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Administração

Financeira
SEST – Serviço Social do Transporte
SENAT – Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte

Curso on-line – Administração Financeira – Brasília:


SEST/SENAT, 2016.

54 p. :il. – (EaD)

1. Administração financeira - reciclagem. 2. Finanças.


I. Serviço Social do Transporte. II. Serviço Nacional de
Aprendizagem do Transporte. III. Título.

CDU 658.15

ead.sestsenat.org.br
Sumário
Apresentação 5

Unidade 1 | Planejamento Financeiro 7

1 A Importância do Planejamento Financeiro 9

1.1 Metas e Objetivos 10

1.2 Planejamento 11

1.3 Finanças 11

Glossário 12

Atividades 13

Referências 15

Unidade 2 | Preço de Venda 16

1 A Formação dos Preços 18

1.1 Aspectos de Mercado 18

1.2 Aspecto Financeiro 20

1.3 O Equilíbrio entre os Custos e os Preços Praticados 21

Glossário 22

Atividades 23

Referências 25

Unidade 3 | Fluxo de Caixa 26

1 O Fluxo de Caixa 28

1.1 Elaborando um Fluxo de Caixa 28

1.2 O Fluxo de Caixa para Previsões 30

Glossário 31

Atividades 32

Referências 33

Unidade 4 | Demonstrativo de Resultado de Exercício 34

3
1 Objetivos do demonstrativo de resultado de exercício 36

1.1 Reforçando a Importância da DRE 37

1.2 O Embasamento Legal do DRE 37

Glossário 39

Atividades 40

Referências 42

Unidade 5 | Análise do Demonstrativo de Resultado de Exercício 43

1 Entendendo Alguns Termos 45

Glossário 49

Atividades 50

Referências 52

Gabarito 53

4
Apresentação

Prezado(a) aluno(a),

Seja bem-vindo(a) ao curso Administração Financeira!

Neste curso, você encontrará conceitos, situações extraídas do cotidiano e, ao final de


cada unidade, atividades para a fixação do conteúdo. No decorrer dos seus estudos,
você verá ícones que tem a finalidade de orientar seus estudos, estruturar o texto e
ajudar na compreensão do conteúdo.

O curso possui carga horária total de 30 horas e foi organizado em 5 unidades, conforme
a tabela a seguir.

Unidades Carga Horária

Unidade 1 | Planejamento Financeiro 6h

Unidade 2 | Preço de Venda 6h

Unidade 3 | Fluxo de Caixa 6h

Unidade 4 | Demonstrativo de Resultado de Exercício 6h

Unidade 5 | Análise do Demonstrativo de Resultado de


6h
Exercício

5
Fique atento! Para concluir o curso, você precisa:

a) navegar por todos os conteúdos e realizar todas as atividades previstas nas


“Aulas Interativas”;

b) responder à “Avaliação final” e obter nota mínima igual ou superior a 60;

c) responder à “Avaliação de Reação”; e

d) acessar o “Ambiente do Aluno” e emitir o seu certificado.

Este curso é autoinstrucional, ou seja, sem acompanhamento de tutor. Em caso de


dúvidas, entre em contato por e-mail no endereço eletrônico suporteead@sestsenat.
org.br.

Bons estudos!

6
UNIDADE 1 | PLANEJAMENTO
FINANCEIRO

7
Unidade 1 | Planejamento Financeiro

ff
Você sabe como fazer um planejamento financeiro? E para que
serve? Qual o modo correto de fazê-lo? Quantas pessoas e
instituições podem se beneficiar com o planejamento financeiro?

Estudos revelam que o planejamento financeiro é fundamental para que se


alcancem os objetivos buscados. Sabe-se que quanto mais disciplina é empregada
no planejamento, mais empenho os indivíduos terão em buscar seus objetivos.

Entende-se o termo planejamento financeiro como um processo contínuo para a


determinação de estratégias e desenvolvimento de meios para alcançar o objetivo
proposto por uma pessoa ou instituição. Essa idealização engloba a identificação e
adequação das receitas e despesas, o controle de contas, a análise de investimentos e o
acompanhamento das dívidas.

8
1 A Importância do Planejamento Financeiro

A importância do planejamento financeiro vem da necessidade de organização de


um plano para que se possam atingir as metas buscadas pelos indivíduos ou pelas
empresas. Ter a consciência do quanto os recursos são escassos e até onde podem
ir os custos são os principais pontos que o planejamento financeiro procura abordar
(SAMANEZ, 2006).

O planejamento financeiro é importante devido aos diversos


fatores que influenciam nas entradas e saídas de recursos das
pessoas ou empresas. Alguns desses fatores são:

• Crises econômicas;
• Fatores políticos adversos;
• Externalidades positivas e negativas;
• Clima econômico favorável ou desfavorável;
• Descontrole inflacionário;
• Taxa básica de juros adotada pelo governo (Sistema Especial
de Liquidação e Custódia — SELIC);
• Entre outros.

Graças aos fatores citados, que interferem na vida de todas as pessoas e instituições,
faz-se necessária a busca constante por metas, às vezes ambiciosas, às vezes modestas.
Para o estabelecimento de metas, é necessária a análise constante da situação do país,
bem como de suas relações com o restante do mundo e com seus próprios cidadãos
(BRIGHAM; EHRHARDT, 2010).

Uma vez estabelecidas as metas, é preciso buscar sua realização, fazendo com que os
mecanismos necessários sejam empregados e os empecilhos sejam removidos (MATA,
2010).

O desenvolvimento individual das pessoas ou famílias depende da busca incessante por


meios que possibilitem a realização dos objetivos traçados anteriormente. Para essa
busca, faz-se imprescindível o controle das atividades diárias e o acompanhamento dos
resultados obtidos, com vistas à readequação constante das estratégias empregadas.

