de dívidas a pagar (Empréstimos bancários, de
sócios, fornecedores de imobilizado, de matéria-prima, etc.).
Dentro destas, temos o Passivo a médio e longo prazo – Dívidas contraídas por uma
empresa que se vencem por prazos superiores a um ano; e o Passivo de curto prazo –
Também designado de Passivo Circulante. Representa todas as dívidas que, em princípio,
devem ser reembolsadas num prazo máximo de um ano.
Nota: O exemplo apresentado neste capítulo foi baseado na apresentação disponível em:
http://www.ajem.pt/ficheiros/documentos/Estudo_Viabilidade_Economica_e_Financeira.pdf
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A RETER
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UNIDADE 5
OUTROS ASPECTOS FINANCEIROS A CONSIDERAR
Objectivos da Unidade:
O capital deve ser considerado como uma ferramenta de negócio que requer uso cuidadoso. É 39
necessário que o capital produza uma taxa de retorno maior do que a que seria obtida através de
um investimento noutros produtos financeiros que garantem uma taxa de juro. Tal exercício exige
uma gestão muito cuidadosa do negócio, no que respeita às disponibilidades actuais e futuras.
1. A gestão dos recursos antigos e novos de modo a contribuírem ao máximo para o lucro do seu
negócio.
2. A gestão dos recursos correntes para assegurar o máximo retorno possível do capital
investido no seu negócio.
Estes cinco factores são considerados os mais significativos em termos de impacto na função de
gestão financeira.
NOTAS PESSOAIS
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Para facilitar a tarefa de elaboração do plano de investimento, resumimos nesta unidade alguns
aspectos que o investidor não deverá esquecer para o sucesso do seu negócio.
O fundo de maneio, por seu lado, corresponde ao montante necessário para assegurar a
actividade normal da empresa e destina-se à cobertura financeira dos seguintes elementos:
Ao montante obtido com o somatório destas despesas torna-se necessário deduzir os créditos
normais a obter junto dos fornecedores.
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4. Imprevistos
Estas situações podem ser devidas a alterações nos projectos de construção civil, na instalação, na
implantação dos equipamentos, nas previsões relativas ao fundo de maneio e também, com
desvios verificados em consequência, por exemplo, da desvalorização da moeda ou da inflação.
NOTAS PESSOAIS
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As fontes de financiamento dos capitais próprios são o capital social, as prestações suplementares
de capital, o auto financiamento e o capital de risco.
Genericamente, existem três tipos de financiamento (se excluirmos o obtido junto do estado, já
abordado): o seu próprio dinheiro, o crédito ou a entrada de investidores no capital da empresa
(que podem participar ou não na gestão da empresa).
Todas têm vantagens e desvantagens, devendo o empreendedor escolher aquela que mais lhe
convém.
O recurso ao seu próprio dinheiro pode livrá-lo de pressões externas para a prossecução das
suas ideias.
42
É todavia uma opção arriscada e poderá, a prazo, ser insuficiente. Além disso, a partilha de
experiências com outros agentes com experiência pode trazer vantagens inequívocas para o seu
negócio.
Todavia um banco deverá exigir garantias pessoais que podem ser incomportáveis. Além disso,
com o estreitamento das margens de crédito, dificilmente a relação risco-retorno, de um
empréstimo a uma pequena empresa é atractiva na óptica do banco, o que dificulta a obtenção
de crédito.
Face à carência de fundos próprios e aos problemas decorrentes do crédito, pode recorrer a
investidores privados, sejam eles família, amigos ou «business angels».
Estes últimos, normalmente que venderam o seu negócio, ficando com «cash» disponível, podem
ser uma ajuda preciosa com a sua experiência e know-how na gestão de pequenos negócios.
Fase 1.
Identificação do projecto, na qual o investidor inicia a pesquisa de oportunidades de investimento,
define o conceito de negócio e traça – muitas das vezes informalmente – a respectiva estratégia;
Fase 2.
Formulação: esta fase inclui a caracterização técnica do projecto (o que, como, e com que
tecnologia produzir), estudos de mercado, análise dos fornecedores, calendarizarão da sua
implementação, etc.
