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Tutor:
PEMBA
2021
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Laina Elvira Felizberto Muanga
Tutor:
PEMBA
2021
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Índice
1. Introdução................................................................................................................................. 4
1.1. Objectivos ............................................................................................................................. 5
1.1.1. Objectivos gerais ............................................................................................................... 5
1.1.2. Objectivos específicos ...................................................................................................... 5
2. Referencial Teórico .................................................................................................................. 6
2.1. Planeamento financeiro ........................................................................................................ 6
3. Metodológia ............................................................................................................................. 9
4. Estudo de caso ........................................................................................................................ 10
4.1. Caracterização da empresa ................................................................................................. 10
4.2. Identificação das atividades e dos controles mantidos pela empresa ................................. 10
4.3. A implementação de um Planeamento financeiro na Gama Ltda ...................................... 12
5. Conclusão ............................................................................................................................... 16
Bibliográfia .................................................................................................................................... 17
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1. Introdução
A gestão de uma empresa é um dos aspectos que influencia sua continuidade. Entendê-la como
um sistema aberto parece ser um fator primordial para que seus gestores compreendam
claramente todas as variáveis inerentes ao negócio. A interpretação correta dessas variáveis e sua
posterior utilização no gerenciamento dependerão do grau de complexidade do ambiente em que
a empresa atua. Para que os gestores possam otimizar a qualidade de sua decisão precisam dispor
de técnicas de Planeamento e controle, a partir das quais terão condições de organizar
racionalmente os recursos organizacionais de que dispõe.
Na reflexão acerca do Planeamento financeiro surge o orçamento empresarial como uma técnica
capaz de auxiliar os gestores a planejar as atividades da empresa e traduzi-las em uma visão
financeira. Esses valores possibilitam uma primeira avaliação de modo a ter-se uma razoável
certeza sobre a viabilidade das atividades e planos de ações previamente planejados. Warren
(2001, p. 179) descreve que “durante a fase de Planeamento do processo orçamentário, todos os
pontos de vista são considerados, as opções identificadas e as oportunidades de redução de custos
avaliadas. Esses esforços resultam em decisões mais acertadas”.
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1.1. Objectivos
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2. Referencial Teórico
Os problemas empresariais são complexos e o gestor diariamente se depara com decisões que
podem vir a afetar os resultados positiva ou negativamente. Essas decisões podem estar
relacionadas a investimentos, preço dos produtos, custos, necessidade de capital de giro, níveis de
estoques, políticas de vendas, volume de produção, aspectos tributários, etc. Situações como
essas serão mais facilmente resolvidas se houver um Planeamento adequado e controles efetivos.
Gitman (2001), ao destacar a importância dos planos financeiros, salienta que os mesmos podem
ser de longo prazo, também conhecidos como estratégicos, abrangendo períodos de tempo que
podem ir de dois a dez anos, ou de curto prazo, em geral denominados de planos operacionais e
que normalmente são concebidos para o prazo de um a dois anos. Os planos financeiros de longo
prazo fazem parte de uma estratégia integrada, que juntamente com os planos de marketing e
produção, guiam a empresa em direção à realização de suas metas estratégicas. Por sua vez, os
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operacionais traduzem com muita precisão as atividades a serem desenvolvidas no período
seguinte.
Tavares (2000) define que no orçamento, cada área reflete sobre seu papel no futuro da empresa,
materializando-o em objetivos e ações que pretende desenvolver no sentido de alcançá-los. O
componente final do plano de ação é o orçamento. Para Lunkes (2007) o orçamento pode ser
definido como um plano dos processos operacionais para um determinado período. Ele é uma
forma representativa dos objetivos econômico-financeiros a serem atingidos pela organização.
De acordo com Lunkes (2007), cada empresa usa um processo orçamentário diferente para a
implantação do orçamento. Esse fato deve-se às necessidades e expectativas relacionadas à sua
gestão, bem como de suas peculiaridades. Conforme Zdanowicz (2002), o período orçamentário
poderá ser entendido como o tempo que a empresa levará para realizar o seu ciclo operacional,
em termos de compras, produção, vendas e caixa. Acresce que existem outras formas mais ricas
na descrição do período orçamentário, em que se dispõem as etapas e os fatores envolvidos.
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possam ser efetivados e gerem os resultados que se almeja. Financeiramente, todos os recursos
requeridos no processo da empresa serão visualizados no orçamento de caixa ou fluxo de caixa.
De acordo com Sanvicente e Santos (2006), a projeção do fluxo de caixa é uma atividade
indispensável para a grande maioria das instituições, podendo haver diferenças quanto ao modo
de formalizá-lo. Se considerar-se o contexto das pequenas empresas a projeção do fluxo de caixa
em geral não segue procedimentos técnicos, é sim empírica, está mentalizada pelo proprietário.