9
1.1 Metas e Objetivos

O estabelecimento de metas e objetivos


a serem seguidos é o foco principal
do planejamento financeiro. Se não
houver metas nem objetivos, não existe
a necessidade de se planejar os passos
seguintes.

Quando se estabelece uma meta, está-


se buscando um caminho a percorrer
para chegar a um objetivo. O objetivo é
como um alvo para onde se quer chegar
e, consequentemente, quanto maior o objetivo, maior deve ser o comprometimento
com o planejamento.

bb
Saiba mais sobre metas e objetivos, acesse o link disponível a
seguir.

http://pt.wikihow.com/Definir-Metas

A visão global das metas e dos objetivos deverá nortear o planejamento financeiro, já
que é ele que vai mostrar o tempo necessário para que sejam atingidos esses objetivos
e essas metas, além da possibilidade de sua modificação ou manutenção (SEBRAE,
2012).

10
1.2 Planejamento

Pode-se definir planejamento como uma ferramenta


administrativa que permite entender a realidade, avaliar as
alternativas e enxergar o caminho escolhido. Ele organiza e
define as ações a serem tomadas, sendo, portanto, a parte
racional da atuação (BREALEY; MYERS, 2015).

O planejamento é uma maneira de antecipar os resultados esperados e a possibilidade


de sua concretização, e também de antever as dificuldades que possam existir. O intuito
do planejamento em uma organização, ou para um indivíduo, é buscar com sensatez o
melhor caminho para chegar ao lugar esperado (MATA, 2010).

1.3 Finanças

O conceito de finanças está relacionado a dinheiro, riqueza,


ciência da variação da moeda. Esse conceito, atual, nasceu em
1950, introduzido por Harry Markowitz.

Com tal definição tornou-se admissível utilizar a matemática no estudo de seleção


de carreira. Quando se fala de finanças, pode-se dizer que se trata de um método de
administração dos recursos disponíveis aplicado aos meios empresarial e particular.
Abarca, também, a distribuição e o investimento dos recursos, sejam referentes ao
salário do pessoal ou referentes ao faturamento da empresa.

bb
Saiba mais sobre finanças, acesse o link a seguir.

www.financaspraticas.com.br

11
Resumindo

O planejamento financeiro é imprescindível para a obtenção dos parâmetros


referentes às metas e objetivos traçados.

O estabelecimento de metas e objetivos é importante para que se possa


estabelecer o planejamento financeiro adequado para alcançá-los.

O planejamento permite que a realidade seja observada, e possibilita que


haja adequação aos métodos utilizados.

O conceito de finanças se refere a dinheiro, recursos ou riqueza. Sempre se


pode relacionar este termo aos recursos existentes.

Glossário

Faturamento: total das vendas de uma empresa em dado período.

Sensatez: atitude cautelosa, prudente.

12
Atividades

1) Assinale a alternativa falsa.

aa a. ( ) O planejamento financeiro das empresas é potencialmente


importante por trazer a seus dirigentes os indicadores de como
se está caminhando para chegar ao objetivo traçado.

b. ( ) O planejamento financeiro pode ser realizado tanto por


instituições quanto por indivíduos.

c. ( ) Pode-se confiar cegamente no planejamento financeiro


pois ele somente fornece indicadores de como chegar ao
objetivo traçado.

2) A importância do planejamento financeiro vem da


necessidade de se organizar um plano para atingir as metas
buscadas pelos indivíduos ou empresas.

( ) Verdadeiro ( ) Falso

3) A importância do planejamento financeiro gira em torno


dos seguintes itens.

a. ( ) Metas e objetivos.

b. ( ) Lucro e prejuízo.

c. ( ) Perdas e ganhos.

d. ( ) Serviços e vendas.

4) Alguns dos motivos que embasam a importância do


planejamento financeiro são:

a. ( ) Crises econômicas.

b. ( ) Fatores políticos adversos.

c. ( ) Externalidades positivas e negativas.

13
d. ( ) Clima econômico favorável ou desfavorável.

e. ( ) Todas as alternativas anteriores.

5) O conceito de finanças está relacionado a:

a. ( ) Dinheiro.

b. ( ) Riquezas.

c. ( ) Recursos.

d. ( ) Todas as alternativas anteriores.

14
Referências

BREALEY, R. A.; MYERS, S. C. Financiamento e gestão de risco. Porto Alegre: Bookman,


2015.

BRIGHAM, E. F.; EHRHARDT, M. C. Administração financeira. São Paulo: Cengage, 2010.

MATA, J. Economia da empresa. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2010.

PORTAL DA CONTABILIDADE. Disponível em: <www.portaldacontabilidade.org.br>.


Acesso em: 20 nov. 2015.

ROSS, S. A.; WESTERFIELD, R. W.; JAFFE, J. F. Administração financeira: corporate


finance. São Paulo: Atlas, 2007.

SAMANEZ, C. P. Gestão de investimentos e geração de valor. São Paulo: Pearson,


2006.

SEBRAE. Gestão financeira: manual do participante. Brasília: SEBRAE Nacional, 2012.

SOUZA, A.; CLEMENTE, A. Decisões financeiras e análise de investimentos:


fundamentos, técnicas e aplicações. São Paulo: Atlas, 2009.

15
UNIDADE 2 | PREÇO DE VENDA

16
Unidade 2 | Preço de Venda

ff
Você sabe como determinar o preço de um produto que vai
vender? Quais as variáveis que influenciam o preço de um
produto? Por que os preços podem subir ou descer? E, por fim,
quando um preço deve subir ou cair?