Fase 3:
Avaliação económico-financeira na qual se testa a capacidade do projecto criar valor;
Fase 4:
Implementação e follow-up na qual o projecto é posto em prática, devendo ser a sua execução
devidamente supervisionada.
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Parte do trabalho dos bancos é lidar com pessoas na sua situação. Não se atemorize, até
porque você também lhes dá dinheiro a ganhar. Por outro lado, existem outros bancos e
estes nem sequer são um parceiro estratégico.
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Não marcar reuniões apenas para pedir dinheiro emprestado. Tente perceber os critérios
de concessão de crédito antes de o pedir.
Prefira bancos que já o conhecem (empréstimos anteriores, por ter conta aberta, por
conhecer funcionários bem colocados e com quem mantêm uma relação de confiança).
Use a sinceridade na resposta às questões que lhe são colocadas. Isto é fundamental para
cimentar uma relação de confiança.
Seja realista na forma de avaliar o seu negócio. Logo, a sinceridade e o realismo das
perspectivas futuras do seu negócio (investimentos necessários, vendas, custos, avaliação,
etc.) ajudam muito a credibilizar a sua imagem e a cimentar uma relação de confiança,
que é essencial.
No entanto, não se intimide e não abdique de negociar o valor que considera justo para uma
participação no seu negócio
NOTAS PESSOAIS
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Capital
Inclui todo o dinheiro obtido por vendas ou outras fontes, bem como de outras disponibilidades
financeiras - depósitos à ordem e a prazo.
A manutenção de um sistema de orçamentação preciso e bem planeado é fundamental para a
segurança financeira da sua empresa.
Se por qualquer razão o dinheiro em caixa não for suficiente para fazer face às despesas a pagar,
incorre num "cash-flow" negativo.
Pode conseguir manter estes prejuízos por um curto período de tempo, mas se começa a ter esta
situação em meses sucessivos irá entrar em rotura de tesouraria e eventualmente chegará à
falência.
Créditos a Receber
Podem ser positivos e negativos para uma empresa. Estas vendas são lançadas em contas a
crédito que são devidas e pagáveis em termos pré-especificados. Se uma empresa realizar vendas
a crédito mas ninguém lhe paga, o seu negócio é bem sucedido apenas no papel, É fundamental
desenvolver métodos para acelerar o pagamento de clientes atrasados ou exigir a cobrança do 45
crédito efectuado.
Stocks
Existe sempre algum capital inicial investido em stocks. É fundamental conhecer muito bem o
estado dos stocks de materiais de forma a não perder dinheiro quer por excesso quer por falta ou
rotura de stocks.
Crédito Comercial
É fundamental não permitir que os débitos ultrapassarem os termos prescritos para o seu
pagamento. Irá afectar negativamente a relação da empresa com os fornecedores e a sua
classificação de risco de crédito.
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Gestão da Dívida
Para arranque de actividade, é muitas vezes necessário adquirir o capital suficiente para financiar
a empresa. Para determinar qual a alternativa de financiamento mais viável, tem que avaliar a sua
situação financeira e a capacidade do seu negócio para suportar débitos.
Existem custos operacionais que se sucedem mensalmente. Alguns são óbvios, mas outros
requerem que a quantia apropriada de fundos esteja disponível na altura certa, pois de outra
forma irão afectar a operação do seu negócio.
É importante para uma empresa planear um programa de crescimento com apoio do banco. As
probabilidades de obtenção de empréstimos em condições marginais serão melhoradas em 50%
se antecipar as necessidades. 46
Alguns bancos especializam-se em determinados ramos de actividade ou possuem
departamentos para lidarem com diversos tipos de empresas industriais e comerciais. Outras
entidades orientam-se exclusivamente para as grandes contas. Deve procurar validar o melhor
parceiro para o seu negócio, através de algumas questões:
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A RETER
O capital deve ser considerado como uma ferramenta de negócio que requer uso cuidadoso. É
necessário que o capital produza uma taxa de retorno maior do que a que seria obtida através de
um investimento noutros produtos financeiros que garantem uma taxa de juro. Tal exercício exige
uma gestão muito cuidadosa do negócio, no que respeita às disponibilidades actuais e futuras.