Entretanto, em empresas maiores, com estrutura administrativa formal, a projeção do fluxo de
caixa pode ser complexa, envolvendo conceitos técnicos contábeis, estatísticos, financeiros,
administrativos, etc. Essa projeção considera todos os elementos do plano operacional da
empresa, representando uma espécie de síntese do fluxo financeiro de entradas e saídas de
recursos
De acordo com o que aborda Zdanowicz (2002), uma primeira etapa na elaboração do orçamento
de caixa consiste em definir o horizonte de Planeamento em determinado número de períodos de
tempo. Em geral, o período orçamentário de caixa é determinado por dois fatores, o seu objetivo
específico e a natureza dos negócios da empresa. Assim, por exemplo, se o objetivo for investir
os excedentes de caixa, uma estimativa mensal subdividida em períodos semanais, auxiliará o
administrador financeiro a planejar os investimentos em curto prazo.
Um requisito para que as empresas possam manter um adequado nível de competitividade é ter
capacidade de investimento, o que remete ao orçamento de caixa. A necessidade e a real
possibilidade de se efetivar tais investimentos é um aspecto que deve ser bem gerido pela
empresa, pois estimativas erradas podem vir a comprometer os resultados financeiros esperados.
De acordo com o que afirma Lunkes (2007), o gerenciamento dos investimentos é fundamental
para o desenvolvimento e a concretização das metas orçamentárias.
Para Sanvicente e Santos (2006), a responsabilidade pela elaboração das projeções de resultados
e do balanço patrimonial pertence ao diretor de orçamentos. Tendo recebido todos os planos
parciais dos diversos departamentos, realiza-se uma análise individual a fim de verificar possíveis
divergências em relação às premissas orçamentárias utilizadas, erros de estimativa tanto relativa à
superavaliação quanto à subavaliação, dentre outras possibilidades. Uma vez equacionadas todas
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as situações, o orçamento projetado serve de base para a elaboração da projeção dos
demonstrativos financeiros.
3. Metodológia
Em relação aos objetivos da pesquisa, seguindo o que definem Marconi e Lakatos (2002),
classifica-se o estudo como exploratório. Esses são reconhecidos como investigações de pesquisa
empírica cujo objetivo é a formulação de questões ou de um problema, com tripla finalidade:
desenvolver hipóteses, aumentar a familiaridade do pesquisador com um ambiente, fato ou
fenômeno para a realização de uma pesquisa futura mais precisa ou modificar e clarificar
conceitos.
Quanto aos procedimentos técnicos classifica-se como um estudo de caso, que conforme Gil
(2002) é uma modalidade de pesquisa amplamente utilizada nas ciências biomédicas e sociais.
Sendo a contabilidade uma ciência social, o método aplica-se também aos estudos da área. O
estudo de caso, de acordo com Gil (2002), consiste no estudo profundo e exaustivo de um ou
poucos objetivos, de maneira que permita seu amplo e detalhado conhecimento. Para efetivá-lo,
foram analisados documentos contábeis e financeiros da empresa, identificado por meio de
entrevista não estruturada realizada como o proprietário da empresa os processos existentes na
área produtiva e os controles mantidos pela empresa. Também foi utilizado como recurso de
pesquisa a observação participante.
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4. Estudo de caso
A pesquisa foi realizada na empresa Gama Ltda, uma indústria que atua no mercado desde 2004,
sendo especializada na prestação de serviços da área náutica, produzindo kits para lanchas de 17
a 27 pés e veleiros. A empresa é familiar, constituída por um único dono, sendo de pequeno
porte. A empresa foi crescendo gradativamente à medida que seus produtos e serviços eram
sendo reconhecidos pelos clientes. Atualmente a empresa conta com dez funcionários,
distribuídos entre as atividades da área de produção e administrativa. O prédio no qual a indústria
está estabelecida é alugado, abrangendo uma área física de 800 m².
Pela característica do ramo em que atua, a produção da empresa é feita por encomenda. Os
clientes são tanto pessoas físicas proprietárias de lanchas e veleiros, bem como outras empresas
que adquirem alguns produtos ou solicitam a prestação de serviços de reparos, manutenção e
restauração. A produção de alguns itens é artesanal e personalizada conforme a demanda dos
clientes.
Diante dos objetivos pretendidos pelo estudo, inicialmente foi realizado um diagnóstico com a
intenção de identificar as principais atividades e rotinas desenvolvidas na empresa, bem como os
controles internos mantidos. Com esse direcionamento foram realizadas observações e entrevista
com o proprietário da empresa, os quais passam a ser descritos. A empresa em estudo é familiar e
administrada pelo proprietário, possuindo uma estrutura administrativa muito enxuta.