A definição do preço apropriado de venda de um produto ou serviço depende


da relação existente entre o preço já praticado no mercado e o valor calculado
considerando os custos da produção ou aquisição do bem (SAMANEZ, 2006).

Esse valor deve ser suficiente para cobrir o custo direto da mercadoria, produto ou serviço,
com as despesas fixas e variáveis e, do mesmo modo, deve ser capaz de gerar lucro líquido.
Para a definição do preço de venda de um produto ou serviço, o empresário deve considerar
aspectos internos e externos do negócio.

17
1 A Formação dos Preços

A formação dos preços de venda a serem praticados no mercado é, de certa forma,


complexa, pois leva em consideração diversos aspectos implícitos e explícitos do
negócio. Vários fatores podem influenciar, para cima ou para baixo, os preços praticados
e, assim, causar o sucesso ou insucesso da empresa.

Existem alguns pontos de vista comumente analisados para a

gg
formação do preço a ser cobrado. Eles levam em consideração
fatores que dependem do empresário, e fatores outros, que são
completamente alheios à vontade de quem está vendendo o
produto ou serviço.

Esses fatores são:

• O aspecto de mercado;

• O aspecto financeiro; e

• O equilíbrio entre os custos e os preços praticados.

É por meio deles que o vendedor vai embasar sua decisão de quanto cobrar pelo
produto, e também o momento correto de aumentar, ou até mesmo diminuir, os preços.

1.1 Aspectos de Mercado

Pelo aspecto de mercado, o preço de venda sempre deverá


acompanhar os preços praticados pelos concorrentes que
atuam no mesmo segmento e vendem produtos, ou prestam
serviços, similares.

18
Alguns fatores como a tradição da marca, o tempo que ela atua no mercado, o quanto
ela vende e o espaço já conquistado por ela, além da agressividade da concorrência,
também influenciam diretamente no preço do produto ou serviço.

Alguns outros aspectos econômicos devem ser avaliados sob

ee
esse aspecto, como o tipo de bem, que pode ser:

• Normal;
• Inferior;
• Giffen; e
• Luxo.

E o tipo de mercado em que se está atuando, como:


• Concorrência perfeita;
• Monopólio;
• Oligopólio; e
• Oligopsônio.

Por exemplo, no caso de não existirem concorrentes no mercado, esse ponto de vista
se torna mais complexo ainda. Quando o vendedor vai se tornar um monopolista ou um
pioneiro, a capacidade de pagamento dos clientes, a necessidade gerada pelo produto
e a aceitação do produto no mercado devem ser levadas em consideração.

bb
Sobre bens em economia, acessando o link disponível a seguir.

http://old.knoow.net/cienceconempr/economia/bem.htm

19
1.2 Aspecto Financeiro

Quanto ao aspecto financeiro, o preço de venda sempre tem a função de cobrir os


custos diretos das mercadorias, dos produtos ou dos serviços vendidos.

Esses custos são formados por despesas variáveis, como:

ee • Contratação de funcionários temporários;


• Pagamento de bônus;
• Insumos (quanto mais se produz, mais se compram); e
• Impostos e taxas.

E despesas fixas, como:

• Aluguel;
• Contas de água;
• Contas de luz;
• Contas de telefone;
• Salários; e
• Insumos.

Tudo que sobrar desses custos formará o lucro líquido.

O aspecto financeiro é extremamente relevante para a formação


dos preços a serem praticados. Devido às inúmeras variáveis, a
complexidade é crescente na medida do crescimento do negócio
ou da produção.

Como também existem variáveis externas que independem do empresário, como


os impostos, salário mínimo, variação de preços de insumos (alguns dependem da
variação cambial ou são cotados em bolsa de mercadorias e futuros), a empresa deve
estar sempre atualizada para não estar em descompasso com o restante do mercado.

20
Utilizando um exemplo bem simples para ilustrar esse cenário,

gg
podemos lembrar da esquematização de uma padaria. Ao
determinar o preço pão, seu proprietário deve estar sempre de
olho no aumento do salário mínimo, que embasa muitos salários
de seus funcionários, deve acompanhar a cotação do trigo no
mercado internacional, de onde sairá a tendência do preço da
farinha, além de acompanhar possíveis novos impostos e taxas e
o nível de demanda pelos seus pães.

1.3 O Equilíbrio entre os Custos e os Preços Praticados

O preço ditado pelo mercado pode ser


menor que o estabelecido a partir dos
custos internos da empresa. Quando isso
acontece, o empresário deve refazer os
cálculos financeiros para considerar a
viabilidade da sua decisão. Em outros
termos, para adequar o preço praticado,
a instituição deve diminuir seus custos
diretos, despesas fixas ou, ainda, admitir
um lucro líquido menor.

O ponto de equilíbrio para o estabelecimento dos preços pode

ee considerar também custos implícitos, ao invés de observar


somente custos explícitos (que se podem checar facilmente).

Os custos implícitos são amplamente estudados nas ciências econômicas e são, muitas
vezes, difíceis de apurar. Dentre estes está o custo de oportunidade, isto é, o custo
daquilo que a pessoa poderia estar fazendo se não estivesse nesse trabalho.

21
Por exemplo, uma pessoa que tenha um emprego onde ganhava R$ 3.000,00 por mês
e o abandonou para abrir um negócio próprio, deve considerar que estes R$ 3.000,00
devem constar na estrutura de custos do produto a vender, logo, ao constituir o preço
do produto, seu valor deverá ser suficiente para cobrir o custo implícito da produção,
ou, neste caso, o custo de oportunidade.