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UNIDADE 6:
O SISTEMA FISCAL ANGOLANO
Objectivos da Unidade:
O sistema fiscal angolano é constituído por um conjunto de normas jurídicas, quer consagradas 48
constitucionalmente, quer dispersa em Códigos e outra Legislação avulsa sobre a matéria
tributária, das quais se destacam as seguintes: Código Geral Tributário, Decreto-Lei nº 10/99, de
29 de Outubro – Aprova o Código de Imposto sobre o Rendimento do Trabalho, Lei nº 8/99, de 10
de Setembro – Código do Imposto Industrial, Código do Imposto Sobre a Aplicação de Capitais,
Registo Geral do Contribuintes (Decreto nº 29/92, de Julho), Lei nº 10/03, de 25 de Abril –
Unidade de Correcção Fiscal – derroga o artigo 2º da Lei nº 12/96, de 24 de Maio, Regulamento
do Imposto de Consumo, Imposto Sobre Importação (Decreto nº 17/90, de 4 de Agosto), Isenções
e Alterações ao Imposto sobre a Importação (decreto-lei nº 17/94, de 24 de Agosto) Regime Fiscal
para a Indústria Mineira (decreto-lei nº B/96 de 31 de Maio) e Regime Aduaneiro para a Indústria
Mineira (Decreto nº 12-B/96, de 24 de Maio), Lei nº 9/99, de 01 de Outubro – aprova a extensão
do Imposto de Consumo aos serviços de Telecomunicações, de Hotelaria, de Turismo e similares e
de funcionamento de Água e Electricidade.
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Princípios gerais
(Na Lei Constitucional)
(Artº. 14) –
Princípio da função económica e social do fisco e Princípio da legalidade
O sistema fiscal visa a satisfação das necessidades económicas, sociais e administrativas do Estado
e uma repartição justa dos rendimentos e da riqueza.
Os impostos só podem ser criados e extintos por lei, que determina a sua incidência, taxas,
benefícios fiscais e garantias dos contribuintes.
(Artº. 18º)
Principio da não discriminação e da igualdade dos cidadãos perante a lei.
Todos os cidadãos são iguais perante a lei e gozam dos mesmos direitos e estão sujeitos aos
mesmos deveres, sem distinção da sua cor, raça, etnia, sexo, lugar de nascimento, religião,
ideologia, grau de instrução, condição económica ou social.
(Artº. 1º).
Serão obrigatoriamente determinadas por lei a incidência, as isenções e as taxas de cada imposto,
bem como as formas processuais de atacar a ilegalidade dos actos tributários.
(Artº. 6º).
Poder ser informado sobre a sua concreta situação fiscal
(Artº. 7º).
Só em caso de superior interesse público poderá a Lei conceder isenções de impostos, reduções
das respectivas taxas ou outros benefícios ficais
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(Artº. 8º).
Os partidos políticos, sindicatos, associações de classe e instituições religiosas legalmente
constituídas.
(Artº. 49º).
Não sendo paga qualquer das prestações ou a totalidade do imposto, no mês do vencimento,
correm imediatamente juros de mora.
(Artº. 50º).
Os juros de mora são calculados à taxa de 2,5% ao mês e vencem-se no dia um de cada mês,
contando-se por inteiro o mês em que se efectua a cobrança. Não são exigidos juros de mora
vencidos há mais de cinco anos, nem juros de juros, mesmo vencidos
(Artº 66º).
Constitui infracção todo o acto ilícito e culposo declarado punível pelas leis fiscais 50
(Artº. 71º).
As infracções fiscais serão punidas com multa, independentemente das penas acessórias
especialmente previstas na lei. Se, porém, qualquer funcionário público, no exercício das suas
funções, praticar uma infracção fiscal, incorrerá apenas em responsabilidade penal prevista
noutras Leis.
(Artº. 87º).