Esse aspecto em termos de custos é interessante, contudo, em relação ao gerenciamento por vezes
é insuficiente e pode comprometer um melhor controle. Assim, verificou-se que a empresa possui
apenas um funcionário que executa o controle administrativo, sendo responsável pela
administração e pelo controle financeiro. A área que possui mais funcionários é a produtiva, a
qual tem seus processos bem definidos. A área de produção é dividida em setores de: [a]
acabamento e polimento, onde há um responsável e mais dois funcionários; [b] laminação, onde
há pelo setor um responsável e mais três funcionários; [c] almoxarifado tem-se um funcionário
para o controle de matéria-prima. Toda a programação da produção semanal é realizada pelo
proprietário da empresa, que distribui as atividades a serem desenvolvidas entre os setores através
de uma planilha com as peças e as quantidades que devem ser produzidas. Constatou-se que
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quando o proprietário está na empresa, na produção tudo é feito mais rápido e sem problemas
com as peças, porém, em sua ausência nem sempre ocorre o mesmo.
Em média são fabricados dois kits por semana. O pedido desses acessórios mantém-se inclusive
no inverno, sendo a demanda muitas vezes até maior que no mês de janeiro e fevereiro, pois no
período do verão os barcos já têm que estar em sua maioria pronto para entregar, pois é a época
de maior utilização pelos clientes. Os acessórios para barcos têm um peso padrão, onde sempre é
controlado o material certo para cada peça, que depois de pronta é pesada para ver se está dentro
das especificações. Em relação à qualidade o controle é muito rigoroso, sendo que antes dos
produtos saírem da empresa é primeiro verificado peça por peça para não entregar acessórios com
algum problema. Uma das grandes dificuldades de controle na área produtiva encontrada no
estudo é relativa ao desperdício de material que mostrou-se representativo.
Em relação aos procedimentos administrativos e de gestão, observou-se que a empresa conta com
alguns controles, mantidos em planilhas em Excel que auxiliam na gestão. A empresa tem uma
característica peculiar em relação aos estoques, pois toda a matéria-prima utilizada no processo
produtivo é fornecida diretamente pelos clientes. Cabe à empresa manter o controle dos materiais
de cada cliente em seu almoxarifado e a correspondente destinação ao processo produtivo. Os
estoques próprios da empresa são somente de materiais de uso e consumo como lixas, estopas,
etc. Devido a essa situação percebeu-se que em termos de estoques o controle é bastante simples
e pouco rigoroso.
Em termos financeiros a empresa possui controles básicos de contas a pagar e a receber, os quais
são mantidos em planilhas em Excel. Existe somente um funcionário responsável por essa área,
que realiza as tarefas de recebimentos e pagamentos. Em relação ao pagamento de contas como
água, luz, boletos bancários também são registrados em uma planilha. Contudo, a empresa não
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consegue ter de forma antecipada uma previsão de sobra ou falta de recursos, o que vem
dificultando a realização de investimentos. Referente às compras normalmente é feito a prazo e
quando o produto vem de fora do estado ou quando não são da região em que a empresa está
situada as compras são efetuadas à vista.
É verificado o custo com o pessoal e os custos fixos da empresa como água, luz e aluguel e se
chega a um custo do produto. E então se aplica a margem de lucro da empresa sobre os custos
para, assim, ter-se o preço do produto. Cerca de 90% da produção da empresa é relativo à
prestação de serviço de transformação, haja vista receber a matéria-prima dos clientes.
A falta de mensuração técnica dos custos de produção e/ou transformação faz com que o
parâmetro de preço utilizado pela empresa seja a comparação como o preço praticado por seus
concorrentes. Contudo, em termos de qualidade o gestor relatou ter um desempenho superior aos
seus concorrentes, o que seria percebido por seus clientes. Na empresa tem-se um controle de
qualidade, onde trabalha com um determinado custo de produto. Foi observado que para manter a
qualidade o custo é elevado. Mas que posteriormente gera uma margem de lucro positiva, pois as
peças têm um acabamento perfeito. Uma forma que a empresa encontrou para evitar desperdícios
e manter um padrão de qualidade é oferecer um treinamento antes da contratação de pessoal, pois
a maioria desconhece o seguimento. Sendo assim, a pessoa leva em torno de uma semana até
aprender a base da produção.
O fato da empresa não utilizar-se de técnicas de Planeamento financeiro fez com que se avaliasse
a possibilidade de implantação de um orçamento empresarial como meio de planejar suas
atividades e ter uma visão mais clara de seu fluxo financeiro. Não serão projetados valores nem
se tem a pretensão de implantar um modelo, mas sim discutir as possibilidades de implantação e
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os benefícios que a empresa poderia vir a obter tanto em termos de gestão quanto de otimização
dos recursos financeiros. Para a elaboração do orçamento, uma alternativa seria adotar as etapas
sugeridas por Figueiredo e Caggiano (2006), ilustrada na figura 1.