Resumindo

A definição do preço apropriado de venda de um produto ou serviço


depende da relação existente entre o preço já praticado no mercado e o
valor calculado considerando os custos da produção ou aquisição do bem.

A formação dos preços de venda a serem praticados no mercado é, de certa


forma, complexa, pois leva em consideração diversos aspectos implícitos e
explícitos ao negócio.

O preço ditado pelo mercado pode ser menor que o estabelecido a partir
dos custos internos da empresa. Quando isso acontece, o empresário deve
refazer os cálculos financeiros para considerar a viabilidade de sua
decisão.

Sob a ótica do aspecto financeiro, o preço de venda sempre tem a função


de cobrir os custos diretos das mercadorias.

Glossário

Monopólio: situação em que uma só empresa ou pessoa controla a oferta de um


produto ou serviço, sem enfrentar concorrência.

Oligopólio: situação econômica em que um pequeno número de empresas controla a


oferta de produtos para ter domínio sobre o mercado.

Oligopsônio: situação do mercado em que o número de compradores se encontra


reduzido.

22
Atividades

1) Assinale a alternativa falsa.

aa a. ( ) O ponto de equilíbrio para o estabelecimento dos preços


não pode considerar também os custos implícitos.

b. ( ) Existem variáveis externas aos poderes do empresário,


como os impostos, o salário mínimo e a variação de preços de
insumos.

c. ( ) Alguns fatores como a tradição da marca, o tempo em


que ela atua no mercado, o quanto ela vende e o espaço já
conquistado, além da agressividade da concorrência, também
influenciam diretamente no preço do produto ou serviço.

2) Existem alguns pontos de vista normalmente analisados


para a formação de um preço a ser cobrado: aspectos de
mercado, financeiro, e de equilíbrio entre custos e preços
praticados.

( ) Verdadeiro ( ) Falso

3) Os custos dos bens também são formados por despesas


variáveis, como:

a. ( ) Contratação de funcionários temporários.

b. ( ) Pagamentos de bônus.

c. ( ) Insumos (quanto mais se produz, mais se compra).

d. ( ) Impostos e taxas.

e. ( ) Todas as alternativas anteriores.

23
4) Os custos implícitos podem ser formados por:

a. ( ) O custo de oportunidade.

b. ( ) O risco do negócio.

c. ( ) A satisfação do empreendedor.

d. ( ) Todas as alternativas anteriores.

e. ( ) Nenhuma das alternativas anteriores.

5) Os preços praticados em um mercado de concorrência


perfeita podem ser estabelecidos arbitrariamente, sem levar
em consideração os demais agentes do mercado.

( ) Verdadeiro ( ) Falso

24
Referências

BREALEY, R. A.; MYERS, S. C. Financiamento e gestão de risco. Porto Alegre: Bookman,


2015.

BRIGHAM, E. F.; EHRHARDT, M. C. Administração financeira. São Paulo: Cengage, 2010.

MATA, J. Economia da empresa. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2010.

PORTAL DA CONTABILIDADE. Disponível em: <www.portaldacontabilidade.org.br>.


Acesso em: 20 nov. 2015.

ROSS, S. A.; WESTERFIELD, R. W.; JAFFE, J. F. Administração financeira: corporate


finance. São Paulo: Atlas, 2007.

SAMANEZ, C. P. Gestão de investimentos e geração de valor. São Paulo: Pearson,


2006.

SEBRAE. Gestão financeira: manual do participante. Brasília: SEBRAE Nacional, 2012.

SOUZA, A.; CLEMENTE, A. Decisões financeiras e análise de investimentos:


fundamentos, técnicas e aplicações. São Paulo: Atlas, 2009.

25
UNIDADE 3 | FLUXO DE CAIXA

26
Unidade 3 | Fluxo de Caixa

ff
Qual é a função do fluxo de caixa? Como montá-lo? Quais
elementos constam em um fluxo de caixa? Você é capaz de
entender as informações contidas no fluxo de caixa?

As decisões financeiras devem ser tomadas adotando-se como base critérios que
compreendem a variação do valor do dinheiro no tempo. Qualquer comparação entre
quantias de dinheiro deve ser referida a uma data, e sua transferência para outra data
somente pode ser realizada considerando os juros envolvidos no período entre as datas. É
impossível somar ou subtrair quantias de dinheiro que estejam em momentos diferentes.

27
1 O Fluxo de Caixa

Os problemas de Gestão Financeira compreendem basicamente a fixação de valores,


como receitas e despesas, ao longo do tempo, que podem ser representadas em um
diagrama ou em uma tabela denominada fluxo de caixa.

Na linha horizontal são representados os períodos de tempo (meses, semanas,


trimestres, anos etc.). As receitas e desembolsos estão representados por setas no fim
de cada período.

Não há escala para as setas — os valores envolvidos são indicados numericamente


sobre as setas ou ao lado. Diversos valores consecutivos e iguais podem ser indicados
por uma linha horizontal, no período correspondente, com indicação do valor comum.

A seta para baixo representa um desembolso P, ou seja, um valor emprestado ou


investido, também denominado Principal, Capital Inicial, Valor Atual, Valor de Aplicação
ou qualquer outra denominação que indique claramente serem valores cedidos ou
aplicados.

A seta para cima representa uma receita F, ou seja, um Montante, Valor de Resgate,
Valor Futuro, Valor capitalizado ou qualquer denominação que indique se tratar de um
retorno.

O diagrama de fluxo de caixa depende do ponto de vista considerado, pois como toda
receita corresponde a um desembolso em outro caixa, o mesmo fluxo dá origem a dois
diagramas simétricos, conforme o ponto de vista do investidor.