Extinguem a responsabilidade por infracções fiscais:
O pagamento, voluntário ou coercivo, das multas;
A prescrição do procedimento judicial ou da pena;
A amnistia;
A morte do infractor.
(Artº. 88º).
Só poderá ser levantado auto de transgressão, para aplicação das multas cominadas nas leis
fiscais, dento de cinco anos contados da data em que a infracção foi cometida. Se o auto de
transgressão estiver parado durante cinco anos, ficará extinto o procedimento para a aplicação da
multa.
São praticados dentro do sistema fiscal angolano vários tipos de impostos, incidentes sobre os
agentes económicos:
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IMPOSTO INDUSTRIAL
O imposto industrial impende sobre os lucros resultantes do exercício de uma qualquer actividade
económica devidamente registada, de natureza comercial ou industrial, ocasional ou permanente.
O respectivo código define a natureza comercial ou industrial da actividade económica. O ano
fiscal deste imposto coincide com o ano civil.
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Estão previstas no respectivo código determinadas isenções ao pagamento deste imposto, como,
por exemplo, as incidentes sobre as remunerações do pessoal diplomático acreditado no país e
desde que haja reciprocidade de tratamento, do pessoal ao serviço de organizações
internacionais, etc. O mesmo se aplica às remunerações auferidas por deficientes físicos,
mutilados de guerra e outros inválidos.
São devedores deste imposto as pessoas singulares ou colectivas que pratiquem operações de
produção, fabrico ou transformação de bens, que procedam à importação de bens, que
consumam água ou energia e utilizem serviços de telecomunicações e de hotelaria.
Fora do âmbito deste imposto estão os produtos agrícolas e pecuários não transformados. Estão
previstas determinadas isenções.
IMPOSTO DE SELO
Tem uma ampla base de incidência. Em alguns casos o imposto é aplicado através de um valor
fixo e noutras circunstâncias por intermédio de uma taxa que varia entre 0,05% e 25%.
Os rendimentos sobre os quais o imposto incide são equivalentes às rendas auferidas pelos
prédios arrendados e ao valor da renda equivalente à utilidade que dos prédios urbanos se retirar
no caso do não arrendamento.
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Para além das isenções de carácter geral consagradas no código geral tributário, estão previstos
dois grandes grupos de isenções que são objecto de tratamento autónomo.
As taxas variam de 20% a 30%, estando sob regime de isenções as transmissões cujo valor se
situar abaixo dos limites estabelecidos na lei.
53
O actual sistema fiscal angolano, após a revogação do anterior código tributário de 1979,
apresenta uma grande complexidade nas dimensões petrolíferas e não-petrolíferas da fiscalidade.
O conhecimento da fiscalidade desde os impostos e taxas é essencial para benefícios fiscais com o
intuito de minimizar os impostos a pagar sem violar preceitos legais.
Os principais impostos angolanos, excluindo a tributação específica dos sectores petrolíferos e
diamantíferos, são:
A estrutura actual do Imposto sobre o Rendimento do Trabalho (IRT) aprovado pela Lei 10/99, de
29 de Outubro reflecte-se na base de incidência e a remuneração total mensal que inclui todas as
regalias auferias, pela prestação do Trabalho de diferentes tipos contratuais, havendo todavia
isenção do pagamento de IRT em algumas situações previstas na lei.
Eis o panorama geral da fiscalidade em Angola, com base nas últimas alterações de 2012:
I. IMPOSTO INDUSTRIAL 54
Eis as principais alterações previstas:
Eliminação do actual grupo C de tributação (pessoas singulares no âmbito de actividades
industriais e comerciais exercidas por conta própria), que passa a estar sujeita ao Imposto
sobre os Rendimentos de Trabalho (IRT);
Redução da taxa geral de 35% para 30%.