A figura 1 detalha o fluxo de informações a serem geridos e os recursos e atividades a serem
disponibilizados e coordenados. Todo o processo inicia a partir da projeção de vendas e a partir
daí as decorrências diretas do processo. São previstos os custos diretos e indiretos, os
investimentos, o custo dos produtos vendidos e por fim, tem-se o orçamento de caixa, que
propicia a empresa ter uma visão antecipada do seu fluxo financeiro, servindo como um
instrumento capaz de auxiliar o gestor na análise das necessidades ou excedentes de caixa.
Como a empresa é uma indústria de produtos náuticos, que possui um nicho de mercado bastante
seletivo, sua produção é por demanda. Não tendo produção em escala, de certo modo a projeção
das receitas fica dificultada. Nesse caso, acredita-se que o histórico do volume de vendas é uma
informação de grande valia para que possa haver o dimensionamento do faturamento anual da
empresa, embora possam ocorrer variações em relação à produção que foi utilizada como base
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para as projeções orçamentárias. Além disso, existem períodos de sazonalidade, nos quais a
produção tem queda de aproximadamente 40%.
O orçamento de produção servirá para a empresa dimensionar seu fluxo de produção frente a sua
capacidade produtiva, algo que deve ter relação direta com a projeção das vendas.
Diferentemente de outras indústrias, no Planeamento orçamentário da Gama Ltda não há
necessidade de projeção de compras de matéria-prima, pois todo o custo de aquisição não é da
empresa, pois o cliente fornece os produtos. Assim, essa é uma variável que de acordo com o
gestor da empresa não impacta seu Planeamento financeiro. O que a empresa precisa ter é a
estimativa de matéria-prima consumida em cada peça a fim de informar aos clientes a quantidade
necessária para a manufatura dos kits.
Na seqüência da projeção orçamentária da empresa uma variável que tem reflexo no Planeamento
é o custo com mão-de-obra direta. Este é o custo mais relevante que a empresa possui como pode
ser constatado na pesquisa, pelo fato de ser a transformação seu processo mais forte. Com isso
devem ser estimadas as horas de trabalho necessárias em cada etapa do processo produtivo dos
kits, o valor dos salários e a partir daí surgirá o orçamento de produção, onde haverá o
dimensionamento do desembolso com essa variável. Conforme sugerem Figueiredo e Caggiano
(2006), a projeção da mão-de-obra direta pode ser realizada por departamentos produtivos. Sendo
assim, é recomendável que seja projetado separadamente os custos dos departamentos de
laminação, acabamento e polimento, pois os processos e os tempos produtivos são diferentes, o
que influencia no custo final projetado.
Uma vez estando planejadas as receitas, custos e despesas da empresa, parte-se para o orçamento
de caixa, que é uma estimativa do fluxo de entradas e saídas de caixa que representará em termos
financeiros o nível de atividade previsto para o período orçado. Para um bom andamento de
controle do fluxo de caixa é necessário coletar dados específicos para levar a um melhor
acompanhamento das posições em relação clientes, fornecedores, etc. De acordo com Lunkes
(2007) o objetivo do orçamento de caixa é assegurar recursos monetários suficientes para atender
às operações da empresa estabelecidas nas outras peças orçamentárias. O orçamento de caixa está
sujeito a incertezas e falhas, sendo necessário ter uma margem de segurança que permita, assim,
atender a um eventual erro da previsão.
No caso da empresa em estudo, acredita-se que um benefício claro a ser obtido ao implantar-se
um Planeamento orçamentário será justamente a possibilidade de antever os resultados
financeiros de caixa, o que no momento não é possível. Aliás, essa é uma das dificuldades
gerenciais identificadas no estudo e que levou os gestores da empresa a pensar em utilizar
técnicas de Planeamento e gestão financeira, de modo especial seu desejo de dispor de um
orçamento.
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5. Conclusão
Para futuros estudos sugere-se a realização de uma pesquisa ação onde sejam implantadas as
técnicas orçamentárias discutidas nesse estudo e avaliados os resultados práticos da aplicação na
empresa Gama Ltda. Também recomenda-se um estudo relacionado à área de custos, no qual
sejam discutidas as possibilidades de utilização de um sistema de custo padrão ou mesmo custeio
por atividades.
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Bibliográfia
FIGUEIREDO, S.; CAGGIANO, P. C. Controladoria: teoria e prática. 3. ed. São Paulo: Atlas,
2006.
GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2002.
IUDICIBUS, S.; MARION, J. C. Introdução à teoria da contabilidade. 3. ed. São Paulo: Atlas,
2002.
MARCONI, M. A.; LAKATOS, E. M. Técnicas de pesquisa. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2002.
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