1.1 Elaborando um Fluxo de Caixa

O fluxo de caixa demonstrará todas as entradas e saídas da empresa, logo, será


necessário que todas as demonstrações financeiras estejam disponíveis.

28
Para a elaboração do fluxo de caixa, pode-se utilizar a seguinte sugestão de
Sebrae (2012):

I. Separação e classificação de todas as despesas

Nesta etapa, pode-se classificar as despesas de modo a ficarem facilmente


reconhecidas por sua classe. A classificação pode seguir a seguinte
estrutura:

• Despesas com Produtos;


• Despesas com Serviços;
• Despesas Não Operacionais;
• Despesas com Rh;
• Despesas Operacionais;
• Despesas de Marketing; e
• Impostos e Investimentos.

II. Separação e classificação das receitas

Agora, do mesmo modo que nas despesas, deve-se fazer com as receitas,
por meio da seguinte sugestão:

• Receitas com produtos;


• Receitas com serviços; e
• Receitas não operacionais.

III. Montagem de uma planilha contendo as informações mencionadas

Nesta etapa, monta-se uma planilha do tipo Microsoft Excel, em que todos
os dados mencionados devem estar inseridos, no período de tempo
escolhido.

IV. Visualização e análise dos dados

Nesta etapa, deve-se visualizar os dados da planilha e realizar as análises desejadas.

29
Pode-se, também, fazer gráficos para auxiliarem as análises, com vistas a se observarem
linhas de tendência de variáveis específicas como receitas, despesas etc.

1.2 O Fluxo de Caixa para Previsões

A utilização do fluxo de caixa para a realização de previsões é muito comum. A maneira


de utilizar a ferramenta será a mesma, bastando trocar os dados — dos existentes para
as variáveis desejadas (BREALEY; MYERS, 2015).

As previsões devem ser realizadas de acordo com as

ee
especificações teóricas existentes, estimando-se os fatores de
maneira igualitária.

Essa ferramenta é importante, pois permite a aplicação de análises diversas, como


Valor Presente Líquido (VPL), Payback e Taxa Interna de Retorno.

30
Resumindo

Os problemas de Gestão Financeira compreendem, basicamente, a fixação


de valores como receitas e despesas, ao longo do tempo.

As decisões financeiras devem ser tomadas adotando como base critérios


que compreendem a variação do valor do dinheiro no tempo.

É impossível somar ou subtrair quantias de dinheiro que estejam em


momentos diferentes no tempo.

O fluxo de caixa demonstrará todas as entradas e saídas da empresa, logo,


será necessário que todas as demonstrações financeiras estejam
disponíveis.

O diagrama de fluxo de caixa depende do ponto de vista considerado.

Glossário

Despesa: o que se gastou ou consumiu; expensa, custo, importe.

Montante: soma, quantia; soma do capital e juros após um período de aplicação.

Receita: renda, montante arrecadado, quantia recebida

31
Atividades

1) Assinale a alternativa falsa.

aa a. ( ) A seta para baixo representa um desembolso no seu fluxo


de caixa.

b. ( ) O fluxo de caixa deve conter todas as entradas e saídas do


caixa da empresa.

c. ( ) O fluxo de caixa não pode ser utilizado por pessoas


comuns, famílias ou pequenas empresas devido à sua
complexidade.

2) O fluxo de caixa não deve conter informações referentes a


impostos, já que, para isso, o governo detém legislação
apropriada.

( ) Verdadeiro ( ) Falso

3) Alguns dos itens que podem constar no fluxo de caixa são:

a. ( ) Receitas com Produtos.

b. ( ) Receitas com Serviços.

c. ( ) Receitas Não Operacionais.

d. ( ) Todas as alternativas anteriores.

4) O fluxo de caixa nunca pode ser utilizado para expor


informações referentes a previsões, já que somente é
utilizado para dados passados.

( ) Verdadeiro ( ) Falso

5) O ponto de vista do investidor e do investimento são


relativamente similares em relação ao fluxo de caixa.

( ) Verdadeiro ( ) Falso

32
Referências

BREALEY, R. A.; MYERS, S. C. Financiamento e gestão de risco. Porto Alegre: Bookman,


2015.

BRIGHAM, E. F.; EHRHARDT, M. C. Administração financeira. São Paulo: Cengage, 2010.

MATA, J. Economia da empresa. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2010.

PORTAL DA CONTABILIDADE. Disponível em: <www.portaldacontabilidade.org.br>.


Acesso em: 20 nov. 2015.

ROSS, S. A.; WESTERFIELD, R. W.; JAFFE, J. F. Administração financeira: corporate


finance. São Paulo: Atlas, 2007.

SAMANEZ, C. P. Gestão de investimentos e geração de valor. São Paulo: Pearson,


2006.

SEBRAE. Gestão financeira: manual do participante. Brasília: SEBRAE Nacional, 2012.

SOUZA, A.; CLEMENTE, A. Decisões financeiras e análise de investimentos:


fundamentos, técnicas e aplicações. São Paulo: Atlas, 2009.

33
UNIDADE 4 | DEMONSTRATIVO
DE RESULTADO DE EXERCÍCIO

34
Unidade 4 | Demonstrativo de Resultado de
Exercício

ff
Para que serve o demonstrativo de resultado de exercício? Sabe
como fazê-lo? Qual é a sua estrutura?

O Demonstrativo de Resultados do Exercício, ou DRE, é um relatório


que fornece dados resumidos da situação financeira e das atividades
operacionais e não operacionais da empresa, em um período definido de
tempo, confirmando abertamente se houve lucro ou prejuízo.