Alargamento do âmbito de incidência objectiva, passando a estar sujeitas a este imposto
as actividades reguladas pelo Instituto de Supervisão de Seguros, Instituto de Supervisão
de Jogos e pelo Banco Nacional de Angola, assim como também as actividades de mera
gestão de carteiras de imóveis;
Nova incidência sobre pessoas colectivas com sede no estrangeiro, sem estabelecimento
estável em Angola, sendo criado um regime especial de tributação de serviços de
natureza acidental, que revoga a actual Lei sobre a Tributação das Empreitadas (Lei n.º
7/97, de 10 de Outubro);
Nova incidência sobre entidades sem personalidade jurídica com sede ou direcção
efectiva em Angola (por ex., pessoas colectivas sem registo definitivo ou declaradas
inválidas, associações e sociedades civis sem personalidade jurídica e heranças jacentes);
Eliminação do regime de atribuição de isenções subjectivas motivadas por fins sociais ou
económicos;
Novo regime de neutralidade fiscal aplicável à fusão de sociedades comerciais;
Novas regras quanto as obrigações declarativas, cobrança e garantias dos contribuintes.
Os sujeitos passivos passam a ser tributados sobre o lucro real, determinado de acordo
com a sua contabilidade (passando a estar sujeitos às regras previstas para os
contribuintes do Grupo A). Caso tal se revele impossível, serão tributados pelos lucros
obtidos, presumindo-a se que os mesmos correspondem a 25% do valor das compras
efectuadas e dos serviços contratados no exercício;
Determinação da matéria colectável dos Serviços Acidentais
Presume-se que a matéria colectável das entidades sujeitas a este regime é idêntica ao
valor global do serviço prestado, excepto se o contribuinte demonstrar que incorreu em
custos (componente do preço relativa a matérias-primas, peças ou materiais necessários
à prestação do serviço). Caso efectue tal prova, o contribuinte poderá beneficiar de uma
dedução à matéria colectável até 30%;
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A nova legislação introduz no regime fiscal angolano a figura do Grande Contribuinte (GC),
estabelecendo-se os critérios de classificação, direitos e obrigações da categoria e a organização
da Repartição Fiscal dos Grandes Contribuintes, exclusiva para aqueles.
Caberá ao Ministério das Finanças publicar e actualizar a lista de GC. Sem prejuízo de outros,
serão incluídos nesta lista a contribuinte que detenham maior montante de imposto entregue no
ano de 2010.
Haverá uma relação de proximidade dos GC com a Administração Fiscal, passando esta a designar
dois interlocutores privilegiados para manter o contacto com o contribuinte, a possibilidade de
planos especiais de parcelamento do pagamento de dívidas ao fisco e, por outro lado, a
obrigatoriedade de auditoria e certificação de contabilidade acrescidas e ainda a obrigação de
comunicação à administração fiscal de quaisquer alterações na estrutura da sociedade e da sua
sede ou direcção efectiva.
O regime é opcional e, para a sua aplicação, deverá ser entregue modelo específico (Modelo 5) na
Repartição Fiscal dos Grandes Contribuintes, até 3 meses antes da data limite de entrega do
Modelo 1 do Imposto Industrial, bem como, devem estar verificados cumulativamente os
seguintes requisitos:
Por outro lado, define-se que os GC que registem, no respectivo exercício, um valor de proveitos
anual superior a 7 mil milhões de AKZ, passam a ter obrigações declarativas acrescidas,
nomeadamente, a obrigação de elaboração de um dossier que suporte as relações e preços
praticados com as sociedades com as quais detenham relações especiais. O dossier deve ser
entregue até 6 meses após o encerramento do exercício fiscal.
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Manual de Noções Básicas de Gestão Financeira na Gestão de Pequenos Negócios
Grupo A
Incluem-se no Grupo A as remunerações dos trabalhadores por conta de outrem e da função
pública.
Passam a estar sujeitos a IRT, entre outros, as contribuições para fundos de pensões ou quaisquer
regimes complementares de Segurança Social, os subsídios de representação, e quaisquer outros
subsídios diários atribuídos aos trabalhadores (excepto funcionários públicos) e remunerações
pagas pelos partidos políticos e outras organizações de carácter político ou social.
São também alterados os limites dos pagamentos abaixo dos quais é excluída a tributação:
A determinação da matéria colectável dos rendimentos do Grupo A será efectuada pela dedução
aos rendimentos tributáveis das contribuições obrigatórias para a Segurança Social.