Mesmo que seja elaborado anualmente, por obrigatoriedade de divulgação imposta


pela legislação vigente, o demonstrativo é feito também mensalmente com objetivos
administrativos e gerenciais, tendo se tornado uma importante ferramenta de análise
para os gestores da empresa.

35
1 Objetivos do demonstrativo de resultado de exercício

O objetivo principal do demonstrativo de resultado de exercício é particularizar cada


fator que faz parte dos resultados da empresa em um exercício por meio da comparação
entre as receitas, despesas e custos determinados, provendo informações importantes
para a tomada de decisões.

O demonstrativo de resultado de exercício defende tanto a avaliação geral do


desempenho empresarial quanto a análise de eficiência dos responsáveis em obter
resultado positivo em seus respectivos departamentos.

O mais importante é que o DRE seja elaborado em uma sequência

ee
lógica que permita que até mesmo gestores de fora da área
financeira interpretem corretamente as informações, entendam
como é composto o lucro da empresa e se é possível melhorá-lo.

A necessidade de facilitar a compreensão do demonstrativo de

gg
resultado de exercício tem como causa a constante carência de
adequação da empresa às variações do mercado em que atua, e
possibilitar que mais pessoas participem da missão de fazer a
empresa crescer.

Como nem todas as pessoas integrantes do ciclo administrativo da empresa são


capazes de entender as complexas análises sobre as finanças da empresa, cabe então
a facilitação da compreensão desses dados.

36
1.1 Reforçando a Importância da DRE

O DRE, juntamente com o fluxo de caixa e o balanço patrimonial, é um dos três


relatórios mais importantes para a gestão empresarial, além de ser um procedimento
indispensável para avaliação da situação financeira de todas as empresas, sem que seu
tamanho ou área de atuação exerça influência (BRIGHAM; EHRHARDT, 2010).

Com o demonstrativo de resultado de


exercício, a empresa pode medir sua
capacidade de gerar lucro ou prejuízo e,
quando preciso for, efetuar mudanças
na área administrativa para melhorar os
resultados.

Quando o DRE mostra a situação da


empresa, faz com que seja possível uma
administração focada na eficiência e na
competência de cada um de seus colaboradores e áreas de atuação, tornando-a flexível
aos interesses dos clientes em geral.

Por ser um relatório amplamente detalhado e ter o dever de ser ao mesmo tempo
intuitivo, o DRE oferece aos dirigentes importantes informações, que são fundamentais
para uma correta tomada de decisão. Sem essas informações, a verificação do
verdadeiro estado da empresa fica mais difícil, afetando inclusive as tomadas de
decisão fundamentais.

1.2 O Embasamento Legal do DRE

Como dito anteriormente, a demonstração do resultado do

gg
exercício tem como principal objetivo apresentar, de forma
resumida, o resultado de uma série de operações em um
determinado período, que normalmente é de um ano (ROSS et
al., 2007).

37
De acordo com a legislação vigente, as empresas deverão,
obrigatoriamente, mostrar no DRE as seguintes informações,
segundo o site portal da contabilidade:

• A receita bruta das vendas e serviços;


• As deduções das vendas, os abatimentos e os impostos;
• A receita líquida das vendas e serviços;
• O custo das mercadorias e serviços vendidos e o lucro bruto;
• As despesas com as vendas, as despesas financeiras, deduzidas
das receitas, as despesas gerais e administrativas, e outras
despesas operacionais;
• O lucro ou prejuízo operacional, as outras receitas e as outras
despesas;
• O resultado do exercício antes do Imposto sobre a Renda e a
provisão para o imposto;
• As participações de debêntures, empregados, administradores
e partes beneficiárias, mesmo na forma de instrumentos
financeiros, e de instituições ou fundos de assistência ou
previdência de empregados, que não se caracterizem como
despesa; e
• O lucro ou prejuízo líquido do exercício e o seu montante por
ação do capital social.

Quando se apura o resultado do exercício, são calculados em conformidade com o


princípio da competência:

• As receitas e os rendimentos ganhos no período, independentemente de sua


realização em moeda; e

• Os custos, despesas, encargos e perdas, pagos ou incorridos, correspondentes a


essas receitas e rendimentos.

bb
Veja um exemplo de DRE, acessando o link disponível a seguir.

http://www.investidorpetrobras.com.br/pt/resultados-
financeiros#topo

38
Resumindo

O Demonstrativo de Resultados do Exercício, ou DRE, é um relatório que


fornece dados resumidos da situação financeira e das atividades
operacionais e não operacionais da empresa, em um período definido de
tempo, confirmando abertamente se houve lucro ou prejuízo.

O demonstrativo de resultado de exercício defende tanto a avaliação geral


do desempenho empresarial, quanto a análise de eficiência dos responsáveis
em obter resultado positivo em seus respectivos departamentos.

O DRE, juntamente com o fluxo e o balanço patrimonial, é um dos três


relatórios mais importantes para a gestão empresarial.

Existe uma legislação específica que embasa juridicamente a elaboração


do demonstrativo de resultado de exercício.

A apuração do resultado do exercício, é calculada em conformidade com o


princípio da competência.

Glossário

Debênture: Título de crédito ao portador, emitido por uma empresa em troca de


empréstimo a juros e amortizável a longo prazo, cuja garantia é o valor do patrimônio
e a confiabilidade (e não itens ou bens especificados); obrigação ao portador.

Intuitivo: que se percebe por mera intuição.

39
Atividades

1) Assinale a alternativa falsa.

aa a. ( ) O DRE, juntamente com o fluxo de caixa e o balanço


patrimonial, é um dos três relatórios mais importantes para a
gestão empresarial.

b. ( ) Quando o DRE mostra a situação da empresa, possibilita


uma administração focada na eficiência e na competência de
cada um de seus colaboradores e áreas de atuação.

c. ( ) Por ser um relatório amplamente detalhado, e não ter o


dever de ser ao mesmo tempo intuitivo, o DRE oferece aos
dirigentes informações importantes, fundamentais para uma
correta tomada de decisão.

2) Com o demonstrativo de resultado de exercício, a empresa


pode medir sua capacidade de gerar lucro.

( ) Verdadeiro ( ) Falso

3) De acordo com a legislação vigente, as empresas deverão,


obrigatoriamente, mostrar no DRE algumas das seguintes
informações:

a. ( ) A receita bruta das vendas e serviços.

b. ( ) As deduções das vendas.

c. ( ) Os abatimentos.

d. ( ) Os impostos.

e. ( ) Todas as alternativas anteriores.

40
4) As despesas com as vendas, as despesas financeiras
deduzidas das receitas, as despesas gerais e administrativas,
e as outras despesas operacionais devem constar no DRE, de
acordo com a legislação.

( ) Verdadeiro ( ) Falso

5) Quando se apura o DRE são calculadas as receitas e os


rendimen tos ganhos no período, independentemente de sua
realização em moeda. Esta afirmação é:

a. ( ) Verdadeira.

b. ( ) Falsa.

c. ( ) Parcialmente verdadeira.

d. ( ) Parcialmente falsa.

41
Referências

BREALEY, R. A.; MYERS, S. C. Financiamento e gestão de risco. Porto Alegre: Bookman,


2015.

BRIGHAM, E. F.; EHRHARDT, M. C. Administração financeira. São Paulo: Cengage, 2010.

MATA, J. Economia da empresa. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2010.

PORTAL DA CONTABILIDADE. Disponível em: <www.portaldacontabilidade.org.br>.


Acesso em: 20 nov. 2015.

ROSS, S. A.; WESTERFIELD, R. W.; JAFFE, J. F. Administração financeira: corporate


finance. São Paulo: Atlas, 2007.

SAMANEZ, C. P. Gestão de investimentos e geração de valor. São Paulo: Pearson,


2006.

SEBRAE. Gestão financeira: manual do participante. Brasília: SEBRAE Nacional, 2012.

SOUZA, A.; CLEMENTE, A. Decisões financeiras e análise de investimentos:


fundamentos, técnicas e aplicações. São Paulo: Atlas, 2009.

42
UNIDADE 5 | ANÁLISE
DO DEMONSTRATIVO DE
RESULTADO DE EXERCÍCIO

43
Unidade 5 | Análise do Demonstrativo de Resultado
de Exercício

ff
Como analisar um demonstrativo de resultado de exercício?
Qual a maneira correta de realizar essas análises? Saberia a
importância da análise correta dos dados contidos no DRE?

A importância da análise correta do demonstrativo de resultado de exercício é bastante


grande para a administração da empresa. A devida interpretação dos dados possibilita uma
maior compreensão das necessidades da empresa, bem como suas fragilidades.

Para a compreensão da estrutura de custos e das margens de lucro do negócio, o volume


de vendas da firma e a correta estruturação e análise do DRE se tornam de extrema
importância para os administradores da empresa.

44
1 Entendendo Alguns Termos

Para a correta interpretação do demonstrativo de resultado de exercício, é necessária


a compreensão de alguns termos e assuntos relacionados (ROSS et al., 2007). A seguir
falaremos de alguns desses termos.

Receita operacional

A receita operacional da empresa demonstra a receita total das


atividades que a empresa realiza, ou seja, das suas vendas
normais. Significa o volume de produtos ou serviços vendidos
pela instituição no período utilizado como amostra.

Por exemplo, se uma empresa vende biscoitos, toda receita vinda das vendas dos
biscoitos constará na receita operacional, porém, se a empresa vender algum veículo
que possua, essa venda não entrará no DRE como receita operacional.

A receita operacional compreende somente as vendas da

hh
empresa. E caso a empresa venha a ter uma receita alta, isso não
necessariamente significa que ela terá lucro, nem que está
saudável do ponto de vista financeiro, pois os preços de venda
normalmente variam durante determinados períodos devido a
diversos fatores, como inflação, quantidade adquirida, oferta e
demanda, entre outros. Dessa forma, será necessário que se
subtraiam todas as despesas que a empresa teve no período.

Quando subtrair essas despesas, a empresa chegará à receita líquida, e é a partir daí
que irá começar a visualização de sua saúde financeira. Quanto menos despesas ela
tiver, maior será seu lucro líquido.

45
Custo dos produtos vendidos

O custo do produto vendido abrange todos os gastos com a sua


produção, tais como as matérias primas, a mão de obra, os custos
indiretos, além de qualquer outro gasto essencial à produção da
mercadoria ou à prestação do serviço.

Em se tratando de uma empresa comercial, a aquisição do produto para a revenda


é considerada um custo do produto. Em uma empresa que presta serviços, todos os
gastos relacionados aos serviços serão considerados nessa conta.

Muitas empresas que prestam serviços consideram seus gastos despesas operacionais,
ou seja, não distinguem os custos relacionados à obtenção dos serviços e as despesas
do exercício.

Já quando se trata de uma empresa industrial e comercial, uma das abordagens para
calcular o custo dos produtos é informar o custo do estoque no início do ano, depois,
adiciona-se o custo do aumento do estoque durante o ano, e subtrai-se o valor do
estoque no fim do ano.

Despesas operacionais

As despesas operacionais compreendem aquelas relacionadas à


atividade-fim da empresa, como as despesas com as vendas, as
despesas administrativas, além daquelas para comercialização
do produto, pesquisa, desenvolvimento, depreciação,
amortização e outros gastos eventuais.