Grupo B
No grupo B incluem-se as remunerações dos trabalhadores por conta própria que desempenhem
as actividades constantes da lista de profissões anexa ao novo Código do IRT, bem como, os
rendimentos auferidos pelos titulares de cargos de gerência, administração ou outros órgãos
sociais de sociedades.
A determinação da matéria colectável das remunerações dos trabalhadores por conta própria
poderá ser efectuada com recurso à contabilidade organizada, situação em que serão deduzidos
os encargos inerentes à respectiva actividade, com um limite máximo de 30% dos rendimentos
brutos.
Caso o contribuinte não disponha de contabilidade organizada, presume-se a existência de
encargos dedutíveis correspondentes a 30% dos seus rendimentos brutos.
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Manual de Noções Básicas de Gestão Financeira na Gestão de Pequenos Negócios
À matéria colectável apurada aplicar-se-á uma nova taxa de 20%, face à anterior taxa de 15%.
Caso a matéria colectável tenha sido apurada com recurso a métodos indirectos, aplicar-se-á uma
nova taxa de 25%.
Grupo C
No Grupo C incluem-se as remunerações de pessoas singulares, decorrentes de actividades
industriais e comerciais exercidas por conta própria (corresponde, em parte, ao actual Grupo C do
Código do Imposto Industria).
Em qualquer dos casos, será ainda possível aos contribuintes deduzir à matéria colectável um
conjunto de encargos até ao limite de 30% dos rendimentos brutos auferidos.
É igualmente introduzida uma nova regra de territorialidade, que sujeita a tributação todos os
factos e operações ocorridos em território angolano. O IS incidirá ainda sobre:
O imposto passa a ser liquidado unicamente por meio de verba, apresentando-se Documento de
Liquidação de Impostos e passa a estar ao dispor dos contribuintes a possibilidade de
compensação e anulação do imposto pago indevidamente, durante o prazo de 1 ano. Prevê-se
ainda a possibilidade de apresentação de um pedido de restituição, caso tenham sido praticados
erros de que resulte a entrega de imposto superior ao devido, relativamente aos últimos cinco
anos.
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Manual de Noções Básicas de Gestão Financeira na Gestão de Pequenos Negócios
A liquidação do imposto que incide sobre as novas operações sujeitas a tributação é efectuada no
acto da facturação, com excepção dos casos em que os fornecedores do serviço sejam não
residentes em Angola, situação em que a liquidação cabe ao beneficiário do serviço, se residente
e sujeito a Imposto Industrial.
Prevê-se isenção de IC no caso de bens produzidos em Angola, quando estes estejam isentos na
importação.
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Manual de Noções Básicas de Gestão Financeira na Gestão de Pequenos Negócios
Nota: Revisão Prevista baseada no artigo Regime Fiscal em Angola (2012) http://www.vca-
angola.com/xms/files/Newsletters/Reforma_Fiscal_Angola_2012.pdf
PARA REFLECTIR
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IDEIAS A RETER
NOÇÕES BÁSICAS DE GESTÃO FINANCEIRA:
NOÇÕES PARA PEQUENOS NEGÓCIOS
1. Actualmente, a tarefa de gerir um negócio, seja ele de pequeno ou de grande porte, é uma
tarefa cada vez mais difícil. A gestão do negócio não pode ser feita de modo empírico, mas
com base na adopção de modelos de gestão decorrentes da missão estabelecida e dos
propósitos e objectivos a serem alcançados.
2. Além disso, a estratégia a seguir deve ser apoiada em informações fiáveis, com o auxílio a
instrumentos ou ferramentas de gestão na diminuição dos riscos, fornecendo o planeamento
e o controlo, directrizes para a consecução dos objectivos empresariais.
3. Nesse sentido, considera-se cada vez mais importante desenvolver capacidades de gestão
competitivas baseadas no planeamento.
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Manual de Noções Básicas de Gestão Financeira na Gestão de Pequenos Negócios
6. A análise Financeira tem em conta um processo que estuda a situação económica e a situação
financeira, através do uso de técnicas e aplicação de instrumentos com base nos principais
documentos contabilísticos (balanço, demonstração de resultados, rácios, etc.).