Despesas administrativas gerais

As despesas operacionais são aquelas necessárias às atividades


comerciais da empresa, como comissões sobre as vendas,
salários dos funcionários, encargos, publicidade, aluguéis,
material de escritório, gastos com viagem, entre outras
necessárias às atividades da empresa.

46
Quanto menores forem as despesas das vendas realizadas, maior será o benefício
para a empresa. Se a empresa tem uma receita menor, sua receita operacional diminui,
porém, no caso de as despesas continuarem sendo as mesmas, o resultado será um
lucro líquido menor.

Receitas não operacionais

Podem ser consideradas receitas não operacionais, os lucros


obtidos com as transações eventuais, ou seja, das transações
que não fazem parte das atividades operacionais da empresa.

Para exemplificar, vamos considerar uma empresa que venda veículos e tem lucro com
a venda de um imóvel que ela possui — esse lucro será classificado como uma receita
não operacional, pois o imóvel não faz parte de sua atividade-fim.

Despesa não operacional

Da mesma maneira que as receitas não operacionais, as despesas


não operacionais também acontecem ocasionalmente – a
empresa pode ter perdas com a venda de um bem, ou até mesmo
com desastres naturais.

Despesas financeiras

Caso uma empresa contraia uma dívida qualquer, ela pagará


juros durante a vigência do contrato. Apesar de ser possível que
uma empresa receba mais juros do que paga, a maioria das
instituições paga mais juros do que recebe. Esses juros são
classificados como custos financeiros e não operacionais, pois
não estão ligados aos processos produtivos da empresa. Quanto
mais endividada, mais a empresa pagará juros.

47
Essas são algumas das diversas outras variáveis que necessitam

ee
ser devidamente compreendidas para que se possa realizar uma
análise correta do DRE. Além dessas variáveis, existem:

• Lucro por ação;


• Lucro líquido;
• Imposto de renda;
• Lucro antes dos impostos, contribuições e participações;
• Lucro antes do resultado financeiro;
• Resultado de equivalência patrimonial;
• Outras receitas operacionais;
• Outras despesas operacionais; e
• Impostos.

48
Resumindo

A receita operacional da empresa demonstra a receita total das atividades


que a empresa realiza.

O custo do produto vendido abrange todos os gastos com a produção do


produto.

As despesas operacionais compreendem aquelas relacionadas à atividade-


fim da empresa.

Quanto menores forem as despesas das vendas realizadas, maior será o


benefício para a empresa.

Podem ser consideradas receitas não operacionais, os lucros obtidos com


as transações eventuais.

Glossário

Atividade-fim: conjunto de operações que uma instituição leva a efeito para o


desempenho de suas atribuições específicas.

Inflação: aumento generalizado e contínuo dos preços, causando uma grande


desvalorização do dinheiro e acentuada queda no poder aquisitivo da população.

49
Atividades

1) Assinale a alternativa falsa.

aa a. ( ) É irrelevante a análise do demonstrativo de resultado de


exercício para a administração da empresa.

b. ( ) Em se tratando de uma empresa comercial, a aquisição do


produto para a revenda é considerada um custo do produto.

c. ( ) Quanto menores forem as despesas das vendas realizadas,


maior será o benefício para a empresa.

2) As despesas operacionais são aquelas não necessárias às


atividades comerciais da empresa, como comissões sobre as
vendas, salários dos funcionários, encargos, publicidade,
aluguéis, material de escritório, gastos com viagem, entre
outras necessárias às atividades da empresa.

( ) Verdadeiro ( ) Falso

3) O custo do produto vendido abrange quase todos os gastos


com a sua produção, como as matérias-primas, a mão de obra,
os custos indiretos, além de qualquer outro gasto essencial à
produção da mercadoria ou à prestação do serviço, excluindo
os impostos e taxas governamentais.

( ) Verdadeiro ( ) Falso

4) Existem poucos elementos em um DRE, logo, a missão de


analisá-los é bastante simples.

( ) Verdadeiro ( ) Falso

50
5) Caso uma empresa contraia uma dívida qualquer, ela
pagará juros durante a vigência do contrato. Esta afirmação
pode ser considerada:

a. ( ) Falsa.

b. ( ) Verdadeira.

c. ( ) Parcialmente falsa.

d. ( ) Parcialmente verdadeira.

51
Referências

BREALEY, R. A.; MYERS, S. C. Financiamento e gestão de risco. Porto Alegre: Bookman,


2015.

BRIGHAM, E. F.; EHRHARDT, M. C. Administração financeira. São Paulo: Cengage, 2010.

MATA, J. Economia da empresa. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2010.

PORTAL DA CONTABILIDADE. Disponível em: <www.portaldacontabilidade.org.br>.


Acesso em: 20 nov. 2015.

ROSS, S. A.; WESTERFIELD, R. W.; JAFFE, J. F. Administração financeira: corporate


finance. São Paulo: Atlas, 2007.

SAMANEZ, C. P. Gestão de investimentos e geração de valor. São Paulo: Pearson,


2006.

SEBRAE. Gestão financeira: manual do participante. Brasília: SEBRAE Nacional, 2012.

SOUZA, A.; CLEMENTE, A. Decisões financeiras e análise de investimentos:


fundamentos, técnicas e aplicações. São Paulo: Atlas, 2009.

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Gabarito

Questão 1 Questão 2 Questão 3 Questão 4 Questão 5

Unidade 1 C V A E D

Unidade 2 A V E A F

Unidade 3 C F D F F

Unidade 4 B V E V A

Unidade 5 A F F F B

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