8. O Fluxo de Caixa surge então como uma ferramenta que possibilita o planeamento e o
controlo financeiro da empresa, permitindo identificar o processo de circulação do dinheiro, a
liquidez da empresa e as necessidades futuras de caixa.
9. A gestão do fluxo de caixa visa fundamentalmente manter um certo nível de liquidez imediata,
para fazer face à incerteza associada ao fluxo de recebimento e pagamento.
11. O capital deve ser considerado como uma ferramenta de negócio que requer uso cuidadoso. 62
É necessário que o capital produza uma taxa de retorno maior do que a que seria obtida
através de um investimento noutros produtos financeiros que garantem uma taxa de juro.
12. Tal exercício exige uma gestão muito cuidadosa do negócio, no que respeita às
disponibilidades actuais e futuras.
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Manual de Noções Básicas de Gestão Financeira na Gestão de Pequenos Negócios
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
Alarcão, Diogo, Rui Ferreira, Filomena Pastor (2003) Guia do Investidor, Agência Portuguesa para o Investimento
Alípio, Suzana (2008), Guia do Empreendedor da ANJE - Associação Nacional de Jovens Empresários “ Como elaborar um plano de
marketing”.
ANJE. Manual dos 7 Passos.
ANJE. Guia do Empreendedor. Edição da ANJE-Associação Nacional de Jovens Empresários. Site oficial da ANJE na “Academia dos
Empreendedores”
Augusto Felício, J. e Cantiga Esteves, J (1996). Gestão Financeira – Dominar a tesouraria. IAPMEI
Caldeira Menezes, “Princípios de Gestão Financeira”, Fundamentos
Como Elaborar um Plano de Negócios: O Seu Guia para um Projecto de Sucesso (internet)
Costa, Horácio, Pedro Correia Ribeiro, Criação e Gestão de Micro-Empresas e Pequenos Negócios, LIDEL – Edições Técnicas, Lisboa, 2004
Cruz, Eduardo, Planeamento estratégico: um guia para a PME, Texto Editora, Lisboa, 1990
Cruz, Eduardo, Planeamento Estratégico: Um guia para a PME
Figueiredo, J. (2005) Fundamentos de Gestão (apontamentos informais sobre contabilidade e gestão). I.S.T.
Gouveia, L. (1995). Logística e Gestão da Distribuição. Porto.
http://www.apdt.org/news/dicas/Livro_esc_casa/7_Gest%E3o%20Financeira.htm
IAPMEI. Como Elaborar um Plano de Negócios: o seu Guia para um Projecto de Sucesso
IAPMEI: 10 passos para Criação de uma empresa: http://www.iapmei.pt/iapmei-art-02.php?id=158&temaid=17
Matos, A. (s.d.). O cliente sente a qualidade, o Mercado zero defeitos. http://www.slideshare.net/amattos76/gestao-da-produao
http://www.ajem.pt/ficheiros/documentos/Estudo_Viabilidade_Economica_e_Financeira.pdf
Sainte Marie, George. Dirigir uma PME - 10 Etapas. Lidel
SEDES. (2007). Guia do Empreendedorismo. Lisboa: Portugal
Silva.P. Manual do Empreendedor. IPL: Leiria
Simões, A. (2009). Fluxo de Caixa. UA: Aveiro
www.google.com (fonte das imagens): As imagens utilizadas foram baseadas em pesquisas de palavras-chave no motor de busca Google.
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Zdanowicz, J. (2004). Fluxo de caixa: uma decisão de planejamento e controle financeiro. 10° ed. Porto Alegre: Sagra Luzzatto
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Este Manual faz parte de um sistema concebido para utilização no projecto “CLESE” a executar na
República de Angola.
O texto foi concebido a partir da utilização de fontes bibliográficas generalistas dentro do tema em foco.
As imagens utilizadas nesta edição servem apenas para ilustrar a mesma, sem qualquer intenção de
comercialização das mesmas, sendo a sua origem a utilização de bases de fotos gratuitas:
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